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Instituto Superior T´ecnico Departamento de Matem´atica

1o TESTE DE C ´ALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I - Vers˜ao A MEAero

1o Sem. 2012/13 10/11/2012 Dura¸c˜ao: 1h30m RESOLUC¸ ˜AO

1. (3,0 val.)

(i) (1,5 val.) Represente na forma de um intervalo ou de uma uni˜ao disjunta de intervalos cada um dos conjuntos seguintes:

A = {x ∈ R : |x − 2| ≥ |x + 1|}, B = {e−x, x ∈ ]1/2, +∞[ }.

Resolu¸c˜ao. O conjunto A ´e o conjunto dos n´umeros reais cuja distˆancia a 2 ´e maior ou igual do que a distˆancia a −1. Tendo em conta que o ponto m´edio entre −1 e 2 ´e 1/2, podemos concluir que

A = ]−∞, 1/2] .

Esta representa¸c˜ao do conjunto A na forma de intervalo tamb´em pode ser obtida de forma puramente alg´ebrica como se segue:

A = {x ∈ R : |x − 2| ≥ |x + 1|} = {x ∈ R : x − 2 ≥ |x + 1| ∨ x − 2 ≤ −|x + 1|} = {x ∈ R : |x + 1| ≤ x − 2 ∨ |x + 1| ≤ 2 − x} = {x ∈ R : (x + 1 ≤ x − 2 ∧ x + 1 ≥ −x + 2) ∨ (x + 1 ≤ 2 − x ∧ x + 1 ≥ −2 + x)} = {x ∈ R : (1 ≤ −2 ∧ 2x ≥ 1) ∨ (2x ≤ 1 ∧ 1 ≥ −2)} = (∅ ∩ [1/2, ∞[) ∪ (]−∞, 1/2] ∩ R) = ]−∞, 1/2] .

Relativamente ao conjunto B, e tendo em conta que a fun¸c˜ao e−x ´e estritamente de-crescente e limx→+∞e−x= 0, temos simplesmente que

B =i0, e−1/2h.

(ii) (1,5 val.) Indique, caso existam em R, o supremo, ´ınfimo, m´aximo e m´ınimo do con-junto: C =  log  1 + (−1) n+1 n  , n ∈ N  . Resolu¸c˜ao. Temos que, para todo o n ∈ N,

−1 2 ≤ (−1)n+1 n ≤ 1 ⇒ 1 2 ≤ 1+ (−1)n+1 n ≤ 2 ⇒ − log(2) ≤ log  1 +(−1) n+1 n  ≤ log(2) , onde se usou o facto de a fun¸c˜ao logaritmo ser crescente. Como − log(2), log(2) ∈ C, pois correspondem respectivamente a n = 2 e n = 1, podemos concluir que

inf C = min C = − log(2) e sup C = max C = log(2) .

Alternativamente, podemos considerar separadamente as subsucess˜oes para n par e n ´ımpar:

– se n ´e par: log1 + (−1)nn+1= log 1 −n1 ´e crescente, e lim log 1 − 1

n = log(1) = 0, logo − log 2 = log  1 − 1 2  ≤ log  1 − 1 n  < 0, ∀ n par.

(2)

– se n ´e impar: log1 + (−1)nn+1 = log 1 +n1 ´

e decrescente, e lim log 1 +n1 = log(1) = 0, logo 0 < log  1 + 1 n  ≤ log  1 + 1 1  = log 2, ∀ n impar. Conclui-se que

inf C = min C = − log(2) e sup C = max C = log(2) .

2. (2.0 val.) Considere a sucess˜ao de n´umeros reais definida por recorrˆencia por: v1= 2, vn+1=

2 vn

+vn

3 , n ∈ N. (i) Recorrendo ao m´etodo de indu¸c˜ao, mostre que

vn∈ Q+, ∀n ∈ N.

Resolu¸c˜ao. [P (1)]: v1= 2 ∈ Q+´e verdadeiro.

[P (n) ⇒ P (n + 1)]. Assumindo como verdadeira a hip´otese P (n), para um dado n ∈ N, i.e.

vn∈ Q+⇔ vn> 0 e vn∈ Q,

h´a que mostrar a validade da tese P (n + 1), i.e.

vn+1∈ Q+⇔ vn+1> 0 e vn+1∈ Q.

Isto ´e verdadeiro dado que Q+´e fechado para a soma, multiplica¸ao e inversos: dado

que, por hip´otese, vn´e um racional positivo, temos v3n = 13vn∈ Q+, v2

n = 2v

−1

n ∈ Q

+, e

tamb´em vn+1=v2n+v3n ∈ Q+, sendo a soma de dois racionais positivos. (1,0 val.)

(ii) Assumindo que vn´e convergente em R, determine, justificando, lim vn.

Resolu¸c˜ao. Se lim vn = L ent˜ao lim vn+1 = L, j´a que vn+1´e uma subsucessao de vn.

Tomando o limite em ambos os lados da express˜ao de recorrˆencia temos ent˜ao lim vn+1= lim 2 vn +vn 3 ⇔ L = 2 L + L 3 ⇔ 3L 2= 6 + L2⇔ L2= 3 ⇔ L = ±3.

Como vn> 0 (de (i)), conclui-se que L =

3. (1,0 val.)

3. (2.0 val) Calcule a derivada das fun¸c˜oes definidas pelas seguintes express˜oes: cosh(ex) √ x2+ 1, arctan(x 5 2). Resolu¸c˜ao.  cosh(ex) √ x2+ 1 0 = (cosh(e x))0·x2+ 1 − cosh(ex) · (x2+ 1)0 x2+ 1

(3)

 arctan(x52) 0 = 1 1 + (x5/2)2· (x 5/2)0= 1 1 + x5 · 5 2 · x 3/2 (1,0 val.)

4. (4.0 val.) Calcule os seguintes limites (caso existam em R): lim x→0+ (sen√x)2 2x , x→0lim+(cos x) 1 log x, lim x→1+(x − 1) log(x 2− 1). Resolu¸c˜ao. lim x→0+ (sen√x)2 2x = 1 2· limx→0+ sen√x √ x · sen√x √ x = 1 2· 1 · 1 = 1 2 (1,5 val.) lim x→0+(cos x) 1

log x = (cos 0)−∞1 = 10= 1 (1,0 val.)

lim x→1+(x − 1) log(x 2− 1) = lim x→1+(x − 1)[log(x − 1) + log(x + 1)] = lim x→1+ log(x − 1) 1 x−1 + 0 · log 2 = −∞ +∞+ 0 RC = lim x→1+ 1 x−1 − 1 (x−1)2 = lim x→1+−(x − 1) = 0 (1,5 val.)

5. (6.0 val.) Considere a fun¸c˜ao f : R → R definida pela express˜ao: f (x) = |x|e−x(x+1).

(i) (1,5 val.) Determine o dom´ınio de diferenciabilidade de f e calcule f0.

Resolu¸c˜ao. Tendo em conta que a fun¸c˜ao m´odulo ´e diferenci´avel em R \ {0}, temos que f tamb´em ´e diferenci´avel em R \ {0} com

f0(x) = e−x(x+1)+ x(−x2− x)0e−x(x+1)= (1 − 2x2− x)e−x(x+1) quando x > 0 e f0(x) = (−1 + 2x2+ x)e−x(x+1) quando x < 0.

Aplicando o corol´ario do Teorema de Lagrange `as express˜oes anteriores, temos que fd0(0) = lim x→0+f 0(x) = 1 · e0= 1 e f0 e(0) = lim x→0−f 0(x) = −1 · e0= −1

Como fe0(0) 6= fd0(0), concluimos que f n˜ao ´e diferenci´avel no ponto zero. (ii) (1,5 val.) Estude f quanto a monotonia e extremos.

(4)

Resolu¸c˜ao. Tendo em conta que

2x2+ x − 1 = 0 ⇔ x = −1 ∨ x = 1 2, a primeira derivada de f pode ser expressa na forma

f0(x) = −2(x+1)(x−1/2)e−x(x+1), x > 0 , e f0(x) = 2(x+1)(x−1/2)e−x(x+1), x < 0 . Temos ent˜ao que f0(x) > 0 para x ∈ ]−∞, −1[ ∪ ]0, 1/2[ e f0(x) < 0 para x ∈ ]−1, 0[ ∪ ]1/2, +∞[, pelo que f ´e estritamente crescente em ]−∞, −1[ e em ]0, 1/2[ e estritamente decrescente em ]−1, 0[ e em ]1/2, +∞[. Assim, f tem m´aximos locais em x = −1 e x = 1/2, e um m´ınimo local em x = 0 (note-se que f ´e cont´ınua em zero).

(iii) (1,0 val.) Indique, justificando, se f tem m´aximo e m´ınimo absolutos.

Resolu¸c˜ao. Com a informa¸c˜ao obtida na al´ınea anterior, em particular, notando que f ´e estritamente crescente em ]−∞, −1[, estritamente decrescente em ]1/2, +∞[ e cont´ınua em R, conclui-se que f tem m´aximo absoluto. Tendo em conta que

f (−1) = e0= 1 e f (1/2) = 1 2e −1 2· 3 2 = 1 2e3/4 < 1 ,

temos que f tem um m´aximo absoluto em x = −1.

Por outro lado, como f (x) > 0 para todo o x ∈ R \ {0} e f (0) = 0, temos que f tem um m´ınimo absoluto em x = 0.

(iv) (2,0 val.) Justifique que f restringida ao intervalo ]1/2, +∞[ ´e invert´ıvel e indique o dom´ınio da respectiva fun¸c˜ao inversa. Calcule a derivada da fun¸c˜ao inversa no ponto f (1).

Resolu¸c˜ao. Como f ´e estritamente decrescente no intervalo ]1/2, +∞[, ´e invert´ıvel neste intervalo. Sendo al´em disso cont´ınua, o Teorema do Valor Interm´edio permite-nos concluir que f (]1/2, +∞[) =  lim x→+∞f (x), f (1/2)  . Como f (1/2) =2e13/4 e lim x→+∞f (x) =x→+∞lim xe −x(x+1) = lim x→+∞ x ex(x+1) = +∞ +∞ RC = lim x→+∞ 1 (2x + 1)ex(x+1) = 1 +∞ = 0 , podemos concluir que o dom´ınio da inversa f−1 ´e o intervalo0, 1

2e3/4.

Como f ´e diferenci´avel em x = 1 com f0(1) = −2e−2, a derivada da fun¸c˜ao inversa no ponto f (1) ´e dada por

(f−1)0(f (1)) = 1 f0(1) = −

e2

2 .

(5)

Resolu¸c˜ao. Seja f (a) = bk ∈ {b1, . . . , bp}. Como f ´e cont´ınua em a ∈ R temos que

lim

x→af (x) = bk def

⇔ ∀ε > 0 ∃δ > 0 : |x − a| < δ ⇒ |f (x) − bk| < ε .

Escolhendo ε = min{|bj − bk| , j = 1, . . . , p , j 6= k} > 0 e considerando o δ > 0

correspondente, temos que

|x − a| < δ ⇒ |f (x) − bk| < min{|bj− bk| , j = 1, . . . , p , j 6= k}

⇒ f (x) 6= bj, j = 1, . . . , p , j 6= k

⇒ f (x) = bk,

i.e. f ´e constante igual a bkna vizinhan¸ca Vδ(a) = {x ∈ R : |x−a| < δ} = ]a − δ, a + δ[.

(ii) (1,5 val.) Considere a fun¸c˜ao g : R \ {0} → R dada por g(x) = x2arctan(1 + sen(1/x)).

Prove que a fun¸c˜ao g0 tem infinitos zeros em ]0,2[. Sugest˜ao: utilize o teorema de Rolle em intervalos adequados.

Resolu¸c˜ao. Notamos primeiro que g ´e diferenci´avel em ]0,2[, j´a que as fun¸c˜oes x 7→ x2,

x 7→ 1/x s˜ao, e arctan, sen s˜ao diferenci´aveis em R.

Para provar a existˆencia de zeros de g0 usando o teorema de Rolle, devemos considerar intervalos cujos extremos coincidam com zeros de g. Estes ocorrem em x = 0 e quando o argumento da fun¸c˜ao arco tangente for igual a zero, i.e. quando

sen(1/x) = −1 ⇔ 1 x = (2n + 1)π + π 2 = (4n + 3)π 2 , ∀n ∈ Z .

Como estamos apenas interessados em zeros no intervalo ]0,2[, consideramos os infi-nitos zeros de g dados por xn=(4n+3)π2 , com n ∈ N. O teorema de Rolle garante ent˜ao

a existˆencia de pelo menos um zero de g0em cada um dos intervalos ]xn+1, xn[⊂]0,2[,

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