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A TEORIA PSICANAL+ìTICA

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Academic year: 2021

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A TEORIA PSICANALÍTICA – NOÇÕES GERAIS

A Teoria sobre a Estrutura do Aparelho Psíquico: em 1900, no livro “A Interpretação dos Sonhos”, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas:

1. O inconsciente: o inconsciente não é uma negação do consciente, define-se como um território ou uma outra cena da personalidade. É ativo, organizado por leis e princípios que lhe são próprios. Considera-se o inconsciente como constituído de dois aspectos:

a) Um Conteúdo: definido pela presença de atos psíquicos (idéias, representações) que carecem de consciência. Por ato psíquico, entende-se traços mnêmicos (impressões inconscientes) devidamente investidas de energia libidinal (energia dos instintos sexuais). O conteúdo do inconsciente consiste em impulsos carregados de desejos.

b) Um Modo de Funcionamento: o sistema inconsciente desconhece a dúvida e a negação. Tende à satisfação de seus desejos e é regulado pelo princípio do prazer.

– ignora a realidade;

– é atemporal: isto é, os conteúdos do inconsciente não são organizados em função da ordem de suas ocorrências, visto que a dimensão da temporalidade é desconhecida por ele. Esses conteúdos não se alteram ao longo da história do sujeito, uma vez que esta é fruto da passagem do tempo – assim, os conteúdos inconscientes são sempre idênticos a si mesmos. 2. pré-consciente: refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. São conteúdos que não estão na consciência e, em algum momento podem estar. O consciente divide-se em dois sistemas: o pré-consciente e o consciente propriamente dito – esses sistemas possuem basicamente as mesmas características. A distinção entre eles é de cunho funcional:

- o pré-consciente é um sistema situado entre o consciente e o inconsciente;

- entre o pré-consciente e o inconsciente existe a censura, cuja função é impedir que certos conteúdos, presentes no inconsciente, tenham livre acesso aos demais;

- esta censura é responsável pelo recalcamento;

- o processo de recalcamento afeta essencialmente as idéias, na fronteira do sistema inconsciente com o pré-consciente;

- o ato psíquico (idéias, representações)é inconsciente e pertence ao sistema inconsciente; - ao tentar passar para o sistema pré-consciente, o ato psíquico é submetido à censura. - caso lhe seja barrado o acesso a esta segunda etapa, diz-se que houve recalcamento; - no caso da censura liberar a passagem, o ato psíquico pode passar para o pré-consciente; - estando no pré-consciente, não há necessidade do ato psíquico enfrentar nenhuma resistência

maior para se tornar consciente. Cabe agora ao pré-consciente organizar os atos psíquicos passíveis de se tornarem conscientes;

- a energia do pré-consciente não busca descarga imediata, direta e rápida como a do inconsciente. O processo secundário possui um movimento controlado, operando no sentido de inibir a tendência, própria das idéias investidas libidinalmente, de procurar uma descarga imediata. Este processo que posterga e inibe a tendência à satisfação imediata, associa-se ao princípio da realidade;

- o pré-consciente é responsável pela execução adequada das ações motoras efetuadas pelo sujeito – atinge também o controle da atenção, da memória e do raciocínio.

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3. O consciente: sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo informações do mundo externo e do mundo interno. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção e o raciocínio.

A censura que separa o consciente do pré-consciente, é um censura “funcional” – porque são regidos pelos mesmos processos – censura que deixa passar os elementos psíquicos pré-conscientes que interessam à consciência num dado momento.

A Segunda Teoria do Aparelho Psíquico: entre 1920 e 1923, Freud introduz na teoria do aparelho psíquico os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.

1.

O id : é o sistema original da personalidade, é a matriz, dentro da qual o ego e o superego se diferenciam.O id consiste de tudo o que psicologicamente é herdado e que está presente no nascimento, inclusive os instintos. É o reservatório de energia psíquica que põe em funcionamento os outros sistemas. As características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são, nesta teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio do prazer. Para poder realizar seu objetivo de evitar a dor e obter o prazer, o id dispõe de dois processos: ação reflexa e o processo primário.

a) ações reflexas: são reações automáticas e inatas, como piscar ou espirrar. Essas ações reduzem imediatamente as tensões.

b) processo primário: envolve uma reação psicológica mais complicada. Ele tenta descarregar a tensão formando a imagem de um objeto que removerá a tensão. Por exemplo: o processo primário dá à pessoa faminta uma imagem mental de alimento. Essa experiência alucinatória, em que o objeto desejado está presente na forma de imagem mental, é chamada satisfação de desejo. O melhor exemplo do processo primário em pessoas normais é o sonho noturno que, para Freud, representa sempre a satisfação ou a tentativa de satisfação de um desejo. O processo primário por si mesmo, não é capaz de reduzir a tensão. Uma pessoa com fome não pode comer imagens mentais de comida. Assim, desenvolve-se o processo secundário e, quando isso acontece, a estrutura do segundo sistema da personalidade – o ego – começa a formar-se.

2.

o ego : esse sistema estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. Procura dar conta dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade. O ego é um regulador , na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. Dessa forma a busca do prazer pode ser substituída pelo evitamento do desprazer. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamento.

A diferença básica entre o id e o ego reside que o primeiro conhece somente a realidade subjetiva da mente, enquanto o segundo distingue entre as coisas da mente e as do mundo exterior (processo secundário).

O ego é o executivo da personalidade porque controla as direções da ação, seleciona os aspectos do meio aos quais reagirá e decide quais são os instintos a serem satisfeitos e de que modo. Vale ressaltar que instinto é uma representação psicológica inata de uma fonte somática de excitação. A representação psicológica chama-se desejo e a excitação corpórea que a causa chama-se necessidade exemplo: a fome pode ser descrita, em termos fisiológicos, como condição de deficiência nutritiva nos tecidos do organismo, ao passo que psicologicamente ele é representado como desejo de alimentar-se. O desejo age como motivo para o comportamento. A pessoa faminta procura alimento. Os instintos são propulsores da personalidade. Eles impulsionam o comportamento,como também determinam a direção que o mesmo deverá tomar. O instinto exerce controle seletivo sobre a conduta, pelo aumento da sensibilidade da pessoa em relação à determinada estimulação. A pessoa faminta é mais sensível ao estímulo alimento. A pessoa despertada para o sexo de igual modo responderá

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mais aos estímulos eróticos. Para Freud o instinto é a medida daquilo de que a mente precisa para funcionar.

Sob pressão excessiva, o ego precisa adotar alguns mecanismos de defesa. São mecanismos inconscientes do ego e costumam negar, distorcer ou falsear a realidade:

a. projeção: seria depositar inconscientemente em um objeto a negatividade que está na própria pessoa. Na projeção alguém simplesmente diz: “Ela me odeia” em vez de “Eu a odeio”; “Ele está me perseguindo” em vez de “Minha consciência está me perturbando”.

Exemplo: seria o caso do aluno que tenta culpar o professor ou algum colega por alguma coisa que ele fez de errado, não entregar um trabalho na data previamente combinada.

A projeção reduz a ansiedade ao substituir um perigo maior por um menor, e permite que a pessoa que está projetando expresse seus impulsos sob o disfarce de defender-se dos inimigos.

b. compensação: superação inconsciente de uma inferioridade física, mental ou social que pode ser real ou imaginária. A compensação pode se dar por meio de comportamento ou pensamento, exemplo: poderia ser o caso do aluno menos talentoso, mas com boa situação financeira, que tenta sempre desmerecer a opinião dos colegas de sala ou do professor. Poderia, inconscientemente, estar compensando sua falta de talento por meio da sua posição econômica.

c. racionalização: são desculpas positivas e convincentes inconscientemente dadas para justificar fracassos, exemplo: o caso de um aluno com péssimo relacionamento social, que não aceita um passeio educativo com a sala, alegando que este seria pouco instrutivo.

d. identificação: é a incorporação (de forma predominantemente inconsciente) na personalidade de traços de alguma pessoa. Tem como finalidade reduzir a tensão pois acredita-se que esses modelos identificatórios parecem possuir maior capacidade de satisfazer desejos. Pode ser também para recuperar o objeto perdido (por morte ou separação) ou para livrar-se de medos (identificar-se com quem possa punir-nos) exemplos: as crianças que foram rejeitas pelos pais tendem a formar sólidas identificações com eles na esperança de recuperar seu amor.

Alguns alunos tendem a falar ou gesticular como determinado professor (inconscientemente eles “sentem-se” como o professor).

A criança pode identificar-se com a proibição dos pais a fim de evitar o castigo (esse tipo de identificação é a base para a formação do superego).

e. idealização: é revestir um objeto de extrema positividade, justificando assim o equilíbrio e, em casos mais graves, até a própria vida. A grande gravidade da idealização é a reação que o idealizador possa ter se perder esse objeto, exemplo: o que seria um desempenho escolar idealizado? Seria aquele desempenho que o aluno depositasse muita energia e expectativa. Como será a reação desse aluno se algo não sair como planejado ou esperado?

f. deslocamento: é a escolha de um objeto alternativo para descontar ou descarregar tensões caso o objeto principal ou o causador da tensão não possa ser enfrentado, exemplo: seria aquele aluno que agride o professor ou um colega porque não teve tempo de estudar para a prova porque seu chefe lhe pediu hora extra./ o aluno que toma o professor como um confidente porque não encontra apoio em seus pais./ a criança que aprende que é permitido chupar um pirulito, mas não o polegar.

g. sublimação: o deslocamento pode produzir uma realização cultural mais elevada por meio de outro mecanismo de defesa que é a sublimação. Este consiste em encontrar um objeto substituto tão poderoso quanto original (porque estão identificados na mente da pessoa) e socialmente aceito, capaz de aliviar a tensão,

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exemplo: em sala de aula o desejo de agredir, ofender pode ser sublimado e um comportamento mais adaptado de participar ativamente das aulas dando sugestões, novos exemplos, etc...

h. repressão: ocorre quando um desejo provoca tanta tensão que é expulso da consciência, exemplo: uma pessoa que reprimiu sentimentos de hostilidade com relação ao pai, pode manifestar esses sentimentos com relação a outras figuras de autoridade (neste caso a repressão encontrou expressão na forma de deslocamento – encontrou um símbolo adequado) ou ser passivo, nunca indicar o que quer, o que sente (o que pode gerar forte ansiedade).

A repressão pode interferir no funcionamento normal do corpo, por exemplo: alguém pode ficar sexualmente impotente, porque tem medo do impulso sexual, ou desenvolver uma artrite em conseqüência de sentimentos de hostilidade reprimidos. i. fixação e regressão: durante o seu desenvolvimento a personalidade passa por fases

bem definidas até alcançar a maturidade. Cada avanço que faz, entretanto, acarreta certo volume de frustração e ansiedade que, quando excessivos, podem produzir uma parada temporária ou permanente no crescimento. A pessoa pode fixar-se em um estágio de desenvolvimento, porque o estágio seguinte está carregado de ansiedade, exemplo: a criança amedrontada no seu primeiro dia de aula, pode adotar comportamentos regredidos, mais infantilizados, como chorar, isolar-se em um canto, apegar-se à professora. Isto indica a dificuldade de independência.

Uma mulher casada que está com dificuldades com o marido pode voltar para a segurança da casa dos pais.

Um homem que perdeu o emprego pode buscar consolo na bebida.

O caminho da regressão normalmente é determinado pelas fixações anteriores da pessoa, isto é, as pessoas tendem a regredir a um estágio no qual estiveram previamente fixadas.

3.

o superego : o terceiro e último sistema da personalidade. Origina-se com o complexo de Édipo a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. Para compreender o superego é necessário introduzir a idéia de sentimento de culpa. Neste estado, o indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez ou que não fez e desejou ter feito.Algo que o ego considera errado mas não necessariamente, perigosa ou prejudicial, pode pelo contrário ter sido muito desejada. Por que, então, é considerada má? Porque alguém importante para ele, como o pai, por exemplo, pode puni-lo por isso. E a principal punição e a perda do amor e do cuidado desta figura de autoridade.

Uma mudança importante acontece quando esta autoridade externa é internalizada pelo indivíduo. Ninguém mais precisa lhe dizer “não”. É como se ele “ouvisse” esta proibição dentro de si.

O superego é o representante interno dos valores e ideais tradicionais da sociedade, transmitidos pelos pais e reforçados pelo sistema de recompensas e castigos impostos à criança. O superego é a arma moral da personalidade, representa mais o ideal do que o real e tende mais à perfeição do que ao prazer. Para obter recompensas e evitar punições, a criança aprende a conduzir-se de acordo com as normas ditadas pelos pais.

As funções principais do superego são: inibir os impulsos do id, particularmente os de natureza sexual e agressiva, pois estes são os impulsos cuja exteriorização é mais condenada pela sociedade e lutar pela perfeição.

O ego e o superego são diferenciações do id. Os três sistemas são interdependentes. O id refere-se ao inconsciente, mas ego e o superego têm também, aspectos ou partes inconscientes.

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Os três sistemas não existem enquanto uma estrutura vazia, mas são sempre habitados pelo conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um, que se constitui como sujeito em sua relação como outro e em determinadas circunstâncias sociais. Assim, para compreender uma pessoa, é necessário conhecer sua história pessoal, que está ligada à história de seus grupos e da sociedade em que vive.

A personalidade funciona, normalmente, como uma unidade completa e não em três segmentos separados. De modo geral podemos considerar o id como componente biológico da personalidade, o ego como o componente psicológico e o superego como o componente social. Estágios do Desenvolvimento: para Freud, os cinco primeiros anos de vida são decisivos na formação da personalidade.

Cada fase de desenvolvimento, durante esses cinco primeiros anos, é definida em termos de modos de reação de determinada zona do corpo:

1. estágio oral (a zona de erotização é a boca): comer é a principal fonte de prazer. Comer envolve estimulação tátil dos lábios e da cavidade oral, seguindo-se a deglutição ou, se o alimento não agrada, a rejeição, sendo ele lançado para fora. Com o aparecimento dos dentes a boca é usada para morder e mastigar. Esses dois modos de atividade oral, receber o alimento e morder, são os modelos de muitos traços de personalidade que podem aparecer mais tarde.

Exemplos: o prazer de receber o alimento pode ser deslocado para outros modos de recepção, tal como o prazer que decorre da aquisição de conhecimentos ou de bens.

Uma pessoa ingênua pode ser aquela que se fixou no nível da receptividade oral da personalidade, tal pessoa, em geral, passa adiante tudo o que ouve.

O ato de morder ou agressão oral pode traduzir-se em forma de sarcasmo ou tendência à discussão.

Durante esse período surgem sentimentos de dependência, pois o estágio oral ocorre em um tempo em que a criança é quase que totalmente dependente da mãe. O sentimento de dependência tende a persistir pela vida afora, a despeito dos desenvolvimentos posteriores do ego, e pode surgir toda vez que a pessoa se sente ansiosa e insegura.

2. estágio anal (a zona de erotização é o ânus): após a digestão do alimento, seu resíduo se acumula na parte final do trato intestinal, sendo posteriormente expelido. A expulsão das fezes remove a fonte de desconforto e produz uma sensação de alívio. Quando se inicia o treino dos esfíncteres, o que ocorre em torno do segundo ano de vida, a criança tem sua primeira experiência decisiva com o controle externo de um impulso instintivo. Ela aprende a adiar o prazer decorrente do alívio das tensões anais. O método educativo e a maneira pela qual a mãe encara a eliminação das fezes podem produzir efeitos prolongados na criança, no que diz respeito à formação de traços e de valores específicos.

Exemplos: quando a mãe é muito rigorosa e repressiva nos seus métodos, a criança pode reter as fezes. Quando esse modo de reagir generaliza a outras formas de conduta, a criança pode adquirir a característica de retenção. Pode tornar-se obstinada e avarenta. Sob medidas repressivas intensas a criança pode reagir expelindo fezes em horas impróprias. Este é o modelo de traços de crueldade, destrutividade, explosões e outros atos desordenados.

Por outro lado, se a mãe insiste com a criança para defecar e a elogia quando o faz, a criança pode adquirir a noção de que a expulsão de fezes é importante. Essa noção pode ser a baseada criatividade e da produtividade.

3. estágio fálico (a zona de erotização é o órgão sexual): acontece entre 3 e 5 anos. Nessa fase de desenvolvimento da personalidade, surgem sensações sexuais e de agressividade

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associadas ao funcionamento dos órgãos genitais. Os prazeres da masturbação e da vida de fantasia da criança, que acompanham a atividade auto-erótica, preparam essa fase para o aparecimento do complexo de Édipo (Freud tomou esse nome do rei de Tebas, que matou o pai e casou-se com a mãe).

No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural, e o garoto pode então participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação como pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala de Édipo feminino. Ambos os sexos amam a mãe, porque ela satisfaz as suas necessidades básicas. Também para a menina o pai é tido como rival nas afeições da mãe. Contudo, a menina troca o objeto do seu amor original, a mãe, por um novo objeto, o pai. Essa ocorrência depende da reação da menina ao descobrir as diferenças sexuais físicas.A menina atribui à mãe a culpa pela sua condição de castrada. Assim transfere seu amor ao pai, porque ele possui o órgão valorizado, que ela deseja dividir com o pai. Contudo, seu amor pelo pai, bem como por outros homens, aparece mesclado por um sentimento de inveja porque eles possuem aquilo que lhe falta. De certa forma, a falta de um pênis é compensada quando a mulher tem um bebê.

4. período de latência: Caracteriza-se por uma diminuição das atividades sexuais. Isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade e se prolonga até a puberdade.

A atenção da criança está voltada para novas descobertas, o aprendizado formal e informal. 5. estágio genital: quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo,

mas em um objeto externo ao indivíduo- o outro. Surge a atração sexual, a socialização, as atividades de grupo, o interesse profissional, a preparação para o casamento e a preocupação em constituir família. A pessoa deixa de ser uma criança narcisista em busca de prazer, para tornar-se um adulto socializado, orientado para a realidade.

Fechamento: a personalidade é um conjunto de traços. A soma desses traços e a forma como eles se organizam é a personalidade. Traços são características individuais (visíveis ou não), podendo ter intensidades diferentes. Cada traço pode manifestar-se:

- igual em locais diferentes: tímido em casa, na escola, com grupos de amigos.

- diferente no mesmo local: tenso de manhã, tranqüilo nos períodos da tarde e da noite. - diferente em locais diferentes: tenso no serviço, calmo na escola, etc...

obs: ao longo da vida, em função das experiências e da maturidade, os traços também podem sofrer alteração.

Bibliografia:

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, Ma. de L. T. . Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª ed. reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002.p. 70-84.

HALL, C S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da personalidade. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 49-78.

Referências

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