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Presença de rinossinusite e qualidade de vida em escolares

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Academic year: 2021

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PRESENÇA DE RINOSSINUSITE E QUALIDADE DE VIDA EM ESCOLARES

PRESENCE OF RHINOSINUSITIS AND QUALITY OF LIFE IN SCHOOLCHILDREN Luane Gabriele Casagrande da Silva1

Guilherme Pilla Caminha2 Paulo Fontoura Freitas3 Márcia Margaret Menezes Pizzichini4

________________________

1

Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:luanegabriele@gmail.com

2

Médico Otorrinolaringologista. Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: gpcaminha@uol.com.br

3

Médico Epidemiologista. Doutor em Epidemiologia pela Universidade de Londres. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: pfreitas.epidemio@gmail.com

4

Médica. Doutora em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação das Vias Aéreas – NUPAIVA – Florianópolis (SC) Brasil. E-mail: marcia.pizzichini6@gmail.com

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RESUMO

Introdução: Durante a adolescência, a qualidade de vida relacionada à saúde está associada

ao rendimento em classe, ao desenvolvimento das habilidades intelectuais, sono e produtividade. A rinossinusite é uma condição clínica multifatorial subdiagnosticada que interfere no dia-a-dia de estudantes, impactando de sobremaneira nos mais diferentes aspectos da vida social e na aprendizagem escolar. Objetivo: Avaliar a prevalência de sintomas de rinossinusite e a qualidade de vida associada a essa condição, em escolares no período de maio a julho de 2012, em Florianópolis-SC. Método: Estudo transversal, que realizou uma subanálise de banco dados. A população foi constituída de escolares de 12 a 14 anos, matriculados nas escolas das redes pública e privada de Florianópolis-SC em 2012, utilizando como ferramenta o questionário SNOT-22. Os dados foram inseridos no programa Microsoft Excel e analisados pelo programa SPSS 18.0. Resultados: Do total de 2.558 escolares, 44,4% preencheram os critérios para rinossinusite, sendo que o sexo masculino apresentou prevalência maior (46,9% vs. 41,8%) do que o sexo feminino. Em relação ao impacto que a presença de sintomas nasossinusais causam na má qualidade do sono dos estudantes que participaram do estudo, houve associação significativa entre a presença de rinossinusite e o autorrelato de falta de uma boa noite de sono, dificuldade em pegar no sono, frequentemente acordar sentindo-se cansado pela manhã e acordares noturnos - essa última a queixa mais comum. Na análise de fatores emocionais, a prevalência de rinossinusite foi mais do que o dobro naqueles adolescentes que relataram frustração, impaciência ou irritabilidade, diminuição da concentração para atividades diárias e cansaço e fadiga ao longo do dia. A queixa mais prevalente dos escolares que preencheram os critérios para rinossinusite foi a de produtividade diária diminuída (70,8%). A faixa-etária com maior prevalência de rinossinusite foi a de 14 anos completos, sendo que a rinossinusite apresenta maior prevalência quando associada a rinite alérgica do que isoladamente (60,6%). Conclusão: A rinossinusite é uma doença de alta prevalência na infância e na adolescência, com repercussões pessoais e sociais expressivas. O reconhecimento de sua sintomatologia nasossinusal, impactos emocionais e do sono é fundamental, no intuito de minimizar suas consequências na qualidade de vida relacionada à saúde dessas populações.

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ABSTRACT

Introduction: During adolescence, quality of life related to health is associated with

performance in classes, development of intellectual abilities, sleep, and productivity. Rhinosinusitis is a subdiagnosed multifactorial clinical condition that interferes with student's daily life, impacting greatly on the most different aspects of social and school life. Objective: To evaluate the prevalence of symptoms of rhinosinusitis and the quality of life associated with this condition in schoolchildren from may to july 2012 in Florianópolis-SC. Method: Cross-sectional study, which performed a subanalysis of bank data. The population consisted of students aged 12 to 14 years, enrolled in public and private schools in Florianópolis-SC in 2012, using the SNOT-22 questionnaire as a tool. The data was entered into the Microsoft Excel program and analyzed by the SPSS 18.0 program. Results: Of the 2.558 schoolchildren, 44.4% met the criteria for rhinosinusitis, with males having a higher prevalence (46.9% vs. 41,8%) than females. In relation to the impact of the presence of nasosinusal symptoms on the poor sleep quality of the students participating in the study, there was a significant association between the presence of rhinosinusitis and the self report of lack of a good night of sleep, difficulty in getting to sleep, frequently wake up feeling tired in the morning and wake up at night - the latter being the most common complaint. In the analysis of emotional factors, the prevalence of rhinosinusitis was more than double in those adolescents who reported frustration, impatience or irritability, decreased concentration for daily activities and tiredness and fatigue throughout the day, being the most prevalent complaint among schoolchildren who fulfilled the criteria for rhinosinusitis daily decreased productivity (70.8%). The age range with the highest prevalence of rhinosinusitis was 14 years, and rhinosinusitis is more prevalent when associated with allergic rhinitis than in isolation (60.6%). Conclusion: Rhinosinusitis is a disease of high prevalence in childhood and adolescence, with significant personal and social repercussions. The recognition of their nasosinusal symptoms and emotional and sleep impacts is fundamental, in order to minimize their consequences on the quality of life related to the health of these populations.

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INTRODUÇÃO

A rinite e a sinusite são condições clinicamente relacionadas e frequentemente se encontram associadas nos indivíduos, sendo dessa forma Rinossinusite (RNS) a nomenclatura correta1.

De acordo o European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps (EPOS), a RNS é definida como a inflamação do nariz e seios paranasais, caracterizada por dois ou mais sintomas, sendo estes obstrução, congestão ou secreção nasal, associado à dor/pressão facial com perda ou redução do olfato, além de sinais endoscópicos e/ou tomográficos de alterações inflamatórias do complexo ostiomeatal e meato médio, especialmente. A RNS pode ser classificada em leve, moderada e grave de acordo com a Escala Analógica Visual (EAV), definida pelo paciente de acordo com o quão incômodos são seus sintomas (em uma escala de 0-10cm)2,3.

A RNS crônica é uma das doenças mais prevalentes na Europa e nos Estados Unidos da América, afetando neste último 1 em cada 7 pessoas - com uma prevalência de 15% na população adulta4-6. O Brasil ainda carece de estatísticas de prevalência e incidência referentes a RNS, porém, em estudos recentes, a prevalência estimada na cidade de São Paulo foi de 5,51% (500.000 indivíduos), estando associada a fatores como rinite, asma e população de baixa renda7,8.

Quanto a patogênese da RNS, Stevens at al.9 estabeleceram que não está claramente definida, e que provavelmente seja uma doença multifatorial, tendo um fenótipo associado com frequência a presença de asma e Rinite Alérgica (RA).

Embora os sintomas nasossinusais não estejam associados ao risco de morte, representam um problema de saúde significativo que está associado a custos médicos expressivos, perda do sono e redução da produtividade, resultando na diminuição progressiva da Qualidade de Vida (QV) tanto em adultos como em adolescentes. A adolescência merece

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uma atenção especial – já que é um período em que ocorrem manifestações mais intensas de estresse, e a presença da RNS pode trazer comprometimentos acentuados na vida e aprendizagem escolar, o que interfere negativamente em diversos aspectos da vida futura desses estudantes. Além do mais, a RNS crônica está relacionada ao desenvolvimento de ansiedade e sintomas depressivos3,10-12.

Minimizar o considerável comprometimento da QV causado pela presença da RNS é um desafio, já que essa condição está associada a uma série de comorbidades. O termo QV é cada vez mais utilizado dentro das ciências humanas e biológicas, e seu conceito tem se tornado importante. Embora exista uma falta de consenso conceitual, muitas vezes é considerada sinônimo de saúde, felicidade e satisfação pessoal e de condições de vida13,14.

A utilização dos questionários como ferramentas para avaliação de sintomas percebidos pelos pacientes tem sido cada vez mais efetiva para coletar informações. Atualmente, um dos questionários específicos mais utilizados para avaliar sintomas e desfechos nasossinusais é o SNOT-22 (22-item sinonasal outcome test). O SNOT-22 é um questionário validado, doença-específico, relacionado à qualidade de vida associada à saúde, e que é amplamente utilizado no Reino Unido desde 20001,15-16.

A RNS, isoladamente ou associada a outras comorbidades, como a RA, apresenta um impacto significativo na capacidade de concentração, produtividade diária, aprendizado, má qualidade do sono e de vida de estudantes em fase de franco desenvolvimento intelectual e social. O presente estudo objetivou identificar a prevalência da RNS em escolares de 12 a 14 anos, bem como verificar aspectos de qualidade de vida associados à saúde, utilizando o instrumento SNOT-22, questionário validado para identificar sintomas nasossinusais,

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Estudo observacional transversal que teve como população alvo adolescentes entre 12 a 14 anos, de ambos os sexos, matriculados nas escolas das redes pública e privada da cidade de Florianópolis, no período de maio a julho de 2012, com número estimado em 2.558 escolares.

No estudo original3, foram selecionadas 19 escolas da rede pública e 5 escolas da rede privada, totalizando 24 escolas, ordenadas por localização geográfica, obedecendo a paridade do número de alunos matriculados em cada região da cidade. Os participantes e os pais foram instruídos sobre os objetivos do estudo, e apenas responderam aos questionários aqueles alunos que tiveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis. Os dados foram coletados por um grupo capacitado de colaboradores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal de Santa Catarina.

No atual estudo, após autorização do responsável legal pelo banco de dados a ser utilizado, foram selecionadas as variáveis de interesse - obtidas a partir da utilização do instrumento SNOT-22 - e posteriormente analisadas.

O questionário doença-específico de desfechos nasossinusais, SNOT-22, validado para o português do Brasil por Caminha et al. em 201216, apresenta 22 questões específicas relativas a sintomas físicos e aspectos de qualidade de vida relacionada a saúde. Cada questão varia de pontuação em uma escala de 0 (nenhum problema) a 5 (problema gravíssimo), sendo que o escore total pode variar de 0 a 110. Os domínios que constituem esse instrumento são quatro: sintomas nasais (questões 1-6, 21 e 22), oto-faciais (questões 7-10), relacionados ao sono (questões 11-14) e emocionais (questões 16-20)1.

Foram analisadas como variáveis dependentes a presença de rinossinusite (inflamação do nariz e seios paranasais, caracterizada por dois ou mais sintomas, sendo estes obstrução, congestão ou secreção nasal, associado à dor/pressão facial com perda ou redução do olfato -

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QV do SNOT 22 - sono (questões 11-14) e fatores emocionais (questões 16-20). As variáveis independentes compreendem sexo (masculino/feminino), idade (12, 13 e 14 anos) e presença de rinite alérgica (relato de diagnóstico médico alguma vez).

O estudo original3 foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina, sob parecer consubstanciado no 2397 no ano de 2012.

Os dados foram tabulados utilizando o software Windows Excel, e posteriormente analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc; 2009. Os dados qualitativos foram apresentados na forma de frequências (simples e relativa) e os dados quantitativos em medidas de tendência central e de dispersão. A associação entre variáveis categóricas de desfecho – domínios do questionário SNOT-22, com as variáveis de exposição – sociodemográficas e clínicas, foram calculadas com o teste qui-quadrado ou prova exata de Fisher. O nível de significância estabelecido foi valor de p≤0,05. Foi utilizada a medida de associação Razão de Prevalência (RP) com os respectivos Intervalos de Confiança 95% (IC95%).

RESULTADOS

O presente estudo reuniu dados de 2.558 adolescentes. Do total de alunos, 67,1% eram oriundos de escolas públicas, sendo que 50,9% eram do sexo masculino.

Quanto a prevalência de RNS, 1.135 escolares preencheram os critérios para a sua presença (44,4%). Houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos, com maior prevalência no sexo masculino (46,9% vs 41,8%). Quanto a idade da amostra, há uma aparente linearidade na prevalência de RNS, embora não haja significância estatística da mesma. Nesse intervalo de idades, aquela com maior prevalência de RNS foi de 14 anos completos.

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Tabela 1. Prevalência de Rinossinusite em escolares dos sexos feminino e masculino, com idades de 12 a 14 anos. Idade 12 anos 177 42,9 1 13 anos 500 44,3 1,03 (0,90-1,17) 0,606 14 anos 458 45 1,05 (0,92-1,19) 0,452

A associação entre RA e RNS apresentou significância estatística (tabela 2), sendo que 688 (26,89%) do total de escolares apresentam ambas comorbidades. A RNS apresenta maior prevalência quando associada a RA do que isoladamente.

Tabela 2. Associação entre Rinossinusite e Rinite Alérgica.

Ausência de RA 447 32,7

Analisando as características do domínio sono do SNOT-22, evidenciou-se que a presença de RNS é fator de risco para má qualidade do sono e disfunções do sono em estudantes. Há associação significativa entre a presença da RNS e o autorrelato de falta de uma boa noite de sono, dificuldade em pegar no sono, frequentemente acordar sentindo-se cansado pela manhã, e acordares noturnos, sendo essa última a queixa mais comum (tabela 3). A prevalência de RNS foi mais do que o dobro naqueles estudantes que referiram acordar cansados pela manhã e apresentar dificuldade em pegar no sono.

Variáveis RNS N % RP(IC95%) P Sexo Masculino 610 46,9 1,12(1,02-1,22) 0,01 Feminino 525 41,8 RNS N % RP(IC95%) P Presença de RA 688 57,8 1,76(1,61-1,93) <0,001

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Tabela 3. Associação entre presença de Rinossinusite e o Domínio Qualidade do Sono.

Falta de uma boa noite de sono

SIM 658 61,78 1,93(1,77-2,11) <0,001 NÃO 407 31,92

Acordar cansado pela manhã

SIM 912 57,83 2,55(2,25-2,88) <0,001 NÃO 665 22,65

Dificuldade em pegar no sono

SIM 726 61,63 2,09(1,90-2,29) <0,001 NÃO 452 29,48

Com relação ao impacto que a RNS pode trazer a vida escolar e social, as respostas referentes ao domínio emocional do SNOT-22 demonstraram associação significativa em todas as variáveis questionadas.

A prevalência de RNS foi mais do que o dobro naqueles adolescentes que relataram frustração, impaciência ou irritabilidade, diminuição da concentração para atividades diárias e cansaço e fadiga ao longo do dia. As queixa mais prevalente dos escolares que preencheram os critérios para RNS foram produtividade diária diminuída (70,8%), seguida pelo autorrelato de sentir-se constrangido (70,5%).

Variáveis RNS

N % RP(IC95%) P

Acordar durante a noite

SIM 654 62,23 1,94(1,78-2,12) <0,001

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Tabela 4. Associação entre presença de Rinossinusite e o Domínio Fatores Emocionais.

Produtividade diminuída

SIM 560 70,8 2,18(2,01-2,36) <0,001 NÃO 231 32,46

Sentir-se frustrado, impaciente ou irritado SIM 797 60,2 2,20(1,99-2,43) <0,001 NÃO 527 27,33 Sentir-se constrangido SIM 489 70,56 2,04(1,88-2,20) <0,001 NÃO 204 34,59 Sentir-se triste SIM 619 61,35 1,85(1,70-2,02) <0,001 NÃO 390 33,05 Cansaço/fadiga ao longo do dia SIM 766 64,32 2,39(2,17-2,63) <0,001 NÃO 425 26,89 DISCUSSÃO

Esta é uma pesquisa original, que buscou analisar a prevalência de RNS e a QV associada a essa condição clínica em escolares de 12 a 14 anos, em Florianópolis/SC, no período de maio a julho de 2012 – com base em banco de dados de domínio particular e informações coletadas por meio de questionário autoaplicável. O SNOT-22 é um instrumento amplamente utilizado na avaliação de pacientes portadores de doenças nasossinusais, e possui confiabilidade e reprodutibilidade asseguradas, sendo reconhecido internacionalmente. As questões são de fácil preenchimento e compreensão, e trata-se de uma importante ferramenta para uso tanto na área de pesquisa como na prática clínica16.

Variáveis RNS

N % RP(IC95%) P

Concentração diminuída

SIM 669 67,17 2,26(2,07-2,47) <0,001

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A RNS é uma síndrome clínica caracterizada por inflamação da mucosa do nariz e seios paranasais, sendo sua sintomatologia persistente. Em suas muitas formas, constitui uma das condições mais comuns encontradas na prática médica. Apresenta impacto expressivo nos pacientes acometidos, o que leva a redução da QV por suas repercussões nasossinusais crônicas, exacerbações agudas e frequente associação com comorbidades pulmonares. Além disso, as constantes manifestações da RNS resultam em bilhões de euros e dólares de custos relacionados a saúde em todo o mundo todos os anos, incluindo visitas e tratamentos médicos, bem como custos indiretos relacionados à perda de produtividade por falta de dias ao trabalho. No entanto, apesar de sua magnitude, há um déficit de estudos epidemiológicos explorando a prevalência e incidência da RNS. Dados recentes demonstraram que a RNS afeta aproximadamente 5–15% da população geral tanto na Europa como nos EUA. No entanto, a prevalência de diagnóstico médico de RNS foi de apenas 2-4%2.

A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, e se caracteriza pelos impulsos do crescimento físico, mental, emocional, e social, bem como pela busca do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas da sociedade em que está inserido3. A partir dos resultados obtidos no presente estudo, verifica-se prevalência significativa de RNS em ambos os sexos em idade escolar, bem como a queda acentuada na QV relacionada ao sono e a fatores emocionais nessa população jovem.

Corroborando com o presente estudo, Smith et al., ao analisarem as características sócio-demográficas de crianças de 6 a 18 anos, verificaram maior prevalência de RNS no sexo masculino (63% vs 52%)17. Porém, em pesquisa realizada no departamento de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca, o diagnóstico de RNS (25% da população em estudo) - realizado através de entrevista clínica e rinoscopia, não encontrou significância na correlação ser do sexo masculino e a presença de RNS18.

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a 110. No presente estudo, a escala de gravidade dos sintomas não foi avaliada para fins de comparação entre as variáveis sócio-demográficas. No entanto, Hoehle et al.19, em pesquisa

pertencente a academia Irlandesa de Medicina, estudou 572 pacientes com diagnóstico de RNS e idades variadas entre fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018, e encontrou o autorrelato de sintomatologia mais severa e escores mais elevados do SNOT-22 no sexo feminino. Em estudos que aplicaram o mesmo instrumento em populações saudáveis, Erksine et al.15 e Gregório et al.20, também foi constatado que as mulheres apresentaram pontuações significativamente mais altas na escala de gravidade dos sintomas do SNOT-22. Além do mais, as mulheres têm um custo anual maior em produtividade e perda de dias de trabalho por impactos da RNS, quando comparadas com os homens21. É provável que isso seja devido ao fato de as mulheres terem uma melhor percepção das manifestações e sintomas da RNS - mesmo em doença menos extensa, além de se demonstrarem mais capazes de relatá-los, especialmente aquelas que apresentam maior repercussão no domínio emocional20,22. Outra possível razão pode ser de que a função olfativa seja melhor no sexo feminino, já que mulheres com sintomas nasossinusais apresentam escores significativamente maiores do que os homens em numerosos testes psicométricos, o que apresenta valor prognóstico para ansiedade e depressão12.

Não foram encontrados outros estudos em que o SNOT-22 foi aplicado nas mesmas faixas-etárias (idade escolar) do presente artigo para fins mais fidedignos de comparação. O papel da idade dos pacientes na percepção do impacto da RNS na QV ainda é desconhecido, e estudos recentes não conseguiram demonstrar qualquer correlação entre idade e qualidade de vida na rinossinusite crônica20,21. No departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da UNIFESP20, os participantes com sintomas nasossinusais foram subdivididos em faixas etárias, e não houve diferenças significativas entre os grupos, com exceção do grupo > 60 anos, que apresentou escores mais baixos do que as outras categorias. De acordo com Hoehle et al.19, a idade se apresenta como coeficiente de regressão linear para

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a gravidade da RNS, sendo que o seu avanço está diretamente associado à sintomatologia mais branda e pontuações cada vez menores nos escores do SNOT-22. No presente estudo, houve uma aparente linearidade na prevalência de RNS (12, 13 e 14 anos), embora não haja significância estatística da mesma. Favorecendo o resultado desta pesquisa, em estudo sócio-demográfico específico em crianças publicado no Jornal da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, crianças com RNS eram mais velhas (8.2 anos vs. 5.9 anos) quando comparadas com aquelas não apresentavam os sintomas da doença17.

No presente estudo, houve associação significativa entre RNS e RA, sendo que a prevalência de RNS foi mais alta nos escolares portadores de RA. Um estudo publicado no Jornal Internacional de Otorrinolaringologia Pediátrica23 analisou a prevalência e associações da presença da RA em crianças com RNS durante dez anos (agosto de 2002 a agosto de 2012). De todas as crianças com RNS, 1086 (26,9%) foram diagnosticadas com RA e apresentavam idade média de 8,9 anos. A RNS em crianças tem sido associada a uma variedade de distúrbios, incluindo atopia, disfunções imunológicas e discinesia ciliar. Embora haja uma forte associação, ou mesmo relação de causa e efeito entre RNS e RA, a correlação epidemiológica entre esses distúrbios ainda não foi definida em crianças24. No intuito de compreender melhor a dinâmica destas duas comorbidades, um estudo de metanálise24 reuniu 24 artigos para avaliar as associações entre alergia, atopia e RA com RNS. Como resultado, um quase igual número de estudos apoia e refuta o papel da alergia na RNS com ou sem pólipos, e, portanto, não está definido se a alergia causa qualquer forma de RNS e suas associações. Ainda assim, o impacto de fatores alérgicos na RNS merece atenção clínica por meio de variedades de estratégias subjetivas e objetivas e avaliação adequada e abrangente, no intuito de fornecer base para diagnóstico e intervenção adequada e precoce25.

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(60-funções cognitivas e sintomas depressivos desta população26. Em um estudo27, pacientes com RNS crônica - avaliada pelo SNOT-22 - apresentaram escores significativos de má qualidade do sono, bem como em variáveis como latência do sono, duração do sono, eficiência do sono, necessidade de medicação para dormir e disfunção diurna. Além disso, aqueles pacientes com sono mais precário possuem maior prevalência de RNS considerada grave, apresentando incapacidades específicas dessa doença. No entanto, há uma aparente melhora do padrão do sono na população que possui tratamento adequado e contínuo da comorbidade28,29.

Em um estudo realizado em população controle, em que foi aplicado o SNOT-22, a queixa mais frequente relacionada ao sono foi a de acordar sentindo-se cansado pela manhã18. No presente estudo, a queixa mais comum no domínio sono foi a de despertares noturnos, e, possivelmente, os fatores que contribuem para a interrupção do sono na RNS incluem obstrução, dor facial e inflamação crônica frequentes26. Apesar da presença da sintomatologia nasossinusal, o domínio rinológico foi o menos associado a perda de produtividade, quando comparado aos domínios sono e fatores emocionais30. Em um segundo estudo realizado apenas em controles, o sexo feminino obteve escores significantemente mais altos para o domínio sono do que o sexo masculino15. Segundo estudo publicado no The Laryngoscope, o domínio sono do SNOT-22 apresentou o segundo maior coeficiente de correlação com custo de produtividade, sendo o primeiro o domínio da disfunção psicológica30.

Elevadas taxas de depressão, ansiedade, e fadiga têm sido intimamente associadas à RNS. A busca ativa por tratamento precoce e acompanhamento médico e, quando indicado, abordagem cirúrgica, têm demonstrado melhorar significativamente a QV relacionada a saúde por essa morbidade10. Porém, apesar dos tratamentos clínico e cirúrgico dos sintomas estarem associados a melhores escores do SNOT-22, numerosos estudos sugerem que grande parte da produtividade perdida por impactos da RNS está relacionada a fatores emocionais. Portanto, abordar aspectos não-rinológicos da doença pode ser essencial na busca pela melhora dos impactos causados por essa condição clínica30.

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No presente estudo, a prevalência do autorrelato de sentir-se triste (61,3% vs. 33%) e constrangido (70,5% vs. 34,5%) foi muito mais comum em escolares que preencheram os critérios para RNS do que nos adolescentes saudáveis. Um estudo de caso-controle31 avaliou a depressão em pacientes com RNS, em comparação com controles saudáveis utilizando o Beck Depression Inventory II (BDI), sendo que os escores do BDI foram significativamente maiores nos pacientes com RNS. Além do mais, o uso do BDI como instrumento de triagem detectou depressão em quase um terço dos pacientes com RNS. A depressão nesses pacientes era independente de outras doenças crônicas associadas a rinossinusite, incluindo asma e RA. Esse mesmo estudo também demonstrou que a depressão parece ser mais comum em pacientes com RNS associada a presença de pólipos nasais.

Apesar da associação significativa recorrente em numerosos estudos, carece-se de conhecimento sobre a prevalência e os tipos de depressão em pacientes com RNS e, em última análise, determinar se a depressão é um fator de risco para e/ou modifica o curso da RNS após o tratamento, pois ainda são necessárias informações e pesquisas nesse sentido32.Os principais fatores associados a sintomas depressivos nesses pacientes estão relacionados com o número de faltas à escola e também ao trabalho11. A perda de produtividade por RNS constitui um componente importante do ônus social da doença, com o custo estimado em 260 bilhões de dólares apenas nos Estados Unidos26, sendo que essa doença está entre as dez condições de saúde mais custosas aos empregadores naquele país2.

A falta de concentração e/ou diminuição da produtividade levam ao comprometimento cognitivo26. Em nosso estudo, as queixa mais comum do domínio emocional apresentada pelos adolescentes foi a de produtividade diminuída – que atingiu significância estatística quando comparada entre aqueles que preencheram ou não os critérios para RNS. Além disso, a diminuição da concentração também foi mais frequente naqueles com a presença de rinossinusite (67,1% vs 29,62%). Em estudo de Soler et al.32, da Divisão de Rinologia e

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Pescoço da Universidade da Carolina do Sul, foram aplicados em pacientes com RNS e em controles saudáveis os questionários PSQI (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh), BDI-II, ESF (Escala de Severidade da Fadiga) e SNOT-22. Em pacientes com RNS, houve correlação significativa em todos os escores desses instrumentos. Esse estudo também testou a função cognitiva de pacientes com RNS por um método objetivo, utilizando uma bateria de testes da plataforma informatizada - Avaliações Métricas Neuropsicológicas Automatizadas, e encontraram uma redução do ―tempo de reação‖ em pacientes com RNS, em comparação aos controles.

Com isso, é possível perceber as várias deficiências que estão inter-relacionadas nos pacientes com doença nasossinusal, considerando também que existe a sobreposição de itens entre esses instrumentos. O fato de sentir-se frequentemente frustrado, impaciente ou irritado foi uma variável que atingiu altos escores e significância estatística no presente estudo, demonstrando a frequência e a intensidade desses tipos de incapacidade que tanto repercutem nas populações com doenças nasossinusais, principalmente em adolescentes em idade escolar.

A validação para a língua portuguesa e a prévia utilização dos questionários utilizados no presente trabalho não garantem que o entendimento das questões se faça de modo adequado, o que pode vir a ser uma limitação. A utilização de variáveis sócio-econômicas (escolas públicas vs. privadas) e geográficas não foi explorada, podendo serem dados a utilizar-se futuramente. Outros estudos em adolescentes e populações pediátricas com RNS são necessários, já que a grande maioria das pesquisas são realizadas em populações adultas e carece-se de meios mais fidedignos de comparação nessas faixas-etárias, além de dados epidemiológicos - principalmente no Brasil - mais atualizados.

Em conclusão, RNS é uma das principais doenças da infância e da adolescência, e suas repercussões atingem não somente o jovem, mas toda uma estrutura familiar e social, o que traz problemas relevantes e implicações a longo prazo. Além disso, é uma patologia muitas vezes negligenciada pelo paciente, pois é caracterizada por sintomas julgados fugazes,

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já que não incapacitam o jovem de realizar tarefas, mesmo que sejam realizadas de maneira inadequada. O reconhecimento de sua sintomatologia nasossinusal, impactos emocionais e do sono é fundamental, no intuito de minimizar suas consequências na QV relacionada à saúde dessas populações.

REFERÊNCIAS

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