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Arranjo Físico e Fluxo
Assuntos abordados neste capítulo:
Definição;
Importância da decisão de escolha;
O binômio volume-variedade;
Os tipos básicos de arranjo físico;
Vantagens e desvantagens de cada tipo; e
Arranjo Físico e Fluxo - Definição
Localização física dos recursos de transformação:
Instalações;
Máquinas;
Equipamentos; e
Pessoal da produção.
Determina a
“forma” e a aparência da operação
produtiva;
Determina como os recursos transformados fluem
através da operação.
Materiais;
Informações; e
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Arranjo Físico e Fluxo - Planejamento
Importância nas decisões de arranjo físico:
Atividade difícil e de longa duração devido às
dimensões físicas dos recursos de transformação
movidos;
Re-arranjar
uma
operação
já
existente
pode
interromper o ciclo produtivo, ocasionando perdas de
produtividade ou à insatisfação do cliente;
Um arranjo errado pode ocasionar estoques de
materiais, filas e gargalos, lead times longos, operações
inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos de
produção; e
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Arranjo Físico e Fluxo – 1º decisão
Decisão do processo
pelo binômio volume-variedade
Produtos
Projeto Baixo Alto Baixa Alta JobbingTipos de processos em operações de manufatura Volume
Lote ou Bateladas
Massa
Arranjo Físico e Fluxo – 1º decisão
Decisão do processo
pelo binômio volume-variedade
Serviços
Loja de serviços
banco (pessoa física)
restaurante
hotelaria
varejo em geral Serviços profissionais
consultoria
banco (pessoa jurídica)
serviço médico assistência técnica Serviços de massa transporte urbano cartão de crédito comunicações varejo de revistas Ênfase em: pessoas front Office processo Alto grau de:
contato personalização autonomia Ênfase em: equipamentos back room produto Baixo grau de:
contato
personalização
autonomia
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Relação
entre tipos de
processos
e tipos básicos de
arranjo físico
Processo contínuo
Processo em massa
Processo tipo batch
Processo tipo jobbing
Processo por projeto Tipos de processo
de manufatura
Arranjo físico por
produto
Arranjo físico celular
Arranjo físico por
processo Arranjo físico posicional Tipos básicos de arranjo físico Serviços de massa Loja de serviços Serviços profissionais Tipos de processos de serviços
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico posicional
COMPONENTE PRINCIPAL OPERÁRIO EQUIPAMENTO PEÇAS FERRAMENTAL
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico posicional
O material fica parado, fixo, enquanto todos os recursos
transformadores, como equipamentos, máquinas, instalações e pessoas se movem para realiza-lo.
Características:
- produtos fabricados de grandes dimensões; - poucas unidades fabricadas;
- equipamentos de alta flexibilidade.
Exemplos: grandes máquinas fresadoras, retificadoras,
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico por processo
TORNO TORNO TORNO FRESA FRESA FRESA RETIFICA RETIFICA RETIFICA 1 2 3 ALM OX AR IF AD O D E M A T ÉR IA -PR IM A ALMOX ARI F ADO DE PRODU T OS
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico por processo
Neste tipo agrupam-se operações similares, ou seja,
teremos áreas/setores de prensas, de tornos, de retíficas, de soldagens, entre outros. Assim, cada produto poderá atender a roteiros/processos específicos, tornando a
produção bastante flexível.
Como exemplos, podemos citar:
ferramentarias, setores de manutenção, supermercado, entre outros.
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico celular
Fresa
Fresa Torno Torno Torno
Fresa Retifica Retifica Retifica
MP PA
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico celular
tem como objetivo montar minifábricas dentro da fábrica
para diferentes famílias de produtos, que tem em comum semelhança geométrica, semelhança de processo, etc..
características:
- lotes de tamanho médio;
- produtos e roteiros variados;
- agrupamento em “U” das máquinas e equipamentos necessários para a família;
- utilização de operários polivalentes; - ajusta-se ao just in time.
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Decisão do tipo básico
de arranjo físico dos recursos
Arranjo físico por produto
Exige grandes investimentos em máquinas e equipamentos Características:
- Produto fabricado em grandes quantidades; - Produtos semelhantes entre si;
- Utilizado em sistemas de produção contínuos;
- Programação e controle da produção mais simplificado; - Exige balanceamento da linha de produção;
- Equipamentos dispostos de acordo com a seqüência de operações.
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Posição do processo no contínuo volume-variedade influencia
seu arranjo físico e o fluxo de recursos transformados
Arranjo Físico Posicional Baixo Alto Baixa Alta Arranjo Físico por Processo Volume Arranjo Físico Celular Arranjo Físico por Produto Fluxo é intermitente
Fluxo regular mais importante
Fluxo torna-se contínuo
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Vantagens e desvantagens dos tipos básicos de arranjo físico
Vantagens Desvantagens
Posicional Flexibilidade de mix e produto muito alta;
Produto ou cliente não movido ou perturbado;
Alta variedade de tarefas para a mão-de-obra;
Custos unitários muito altos; Programação de espaço ou atividades pode ser complexa; Pode significar muita
movimentação de
equipamentos e mão-de-obra;
Processo
Alta flexibilidade de mix e produto;
Relativamente robusto em caso de interrupção de etapas;
Supervisão de equipamento e instalações relativamente fácil;
Baixa utilização de recursos; Pode ter alto estoque em processo ou filas de clientes;
Fluxo complexo pode ser difícil de controlar;
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Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
Vantagens e desvantagens dos tipos básicos de arranjo físico
Vantagens Desvantagens
Celular
Pode dar um bom compromisso entre custo e flexibilidade para operações com variedade
relativamente alta;
Atravessamento rápido;
Trabalho em grupo pode resultar em melhor motivação;
Pode ser caro reconfigurar o arranjo físico atual;
Pode requerer capacidade adicional; Pode reduzir níveis de utilização de recursos;
Produto
Baixos custos unitários para altos volumes;
Dá oportunidade para
especialização de equipamento; Movimentação de clientes e
materiais conveniente;
Pode ter baixa flexibilidade de mix ; Não muito robusto contra
interrupções;
Trabalho pode ser repetitivo;
Arranjo Físico e Fluxo – 2º decisão
(a) os tipos básicos de arranjo físico têm características diferentes de
custos fixos e de custos variáveis que parecem determinar qual usar;
(b) na prática, a incerteza sobre os custos fixos e variáveis de cada tipo
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Arranjo Físico e Fluxo – 3º decisão
Projeto detalhado do arranjo físico:
Posição física de todos os recursos de transformação
Tem como saídas:
A localização física de todas as instalações,
equipamentos, máquinas e pessoal que constituem
os centros de trabalho da operação;
O espaço a ser alocado a cada centro de trabalho;
As tarefas que serão executadas por centro de
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Arranjo Físico e Fluxo – 3º decisão
Um bom arranjo físico deve contemplar:
Segurança inerente - todos os processos que podem
representar perigo, tanto para a mão-de-obra como para os clientes, não devem ser acessíveis a pessoas não autorizadas. Saídas de incêndio devem ser claramente sinalizadas com acesso desimpedido. Passagens devem ser claramente marcadas e mantidas livres.
Extensão do fluxo - o fluxo de materiais, informações ou
clientes deve ser canalizado pelo arranjo físico de forma a atender aos objetivos da operação. Em muitas operações, isso significa minimizar as distâncias percorridas pelos recursos transformados. Embora não sempre, supermercados gostariam de garantir que os clientes passassem por determinados produtos em seu trajeto dentro da loja.
Arranjo Físico e Fluxo – 3º decisão
Um bom arranjo físico deve contemplar:
Clareza de fluxo - todo o fluxo de materiais e clientes deve ser
sinalizado de forma clara e evidente para clientes e para a mão-de-obra. Por exemplo, operações de manufatura em geral têm corredores muito claramente definidos e marcados. Operações de serviços em geral usam roteiros sinalizados, como, por exemplo, alguns hospitais que usam faixas pintadas no chão com diferentes cores para indicar o roteiro para os diferentes departamentos.
Conforto da mão-de-obra - a mão-de-obra deve ser alocada
para locais distantes de partes barulhentas ou desagradáveis da operação. O arranjo físico deve prover um ambiente de trabalho bem ventilado, iluminado e, quando possível, agradável.
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Arranjo Físico e Fluxo – 3º decisão
Um bom arranjo físico deve contemplar:
Coordenação gerencial - supervisão e coordenação devem
ser facilitadas pela localização da mão-de-obra e dispositivos de comunicação.
Acesso - todas as máquinas, equipamentos e instalações
devem estar acessíveis para permitir adequada limpeza e manutenção.
Uso do espaço - todos os arranjos físicos devem permitir uso
adequado do espaço disponível da operação (incluindo o espaço cúbico, assim como o espaço de piso). Isso em geral implica minimizar o espaço utilizado para determinado propósito, mas às vezes pode significar criar uma impressão de espaço luxuoso, como no lobby de entrada de hotéis de luxo.
Arranjo Físico e Fluxo – 3º decisão
Um bom arranjo físico deve contemplar:
Flexibilidade de longo prazo - os arranjos físicos devem
ser mudados periodicamente à medida que as necessidades da operação mudam. Um bom arranjo físico terá sido concebido com as potenciais necessidades futuras da operação em mente. Por exemplo, se é provável que a demanda cresça para determinado produto ou serviço, o arranjo físico foi projetado de modo a poder acomodar a futura expansão?
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