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COMPLIANCE: O QUE É E COMO IMPLANTAR?

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Academic year: 2021

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COMPLIANCE:

O QUE É E COMO IMPLANTAR?

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Do inglês “to comply”, com-pliance significa estar de acordo ou agir em conformi-dade com leis e normas, sejam elas externas ou internas às organizações. Nesse sentido, os programas, mais do que traçar estratégias para prevenir atos ilícitos, estabelecem as condutas esperadas por todos os que trabalham ou se relacio-nam com a organização, bem como as punições para os desvios e mecanismos de tratamento das não conformidades. E isso vale para todas as esferas: criminal, trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, ética, entre outras.

Do ponto de vista internacional, dois documentos são considerados balizadores do compliance: a Foreign Cor-rupt Practices Act (FCPA), lei federal norte-americana

promulgada em 1977 para combater a corrupção pratica-da por pessoas ou entipratica-dades estrangeiras relacionapratica-das aos Estados Unidos, e a UK Bridge Act (UKBA), norma britânica lançada em 2010. No decorrer dos anos, ambas se consolidaram como fortes ferramentas de enfrenta-mento à corrupção e evidenciaram a importância dos programas de compliance para as organizações. Vale ressaltar, entretanto, que o compliance não se resume somente a estratégias de prevenção à corrupção. Apesar de sua origem datar do início do século XX, em um contexto de grandes empresas e agentes públicos envolvidos em corrupção, com o passar dos anos a exi-gência pela conformidade ganhou outras perspectivas, tornando-se fundamental também para a promoção de uma cultura de transparência e ética, com ganhos para a reputação e o fortalecimento da marca.

Afinal, o que é

compliance?

(3)

Linha do tempo

Lei Anticorrupção

Inspirada nas principais regu-lamentações internacionais, a FCPA e a UKBA, a Lei 12.846, conhecida como Lei Anticorrup-ção, decretada em 2013 e em vigor a partir de 2014, instituiu no Brasil a responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos cometidos em seu benefício contra a administração pública, nacional ou estrangei-ra. Desde então, o debate sobre compliance ganhou força e as organizações buscam adequar suas condutas para evitarem se submeter a multas que podem chegar a até 20% do faturamen-to, decretando em muitos casos a pena de morte da empresa.

SAIBA MAIS:

Leia na íntegra a Lei Anti-corrupção Empresarial Bra-sileira (Lei n° 12.846/2013)

Início da valorização da conformidade com a criação do Food and Drug Act (FDA), nos Estados Unidos, para regu-lamentação do co-mércio de medica-mentos e produtos alimentares.

1906

1913

1977

2010

2013

Busca pela confor-midade financeira com a criação do Banco Central dos Estados Unidos, visando garantir um sistema finan-ceiro mais estável, seguro e adequado às leis e aos regu-lamentos.

Promulgação da Fo-reign Corrupt Prac-tices Act (FCPA), lei norte-americana de combate à corrup-ção transnacional.

Aprovação da UK Bridge Act (UKBA), legislação britânica de combate à cor-rupção nacional e transnacional. Aprovação da Lei Anticorrupção bra-sileira, a Lei 12.846.

(4)

Ao implantar um programa de compliance, a empresa passa não somente a estar em conformidade com leis, regulamentações e normas, como também a estar menos propícia a envolvimento em escândalos de corrupção e em fiscalizações que possam prejudicar a sua reputação. Ela passa, por meio desse processo, a conhecer detalha-damente, de forma sistematizada e documentada, a sua própria estrutura e forma de atuação, otimizando processos e aumentando sua eficiência produtiva.

Ou seja, o compliance permite que a empresa se organize de forma totalmente profissionalizada. E, em um cená-rio econômico altamente concorrido, especialmente em períodos de crise, vão sobreviver e até mesmo conseguir crescer as organizações que se conhecerem em detalhes

BENEFÍCIOS PARA O AMBIENTE EMPRESARIAL

A corrupção, tanto na esfera pública quanto na privada, afeta toda a sociedade: governos, cidadãos e empresas. Além de desviar recursos que deveriam ser aplicados em políticas públicas, ela impacta diretamente na atividade empresarial, em razão da concorrência desleal, preços superfaturados e oportunidades restritas de negócio. Combatê-la, portanto, depende do esforço conjunto e contínuo de todos, inclusive das empresas e seus representantes.

Nesse sentido, um ambiente empresarial mediado por estratégias de compliance é mais transparente e demo-crático, e isso possibilita uma concorrência mais saudável no mercado. Além disso, a implementação de programas de compliance exige a adequação a uma série de regras e rotinas de trabalho que permitem maior controle e previ-sibilidade de custos e investimentos, contribuindo para o

Por que minha empresa

precisa implantar um

programa de compliance?

(5)

Os 10 pilares

A implantação global e efetiva do

pro-grama de compliance é complexa, pois

envolve componentes e sistemas de uma

organização. Para orientar o processo, a

equipe do escritório Peter Filho, Sodré

& Rebouças Advogados orienta seus

trabalhos a partir de 10 pilares

funda-mentais:

Sensibilizar pessoas e construir uma cultura de integridade, transparência e ética nas relações só é possível com o comprometimento de absolutamente todos que compõem a empresa, incluindo seus mais altos executivos. Por isso, é fundamental que a direção esteja efetivamente engajada com as mudanças que advirão da implementação do programa.

O código de conduta representa uma declaração da própria organização, seja pública, seja privada, sobre seus princípios e diretrizes, estabelecendo as regras que balizarão sua relação com o mercado, o governo e a sociedade. Tais regras precisam ficar absolutamente claras para os envol-vidos no negócio: diretores da empresa, gerentes, funcionários, agentes e parceiros comerciais.

1.

COMPROMETIMENTO

DA ALTA DIREÇÃO

2.

C Ó D I G O

DE CONDUTA

(6)

Consiste em uma análise total da atividade e atuação da empresa, seus parceiros e fornecedores, impacto social e econômico, entre outros quesitos, para que seja possível elencar quais pontos, positivos e negativos, devem ser melhorados ou potencializados, visando traçar estratégias para minimizar os riscos do negócio.

Uma vez identificados os riscos e definidas as estratégias para minimizá-los, é necessário estruturar as políticas de compliance. Tais regras precisam ser possíveis de serem cumpridas por todos que compõem a empresa. Ou seja, mais importante que um extenso conjunto de regras é um documento com normas boas e efetivas e que de fato sensibilizem as pessoas para o seu cumprimento.

Nessa etapa são estabelecidos os pontos em que a empresa precisará se adequar, a partir de mapeamento de processos, definição de indicadores de gestão, formulários internos, documentos de desempenho, análise de valorização funcio-nal, balanços financeiros – e a transparência dos mesmos –, entre outras ferramentas que precisam não somente ser bem definidas, como também acompanhadas e auditadas regularmente, promovendo a melhoria contínua do programa de compliance.

3.

ANÁLISE DE

PERFIL DE RISCOS

4.

ESTRUTURAÇÃO DAS

REGRAS E POLÍTICAS

5.

CONTROLES

INTERNOS

(7)

Para que haja uma efetiva mudança na cultura organização no que diz respeito à conformidade, ética e transparência, ajustando comportamentos e sensibilizando pessoas, é fundamental programar treinamentos constantes. Afinal, investimentos em educação nem sempre apresentam resultados rápidos. São como sementes que se plantam e que, quando bem regadas e nutridas, geram bons frutos.

O canal de denúncia é o meio pelo qual se pode, de forma anônima e segura, denunciar desvios de conduta, podendo ser interno ou externo à organização. Vale ressaltar que ele é fundamental para que a empresa conheça de forma genuína as origens dos problemas e possa, consequentemente, investir esforços assertivos na manutenção da cultura de integridade.

As queixas recebidas nos canais de denúncia devem ser investigadas de forma sistemática e respeitosa, atendendo aos parâmetros legais e constitucionais. É preciso que, ao se chegar aos responsáveis, seja aplicada uma punição igualmente séria e exemplar, a fim de responder à comunidade que se empenhou na formação das regras e no zelo pela integridade e pela ética.

6.

TREINAMENTO CONTÍNUO

DOS COLABORADORES

7.

CANAIS DE

DENÚNCIA

8.

INVESTIGAÇÕES

INTERNAS

(8)

A due diligence ou “devida diligência” consiste em uma análise apurada dos terceiros que têm relação com a empresa. É importante que todos que colaboram direta ou indiretamente para uma organização cumpram a mesma filosofia. Uma forma de se fazer isso é exigir que os contratados também tenham regras de compliance ou se comprometam a se adaptar, criando uma rede alta-mente transparente.

É necessário que a empresa tenha devidamente registrados os procedimentos e documentos que devem ser apresentados em fiscalizações. Essa preparação é fundamental não somente para transparecer a lisura de seus processos, mas também para preparar-se para eventuais investigações e evitar qualquer dano à reputação e à marca dessa organização.

9.

DUE DILIGENCE

10.

POLÍTICAS E

PROCEDIMENTOS

PREPARATÓRIOS

DE FISCALIZAÇÃO

(DAWN RAID)

(9)

Como implantar um programa de compliance?

O primeiro passo é a tomada de decisão. Quando, ao se avaliar o rumo desejado para uma organização pública ou privada, o objetivo for a construção de uma gestão transparente e orientada por ele-vados padrões éticos, então a forma mais adequada e assertiva é a implantação de um efetivo programa de compliance.

O segundo passo é a escolha dos profissionais que conduzirão o processo. Eles devem estar habituados ao assunto, possuir expe-riência na área e, claro, ter condições de auxiliar a organização durante o desenvolvimento. Nesse sentido, é possível estruturar na própria organização um departamento específico ou terceirizar as tarefas junto a um escritório ou uma consultoria.

É importante frisar que a avaliação dos custos envolvidos na implan-tação de um programa de compliance deve ser feita após a tomada de decisão, quando os objetivos da organização já estiverem bem definidos. Isso porque a cultura de integridade gera não somente ganho reputacional, bem como resultados financeiros concretos.

Afinal, ao conhecer com profundidade seu negócio, os potenciais são acentuados ao mesmo passo que os riscos são melhor controlados.

QUEM PROCURAR

O Peter Filho, Sodré & Rebouças Advogados está à disposição para ser o seu parceiro rumo ao fortalecimento da cultura ética na sua organização. Reconhecido pela aplicação de uma advocacia moderna, jovem, ágil, inovadora e conectada às dinâmicas sociais e aos seus reflexos no mundo jurídico, o escritório é conduzido pelos advogados Jovacy Peter Filho, Filipe Knaak Sodré e Cássio Rebouças de Moraes, todos com experiência prática e acadêmica e atendimento no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além disso, a equipe conta com a atuação do engenheiro e gestor legal Eduardo Tenório, demonstrando seu perfil multidisciplinar para melhor atender os clientes.

(10)

Rua Judith Maria Tovar Varejão, 385

Enseada do Suá - Vitória - ES. CEP: 29050-360 Telefones: (27) 3376-1225 / 99859-7709 E-mail: atendimento@peterfilho.com.br Mais informações: www.peterfilho.com.br Siga-nos em: /peterfilhosodrereboucas

Referências

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