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2,56 VITÓRIA AÇO POLO 3,08 2,15 91/96 96/00 POLO VITÓRIA

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MG-ES: BREVE ANÁLISE DEMOGRÁFICA

Na região delimitada pelo retângulo entre as capitais Belo Horizonte e Vitória, na qual se insere o eixo produtivo MG-ES, de acordo com dados de 2000, vivem quase 10 milhões de habitantes em 236 municípios e cerca de 98 mil km2. No entanto, a concentração produtiva se distribui em três pólos com

características específicas: Belo Horizonte1, Vale do Aço2 e Vitória3.

Considerando-se todos os municípios da região, a maior parte (86%) não chega a 50 mil habitantes. Apenas seis municípios (3%) tem uma população maior do que 300 mil habitantes.

Em uma análise mais focada nos três pólos, percebe-se que o Pólo Vitória concentra o maior número de municípios com mais de 300 mil habitantes. Por sua vez, embora Belo Horizonte seja o maior município de toda a região, com mais de 2 milhões de habitantes, os demais municípios em seu entorno são majoritariamente pequenos. No Vale do Aço está a maior concentração de municípios de 50 a 150 mil habitantes (33%).

É também no Pólo Vitória que está a maior taxa de crescimento demográfico anual da área de estudo. Ademais, tanto a média da região MG-ES quanto o Pólo Aço suplantaram o crescimento nacional e regional. Belo Horizonte, ao contrário, sequer acompanhou as taxas do sudeste. Observando-se aumento populacional no início e no final da década, percebe-se que foi nos primeiros anos que a capital mineira ficou muito abaixo das demais regiões (1,14%a.a), recuperando-se nos últimos anos daquele período. De um modo geral, foi a partir de 96 que o crescimento demográfico se acentuou,

MG-ES: Síntese Demográfica

População Regional : 9.498.436 habitantes

Área : 98.330 km2

Unidades Administrativas : 237 municípios

MG-ES: Tamanho dos Municípios

Faixa Populacional Nº Municípios %

até 50 mil hab 205 86

de 50 a 150 mil hab 20 8

de 150 a 300 mil hab 6 3

mais de 300 mil hab 6 3

Taxa de Crescimento Demográfico Anual - 91/00 (% a.a.) 1,84 1,86 2,56 1,63 1,61 1,56 0 1 2 3

BRASIL REGIÃO SUDEST

E

MG-E

S

POLO BH POLO AÇO POLO

VITÓRIA

Taxa de Crescimento Demográfico Anual Por Período na Última Década (% a.a.)

1,45 1,78 1,36 1,32 1,14 2,15 1,96 3,08 2,08 2,32 1,96 1,97 BRASIL REGIÃO SUDESTE

MG-ES POLO BH POLO AÇO POLO VITÓRIA 91/96 96/00 fonte: IBGE [2000]

1 22 municípios: Barão de Cocais; Bela Vista de Minas; Belo Horizonte; Brumadinho; Caeté; Catas Altas;

Congonhas; Ibirité; Itabira; Itabirito; João Monlevade; Mariana; Nova Era; Nova Lima; Ouro Branco; Ouro Preto; Raposos; Rio Acima; Rio Piracicaba; Sabará; Santa Luzia; São Gonçalo do Rio Abaixo; Sarzedo.

2 6 municípios: Belo Oriente; Coronel Fabriciano; Ipaba; Ipatinga; Santana do Paraíso; Timóteo.

3 10 municípios: Anchieta; Aracruz; Cariacica; Fundão; Guarapari; João Neiva; Linhares; Serra; Vila Velha;

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mais uma vez com destaque para Vitória que atingiu 3,08%a.a..

Com relação à densidade demográfica territorial, vê-se uma região altamente adensada, especialmente os três pólos produtivos com densidade dez vezes maior que a média nacional. Mesmo considerando todo o polígono regional de Belo Horizonte à Vitória, tem-se uma área 25% mais densa que o sudeste. Uma das explicações possíveis é o grande número de sedes municipais, espacialmente em Minas Gerais, concentrando população urbana em áreas territoriais menores que nos demais estados.

Outro indicador que corrobora com a alta densidade é a elevada taxa de urbanização. Se por um lado o sudeste já extremamente urbanizado (91%) com relação ao resto do país (81%), os três pólos têm índices próximos a 100% de urbanização, apontando para uma reduzida população rural. Neste sentido, não fosse a média regional MG-ES diluir um pouco esta taxa (88%), haveria um problema latente na região, concernente ao abastecimento de hortifrutigranjeiros em seus centros urbanos.

MG-ES: Densidade Territorial (hab/km2)

Brasil : 20

Sudeste : 78

MG-ES : 97

Pólo Belo Horizonte : 344

Pólo Aço : 345

Pólo Vitória : 203

fonte: IBGE [2000]

Embora com menor índice de analfabetismo que o país (13%), a região de estudo, com 9% de analfabetos entre a população com mais de dez anos, apresenta uma taxa mais elevada que o sudeste (7%). Contudo, o Pólo Belo Horizonte se destaca por uma das menores taxas nacionais, equivalendo a menos da metade do índice nacional e quase 30% menor que a região sudeste, em contraste com o Pólo Aço, também em Minas Gerais.

Na análise de alguns indicadores sociais, várias disparidades são encontradas. Se por um lado o número de nascimentos por mil habitantes na média regional é idêntico ao da região sudeste e, portanto, abaixo que da média nacional, a situação é heterogênea nos três pólos: menos nascimentos nos pólos mineiros e uma taxa de natalidade comparativamente alta para região, no Pólo Vitória. Taxa de Analfabetismo

(população 10 anos ou mais) 13% 7% 9% 5% 8% 7%

BRASIL SUDESTE MG-ES POLO BH POLO AÇO

POLO VITÓRIA

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Por sua vez, é neste Pólo que estão as melhores condições de vida nos doze primeiros meses, com a menor taxa de mortalidade de todos os níveis territoriais. Merece atenção a alta mortalidade infantil na média regional e nos Pólos Belo Horizonte e Vale do Aço, que chega a ser 40% maior que o índice nacional e cerca de 20% que a região sudeste.

Já os índices de mortalidade geral se assemelham, à exceção do Pólo Belo Horizonte, um pouco acima das demais e o Vale do Aço, com menor número de óbitos por mil habitantes.

Em uma análise geral do setor produtivo, percebe-se que a tendência nacional, seguida pelas demais áreas de estudo, é a população ocupada (Poc) trabalhar majoritariamente no setor terciário, ou seja, comércio, serviços e administração pública. Todavia, ainda que esta tendência se mantenha, vale destacar que o Pólo Aço tem pouco mais de 60% da Poc neste setor, enquanto o Pólo Belo Horizonte ultrapassa os 80%. Já a região MG-ES como um todo apresenta um percentual para o setor levemente superior ao nacional e da região sudeste, em torno

de 78%. ESTATÍSTICAS VITAIS – 2000 fonte: IBGE [2000] 25 21 21 20 20 25 15 18 21 21 21 14 6 6 6 7 5 6 BRAS IL SUDES TE M G-ES POL O B H TAXA DE

NATALIDADE (por mil habitantes)

TAXA

NATIMORTALIDADE (por mil nascidos vivos) MORTALIDADE GERAL (por mil habitantes) Os contrastes também aparecem no setor secundário, referente basicamente às atividades industriais de transformação e à construção. Neste caso, o Pólo Aço, notório pela concentração de siderúrgicas, chega a empregar 36% da Poc no setor, mais que o dobro do Pólo Belo Horizonte e o dobro do Pólo Vitória.

Ademais, mesmo considerando os índices do

país, do sudeste e da região MG-ES, com variações de 20 a 24% de concentração da força produtiva no setor secundário, são bastante inferiores ao observado no Pólo Aço.

População Ocupada por Setor Produtivo - 1998 (% )

1,8 1,6 1,8 1,6 0,0 1,5 77,7 23,0 24,0 20,4 15,6 36,0 18,6 75,2 74,4 82,8 61,8 79,8

BRASIL SUDESTE MG-ES POLO BH POLO AÇO POLO VITORIA

PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO

fonte: IBGE [2000]

Já o setor primário, no qual estão as atividades agrícolas e extrativas, emprega em todos os níveis de análise menos de 2% da população ocupada. Ainda que o setor inclua atividades de extração mineral, não é expressiva sua participação nem mesmo no Pólo Belo Horizonte, onde se localizam a maior parte das minas da região de estudo.

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Avaliando mais cuidadosamente as atividades dos setores secundário e terciário, tem-se uma região, em seu conjunto, menos voltada para a indústria de transformação do que o país e a região sudeste. No caso do Pólo Aço, não apenas a Poc está majoritariamente no setor secundário, como especificamente na indústria de transformação. Por outro lado, os pólos Belo Horizonte e Vitória, são, comparativamente os que mais concentram trabalhadores na construção. Ambos também são líderes em serviços, de longe a atividade com mais pessoas ocupadas em todos os extratos produtivos analisados.

No que diz respeito à administração pública, a média regional MG-ES é mais elevada que o país e o sudeste. Novamente os contrastes aparecem: enquanto o Pólo Vale do Aço tem menos de 10% do pessoal ocupado na administração pública, o Pólo Belo Horizonte se aproxima de 30% e o Pólo Vitória se assemelha ao restante do sudeste, com cerca de 15% nesta atividade.

Desta maneira, a região de estudo em média se assemelha ao sudeste apenas no que diz respeito à taxa de natalidade, mortalidade geral e concentração da Poc na atividade comercial. Por outro lado, o crescimento demográfico anual foi mais acentuado na última década, a densidade demográfica territorial é maior e a região com um todo é menos urbana. São mais analfabetos e óbitos na primeira infância. Na atividade produtiva, há uma concentração levemente maior no setor terciário e menor no secundário que a região sudeste.

População Ocupada por Atividade do Setor Secundário - 1998

(%) 19 14 1 32 12 8 18 4 5 6 4 5 4 1 0 1 1 1 BRAS IL SUD ESTE MG-E S POL O BH POL O VITOR IA transformação construção outras atividades industriais

População Ocupada por Atividade do Setor Terciário - 1998 (%)

34 39 41 24 16 20 22 22 24 28 36 36 28 22 16 19 10 15

BRASIL SUDESTE MG-ES POLO BH POLO AÇO POLO VITORIA comércio serviços administração pública fonte: IBGE [2000]

As diferenças são ainda maiores comparando os três pólos e a região de estudo em seu conjunto. Em comum, os três têm uma elevadíssima concentração demográfica e alta taxa de urbanização. Nos demais itens analisados os comportamentos foram variáveis.

O Pólo BH, com relação à região MG-ES, teve menor incremento populacional, taxa de analfabetismo e de natalidade, 25% menos população ocupada no secundário e quase a metade da Poc relativa na indústria de transformação. Ao contrário, a taxa de mortalidade geral foi um pouco maior, apresentou 5% a mais de Poc no terciário, com maior concentração em serviços e administração publica.

Já o Pólo Vale do Aço teve um crescimento demográfico próximo àquele da média MG-ES e uma idêntica taxa de natimortalidade. Levemente menores são a taxa analfabetismo de natalidade. Todavia, as

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diferenças são brutais na composição produtiva: 50% a mais que a região no índice de concentração da Poc no setor secundário e 20% a menos no terciário, sendo que na indústria de transformação tem o dobro da população ocupada e índice muito menor na administração pública, em comparação com toda a região de estudo.

O mesmo vale para o Pólo Vitória, contudo se assemelha e difere da região em variáveis distintas dos pólos mineiros, à exceção da taxa de analfabetismo, em que os três são menores. É o pólo que mais se aproxima do perfil regional, especialmente no que concerne à concentração da população ocupada nos setores produtivos. Neste caso, a diferença está no menor índice de Poc na administração pública e maior em serviços e na atividade comercial. Vale destacar também o contraste nas estatísticas vitais: é muito maior o número de nascimentos por mil habitantes e em compensação muito menor o número de óbitos por mil nascidos vivos, no Pólo Vitória que no eixo MG-ES de modo geral.

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Referências

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