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DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Academic year: 2021

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DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. TÍTULO DO PROGRAMA As histórias do Senhor Urso.

2. EPISÓDIO TRABALHADO "A peça".

3. SINOPSE DO EPISÓDIO ESPECÍFICO

Em um dia de verão, os brinquedos aproveitam o sol no jardim. O Senhor Urso lê em voz alta a história de Cachinhos Dourados, enquanto Gigi e Urso Marrom amarram um tecido entre duas árvores, tentando fazer dela uma rede. Os brinquedos dizem que o tecido parece uma cortina de teatro, e assim se inicia a aventura de encenar a história lida pelo Senhor Urso. Acompanhamos então sua aventura de preparar a encenação: cenário, figurino etc., até ver o produto final.

4. PALAVRAS-CHAVE

Educação infantil, teatro, literatura infantil, Cachinhos Dourados.

5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO

O vídeo promove, em primeiro lugar, a imagem de uma relação positiva com a leitura dos clássicos, pela forma como os brinquedos se interessam e interagem a partir da leitura de Cachinhos Dourados e os três ursos. A seguir, apresenta às crianças etapas da preparação de uma encenação que nem sempre são evidenciadas para elas: a confecção do figurino, a escolha e caracterização dos personagens, a construção do cenário. É interessante que o material utilizado no vídeo (tecidos e caixas, principalmente) é bastante simples, o que permite que a aventura dos brinquedos seja revivida pelas crianças dos mais diferentes contextos, por meio da atividade pensada abaixo.

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Vale destacar que a atividade elencada é uma possibilidade, podendo ser repensada de acordo com as características e interesses do grupo. Ademais, a visualização do vídeo pode ser feita isoladamente, pela importância de as crianças terem também momentos de fruição de peças audiovisuais, em que o vídeo fala por si.

6. TÍTULO DO PROJETO/ ATIVIDADE Do livro à cena: brincando de viver A peça.

7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESSE TRABALHO? Esse trabalho pode ser realizado com crianças de 3 a 6 anos, compreendendo que a professora poderá perceber a necessidade de realizar algumas adaptações da atividade, de acordo com seu conhecimento sobre o grupo.

8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS

Interação com as linguagens escrita, oral, corporal e plástica. Relação com o teatro, uma importante linguagem artística na Educação Infantil (ver Discussões Teóricas).

9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE

As crianças poderão ampliar seu repertório de histórias, incorporando a ele as histórias de Cachinhos Dourados e os três ursos, e, possivelmente, do Homem que amava caixas, criando uma relação afetiva com as histórias como material escrito, o que é fundamental para o letramento. Espera-se que, nessas histórias e no decorrer do projeto, possam se identifcar com os personagens, experimentando seus papéis. Espera-se também que desenvolvam sua expressividade, tanto na linguagem oral quando em relação à corporeidade, e sintam-se cada vez mais pertencentes ao grupo. As crianças poderão transformar materiais não estruturados ou semiestruturados no figurino e no

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cenário, e com isso espera-se ampliar seus repertórios de possibilidades e sua criatividade.

10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE

Livros: Cachinhos Dourados e os três ursos (por ser um clássico da literatura, existem muitos livros de reconto dessa história. No item 14, Sugestões de leitura, incluímos dois, mas fica a critério da professora, levando em conta a disponibilidade no seu acervo pessoal ou da escola) e O Homem que amava caixas (vide Sugestões de leitura, item 14). Suporte para a visualização do vídeo "A Peça", da série As histórias do Senhor Urso (televisão, DVD e cópia do episódio; ou computador com acesso à internet; ou outro, de acordo com o que a instituição dispõe). Caso haja disponibilidade, computador conectado à internet, para acessar o excerto da peça O homem que amava caixas, da Cia de Teatro Artesanal (caso contrário, o 6º momento pode ser excluído, sem prejudicar os demais momentos). Caixas de papelão de diversos tamanhos, tesouras, tecidos, lã amarela ou franja de cortina amarela. Se possível, máquina fotográfica ou filmadora para fazer o registro dos momentos, que servirá de suporte para a avaliação.

11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE

A atividade será realizada em diversas etapas, elencadas a seguir. Essas atividades não precisam ser realizadas de forma consecutiva (à exceção dos passos 3 e 4). É interessante, porém, que a professora faça com as crianças o exercício de retomar/relembrar as etapas que já foram feitas, estabelecendo conexão entre as atividades, construindo um sentido coeso para elas. Os tempos indicados a seguir são previsões hipotéticas, baseadas na faixa etária. Em cada contexto, esse tempo poderá ser ampliado ou diminuído, de acordo com as características e a dinâmica do grupo.

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2º momento: assistir ao filme "A peça", da série As histórias do Senhor Urso – 10 minutos (considerar também o tempo necessário para deslocamento e/ou montagem da aparelhagem);

3º momento: construção do cenário a partir de caixas de papelão – 25 minutos; 4º momento: escolha dos personagens, caracterização e encenação – 45 minutos;

5º momento: leitura da história O homem que amava caixas e conversa – 20 minutos;

6º momento: assistir ao vídeo da Cia artesanal de teatro – 10 minutos (considerar também o tempo necessário para deslocamento e/ou montagem da aparelhagem);

7º momento: avaliação – 30 minutos.

12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

1º momento: A professora realizará a leitura do livro Cachinhos Dourados e os três ursos, no momento de sua rotina em que são feitas, cotidianamente, as leituras e contações de histórias. Depois de terminar, poderá perguntar se alguma criança já conhecia a história, mobilizando-as a contar outras versões que conheçam, se for o caso. Poderá explicar, então, de maneira simplificada, que por se tratar de um conto clássico (a primeira publicação de que se tem conhecimento é atribuída a Robert Southey, em 1837, mas existem indícios de que fazia parte da tradição oral anteriormente), há muitos e muitos anos as pessoas o contam umas para as outras, o que faz as versões terem detalhes diferentes, apesar de terem em comum a manutenção de aspectos fundamentais da história (o que poderíamos chamar, entre adultos, de “espinha dorsal” da história).

2º momento: Será feito então o convite para que as crianças assistam ao filme "A peça", da série As histórias do Senhor Urso, que se conecta com o 1º momento pela história lida em ambos. O filme poderá ser passado na íntegra, não há necessidade de parar para fazer comentários ou frisar o que as

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crianças deverão perceber: o importante é que esse momento seja sentido por elas como um momento de fruição.

3º momento: Depois de assistir ao vídeo, conversa-se com as crianças sobre o enredo, primeiramente ouvindo seus comentários e apreciações, e num segundo momento encaminhando a conversa para um foco: o percurso dos brinquedos entre a leitura e a encenação da história - a escolha dos personagens (mamãe ursa, papai urso e ursinho; Cachinhos Dourados), a confecção do cenário, a caracterização pelo figurino e, enfim, a encenação.

Chamar a atenção das crianças para a forma como o cenário é feito: usando vários tipos de caixas de papelão e tecidos. Disponibilizar caixas de papelão de diversos tamanhos e tecidos e, junto com as crianças, planejar e montar o cenário: onde será feita a encenação? Como será feita a disposição das caixas pelo espaço? O que as caixas representavam na peça dos brinquedos? O que representarão na nossa encenação?

4º momento: Depois do cenário pronto, os papéis serão divididos entre as crianças. As crianças podem se dividir entre atores e plateia, revezando os papéis, assim como pode haver várias crianças desempenhando cada papel. Em um primeiro momento, a professora pode assumir a função de narrador da história, retomando a leitura do livro, mas é interessante que em um segundo momento as crianças possam ficar livres para criar seus enredos a partir dos personagens.

5º momento: Em outro dia, no momento em que geralmente a professora lê ou conta histórias, retomar com as crianças como foi a construção do cenário e quantas coisas foi possível construir com caixas. A partir desse ponto, apresentar a elas o livro O homem que amava caixas, de Stephen Michael King.

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6º momento: Contar às crianças que outras pessoas tiveram a ideia de fazer cenário com caixas de papelão, e que na sua peça essas pessoas contaram a história do Homem que amava caixas. Convidá-las então para assistir excertos da peça do grupo Cia de teatro Artesanal, disponível no link: http://www.youtube.com/watch?v=ty5E0amVkyA&feature=related (versão mais curta, com 1 min 10 s). Ou:

http://www.youtube.com/user/ciaartesanal?blend=22&ob=5#p/u/0/NMSbxNxGF y4 (versão mais longa, com 6 min 54 s).

Depois de assistir, conversar com as crianças sobre: o que elas acharam parecido? O que era diferente? (a peça da Cia Artesanal utiliza bonecos, máscaras e poucos diálogos.)

Conversar que existem diferentes formas de fazer teatro: com ou sem máscara, com ou sem bonecos, com ou sem música, com ou sem diálogos etc. Desse ponto, pode surgir no grupo a vontade de explorar essas outras formas, convidando-a para um novo projeto.

Outro elemento que chama à atenção no vídeo "A peça" é o mingau, que também é parte da história da Cachinhos Dourados. Caso haja estrutura (sala para culinária ou possibilidade de articulação com as merendeiras), e a professora considere interessante, a culinária, no caso, a preparação de um mingau com as crianças, é mais uma possibilidade para enriquecer o projeto (possivelmente entre as etapas 3 e 4).

13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE

A avaliação proposta é feita em dois eixos: registro (escrito e fotográfico ou fílmico) da professora, a partir de sua observação do processo; e conversa com as crianças sobre como viveram o processo, tendo como suporte algumas das imagens feitas, que podem ser impressas ou apenas mostradas às crianças. A partir daí, pode-se elaborar com elas um cartaz com suas considerações do processo e algumas imagens, ou um texto coletivo (a professora será a escriba). Alguns itens nessa avaliação merecem atenção do professor: as crianças se envolveram com as histórias? Participaram

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ativamente das etapas de preparação e da encenação? Brincaram com os papéis que as histórias lhe propuseram?

14. DISCUSSÕES TEÓRICAS

É importante esclarecer o que é compreendido, aqui, como teatro na Educação Infantil. Nossa preocupação não está em um produto final a ser apresentado a uma plateia, mas sim no processo que as crianças podem vivenciar principalmente, no que se refere a propor para elas a transformação de significados de objetos e a possibilidade de ocupar diferentes papéis. Tal perspectiva se aproxima muito da atividade principal das crianças em fase pré-escolar: o jogo, ou a brincadeira (FACCI, 2004).

A partir da identificação com personagens e signos presentes (e fortes!) nas histórias, e principalmente nos clássicos, as crianças trabalham, sem abrir mão da fruição e do divertimento, na compreensão de suas emoções internas e de seus conflitos, encarando, por meio dos contos de fada, alguns de seus limites e possíveis soluções. Nas palavras de Bettelheim (1996, p.20):

Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança.

É nessa perspectiva que pensamos a importância das histórias – e do teatro assim compreendido – na Educação Infantil.

15. SUGESTÕES DE LEITURAS

BELLINGHAUSEN, I. B. (reconto). Cachinhos Dourados e os três ursos. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2006.

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MACHADO, A. M. (reconto). Cachinhos de Ouro. São Paulo: FTD, 2004.

16. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 11.ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1996.

FACCI, M. G. D. A periodizaçãodo desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de Leontiev, Elkonin e Vigotski. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010132622004000100005&script=sci_arttext (Acesso em 30/10/2011).

17. CONSULTOR Flora Bazzo Schmidt

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