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O papel do pedagogo em instituições não escolares

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CLÁUDIA RAQUEL MACHRY BUDTINGER

O PAPEL DO PEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES

SANTA ROSA

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE - CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CLÁUDIA RAQUEL MACHRY BUDTINGER

O PAPEL DO PEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul no curso de Pedagogia como requisito parcial para obtenção do título de Pedagoga.

SANTA ROSA

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4

1. PAPEL DO PEDAGOGO FRENTE A DIVERSIDADE ... 6

1.1 PEDAGOGO E SEUS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO ... 8

1.2 SUJEITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E OS ESPAÇOS DE ATENDIMENTO .... 11

2. PROCESSOS DE INCLUSÃO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ... 14

2.2 LUGARES E SERVIÇOS PARA ALÉM DA ESCOLA ... 14

2.1.1 Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ... 15

2.1.2 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) ... 16

2.1.3 Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (AFAPENE) ... 17

3. ANÁLISE DOS CAMPOS DE PESQUISA: CONHECENDO AS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES ... 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 27

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INTRODUÇÃO

A educação é algo que está em todo lugar, em casa, na rua, na igreja e na escola. Tudo em nossas vidas envolve o aprender e o ensinar, proporcionando a busca, a pesquisa, o fazer, o saber. As vivencias envolvem ações pedagógicas, onde a família, a escola, os meios de comunicação, movimentos sociais e instituições escolares ou não, são pilares na construção do conhecimento dos mais diferentes sujeitos.

Para Libâneo (2002, p.30) a pedagogia é o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade humana.

Desenvolvi esse trabalho a partir da observação de três instituições não escolares, isto é, instituições de caráter não-formal, fora dos marcos escolares, mas com certo grau de sistematização e estruturação a fim de verificar a prática pedagógica desenvolvida com as pessoas com necessidades especiais e assim verificar que profissionais atuam nestes espaços. As instituições escolhidas foram o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (AFAPENE).

Através de cada uma dessas instituições não escolares e espaços educativos citadas no parágrafo anterior, foi verificado que espaços são estes e como desenvolvem suas práticas educativas através de seus profissionais. Analisando a interação dos sujeitos no desenvolvimento de ações inclusivas que promovem o desenvolvimento das pessoas com deficiência, independentemente de sua idade ou limitação.

Desta forma, as questões que nortearam este trabalho foram: Como instituições de caráter não escolar desenvolvem práticas pedagógicas sem um pedagogo para orientar suas ações? Qual o papel de um pedagogo nestas instituições? Por que a educação não-formal não tem em seu quadro a contratação de profissionais da pedagogia visto desenvolver ações e práticas pedagógicas?

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O trabalho foi dividido em três capítulos onde no primeiro destaco sobre o papel do pedagogo frente a diversidade, onde são amplas as realidades, atuando em espaços escolares e em instituições não formais.

O segundo capítulo apresenta espaços não escolares que atendem sujeitos da educação especial numa perspectiva de socialização e aprendizagem, com intuito de trabalhar o que cada um deles tem em seu cotidiano, interagindo e proporcionando grandes aprendizados. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) que é uma unidade pública estatal descentralizada da política de Assistência Social sendo responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios e Distrito Federal. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Santa Rosa e a Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (AFAPENE), localizada em Santa Rosa, entidade sem fins lucrativos.

No terceiro capítulo apresento como é cada instituição em sua realidade. Para conhecer e entender com é cada entidade, desenvolvi observações, diálogos e entrevistas com as profissionais que lá trabalham, compreendendo de fato quem trabalha nessas instituições, como é a forma que são contratados, e como desenvolvem o trabalho com pessoas com deficiência.

Desta forma as considerações se voltam para a compreensão que o pedagogo precisa estar inserido em diferentes realidades, sendo elas escolares ou não, desenvolvendo trabalhos significativos e que contribuam com a vida dos sujeitos envolvidos de forma que possam ter um melhor desenvolvimento da sua autonomia e inclusão na sociedade em que estão inseridos.

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1. PAPEL DO PEDAGOGO FRENTE A DIVERSIDADE

A pedagogia é um campo de atuação que vai para além da escola enquanto espaço educativo. Segundo Libâneo (2002) a base da formação de pedagogo não é apenas à docência, mas envolve os processos educativos para formação humana. Sendo assim, neste capítulo descreverei o papel do pedagogo junto a esta complexa possibilidade de formação e atuação, que no entender necessita de uma formação que contemple as diversas possibilidades de compreensão da diversidade desta área que não acontece somente na escola como única forma de educação possível.

Essa formação extrapola o âmbito escolar formal, envolvendo esferas mais amplas de educação não formal e formal. Por isso, esse profissional precisa estar atento a essas transformações e capacitado para nelas atuar, pois a Pedagogia busca compreender as práticas educativas, e tais práticas estão presentes em diversas instâncias. Segundo Libâneo e Pimenta (2002, p.29)

Todo educador sabe, hoje, que as práticas educativas ocorrem em muitos lugares, em muitas instâncias formais, não-formais, informais. Elas acontecem nas famílias, nos locais de trabalho, na cidade e na rua, nos meios de comunicação e, também, nas escolas. Não é possível mais afirmar que o trabalho pedagógico se reduz ao trabalho docente nas escolas. [...] A Pedagogia é mais ampla que a docência, educação abrange outras instâncias além da sala de aula, profissional da educação é uma expressão mais ampla que profissional da docência, sem pretender com isso diminuir a importância da docência.

As práticas pedagógicas para que possam atender e realmente expressar a riqueza das diversidades culturais, sociais e étnicas presentes no espaço educacional e na sociedade, proporcionam de múltiplas formas e possibilidades a leitura da vida, expressão cultural, formas de ser e viver, maneiras e jeitos que caracterizam os seres como humanos, para isso é preciso obter uma formação docente qualificada e eficiente que vise todas as necessidades e volte suas metodologias para a construção de um saber que respeite as diferenças e a diversidade.

As Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio de modalidade Normal e em cursos de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. A formação oferecida abrangerá, integradamente à docência, a

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participação da gestão e avaliação de sistemas e instituições de ensino em geral, a elaboração, a execução, o acompanhamento de programas e as atividades educativas.

O pedagogo atua com várias funções: formador, animador, orientador, consultor educacional, etc. Além do mais desenvolve atividades não-escolares em empresas públicas e privadas, no âmbito da cultura, da saúde, da alimentação e da promoção social. Também atuam em hospitais, editoras e sites de consultoria especializadas em treinamento e desenvolvimento humano e nas áreas que envolvem um trabalho educativo (TORRES; SILVA, 2009).

Entretanto as próprias diretrizes abrem possibilidades de problematização, pois o Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação histórica. Em outras palavras, pedagogo é um profissional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações (LIBÂNEO, 1996, p.127).Ainda de acordo com Libâneo (1996), o professor pedagogo pode atuar em várias áreas distintas, buscando sempre a promoção dos saberes aos educandos, ou seja, a prática educativa da instituição de ensino. No entanto, esta realidade muitas vezes é confundida pelos docentes, no qual, acreditam que o pedagogo é o responsável pelo processo de ensino/aprendizagem, bem como, de todas as situações que acontecem na instituição de ensino.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia ancoram-se na história do conhecimento em Pedagogia, na história da formação de profissionais e de pesquisadores para a área de Educação. Ancoram-se também no avanço do conhecimento e da tecnologia na área, assim como nas demandas de democratização e de exigências de qualidade do ensino pelos diferentes segmentos da sociedade brasileira.

A educação do licenciado em Pedagogia deve, pois, propiciar, por meio de investigação, reflexão crítica e experiência no planejamento, execução, avaliação de atividades educativas, a aplicação de contribuições de campos de conhecimentos, como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural. O propósito dos estudos destes campos é nortear a observação, análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em aprendizagens, bem como orientar práticas de gestão de processos educativos

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escolares e não-escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de estabelecimentos de ensino.

A seguir será abordado os espaços de atuação do profissional da Pedagogia envolvendo uma vasta possibilidade em espaços formais e não formais da educação.

1.1 PEDAGOGO E SEUS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO

Segundo Libâneo (2001, p.06) a educação associa-se a processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes, valores existentes no meio culturalmente organizado e, com isso, ganham o patamar necessário para produzir outros saberes. O ato educativo em seu caráter de mediação favorece o desenvolvimento dos indivíduos na dinâmica sociocultural de seu grupo, sendo eles os saberes e modos de ação.

É inevitável o reconhecimento de que a Pedagogia está associada à transmissão-apropriação de conhecimentos, mas é preciso dar a essa expressão um sentido bastante amplo. Daí a necessidade de entender os termos, conhecimentos e conteúdos no sentido de saberes, saberes conhecimentos, saberes-experiências, saberes-habilidades, saberes-valores

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/09 estabelece que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Para Brandão (2004, p.17), a educação “abrange todos os processos de formação do indivíduo”. Processos estes que podem ocorrer nos mais variados ambientes sociais, caracterizando como educação, desse modo, não apenas os processos de ensino-aprendizagem que ocorrem dentro do ambiente escolar, mas, também, aqueles que ocorrem fora dele.

O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista o objetivo de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. (LIBÂNEO, 2001, p.161).

O pedagogo é um profissional qualificado para atuar em vários campos educativos atendendo demandas socioeducativas tipo formal, não-formal e informal, decorrentes de

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novas realidades vivenciadas a cada dia, novas tecnologias, novos atores sociais, ampliação das formas de lazer, mudanças nos ritmos de vida, envolvimentos com meios de comunicação e informação, não apenas na gestão, supervisão e coordenação pedagógica de escolas, também na pesquisa, na administração dos sistemas de ensino, no planejamento educacional, na definição políticas educacionais, nos movimentos sociais, nas empresas, nas várias instancias de educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia e orientação educacional nos programas sociais, em serviços para terceira idade, serviços de lazer e animação cultural, na requalificação profissional, etc.

Por meio que o trabalho em espaços não-formais seja desenvolvido, alguns elementos devem ser considerados, uma vez que o trabalho exige algumas especificidades tanto no que respeita a formação, quanto à atuação nesses espaços. Nesta perspectiva, segundo Ana Lucia Ferreira da Silva (2013) é pertinente que alguns princípios sejam observados, entre esses:

1- Conhecimento da realidade da comunidade com a qual irá trabalhar;

2- Necessidade de propostas que contemplem objetivos pedagógicos explícitos com relação ao ato educativo;

3- Observação das necessidades da comunidade envolvida, numa proposta fundamentada e sempre sistematizada;

4- Clareza da ação - É preciso que se explicitem, num processo de conquista, também os pressupostos da ação do educador (compromisso social e político);

5 - Refletir em conjunto com a comunidade sobre a necessidade da luta para manter e conquistar novos direitos, desenvolvendo trabalhos que contemplem o tema cidadania;

6- Desenvolver o trabalho junto à comunidade, com apoio de outros profissionais e instituições presentes e também líderes comunitários;

7- Utilizar-se de metodologias de pesquisa adequada e que visem transformações sociais;

8- Identificar-se com a questão e a comunidade com a qual irá trabalhar.

Pensando em cada um desses princípios, percebemos que ninguém nasce professor do dia para a noite, e sim é uma caminhada sem fim, buscando a cada dia conhecer a realidade em que está se inserindo, aperfeiçoando-se em cada dia, pensando no quanto somos importantes na vida desses sujeitos.

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O professor deve se avaliar como profissional, e quanto a sua atuação a cada dia, pensando sempre em melhorar seu trabalho, e sempre estudar, aperfeiçoando métodos para envolver esse sujeito em qualquer ambiente em que estão inseridos, sendo eles formal, ou não formal, a socialização entre o grupo, faz tudo fluir com mais facilidade, proporcionando assim um ambiente de aprendizagem pensando no seu público.

Segundo Gonh (2006) a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados. A informal são aquelas em que os indivíduos aprendem no processo de socialização, carregadas de valores sociais. A educação não formal é aquela que se aprende no “mundo da vida”, com os processos de compartilhamento de experiências.

Entendemos então, que a educação não se restringe apenas ao espaço escolar como método tradicional, mas também se expande nos ambientes como o setor hospitalar, nos recursos humanos de empresas em órgãos de setores judiciário, dentre outros.

Quando se trata de educação se compreende que a construção de saberes acontece numa relação de espaços e grupos diferenciados, com conceitos, características e atributos distintos. No entanto, a partir destas, cada processo educativo se complementa e contribui de formas diferenciadas na formação do indivíduo.

A educação não-formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica etc (GOHN 2006, p.2).

A limitação teórica que envolve a educação não-formal, implica, ainda, a formação de profissionais para atuar nesse campo, visto que essa modalidade recebe profissionais de diferentes áreas, os quais, muitas vezes, não tiveram em sua formação inicial, contato com a literatura que possa subsidiar o desenvolvimento de seu trabalho, que, neste campo reserva especificidades. Muitas vezes, os próprios cursos de formação de professores, e em especial os de pedagogia, não privilegiam em seus currículos, uma fundamentação mínima que ampare o profissional que irá atuar nesse campo.

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Os diferentes espaços em que a educação não-formal é desenvolvida, uma vez que, diferentemente do ensino formal, conforme assinala Simson, Park e Fernandes (2001) prescinde de uma estrutura e organização própria para o desenvolvimento de suas ações. Não há um padrão para sua estrutura, podendo esta acontecer em espaços do poder público estadual ou municipal, associações de bairro, centros comunitários, grupos religiosos em parcerias com empresas, organizações não governamentais e em outros espaços promovidos por organizações da sociedade civil. Se os espaços são diferenciados, isso se deve, na maioria das vezes, em função de quem está propondo tal ação, sendo que, em sua grande maioria, estas são ofertadas pelo poder público municipal e também por organizações já citadas.

As ações desenvolvidas nesse campo, na maioria das vezes, circunscrevem-se aos marcos das chamadas ações socioeducativas ou de contraturno escolar ou, ainda, das atividades complementares. O campo educativo é bastante vasto, porque a educação ocorre em universos muito distintos como na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política como também em empresas, associações, entre outros.

De acordo com esses espaços não formais onde o pedagogo pode atuar, busquei conhecer três diferentes instituições que desenvolvem atividades com pessoas com necessidades especiais, visando conhecer que espaços são estes e quais profissionais que ali atuam.

1.2 SUJEITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E OS ESPAÇOS DE ATENDIMENTO

Ao longo da história da educação especial é possível visualizarmos os espaços e lugares ocupados pelos sujeitos que compõe este universo, designados pela legislação como sujeitos com necessidades especiais. Da crença de que não poderiam ser escolarizados e capazes de aprender, passamos a adoção de diagnósticos e categorizações que aprisionaram e reduziram o sujeito à sua própria deficiência.

Os espaços de atendimentos dos sujeitos da educação especial sempre estiveram relacionados as concepções de deficiência definindo assim o atendimento educacional. Senso assim, pessoas com necessidades especiais eram atendidas em entidades especificas como exemplo na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), pois somente estas instituições eram aptas a atender esses sujeitos que apresentavam limitações.

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A Educação Especial, no contexto da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é definida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de educação.

Com base na condição vivida pelos sujeitos, alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotação, o serviço de educação especial e o Atendimento Especializado (AEE) era definido. A política de Educação Especial apresenta um novo paradigma para a definição do conceito de deficiência

Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual e sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. (BRASIL, 2008, p. 15)

Ainda, conforme o documento, cabe destacar que o trabalho da educação especial será de forma articulada com o ensino comum visando o atendimento das necessidades educacionais especiais do aluno acima referido. Neste contexto, a utilização do termo necessidades educacionais especiais não define o universo de alunos da educação especial, mas caracteriza as necessidades educacionais por eles apresentadas.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é o conjunto de atividades e recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente para atender exclusivamente alunos com algum tipo de necessidade especial, no contraturno escolar. O desenvolvimento as atividades AEE, é sempre em turno oposto das aulas no ensino regular, sendo em salas de recursos especiais na escola regular ou em instituições especializadas.

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.(...) Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. (BRASIL, 2008, p. 16)

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O objetivo do Atendimento Educacional Especializado é complementar ou suplementar a formação do estudante por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem.

Nas diretrizes desta política é possível visualizar o grande enfoque destinado ao atendimento educacional especializado (AEE) cabendo à educação especial realizá-lo, utilizar serviços e recursos próprios desse atendimento e orientar alunos e professores quanto à utilização destes serviços e recursos em sala de aula (BRASIL, 2008).

O atendimento educacional especializado, no contexto da nova política, acaba por se configurar como espaço privilegiado da educação especial e de responsabilidade da mesma. Destaca-se o caráter complementar e suplementar deste atendimento (e não mais substitutivo), a natureza das atividades que se diferenciam das realizadas em sala de aula e a articulação deste atendimento com a proposta pedagógica do ensino comum.

Percebendo toda batalha, para conquistar um espaço em ambientes escolares para as pessoas com necessidades especiais, encontramos entidades que não são escolares, mas sim atendem diferentes realidades e deficiências, analisando essas instituições, nos questionamos, e porque surgiram essas entidades, se a busca para a inclusão foi intensa, e porque ao estar em escolas regulares percebemos tanta exclusão.

A instituições surgem para proporcionar ao sujeito mais autonomia, no desenvolvimento de atividades, na execução de dinâmicas, proporcionando a confiança no diálogo, nos jogos, na socialização em danças, canções e na confecção de artesanatos. Essas instituições buscam trabalhar através do que o sujeito sabe, e assim vão se aperfeiçoando, diferente da escola regular que visa muitas vezes, somente alfabetizar os sujeitos.

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2. PROCESSOS DE INCLUSÃO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

O surgimento da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência possibilitou questionar as condições de atendimento as pessoas com deficiência no Brasil, pensando no exercício da igualdade dos direitos e das liberdades fundamentais a elas visando à inclusão social e cidadania.

Frison (2004) discute o lugar da educação afirmando que,

Na escola, na sociedade, na empresa, em espaços formais ou não formais, escolares ou não escolares, estamos constantemente aprendendo e ensinando. Assim, como não há forma única nem modelo exclusivo de educação, a escola não é o único em que ela acontece e, talvez, nem seja o mais importante. As transformações contemporâneas contribuíram para consolidar o entendimento da educação como fenômeno multifacetado, que ocorre em muitos lugares, institucionais ou não, sob várias modalidades. (FRISON, 2004, p. 88).

A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que que apresentam dificuldades em aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na educação geral.

2.2 LUGARES E SERVIÇOS PARA ALÉM DA ESCOLA

O curso de Pedagogia forma profissionais capacitados a atuar em múltiplos espaços e de forma multidisciplinar, sendo capaz de atuar em diferentes processos de ensino e aprendizagem, tanto para alfabetizar crianças, jovens e adultos, quanto para atuar no corpo administrativo de uma instituição educacional.

Ao concluir a formação do curso de Pedagogia podemos atuar nas escolas regulares, desde a educação infantil, até o 5°ano do ensino fundamental, também podemos trabalhar na gestão escolar, quer seja na administração, supervisão, coordenação e direção da escola.

A pedagogia está inserida atualmente em espaços escolares, como visto anteriormente, e também em espaços denominados de não escolares. O pedagogo pode desenvolver atividades profissionais em empresas onde desenvolvem aprendizagem, dinamismo e diálogo e interação com o grupo de colaboradores da empresa, ou cooperativas em processos

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de dinamismo de grupo. Em hospitais, no atendimento personalizado e humanístico, focando na melhora e na adequação das atividades às condições do aluno-paciente. A prática do pedagogo se dá através das variadas atividades lúdicas e recreativas, como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização, entre outros aspectos de extrema importância para tal ambiente.

Além dessas possibilidades de atuação o pedagogo também pode estar inserido em espaços como entidades do poder público e ou privado, como APAES, CRAS, associações, neste caso a AFAPENE, articulando a aprendizagem acadêmica nesses ambientes, aperfeiçoando métodos, aprendendo novas formas de ensinar e de aprender, e proporcionando as pessoas com deficiências grandes aprendizados em diferentes áreas e envolver o que cada um desses sujeitos sabe, enriquecendo ainda mais o conhecimento do grupo. Assim, este trabalho apresenta espaços considerados não escolares e que desenvolvem atividades de interação e de responsabilidade no desenvolvimento e formação dos sujeitos com necessidades especiais.

2.1.1 Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)

O CRAS é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social sendo responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios e Distrito Federal, sendo a principal estrutura física local para a proteção social básica, desempenha papel central no território onde se localiza, possuindo a função exclusiva da oferta pública do trabalho social com famílias por meio do serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF) e gestão territorial da rede socioassistencial de proteção social básica. Nesse sentido, destacam-se como principais funções do CRAS de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009):

Ofertar o serviço PAIF e outros serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica, para as famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social; articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local; prevenir as situações de risco em seu território de abrangência fortalecendo vínculos familiares e comunitários e garantindo direitos.

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A existência do CRAS está necessariamente vinculada ao funcionamento destes serviços, com financiamento ou não pelo Governo Federal. Reconhece-se, portanto, ser atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias, sendo esta a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS. O CRAS que não oferta o serviço PAIF, não poderá ser identificado como CRAS. Não existe CRAS sem PAIF. No CRAS são desenvolvidos programas, benefícios e projetos de proteção social básica, conforme disponibilidade de espaço físico e de profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não prejudiquem a oferta do PAIF, ou seja, as demais atividades não poderão prejudicar a execução do PAIF e a ocupação dos espaços a ele destinados. Os demais serviços, programas, projetos e ações de proteção básica desenvolvidos no território de abrangência do CRAS devem ser a ele referenciados

Um dos programas que é desenvolvido no Cras, envolve pessoas com necessidades especiais, tendo o intuito de socializar, bordar, pintar, desenvolver atividades recreativas e lúdicas. Esse projeto envolve sujeitos de diferentes idades e com diferentes necessidades especiais, construindo uma vivencia onde o preconceito fica de lado.

2.1.2 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)1

A APAE de Santa Rosa foi fundada oficialmente no dia 02 de agosto de 1967, pela articulação de famílias que buscavam atendimentos a seus filhos com deficiência. O então prefeito Arno Pilz encarregou o Secretário de Educação, Sr. Anacleto Giovelli para iniciar o atendimento às crianças no espaço da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

A APAE conta com profissionais qualificado, que contribuiu para o desenvolvimento global de todos os alunos. Atualmente a Instituição oferece na área pedagógica: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Programas Pedagógicos Específicos, e Educação Profissional. Na área clinica possuem atendimentos como Psicologia, Psicopedagogia, Fisioterapia, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fonoaudióloga, Estimulação Precoce, Pediatria e Neurologia. São 230 alunos que recebem

1A APAE iniciou seu funcionamento como escola mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Embora a terminologia atual seja Pessoa com Deficiência permanece a expressão desatualizada de "excepcionais" na marca APAE.

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esses atendimentos provenientes dos municípios de Santa Rosa, Cândido Godói, Alecrim, São Paulo das Missões, Santo Cristo, Porto Lucena, Tucunduva e Campina das Missões. Além disso, a Escola dispõe das múltiplas atividades como: Educação Física, Dança, Equoterapia, Atendimento Educacional Especializado, Música, Hidroterapia e Hidroginástica.

São realizados também atendimentos aos alunos matriculados em escola regular objetivando a sua autonomia e independência na escola e fora dela para promover o desenvolvimento cognitivo e suprir as necessidades de acesso ao conhecimento através do Atendimento Educacional Especializado e Psicopedagogia. Também são incluídos jovens no mercado de trabalho realizando um passo importante na transição entre o mundo da infância e o mundo adulto onde possuem acompanhamento pela psicóloga e assistente social da APAE, e tutores dentro das próprias empresas. A Instituição conta com o apoio do Clube de Mães Bondade e Amor, desde 1968, Grupo de apoio para compartilhar experiências e crescimento pessoal dos pais, e serviço de telemarketing para garantirmos a manutenção dos serviços prestados e investir em projetos que possibilitam um atendimento cada vez mais especializados.

2.1.3 Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (AFAPENE)

A AFAPENE- Associações de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais localizada em Santa Rosa, é uma entidade civil, sem fins lucrativos. Foi fundada em 05 de setembro de 1996 por um grupo de mães da comunidade, que defendiam a inclusão social, a socialização e, sobretudo a elevação da autoestima dos usuários e da família.

Atualmente desenvolve suas atividades em um local em regime de comodato (antigo IBAMA), cedida pela Prefeitura Municipal de Santa Rosa, a qual oferece infraestrutura adequada, atendimentos de segunda a sexta-feira, das 13:30 às 17:30 horas. São 35 usuários, entre crianças, adolescentes e adultos com deficiência de média complexidade.

As diversas atividades desenvolvidas com os usuários por meio da dança, capoeira, atividades físicas, de higiene, relação social e artesanato com o auxílio de profissionais e parceiros voluntários têm como objetivos primordiais a socialização, orientação, integração e inclusão social e inserção no mercado de trabalho, considerando sempre suas habilidades, particularidades e limitações.

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A AFAPENE conta com uma equipe de oito profissionais, entre eles uma Assistente Social, uma Psicóloga, duas pedagogas, duas monitoras, um serviço geral, uma secretária e uma Diretora que faz seu trabalho voluntário. Conhecendo suas realidades buscamos trabalhar a autoestima dos mesmos de maneira que desenvolvam suas potencialidades e saibam o quanto são importantes e possam sentir-se parte integrante da sociedade.

Todos os trabalhos, planejamentos são voltados para que os usuários tenham seus direitos garantidos e acima de tudo que possam desfrutar de momentos alegres e ao mesmo tempo que lhes deem autonomia no dia-a-dia e segurança para os mais diversos desafios que poderão surgir.

A AFAPENE busca a garantia dos direitos de seus atendidos, pois é comprometida com ações que proporcionem bem-estar, melhorias na qualidade de vida e momentos de alegria e satisfação dos mesmos. “Nós não devemos deixar que a capacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades”.

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3. ANÁLISE DOS CAMPOS DE PESQUISA: CONHECENDO AS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES

Essa pesquisa pretendeu conhecer e vivenciar práticas educativas em instituições denominadas não escolares, nesta situação o Centro de Referência de Assistência Social(CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e Associações de Familiares e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais (AFAPENE) e verificar a atuação dos profissionais que trabalham nestes espaços a fim de ressaltar a importância do trabalho pedagógico e do pedagogo como fundamental no desenvolvimento das ações.

Para desenvolver o trabalho realizei uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo, numa abordagem exploratória e descritiva através de observações, anotações, questionamentos. Busquei visitar essas instituições para verificar os locais físicos, metodologias, rotinas e dialogar com o responsável pedagógico a fim de conhecer a realidade do trabalho dessas instituições. Através dessas observações e vivências nas instituições e relacionando com os estudos faço uma reflexão e análise do trabalho pedagógico nestes espaços.

No Centro de Referência de Assistência Social(Cras) tem uma monitora capacitada no período de 20h semanais para atender o grupo de pessoas com deficiência. Reúnem-se 03 vezes por semana, no turno da tarde, onde é disponibilizado transporte, lanche e atividades de artesanato, sempre respeitando os limites de cada integrante. O grupo conta com 16 alunos, todos residem na mesma cidade, mas alguns vem do interior da cidade.

O grupo de convivência existe aproximadamente a 9 anos, e neste espaço realizam atividades de coordenação motora, a partir das necessidades específicas que cada um apresenta, de recreação, motricidade ampla e fina, atividades sociais e festivas, habilidades manuais como pintura em tecido, bordado em tapete e demais artesanatos, de acordo com as possibilidades do grupo visando a ressocialização, divertimento, integração, lazer, cultura, esporte e demais aprendizagens. Este projeto recebe recurso do Governo Federal, mas o maior orçamento investido é do governo municipal.

A cidade referida do programa conta atualmente com um Departamento de Desenvolvimento Social e é neste que são desenvolvidas as principais atividades a este público através do Programa Incluir. As atividades realizadas visam o trabalho com pessoas em risco ou em situação de vulnerabilidade social, sendo estas crianças, adolescentes,

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adultos, pessoas com necessidades especiais, população de rua, portadores de doença mental e idosos.

Conforme estabelece a constituição, o atendimento é integral a todos que precisarem dos benefícios da assistência social, valorizando o ser humano, priorizando a qualidade de vida, emancipando os sujeitos, garantindo a cidadania e dignificando os usuários.

O CRAS - Centro de Referência de Assistência Social é composto conforme a figura abaixo:

Tabela 1- Organograma Funcional do CRAS

As atividades do CRAS desenvolvidas no Projeto Incluir são desempenhadas por pessoas que passam por um processo seletivo com duração normalmente de um ano. A exigência para este trabalho é ter ensino médio completo, e infelizmente não é destinado vaga para um pedagogo. Conversando com a diretora do CRAS sobre esta vaga ressaltou que numa determinada época um pedagogo trabalhou com o grupo, o dinamismo era mais frequente, trabalhos melhor desenvolvidos, e isso aos poucos foi se perdendo, pois quando se tem um caminho, tudo fica organizado. Ele foi fundamental para a organização do que hoje está sendo desenvolvido.

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Questionei a diretora do CRAS sobre o papel do pedagogo que destacou que seria muito importante esta exigência para a vaga, pois são profissionais melhor preparados para responder a demanda do trabalho:

O trabalho educacional da instituição tem como finalidade promover o desenvolvimento das pessoas portadoras de necessidades especiais visando proporcionar suas potencialidades. Tendo por finalidade educar os usuários para que estes se sintam membros da sociedade em que eles vivem, e esta educação também oferece aos usuários formas dos mesmos estarem aprendendo a ler e escrever se assim eles quiserem e ai o pedagogo seria fundamental. ( Diretora do CRAS)

Da mesma forma ressaltou sobre o papel da pedagoga afirmando que:

Tem o papel de fazer com que haja uma melhor assimilação, melhor interação e principalmente uma melhor compreensão da importância da escrita e da leitura. Mas para isso o profissional precisa sistematizar sua forma de ensino para que os usuários sintam interesse em participar do processo educacional. Observando como é a realidade das Pessoas com Deficiência, seus medos, suas alegrias, suas potencialidades, suas criatividades, seu modo de ser e de agir. (Diretora do CRAS)

Destacou que existem formas de realizar atividades de desenvolvimento, como desenhar em folha de papel, pintar, utilização de argila para produzir objetos artesanais, brincadeiras, dinâmica com balões, bingo e construção de personagens massa de modelar. Sendo assim acredita que há uma grande importância da pedagogia para trabalhar com pessoas com Necessidades Especiais, pois o desenvolvimento do seu trabalho é feito de forma dinâmica e prestativa, proporcionando as mesmas atividades lúdicas e de desenvolvimento de motricidade fina, cognitiva, socialização e inclusão na sociedade.

Perguntando sobre a formação da coordenadora, destaca que sua formação é Psicologia e a dois anos trabalha como coordenadora. Trabalhando neste espaço diz que o trabalho com pessoas com deficiência é fundamental que as tarefas possam desenvolver as habilidades e a autonomia dos sujeitos de maneira prazerosa e não apenas preencher o tempo que o indivíduo está no trabalho no CRAS. Buscando propiciar vivências que valorizem as experiências e que estimulem e potencializem a capacidade de escolher e decidir do sujeito.

Com relação a função de um pedagogo na CRAS ela afirma

Ele é um profissional que deveria atuar junto com o Serviço Social pois a formação acadêmica fornece uma ampla bagagem teórica (e prática considerando as experiências de estágio) para trabalhar, principalmente, com grupos de idosos e portadores de deficiências. É bastante válido fazer saber que em muitos casos o sujeito além de portador uma necessidade especial, já se encontra debilitado ou na terceira idade. É bastante visível a

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desigualdade na prática de monitores com uma formação pedagógica daqueles sem qualquer tipo de formação acadêmica ou apenas magistério. São profissionais que reconhecem a importância de desenvolver atividades manuais e lúdicas com o público PCD, procurando sempre motivar a coordenação motora e a memória, solicitando que esse usuário busque melhorar a cada dia mais e romper barreiras ou rótulos que a sociedade impõe a esse público.

Ainda comenta que percebe que nos CRAS, um educador ou pedagogo, trabalha para promoção, crescimento e o desenvolvimento dos sujeitos, independente do ambiente no qual o indivíduo está inserido. Mais do que desenvolver habilidades motoras, por meio deste atendimento especializado buscam a emancipação social, a autonomia e o fortalecimento de vínculos da família com o indivíduo atendido.

Um pedagogo em um espaço como o CRAS, busca explorar ao máximo o que cada um desses sujeitos trazem para o projeto, pois cada uma vem com vivencia diferentes, proporcionar diálogos, danças, atividades que envolvam todos do grupo, sem dar limites ao aprendizado, a conhecer o próximo, todos os momentos de forma prazerosa, deixando cada um feliz e valorizado.

Na escola, na sociedade, na empresa, em espaços formais ou não formais, escolares ou não escolares, estamos constantemente aprendendo e ensinando. Assim, como não há forma única nem modelo exclusivo de educação, a escola não é o único lugar em que ela acontece e, talvez, nem seja o mais importante. As transformações contemporâneas contribuíram para consolidar o entendimento da educação como fenômeno multifacetado, que ocorre em muitos lugares, institucionais ou não, sob várias modalidades (FRISON 2004, p.88).

Para conhecer a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Santa Rosa realizei uma visita, onde conversei com a coordenadora pedagógica, assim explicando que a entidade é uma associação, que atendem crianças até os adultos, tendo educação infantil e ensino fundamental. Com os adultos os trabalhos são feitos em grupos de artesanato, danças, entre outros. As crianças que ali frequentam, poucas ainda vão para a escola regular, e no turno oposto são atendidos na APAE.

A APAE tem como missão e visão promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços, apoio à família, direcionados à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência Intelectual e múltipla e à construção de uma sociedade justa e solidária

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Os profissionais que trabalham na APAE, desenvolvem cursos de 700 horas para iniciar o trabalho, aperfeiçoando sua prática com essa nova realidade que atuará, pois, cada professor que ali atua, geralmente não tem formação na área da educação especial, e com esses cursos, podem ser contratados para trabalhar. Então, percebi que novamente neste lugar a exigência não é pedagogia para a formação. Pode ser qualquer formação e posteriormente realiza o curso organizado pelas associações.

Questionando a coordenadora pedagógica da APAE, que tem magistério e licenciatura em Física ressalta que o trabalho pedagógico desenvolvido pelas APAES é de grande importância e assim como está descrito na própria missão da Associação também destaca o papel de cada uma quando diz que o compromisso é promover de forma contínua a qualidade de vida das pessoas com deficiência, intelectual e múltipla, nos respectivos ciclos de vida das crianças, adolescentes, adultos e idosos da comunidade, na qual ela está inserida. Destaca que o profissional da pedagogia garante uma efetiva pratica pedagógica articulando o conhecimento com o desenvolvimento dos sujeitos.

O pedagogo precisa assumir sua postura, seu papel e sua forma de atuação perante o sujeito com deficiência, lançando metodologias e práticas adequadas que venham a atender às suas especificidades e peculiaridades. Uma criança, com ou sem deficiência, em seu processo de desenvolvimento não deve ser privada do ensino por causa de suas dificuldades, ela necessita do apoio do adulto, ou seja, do professor, pois por meio das mediações e dos conhecimentos ela terá as reais condições para seu desenvolvimento psíquico.

Na visão de Vygotsky (1983) o trabalho educativo deve buscar superar as limitações a partir do ensino, entendendo a pessoa com deficiência como um ser capaz de desenvolver todo o seu potencial por meio do acesso aos conhecimentos científicos e das mediações estas, essenciais para o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da consciência.

Conheci a AFAPENE a partir de um estágio e este me instigou a querer conhecer mais, sobre essa entidade e sobre quem ali está inserido. É uma associação que atende pessoas com deficiência, mas principalmente deficiência intelectual. A idade das pessoas que frequentam os atendimentos na associação varia entre 04 a 61 anos de idade.

Como as necessidades especiais, são diversas eles são divididos em 4 turmas, separados pelo nível de dificuldades, porém lhes é proporcionado vários momentos de integração entre todos no decorrer da semana. Cada turma, possui 8 ou 10 atendidos,

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totalizando 35 pessoas. São proporcionadas atividades recreativas de socialização, como resultados, a melhora da qualidade de vida e muitas vezes a inserção no mercado de trabalho.

As práticas educativas realizadas pela AFAPENE são artesanato, aulas de capoeira, dança, orientações sobre atividades da vida diária, higiene pessoal, entre outras. As atividades e oficinas são realizadas conforme a tabela abaixo:

ATIVIDADE /OFICINA

OBJETIVO METODOLOGIA/DESENVOLVIMENTO

Sala de vídeo com atividades recreativas

Desenvolver a

percepção visual,

socialização, audição, atenção, memória e auto – estima dos usuários.

Na sala de vídeo, com todo o grupo, coloca-se um filme ou documentário, sendo cada semana uma temática diferente, onde os usuários interagem uns com os outros e com as monitoras envolvidas.

Hora do Conto; Oficina de artesanato em grupo.

Contar histórias de forma alegre e agradável, a fim de possibilitar as crianças, jovens e adultos especiais o conhecimento de datas comemorativas. Aprender diversas técnicas de artesanato,

desenvolvimento da

criatividade onde possam

expressar seus

sentimentos, dons.

Com o grande grupo, com temáticas diferentes, cada história é adaptada e apresentada de forma lúdica, utilizando várias técnicas como: fantasias, fantoches, gravuras, vídeos e músicas. No artesanato, são confeccionados os trabalhos conforme o tema do dia apresentado como: pinturas, colagens, bordados, recortes.

Atividade física Estimular a coordenação

motora, socialização e convívio grupal.

Em parceria com o SESI, o técnico especializado na área de Educação Física realiza atividades físicas que promovam novos aprendizados, desenvolvimento da autoestima , desinibição, socialização. • Alongamento e expressão corporal; • Relaxamento e exercício de respiração;

• Atividades físicas e recreativas; • Atividade sensório-motora;

• Exercício de flexibilidade,

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• Jogos recreativos Dança; Informática em grupo. Proporcionar as habilidades do movimento, as potencialidades, favorece a criatividade, além de favorecer no processo de construção de conhecimento, da motricidade e coordenação motora. Desenvolver a percepção visual, atenção, reconhecendo letras, animais, imagens, números, palavras.

Com o grande grupo, é trabalhado de forma geral, a expressão artística coordenada, onde é expressado todos os sentimentos, emoções, alegrias através dos movimentos e relaxamento. Na sala de informática, usando a mesa educacional e demais computadores, são realizadas atividades com jogos diversos.

Atividades de cultura e lazer

Oportunizar aos usuários a usufruir os espaços públicos e culturais existentes em nossa Cidade, promovendo a socialização e auto- estima de forma coletiva.

Com o grande grupo, são realizados cada semana um passeio em lugares diferentes, onde os usuários podem interagir com a

natureza, socialização, fazendo

brincadeiras e jogos lúdicos, lanche coletivo e roda de conversa.

Tabela 2 – Desenvolvimento das Atividades

Ao conversar com os profissionais da entidade, descobrimos que a maior dificuldade é financeira, as verbas arrecadadas vêm de projetos sociais, e estas são destinadas a manutenção de aquisição de bens, dificilmente sendo para pagamento de salário de funcionários, por isso realizam várias ações, como jantares beneficentes, rifas, recebem doações de pessoas físicas e um pequeno valor mensal da prefeitura de Santa Rosa. Pelas dificuldades de se manter, a AFAPENE presta atendimento somente na parte da tarde, não possuindo um turno integral, pois os gastos seriam maiores.

Ao conversar com a presidente da instituição, ela destaca que com as pedagogas que ali trabalham, desempenham atividades de aprendizagem lúdicas e recreativas, pensando sempre na construção do sujeito, em suas limitações e nos seus potenciais, para a partir do que cada um sabe, instigar a aprender mais.

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Na associação é oferecido atendimento psicológico aos pais dos sujeitos que frequentam, pensando sempre no bem-estar da família, e interagindo e participando das atividades vinculas a entidade. Trabalham com a família num sentido de percepção das qualidades de cada indivíduo que frequenta a Afapene para um desenvolvimento da autonomia e ingresso no mercado de trabalho em alguns casos. Como exemplo temos a Alibem Frigorífico em Santa Rosa, que busca através do programa Jovem Aprendiz inserir pessoas com deficiência na sua empresa.

O trabalho das duas pedagogas mudou completamente o que vinha sendo realizado, pois quando não tinham pedagogas no quadro de funcionários eram as monitoras que desenvolviam as atividades que consistiam somente em cuidar dos usuários. Agora a educação vem em primeiro lugar. A pedagogia enriqueceu as atividades e principalmente o trabalho realizado em grupos na entidade, proporcionando mais autonomia aos sujeitos. “As pedagogas mudaram pra melhor a AFAPENE” (coordenadora AFAPENE).

Ao conhecer cada uma dessas instituições, compreendo a importância do pedagogo para cada um dos sujeitos que ali frequentam, para as famílias que em seu cotidiano, enfrentam desafios e buscam nestes locais força e apoio para seguir a caminhada. Percebi que o pedagogo deve buscar essas novas experiências para sua profissão, pensando sempre no quanto pode aperfeiçoar avaliando sua prática no dia a dia.

A Pedagogia é uma reflexão sobre as finalidades da educação e uma análise objetiva de suas condições de existência e de funcionamento. Ela está em relação direta com a prática educativa que constitui seu campo de reflexão e análise, sem, todavia, confundir-se com ela” (MIALARET, 1991, apud LIBÂNEO, 2005, p. 143).

Conversando com a pedagoga da entidade ela resume seu trabalho dizendo que “o pedagogo deve ser um eterno aprendiz, aprendendo cada dia com todos em suas práticas, alunos, profissionais de outras áreas, família dos sujeitos, e em cada vivência aperfeiçoando sua atuação”.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Educar é intervir na capacidade de ser e de agir das pessoas. (LIBÂNEO,1998) percebo assim que o papel da Pedagogia deverá sempre ser a promoção de mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem das pessoas, visando ajudá-las a se constituírem como sujeitos, a melhorar sua capacidade de ação e as suas competências para viver e agir na sociedade e na comunidade.

O trabalho de conclusão de curso procurou explorar por meio bibliográfico inicialmente conhecimentos que pudessem auxiliar a pensar os amplos espaços de atuação do pedagogo e da mesma forma conhecer instituições que desenvolvem atividades em entidades que poderiam ter em seu quadro funcional este profissional. Analisando estes espaços possíveis de atuação do pedagogo, posso considerar que é e sempre será indispensável este profissional em espaços que se promove a autonomia e a educação de sujeitos com necessidades especiais. Atuar em práticas para além dos portões da escola requer estudo e envolvimento compreendendo e conhecendo a instituição que está trabalhando e os sujeitos que frequentam, para assim desenvolver um trabalho valorizando o todo da entidade.

O pedagogo por trabalhar diretamente com pessoas precisa ser muito humano, sempre pensando na caminhada que este sujeito teve para estar inserido em uma instituição sendo ela formal ou não formal, pensar em seus desafios, buscando sempre o melhor para todos. O pedagogo é o profissional que vai construir aprendizados com diferentes pessoas e em diversos lugares, com isso deve estar sempre se aperfeiçoando, para desenvolver um trabalho de qualidade com essa grande diversidade de sujeitos.

Considero após análise, que o pedagogo deve buscar auxiliar e trabalhar com a consciência de que todo sujeito deverá ser incluído na dinâmica das instituições quer sejam escolas ou não, independentemente de ter maior ou menor facilidade, mais ou menos habilidades. E para enfrentar momentos que fogem da rotina, o caminho é compreender que as pessoas têm características específicas e procurar conhece -las para lidar da melhor e mais construtiva maneira possível com cada uma del as.

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Em cada espaço, conhecendo a instituição, percebi o quanto o pedagogo é essencial nestes contextos, valorizando cada aprendizado, construindo caminhos que favoreçam cada sujeito, tornando-se cada vez mais capazes e autônomos.

O pedagogo deve proporcionar confiança aos sujeitos, pois esse é um dos pilares na caminhada de aprendizagem que será desenvolvido nas instituições, a confiança torna as pessoas mais autônomas para expressarem o que sabem, e o que desejam saber.

Para concluir não consigo imaginar uma sociedade mais justa e solidaria, sem a contribuição da Pedagogia. Só com uma educação de qualidade poderemos mudar uma nação. Segundo Saviani (2009) a educação é o ponto principal para atacar os problemas que mais ferem nossa sociedade como a ausência de saúde, segurança, pobreza, desigualdade, etc. A educação como uma principal ferramenta para a construção de um mundo melhor.

Considerando as vivências percebo que o pedagogo tem uma caminhada de aprendizagem muito longa em sua vida, pois ela que proporciona todas ações que desenvolve em seu ambiente profissional sendo ele escolar ou não. O pedagogo em espaços não escolares desenvolverá práticas pedagógicas, buscando o que cada uma já adquiriu em seu tempo, desenvolvendo aprendizados através de diálogos, atividades do cotidiano de cada sujeito, dando uma sequência onde terá sentido no que se está sendo construindo durante vivências.

Nos tornamos pedagogos para trabalhar com pessoas, compreendendo que cada um tem uma bagagem de cultura e vivencias, e é necessário valorizar esses saberes, construindo novos aprendizados partindo da realidade de cada sujeito, transformando a curiosidades, o interesse em conhecimento.

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