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Academic year: 2021

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(1)

Dinâmica Molecular e Monte Carlo

Prof. Roberto Gomes de Aguiar Veiga

Dia

(2)

- Tamanho do sistema → com computadores de hoje, ~106 átomos podem

ser considerados rotineiramente; até 109 átomos já foi atingido → muito

difícil chegar na escala do μm, relevante para muitos sistemas de interesse (policristais, florestas de discordâncias, meio poroso, etc) → lembre que em 1 cm3 de um material metálico típico estão contidos cerca de um mol

(6.02 x 1023) de átomos.

- Sistemas muito grandes (ou simulações muito longas) →

pós-processamento de uma quantidade enorme de dados requer workstations poderosas.

- Adicionalmente, estas simulações podem facilmente resultar em muitos terabytes de dados → armazenamento também se torna um problema sério.

(3)

Limitações da Dinâmica Molecular

- Tempo de simulação → ~10-9 s é o padrão; 10-6 s pode ser alcançado em

situações especiais.

- Consequência do tamanho do passo de tempo Δt → da ordem de 10-15 s

para sistemas atomísticos → 1 ns de tempo simulado com Δt=1 fs requer 1 milhão de passos de DM!

- Passo de tempo tem que ser pequeno o bastante para cobrir os

movimentos atômicos mais rápidos → vibrações num cristal da ordem de 1013-1014 Hz.

- Sistema facilmente “preso” em regiões do espaço de fase separadas de outras por barreiras de energia potencial elevadas → fenômenos

governados por eventos raros (e.g., difusão no estado sólido) não podem ser capturados.

(4)

- Simulações atomísticas no equilíbrio → produzir amostras de

microestados acessíveis ao sistema de interesse dadas as condições impostas ao sistema.

- Dinâmica molecular → evolução temporal do sistema de interesse → trajetória gerada representa microestados → observáveis, como visto anteriormente, podem ser calculados como médias dos valores de uma propriedade para esses microestados.

- Situações relacionadas às limitações da DM mostradas anteriormente impedem a geração de uma trajetória verdadeiramente representativa dos microestados no equilíbrio.

- E se a trajetória temporal determinística da DM pudesse ser substituída por uma trajetória gerada estocasticamente?

(5)

Calculando o π com pedras

π=4×Areacir

Areasq - Nós podemos estimar π mesmo sem nenhum instrumento de medida → não é necessário saber as áreas! - Atirando pedras dentro

de um quadrado com um círculo desenhado dentro → algumas vão cair

dentro do círculo, outras não.

- A probabilidade de uma pedra cair dentro do

círculo é relacionada com a razão entre a área do círculo e do quadrado.

π

=

4×N

ins

N

tot

L

Para qualquer problema um pouco mais complicado → melhor usar um computador...

(6)

Cassino de Monte Carlo, no Principado de Mônaco - Família de algoritmos estocásticos → baseados em números aleatórios. - Jogos de azar →

perda ou ganho ocorre com uma dada

probabilidade.

- Conhecimento sobre o sistema de interesse → probabilidades de encontrar o sistema num dado estado.

(7)

- Podemos estimar o valor de uma integral calculando o valor da função num número finito de pontos {x} escolhidos aleatoriamente:

I =

a b

f (x)dx≈(b−a)⟨f ( x)⟩=

(

b−a)

N

i

f (x

i

)

Média simples

- Se é uma integral em poucas dimensões → métodos melhores (e.g., quadratura).

Integração com números aleatórios

x

(8)

Queremos estimar o valor de integrais multidimensionais como a que dá o valor esperado de um observável como função da configuração de um grande número de partículas no ensemble canônico:

Integração com números aleatórios

A ⟩=

A (r

N

)

exp

[

E(r

N

)

kT

]

d r

N

exp

[

E (r

N

)

kT

]

d r

N Densidade de probabilidade no ensemble canônico (NVT) como função da configuração rN.

(9)

- Que pontos considerar no espaço amostral? - Amostragem aleatória simples →amostras altamente improváveis serão consideradas → contribuição negligível ao valor esperado.

- Estados ocorrem com probabilidades diferentes → melhor levar isso em contra ao construir a amostragem.

Integração com números aleatórios

E P E P

(10)

-

Amostragem por importância

→ amostras são escolhidas

levando em conta sua probabilidade de ocorrência na

distribuição de interesse.

- Metropolis propôs, em 1953, uma maneira de gerar amostras

aleatórias dentro do esquema de amostragem por importância.

- Em termos práticos → o algoritmo de Metropolis produz um

caminho aleatório

de um modo iterativo → cada iteração do

algoritmo produz uma configuração tentativa que pode ser

adicionada ou não à amostragem.

- Reduz a variância em torno do valor esperado.

(11)

ΔEE

Cria-se uma configuração inicial aleatória

Faz um movimento único, mudando a configuração atual Calcula a diferença de energia

ΔEE=En-Em

Se ΔEE<0, aceita a nova configuração; do contrário, aceita ou rejeita de acordo

com a condiçãode aceitação

R ep et e M v ez es

Algoritmo de Metropolis

(12)

A ⟩=

1

M

i =1

M

A

i

- Valor esperado → média simples dos valores

para a grandeza de interesse nas configurações

geradas e aceitas pelo algoritmo de Metropolis.

- Uma mesma configuração pode ser

considerada várias vezes na obtenção da méida

→toda vez que uma configuração tentativa é

rejeitada, a anterior é contada novamente →

repetição de uma configuração relacionada à

sua probabilidade.

Cálculo do observável

Número de passos de MC Valor da grandeza A no i-ésimo passo de MC

(13)

Alguma mudança no estado atual do

sistema em direção a algum outro estado → deslocamento da

partícula, mudança no sinal do spin, troca na espécie química de duas partículas, etc.

Movimentos de Monte Carlo

Troca

(14)

- Mesmo movimentos completamente não-físicos são

permitidos.

- Para manter as probabilidades a priori inalteradas →

movimento deve ser escolhido aleatoriamente de acordo com

uma probabilidade fixa → em princípio, nenhum viés!

- Viés pode ser introduzido para acelerar as simulações →

probabilidade de aceitação deve ser mudada para levar isso em

conta.

(15)

ΔEE

- Se a energia aumenta depois de um movimento

tentativo → nova configuração aceita se (no ensemble canônico):

Γ <exp

(

−ΔE kT

)

Número pseudo-aleatório no invervalo (0,1(

- Maior a diferença de energia, menor a

probabilidade de aceitação → estados de menor energia são favorecidos.

- Maior a temperatura, maior o número de microestados visitados (maior a entropia).

(16)

Γ <

exp

(

Δ

E

kT

)

Por que esta é a probabilidade de um movimento de Monte Carlo ser aceito?

- A probabilidade de aceitação depende do ensemble estatístico subjacente → acima: ensemble canônico.

- É obtida a partir da condição de balanço detalhado → no

equilíbrio, a frequência de transições entre dois estados

quaisquer é a mesma em qualquer direção → reversibilidade microscópica (equações de movimento reversíveis no tempo).

(17)

Transições entre dois estados no equilíbrio

(1) (2)

(18)

Balanço detalhado

- Obedecer a condição de balanço detalhado → condição

suficiente

mas

não necessária

para que um algoritmo de

Monte Carlo reproduza o equilíbrio.

- De modo a obeder a condição de balanço detalhado:

(19)

π

i→ j

=

sel(i→ j)ac (i→ j)

Probabilidade de uma transição

- Probabilidade de que ocorra a transição do sistema de um estado i para um estado j.

- No contexto do esquema de Metropolis:

- No algoritmo original de Metropolis → sel(i→j)=sel(j→i) → probabilidades de seleção de uma transição e sua reversa são simétricas (sem viés).

Probabilidade de escolher a

(20)

Probabilidade de encontrar o sistema num microestado

P

1

=

exp (−

β

E

1

)

Z

No ensemble canônico:

Probabilidade de encontrar o sistema no estado (1).

Função de partição canônica.

Z =

exp (−

β

E)d rN

1

kT

Em princípio → se quero saber a probabilidade de encontrar o sistema no estado (1) → integrar Z

→ não é necessário! → não queremos a

probabilidade de cada microestado, mas a razão entre elas.

(21)

π

1 →2

p

1

=

π

2 →1

p

2

sel

1 →2

ac

1→ 2

p

1

=

sel

2→ 1

ac

2→1

p

2

sel

1 →2

=

sel

2 →1

ac

1→ 2

p

1

=

ac

2→ 1

p

2

ac

1 →2

ac

2 →1

=

p

2

p

1 Da condição de balanço detalhado: Ensemble canônico

ac

1 →2

ac

2 →1

=

exp(−

β

E

2

)

Z

Z

exp (−

β

E

1

)

ac

1 →2

ac

2 →1

=

exp(−

β

E

2

)

exp (−

β

E

1

)

=

exp(−

β

Δ

E)

Dentre as possibilidades de probabilidade de aceitação, Metropolis selecionou

ac (1→2)=min[1, exp(−

β

Δ

E)]

(22)

2 1 3 4 2 1 Condições periódicas de contorno U1,2 U2,1 Superfícies livres

Condições periódicas de contorno

- Como em simulações de DM → condições periódicas ou abertas no contorno podem ser aplicadas.

- Energia potencial de cada partícula computada como em DM → energia total

E de uma configuração é a soma das energias de todas as partículas.

Referências

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