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patricia alexandre evangelista

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Academic year: 2021

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OBESIDADE E TURISMO: DESAFIOS PARA ADEQUAÇÃO DA OFERTA À DEMANDA CRESCENTE DE TURISTAS COM O PERFIL OBESO

Obesity and tourism: Challenges for matching supply and growing demand profile of tourists with obese

Patrícia Alexandre Evangelista patriciaaevangelista@gmail.com

Orientador: Prof. Doutor José Guilherme de Almeida

Resumo: O presente artigo expõe os problemas que o público obeso enfrenta para

usufruir de equipamentos de transporte, lazer e turismo. Para tal, apresenta-se a definição de obesidade, suas classificações, além de leis, decretos e normas ligadas à acessibilidade e necessidade de inclusão social do público obeso. A partir deste contexto, parte-se para a discussão sobre a ascensão da obesidade no Brasil e no mundo, e as principais consequências desta transformação social, com reflexos ao universo do entretenimento e das viagens. Por fim, apresentam-se considerações sobre como o mercado de lazer e de viagens poderia lidar melhor com este público, a partir das restrições aos obesos constatadas, baseadas em pesquisa de campo realizada

Palavra chave: acessibilidade; obesidade; inclusão social; lazer; turismo

ABSTRACT: This article outlines the problems that the public obese faces to take

advantage of transport facilities, leisure and tourism. To this end, it presents the definition of obesity, their rankings, in addition to laws, decrees and rules related to the accessibility and the need for social inclusion of the public obese. From this context, it is for the discussion about the rise of obesity in Brazil and in the world, and the major consequences of this social transformation, with reflexes to the universe of entertainment and and travel. Finally, we present considerations on how the market for leisure and travel could deal better with this subject, from the restrictions to obese found based on field research conducted with this public.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata da relação entre obesidade e turismo, uma vez que a população obesa cresce continuamente no Brasil e no mundo. O estudo prioriza a descrição e análise da relação entre o citado público e os equipamentos e serviços relacionados a transportes, lazer e turismo. Sua relevância se dá pela ausência de estudos sobre o tema e pelo crescente número de obesos presentes na população brasileira e mundial.

Com isso, este artigo pretende investigar as necessidades e dificuldades das pessoas obesas em equipamentos de transporte, lazer e turismo. Para tal, realiza um levantamento de dados acerca dos conceitos e características principais da obesidade, além de discutir brevemente a ampliação deste fenômeno no Brasil e no mundo. Ainda contextualiza as principais leis específicas para acessibilidade de obesos existentes no Brasil para, finalmente, apresentar e discutir como os principais tipos de serviços e equipamentos de lazer e turismo lidam com as peculiaridades dessa demanda.

Para isso utilizou-se as seguintes ferramentas: pesquisas em fontes secundárias sobre relação entre turismo e obesidade; segmentação de demanda turística; tipologia de equipamentos de transporte, lazer e turismo; Para que o leitor perceba a diversidade e complexidade da relação entre oferta técnica de turismo versus o perfil específico de demanda obesa para viagens e lazer.

Após tal contextualização, parte-se para o levantamento de dados em campo. Para isso foram realizadas algumas entrevistas quali-quantitativas baseadas em um roteiro de perguntas semiestruturado com foco nas dificuldades e limitações reais e potenciais do obeso à vivência de experiência em lazer e turismo. Buscou-se ainda o contato com entidades e estabelecimentos ligados ao público obeso e/ou serviços e equipamentos de lazer e turismo, a fim de aprofundar a coleta de informações sobre o tratamento dado a este público em experiências de entretenimento e viagens.

Por fim, como forma de ilustração de tais questões, foi efetuado um pequeno documentário em vídeo registrando imagens reais de problemas de acessibilidade dos obesos, além de depoimentos com críticas e sugestões sobre a necessidade de adequação da oferta turística e de lazer a este público, com referências registradas em São Paulo (SP), Campos do Jordão (SP), Jaguarão (RS), Lago Titicaca (Bolívia) e Lagoa Santa (MG).

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3 Quando se trata da Obesidade é preciso compreender seu conceito e dimensão. O primeiro questionamento relevante é: Por que grande parte da sociedade ocidental, que antes sofria com a desnutrição, especialmente em países em desenvolvimento, agora é tomada pela obesidade? Uma pesquisa realizada em 2010 na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP aponta que a desnutrição do passado é a consequência da obesidade de hoje. Isto porquea falta de alimentação adequada na infância teria íntima relação com o aparecimento da obesidade na idade adulta, através de dietas desequilibradas, ingestão de alimentos gordurosos e pouco nutritivos, ritmo de vida acelerada e estressante nos centros urbanos, levando a falta de educação alimentar, sedentarismo e desgaste psicológico, fatores contribuintes ao aumento de peso (Martins, 2010).

Segundo dados do Ministério da Saúde - MSB ((2011)) obesidade é uma doença, que pode levar a depressão, doenças cardiovasculares e até à morte. Por ser uma disfunção de saúde a obesidade tem que ser tratada adequadamente, ou seja, sem preconceitos e com prevenção e tratamento médico. Porém, sabe-se que a maioria da população é leiga e acaba situando o excesso de peso como uma falha de caráter ou mesmo falta de educação daquele que come mais do que precisa:

Há uma série de mitos que ainda persistem sobre a obesidade e que atravanca de maneira absurda o conhecimento da doença – e é doença sim. A obesidade causa grandes dissabores aos gordos, quer físicos, estéticos ou psicológicos e, pior ainda, ela vem crescendo de maneira espantosa, caracterizando o que podemos chamar de epidemia de obesidade” (HALPERN, A. – Mitos e verdades - Obesidade, São Paulo, Contexto, 1997, p.9)

Com tudo isso, o MSB considera Obesidade como a maior epidemia do século XXI. (BRASIL, 2012, p. 18).

É importante salientar que a preocupação em relação a sua propagação e consequências à saúde não é exclusiva do Brasil, mas algo que se alastra em nível mundial, ainda que o país apresente dados cada vez mais alarmantes sobre este assunto.

Para se ter uma ideia de sua expansão no contexto nacional em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso considerável saudável , sobrepeso, com IMC1 alto, mas ainda não considerado como obesidade. Em 2011, as

1 IMC – Índica de Massa Corporal: é uma medida de adequação do peso em relação a altura calculado através da seguinte fórmula: peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Foi desenvolvido no século XX, por Lambert Adolphe Jacques Quetelet, matemático belga. Fatores como gênero e idade também interferem em sua medição.

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4 proporções subiram para 52,6% homens e 44,7 % mulheres. O excesso de peso no sexo masculino começa cedo. Na faixa dos 18 aos 24 anos, 29,4% já estão nessa condição. Observa-se, portanto, que o aumento de peso da população brasileira avançou 49% nos últimos seis anos, sendo que 15,8% são declaradas obesas. Nos últimos vinte anos a população com obesidade mórbida aumento 400% no Brasil, hoje os obesos mórbidos no país somam 3,5 milhões.

A sociedade moderna, tomada pelo consumismo, a globalização, a necessidade de ter prazeres e respostas rápidas, está negligenciando algo muito importante: a saúde. A população come muito e mal. Este modo hedonista e prático de se viver está contribuindo para o aumento de peso da população. Hoje mais de 06 milhões de pessoas no Brasil sofre com o sobrepeso (Ministério da Saúde 2012).

A obesidade pode ser definida de maneira simplificada, como uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, levando prejuízos à saúde do indivíduo. A crescente preocupação dos órgãos de saúde e da sociedade tem mobilizado a realização de campanhas e intervenções governamentais, pois a obesidade é um grave problema de nutrição populacional e, por conseguinte, de saúde pública (Adaptado de Who, 1998).

Existem classificações para os tipos de obesidade, e formas científicas para medir a mesma. O método de maior reconhecimento mundial para determinar os níveis de obesidade é a avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC). De acordo com tabela abaixo são classificados as diferentes categorias de obesidade:

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5 Tabela: 1: Tabela de peso ideal pelo IMC

Situação IMC em adultos

Abaixo do peso 18,5

Peso Saudável 18,5 a 24,9

Sobrepeso 25,0 - 29,9

Obeso grau I 30,0 a 34,9

Obeso grau II 35,0 a 39,9

Obeso grau III 40,0 acima

Fonte: Ministério da Saúde, 2012.

De acordo com o Ministério da Saúde a obesidade possui três níveis: obesidade I, obesidade II e obesidade III. Esta, mais conhecida como obesidade mórbida, pode até levar a morte.

O Ministério da Saúde efetuou uma pesquisa de janeiro e dezembro de 2011, onde 54 mil adultos foram ouvidos em toda capitais do Brasil. O resultado foi que em todas as regiões do país, e em todas as faixas de renda aumentou contínua e substancialmente o percentual de pessoas com excesso de peso. Segundo o levantamento, a obesidade no país atinge 16% das mulheres, ante 15,7% da população masculina.

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6 Gráfico 1: Evolução da obesidade e excesso de peso no Brasil

Fonte: Ministério da Saúde, 2012.

A partir da pesquisa supracitada, o Ministério da Saúde indica um contexto de epidemia de obesidade no Brasil, e compara que se mantido o ritmo atual de pessoas acima do peso no país, em dez anos elas serão 30% da população, se igualando assim ao percentual de obesidade nos Estados Unidos da América.

O Ministério da Saúde já lançou campanhas para combater a obesidade, principalmente a obesidade infantil. O Governo Dilma Roussef promove ações de combate à obesidade em mais de cinco mil escolas. Contudo, está previsto que agentes de saúde visitem 50 mil escolas públicas assentadas em 2.200 municípios, em que avaliarão o estado físico dos alunos e recolherão os dados necessários para determinar seus índices de massa corporal e outros dados e comportamentos relacionados com o sobrepeso.

A questão da conscientização da população em relação aos perigos da obesidade é tão séria que em países como os Estados Unidos a própria primeira-dama Michelle Obama lançou uma campanha contra a obesidade infantil e conta com celebridades ícones da música, como por exemplo a cantora Beyonce para fazerem campanhas sistemáticas na mídia contra obesidade (Let’s Move 2012).

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7 Gráfico 2: Gráfico da população brasileira obesa (IMC 30 ou maior), em %

Fonte: Ministério da Saúde, 2012.

Visualiza-se no gráfico acima o crescimento da obesidade de 2006 a 2011, percebe-se então que a obesidade cresceu de 11,4 para 15,8, ou seja, foi um crescimento de 38,6% em 5 anos.

3. SEGMENTAÇÃO DA DEMANDA, OBESIDADE E TURISMO.

Para alcançar a demanda de potenciais consumidores, as empresas turísticas muitas vezes utilizam-se de uma estratégia de marketing denominada segmentação do mercado turístico. Nesta, é feita uma análise de comportamentos específicos de grupos sociais presentes no mercado consumidor real e potencial, a fim de detectar suas principais caraterísticas de consumo. Com isso, a ideia é ajustar o que é ofertado às necessidades, desejos e padrões de comportamento de públicos específicos.

A segmentação está presente em todos os mercados, incluindo o mercado do turismo. Os produtos devem ser oferecidos de forma a atender as necessidades e demandas específicas de cada cliente, pois o mesmo produto pode atender as demandas de um perfil de cliente e ser inadequado para outros segmentos. (Ministério do Turismo, p.23).

Para Kotler, segmentação do mercado é o ato de identificar e agrupar grupos

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8 A segmentação turística é utilizada para fins de planejamento do turismo no sentido de atingir de maneira mais confiável e eficaz os seus potenciais consumidores. Esta segmentação faz com que surjam nichos de mercados cada vez mais específicos baseados em diferentes variáveis, como por exemplo, a faixa etária (turismo para terceira idade) ou a condição física (portadores de necessidades especiais).

Vaz (1999) apresentou critérios em que os segmentos de mercado podem ser identificados analisando-se diferenças psicográfica, comportamentais, demográfica socioeconômica, e demográfica pessoal, está ultima que consiste na identificação básica do cidadão, características físicas, características genéticas, algo claramente ligado, portanto, à obesidade.

Com enfoque na segmentação do mercado, o turismo social, isto é, democratizado e acessível à maioria, vem se desenvolvendo acentuadamente no mundo nos últimos anos. O Ministério do Turismo do Brasil tem feito um trabalho específico no se refere ao acesso à experiência turística às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. A definição deste termo de acordo com o órgão governamental citado é:

Mobilidade reduzida é a dificuldade de movimento, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. A NBR 9050:2004 entende por pessoa com mobilidade reduzida, além da pessoa com deficiência, o idoso o obeso, a gestante. (BRASIL, MINISTÉRIO DO TURISMO p.14 2006b)

A inclusão de pessoas com mobilidade reduzida no turismo é um desafio de todos os gestores da área, pois é necessário pensar na adequação dos equipamentos de lazer, sejam hotéis, restaurantes, transportes, para atender a este público.

O Plano Nacional de turismo 2007/2010, cujo objetivo é transformar a atividade turística em um importante mecanismo de melhoria do Brasil, e fazer do turismo um importante indutor da inclusão social, possui os seu programas e macroprogramas , que são desdobramentos temáticos agregados, escolhidos pelo seu potencial de contribuição para atingir os compromissos estabelecidos nas metas do Plano Nacional do Turismo (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007). No macroprograma de qualificação dos equipamentos turísticos é considerada a questão da acessibilidade.

Como premissas para este macroprograma deve-se considerar: a busca da excelência nos serviços, as condições higiênico-sanitárias de atrativos e alimentos ofertados, a garantia de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida em todos os equipamentos turísticos do País. (Ministério do Turismo, p. 75, 2007b)

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9 Neste sentido, a inserção social através de viagens não se refere somente ao aspecto socioeconômico, mas a qualquer tipo de restrição ou peculiaridade que determinado grupo social venha a apresentar. O presente artigo, conforme apresentado na introdução, procura mostrar quais são as necessidades e dificuldades dos obesos enquanto segmento mercadológico específico.

3.1. ACESSIBILIDADE NO BRASIL

No que se diz a respeito da promoção da acessibilidade no Brasil o primeiro aspecto a se observar é que a mesma é considerada obrigatória, em cumprimento da legislação, a qual é orientada pelas normas da ABNT, sobretudo a NBR 9050:2004.

Como foco na inclusão social, Sassaki afirma que “qualidade de vida é um princípio

que passou a ser discutido e associado ao movimento de inclusão social das pessoas reconhecidamente excluídas dos direitos de participação na sociedade” (SASSAKI, 2003,

p. 33).

Diante deste contexto apresentado por Sassaki pouco se tem feito para os obesos. Apesar de existirem normas e leis que obrigam os estabelecimentos de lazer como teatros, cinemas, arenas esportivas, a terem, por exemplo, cadeira especial para os obesos, a grande maioria dos estabelecimentos não cumpre tal exigência. O mesmo fenômeno se observa em termos de mobilidade por diferentes meios de transporte, tais como ônibus, trens, metrôs e aeronaves em todo o país.

Um exemplo disso ocorre em nível estadual. O deputado estadual de São Paulo Rogério Nogueira do PDT elaborou em 2006 a lei estadual 12.650, aprovada pelo então Governador Geraldo Alckmin, que obriga a reserva de dois lugares (no mínimo) adaptados para obesos em cinemas, teatros, casas de espetáculos e no transporte coletivo. A lei entrou em vigor em 2008 os estabelecimentos teriam o prazo de quatro anos para se adaptarem, porém até hoje alguns desses estabelecimentos não se adaptaram, prejudicando a qualidade de vida da população com peso elevado, inclusive em relação ao seu lazer.

Corroborando com esta falta de atenção ao público obeso destaca-se ainda a pesquisa feita pela Revista Veja (2012) indicando que uma das maiores redes de cinema presentes no país, Cinemark, ainda não adaptou sua estrutura de serviços e equipamentos à citada legislação e normatização. Em apenas parte de suas salas, o braço de algumas cadeiras pode ser levantado para que o espectador tenha mais espaço.

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10 Como resposta, o Cinemark afirma, após tal divulgação, que os novos complexos de cinema lançados a partir de 2012 terão poltronas exclusivas para obesos, o que implica na adaptação deste equipamento de lazer com modificações nos padrões de acesso, investimento e receita por parte de seus gestores. Já em outros espaços de lazer em São Paulo, como as casas de shows Credicard Hall e Citibank Hall, as pessoas obesas podem solicitar lugares maiores sem nenhum custo, o que ainda representa uma exceção em termos de equipamentos de lazer existentes no município, algo que será confirmado no capítulo referente à pesquisa de campo aplicada com obesos.

Com relação aos meios de transporte, vale destacar que o metrô de São Paulo já oferece assentos de 90 centímetros de largura disponíveis nos vagões e nas plataformas. Todavia, nos ônibus da capital paulista ainda não existe esses tipos de assento. Para sanar esta deficiência estrutural existe uma lei que garante que a pessoa obesa poderá descer pela porta da frente, evitando assim o constrangimento de passar com dificuldades pela catraca.

Diante do quadro de epidemia da obesidade em que o Brasil se encontra, está em vigor o Projeto de Lei de Câmara, número 132 de 2011, cujo autor é o deputado Manoel Junior que altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000:

... Para dispor sobre a instalação de assentos especiais para pessoas obesas em locais de espetáculos, entretenimento, esportes, conferências, aulas e outros de natureza similar e nos veículos de transporte público coletivo em geral; estabelece que os assentos especiais para pessoas obesas devam representar, no mínimo, 5% do total dos assentos disponíveis; dispõe sobre as regras para que os assentos especiais destinados às pessoas obesas sejam ocupados por outras pessoas, quando não houver interessados nas compra dos respectivos bilhetes...(Senado Federal, 2011).

Outro projeto de lei beneficia o público obeso, foi aprovado dia 08 de dezembro de 2011 pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), com relatoria da senadora Ana Rita (PT-ES). Este Projeto foi encabeçado pela ex-senadora Serys Slhessarenko (PT-SC) alterando o PLS 578/2009. Assim, passa-se a garantir prioridade de atendimento não somente a deficientes, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas de criança de colo (Lei 10.048/2000), como também aos obesos. A proposta inicial, rechaçada, previa que a pessoa com obesidade mórbida pagaria 25% de acréscimo ao valor da passagem, quando precisasse utilizar dois assentos, devido à sua condição. A senadora Ana Rita ainda completa: “O obeso não pode ser punido por sua

condição de saúde. Os serviços e a tecnologia devem ser adaptados à diversidade

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11 O presente estudo procurou constatar a aplicação dos direitos do consumidor obeso previsto no Código de Defesa do Consumidor, entrando em contato com Marcele Soares, atendente do PROCON, órgão de defesa do consumidor. No contato eletrônico foi encaminhado um documento onde foi salientado que pessoas obesas que não conseguissem usufruir de teatros, cinemas, casas de espetáculo e estádios, devido à má acomodação, poderiam solicitar o reembolso do ingresso.

Caso o estabelecimento não possua poltronas especiais, sugerimos que denuncie o local para a Prefeitura Municipal, no número 156. Se não conseguir assistir o espetáculo, filme ou peça, caberá à devolução imediata do valor pago no ingresso

Ainda de acordo com o órgão, infelizmente há pequena demanda de reclamações de pessoas obesas reivindicando o seu direito, diferente do que acontece com os cadeirantes, o que releva falta de conhecimento dos próprios obesos sobre seus direitos enquanto consumidores com demandas peculiares. Roni Silva agente de defesa do consumidor, fez a seguinte comparação, também através de contato telefônico:

Pessoas obesas, muitas vezes não sabem do seu direito, acabam não correndo atrás e nem brigando por ele, talvez isto se deva a não disseminação as leis e direitos que este público possui. Diferente dos cadeirantes, que há uma grande repercussão de leis e direitos.

Como exemplo de outro tipo de equipamento de lazer e turismo buscou-se contato com um dos principais Parques Temáticos do estado de São Paulo. O setor de atendimento ao visitante do Parque Hopi Hari informou que não garantem conforto e nem acessibilidade para pessoas com IMC acima de 30. Angélica Soares, do Centro de Atendimento do Visitante deste Parque, afirmou:

Informamos que visitantes com altura superior a 1,95 e/ou com peso acima de 120 kg podem não se adequar às atrações conforme a orientação dada pelos fabricantes, porém em alguns casos pessoas dentro destas condições conseguem utilizar as mesmas e outras que não chegam às condições informadas não conseguem utiliza-las, pois não se sentem confortáveis. Com isso não temos como garantir se será possível a utilização das atrações, pois tudo vai depender da adequação aos acentos e travas das mesmas de acordo com a estrutura corpórea.

A mesma situação acontece em boa parte dos teatros paulistanos. Muitos não possuem cadeiras especiais para o público em questão. Em contato com o Teatro Folha, um dos mais sofisticados espaços culturais da cidade de São Paulo, a resposta não foi positiva quando se trata de acomodação para os obesos. Ao ser questionado sobre se o

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12 teatro possui tal acessibilidade, Heloísa Monteiro, da Central de Atendimento ao Cliente do Teatro Abril/Amil, considerou que:

Infelizmente não há cadeiras especiais (não tínhamos a consciência dessa necessidade no momento em que o teatro foi construído, uma pena). Mas há espaços adaptáveis para casos especiais (como cadeirantes, por exemplo) logo na 1ª fileira...

É importante salientar que é direito de todo cidadão seja obeso ou não, usufruir do lazer e do turismo em todas as suas possibilidades. Isto significa que espaços e equipamentos como meios de hospedagem, meios de transporte e equipamentos de lazer e recreação devem prover tal possibilidade a todos os cidadãos.

Porém, o que se observa na prática, é que o público obeso acaba sendo muitas vezes excluído ou mal acomodado nas práticas de lazer e turismo devido a seu peso, tamanho e ao desconhecimento dos direitos deste segmento entre os gestores públicos e privados e do próprio público, algo que será detalhado a partir dos resultados da pesquisa de campo realizada no presente estudo, a ser apresentada posteriormente.

O turismo vem sendo valorizado cada vez mais como atividade econômica capaz de gerar riquezas e promover a distribuição de renda. Nesse cenário, é inegável o potencial brasileiro para essa atividade, pelo expressivo acervo de bens paisagísticos, naturais, culturais e sociais. Contudo, o País ainda não alcançou as condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permitir o acesso de todos à experiência turística (BRASIL, MINISTÉRIO DO TURISMO, p.3 2006b).

Em comparação com os Estados Unidos, onde o número de pessoas obesas é superior, existe uma ONG que combate o preconceito em relação a pessoas obesas. A National Association to Advance Fat Acceptance (NAAFA), foi fundada em 1969 com objetivo de ajudar a construir uma sociedade na qual as pessoas de todos os tamanhos são aceitas com dignidade e igualdade em todos os aspectos da vida. (NAAFA 2012). Recentemente segundo o jornal “The Guardian” essa ONG fechou um parque da Disney, o Epcot Center, pois afirmou em comunicado público que a atração reforça estereótipos de crianças obesas e as estigmatiza por sua condição. (The Guardian, 2012)

Em suma, no que concerne ao turismo em relação a esses grupos populacionais percebe-se que tanto no Brasil como no exterior, existem inúmeros casos de restrição ao lazer e ao turismo. Em outras palavras, as condições de acessibilidade não são condizentes. Isto contrapõe uma premissa governamental: Projetar a igualdade social

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entender a diversidade como regra e não com exceção. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p.7 2006b).

4. PESQUISA DE CAMPO SOBRE A INADEQUAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS AOS OBESOS

Com relação à dinâmica de realização da pesquisa foram realizadas 100 entrevistas de caráter quali-quantitativo, abordando os seguintes assuntos: Idade, Sexo; Altura; Peso; Indicação dos equipamentos de transporte, lazer e turismo que apresentam dificuldades de uso para os obesos, Especificação das principais dificuldades; Conhecimento sobre leis específicas para uso de equipamentos de transporte, lazer e turismo para obesos; Opinião sobre a possibilidade de se montar produtos de lazer e turismo específicos ao público obeso; Opinião sobre a falta de ações visando a adaptação de equipamentos e serviços ao público obeso.

Os questionários foram aplicados em dias aleatórios entre os meses de março e abril de 2012, na região central de Campos do Jordão (SP) – 33 questionários, e São Paulo (SP) – 67 questionários. A primeira localidade foi escolhida por se tratar de uma destinação turística com diversidade de serviços e equipamentos turísticos. Já a pesquisa na capital paulista ocorreu na região central, nos arredores da Estação São Bento do metrô, por se tratar de um ponto com grande fluxo de pessoas de perfil diversificado. Os filtros utilizados foram: a) maior de 18 anos; b) IMC igual ou superior a 30 (indicando obesidade).

Além disso, vale lembrar que foi realizado pré-teste para ajuste do questionário e que algumas mulheres não foram entrevistadas pela dúvida de se inserirem no perfil, o que poderia constrangê-las e pela dificuldade em admitir o excesso de peso. Mesmo assim, representaram 40% da amostra coletada em campo, cuja média de idade foi de 32 anos, de altura 1,73m e de peso 122 kg (que representa um IMC médio de 35).

Isto posto, vale comentar os principais resultados. A primeira informação mais relevante diz respeito à dificuldade dos obesos no uso de equipamentos de transportes, lazer e turismo. Em 06 dos 10 equipamentos analisados ao menos um quinto dos entrevistados comentou sobre restrições vivenciadas em virtude do excesso de peso (22% em Bares/Restaurantes; 27% em Trens/Metrôs; 29% em cinemas; 31% em parques aquáticos; 35% em Aviões; 42% em Parques de Diversões e 73% em ônibus). Além disso, alguns equipamentos como teatros, estádios, aviões e casas noturnas são espaços

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14 pouco frequentados pelos entrevistados, o que torna o problema de acesso e uso relativamente mais amplo. Segue gráfico:

Gráfico 3: dificuldade dos obesos no uso de equipamentos de transportes, lazer e turismo.

Entre os motivos de dificuldades destacados, tem-se a alta incidência de pessoas que apontam alguma restrição para uso de tais espaços/equipamentos (45%) e, principalmente, a dificuldade de acomodação, gerando desconforto físico e psicológico (91%). Em contrapartida, outros aspectos como preconceito de terceiros (15%), ausência de orientação para uso dos equipamentos (7%) e preços mais elevados por ocupar mais espaços (4%) foram aspectos pouco citados entre as dificuldades de uso de espaços/equipamentos de transporte, lazer e turismo.

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15 Outro dado bastante relevante diz respeito ao número de pessoas (69%) que desconhecem qualquer tipo de norma ou lei vinculada a questão do uso de espaços/equipamentos de lazer e turismo pelos obesos. A maioria que apontou algum conhecimento os restringiu, essencialmente, ao uso de assentos específicos em meios de transporte público, como ônibus e trens.

A indagação seguinte se referia a possibilidade de se criarem roteiros específicos de viagem aos obesos. Praticamente metade (49%) considerou que sim. Entre os principais motivos apontados para tal tem-se: evitar-se constrangimentos físicos e psicológicos e adequar espaços/equipamentos ao público obeso.

Por fim, questionaram-se os motivos principais para que espaços e equipamentos de lazer e turismo relutem em adaptar suas experiências e serviços aos obesos. Entre as possibilidades destacadas pelos entrevistados, se sobressai a falta de interesse dos gestores, públicos ou privados, nesta parcela da população. Em outras palavras, não são vistos como um segmento de mercado em potencial segundo 51% dos entrevistados.

Já 29% aponta como empecilho a falta de conhecimento sobre leis específicas de adequação de espaços/equipamentos/serviços a obesos. Um quarto dos mesmos considera que os gestores não modificam suas estruturas por desconhecimento em relação a possíveis projetos capazes de adaptar suas estruturas/serviços ao público obeso. Por fim, 24% indicaram como principal entrave o possível aumento de gastos que tais adaptações trariam aos gestores de empreendimentos/equipamentos turísticos.

Gráfico 5: Motivos principais para que espaços e equipamentos de lazer e turismo relutem em adaptar suas experiências e serviços aos obesos.

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16 Baseado em tudo isso, pode-se dizer que boa parte do público obeso sofre dificuldades físicas e psicológicas ao utilizar equipamentos e serviços de lazer e turismo. Além disso, poucos conhecem leis específicas que garantem adaptações dos mesmos a este público. Por fim, percebe-se a existência de um mercado potencial focado especificamente na população com peso acima da média para espaços e equipamentos de lazer e turismo, algo que a maioria dos gestores ainda não quis considerar, por motivos diversos, entre os quais se destaca o desconhecimento das peculiaridades de demanda para este público.

Por último, é importante destacar que também foram realizados levantamentos qualitativos em campo com algumas pessoas obesas, no intuito de extrair reações às experiências restritivas em termos de transporte, lazer e turismo. Neste sentido, em cada localidade visitada para a realização deste trabalho (Campos do Jordão – SP, Jaguarão – RS, Lago Titicaca – Bolívia e Lagoa Santa – MG) foram registradas imagens e depoimentos. Estes complementam o levantamento de dados feito através da pesquisa citada acima e que servem como referência ao registro em vídeo apresentado conjuntamente ao presente documento. De forma a ilustrar tal levantamento, destacam-se abaixo alguns depoimentos realizados nas citadas localidades.

Em Campos do Jordão a entrevista foi Eliana Mello, que possui 1,70m de altura e 130kg. A entrevistada não se sentiu à vontade para utilizar a cadeira do teleférico daquela cidade, além de contar casos específicos de constrangimento vivenciados por conta do excesso de peso, como o exemplo em que uma festa de formatura viu uma pessoa obesa elegantemente vestida se machucar após cair de uma cadeira.

(SIC) Eu estava em um aniversário de uma amiga, e na família dela a maioria das pessoas são pessoas gordinhas. E um tio dela chegou e sentou, estava muito bem vestido de terno, sentou tranquilamente, a cadeira virou o pé para trás e quebrou, então ele caiu.

Já em Jaguarão (RS), o entrevistado foi Delano Lima, o qual tem 1,82m e 162kg. Em seu depoimento, bastante constrangido, destacou a dificuldade de utilização de cinemas na cidade de Porto Alegre – local de nascimento do entrevistado – fora de Shoppings Centers.

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17 (SIC) As salas antigas são complicadas. Hoje em dia não se encontra nenhuma boa mais, pelo menos aqui no Rio Grande do Sul... somente em shopping center. Em shopping center o cinema é mais caro, mas a qualidade do atendimento é melhor. Em 90% dos cinemas de Porto Alegre eu posso dizer que as poltronas, são maiores, principalmente as do fundo, mas são para casais não é para o obeso...

(SIC) …O vão entre uma e outra também é complicado, porque se tiver que passar não dá, eu espero todo mundo sair de uma lado, então eu escolho outro lado para sair . Não pode levantar no meio do cinema para ir no banheiro, para não atrapalhar.

Em visita ao Lago Titicaca foi abordada a turista argentina Marcela Gutierrez, 1,67m e 133kg, a qual salientou a dificuldade de deslocamento na Bolívia pelo transporte coletivo:

(SIC) Acá los colecticos son chiquitos, muy chiquitos. És una dificultad viajar. Hay

este inconveniente.2

Por último, destaca-se o depoimento de Márcio de Campos Canto, que possui 1,77m de altura e 134kg. Ele viajou a convite da autora para Lagoa Santa (MG), pegando um voo da TAM Linhas Aéreas no trecho São Paulo (GRU) – Belo Horizonte (CNF)3 – Voo JJ 3360. Neste, todos os tipos de dificuldades que a pessoa obesa passa ao viajar de avião: o acesso ao aeroporto (especialmente através de transporte público), o estreitamentos dos corredores e principalmente das poltronas do avião, a dificuldade em colocar o cinto e para locomoção durante a após o voo. Entre suas citações mais relevantes destaca-se:

(SIC) Eu acho que a gente não tem culpa de ser obeso. A obesidade tem um fundo genético também. Eu acho que (o tratamento) deveria ser igual. Agora, deveria ter algumas (cadeiras) como têm pra idosos, tem que ter pra obesos também. Obeso é portador de necessidade especial.

(SIC) …A ANAC teria que obrigar a ter lugares específicos para pessoas obesas, né? E eu acho que não deveria ser cobrado nenhum tostão a mais. Muito importante isso!.

2 Tradução: Aqui os ônibus são pequenos, muito pequenos. É uma dificuldade viajar. Há este inconveniente. 3

GRU é a sigla do Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em São Paulo/Guarulhos. Já CNF é a sigla do Aeroporto Internacional de Confins, Minas Gerais.

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18 (SIC) …Oh, muito constrangedor! Sob todos os aspectos. Começa já na entrada, na hora que vai embarcar tem que passar pelo constrangimento de tirar o sapato. Depois não consegue colocar o sapato. Depois vai entrar no avião já tem dificuldade pra entrar, entendeu? Porque o avião é estreito, o corredor do avião, o cinto (também) dificulta… atrapalha em tudo (o fato de ser obeso).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obesidade deve ser levada mais a sério, pois o aumento da população obesa é rápido e constante, algo já considero como grave epidemia do século XXI por órgãos oficiais de saúde, acarretando, não raro, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de uma série de restrições físicas e psicológicas decorrentes da mesma. A sociedade deve entender que obesidade é um problema social complexo e de grandes proporções patológicas, associado ao modo de vida estressante, acelerado e desregrado dos grandes centros urbanos, que levam ao sedentarismo, má alimentação e, por conseguinte, ao ganho excessivo de peso. Em outras palavras, o problema não é de falta de vontade dos obesos em mudar sua condição física, mas de uma doença séria que gradualmente atinge mais a população brasileira e mundial.

Os equipamentos de lazer e turismo, conforme visto tanto na pesquisa de demanda com o público obeso como com estabelecimentos de transportes, lazer e turismo contatados durante o estudo, não estão, em sua grande maioria, preparados para receber a demanda de obesos. A acessibilidade para este público chega a ser muitas vezes impossível devido ao tamanho dos acentos para locomoção e acomodação deste público, a restrição de acesso a equipamentos de entretenimento em parques, entre outros fatores.

O poder legislativo que deveria fiscalizar e divulgar as leis de acesso a equipamentos de transporte, lazer e turismo, não cumpre este papel devidamente. Com isso, a maioria da população, obesa ou não, desconhece quais são os direitos e deveres deste público, fazendo com que, muitas vezes, os obesos deixem de usufruir adequadamente de experiências de entretenimento e viagens. Esta é a provável razão pela qual muitos obesos não lutam por seus direitos, que muito se assemelham com o direto de pessoas com deficiência física. No entanto, nos últimos anos estes passaram a conhecer seus direitos e reivindica-los, gerando um ciclo virtuoso de adequação, repercussão e fiscalização. Isto pôde ser observado tanto na pesquisa de campo

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19 realizada como nos depoimentos de caráter qualitativo coletados em experiências de transportes, lazer e turismo destacados acima.

Com tudo isso, conclui-se que toda a sociedade é responsável pelo atual desajuste entre as necessidades e peculiaridades do público obeso e a oferta de serviços e equipamentos em geral, algo que se reproduz na esfera do lazer e das viagens. O Governo não estabelece regras devidamente claras e eficazes, apesar de algumas ações mais recentes neste sentido, tampouco fiscaliza corretamente seu cumprimento. Neste contexto tanto quem oferece equipamentos de transporte, lazer e viagens como aqueles que o consomem, obesos ou não, demonstram pouco conhecimento sobre tais necessidades de ajustes a este segmento do mercado.

Isto faz com que companhias aéreas, de transporte rodoviário e ferroviário, cinemas, teatros, casas de espetáculos, parques aquáticos e de diversões, além de arenas esportivas e meios de hospedagem desperdicem a oportunidade de conquistar e fidelizar este tipo crescente de público.

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