• Nenhum resultado encontrado

Avaliação da compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente cimentante fotoativado na cor final de lentes de contato de resina composta

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação da compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente cimentante fotoativado na cor final de lentes de contato de resina composta"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE ODONTOLOGIA

KAMILA MACHADO MOTA

Avaliação da compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente cimen-tante fotoativado na cor final de lentes de contato de resina composta

Florianópolis 2019

(2)

Kamila Machado Mota

Avaliação da compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente cimen-tante fotoativado na cor final de lentes de contato de resina composta

Trabalho de conclusão do Curso de Graduação em Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina como re-quisito para a obtenção do Título de Cirurgião-den-tista.

Orientadora: Profª. Dra. Jussara Karina Bernardon

Florianópolis 2019

(3)
(4)

Kamila Machado Mota

Avaliar a compatibilidade cor entre o agente cimentante fotoativado e a pasta de prova em lentes de contato de resina composta

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Cirurgião-Dentista e aprovado em sua forma final pelo Curso de Odontologia

Local, 23 de outubro de 2019. ________________________

Gláucia Santos Zimmermann, Dr. Coordenador do Curso Banca Examinadora:

________________________ Prof.ª Jussara Karina Bernardon, Dra.

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Prof.ª Carolina da Luz Baratieri, Dra. Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Profª. Larissa Fernanda Pottmaier Campos, Dra. Universidade Federal de Santa Catarina

(5)

Este trabalho é dedicado: A Deus, pela vida. Aos meus pais, Arildo e Eliane, pelo amor e incentivo. À minha irmã, Isadora, pela inspiração diária.

(6)

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, que me deu força nos dias mais difíceis. Obrigada por os seus planos serem sempre melhores que os meus.

Aos meus pais, Arildo e Eliane. Nenhuma palavra seria suficiente para des-crever todo o meu amor e minha gratidão por vocês. Só nós sabemos de todas as dificuldades que passamos para que o nosso sonho pudesse ser realizado, mas con-seguimos! Pai, desde pequena você me incentiva a ser alguém melhor. Obrigada por sempre acreditar em mim e não medir esforços para me ver bem. És o meu exemplo, te amo. Mãe, obrigada por todos os momentos dedicados a mim, por todas as palavras de incentivo e pelo amor incondicional. Você é minha benção, te amo.

À minha irmã, Isadora. Você é o maior presente que a vida poderia me dar. Como foram difíceis os dias longe de você. Quando você pedia para eu não ir, meu coração queria ficar, mas saiba que tudo isso foi, também, por você. Obrigada por fazer parte da minha vida. Eu estarei sempre aqui por ti e farei o que for possível para que você seja feliz. Te amo com toda minha alma e coração.

Ao meu namorado, Gabriel. Você foi fundamental durante esses anos. Esteve comigo desde que tudo isso era um sonho. Obrigada por toda dedicação, paciência, conselhos e por sempre acreditar em mim. Obrigada por todos os momentos felizes que passamos juntos e por todos os aprendizados. Você me faz ser alguém melhor, te amo.

À toda minha família que através de seu apoio, preocupação, amor e carinho tornaram a minha vida mais fácil e feliz. Em especial à minha madrinha, Angélica, que mesmo de longe sempre esteve presente na minha vida.

Aos colegas e amigos que fiz durante esses anos de graduação. Em especial à Daiara, pelos momentos especiais que passamos juntas, pelas risadas e pelo com-panheirismo. Ao Lucas, por toda ajuda, incentivo e amizade. À Fernanda, minha du-pla, por todo apoio e cumplicidade nas fases clinicas, você foi um presente. Ao Rafael, pelas infinitas risadas e conversas que tornaram os meus dias mais leves. À Adriana, pela amizade genuína, conversas e conselhos. À Ana Carolina por tantos ensina-mentos, pela simplicidade e pela amizade verdadeira. Ao Vinicius, pelos momentos divertidos e à Luísa, por todo o carinho e ajuda. Vocês me fizeram muito feliz. Levarei todos no meu coração.

À minha orientadora, Jussara, por todo conhecimento compartilhado, dedica-ção e momentos de risadas. Muito obrigada pela confiança e pela oportunidade de conviver com você. Sua competência, sinceridade e determinação me inspiram.

Aos professores que tive durante à minha vida. A todos os pacientes, pela paciência, compressão e carinho. Aos servidores, em especial ao Batista e Luiz, pelos sorrisos diários e por toda ajuda. À Ro, por todo o carinho e prestatividade. À Daiane e Nilcéia pelos momentos de descontração, por toda dedicação, pela paciên-cia e pelos cafés. Vocês foram essenpaciên-ciais nesse último ano de graduação. Obrigada! E a Universidade Federal de Santa Catarina pela oportunidade concedida em reali-zar o curso de graduação em odontologia.

(7)

Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo. Martin Luther King

(8)

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi avaliar a compatibilidade de cor entre o material de prova e o agente cimentante fotoativado, bem como, o seu efeito na cor final da restauração do tipo lente de contato de resina composta. Para isso, lentes de contato de resina composta (IPS Empress Direct® - Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) na cor Bleach XL foram fabricadas com 0,3 a 0,5 mm de espessura e foram cimentadas em base de resina composta (Opallis® - FMG, Joinville, SC, Brasil) na cor A3 com es-pessura de 3mm na cervical/média e 2mm na região incisal com diferentes agentes cimentantes (Variolink Esthetic LC® nos valores Warm+, Light+ e Neutral- Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein / Opallis Flow® na cor A1- FMG, Joinville SC, Brasil) e materiais de prova (Variolink Esthetic LC® nos valores Warm+ try in, Light+ try in e Neutral try in- Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein / Opallis Flow® na cor A1 pré cura- FMG, Joinville SC, Brasil / Gel hidrossolúvel - KY, Johnson & Johnson® - São José dos Campos, Brasil). O conjunto base de resina + agente cimentante/material de prova + lente de contato foi avaliado pelo espectrofotômetro (Vita Easyshade, Vita Zahnfabrik, Alemanha) imediatamente após a colocação do cimento ou pasta de prova. Os resultados mostraram que, segundo o teste ANOVA, houve diferença esta-tística significativa nos valores de L* entre os agentes cimentantes e entre as pastas de prova. Ainda, houve diferença estatisticamente significativa nos valores de ∆E entre os materiais de prova e os agentes cimentantes. Portanto, quando comparados dife-rentes agentes cimentantes, observou-se que houve diferença nos valores de lumino-sidade entre eles. Da mesma forma, quando comparados diferentes pastas de prova, observou-se que houve diferença nos valores de luminosidade entre eles. Já quando avaliado a correspondência de cor, vista pelo ∆E, entre agente cimentante e material de prova não foi alcançada em todos os grupos.

(9)

ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate the compatibility of the test material and the photoactivated cementing agent, as well as their effect on the final restoration of the composite resin contact lens type. For this purpose, the composite resin contact lenses (IPS Empress Direct® - Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) on the Bleach XL were made 0.3 to 0.5 mm thickness and were cemented on the composite resin base (Opallis®). - FMG, Joinville, SC, Brazil) in A3 with thickness of 3mm in the cervical / middle region and 2mm in the incisal region with different cementing agents (Variolink Esthetic LC® in Warm +, Light + and Neutral- Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein / Opallis Flow® in color A1- FMG, Joinville SC, Brazil) and test materials (Variolink Esthetic LC® in Warm + try in, Light + try and Neutral try in - Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein / Opallis Flow® in color A1 pre-cure - FMG, Joinville SC, Brazil / Water-soluble Gel - KY, Johnson & John® - São José dos Campos, Brazil). Resin base set + cemented agent / test material + contact lens was evaluated by spectrophotometer (Vita Easyshade, Vita Zahnfabrik, Germany) after placement of cementator or speci-men. The results showed that, according to ANOVA test, there was a statistically sig-nificant difference in L * values between the cementing agents and between the test materials. Still, there was a statistically significant difference in the ∆E values between the test materials and the cementing agents. Therefore, when comparing different ce-menting agents, there was a difference in luminosity values between them. Similarly, when comparing different test materials, there was a difference in the luminance values between them. The color match seen by DELTAE between the cementing agent and the proof material was not achieved in all groups.

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Materiais utilizados na pesquisa...24 Quadro 2 – Distribuição de grupos para avaliação da influência da luminosidade dos matérias de prova e dos agentes cimentantes...26 Quadro 3 – Distribuição de grupos para avaliação de compatibilidade cor entre a pasta de prova e o agente cimentante por meio do ∆E...27

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Médias Aritméticas, Desvios-Padrão, valores mínimo e máximo, com os respectivos resultados estatísticos de ΔE dos grupos avaliados...30

Tabela 2 - Médias aritméticas e desvio-padrão (DP) com os respectivos resultados estatísticos de L* dos agentes cimentantes e pastas de prova...31

(12)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS a* - Coordenada a

ANOVA - Análise de variância b* - Coordenada b

CIELAB - Espaços de cor CIE (L*a*b*) L* - Coordenada de luminosidade mm – Milímetro

CFp - Resina flow A1 polimerizada CL+ - Cimento resinoso Light+ CN - Cimento resinoso Neutral CW+ - Cimento resinoso Warm+ PFpc - Resina flow A1 pré cura PG - Gel hidrossolúvel

PL+ - Pasta de prova Light+ PN - Pasta de prova Neutral PW+ - Pasta de prova Warm+ s – Segundos

(13)

LISTA DE SÍMBOLOS + - Mais

% - Por cento = - Igual

∆E* - Unidade de diferença cromática > - Maior que

< - Menor que

∆L* - Diferença entre a luminosidade das amostras

∆a* - Diferença na escala a* (verde-vermelho) entre as amostras ∆b* - Diferença na escala b* (azul-amarelo) entre as amostras.

(14)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

2.1 RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS...16

2.2MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE COR ... 21

3 OBJETIVOS ... 23

3.1 OBJETIVO GERAL ... 23

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 23

4 MATERIAIS E MÉTODOS ... 24

4.1 GRUPOS AVALIADOS ... 25

4.2 CONFECÇÃO DO CORPO DE PROVA ... 27

4.3 MENSURAÇÃO E ANÁLISE DE COR ... 28

4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 28

5 RESULTADOS ... 30

5.1 DIFERENÇA DE COR (ΔE) ... 30

5.2 PARÂMETRO L* (LUMINOSIDADE) ... 30

6 DISCUSSÃO ... 32

6.1 DISCUSSÃO DA METODOLOGIA ... 32

6.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 34

7 CONCLUSÃO...36

(15)

14

1 INTRODUÇÃO

Com a evolução da odontologia, atualmente o cirurgião dentista dispõe de várias opções de tratamentos para dentes anteriores com alterações estéticas, princi-palmente devido ao desenvolvimento de materiais adesivos. As possibilidades variam entre técnicas diretas ou indiretas, utilizando resina composta ou cerâmica (HIGASHI et al., 2006).

A reanatomização dental com resina composta direta é a técnica mais comum e com custo comparativamente baixo (HIGASHI et al., 2006). Além disso, esse mate-rial é de fácil manipulação, com possibilidade de reparo e baixa abrasividade, no en-tanto, a resina composta direta apresenta alguns inconvenientes, tais como, instabili-dade de cor, baixa resistência ao desgaste e porosiinstabili-dade (Almilhatti et al., 2012).

Outra possibilidade é a técnica semidireta, onde o cirurgião dentista confecci-ona a faceta no próprio consultorio com resina composta de forma indireta. (HIGASHI C., ARITA C., GOMES J.C., HIRATA R., 2007). Nessa técnica é possível obter melhor contorno proximal e boa adaptação marginal (D'SOUZA, Dsj; KUMAR, M., 2010).

Laminados cerâmicos ultrafinos também podem ser utilizado para corrigir al-terações estéticas em dentes anteriores (BELSER; MACNE; MACNE, 1997). Dentre suas principais características estão: biocompatibilidade, durabilidade e propriedade óptica excelente (KELLY; NISHIMURA; CAMPBELL, 1996; YAMOCKUL;

THAMRON-GANANSKUL; POOLTHONG, 2016; 2016; CARDOSO et al., 2015).

Para alcançar longevidade da restauração as etapas de planejamento, esco-lha do material restaurador, escoesco-lha do cimento, prova e cimentação final devem ser seguidas de forma criteriosa (VAZ et al., 2018). No procedimento de cimentação, o material restaurador é unido a estrutura dental por meio de um agente cimentante que deve ser preferencialmente fotoativado pois apresentam maior estabilidade de cor, que é de extrema importância principalmente em restaurações em dentes anteriores (PEUMANS et al., 2000). No entanto, peças de menor espessura permitem maior pas-sagem de luz, possibilitando ao cimento resinoso modificar a cor final da restauração que será definida após a cimentação final e hidratação da estrutura dental (KÜRKLÜ et al., 2013).

(16)

15

Uma das maiores dificuldades encontradas no uso de materiais restauradores é chegar em um resultado estético satisfatório (XU et al., 2014). Isso se deve a baixa espessura e translucidez dos materiais e, principalmente a combinação do cimento resinoso com a estrutura dental que pode apresentar alteração de cor, além de sofrer desidratação no momento de trabalho que será revertida após o contato com a saliva (MOUROUZIS et al., 2018; ALGHAZALI, et al., 2010). Portanto, tendo em vista a re-levância da fase de cimentação, os fabricantes disponibilizam diferentes cores de ci-mentos resinosos, possibilitando ao dentista escolher a cor que alcance o efeito esté-tico desejado (XING et al., 2010).

Os cimentos resinosos têm como vantagem a presença de uma pasta de prova que deve reproduzir a cor do cimento fotoativado (CHADWICK; MCCABE; CAR-RICK, 2008). Sendo assim, é de suma importância que haja compatibilidade de cor entre ambos. No entanto, alguns estudos em cerâmica mostram que essa compatibi-lidade de cor não é alcançada (RIGONI et al., 2012; ALGHAZALI et al., 2010; XU et al., 2014) e não existem estudos que avaliem isso em lentes de contato de resina composta.

Portanto, o objetivo desse estudo é avaliar a compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente cimentante fotoativado, bem como, o seu efeito na cor final de restauração do tipo lente de contato de resina composta. As hipóteses nulas tes-tadas foram: 1) Não há diferença estatística significativa nos valores de L* entre os agentes cimentantes; 2) Não há diferença estatística significativa nos valores de L* entre as pastas prova; 3) Não há diferença estatística significativa nos valores de ΔE entres os grupos avaliados.

(17)

16

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS

A procura pela estética passou a integrar não somente conceitos da cirurgia-plástica, mas também da odontologia. Um sorriso agradável é associado ao bem-estar físico, psicológico e socioeconômico (BISPO et al., 2009). Em razão da busca pela reprodução das características naturais dos dentes, as técnicas e materiais restaura-dores continuam em constante evolução, trazendo como consequência várias alter-nativas para o tratamento de dentes anteriores com alterações estéticas (JÚNIOR, B.;

BARROS, C., 2011).

Dentre os fatores que mais comprometem a estética estão: dentes levemente escurecidos, alterações dos ângulos mesiodistal, inclinação vestibulopalatina, leves apinhamentos, pequenas correções do bordo incisal, dentes conóides, dentes com alterações de forma, reestabelecimento de guia anterior e canina (CARDOSO et al., 2015). Nesses casos, para restaurar cor, volume, forma, posição, textura etc., podem ser usadas restaurações parciais que recobrem a superfície vestibular total ou parci-almente dos dentes anteriores (BISPO et al., 2009).

Essas restaurações são chamadas de lentes de contato, com nenhum ou mí-nimo preparo dental (0,2 a 0,5 mm de espessura) em substrato de cor favorável e facetas com preparo de maior espessura em substrato com alteração de cor (HIGASHI et al., 2006; JÚNIOR, B.; BARROS, C., 2011; OKIDA et al., 2016). Essas restaurações podem ser confeccionadas pela técnica direta e semidireta de resina composta e in-diretas que podem ser feitas de resina composta, cerômero ou cerâmica (CUNHA, 2013; HIGASHI et al., 2006).

Para a confecção de restaurações com resina composta é imprescindível que o cirurgião dentista contenha conhecimentos sobre matiz, croma, valor, translucidez, opacidade, particularidades inerentes à estrutura dental e também sobre a dinâmica das propriedades físicas e opticas das resinas compostas (Fahl, 1996). O uso desse material apresenta algumas vantagens, tais como, fácil manipulação, possibilidade de reparo, maior resiliência, baixa abrasividade, baixo custo etc. No entanto, alguns

(18)

17

cuidados devem ser tomados, pois a resina possui instabilidade de cor, baixa resis-tência ao desgaste, porosidade etc. (ALMILHATTI et al., 2002; HIGASHI et al., 2006).

A confecção de faceta direta com resina composta é o método mais comum, onde a faceta é confeccionada diretamente na boca do paciente, dependendo do con-dicionamento ácido total do dente (HIGASHI et al., 2006). Essa técnica apresenta van-tagens, tais como, rapidez por não necessitar de etapa laboratorial, baixo custo, po-dem ser realizadas frequentemente sem qualquer preparo dental, ausência da linha de cimentação, reparo de fratura etc. As desvantagens da técnica se dão pela contra-ção de polimerizacontra-ção que pode gerar microinfiltrações, dificuldade na adaptacontra-ção mar-ginal, sensibilidade da técnica, complexidade em reproduzir o ponto de contato e co-eficiente de expansão térmica maior que a do dente etc. (D'SOUZA, Dsj; KUMAR, M., 2010; HIGASHI et al., 2006)

A resina composta também permite a realização da técnica semidireta, que é mais prática quando comparada com as restaurações cerâmicas pois, não necessita de equipamentos adicionais, ou seja, a polimerização adicional pode ser feita fora da boca do paciente com o próprio fotoativador, devido a fina espessura da peça. Essa polimerização adicional permite uma melhor polimerização do material (D'SOUZA,

Dsj; KUMAR, M., 2010; HIGASHI C., ARITA C., GOMES J.C., HIRATA R., 2007). Além

disso, a técnica dispensa etapas envolvendo laboratório protético, uma vez que, esse procedimento consiste na confecção da peça pelo cirurgião dentista, de forma indireta no próprio consultório, tornando o procedimento mais barato e rápido. Ainda, a técnica indireta quando comparada com a direta apresenta melhor adaptação da margem da restauração (HIGASHI C., ARITA C., GOMES J.C., HIRATA R., 2007).

Outra possibilidade é a utilização de restaurações cerâmicas, que tem sido amplamente propagada devido à sua excelente biocompatibilidade, aparência natural, boas propriedades físicas, químicas e mecânicas, alta resistência à compressão e expansão térmica semelhante à estrutura dental (RITZBERGER et al., 2010). Quanto à longevidade dessas restaurações PEUMANS et al., (2000) constataram que os prin-cipais fatores responsáveis pelo sucesso das facetas cerâmicas nos últimos 25 anos são devido ao planejamento do caso, preparo conservador do dente, seleção ade-quada das cerâmicas, dos materiais de cimentação, métodos de cimentação, correto acabamento e polimento e manutenção das restaurações.

(19)

18

Sabe-se que o processo para atingir as características ópticas do dente é complexo (CARDOSO et al., 2015). Além disso, o resultado final das restaurações cimentadas pode ser afetado por diversos fatores, incluindo: tipo, cor, espessura do agente cimentante e características do substrato dental (ALQAHTANI; ALJURAIS; ALSHAAFI, 2012; VICHI, Alessandro; FERRARI, Marco; DAVIDSON, Carel Leon, 2000).

Para a cimentação de facetas ou lente de contato é preferível que se utilize cimento resinoso fotoativado (PEUMANS et al., 2000), devido sua maior estabilidade de cor (ARCHEGAS et al., 2011) quando comparados aos de cura dual, pois os inici-adores da reação de polimerização desse cimento são aminas terciárias que irão pro-duzir alterações de cor importantes ao longo do tempo, que poderão prejudicar o re-sultado estético especialmente em restaurações finas. (CARDOSO et al., 2015). Uma outra alternativa sugerida por BARCELEIRO et al., (2003) para a cimentação de face-tas ou lentes de contato é a resina flow fotoativada, uma vez que, que a média de resistência ao cisalhamento da resina flow é estatisticamente parecida com a do ci-mento resinoso.

A cor do cimento resinoso utilizado para cimentar laminados cerâmicos, es-pecialmente os translúcidos, também pode modificar a cor final da restauração (PRATA et al., 2011; HERNANDES et al., 2016). Por isso, os cimentos resinosos são fornecidos em diversas cores e opacidades, afim de obter uma melhor correspondên-cia de cor na restauração final e, dessa forma, permitir ao dentista selecionar a cor mais adequada do cimento (XING et al., 2010). Uma maneira de escolher a cor do cimento resinoso é com o uso de pastas de prova antes da cimentação definitiva (VI-CHI; FERRARI; DAVIDSON, 2000).

Para usufruir melhor dos benefícios da pasta de prova é necessário seguir corretamente as instruções do fabricante (AIQAHTANI; AIJURAIS; ALSHAAFI, 2012). As pastas de prova são compostas por glicerina solúvel em água, componentes mi-nerais e de coloração (WEE; MONAGHAN; JOHNSTON, 2002). Ademais, a consis-tência e a tonalidade da pasta de prova deveriam ser semelhantes ao do cimento resinoso (VICHI; FERRARI; DAVIDSON, 2000).

(20)

19

Ao avaliar a influência do cimento resinoso no resultado estético das facetas cerâmicas, bem como, a correspondência de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso, VAZ et al., (2018) observou no seu estudo com laminado cerâmico (0,35mm ou 0,70mm) de IPS e.max HT na cor B1 (Ivoclar Vivadent, AG, Schaan, Liechtenstein) que o cimento resinoso Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) e sua pasta de prova apresentaram compatibilidade de cor para a maior parte das cores avaliadas. Além disso, a cor do cimento resinoso influenciou no resultado final dos laminados cerâmicos, uma vez que, comparando as cores avaliadas, os valores mé-dios para os grupos que representaram a cor -3 foram menores que os obtidos nos grupos da cor +3. A espessura das cerâmicas foi o fator mais importante para a vari-ação de cor.

Já para RIGONI et al., (2012); ALGHAZALI et al., (2010); XU et al., (2014); KAMPOUROPOULOS et al., (2014) e MOUROUZIS et al., (2018) não houve compa-tibilidade de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso em seus estudos.

RIGONI et al., (2012) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a con-cordância de cor in vitro entre cimento resinoso e a pasta de prova correspondente. Para tal, discos de cerâmica vítrea de nanofluorapatita na cor A2 (E.max Ceram, Ivo-clar Vivadent, AG Schaan, Liechtenstein) e os cimentos Vitique (DMG - Hamburg, Germany) na cor A2, Variolink II (Ivoclar Vivadent, AG - Schaan, Liechtenstein, Ger-many) na cor A1 e Choice 2 (Bisco - Schaumburg, Illinois, USA) na cor a2 e suas pastas de prova correspondentes foram usados. Os resultados mostraram que houve aumento para um tom mais escuro dos cimentos em relação a pasta de prova imedi-atamente após a cimentação. Portanto, os pesquisadores concluíram que não houve compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso.

KAMPOUROPOULOS et al., (2014) avaliaram a correspondência de duas co-res (translucida e universal) de quatro cimentos co-resinosos existentes no mercado, po-limerizados por luz (LC) ou por dupla polimerização (DC), com sua pasta de prova (Calibra (Dentsply Caulk, Konstanz, Germany), Clearfil Esthetic Cement (Kuraray Me-dical Inc, Okayama, Japan), Insure (Cosmedent Inc., Chicago, ILL, USA) e Variolink II (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein)), imediatamente, após a fotoativação e após 24 horas. Para isso, foram preparadas duas placas cerâmicas (IPS e.max Press, translucidez média, cor A1, Ivoclar, Schaan, Liechtenstein) com dimensões: placa A:

(21)

20

7x7 mm e 0,8 mm de espessura e placa B: 6x6 mm e 0,8 mm de espessura). Foram encontradas diferenças de cor entre as amostras de cimentos resinosos fotozado e de dupla polimerização e sua pasta de prova imediatamente, após a polimeri-zação e 24 horas depois da polimeripolimeri-zação. As pastas de prova do Calibra e Insure não alcançaram compatibilidade de cor com o cimento resinoso correspondente (ΔΕ> 3,3), por outro lado, Clearfil Esthetic e Variolink II obtiveram compatibilidade de cor aceitável (ΔΕ< 3,3) entre o cimento e a pasta de prova.

MOUROUZIS et al., (2018) ao avaliarem a correspondência de cor entre o cimentos resinosos Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein ) nas cores: High Value, Medium Value e Low Value, Variolink Esthetic LC (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) nas cores: Light +, neutral e Warm e suas pastas de prova, observaram em seu estudo com discos cerâmicos IPS e.max CAD (Ivoclar Vivadent) em diferentes espessuras (2 mm, 1,5 mm, 1,0 mm e 0,5 mm) de cerâmica IPS e.max, que houve diferença significativa de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso Variolink Veneer em todas as espessuras do material cerâmico, sendo que os maiores valores de incompatibilidade de cor (ΔΕ) foram alcançados com 0,5 mm de espessura. No caso do Variolink Esthetic LC os valores de ΔΕ só extrapolaram o limite de aceita-bilidade nas amostras de 0,5 mm de espessura. Portanto, o estudo concluiu que a pasta de prova não reproduziu a cor final do cimento, principalmente em restaurações de menores espessuras.

XU et al., (2014) avaliaram a influência do cimento resinoso nas cores Trans-lucent, B0.5, A1, A3, White Opaque (RelyXTM 3MESPE, St. Paul, MN) na cor final de facetas cerâmicas com 1 mm, 0,7 mm e 0,5 mm de espessura, bem como, a compa-tibilidade de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso correspondente. Os va-lores de variação de cor foram menores no grupo de 0,5 mm em comparação ao grupo de 0,7 mm demonstrando uma melhor concordância de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso em cerâmicas mais finas. Em relação a cor do cimento resinoso, o estudo indicou que cores mais claras possuem melhor correspondência de cor entre a pasta de prova e o agente cimentante. Portanto, pode-se concluir com esse estudo que os cimentos resinosos podem modificar ligeiramente a cor final da restauração e nem sempre há concordância de cor entre o cimento resinoso e sua pasta de prova, especialmente para agentes cimentantes mais escuros e opacos.

(22)

21

ALGHAZALI et al., (2010) produziram um estudo com o objetivo de avaliar como as diferentes cores de pasta de prova, cimento resinoso polimerizado e não polimerizado podem influenciar na cor das restaurações de laminados cerâmicos na cor 1M1 VM7 (Vita, Zahnfabrik, Bad Sackigen, Alemanha) com espessura de 1,0 mm. A medição de cor foi feita colocando entre a cerâmica e o dente o Aquagel (Aquagel1 - Adams Healthcare, UK), os cimentos resinosos antes da polimerização e após a polimerização nos seguintes sistemas: Sistema Nexus-3 (Kerr Corporation) nas cores: Light, Dark e Neutral; Calibra (Dentsply International, Germany) nas cores: Light, Dark e Translucent e RelyX (3M-ESPE, EUA) nas cores: Light, Dark e Translucent e tam-bém com as pastas de prova. O estudo concluiu que mudanças significativas foram observadas entre a pasta de prova o cimento resinoso polimerizado correspondente. No entanto, não houve mudanças de cor significativas entre o cimento resinoso poli-merizado e não polipoli-merizado. Portanto, a combinação de cores obtida com o uso de pastas de prova deve ser feita com cuidado e uma avaliação da restauração antes da polimerização final do cimento resinoso é recomendado.

Já quando utilizado facetas em cerômero (Shofu Inc., Kyoto, Japão) em dife-rentes espessuras (1,0 mm, 0,8 mm e 0,5 mm), Xing et al., (2010) observaram que o que o efeito do cimento resinoso na cor final dos laminados dependeu da cor do ci-mento, bem como, espessura do cerômero. Além disso, as cores de cimentos resino-sos fotoativado (A1, A3, WO, TR e B05) do sistema RelyXTM Veneer (3M ESPE, EUA) obtiveram alta concordância de cor com suas respectivas pastas de prova.

2.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE COR

O método mais utilizado por dentistas para seleção de cor tem sido a percep-ção visual por meio de escalas padronizadas. No entanto, um inconveniente desse critério de avaliação são as divergências entre fabricantes na produção das escalas o que resulta em falta de sistematização. Todavia, pode-se lançar mão do uso de colo-rímetros, espectrofotômetro e câmeras de vídeo para avaliação da cor, sendo que, o método mais confiável é pela técnica espectrofotométrica (PAUL et al., 2002).

PAUL et al., (2002) realizaram um estudo com o objetivo de comparar a cor-respondência de cor da seleção visual em relação ao uso de um espectrofotômetro. Para isso, três operadores selecionaram a melhor combinação de cor no terço médio

(23)

22

de incisivos centrais superiores não restaurados de 30 pacientes, usando o guia Vita Classical Shade. Os mesmos dentes foram medidos por um espectrofotômetro (LUA005, MHT, Zürich, Switzerland). Na percepção visual, todas as 3 percepções cor-responderam em 26,6%, por outro lado, no grupo espectrofotométrico houve corres-pondência de 83,3%. Portanto, o estudo concluiu que uma análise espectrofotométrica é mais precisa em comparação com avaliação humana.

Além disso, estipular um valor de diferença de cor (∆E) que tenha significância clinica é um desafio. PURCELL (2013) propôs em seu estudo uma escala de diferença de cor perceptível sendo ∆E <1 não visível ao olho nu e ∆E >2 visível por pessoas não especializadas, sendo assim, com relevância clínica. RUYTER, I.e.; NILNER, K.;

MÖLLER, B. et al., (1987) mostraram que 50% dos observadores rejeitaram uma

di-ferença de cor de 3.3 unidades. Do mesmo modo, uma rejeição de 50% por parte dos observadores ocorreu em 2.72 unidades de ∆E entre as amostras (RAGAIN; JOHNS-TON, 2000). No entanto, um estudo in vivo relatou ∆E 5.5 unidades como sendo clini-camente visível (DOUGLAS; STEINHAUER; WEE, 2007).

(24)

23

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a compatibilidade de cor entre o material de prova e o agente cimen-tante fotoativado, bem como, o seu efeito na cor final de lentes de contato de resina composta.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a influência da luminosidade do agente cimentante fotoativado nos di-ferentes níveis de valor na cor final de lentes de contato de resina composta.

Avaliar a influência da luminosidade dos materiais de prova nos diferentes níveis de valor na cor final de lentes de contanto de resina composta.

Avaliar a compatibilidade de cor, por meio do ∆E, entre o agente cimentante e o material de prova em lentes de contato de resina

(25)

24

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para avaliar a compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o agente ci-mentante, bem como, sua influência na cor final de restaurações foram confecciona-das bases de resina composta Opallis® na cor A3 (FMG Produtos Odontológicos Join-ville, SC, Brasil), e utilizado uma resina composta de esmalte IPS Empress Direct® na cor Bleach XL (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) para a confecção das lentes de contato com espessura de 0,3 a 0,5 mm. Os agentes cimentantes testados foram: cimento resinoso Variolink Esthetics LC® nas cores Warm+, Neutral, light+, resina Opallis Flow® na cor A1 (FMG Produtos Odontológicos Joinville, SC, Brasil). Warm+ try in, Neutral try in, light + try in (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) resina Opallis Flow® na cor A1 pré cura (FMG Produtos Odontológicos Joinville, SC, Brasil) e gel hidrosso-lúvel KY Johnson & Johnson® (São José dos Campos, Brasil) foram utilizados com materiais de prova (QUADRO 1).

QUADRO 1: materiais utilizados na pesquisa (informações do fabricante):

Marca comercial Cor fabricante Composição

Opallis® A3 FMG, Joinville,

SC, Brasil

Bis (GMA), Bis (EMA), UDMA e TEGDMA. As partículas incluem vidro de bário-alumino silicato

silanizados e nanopartículas de dióxido de silí-cio, Canforquinona como fotoiniciador,

acelera-dores, estabilizantes e pigmentos. IPS Empress

Direct®

Bleach XL Ivoclar Viva-dent, Schaan,

Liechtenstein

A matriz de monômero é composta de dimetacri-latos. As partículas incluem vidro de bário, triflu-oreto de itérbio, óxidos mistos, dióxido de silício e copolímero. Aditivos, iniciadores,

estabilizado-res e pigmentos são componentes adicionais. Variolink Es-thetic LC® Warm+, Neutral e Light+ Ivoclar Viva-dent, Schaan, Liechtenstein

A matriz do monômero é composta de dilato de uretano e outros monômeros de metacri-lato. As cargas inorgânicas são trifluoreto de itérbio e óxidos mistos esferoidais. Os iniciado-res, estabilizadoiniciado-res, pigmentos são ingredientes

adicionais. Variolink Es-thetic try-in® Warm+, Neutral e Light+ Ivoclar Viva-dent, Schaan, Liechtenstein

Contêm glicerina, cargas minerais e corantes.

Opallis Flow® A1 FMG, Joinville SC, Brasil

Carga inorgânica silanizada composta de micro-partículas de bário-alumino silicato e dióxido de silício nanoparticulado. Contém ainda monôme-ros metacrílicos [como TEGDMA, Bis (EMA), Bis

(GMA), canforquinona, co-iniciadores, conser-vantes e pigmentos.

KY, Johnson & Johnson®

Transparente São José dos Campos,

Bra-sil

Água, Glicerina, Propilenoglicol, Hidroxietilcelu-lose, Fosfato Monobásico de Sódio, Metilpara-beno, Fosfato Dibásico de Sódio e

(26)

25

Foi utilizado no estudo um manequim (P oclusal), onde, um dente artificial foi preparado. Para isso, 2 guias de orientação de desgaste (vertical e horizontal) foram confeccionadas com silicone de condensação (Reflex, Yller, Pelotas, RS, Brasil). En-tão, com o auxílio das guias, três canaletas vestibulares foram criadas sobre o dente 11 com a broca 3145 (KG Sorensen, São Paulo) seguindo a inclinação dos terços cervical, médio e incisal do dente, após isso, as canaletas foram unidas. Para conferir a espessura do desgaste, uma sonda milimetrada (Millennium, São Caetano do Sul, SP, Brasil) foi calibrada em 0,3 mm com o auxílio de um paquímetro.

Para a confecção das 40 bases de resina composta foi obtido um molde de silicone de adição (Express, 3M ESPE, USA) do dente previamente preparado. Incre-mentos de resina composta foram adicionados no molde de silicone com uma espátula de resina (SS White, Duflex, Minas Gerais, Brasil), com espessuras de 2 mm na região incisal e 3 mm na região cervical e média, medidas com uma sonda milimetrada (Mil-lennium, São Caetano do Sul, SP, Brasil). Os incrementos foram fotoativados por 80 segundos, conforme instrução do fabricante. As bases de resina composta de dentina tinham cor A3 (FMG Produtos Odontológicos Joinville, SC, Brasil), aferida por espec-trofotômetro (Vita Easyshade, Vita Zahnfabrik, Alemanha).

Já para a confecção das 40 lentes de contato de resina composta de esmalte na cor Bleach XL (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) o dente previamente pre-parado foi moldado com silicone de condensação (Reflex, Yller, Pelotas, RS, Brasil) e vazado com gesso pedra especial tipo IV para confeccionar um troquel. Então, uma fina camada de vaselina foi disposta sobre o gesso e um único incremento de resina composta (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) foi adicionado e conformado so-bre o troquel. Para dar a macrotextura e microtextura na lente de contato, uma guia vestibular de silicone de condensação (Reflex, Yller, Pelotas, RS, Brasil) feita sobre um dente artificial hígido (P oclusal) foi utilizada. O troquel juntamente com o incre-mento de resina composta (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein) foi colocado so-bre a guia vestibular e fotoativado por 20s (segundos).

Após isso, a guia vestibular foi removida e a lente de contato foi fotoativada por mais 40s, por fim, com a lente recoberta com gel hidrossolúvel (KY, Johnson & John-son, São José dos Campos, Brasil) onde foi realizada a última fotoativação por 20s. O gel hidrossolúvel (KY, Johnson & Johnson, São José dos Campos, Brasil) foi

(27)

26

removido com jatos de ar/água. Assim, a lente de contato foi destacada do troquel e foi feita a remoção dos excessos com disco de lixa de média granulação (TDV, Pome-rode, Santa Catarina) acoplado no contra ângulo em baixa rotação (KAVO, Joinville, SC, Brasil). A espessura final das lentes de contato foi de 0,3 mm na região de sulco a 0,5 mm na região de lóbulos.

4.1 GRUPOS AVALIADOS

Para avaliar a influência da luminosidade dos materiais de prova e dos agen-tes cimentanagen-tes nos diferenagen-tes níveis de valor na cor final de lenagen-tes de contanto de resina composta os espécimes foram distribuídos em 9 grupos conforme o QUADRO 2:

QUADRO 2: Distribuição de grupos para avaliação da influência da luminosidade dos matérias de prova e dos agentes cimentantes.

Grupos (n=10)

PW+ Pasta de prova Warm+

PN Pasta de prova Neutral

PL+ Pasta Light+

PG Gel hidrossolúvel

PFs Resina Flow A1 pré cura

CW+ Cimento Warm+

CN Cimento Neutral

CL+ Cimento Light+

(28)

27

Para avaliar a compatibilidade de cor, por meio do ∆E, entre o agente cimen-tante e o material de prova em lentes de contato de resina os espécimes foram distri-buídos em 5 grupos conforme o QUADRO 3:

QUADRO 3: Distribuição de grupos para avaliação de compatibilidade cor entre a pasta de prova e o agente cimentante por meio do ∆E.

4.2 CONFECÇÃO DO CORPO DE PROVA

Para a confecção do conjunto base de resina, material de prova e lente de contanto, o material de prova foi inserido entre a lente de contato e a base de resina com uma ponta de inserção, em seguida, uma leve força digital foi realizada e então os excessos foram removidos com o auxílio do microbrush (KG Sorensen, São Paulo)..

Já para a confecção do conjunto base de resina, agente cimentante e lente de contato, as lentes de contato foram separadas da base de resina e o excesso do material de prova foi removido com gaze e após isso, as peças foram submetidas a jatos de ar/água. Então, a superfície das peças (base e lente) foram asperizadas com a broca 3145 (KG Sorensen, São Paulo) e logo após, foi realizado o condicionamento com ácido fosfórico 37% (FMG Produtos Odontológicos Joinville, SC, Brasil) por 30 segundos. O silano foi aplicado em passo único (Monobond Etch & Prime, Ivoclar Vi-vadent AG, Schaan, Leichtenstein) com o auxílio do microbrush por 20s e ficou agindo por 40s. Então, as peças foram submetidas a jatos fortes de ar isento de água por 10s. Após isso, o adesivo (Ivoclar Vivadent AG, Schaan, Leichtenstein) foi aplicado por 10s seguido de jato de ar e fotoativado por mais 10s. Por fim, o agente cimentante

Grupos (n=10)

CW+/PW+ Pasta de prova Warm+/ cimento Warm+

CN/PN Pasta de prova Neutral/cimento Neutral

CL/PL+ Pasta Light+/cimento Light+

CFp/PG Gel hidrossolúvel/ resina flow polimerizada

CFp/PFs Resina Flow A1 pré cura/ resina flow poli-merizada

(29)

28

foi aplicado sobre a base de resina e sobre a lente de contato. Os mesmos foram unidos e os excessos removidos com o auxílio do microbrush (KG Sorensen, São Paulo), seguido de fotoativação por 1 minutos. Após a cimentação, foi realizado a mensuração de cor no terço médio da peça com o espectrofotômetro (Vita Easyshade, Vita Zahnfabrik, Alemanha).

4.3 MENSURAÇÃO E ANÁLISE DE COR

Para mensurar a cor obtida, foi usado o espectrofotômetro (Vita Easyshade, Vita Zahnfabrik, Alemanha) no terço médio dos conjuntos. A cor foi determinada pelo sistema CIE L*a*b*, onde, L* indica a luminosidade e varia de 0 (preto) a 100 (branco), enquanto a* e b* indicam o croma, com a* representando a saturação no eixo verme-lho (+) para verde (–) e b* no eixo amarelo (+) para azul (–). Por meio desse sistema, qualquer cor pode ser especificada com as coordenadas L*, a* e b*. A diferença de cor é representada pela expressão ∆E é calculada pela fórmula: ∆E=(∆L*2+∆a*2+∆b*2)1/2 na qual: ∆L*=diferença entre a luminosidade das amostras; ∆a*=diferença na escala a* (verde-vermelho) entre as amostras; e ∆ b*=diferença na escala b* (azul-amarelo) entre as amostras.

4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Na análise estatística dos dados foram considerados os valores de ΔE dos grupos avaliados [CN/PN = Cimento Neutral/Pasta Neutral); CW+/PW+ (Cimento Warm +/Pasta Warm +); CL+/PL+ (Cimento Light +/ Pasta Light +); CFp/PFs (Resina flow com/sem fotoativação); e CPp/PG (Resina flow/gel hidrossolúvel)]. Inicialmente todos os dados foram submetidos ao teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados, e foi constatado que todos os dados apresentavam distribuição normal. As possíveis variações de ΔE foram verificadas por meio da Análise de Vari-ância (ANOVA) com um fator. Como o teste de ANOVA não indica onde estão locali-zadas as diferenças estatísticas, procedeu-se o detalhamento da análise por meio do teste post hoc de Tukey, como indicativo das diferenças entre as médias. Além disso, para análise estatística da Luminosidade (L*) foram considerados os valores médios dos agentes cimentantes e das pastas de prova. Observou-se as possíveis variações nos valores de L* entre os agentes cimentantes e entre as pastas de prova por meio da Análise de Variância (ANOVA) com um fator. Procedeu-se o detalhamento das

(30)

29

análises por meio dos testes de Tukey, como indicativo das diferentes médias entre si e Dunnett com o intuito de identificar quais amostras diferem estatisticamente do grupo controle. Também, comparou-se os valores de L* entre o agente cimentante e a pasta de prova por meio do teste T Student’s de amostras independentes. Foram conside-rados significativos os valores de α=0,05, ou seja, nível de significância de no mínimo 5%. O procedimento da análise foi realizado com auxílio dos programas Microsoft Ex-cel 2016 (Microsoft Office system 2016) e SPSS 21 (SPSS Inc., Chicago, Il, EUA).

(31)

30

5 RESULTADOS

5.1 DIFERENÇA DE COR (ΔE)

A análise de variância (ANOVA) mostrou que houve diferença estatística sig-nificativa nos valores de ΔE entre os grupos (p=0,000) (Tabela 1). Assim, com o obje-tivo de verificar quais grupos diferem entre si foi realizado o teste post hoc Tukey. Foi observado que o grupo CFp/PFs apresentou os maiores valores de ΔE, sendo esta-tisticamente diferente de todos os grupos (p<0,05). Os grupos CN/PN, CL+/PL+ e CPp/PG foram semelhantes entre si (p>0,05), assim como, os grupos GN e GW+ (p>0,05). O gráfico 1 (anexo 2) demonstra graficamente a distribuição das médias de ΔE para cada grupo.

Tabela 1. Médias Aritméticas, desvio padrão, valores mínimo e máximo, com os res-pectivos resultados estatísticos de ΔE dos grupos avaliados.

Grupo Média Desvio

padrão Mínimo Máximo CN/PN 3.43 A, B 0.77 2.40 5.00 CW+/PW+ 2.49 A 0.70 1.80 3.60 CL+/PL+ 3.86 B 0.69 2.50 4.90 CFP/PFS 5.79 C 0.95 4.10 7.10 CFP/PG 3.92 B 0.58 3.10 4.60

Nota: letras maiúsculas diferentes na mesma coluna significam diferença estatística significativa (Tukey p<0,05)

5.2 PARÂMETRO L* (LUMINOSIDADE)

A análise de variância (ANOVA) mostrou que houve diferença estatística sig-nificativa nos valores de L* entre os agentes cimentantes (p=0,000) e as pastas de prova (p=0,000) (Tabela 2). Assim, com o objetivo de verificar quais grupos diferem entre si foi realizado o teste post hoc Tukey e o teste Dunnett para verificar quais médias diferem do grupo controle (Cimento Resinoso Neutral/Pasta de Prova Neutral) (Tabela 2). Foi observado que o cimento resinoso neutral e a Resina Composta Flow apresentaram os maiores valores de L*, sendo semelhantes entre si (p>0,05) e diferentes estatisticamente dos demais agentes cimentantes (p<0,05). Para os

(32)

31

cimentos resinosos, em ordem decrescente de luminosidade, observou-se que: GcF ≥ GcN ≥ GcL+ ≥ GcW+ conforme tabela 2 e gráfico 2 (anexo 3). Já para os materiais de prova em ordem decrescente de luminosidade, observou-se: GpFs ≥ GpG ≥ GpN ≥ GpL+ ≥ GpW+ conforme Tabela 2 e Gráfico 3 (anexo 4).

TABELA 2: Médias aritméticas e desvio-padrão (dp) com os respectivos resulta-dos estatísticos de l* resulta-dos agentes cimentantes e pastas de prova.

AGENTE CIMENTANTE Luminosidade Material de prova p-valor (Teste T de Student’s) CN 82.58 (0.76) A 81.67 (0.43) B, C PN 0.00 CW+ 78.95 (1.02) B* 80.04 (1.29) A* PW+ 0.05 CL+ 80.91 (1.48) C* 80.40 (1.60) A, B PL+ 0.47 CFp 83.49 (0.41) A 82.51 (0.74) C PFs 0.00 CFp 83.49 (0.41) 82.38 (1.14) C PG 0.01

NOTA: LETRAS MAIÚSCULAS DIFERENTES NA MESMA COLUNA SIGNIFICAM DI-FERENÇA ESTATÍSTICA SIGNIFICATIVA (TUKEY P<0,05)

GRUPOS COM ASTERISCO DIFEREM ESTATISTICAMENTE DO GRUPO CONTROLE (DUNNETT P<0,05)

(33)

32

6 DISCUSSÃO

6.1 DISCUSSÃO DA METODOLOGIA

Existem controvérsias na literatura sobre a compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso (RIGONI et al., 2012; ALGHAZALI et al., 2010; XU et al., 2014; KAMPOUROPOULOS et al., 2014; MOUROUZIS et al., 2018). Além disso, a cor do cimento resinoso pode modificar a cor final de restaurações cerâmicas, dependendo principalmente da espessura do material restaurador (VAZ et al., 2018; ALGHAZALI, N. et al., 2010). No entanto, até o momento não foi investigado a influên-cia do cimento no resultado da cor final de restaurações do tipo lente de contanto de resina composta.

Tendo em vista que a preservação da estrutura dental é extremamente impor-tante para manter a vitalidade pulpar, reduzir a sensibilidade pós-operatória e garantir boa adesão aos materiais restauradores, deve-se evitar o desgaste sempre que pos-sível (EDELHOFF, D.; SORENSEN, A. 2002; PEUMANS et al., 2000, CLAVIJO, V.; KABBACH W. 2015). Contudo, em casos onde o substrato é escurecido é necessário um preparo de maior espessura para atingir as características opticas desejadas (HI-GASHI et al., 2006; JÚNIOR, B.; BARROS, C., 2011; OKIDA et al., 2016). No entanto, a técnica restauradora do presente estudo é realizada com mínimo ou nenhum pre-paro dental e isso implica na confecção de peças ultrafinas com 0,3 a 0,5 mm de espessura. Além disso, o objetivo da técnica foi trabalhar simulando substrato vital sem clareamento dental, por isso, a cor de escolha da base foi A3.

Considerando que algumas pesquisas que avaliaram a influência do cimento resinoso e sua compatibilidade de cor com a pasta de prova, não trabalham com den-tes naturais pois, sua disponibilidade é limitada e envolvem comitê de ética, é possível tirar algumas conclusões utilizando disco de resina composta (XING et al., 2010; RI-GONI et al., 2012; MOUROUZIS et al., 2018; XU et al., 2014).

A cor do material restaurador foi selecionada, pois materiais com tons mais luminosos são comumente utilizados para a fabricação de facetas e/ou lentes de con-tato (KÜRKLÜ et al.., 2013). Além disso, a resina de esmalte apresenta maior translu-cidez se comparado à resina de dentina, ou seja, permite uma maior passagem de luz

(34)

33

e, assim, é possível uma melhor avaliação do efeito dos materiais/estruturas subja-centes (RYAN, E.; TAM, L.; MCCOMB, D. 2010). Ainda, para as resinas compostas, é recomendado que a fotoativação seja realizada com aparelho de luz que tenha no mínimo 400mW/cm2 e com dose de energia mínima de 16J. Além disso, é importante saber que a intensidade da luz, bem como, sua efetividade diminui conforme a pro-fundida da restauração aumenta. Portanto, em resinas compostas de até 2mm fotoa-tivados com aparelhos de no mínimo 400mW/cm² é recomendado que o tempo seja de 40 segundos e para aparelhos de 800mW/cm2, deve-se fotoativar por pelo menos 20s (SOUZA, J. et al., 2014).

Segundo Brosh et al., (1997) a união entre resinas pode ocorrer de três ma-neiras: através da união química com a matriz orgânica, união química com as partí-culas de carga exposta e através de retenções micromecânicas da superfície tratada. Assim, o preparo mecânico da superfície (pontas diamantadas ou jateamento com oxido de alumínio) tem como objetivo aumentar a energia de superfície. Já o condici-onamento químico da resina com ácido fosfórico a 37% visa limpar a superfície que será unida. Em relação aos agentes de união, aplicar o silano se torna importante, uma vez que, é eficiente na união química com as partículas de carga da resina. Além disso, ele aumenta a capacidade escoamento do sistema adesivo nas superfícies ir-regulares. O sistema adesivo possibilita união química com a matriz orgânica da re-sina composta, tornando-se o material intermediário entre as rere-sinas (BACCHI et al., 2010).

Prata et al., (2011) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar quatro métodos de remoção da pasta de prova de uma superfície cerâmica antes da cimen-tação e avaliar a influência da resistência de união a um cimento resinoso. Os grupos avaliados foram: G1(sem pasta try), G2 (banho ultrassônico por 5 minutos), G3 (ar / água por 1 min), G4 (ácido fosfórico 37% por 1 min + ar / água por 1 min) e G5 (ácido fosfórico a 37% por 1 min + ar / água por 1 min + ácido fluorídrico a 10% por 1 min + ácido fosfórico a 37% por 1 min + ar / água por 1). O estudo concluiu que nenhuma das técnicas foram completamente efetivas na remoção da pasta de prova, no en-tanto, a presença de material remanescente não influenciou na resistência de união das.

(35)

34

6.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Todas as hipóteses nulas do trabalho foram rejeitas. A primeira hipótese de que não há diferença estatística significativa nos valores de L* no grupo dos agentes cimentantes foi rejeitada pois a cor final das restaurações foi influenciada pelo agente cimentante utilizado, uma vez que, houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. A resina Flow na cor A1 apresentou os maiores valores de luminosidade e foi semelhante aos valores obtidos com o cimento resinoso Neutral. O cimento Warm+ apresentou os menores valores de L*, reduzindo, assim, o valor da restauração final. Esses achados corroboram com o estudo de Xing et al., (2010) que observaram que o cimento pode alterar a cor de restaurações de cerômero, dependendo da cor do cimento e espessura do material restaurador. Ainda, foi demonstrado por ALGHAZALI, N. et al., (2010) e VAZ et al., (2017) que o uso de diferentes cores de cimento é útil na mudança de cor das restaurações cerâmicas. O intuito de ter diferentes cores de ci-mento é permitir restaurações clinicamente visível, bem como, alcançar uma combi-nação harmônica com os dentes adjacentes e conhecer essas diferenças é impres-cindível para o sucesso clínico (ALGHAZALI, N. et al., 2010).

A segunda hipótese de que não há diferença estatística significativa nos valo-res de L* no grupo dos materiais de prova foi rejeitada. A pasta de prova Warm+ se diferiu estatisticamente da pasta de prova Neutral (controle). As demais pastas foram semelhantes ao grupo controle. No entanto, a resina composta Flow A1 pré cura e o gel hidrossolúvel obtiveram os maios valores de L* e foram semelhantes entre si. Por Isso, ter mais de uma cor de pasta de prova pode ser necessário, uma vez que, dife-rentes cores se comportam de maneiras difedife-rentes e vão influenciar na escolha do agente cimentante

A terceira hipótese de que não há diferença estatística significativa nos valo-res de ∆E entre os grupos avaliados foi rejeitada, pois houve diferença estatistica-mente significativa na compatibilidade de cor entre o agente cimentante e o material de prova de todos os grupos. No entanto, no grupo Warm+ essa diferença foi inferior a 3.3, que segundo RUYTER; NILNER, K; MÖLLER, B (1987) é clinicamente visível, apresentando os melhores resultados de compatibilidade. Já para os grupos Light+, neutral e flow A1 essa diferença foi maior que 3.3, portanto, visível clinicamente cor-roborando com RIGONI et al., (2012); ALGHAZALI et al., (2010); XU et al., (2014);

(36)

35

KAMPOURO-POULOS et al., (2014) e MOUROUZIS et al., (2018) que observaram em seus estudos que não houve compatibilidade de cor entre a pasta de prova e o cimento resinoso. No entanto, a diferença de cor dos grupos Light+ e Neutral foram maiores mas muito próximas do que é considerado clinicamente visível. Cabe salien-tar que o grupo que apresentou maior variação de cor foi a resina flow A1 antes e após a polimerização, esse achado corrobora com o estudo de Kim et al. (2007) que obser-varam em seu estudo que mudanças nas propriedades ópticas e de cor ocorrem quando os compósitos de resina são polimerizados. Portanto em casos em que se irá utilizar a resina flow A1 como agente cimentante é preferível que se utilize o gel hi-drossolúvel, uma vez que, a variação de cor está próxima do limite que é considerado clinicamente visível (> 3.3), além disso, o uso do gel hidrossolúvel é mais prático e barato na rotina clínica. Apesar de haver diferença estatística entre as pastas de prova e o cimento correspondente, ainda assim, as pastas de prova apresentaram resulta-dos melhores quando compararesulta-dos a resina flow pré cura e gel hidrossolúvel.

(37)

36

7 CONCLUSÃO

Dentro das limitações desse estudo in vitro, é possível concluir que:

1. Em relação a luminosidade dos agentes cimentantes, pode-se concluir que a resina flow polimerizada e o cimento Neutral aumentaram a luminosidade das restaurações, já o cimento Warm+ diminuiu.

2. Em relação a luminosidade dos materiais de prova, somente a resina flow pre cura aumentou a luminosidade, enquanto que a pasta Warm+ permaneceu diminuindo a luminosidade da restauração.

3. Em relação a compatibilidade de cor (∆E) entre a pasta de prova e o agente cimen-tante, a cor Warm+ foi a única que não apresentou diferença de cor clinicamente visí-vel.

(38)

37

REFERÊNCIAS

ALGHAZALI, N. et al. An investigation into the effect of try-in pastes, uncured and

cured resin cements on the overall color of ceramic veneer restorations: An in vitro

study. Journal Of Dentistry, [s.l.], v. 38, p.78-86, jan. 2010.

ALMILHATTI, Hercules Jorge et al. Infiltração marginal em facetas estéticas de resina composta em próteses parciais fixas. Brazilian Dental Science, [s.l], v. 5, n. 1, p. 58-63, 2002.

ALQAHTANI, Mohammed Q.; ALJURAIS, Rana M.; ALSHAAFI, Maan M. The effects

of different shades of resin luting cement on the color of ceramic veneers. Dental

Ma-terials Journal, Tokyo, v. 31, n. 3, p.354-361, 2012.

ARCHEGAS, Lucí Regina Panka et al. Colour stability and opacity of resin cements

and flowable composites for ceramic veneer luting after accelerated ageing. Journal

Of Dentistry, [s.l.], v. 39, n. 11, p.804-810, nov. 2011.

BACCHI, Ataís et al. Reparos em restaurações de resina composta–revisão de

litera-tura. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, Passo fundo RS, v. 15, n. 3, 2010.

BARCELEIRO, M. de O. et al. Shear bond strength of porcelain laminate veneer bon-ded with flowable composite. OPERATIVE DENTISTRY- University of Washington-, v. 28, n. 4, p. 423-428, 2003.

BELSER, Urs C.; MACNE, Pascal; MACNE, Michel. Ceramic Laminate Veneers:

Con-tinuous Evolution of Indications. Journal Of Esthetic And Restorative Dentistry,

[s.l.], v. 9, n. 4, p.197-207, jul. 1997.

BISPO, Luciano Bonatelli. Facetas estéticas: Status da Arte. Revista Dentística On

Line–ano, São Paulo, v. 8, n. 18, p.11-14, 18 jan. 2009.

BROSH, Tamar et al. Effect of combinations of surface treatments and bonding agents

on the bond strength of repaired composites. The Journal of prosthetic dentistry,

[s.l], v. 77, n. 2, p. 122-126, 1997.

CARDOSO, Paula de Carvalho et al. Restaurações Cerâmicas Parciais. In: BARA-TIERI, Luiz Narciso. Odontologia Restauradora: fundamentos e possibilidades. 2. ed. Sao Paulo: Santos, 2015. Cap. 15, p. 595.

CHADWICK, R. G.; MCCABE, J. F.; CARRICK, T. E. Rheological properties of veneer

trial pastes relevant to clinical success. British Dental Journal, [s.l.], v. 204, n. 6,

p.11-11, 15 fev. 2008.

CLAVIJO, V.; KABBACH W. Restaurações Cerâmicas Parciais – Lentes de contato e fragmentos. In: BARATIERI, Luiz Narciso. Odontologia Restauradora:

(39)

38

CUNHA, Ana Raquel da Fonseca Moreira Damas da. Facetas de Porcelana VS

Fa-cetas de Resina Composta. 80 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Dentaria,

Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2013.

DOUGLAS, R. Duane; STEINHAUER, Tad J.; WEE, Alvin G. Intraoral determination

of the tolerance of dentists for perceptibility and acceptability of shade mismatch. The

Journal Of Prosthetic Dentistry, [s.l.], v. 97, n. 4, p.200-208, abr. 2007.

D'SOUZA, Dsj; KUMAR, M. Esthetics and Biocompatibility of Composite Dental

Lami-nates. Medical Journal Armed Forces India, [s.l.], v. 66, n. 3, p.239-243, jul. 2010.

EDELHOFF, Daniel; SORENSEN, John A. Tooth structure removal associated with

various preparation designs for anterior teeth. The Journal Of Prosthetic Dentistry,

[s.l.], v. 87, n. 5, p.503-509, maio 2002.

FAHL, N. The direct/indirect composite resin veneers: a case report. Practical

Perio-dontics and Aesthetic Dentistry, [s.l], v. 8, p. 627-638, 1996.

HERNANDES, Daiana Kelly Lopes et al. Influence of resin cement shade on the color

and translucency of ceramic veneers. Journal Of Applied Oral Science, [s.l.], v. 24,

n. 4, p.391-396, ago. 2016.

HIGASHI, Cristian et al. Planejamento estético em dentes anteriores. In: MIYASHITA,

Eduardo; MELLO, Andrea Trajano de. ODONTOLOGIA ESTÉTICA:

PLANEJA-MENTO E TÉCNICA. [s.l]: Artes Médicas, Cap. 7. p. 140-154, 2006.

HIGASHI C., ARITA C., GOMES J.C., HIRATA R. Estágio atual das resinas indiretas. In: Pro-odonto/ Estética - Programa de Atualização em Odontologia Estética. [s.l], p.1-48, 2007.

JÚNIOR, B.; BARROS, C. Reabilitação estética com faceta indireta em porcelana.

Re-vista Odontológica do Planalto Central, [s.l], v. 2, n. 1, p. 9-15, 2011.

KAMPOUROPOULOS, D. et al. Colour matching of composite resin cements with their corresponding try-in pastes. Eur J Prosthodont Restor Dent, [s.l], v. 22, n. 2, p. 84-8, 2014.

KELLY, J. Robert; NISHIMURA, Ichiro; CAMPBELL, Stephen D. Ceramics in dentistry:

Historical roots and current perspectives. The Journal Of Prosthetic Dentistry, [s.l.],

v. 75, n. 1, p.18-32, jan. 1996.

KIM, Il-jang et al. Changes in color and color parameters of dental resin composites

after polymerization. Journal Of Biomedical Materials Research Part B: Applied

Bi-omaterials, [s.l.], v. 80, n. 2, p.541-546, 2007

KÜRKLÜ, Duygu et al. Porcelain thickness and cement shade effects on the colour

and translucency of porcelain veneering materials. Journal Of Dentistry, [s.l.], v. 41,

(40)

39

MOUROUZIS, Petros et al. Color match of luting composites and try-in pastes: the

impact on the final color of CAD/CAM lithium disilicate restorations. The International

Journal Of Esthetic Dentistry, Greece, p. 98-109, 2018.

OKIDA, Ricardo Coelho et al. Lentes de contato: restaurações minimamente invasivas

na solução de problemas estéticos. Revista Odontológica de Araçatuba, Araçatuba,

v. 7, n. 1, p.53-59, jan. 2016.

PAUL, S. et al. Visual and Spectrophotometric Shade Analysis of Human Teeth.

Jour-nal Of Dental Research, [s.l.], v. 81, n. 8, p.578-582, ago. 2002.

PEUMANS, M et al. Porcelain veneers: a review of the literature. Journal Of

Dentis-try, [s.l.], v. 28, n. 3, p.163-177, mar. 2000., v. 28, n. 3, p. 163-177, 2000.

PRATA, Renato Abdalla et al. Effect of ‘Try-in’ paste removal method on bond strength

to lithium disilicate ceramic. Journal Of Dentistry, [s.l.], v. 39, n. 12, p.863-870, dez.

2011.

PURCELL, Dale Kevin. UV-Visible microscope spectrophotometric polarization

and dichroism with increased discrimination power in forensic analysis. 2013.

28 f. Tese (Doutorado) - Curso de Philosophy, Forensic Science, City University Of New York, New York, 2013.

OKIDA, Ricardo Coelho et al. LENTES DE CONTATO: RESTAURAÇÕES

MINIMA-MENTE INVASIVAS NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ESTÉTICOS. Revista

Odon-tológica de Araçatuba, São Paulo, v. 37, n. 1, p.53-59, abr. 2016.

RAGAIN, James C.; JOHNSTON, William M. Color acceptance of direct dental

resto-rative materials by human observers. Color Research & Application, [s.l.], v. 25, n.

4, p.278-285, 2000.

RYAN, E.; TAM, L.; MCCOMB, D. Comparative translucency of esthetic composite

resin restorative materials. Journal (Canadian Dental Association), Canadá, v. 76,

p. a84-a84, 2010.

RIGONI, Paulo et al. Color agreement between nanofluorapatite ceramic discs

asso-ciated with try-in pastes and with resin cements. Brazilian Oral Research, [s.l.], v. 26,

n. 6, p.516-522, dez. 2012.

RITZBERGER, Christian et al. Properties and Clinical Application of Three Types of Dental Glass-Ceramics and Ceramics for CAD-CAM Technologies. Materials, [s.l.], v. 3, n. 6, p.3700-3713, 19 jun. 2010.

RUYTER, I.e.; NILNER, K.; MÖLLER, B. Color stability of dental composite resin ma-terials for crown and bridge veneers. Dental Mama-terials, [s.l.], v. 3, n. 5, p.246-251, out. 1987.

SOUZA JUNIOR, Eduardo et al. Fotoativação na atualidade: conceitos e técnicas clí-nicas. Clín. int. j. braz. dent, [s.l], v. 10, n. 2, p. 194-203, 2014.

(41)

40

VAZ, Edenize Cristina et al. Resin Cement: Correspondence with Try-In Paste and Influence on the Immediate Final Color of Veneers. Journal Of Prosthodontics, [s.l.], v. 28, n. 1, p.74-81, 3 jan. 2018.

VICHI, A.; FERRARI, M.; DAVIDSON, C. L. Influence of ceramic and cement thickness on the masking of various types of opaque posts. The Journal Of Prosthetic

Dentis-try, [s.l.], v. 83, n. 4, p.412-417, abr. 2000.

WEE, Alvin G.; MONAGHAN, Peter; JOHNSTON, William M. Variation in color

between intended matched shade and fabricated shade of dental porcelain. The

Jour-nal Of Prosthetic Dentistry, Saint Louis, v. 87, n. 6, p.657-666, jun. 2002.

XING, Wenzhong et al. Evaluation of the esthetic effect of resin cements and try-in

pastes on ceromer veneers. Journal Of Dentistry, [s.l.], v. 38, p.87-94, jan. 2010.

XU, Binting et al. Agreement of Try-In Pastes and the Corresponding Luting

Composi-tes on the Final Color of Ceramic Veneers. Journal Of Prosthodontics, [s.l.], v. 23,

n. 4, p.308-312, 6 jan. 2014.

YAMOCKUL, Suparaksa; THAMRONGANANSKUL, Niyom; POOLTHONG, Suchit. Comparison of the surface roughness of feldspathic porcelain polished with a novel

alumina-zirconia paste or diamond paste. Dental Materials Journal, [s.l.], v. 35, n. 3,

p.379-385, 2016.

(42)

41

(43)

42

ANEXO 2: GRÁFICO 1-MÉDIAS ARITMÉTICAS DE ΔE DOS GRUPOS AVALIADOS.

ANEXO 3: GRÁFICO 2 -MÉDIAS ARITMÉTICAS DE L* DOS CIMENTOS AVALIA-DOS.

(44)

43

ANEXO 4: GRÁFICO 3 - MÉDIAS ARITMÉTICAS DE L* DAS PASTAS DE PROVA AVALIADAS

Referências

Documentos relacionados

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

“Arquivos deslocados”, termos em inglês extraídos da terminografia arquivística: alienated records, captured archives, conflicting archival claims, custody, displaced

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários