ECONOMIA DAS MUDANÇAS DO
CLIMA :
Custos e Oportunidades
CONTEC/FIESP13.08.10 Jacques Marcovitch USPEstudo Economia das
Mudanças do Clima no Brasil
Características do Estudo Horizonte de Tempo : 2050
Espacialização: Escala Municipal com os pixels 50x50 km do CPTEC.
Periodização: EMBRAPA dados com intervalos de 10 dias. IPEA dados mensais e trimestrais.
MEG /USP dados anuais
Modelos de Clima: Seis cenários resultando de três modelos regionais de
clima x cenários A2 e B2 do IPCC
Modelos Econômicos: Dois cenários sendo um cenário de inação
correspondente ao Cenário Econômico A2-BR e um Cenário Econômico B2-BR relacionado a uma trajetória que corresponde ao B2 do IPCC.
Competências e Vulnerabilidades :
Modelo de Equilíbrio Geral Computável
(FEA/FIPE/USP)
Recursos Hídricos e Nordeste (FBDS-CENA/USP) Produção Agrícola (EMBRAPA, UNICAMP e IPEA) Demanda e Confiabilidade no Setor de Energia
(COPPE/UFRJ)
Biodiversidade e a Amazônia (IPAM, CSERGE) Elevação dos níveis do mar (COPPE/UFRJ) Saúde humana e migração (CEDEPLAR /
FIOCRUZ/IPEA)
Uso da terra e competição entre produção de
alimentos, biocombustíveis e conservação florestal
Estudo Economia das
Entidades Consorciadas e
Coordenadores
Eduardo Haddad e Carlos Azzoni
FIPE/ FEA/USP
INPE/CPTEC/MCT José Marengo
EMBRAPA Eduardo Assad
UNICAMP Hilton Pinto
IPEA José Feres
COPPE/ UFRJ Roberto Schaeffer e Alexandre Szklo/energia; Emilio La Rovere/biocombustiveis; Paulo Cesar
Rosman/nível do mar
FDBS/CENA/USP Eneas Salati
CEDEPLAR/ UFMG Alisson Barbieri
FIOCRUZ Ulisses Canfalonieri
IPAM Paulo Moutinho
Estudo Economia das Mudanças
do Clima no Brasil
Aquecimento Global Mudanças Climáticas Rec.Hídr Agricultura & Florestas Competição “Food-Fuel-Forest” (Inclui Amazônia &Biocombustíveis
Energia
Modelo macroeconômico de Equilíbrio Geral - CGE
Impactos Ambientais Impacts Econômicos Impactos Sociais Biodiversidade Elevaç.Níveis Mar Desastres Naturais Saúde População & Migração Adaptação Adaptação Natural Mitigação Setorial Mitigação Setorial Desenvolvimento Sustentável
Estudo Economia das
Mudanças do Clima no Brasil
Fonte: Marengo, 2009, Marengo et al (2007).
Impacto macroeconômico (PIB)
Crescimento sem efeitos da mudança do clima
Crescimento com os efeitos da mudança do clima
Perdas econômicas
Tempo $
2010 2050
Perdas econômicas acumuladas em
termos de PIB entre 2010 e 2050 = R$ 3,6 trilhões
Evolução do PIB brasileiro sem e com os efeitos
mudança do clima (R$ x 109 de 2008)
LIMITAÇÕES
Apenas médias: razoável mas limitante
Um só modelo climático
Limitada experiência/bibliografia anterior
Trade-off entre análises nacional e local
Não se incorporaram rupturas tecnológicas
Resultados são tão bons quanto os dados
Modelo de Equilíbrio Geral Computável (EGC-USP)
Análise setorial inter-relacionada, integrada a diferentes
cenários climáticos e econômicos
Dois cenários com mensuração dos impactos econômicos
e distributivos em nível nacional, regional e setorial.
O primeiro com premissa de inação quanto às ações de
mitigação e adaptação.
O segundo que estima as tendências dos impactos
incorporando medidas de mitigação e adaptação.
Estudo Economia das
Recomendações de
Políticas Públicas
1.
Financiamento do desenvolvimento
2.
Produção de alimentos
3.
Saúde e inclusão social
4.Energia
5.
Política territorial e uso do solo
6.
Ações regionais: Amazônia; Nordeste; Mata
Atlântica e Cerrado; e Zonas costeiras
7.
Ciência, tecnologia e formação de recursos
Políticas Publicas :
Financiamento do
desenvolvimento I
Integrar as políticas de mudanças climáticas
e as políticas ambientais ás políticas de
desenvolvimento
Desenvolver e implantar instrumentos de
registro, medição e verificação, indutores
da mitigação
Adotar mecanismos que combinem custos de
abatimento negativos e penalidades (bônus
Políticas Publicas :
Financiamento do
desenvolvimento II
Dar seguimento a estudos de impactos
socioeconômicos das mudanças do
clima nos âmbitos regionais e setoriais
Relacionar a política de crédito
governamental e os regimes tributários
a indicadores sócio-ambientais e
tecnológicos
Aperfeiçoar os mecanismos de indução
eficiência energética, reduzindo os
entraves para sua plena
operacionalização
1.
Produção de Alimentos
Promover o plantio direto e a substituição de
pastagens degradadas por sistemas agro-silvo-pastoris
Focar o melhoramento genético e a biotecnologia
como alternativas de adaptação na agricultura
Induzir a adaptação regional de cultivares mais
tolerantes à seca e ao calor
Induzir programas de governo que tendem a
estabelecer uma rentabilidade adequada para a agricultura familiar
Fortalecer os processos de extensão rural para
transferência de tecnologia relacionada a gestão da seca e do calor, informação e treinamento aos
2. Saúde e Inclusão Social
Reforçar a vigilância epidemiológica e
sistemas de alerta precoce, principalmente nas
áreas vulneráveis – como semi-árido nordestino
e zonas costeiras específicas
Usar os Fundos Constitucionais Regionais já
existentes para aumentar a capacidade de
resposta das regiões menos desenvolvidas
Criar fundos específicos, contemplando
financiamento internacional e parcerias com
outros países
3 a. Energia
Certificar o processo de produção de
bioenergéticos para o cumprimento de normas ambientais e sociais
Diversificar a matriz energética brasileira,
aumentando a capacidade instalada com novas fontes de energia notadamente com gás natural, geração
eólica e bagaço de cana
Promover a co-geração a partir da biomassa, a
otimização da combustão e recuperação de vapor no setor industrial, além da substituição de biomassas não-renováveis (lenha e carvão vegetal de desmatamentos) por biomassas exclusivamente de plantações
3 b. Energia
Aumentar a informação técnica, aprimorar os incentivos de
eficiência energética e de substituição por fontes mais limpas,
entre elas a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes no setor residencial
Atualização dos códigos municipais de obras para incluir
critérios de sustentabilidade, como:
controles de iluminação e índices de densidade da potência
interna instalada
obrigatoriedade de criação da estrutura hidráulica para posterior
instalação dos sistemas de aquecimento térmico
liberação mais rápida (“fast track”) para licenças de construção
ou operação para projetos que incluam índices mínimos de eficiência energética para novas construções ou reformas
4.
Política territorial e uso do
solo
Delinear, programar e monitorar, em todas as
regiões do País, políticas de ordenamento
do uso do solo e regularização da
5. Ações regionais
Amazônia
Reforçar os mecanismos legais e financeiros existentes
para sustar o desmatamento da Amazônia
Priorizar os mecanismos de incentivos como a
redução das emissões por desmatamento e
degradação florestal (REDD), incluindo a conservação e o manejo florestal sustentável.
Os mecanismos devem abranger recursos de diferentes
fontes, incluindo contribuições voluntárias para o Fundo Amazônia e outras formas de captação
5. Ações regionais
Nordeste
Fortalecer programas de assistência e
desenvolvimento rural
Enfocar as medidas de adaptação que
atenuem as desigualdades regionais, incluindo
políticas de transferência de renda com porta de
saída
Identificar as vulnerabilidades, quantificando
contingentes populacionais especialmente no
semi-árido nordestino e Amazônia
5. Ações regionais
Mata Atlântica e Cerrado
Fomentar a proteção da biodiversidade e a
5. Ações regionais
Zonas Costeiras
Iniciar, em regiões de baixadas de lagoas e
baías, o processo de desfazimento e
transferência de áreas urbanizadas em
regiões a serem alagadas, ou que passarão a
ter crescentes problemas de inundação
Transformar áreas desocupadas em parques
ou áreas de recreação, a serem
eventualmente inundadas, transformando-as
em áreas de amortecimento de inundação
7.
Ciência, tecnologia e
formação de recursos
humanos
Aumentar o grau de conhecimento científico sobre as
mudanças do clima e seus impactos criando novas
ferramentas que permitam avaliar mais detalhadamente e com maior grau de precisão estes impactos no Brasil
Investir na elaboração de modelos climáticos mais
complexos e refinados e buscar a compatibilidade na tendência entre os diferentes modelos
Mapear detalhadamente as áreas favoráveis à irrigação e
cruzar dados dessas áreas com disponibilidade de água presente e futura
Fazer o mapeamento altimétrico detalhado das zonas
costeiras, especialmente zonas de baixadas, monitorar a mobilidade da linha costeira e atualizar a cartografia terrestre da faixa costeira
7.
Ciência, tecnologia e
formação de recursos
humanos
Desenvolver novas tecnologias, nos campos agrícola
e industrial, integrando a comunicação com centros de pesquisas ou de divulgação técnica;
Capacitar a mão-de-obra local às novas demandas
de um setor especializado nas regiões com grande previsão de mudança na estrutura de emprego
(mecanização ou chegada da cana-de-açúcar);
Elaborar diretrizes e normas técnicas para obras
costeiras e marítimas que incorporem os possíveis impactos de mudança global do clima;
Os estudos de mitigação de gases de efeito estufa
incluem as análises de custos de oportunidade para a:
Intensificação do uso de biocombustíveis e a eficiência
energética (COPPE/UFRJ)
Redução de Emissões por Desflorestamento Evitado na
Amazônia (IPAM, CSERGE)
Práticas agrícolas inovadoras e mudanças no uso do
solo (UNICAMP/EMBRAPA)
Estudo Economia das
Membros do Comitê Consultivo
Carlos Afonso Nobre (ABC/INPE), Carlos Henrique de Brito Cruz (FAPESP), Carlos Roberto Azzoni
(FEA/USP), Fábio Feldman (FPMC), Israel Klabin
(FBDS), Suzanna Kahn Ribeiro (MMA), José Domingos Gonzalez Miguez (MCT), José Goldemberg (IEE/USP), Luciano Coutinho (BNDES), Luiz Gylvan Meira Filho (IEA/USP), Luiz Manuel Rebelo Fernandes (FINEP), Luiz Pinguelli Rosa (COPPE/UFRJ – FBMC), Marcio Pochmann (IPEA), Marco Antonio Zago (CNPq),
Marcos Sawaya Jank (UNICA), Pedro Leite da Silva Dias (LNCC/CNPq/MCT), Sérgio Barbosa Serra (MRE), Temistocles Marcelos (FBOMS), Thelma Krug
Governança
Comitê Consultivo sediado na Academia
Brasileira de Ciências
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas
responsável pelas consultas públicas sobre os
resultados.
Coordenação Jacques Marcovitch (
Universidade de São Paulo), Sergio Margulis
(Banco Mundial) Carolina Dubeux
(COPPE/UFRJ)
Estudo apoiado pelos MRE, MCT, MMA,
Portal digital
Estudo Economia das
Mudanças Climáticas no Brasil
Pelo portal digital
www.economiadoclima.org.br