XXX CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE CONTABILIDADE
TRABALHO TÉCNICO SOBRE ÁREAS ESPECIAIS II:
TEMAS LIVRES DE INTERESSE GERAL
TÍTULO:
“ANÁLISE FINANCEIRA DE HOSPITAIS BRASILEIROS ENTRE OS ANOS DE 2006 E
2011”
AUTORES
ANTÔNIO ARTUR DE SOUZA
HUDSON FERNANDES AMARAL
EWERTON ALEX AVELAR
AMANDA LUCCHESI LARA
CÉSAR URBANO DE SOUZA
LUDMILA TEIXEIRA RODRIGUES
PAIS
BRASIL
RESUMO EXECUTIVO
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que visou realizar uma análise da
gestão financeira de hospitais brasileiros entre os anos de 2006 e 2011, empregando
indicadores econômico-financeiros. Tal pesquisa pode ser classificada como descritiva e
com um enfoque quantitativo. Os dados empregados no estudo desenvolvido foram
essencialmente secundários, sendo coletados com base nas demonstrações financeiras de
hospitais brasileiros disponíveis via Internet. No total, foram coletados e tabulados dados
referentes a 31 hospitais brasileiros entre os anos de 2006 e 2011. Foram empregadas as
seguintes técnicas se para analisar os dados coletados: estatística descritiva, regressão
logística e análise fatorial. Observou-se que a liquidez de curto prazo (mensurado por meio
do indicador Liquidez Corrente) dos hospitais analisados influenciou significativamente os
indicadores de desempenho empregados como proxy da adequada gestão financeira dos
mesmos. Além disso, constatou-se por meio da análise fatorial confirmatória, que é possível
agregar os indicadores econômico-financeiros tradicionais de acordo com os grupos
previamente abordados na literatura, desenvolvendo uma estrutura para a avaliação da
gestão financeira dessas organizações. Por fim, evidenciaram como os indicadores mais
significativos na gestão financeira hospitalar aqueles relacionados à lucratividade e à
rentabilidade.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Struett (2005), pode-se dizer que os hospitais são organizações
complexas, responsáveis por desenvolver uma série de atividades interdependentes e
essenciais para a sociedade. Ademais, Guerra (2011) destaca que, nas últimas décadas, os
hospitais vêm enfrentando um ambiente bastante competitivo em praticamente todo o
mundo. Vendemiatti et al. (2010) salientam que reformas nos sistemas nacionais de saúde
têm sido realizadas em diversos países ocidentais nas últimas décadas. No Brasil, a
principal reforma citada na literatura é a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). De
acordo com Menicucci (2009, p. 1.620),
a criação do SUS pode ser considerada
uma ‘carta fundadora’ de uma nova ordem social no âmbito da saúde, baseada nos princípios da universalidade e igualdade, e organizado sob as diretrizes da descentralização, atendimento integral e participação da comunidade.