Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS)
Ricardo Letizia Garcia (UERGS)
Métodos de Avaliação Econômica
em Saúde: Uma Introdução
2
If we are ever going to get the ‘optimum’ results from If we are ever going to get the ‘optimum’ results from our national expenditure on the NHS we must finally our national expenditure on the NHS we must finally be able to express the results in the form of the benefit be able to express the results in the form of the benefit and the cost to the population of a particular type of and the cost to the population of a particular type of activity, and the increased benefit that would be activity, and the increased benefit that would be obtained if more money were made available. obtained if more money were made available.
[cf. Cochrane AL. Effectiveness and Efficiency: random [cf. Cochrane AL. Effectiveness and Efficiency: random reflections on health services. Nuffield Provincial reflections on health services. Nuffield Provincial Hospitals Trust, London, 1972.]
Hospitals Trust, London, 1972.]
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
4
Cost of Illness (CoI)
Um estudo do custo da doença (COI) visa
determinar o impacto econômico total (custo)
de uma doença ou condição de saúde sobre a
sociedade, através da identificação, medição e
avaliação de todos os custos diretos e indiretos.
Esta forma de estudo enfoca os custos mas não
aborda questões em relação a eficiência do
tratamento.
5
Cost of Illness (CoI)
Os estudos COI fornecem uma estimativa
(em termos monetários) do impacto
econômico total para sociedade, de uma
doença em particular.
6
Cost of Illness (CoI)
As análise do tipo CoI representam a primeira
forma de avaliação econômica no setor saúde.
O principal objetivo da CoI é avaliar os custos
ou a carga econômica que uma doença impõe
sobre a sociedade em termos de consumo
recursos de cuidados de saúde e perda de
produção.
7
Cost of Illness (CoI): Origens
Os primeiros estudos utilizando a
abordagem CoI remotam aos anos 1920.
Os estudos modernos utilizando a CoI
tiveram impulso com os trabalhos
seminais de Fein, Mushkin, Weisbrod, Rice
e outros no final dos anos 1950 e início
dos 1960.
8
Cost of Illness (CoI): Origens
Em 1966,
Dorothy Rice
publicou um trabalho
que propos um método para se estimar os
custos da informação disponível com base nos
dados existentes.
Este trabalho tornou-se um padrão para
trabalhos futuros utilizando a metodologia CoI.
Ele estimava os custos da doença utilizando
duas categorias analíticas: os custos diretos e
indiretos.
9
Cost of Illness (CoI)
CoI utiliza os dados referente ao uso dos
recursos em saúde para traduzi-los em
termos monetários (colocando uma
unidade de custos em cada elemento de
gastos).
10
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Os estudos dos custos da doença (
Cost-of-illness studies
) são usados e
demandados, de um modo geral, pelos
formuladores de política governamental e
não governamental, pesquisadores e
companhias farmacêuticas.
11
As análises do tipo custo da doença são
importantes
para
criar
um
conjunto
de
informações necessárias tanto à
decisão
sobre prioridades de investimento em saúde
quanto
para
verificar
o
impacto
da
implantação de ações e programas no setor
da saúde.
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
12
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
) : Definições
Custos da doença: são custos econômicos impostos por uma doença devido a prevenção, tratamento e perda de produto em termos de economia. Elementos chaves:- custo para o setor saúde e perda de produto;
- custo do tratamento e prevenção (vetor de controle);
- custos do tratamento por caso e agregados para o país;
13
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Usos:
Mostra a importância relativa das doenças;
Informa sobre as escolhas de tratamento;
Informa sobre os custos da prevenção e
tratamento, bem como no desenvolvimento de
novas abordagens (vacinas)
14
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Dados:
Definições consistentes;
Custos por episódio de tratamento ou por ano ou por
estágio ou ainda por tipo de doença;
Incidência / Prevalência;
Opções potenciais e correntes, custo e efetividade.
15
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Estudos baseados na prevalência
: buscam
estimar todos os custos para uma população
numa dada área geográfica para um dado
período de tempo (geralmente um ano).
Tais estudos são úteis para os formuladores de
política econômica em saúde para o
planejamento econômico e decisões
orçamentárias.
16
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Prevalência – é o número de pessoas, em uma determinada população, que têm uma doença específica ou condição em um ponto do tempo, geralmente o tempo em que um inquérito é feito.
Incidência- é a frequência (número) de novas ocorrências de doenças, lesão ou morte, isto é, o número de transições de saudável para doente, de não lesado para lesado ou de vivo para morto, na população estudada, durante o período de tempo que está sendo estudado.
17
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Estudos baseados na incidência
buscam estimar
os custos ao longo da vida para novos
pacientes com doenças, do diagnóstico a cura
ou, no caso de doenças crônicas, até o
desfecho (morte).
Estes estudos são úteis quando se estima os
efeitos de um tratamento sobre os custos
futuros.
18
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Top-down-studies
utilizam bancos de dados
estatísticos e registros para estimar os custos
para uma dada amostra de prevalência
(
prevalence sample
).
O problema com esta abordagem é que em
muitos países os custos não são encontrados
nos registros e os custos totais serão
subestimados.
19
Os Custos da Doença
(
Cost of Illness
)
Botton-up studies
–
os custos são coletados
diretamente de uma amostra de pacientes, tanto
retrospectivamente usando prontuários e
questionários como prospectivamente utilizando
uma amostra para um dado período de tempo.
O problema com esta abordagem é a de
assegurar que a amostra seja não viesada e
representativa para o total dos pacientes na
população.
20
Prevalência e Custos de Doenças nos EUA
21
22
Os Custos da Doença: Estágios
A essência dos métodos empregados na avaliação dos custos das doenças (cost of illness - COI studies) é:
Reconhecimento dos casos; Identificação dos custos; Listagem dos custos; Medição dos custos; Avaliação.
dos custos gerados por uma doença.
23
Os Custos da Doença:
Reconhecimento dos Casos
Isto é feito com base em estatísticas nacionais,
se disponíveis, ou por extrapolação para toda a
população, a partir de um
survey
(amostra);
Este estágio sofre das limitações de dados
epidemiológicos sobre os quais é baseado, tal
como a dificuldade de definição da doença,
conhecimento incompleto sobre a história
natural da doença, não notificação de casos
etc.
24
Os Custos da Doença:
Identificação dos Custos
Este estágio consiste em identificar os
custos gerados por todo os caso da
doença.
25
Implicações da CoI
- provê dados que permitem uma avaliação
econômica posterior;
- leva a um aumento da consciência dos
formuladores de política econômica sobre
determinadas doenças;
- pode levar a decisões incorretas e,m termos
de política econômica, visto que ela se
concentra apenas nos custos e não nos custos e
benefícios.
26
Críticas ao CoI
A metodologia COI tem sido criticada devido ao
fato de que leva em conta apenas os custos dos
recursos e não os ganhos de utilidade da
redução da doença.
Os estudos que utilizam a abordagem COI não
comparam os usos alternativos dos recursos, e
portanto, não podem ser adequados para
medirem os custos de oportunidade.
27
Críticas ao CoI
A abordagem CoI estima os custos médicos diretos associados com uma doença, bem como os custos indiretos resultantes da perda de rendimentos.
Contudo eles não incluem e não levam em conta os custos intangíveis resultantes da dor e sofrimento, o valor da perda do tempo de lazer e os benefícios das medidas preventivas para reduzir o risco das doenças.
28
Os Estudos dos Custos
da Doença e suas Perspectivas
Burden of Illness (BoI):
30
Burden of Illness (BoI)
Os estudos BoI reportam os números de
pacientes afetados por uma doença, os
dias usados em hospitais, visitas médicas,
cuidados de enfermagem, uso de
31
Burden of Illness (BoI)
BoI não consistem em avaliações econômicas –
eles não medem os efeitos sobre uma
intervenção – e nem examinam as mudanças
marginais nos custos e resultados dos cuidados
em saúde.
Eles não ajudam os tomadores de decisão a
usar os recursos de modo mais eficiente, mas
descrevem os níveis correntes de uma doença
e os custos que surgem e resultam dela.
32
Burden of Illness (BoI): Medição
Risco ou incidência cumulativa, é uma medida da ocorrência de novos casos da doença de interesse em uma população.O risco é a proporção de indivíduos livres de eventos que, em média, irão contrair uma doença em um determinado período de tempo.
R = (novos casos/pessoas em risco). O risco de uma doença situa-se entre [0, 1].
33
Burden of Illness (BoI): Medição
Prevalência
: existência da doença numa
população; descreve o número de casos
registrados numa população durante um dado
período de tempo.
A prevalência é a proporção de uma população
que tem a doença de interesse em um
determinado momento.
34
Burden of Illness (BoI): Medição
Incidência
: descreve o número de novos
casos de uma doença que ocorre numa
população num dado período de tempo.
A taxa de incidência mede a rapidez com
que se desenvolvem novos casos da
doença em interesse.
35
Burden of Illness (BoI): Medição
Sobrevida
: é a probabilidade de
permanecer vivo por um período de
tempo.
Para uma doença crônica, por exemplo, a
sobrevida e em cinco anos são usadas
como indicador da gravidade da doença e
do prognóstico.
36
Burden of Illness (BoI): Medição
Coeficiente de letalidade
: é a propensão
de uma doença em causar a morte dos
pacientes afetados.
37
Burden of Illness (BoI): Medição
Mortalidade
– número de mortes causados por
um doença;
Morbidade
– descreve a ocorrência de uma
doença numa população (consultas primárias,
número de admissões em hospitais);
38
Burden of disease attributable to
contraception by WHO region, 2004
40
Budget Impact Analysis (BIA)
BIA estima os efeitos e impactos
financeiros referentes a uma intervenção
sobre um plano ou programa de saúde ou
ainda uma medida legislativa ou ação
judicial.
A BIA atualmente é requerida pelos planos
de saúde nos EUA, Canadá. No Brasil ele
também será requerido.
41
42 http://www.pmprb-cepmb.gc.ca/cmfiles/bia-may0738lvv-5282007-5906.pdf
43
Metodologia
BIA
Patient population numbers by patient type (e.g., disease severity)
Old Treatment mix by patient group
New Treatment mix by patient group
Annual incidence of drug side effects and disease symptoms
Annual incidence of drug side effects and disease symptoms
Difference in annual budget and health outcomes -Medical costs -Societal service costs -Symptoms days - Side-effect days
•Mauskopf JA et al. Budget impact analysis: review of the state of the art. Expert Rev. Pharmacoeconomics Outcomes Res. 5(1), 65-79 (2005)
44
Budget Impact Analysis (BIA)
Bibliografia
Mauskopf JA et al.Budget impact analysis: review of the state of the art. Expert Rev. Pharmacoeconomics Outcomes Res.5(1), 65-79 (2005)
Trueman P et al. Developing Guidance for Budget Impact Analysis. Pharmacoeconomics 19(6) 609-621 (2001) http://www.ijathero.com/2007/september/pdf/3-cost-effectiveness.pdf 45
Site Recomendado
http://www.healthstrategy.com/budpact/budpact01.htm http://www.ispor.org/workpaper/budget_impact.asp46
Métodos de Avaliação
Econômica em Saúde
48
Quais são os tipos de análises econômicas?
Análise de minimização de custos (AMC)
Análise de custo-benefício (ACB)
Análise de custo-efetividade (ACE)
Análise de custo-utilidade (ACU)
Análise de Minimização
de Custos
50
Análise de Minimização de Custos
A análise de minimização de custos é um
tipo de análise farmacoeconômica que
compara duas terapias alternativas
somente em termos de custo
,
porque
seus resultados (efetividade e segurança)
se mostram, ou espera que sejam
idênticos.
51
Análise de Minimização de Custos
A decisão de se realizar um estudo de
custo minimização deve ser feita apenas
quando houver evidência clínica de que
uma intervenção e suas alternativas têm a
mesma eficácia.
52
Tipo de Avaliação: Minimização de Custos
Medida de Custos: Unidades Monetárias
Medida de Efeitos: Efeitos iguais
Análises: C
A- C
BVantagem: Simplicidade na aplicação
Limitação: Nº reduzido de terapias com efeitos
similares
DESCRIÇÃO
Análise Custo Mínimo (ACM)
53
A
ACM
compara
duas
alternativas
de
medicamentos, que tenham o mesmo resultado,
e escolhe aquela com menor custo, ou seja, é
apenas a busca da alternativa mais barata (os
efeitos
sobre
a
saúde
que
resultam
das
tecnologias comparadas são similares).
Análise Custo Mínimo (ACM)
54
Avaliação baseada na minimização de custos
pode ser considerada um caso particular de
análise custo-efetividade, em que a regra de
decisão é a de selecionar o medicamento que
minimiza os custos da terapêutica.
55
É a forma mais simples de avaliação econômica
(somente
os
custos
são
submetidos
a
comparações), pois as eficácias ou efetividades
das alternativas comparáveis são assumidas
como sendo equivalentes entre si.
Análise Custo Mínimo (ACM)
56
Para o uso desta análise é necessário que
existam evidências que as diferenças de
resultado
entre
as
alternativas
são
inexistentes ou pouco importantes.
Análise Custo Mínimo (ACM)
57
Este tipo de análise é útil na comparação de
doses e vias de administração diferentes do
equivalente genérico para os quais os efeitos
são absolutamente semelhantes,
selecionando-se o de menor custo.
Análise Custo Mínimo (ACM)
Simulação de uma Analise de Minimização para 2 antibióticos com perfis de eficácia e segurança equivalentes para uma mesma situação.
Item de custo Antibiótico A Antibiótico B
Eficácia 96% 95%
Tempo de Reposta 5 dias 7 dias Preço de 1 fr-amp R$ 59,00 R$ 56,00 Posologia 1 frasco/ampola a cada 4 h
(6 aplicações /dia)
1 frasco/ampola a cada 6 h (4 aplicações /dia) Custo do Medicamento R$ 1.770,00 R$ 1.568,00 Custo de Internação R$ 100,00 * 5 dias = R$
500,00 R$ 100,00 * 7 dias = R$ 700,00 Custos de Exames Custos de Infusão 1 hemograma /dia a R$ 5,00 p/exames = R$ 25,00 1 hemograma /dia a R$ 5,00 p/exames = R$ 35,00 Custos Totais
R$ 10 x 6 apl x 5 dias = R$ 300 R$ 10 x 4 apl x 7 dias = R$ 280
R$ 2.595,00 R$ 2.583,00
Análise Custo Mínimo (ACM)
CUSTO DO TRATAMENTO DA CEFÁLEIA CRÔNICA (exemplo hipotético) Hipótese Inicial: 100% de eficácia no tratamento
Item de custo Remédio A Remédio B
Preço do Medicamento R$ 0,20 p/comprimido R$ 0,15 p/comprimido Número de comprimidos diários 6 comprimidos 9 comprimidos Custo Diário R$ 1,20 R$ 1,35 Duração Média do Tratamento 2 dias 2 dias
CUSTOS TOTAIS (A) R$ 2,40 R$ 2,70
Remédio A deverá ser escolhido segundo o critério do custo mínimo.
Análise Custo Mínimo (ACM)
CUSTO DO TRATAMENTO DA CEFÁLEIA CRÔNICA (exemplo hipotético) Hipótese: Falha no tratamento
Item de custo Remédio A Remédio B
Consulta médica para avaliação da cefaléia crônica 1 consulta 1 consulta Custo da consulta R$ 25,00 R$ 25,00 % de pacientes que precisam da consulta médica 5% 3% Custo Ponderado da Consulta R$ 1,25 R$ 0,75 Medicações Suplementares R$ 3,00 p/dose R$ 3,00 p/dose Número de Doses Diárias 2 2 Duração Média do Tratamento 5 dias 5 dias % de pacientes que usam esta medicação 50% 50% Custo da medicação suplementar R$ 15,00 R$ 15,00 Freqüência de Pacientes que vão precisar do tratamento 5% 5% Custo Ponderado da Medicação Suplementar R$ 0,75 R$ 0,75
CUSTOS DA FALHA DE TRATAMENTO (B) R$ 2,00 R$ 1,50 CUSTO MÉDIO FINAL DO TRATAMENTO (A + B) R$ 4,40 R$ 4,20 Remédio B deverá ser escolhido segundo o critério do custo mínimo.
Esta avaliação só pode ser aplicada quando
já está demonstrada equivalência entre os
tratamentos.
Nestas situações é suficiente comparar os
custos, a fim de selecionar a opção mais
barata.
Análise Custo Mínimo (ACM)
LIMITAÇÕES
62
A análise de minimização de custos (AMC) tem a vantagem de ser mais simples de ser realizada porque se pressupõe que os desfechos sejam equivalentes. Assim, apenas os custos da intervenção são comparados. A vantagem do método ACM é também sua desvantagem: A ACM não pode ser utilizada quando os desfechos das intervenções são diferentes.
[cf. Rascati (2010, p.24)]
Análise Custo Mínimo (ACM)
LIMITAÇÕES & VANTAGENS
63
(a) realização de pequenas cirurgias ambulatoriais
ou em hospitais. O resultado deve ser o mesmo
número de cirurgias realizadas com a mesma
probabilidade de sucesso.
(b)
Tratamento
domiciliar
versus
tratamento
c/internação para pacientes psiquiátricos.
Análise Custo Mínimo (ACM)
64
(c) A ACM é frequentemente aplicada na
comparação
entre
genéricos
e
medicamentos de marca e na comparação
de vias de administração diferentes.
Análise Custo Mínimo (ACM)
APLICAÇÕES65
A análise de minimização de custos é o mais simples entre os quatro tipos de análises farmacoeconômicas, pois seu foco está na medição do lado esquerdo da equação farmacoeconômica - os custos – sendo que o lado direito da equação – os desfechos – são supostamente idênticos (ou descobre-se ser idêntico).
Entretanto, esse método é de uso limitado por só poder comparar alternativas com desfechos idênticos.
[cf. Rascati (2010, p.57)]
Análise Custo Mínimo (ACM)
66
As análises de custo-mínimo são raramente utilizadas no caso de tratamentos novos, uma vez que o motivo maior para seu desenvolvimento é melhorar os desfechos. Contudo, muitas vezes novas formulações de medicamentos existentes, novos métodos de administração de tratamentos ou aperfeiçoamentos técnicos de procedimentos podem alterar profundamente a estrutura de custos das intervenções em saúde sem afetar os desfechos.
[cf. Kobelt (2008, p.72)]
67
Um grande número de intervenções cirúrgicas tradicionalmente executadas como procedimentos hospitalares são agora realizadas em ambiente ambulatorial, graças às melhorias nas técnicas de anestesia e cirurgia. Muitas vezes o resultado da cirurgia é idêntico, seja executada em ambiente hospitalar ou ambulatorial. No entanto, os custos de hospitalização serão significativamente diferentes para as duas alternativas,e, portanto, os dois tipos de cirurgia podem ser comparados em uma análise de custo-minimização.
Análise Custo Mínimo (ACM)
Exemplo #1[cf. Kobelt (2008, p.72)]
68
Administrar um medicamento por infusão intravenosa, injeção intramuscular, subcutânea ou via oral implica custos diferentes.
Entre outras, as diferenças na duração da infusão, no número de injeções necessárias durante o dia, a necessidade das injeções serem administradas por um profissional de saúde ou poderem ser auto-administradas etc, influenciarão os custos.
Análise Custo Mínimo (ACM)
Exemplo #2 [cf. Kobelt (2008, p.72)] 69Aplicação
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/11453/000616214.pdf?sequence=1 http://www.sbcp.org.br/pdfs/29_2/02.pdfAnálise de Custo-Benefício
71
A análise de custo-benefício é uma técnica
analítica derivada da teoria econômica que
enumera e compara custos
líquidos de uma
intervenção de cuidados em saúde com os
benefícios
que
surgiram
como
uma
consequência dessa intervenção.
Para esta técnica, ambos os custos líquidos e os
benefícios
da
intervenção
de
saúde,
são
expressos em unidades monetárias.
Análise Custo-Benefício (ACB)
72
O benefício da intervenção são os resultados
melhorados de saúde, conforme comparado aos
resultados que teriam sido obtidos com a
alternativa. Os resultados podem incluir não
apenas resultados tradicionais no paciente, mas
também, valores de opção (o benefício de ter
um tratamento disponível somente para o caso
necessário) e valores altruísticos (o benefício de
ver a melhora de outros).
73
Os
resultados
melhorados
em
saúde
são
avaliados
em
unidades
monetárias,
frequentemente pela disposição a pagar.
O custo líquido da intervenção é o custo do
tratamento e de seu acompanhamento 9drogas,
médicos, hospitais, cuidados domésticos, custos
do paciente e da família, custo da perda de
produtividade,
etc.)
menos
o
custo
do
tratamento
e
do
acompanhamento
com
alternativa.
Análise Custo-Benefício (ACB)
74
A linha de fundo da análise é o benefício
líquido, que é o benefício menos o custo líquido.
O benefício líquido é o critério básico de decisão
nesta análise. Se o benefício líquido for positivo,
a
regra
de
decisão
geralmente
aceita
é
fundamentar a decisão.
Análise Custo-Benefício (ACB)
75
A análise de custo-benefício
permite
a
comparação de programas e intervenções com
resultados
inteiramente
diferentes.
Dessa
maneira, é possível comparar dois programas
completamente não relacionados estritamente
dentro de uma base monetária.
A regra de decisão econômica é escolher a
droga ou tratamento com o benefício líquido
mais elevado.
Análise Custo-Benefício (ACB)
76
A análise custo benefício é singular por
ser a única técnica que têm uma regra de
decisão
definitiva,
autocontida
para
avaliações de intervenções simples. Se o
benefício
líquido
da
intervenção
for
positivo,
a
intervenção
deverá
ser
fundamentada.
Análise Custo-Benefício (ACB)
Vantagens (II)
77
Tipo de Avaliação:
Custo - Benefício
Medida de Custos: Unidades Monetárias
Medida de Efeitos: Unidades Monetárias
Análises: (C
A- B
A) - (C
B- B
B)
Vantagem: Permite comparar diferentes tipos de
alternativas farmacológicas
Limitação: Dificuldade de converter resultados de
saúde em unidades monetárias.
DESCRIÇÃO
Análise Custo-Benefício (ACB)
78
Nesta análise o que se procura é identificar a opção de tratamento que permite reduzir custos ou aumentar os benefícios, especificamente olhando a resposta financeira obtida por cada opção;
Há uma semelhança entre a filosofia adota neste tipo de análise e uma aplicação financeira (na qual se comparam as opções disponíveis no mercado para se descobrir qual proporcionará a maior taxa de lucro).
79
Nesta
avaliação
econômica
os
custos
do
atendimento médico são comparados com os
benefícios econômicos do atendimento, onde
tanto o custo e o benefício são expressados
em
unidade monetária
. Os benefícios tipicamente
incluem redução no custo de cuidados de saúde
no futuro.
É aplicável quando a opção terapêutica é
avaliada tão somente em termos de suas
vantagens ou desvantagens econômicas.
Análise Custo-Benefício (ACB)
80
Objetiva identificar e avaliar sistematicamente
todos os custos e benefícios associados a
diferentes alternativas, e, assim, determinar qual
a
alternativa que maximiza a diferença entre
benefícios e custos
, os quais são expressos em
termos monetários
.
Análise Custo-Benefício (ACB)
81
TIR = Taxa Interna de Retorno; Bt= Benefício do período t; Ct= Custo no período t; d = taxa de desconto.
Σ B
t– C
t/ (1 + TIR)
t= 0
Indicador: Taxa Interna de Retorno
Viabilidade será dada quando TIR = d.
82
A Análise Custo Benefício é de difícil realização
porque requer que custos e benefícios sejam
mensurados
(ou
convertidos)
em
termos
monetários.
Exemplo: realização de tratamento psiquiátrico
em
hospitais
tradicionais
ou
sem
a
hospitalização.
Análise Custo-Benefício (ACB)
83
Para a sua utilização, é necessário levar em conta que as alternativas sob estudo não trazem em si riscos éticos insuportáveis.
Ex: quando uma opção altamente econômica ou lucrativa tem o potencial de aumentar a morbi-mortalidade, sem que haja razões justas para a sua adoção, não é ético ou mesmo lícito adotá-la. A alternativa mais barata, com potencial danoso, só poderá ser escolhida se for a única opção ou em caso de decisões em prol de uma maioria de indivíduos, que poderia ser prejudicada pela adoção de uma alternativa mais cara.
Análise Custo-Benefício (ACB)
84
Análise Custo-Benefício (ACB)
Componentes de uma Análise
de Custo-Benefício
CUSTOS ($) BENEFÍCIOS ($)
Diretos não médicos Diretos médicos
Benefícios Diretos Benefícios indiretos Benefícios intangíveis
Preferência do paciente Dor e Sofrimento Disposição a pagar Produtividade Capital humano Disposição a pagar Economia direta médica
85
Os dois métodos mais comuns observados
na literatura farmacoecnômica são as
abordagens do capital humano (CH) e da
disposição a pagar (DAP).
Análise Custo-Benefício (ACB)
86
A abordagem do capital humano estima as
perdas salariais e de produtividade devido a
doença, incapacidade ou morte e pressupõe que
o valor dos benefícios à saúde seja igual a
produtividade econômica que eles permitem.
Os dois componentes básicos para o cálculo do
CH são a taxa salarial e o tempo perdido (dias
ou anos) em decorrência da doença.
Análise Custo-Benefício (ACB)
A Abordagem do Capital Humano
87
A abordagem da DAP determina quanto as
pessoas estão dispostas a pagar para
reduzir
a
chance
de
um
desfecho
(
outcome
) adverso em saúde.
A principal vantagem da abordagem da
DAP é que esse é um método que atribui
um
valor
em
dólares
a
benefícios
intangíveis.
Análise Custo-Benefício (ACB)
88
A TIR é a taxa de retorno que iguala o Valor Presente Líquido (VP) de benefícios ao VP de custos. A meta é encontrar a taxa de retorno que tornaria os custos e benefícios iguais. Depois que a TIR é calculada, ela é comparada com uma taxa de barreira especificada.
A regra de decisão da TIR é a aceitação de todos os projetos que tenham uma TIR maior do que a taxa de barreira.
Se a TIR for maior do que a taxa de barreira, isso significa que o projeto pode render uma taxa de retorno maior em comparação com algum outro investimento.
Análise Custo-Benefício (ACB)
TIR – Taxa Interna de Retorno
89
Análise Custo-Benefício (ACB)
Bibliografia Adicional
Cap. 7 Cap. 7
91
As análises de custo-efeitivade são utilizadas
para identificar a tecnologia ou intervenção que
pode produzir o máximo de efetividade para um
dado custo ou vice-versa, como se obter um
dado objetivo ao menor custo.
Os estudos de custo-efetividade também podem
fornecer
uma
estimativa
do
custo
extra
necessário para se atingir uma meta pretendida.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
92
Uma análise de custo-efetividade mede os
custos em reais ($) e desfechos (
outcomes
) em
unidades
naturais
de
saúde
que
indicam
melhoras de saúde como curas, vidas salvas ou
reduções da pressão sanguínea.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
93
Tipo de Avaliação:
Custo-Efetividade
Medida de Custos: Unidades Monetárias
Medida de Efeitos: Unidades Clínicas Habituais
Análises: (C
A/ E
A) - (C
B/ E
B)
Vantagem: Unidades dos efeitos são utilizadas na
prática clínica diária
Limitação: Comparação entre alternativas onde os
resultados são expressos nas mesmas unidades
físicas.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
94
A ACE é uma avaliação na qual programas
alternativos, serviços, ou intervenção são
comparadas em termos do custo por unidade
do efeito clínico. Exemplos:
- custo por vidas salvas;
- custo por milímetro de mércurio de
diminuição de pressão arterial.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
95
A ACE identifica as alternativas com melhor
desfecho
(
outcome
)
para
a
saúde
da
população por unidade monetária gasta.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
96
A análise de custo-efetividade pode ser
empreendida
a
partir
de
diferentes
perspectivas, dependendo da necessidade dos
tomadores de decisão.
A
perspectiva
mais
ambrangente
é
a
persppectiva social, na qual todos os custos
são incluídos, não importando sobre quem
eles incidem.
97
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Matriz de Custo-Efetividade
Custo-efetividade
Custo mais baixo
Mesmo custo Custo mais alto Efetividade mais baixa A Realiza RCEI B C Mesma Efetividade D E Arbitrário F Efetividade mais alta G (dominante) H I Realiza RCEI 98
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Matriz de Custo-Efetividade
Custo-efetividade
Custo mais baixo
Mesmo custo Custo mais alto Efetividade
mais baixa
Avaliar Aceitar Aceitar Mesma
Efetividade
Rejeitar Indiferente Aceitar Efetividade
mais alta
Rejeitar Rejeitar Avaliar
99
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Matriz de Custo-Efetividade: Úlcera
Custo-efetividade
Custo mais baixo
Mesmo custo Custo mais alto Efetividade mais baixa A Realiza RCEI B C Mesma Efetividade D E Arbitrário F Efetividade mais alta G Medicamento C-medicamento A Medicamento C-medicamento A H I Medicamento C-medicamento B
100
As células na matriz de custo-efetividade representam resultados possíveis quando se cmpraram alternativas no que diz respeito a custo e efetividade.
Se alguém comparar uma nova alternativa com uma alternativa padrão, as células com sombreamento laranja (B,C, F) representãrão quando a nova alternativa não será considerada efetiva em termos de custo (ou seja, seria dominada pela alternativa padrão), e as células com sombramento amarelo (DG e H) representarão quando a nova alternativa será considerada efetiva em termos de custo (ou seja a escolha dominante).
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Matriz de Custo-Efetividade: Úlcera
101
Se a comparação cair nas células sem nenhum sombramento A ou I, serão necesárias mais informações (por exemplo, de quanto será o custo extra por unidade extra de desfecho, o que é determinado realizando-se uma razão custo-efetividade incremental).
Se a comparação mostrar efetividade e custos semelhantes (célula E), outros fatores poderão ser levados em consideração.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Matriz de Custo-Efetividade: Úlcera
102
No exemplo da úlcera, ao se comparar o medicamento B ou C com o medicamento A, tanto o medicamento B quanto o medicamento C são dominantes em relação ao medicamento A (célula G) por serem mais efeitvos a um custo menor. No entanto, ao se comparar o medicamento C com o medicamento B, o medicamento C é mais efetivo, mas a um custo maior, então, será necesário o cálculo de uma razão custo-efetividade incremental (RCEI).
Análise Custo-Efetividade (ACE)
103
O plano de custo-efetivade é um método visualização de representação da comparação de alternativas.
O ponto do plano em que os eixos x e y se cruzam indica o ponto de partida de custos e efeitividade para o fato-padrão de comparação ao indicar o quanto ele custa a mais ou a menos em relação ao ponto de partida (eixo y) e o quanto ele é mais ou menos efeitivo que o ponto de partida (eixo x).
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Plano de Custo-Efetividade
104
Se uma alternativa for mais cara e mais efetiva que o fator-padrão de comparação, este ponto cairá no quadrante I, e otrade off do aumento de custos pelo aumento de benefícios deve ser levado em consideração.
Se uma alternativa for mais barata e efetiva, o ponto cairá no quadrante II, e a altarnativa dominaria o fato-padrão de comparação.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Plano de Custo-Efetividade
105
Se uma alternativa for mais barate e menos efetiva, o ponto cairá no quadrnate III, e , novamente, um trade-off terá de ser levado em consideração.
Se uma alternativa for mais cara e menos efeitiva, o onto cairá no quadrante IV, e a alternativa será dominada pelo fator padrão de comparação.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
106
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Plano de Custo-Efetividade
Diferenças de efeito (+) Diferenças de efeito (-) Diferenças de custo (+) Diferenças de custo (-) Quadrante I (trade off) Quadrante II (Dominante) Quadrante III (trade off) Quadrante IV (Dominado) 107 Diferença no Custo Menos efetiva Custo < 0 Mais efetivaCusto < 0 Mais efetiva
Custo > 0 Menos efetiva Custo > 0 Cost-saving Dominadas
Plano de Custo-Efetividade
108 Custo (R$) B e n e fi c io ( a n o s d e v id a s a lv o s ) A - C/E $ 500 B - C/E $2.500 C - C/E $30.000 D - C/E $ 100,000 • • • •Paradigma de Custo
Paradigma de Custo--efetividade
efetividade
109 Diferença no Custo
Menos efetiva Custo < 0
Mais efetiva
Custo < 0 Mais efetiva
Custo > 0
Menos efetiva Custo > 0 Cost-saving
Dominadas
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Laupacis A. et al., Can Med Assoc J 1992;146:475
$ Intervenção é menos
efetiva e mais cara
Intervenção é mais efetiva e menos cara Diminuição em QALYS Aumento QALYS Aumento de custos Diminuição de custos
Plano de Custo-Efetividade
111Relações de custo
Relações de custo--efetividade de diferentes
efetividade de diferentes
intervenções na área da saúde
intervenções na área da saúde
Maynard, 1991 Custo (R$) B e n e fi c io ( a n o s d e v id a s a lv o s )
Anti-HAS para prevenir AVC: 940 £/AVAQ Aconselhamento p/ parar de fumar: 270 £/AVAQ Mensurar colesterol e tto c/ dieta (40-69a) : 220 £/AVAQ
Transplante cardíaco - 7840 £/AVAQ Mamografia rotina - 5780 £/AVAQ Transplante renal - 4710 £/AVAQ
Cirurgia revascularização miocárdica (3 vasos) - 2090 £/AVAQ
Hemodiálise hospitalar- 21.970 £/AVAQ Cirurgia revascularização (1 vaso) - 18.830 £/AVAQ Colesterol e tratamento adultos 25-39 anos - 14.150 £/AVAQ
Neurocirurgia p/ tumores malignos- 107.780 £/AVAQ Eritropoietina p/ tto anemia, diálise - 54.380£/AVAQ
Medidas de efetividade utilizadas em estudos de Aval. Econ.: Anos de vida salvos;
• Episódios de doença evitados; • Dias sem sintomas;
• Redução de taxa de recidiva; • N.º de doentes efetivamente tratados; • Proporção de doentes sem necessidade de dispositivos de apoio ;
• Efeitos adversos gastropáticos evitados; • Consumo de terapêuticas concomitantes.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Exemplo: na comparação de 3 alternativas farmacológicas da hipertensão arterial:
a) diurético; b) betabloqueador;
b) inibidor de enzima conversora da angiotensina, as medidas comuns de efetividade poderão ser:
- redução na pressão arterial em mmHg (indicador
intermediário) ou
- número de eventos cardiovasculares evitados (indicador final).
Análise Custo-Efetividade (ACE)
A escolha entre um indicador intermediário ou
final de efetividade dependerá dos objetivos a
serem propostos pela avaliação, bem como do
tempo
do
estudo
destinado
a
medir
as
variações nas conseqüências sobre o estado de
saúde dos indivíduos.
Indicadores de Saúde
Ex: em pacientes aidéticos, a redução da carga
viral é um exemplo de indicador intermediário,
no entanto, essa diminuição promove um
aumento
na
esperança
de
vida
desses
enfermos (indicador final de efetividade).
Indicadores de Saúde
Análise Custo-Efetividade (ACE)
116
A medição dos benefícios terapêuticos numa
análise custo-efetividade dependerá do objetivo
da farmacoterapia.
Exemplo: a avaliação de um novo medicamento
para a hipercolesterolemia poderá utilizar como
indicador clínico a redução da taxa de colesterol
em mg/dL.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
117
Alguns exemplos de unidades de medida dos resultados na análise custo-efetividade, envolvendo os problemas relacionados aos medicamentos, são: - o número de internações hospitalares evitadas em
decorrência da adesão do paciente ao tratamento farmacológico;
- anos de vida ganhos em função de reações adversas a
medicamentos preveníveis e;
- resistências bacterianas evitadas devido a uma antibioticoterapia adequada.
118
Na ACE, a efetividade é expressa em unidades
não monetárias, definindo o objetivo da análise.
Exemplos:
- vidas salvas (anos de vida ganho);
-
dias de incapacidade evitada;
-casos tratados;
É aplicável quando a opção terapêutica é
avaliada em termos do resultado clínico.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
119
É teoricamente menos ambicioso do que a ACB.
Distingue-se da ACB pelo fato de os resultados
ou
consequências
das
terapêuticas
serem
medidas em unidades físicas (ex. anos de vida
ganhos ou casos detectados);
O método da ACE justifica-se quando os
benefícios são dificilmente monetarizáveis.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
120
O método procura responder a dois tipos de
pergunta:
(1) Que medicamento é capaz de realizar
objetivos pré-fixados ao menor custo possível
(ex. o custo mais baixo por vida salva)?
(2) Que tipo de terapêutica permite maximizar
os benefícios de um dado recurso financeiro?
121
Deve-se notar que alguns autores denominam
a ACE de análise custo-eficácia.
Contudo, no domínio da saúde a distinção que
se faz entre eficiência e efetividade implica que
o
termo
custo-efetividade
seja
o
mais
apropriado.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
ACE não pode ser utilizada para comparar
intervenções com diferentes desfechos.
Permite comparar, por exemplo, o tratamento
de
aborto
incompleto
ou
o
procedimento
tradicional. No entanto, mesmo que existam
evidências, torna-se necessário que elas sejam
relevantes para o contexto (ex. Existe o preparo
da equipe de saúde para executar o novo
tratamento?)
Análise Custo-Efetividade (ACE)
LIMITAÇÕES
123
Uma desvantagem da ACE é que os desfechos das laternativas utilizadas na comparação devem ser medidas nas mesmas unidades clínicas.
Não se pode utilizar a ACE para comparar os desfechos de um produto que combata a hipertensão com os de um produto para tratamento da asma( que poderá medir o volume expiratório forçado (VEF) para a determinação do desfecho (outcome)
Análise Custo-Efetividade (ACE)
O método tem por objetivo identificar a opção terapêutica que consegue obter o melhor resultado clínico por unidade monetária aplicada.
Exemplo: relação custo-efetividade do tratamento da hipertensão arterial.
ITEM DE ANÁLISE Anti-hipertensivo A Anti-hipertensivo B Custo de tratamento R$ 2,00 / dia R$ 1,00 / dia Eficácia (redução da PA – unidade de pressão reduzida) 10 mmHg 4 mmHg Relação custo/eficácia R$ 0,20 / mmHg reduzido R$ 0,25 / mmHg reduzido
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Medicamentos Custo para tratar 100 pacientes Nº de vidas salvas / 100 pacientes Razão Custo Efetividade (custo p/vida salva) A R$ 30.000,00 10 R$ 3.000,00 B R$ 20.000,00 4 R$ 5.000,00 C (medicamento dominante) R$ 18.000,00 18 R$ 1.000,00
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Exemplo: comparação entre custo e efetividade de 3 medicamentos no nº de vidas salvas em um tratamento hipotético.
Exemplo: comparação entre custo e efetividade de 3 medicamentos no prolongamento da vida de portadores de uma doença crônica (hipotético).
Medicamentos Custo para tratar 1 paciente Anos de vida adicionais (mediana) Razão Custo Efetividade (custo p/ ano de vida ganho) A R$ 30.000,00 10 R$ 3.000,00
B R$ 6.000,00 3 R$ 2.000,00
C R$ 17.600,00 3,3 R$ 5.333,33
Tratamento Custo p/ano de vida ganho Interrupção do Fumo (consultas
médicas)
US$ 1.300 – 1.900,00
Coquetel de drogas contra a AIDS US$ 15.000 – 20.000,00
Diálise do rim US$ 50.000,00
Mamografia para mulheres com idade entre 55 e 64 anos
US$ 110.000,00
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Fonte: OMS (2000)
Relação Custo-Efetividade de alguns tratamentos e procedimentos.
128
Vantagens:
- Não requer a monetização dos benefícios da saúde.
- Resultados são intuitivos e fáceis de interpretar (custo por ano de vida salvo).
Desvantegens:
- Somente podem comparar terapias cujos efeitos são mensuráveis nas mesmas unidades.
Clinical Sciences Research Institute, Warwick Medical School, UK
Análise Custo-Efetividade (ACE)
129
130
Custos Médios versus Custos
Marginais ou Incrementais
Na prática clinica ou para o tomador de decisão
em termos de políticas públicas em saúde, uma
opção consiste em comparar um novo
tratamento com o tratamento padrão (por
exemplo). Assim, utiliza-se o cálculo da variação
dos custos dividido pela variação dos desfechos.
O resultado deste cálculo se chama de razão
custo-efetividade incremental (RECEI) ou
incremental cost-effectiveness ratio
(
ICER
)
Análise Custo-Efetividade (ACE)
131
Análise Incremental
ICER
Custo 1
Custo 1 –– Custo 2Custo 2 Conseqüência 1
Conseqüência 1 –– Conseqüência 2Conseqüência 2
Quanto custa a mais
Quanto custa a mais
para ter uma unidade do ganho
para ter uma unidade do ganho
de saúde a mais ?
de saúde a mais ?
Análise Custo-Efetividade (ACE)
132
Custos Médios versus Custos
Marginais ou Incrementais
Velhociclina Novociclina
Custo total $325 $450
Efetividade 87% de sucesso 91% de sucesso
Custo-efetividade médio $325/0,87 = 373 por sucesso $450/0,91= 494 por sucesso Custo-efetividade incremental (a) - ($450-$335)/(0,91-0,87)=
3,125 para cada sucesso adicional
(a) Diferença nos custos dividida pela diferença de efetividade.
133
Custos Médios versus Custos
Marginais ou Incrementais
Assim, estima-se que, custe $12.500 a
mais para tratar 100 pacientes com o
tratamento NC a fim de se obterem
quadro sucessos extras (ou $3,125 por
sucesso extra).
Análise Custo-Efetividade (ACE)
134
136
137
139
140
142
143
145
146
148
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Cap. 5
Bibliografia Recomendada
149
Análise Custo-Benefício (ACB)
Bibliografia Adicional
Cap. 7 Cap. 7
151
A análise de custo-utilidade é uma metodologia de análise econômica que compara duas ou mais escolhas alternativas, em termos de ambos, seus custos e seus resultados, onde os resultados são medidos em unidades de utilidade ou preferência, frequentemente como um ano de vida ajustado a qualidade (QALY ou AVAQ).
O propósito da análise é comparar, usando-se custo-efetividade, duas ou mais escolhas alternativas em termos que são ambos, clinicamente significativos e que podem ser comparados com outras análises econômicas.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
152
A análise de custo-utilidade é um tipo específico de análise de custo-efetividade, na qual o denominador é medido em termos do ganho de vida ajustados à qualidade.
Esta medição padronizada de resultados é importante porque permite que as medições de custo-utilidade sejam comparadas em todos os estudos e permite que se determine um nível de custo utilidade “aceitável” para as escolhas de cuidados à saúde: ou seja um “nível limite” dos custos/QALY ou custos/AVAQ.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
153
1) quando a qualidade de vida é um importante resultado. Por exemplo, quando as intervenções alternativas não resultam ter um impacto diferente sobre a mortalidade, mas tem um impacto potencial sobre o bem estar do paciente e sua vida funcional; 2) quando a qualidade de vida é um importante resultado. Um exemplo é o tratamento do câncer.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
154
3) quando a intervenção afeta tanto a morbidade como a mortalidade e uma unidade combinada de resultados é desejável.
4) quando as intervenções que estão sendo comparadas tem uma significativa amplitude de potenciais resultados e há necessidade de se ter uma unidade comum de resultado para comparação. Este é o caso quando o tomador de decisão deve alocar recursos limitados entre intervenções que tem diferentes objetivos e resultados.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
Quando a ACU é apropriada?
155
5) Quando o objetivo da análise é comprar um intevenção com outras que foram avaliadas em termos de custo por QALY (AVAQ).
Análise Custo-Utilidade (ACU)
Quando a ACU é apropriada?
156
Avalia os custos e consequências de
diferentes intervenções em termos da
qualidadade de vida do paciente e do tempo
de sobrevivência.
157
Tipo de Avaliação: Custo Utilidade Medida de Custos: Unidades Monetárias Medida de Efeitos: QALY
Análises: (CA/ QALYA) - (CB/QALYB)
Vantagem: Permite a integração dos efeitos de um único valor de utilidade.
Limitação: Problemas de validade nos instrumentos de medida de utilidade.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
158
O denominador comum na razão custo-utilidade é o ganho incremental em QALY (ou AVAQ) como medição de resultados é que ela permite comparabilidade entre todos os estudos ACU. Os QALY (ou AVAQ) são uma medição universal, que pode ser aplicada a todos os pacientes e a todas as doenças. Dessa maneira, os QALY fornecem a métrica comum que habilita aos tomadores de decisão comparar razões ACU em diferentes estudos.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
159
Os pesos de qualidade para os QALYs (ou AVAQ) baseaiam-se nos preferências individuais por diferentes estados de saúde.
Estes pesos de qualidade, ou utilidades, podem ser medidos diretamente usando-se instrumentos de consumo de tempo, tais como aposta padronizada (
standard gamble
); permita de tempo (time trade
off
) ou algumas vezes uma escala analógica visual.160
Os pesos de qualidade podem, também, ser fornecidos mais simplesmente pelo uso de um dos índices de utilidade multiatributo, tais como índice de utilidade de saúde, EuroQoL EQ-5D ou qualidade de bem-estar.
Alternativamente ao QALY o Banco Mundial usa o DALY (
Disability-Adjusted Life Year
).Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
(Quality-adjusted life-year)
162
QALY
(Quality-adjusted life-year)
O conceito de QALY (AVAQ) é baseado sobre o
trabalho de Klarman et al (1968), que foi o
primeiro a capturar explicitamente o número de
anos de vida ganhos e as mudanças na
qualidade de vida num único índice.
A utilidade de uma intervenção é dada pelos
números de QALYs ganhos.
163 Quality Adjusted Life Year (QALY): é uma unidade que
captura a noção de que um ano a mais de sobrevivência em perfeita saúde.
Pelo uso da QALY, os conceitos de mortalidade e morbidade são combinados numa única unidade. Este método de medição é útil quando as avalições das intervenções implicam na extensão da vida e na melhoria de sua qualidade.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
(Quality-adjusted life-year)
164
O
conceito
de
QALY
(AVAQ)
é
uma
construção teórica que nos permite fazer
mudanças na qualidade de vida e mudanças
na extensão da vida comparáveis.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
(Quality-adjusted life-year)
165
Um ano de vida ajustado pela qualidade (QALY ou AVAQ) é uma medição universal de resultado de saúde aplicável a todos os indivíduos e todas as doenças, habilitando, assim, comparações entre doenças e entre programas. Um QALY combina, em uma única medição, ganhos ou perdas de ambos, quantidade de vida (mortalidade) e qualidade de bida (morbidade).
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
166
Anos de vida ajustados pela qualidade são anos de vida ajustados por um peso de qualidade baseado na preferência. O peso da qualidade é medido numa escala de preferência, usualmente, uma escala de utilidade, onde saúde plena tem um valor de 1,0, estar morto tem um valor de 0,0 e declarar-se pior do que se estivesse morto pode ter valores negativos.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
(Quality-adjusted life-year)
167
QALY
(Quality-adjusted life-year)
O conceito de QALYbaseia-se na crença de que o objetivo de qualquer intervenção com relação aos cuidados de saúde pode ser dicotomizada entre dois fatores: (i) aumento nos anos de vida e (ii) melhoria na capacidade de desfrutar a vida (= boa saúde). Aplicando-se ponderadores de qualidade a cada ano adicional de vida experimentado após o tratamento, oQALYbusca incorporar ambos os elementos acima numa única medida.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
168
QALY
(Quality-adjusted life-year)
A aproximação mais frequentemente usada para
fornecer um indicador total do “valor” ou
“utilidade” para intervenções em cuidados de
saúde são os
QALYs
.
Este conceito é uma das contribuições mais
importantes da teoria econômica para a análise
dos benefícios no sector da saúde e tenta
ultrapassar as limitações das medidas clínicas.
169
QALY
(Quality-adjusted life-year)
A suposição básica do QALYé que há dois resultados principais associados com os cuidados de saúde:
(a) expectativa de mortalidade ou de vida, expressa em termos de anos-vida ganhos;
(b) qualidade de vida com saúde, que pode ser transformada numa escala de 0 a 1 e ser usada para “pesar anos-vida”, ponderando cada ano remanescente da vida de uma pessoa pela qualidade de vida esperada no ano em questão (os limites da escala são 1 = saúde “total” e 0 = “estado equivalente à morte”; os estados da saúde vistos como sendo piores do que a morte pode existir e são-lhes dados um valor negativo) “.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
170
QALY
(Quality-adjusted life-year)
O valor de um resultado de saúde para
um indivíduo é calculado como o produto
de dois fatores: o aumento na utilidade
do estado de saúde da pessoa e o
número de anos em que se verifica essa
melhoria.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
171
QALY
(Quality-adjusted life-year)
QALY: Utilidade x Tempo de VidaExemplo: Pessoas com insuficiência renal têm menor qualidade de vida, portanto, para estas pessoas, 10 anos de sobrevida poderiam ser equivalentes a 5QALYs; Exemplo: Pelo uso de anti-hipertensivos um indivíduo terá sua qualidade de vida reduzida a 0,03 por 30 anos. Considerando que o tratamento garantirá uma sobrevida de 10 anos com um nível de qualidade de 0,9, oQALY
ganho por esse indivíduo é de 8,1.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
172
QALY
(Quality-adjusted life-year)
Matematicamente, o
QALY
é calculado como a
soma do produto de anos de vida e a qualidade
de vida em cada um desses anos.
A um ano de vida em ótima saúde é atribuído o
valor 1 (um) e o valor 0 (zero) para o óbito
(Dasbach & Teutsch, 1996).
Análise Custo-Utilidade (ACU)
173 Quantidade de anos de vida
1.0 0.0 Morte sem programa Death Sem programa Com programa Quality-Adjusted Life Years-Gained A B
A – corresponde a quantidade de QALYs ganhos devido a ganhos em qualidade (ganhos que o indivíduo ganha durante o temo que teria de vida. B – ganhos devido a extensão de sua vida (anos adicionais)
Análise Custo-Utilidade (ACU)
174
QALY
(Quality-adjusted life-year)
O estado de saúde pode ser medido de duas formas: 1) forma direta: é o indivíduo que valoriza seu estado de saúde feito sob a forma de loteria, indagando-se sobre a escolha de um estado desejável, a probabilidade de melhorá-lo e a morte.
2) forma indireta refere-se a preferências do público em geral. A qualidade de vida é estimada usando dados que combinam diversas dimensões para computar uma série de valores atribuídos matematicamente no modelo multi-attribute-utility (MAU)
175
Calculando QALYs:
Um Exemplo
Com tratamento X
Estimativa de sobrevivência: 10 anos Estimativa da qualidade de vida (relativa a saúde perfeita) = 0,70 QALYS = 10 X 0,7 = 7,0
Sem tratamento X Estimativa de sobrevivência: 5 anos Estimativa da qualidade de vida (relativa a saúde perfeita) = 0,50
QALYS = 5 X 0,50 = 2,5 QALY ganho com o tratamento X = 7 – 2,5 = 4,5 QALY
Se os custos do tratamento X é $18.000, então o custo por QALY é $4000/QALY ($18.000/4,5)
Análise Custo-Utilidade (ACU)
176 Quality Adjusted Life Year (QALY): é uma unidade que
captura a noção de que um ano a mais de sobrevivência em perfeita saúde.
Pelo uso da QALY, os conceitos de mortalidade e morbidade são combinados numa única unidade. Este método de medição é útil quando as avalições das intervenções implicam na extensão da vida e na melhoria de sua qualidade.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
177
Tipo de análise custo-efetividade na qual os desfechos (mudanças possíveis nas condições de saúde da população) são mensurados em termos do seu valor social. Custo é expressado por algum incremento de medidas de qualidade de vida.
Exemplos:
custo por qualidade de vida anual ajustada; - custo por dias saudáveis de vida ganha.
178
AVAQ =
Anos de Vida Ganhos x Índice de Qualidade
- combina dados de quantidade e qualidade de vida em um mesmo resultado (AVAQ ou QUALY)
equivale a um bom ano de vida, ou anos de vida saudáveis AVAQ integra mortalidade, morbidade e preferências em um número compreensível
Análise Custo-Utilidade (ACU)
179
São mais refinadas do que a ACE, pois a
efetividade é expressa não só em termos de
duração da vida, mas da qualidade de sobrevida
obtida
através
dos
diversos
tipos
de
intervenções médicas.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
180
Aplicável quando a opção terapêutica é avaliada em termos do aumento ou redução dos indicadores de qualidade de vida dos usuários;
ACU combina qualidade e quantidade de vida na mensuração do desfecho;
O desfecho mais comumente utilizado é Quality Adjusted Life Years(QALYs)
O uso de medicamentos quimioterápicos em certos tipos de neoplasias é um exemplo de aplicação da ACU.
181
Unidade de medida bidimensional do bem-estar de um indivíduo ou de um grupo de pessoas que ajusta os anos de vida seguindo a utilidade avaliada como conseqüência de estados imperfeitos de saúde; O conceito leva em conta tanto a quantidade como qualidade de vida resultante de uma intervenção médica.
QALY (Quality Adjusted Life of Years)
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY (Quality Adjusted Life of Years)
Análise Custo-Utilidade (ACU)
QALY
é um parâmetro que independe da
natureza da enfermidade ou tratamento, que é
a satisfação do paciente. Assim, pode servir de
comparação entre tratamentos completamente
diferentes.
183
Os valores numéricos pontuados na medida
QALY
são obtidos a partir dos instrumentos
(questionários) destinados a medir, num dado
momento no tempo, a qualidade de vida
relacionada com a saúde das pessoas.
Análise Custo-Utilidade (ACU)
DALY (
Disability Adjusted Life of Years
)
-Anos de Vida Corrigidos pela Incapacidade
185
O conceito de DALY foi primeiramente
desenvolvido
em
1993
no
World
Development Report of World Bank [cf.
também Murray (1994)]
DALY (Disability Adjusted Life of Years) -Anos de Vida Corrigidos pela Incapacidade
Análise Custo-Utilidade (ACU)
186
Os Anos de Vida Corrigidos ou Ajustados pela
Incapacidade
do
Indivíduo
(
DALY
)
aplica
ponderações considerando os diferenciais de
idade.
DALY (Disability Adjusted Life of Years) -Anos de Vida Corrigidos pela Incapacidade
187
Ao invés de buscar o valor subjetivo atribuído pelos indivíduos a cada um dos estados de saúde, é construído uma medida a partir da mortalidade estimada para cada doença e seu efeito incapacitante, ajustado pela idade das vítimas; e uma taxa de atualização, para calcular o valor de uma perda futura.
DALY (Disability Adjusted Life of Years) -Anos de Vida Corrigidos pela Incapacidade
Análise Custo-Utilidade (ACU)
188
Utilidade (Economia):
Refere-se ao nível de
satisfação ou de utilidade que o consumidor
obtém do consumo de produtos ou serviços.
Utilidade (Economia da Saúde):
Reflete as
preferências dos pacientes diante da incerteza
do evento (conseqüências de um tratamento ou
intervenção médica).
Análise Custo-Utilidade (ACU)
Os Conceitos de Utilidade
189
Medida de Utilidade
Um tratamento que oferece 1 de vida saudável = 1 QALY = Um tratamento que oferece 2 anos de vida com saúde regular (0,5) = 1 QALY
Um tratamento que oferece 0,5 ano de vida saudável para 2 pacientes = 1 QALY