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Faculdades Ponta Grossa - Curso de Engenharia Civil. Ponta Grossa PR Brasil. 2

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COMPARATIVO DAS ÁREAS DE VIVÊNCIA DO CANTEIRO DE OBRA: INDUSTRIAL E URBANO DE GRANDE PORTE

COMPARISON OF THE LIVING AREAS OF THE CONSTRUCTION SITE: LARGE INDUSTRIAL AND URBAN

1Carla Dubbeldan Kachinski, 2Josieli Aparecida Obal Andrade, 3Darcy Caetano Mariano, 4Marcia Regina Werner Schneider Abdala

1Faculdades Ponta Grossa - Curso de Engenharia Civil. Ponta Grossa – PR – Brasil. E-mail: carladkachinski@hotmail.com

2Faculdades Ponta Grossa- Curso de Engenharia Civil. Ponta Grossa – PR – Brasil. E-mail: josiobal@hotmail.com

3Faculdades Ponta Grossa- Curso de Engenharia Civil. Ponta Grossa – PR – Brasil. E-mail: darcy.c.mariano@gmail.com

4Faculdades Ponta Grossa- Curso de Engenharia Civil. Ponta Grossa – PR – Brasil. E-mail: marciaabdala1@gmail.com

RESUMO: Com a finalidade de elaborar uma análise entre as áreas de vivência no

canteiro de obras industrial e urbana de grande porte, este trabalho se propôs a conferir as condições de saúde, conforto e meio ambiente, segundo as diretrizes legais e boas práticas aplicáveis. A metodologia utilizada pode ser classificada como revisão bibliográfica e também foi realizado pesquisa de campo em que se optou por um estudo de caso em uma obra urbana de grande porte e outra obra em ambiente industrial, cujos instrumentos de coleta de dados foram através do layout de ambas as obras, onde na obra urbana também foram feitas visitas em campo, com intuito de verificar se estas atendiam os requisitos impostos para o dimensionamento de suas áreas de vivência. Desta forma, foram identificados os erros de dimensionamento e também a falta de fiscalização com maior rigorosidade com este setor. Concluindo que ambos os canteiros seguiram as normas dentro do possível para cada ambiente.

Palavras - chaves: Área de Vivência. Análise. Estudo de Caso.

ABSTRACT: In order to prepare a analysis in between living areas in the industrial and large urban construction site, this work propoused to check the health conditions, comfort and environment, according to legal guidelines and good practices applicable. The methodology used can be classified how bibliographic review and also accomplished field visits in which opted to case study in a large urban work and other in industrial area, whose instruments of data collect were through of both work layouts, where the urban works also made field research visits, with the purpose to check if these attended the requirements imposed to design of living areas. Thus, were identified the design errors and also the lack of supervision with lager rigorousness in this sector. Concluding that both beds followed standards as far as possible for each environment.

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade demonstrar, com o auxílio das Normas NR 18, item 18.4 – áreas de vivências, e NR 24 - condições sanitárias e de conforto nos Locais de Trabalho, as melhores condições de qualidade de trabalho no canteiro de obra.

Na NR 18 no item 18.4 – as áreas de vivência são dispostas de: instalações

sanitárias, vestiário, alojamento, local para refeições, cozinha, quando houver preparo de refeições, lavanderia, área de lazer e ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. Porém, o estudo realizado considera apenas as seguintes áreas de vivência: instalações sanitárias, vestiário, local de refeições e área de lazer. Como base nesse estudo foram analisadas duas obras, uma obra urbana de grande porte e a outra obra em um parque industrial. Através do layout é possível demonstrar como foram desenvolvidas e executadas essas instalações, e como essas duas empresas distintas concretizaram os seus trabalhos.

A construção civil atualmente é conhecida por sua grande relevância econômica no mercado de investimentos. Apesar de nos últimos anos este setor permanecer operando abaixo do usual, indicadores mostram um cenário menos adverso para o futuro, apresentando um forte crescimento (SINDUSCON PR, 2016).

Para que todo e qualquer crescimento seja possível, é necessário que as empresas que atuam neste ramo atendam criteriosamente as normas que visam garantir a segurança e o conforto de seus colaboradores, para que estes consigam atingir os índices de produtividade estabelecidos em suas áreas, tendo em vista os numerosos fatores que põem em risco a integridade física dos trabalhadores no canteiro de obra, como por exemplo a ausência de controle do ambiente de trabalho e do processo produtivo. Com isso, as organizações empresariais estão ressaltando cada vez mais a necessidade de realizar investimentos nesta área.

Existem definições a serem seguidas na hora de planejar um canteiro de obra, a maioria subdivisões dos ambientes dos canteiros está definida por norma. As exigências das normas e suas definições são uma fonte de fundamentação teórica, uma vez que com elas é que se examina na pesquisa de campo quais são os pontos positivos e negativos dos canteiros analisados (ALVES, 2012).

A idealização de um canteiro de obra deve ser realizada antes do início da execução da estrutura, devendo atender a melhor disposição dentro do espaço disponível e ser compatível com as necessidades da obra, abrigar a área administrativa e todas as áreas de vivência necessárias para proporcionar aos colaboradores um ambiente sadio e confortável visando atender todos os requisitos de condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho solicitados na NR 24 e acatar todas as solicitações de segurança, saúde e meio ambiente, conforme NR 18. É importante ressaltar que existem problemas de adaptação ao que a norma se refere, muitas vezes pode ser devido à falta de espaço para executar as áreas de vivência necessárias, mas independente das limitações encontradas, esta deve atender as exigências da norma, pois com um ambiente mal planejado, onde não oferece condições de higiene e conforto ao trabalhador, este não irá produzir com tanta qualidade e deixará de oferecer tudo o que a empresa espera. E essa falta de qualidade nota-se devido à falta de interesse do empregador em aceitar todas as

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cobranças que a norma impõe e também a falta de fiscalização rigorosa dos órgãos responsáveis.

Com a finalidade de elaborar um diagnóstico sobre as áreas de vivência nos canteiros de obras, o presente trabalho foi proposto para analisar as condições de trabalho, meio ambiente e saúde, conforme as cobranças legais e de boas práticas aplicáveis. Serão analisadas duas obras, uma obra em ambiente industrial, localizada em São José dos Pinhais, e outra em ambiente urbano, localizada na cidade de Ponta Grossa, ambas no estado do Paraná, de tal forma que as dúvidas sejam explanadas com maior rigor sobre o planejamento e execução das áreas de vivências abordadas, mostrando assim a importância em se ter um canteiro de obra bem elaborado, tendo em vista que isto facilita as atividades decorrentes da obra e a qualidade do serviço dos seus colaboradores.

2 MATERIAL E MÉTODOS

A NR 18, trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, o item analisado é o 18.4 que trata das áreas de vivência e tendo esta norma como base é que se determina as áreas de vivência para cada atividade. Já a NR 24, aborda as condições sanitárias e as condições de conforto nos locais de trabalho, com o auxílio desta norma é possível determinar o conforto das áreas de vivência.

No planejamento de um canteiro de obra, é necessário desenvolver o layout de cada setor, para que seja possível apresentar uma visão da realidade conforme a bibliografia apresenta. As normas fornecidas determinam as condições de execução do canteiro, seja ele em um parque industrial ou em uma obra urbana de grande porte, com isso nota-se a diferença das áreas de vivências de cada trabalho. No presente trabalho o layout já é fornecido pelas duas empresas executoras sendo estes já implantados nas obras.

Dessa maneira o trabalho de pesquisa foi realizado segundo NR 18 (BRASIL, 2015) e NR 24 (BRASIL,1993). O canteiro pode ser efetivado de duas maneiras: com o auxílio de containers ou com a construção das instalações, sendo que estes devem encontrar-se em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

Sendo assim, os itens analisados têm a obrigatoriedade de oferecer as seguintes condições:

 Possuir espaço de circulação de ar natural, efetiva, de no mínimo 15% da área do piso, deve conter no mínimo duas aberturas para comportar uma boa circulação de ar interna, de modo a garantir um bom conforto térmico;

 Possua as demais condições mínimas de higiene e conforto;

 As instalações elétricas devem ser executadas com eletrodutos de forma que haja proteção contra possíveis choques elétricos, e também deve conter aterramento.

 O ambiente deve conter boa iluminação, sendo ela artificial ou natural e ter uma boa ventilação.

 Possuir canalização com tomada d’água, excepcionalmente uma para uso contra incêndio.

As áreas de vivências são divididas em refeitório, área de lazer e instalações sanitárias. As instalações sanitárias são constituídas de vaso sanitário, lavatório e

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mictório, dimensionado para 01 conjunto a cada 20 trabalhadores e, quando os trabalhos forem considerados insalubres deve dispor de 01 conjunto de instalações sanitárias a cada 10 trabalhadores.

Dessa maneira deve-se analisar que é de importância apresentar: portas de acesso que evitem a visão de quem está fora, paredes e pisos de material lavável e resistente (podendo ser de madeira), pisos impermeáveis e acabamento antiderrapante, as janelas necessitam obedecer uma área de 1/8 do piso, devendo conter telhas translucidas de forma a melhorar a iluminação natural e telhas de ventilação de 4 em 4 metros.

Os ambientes sanitários não podem ser ligados diretamente com os ambientes destinados às refeições, entretanto os locais devem ser seguros e de fácil acesso, com um deslocamento menor que 150 metros das instalações sanitárias até o ambiente de trabalho, respeitando os ambientes separados de mulheres e homens.

É de importância saber que o canteiro de obra no parque industrial foi projetado para 37 funcionários sendo 37 homens, situado na região de São José dos Pinhais – PR, conforme Figura 01: instalações sanitárias – obra industrial. O canteiro de obra urbano de grande porte vertical foi projetado para 100 trabalhadores, no momento atuam 67 homens e 2 mulheres, com a presença de terceiros, conforme Figura 02: instalações sanitárias – obra urbana de grande porte.

Figura 01: Instalações Sanitárias – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

Figura 02: Instalações Sanitárias – Obra Urbana de Grande Porte

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Os lavatórios podem ser de uso coletivo ou individual conforme a figura 03 e a figura 04 apresentam, devendo ser ligadas diretamente a rede de esgoto (quando possível), o acabamento interno deve conter material impermeável, liso ou lavável, estar em uma altura de 0,90 metros e dispor de uma distância mínimas entre as torneiras de 0,60 metros (quando forem em locais coletivos). Dispor de torneira de plástico ou de metal, conter material para limpeza das mãos e também conter um recipiente para depositar os papéis usados.

Figura 03: Lavatórios – Obra Urbana de Grande Porte

FONTE: Camargo (2016)

Figura 04: Lavatórios – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

Os locais dos vasos sanitários precisam ter divisórias com altura mínima de 1,80 metros e no máximo 2,10 metros, uma área de no mínimo 1,00 m², a porta deve conter trinco interno e borda inferior no máximo de 0,15 metros de altura e devem ser cabines individuais e separadas, a seguir seguem as ilustrações segundo a Figura 05: vasos sanitários – obra urbana de grande porte e a figura 06: vasos sanitários – obra industrial mostram.

Os vasos sanitários devem ser do tipo bacia turca ou sifonado, ter válvula automática ou caixa de descarga, ser ligados à rede geral de esgoto ou à fossa séptica e conter recipiente com tampa, para descarte de papéis usados, sendo obrigatório fornecer papel higiênico.

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Figura 05: Vasos Sanitários – Obra Urbana de Grande Porte

FONTE: Camargo (2016)

Figura 06: Vasos Sanitários – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

Os mictórios devem estar a uma altura de no máximo 0,50 metros do piso, o tipo calha a cada fração de 0,60 metros deve satisfazer a um mictório tipo cuba semelhante ao que a Figura 07 apresenta, deve ser coletivo ou individual, além de dispor de descarga provocada ou automática e estar ligada diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica.

Figura 07: Mictório – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

O chuveiro deve ser de plástico ou de metal, individual ou coletivo, e deve ser na proporção de 01 unidade para cada 10 trabalhadores, a área mínima utilizada para cada chuveiro é de 0,80m², com altura do piso de 2,10 metros, os pisos dos ambientes

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onde estes estiverem instalados precisam ter a inclinação que garanta o escoamento da água para a rede de esgoto, e ser de material antiderrapante.

Devem apresentar-se em um bom estado de conservação e higiene, serem instalados em lugares apropriados e conter água quente sendo uma exigência da norma, porém as obras do nordeste não é aplicado por causa do clima, assim muitas vezes não é nem orçado. Ter portas de acesso que impeçam a visão do interior do ambiente. É necessário conter um suporte para sabonete e cabide para toalha, para cada chuveiro. Deve ser feito o aterramento dos chuveiros. Como pode ser observado

na figura 08: chuveiro – obra urbana de grande porte e figura 09: chuveiro – obra

industrial.

Figura 08:Chuveiros – Obra Urbana de Grande Porte

FONTE: Camargo (2016) Figura 09: Chuveiros – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

Todo canteiro de obra deve ter vestiário para troca de roupa dos colaboradores que não residem no local. O vestiário deve estar localizado próximo aos alojamentos (quando houver) ou à entrada da obra, sem ligação direta com o ambiente destinado às refeições.

Os vestiários devem ter pé direito de no mínimo 2,50 metros, área de ventilação que corresponda a 1/10 de área do piso e ser dimensionada com no mínimo 1,50m² para cada funcionário, a Figura 10 e a Figura 11 ilustram as instalações dos vestiários em estudo. Os bancos em número satisfatório para atender aos funcionários, com uma largura de no mínimo 0,30 metros, já os armários devem ter as seguintes

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dimensões 0,30 metros de largura, 0,80 metros de altura e 0,40 metros de profundidade.

As paredes devem ser de madeira, alvenaria ou material semelhante. Os pisos de madeira, concreto, cimentado ou um material equivalente. Além disso o vestiário deve possuir cobertura que garanta proteção contra as intempéries e conter armários individuais com fechadura ou dispositivo com cadeado.

Figura 10:Vestiário – Obra Urbana de Grande Porte

FONTE: Camargo (2016) Figura 11: Vestiário – Obra Industrial

FONTE: Mariano (2015)

A Figura 12 ilustra o refeitório da obra urbana de grande porte, a qual seguiu rigorosamente a norma. Nos canteiros de obra é obrigatório conter um local apropriado para refeições devendo este conter o pé-direito de no mínimo 2,80 metros e no máximo 3 metros devido a iluminação quando esta for artificial, deve corresponder a largura mínima de circulação de 0,75 metros entre bancos e 0,55 metros entre banco/parede e a área de 1m² por funcionário, o dimensionamento do refeitório deve ser feito para o maior número de funcionários previstos na obra.

É necessário ter paredes que suportem o isolamento durante as refeições, piso cimentado, de concreto ou de outro material lavável, cobertura que abrigue os

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funcionários contra intempéries e capacidade que garanta o acolhimento de todos os funcionários no horário das refeições.

Os lavatórios devem ser individuais ou coletivos e devem ter pias instaladas nas proximidades do refeitório (ou nele próprio), as mesas devem possuir tampos laváveis e lisos, o ambiente deve ter lixeiras, com tampa para jogar fora os detritos, ao contratar terceiros deve-se garantir todas as condições de conforto e higiene oferecidas aos seus colaboradores. Não deve situar-se em porões ou subsolos das edificações e também não deve possuir ligação direta com as instalações sanitárias.

Independentemente do número de funcionários e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve existir local específico para se realizar as refeições, com equipamento apropriado e seguro para o aquecimento das refeições. É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais especificados.

É obrigatório fornecer água potável, filtrada e fresca, com o auxílio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo, é proibido o uso de copos coletivos.

Figura 12: Refeitório– Obra Urbana de Grande Porte

FONTE: Camargo (2016)

A área de lazer é destinada para recreação dos funcionários e a mesma pode ser utilizada para área de refeição. A figura 13 ilustra essa área.

Figura 13: Área de Lazer – Obra Industrial

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As áreas de vivência do canteiro de obra industrial e da obra urbana de grande porte foram projetadas segundo as determinações das NR 18 (item 18.4) e NR 24. Ao analisar a Tabela 01 em anexo pode-se obter os seguintes diagnósticos:

Os lavatórios estão com a quantidade correta e os materiais utilizados da qualidade exigida, higiene necessária para um bom ambiente de trabalho, o único erro localizado foi a distância necessária entre as torneiras.

Os vasos sanitários foram identificados em perfeitas condições de uso quanto a higiene, tipo de material e a quantidade. O mictório está dimensionado corretamente e com material correto, porém a quantidade atende apenas uma pessoa por vez, portanto, está inferior ao exigido por norma.

O chuveiro foi dimensionado com a qualidade necessária, a quantidade é adequada e a área mínima está incorreta, os materiais são impermeáveis e de qualidade.

O vestiário por ser de container, o seu material atende o que a norma determina e com as aberturas realizadas a ventilação é adequada no entanto como consultado, nem todos os funcionários dependem do vestiário, pois alguns deles trabalham no escritório, mesmo com essas informações é obrigatório existir armários e bancos suficientes para todos os funcionários, o vestiário foi dimensionado para 17 pessoas, como pode ser visto na tabela 01.

O refeitório não pode ser analisado pois, por este ser localizado em uma indústria, a mesma liberou o próprio refeitório para seus terceiros. A área de lazer está situada na distância correta com iluminação e ventilação, para o lazer nas horas vagas dos funcionários e melhor rendimento dos mesmos durante suas atividades.

De acordo com a tabela 02, o lavatório, o vaso sanitário e o chuveiro foram dimensionados corretamente quanto a sua quantidade, seus materiais, áreas mínimas e máximas, a higiene no local é de perfeito estado. No entanto por mais que o madeirit seja um material impermeável ele não está apto para essa obra, pois esta terá uma duração de 03 anos, com o tempo vai apresentar bolor e pode desencadear em doença para o trabalhador, por mais que seja limpo todos os dias.

Nessa área de vivência não foram utilizados mictórios, pois como o número de vasos sanitários é o suficiente não prejudica os funcionários. O vestiário está em perfeitas condições de uso, conforme a Tabela 02 em anexo.

O refeitório está em condições de uso devido a sua boa localização e seu dimensionamento correto, com lavatório próximo e aquecedor para comidas, é um lugar amplo com ventilação e iluminação adequada. A área de lazer está no refeitório, mas existe um planejamento para que tenha uma sala específica para esse fim, pois muitos dos trabalhadores ainda não utilizam esses horários para ficar no refeitório com poucas opções do que realizar.

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Tabela 01: Materiais necessários e existentes no canteiro de obra industrial.

Fonte: Autores (2016). OBRA INDUSTRIAL

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

LAVATÓRIOS VASOS SANITÁRIOS MICTÓRIOS CHUVEIRO VESTIÁRIO

Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente

MATERIAIS

3 lavatórios 3 lavatórios 3 vasos sanitários 3 vasos sanitários 3 mictórios 1 mictório 4 chuveiros 4 chuveiros Área de ventilação OK Material

impermeável Containers

Divisórias com altura mínima de 1,80m e no máximo 2,10m Divisória com altura de 1,80m Cada fração de 0,60m Cada fração de 0 ,92m Área mínima de 0,80m² Área de 0,7m²

Sem ligação direta com o ambiente destinado às refeições OK Distância entre as torneiras 0,60m Distância entre as torneiras 0,46m Área de no mínimo 1,00m² Área de 1,10m² Mictório tipo cuba OK Material antiderrapante OK Dimensionada com no mínimo 1,50m² (cada funcionário) Para 17 funcionários Torneira de

plástico ou metal Plástico

Cabines individuais e separadas OK Descarga provocada ou automática Provocada Chuveiro de plástico ou de metal

Plástico Bancos em número satisfatório OK Material para

limpeza das mãos

OK Bacia turca ou

sifonado Bacia Sifonada

Estado de conservação e higiene OK Conter armários OK Recipiente para depositar os papeis OK Válvula automática

ou caixa de descarga Caixa de descarga

Conter água quente OK

Paredes devem ser madeira, alvenaria ou

material semelhante Containers

Recipiente com tampa OK Suporte para sabonete e cabide para toalha OK Pisos de madeira, concreto, cimentado ou um material equivalente Emborrachado Descarte de papéis usados (e disponibilizando papel higiênico) OK Cobertura Containers Armários individuais com fechadura ou dispositivo com cadeado OK

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Tabela 02: Materiais necessários e existentes no canteiro de obra urbana de grande porte. OBRA URBANA DE GRANDE PORTE

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

LAVATÓRIOS VASOS SANITÁRIOS MICTÓRIOS CHUVEIRO VESTIÁRIO

Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente Necessários Existente

MATERIAIS

5 lavatórios 5 lavatórios 5 vasos sanitários 6 vasos sanitários 5 mictórios - 10 chuveiros 10 chuveiro s

Área de ventilação OK

Material

impermeável Madeirit

Divisórias com altura mínima de 1,80m e no máximo 2,10m Divisória com altura de 2,10m Cada fração de 0,60m -Área mínima de 0,80m² Área de 1m²

Sem ligação direta com o ambiente destinado às refeições OK Distância entre as torneiras 0,60m Distância entre as torneiras 0,84m Área de no mínimo 1,00m² Área de 1,00m² Mictório tipo cuba -Material

antiderrapante Piso bruto

Dimensionada com no mínimo 1,50m² (cada funcionário) Para 115 funcionários Torneira de

plástico ou metal Plástico

Cabines individuais e separadas OK Descarga provocada ou automática -Chuveiro de plástico ou de metal

Plástico Bancos em número satisfatório OK Material para

limpeza das mãos

OK Bacia turca ou

sifonado Bacia Sifonada

Estado de conservação e higiene OK Conter armários OK Recipiente para depositar os papeis OK Válvula automática

ou caixa de descarga Caixa de descarga

Conter água quente OK

Paredes devem ser madeira, alvenaria ou material semelhante Madeirit Recipiente com tampa OK Suporte para sabonete e cabide para toalha OK Pisos de madeira, concreto, cimentado ou um material equivalente Piso bruto Descarte de papéis usados (e disponibilizando papel higiênico) OK Cobertura OK Armários individuais com fechadura ou dispositivo com cadeado OK Fonte: Autores (2016)

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Segundo Quiesi (2014), o planejamento de um canteiro de obras tem como finalidade obter a melhor instalação, incluso no espaço disponível, para os materiais, mão-de-obra e os equipamentos indispensáveis à execução do empreendimento, abrigando a administração da obra, o procedimento produtivo e os trabalhadores. Da mesma maneira em que deve ser projetado e dimensionado antes do início da obra, de forma a proporcionar um espaço de trabalho saudável e aconchegante.

A indústria da construção civil é notada como péssimo exemplo na economia brasileira, sendo avaliada como um setor atrasado, com altos indicadores de desperdícios de materiais, com baixos índices de produtividade e exibe um desempenho abaixo da indústria de transformação (FONSECA, 2013).

Quando fala-se de construção civil, pensa em execução da obra, toda via devemos lembrar que para um bom alcance da qualidade de qualquer atividade seja ela obra de grande porte, pequeno porte, pavimentação, urbana, parque industrial, etc., devemos pensar em planejamento, muitas vezes lembra-se apenas das atividades que devem ser executadas no tempo certo para não obter prejuízos e acaba-se esquecendo que construção civil não é apenas cumprir cronograma, mas também oferecer qualidade no ambiente de trabalho aos seus colaboradores.

O mundo vive uma realidade diferente, onde os recursos estão mais escassos e mais custosos. Qualquer tipo de indústria e empresas buscam diminuir ao máximo o desperdício de material, apostando em cima disso o maior número de produção possível (FONSECA, 2013).

A implantação de uma unidade produtiva é uma atividade extremamente complexa, por isso necessita de um bom planejamento, na qual intervêm diversos profissionais e exibe diversas etapas, tais como: estudos de viabilidade de implantação, elaboração de projeto das instalações, estudos locacionais, construção e montagem das instalações, compra de equipamentos e materiais necessários à execução do projeto, etc (OLIVEIRA; LEÃO, 1991).

Entretanto o canteiro de obra é de extrema importância e igualmente necessita de planejamento, pois é a partir da organização do mesmo, que as atividades serão encaminhadas corretamente para cada setor na obra. É de extrema importância a realização do layout, pois é através do mesmo que o canteiro será organizado segundo suas necessidades para melhor aproveitamento de espaço no decorrer da obra.

Para o planejamento do canteiro é necessário elaborar um layout, sendo esta a célula básica da metodologia, o problema é que dificilmente é feita de modo formal e segundo diretrizes e padrões consistentes. Essa carência retrata a decadência da indústria da construção comparado à indústria de transformação, na qual práticas semelhantes são inadmissíveis (SAURIN, 1997).

A maior parte dos canteiros de obras ocupam uma grande porcentagem do terreno onde a obra será executada, por isso é necessário ter um maior cuidado na elaboração das instalações físicas dos canteiros para ter uma organização adequada para o desenvolvimento dos trabalhos, tanto na saúde e segurança do trabalhador como na produtividade dentro do canteiro (ALVES, 2012).

Segundo Fonseca (2013), o planejamento e organização do canteiro é avaliado como um dos aspectos mais negligenciados na indústria da construção. A idealização de um canteiro de obras é um dos tópicos de maior importância do planejamento, onde resulta em projetos detalhados das locações e das áreas destinadas a

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instalações temporárias, que variam de acordo com a necessidade do empreendimento.

Para que seja possível tudo dar certo no final, atingindo lucros e qualidade, é fundamental que isso comece a partir do planejamento do canteiro, antecipando todas as possíveis descontinuidades que venham a ocorrer durante a execução de um empreendimento (FONSECA, 2013).

Os canteiros ainda não são modelos de organização e limpeza, isso mostra como as empresas permanecem despreocupadas com o conforto de seus colaboradores. Porém, as tendências de novos exemplos de gestão vindas de diferentes partes do mundo irão nortear cada vez mais as leis e normas do Brasil. Os empresários do setor também terão que se moldar a essas novas cobranças do mercado fazendo com que a indústria da construção civil evolua nos seus métodos produtivos (QUIESI, 2014).

Infelizmente o que se percebe é que nem todos os canteiros de obra tem a organização e limpeza exemplares, isso acaba mostrando falta de interesse da empresa para com seus funcionários bem como com os materiais desperdiçados. No mercado atual, muitos programas de gestão já se encontram disponíveis, além dos modelos de gestão que vem de outras partes do mundo, os quais irão influenciar as leis e normas do Brasil, fazendo com que os empresários deste setor se adaptem a todas estas cobranças obrigando a indústria da construção a evoluir seus processos produtivos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho desenvolvido com o auxílio da NR 18, item 18.4 – áreas de vivência e a NR 24 condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, concluiu-se que a Obra urbana de grande porte seguiu todos os requisitos quanto ao dimensionamento das áreas de vivência, porém, o material usado para a confecção das áreas sanitárias não foi executado totalmente com o que a norma exige. As áreas de vivência do canteiro industrial atenderam a norma quanto ao material usado, porém deixou de seguir as metragens impostas pela norma no dimensionamento do vestiário.

Entretanto por mais que a obra industrial esteja com alguns dimensionamentos fora do que a norma exige, houveram fiscalizações semanais segundo apresentado nos resultados, essas fiscalizações foram realizadas tanto pelo técnico de segurança da empresa terceirizada como o da própria indústria, nenhum deles reprovou o dimensionamento das áreas de vivência, pois a mesma obedecia praticamente todos os dimensionamentos exigidos e também oferecia as condições de higiene solicitado pela norma, tornando assim os pequenos erros de dimensionamento desconsiderados.

A obra urbana de grande porte teve a vistoria realizada pelo ministério do trabalho, e este aprovou todas as áreas de vivência, apesar do material utilizado para a execução das divisórias entre os chuveiros e entre os sanitários não obedecer ao que a norma exige, porém foram executadas com material similar. A obra urbana seguiu rigorosamente o que a norma pede em questão de dimensionamento de áreas, quantidades de equipamentos e em qualidade de higiene, assim também sendo aprovada. Pode-se notar que atualmente algumas empresas estão mais atentas com

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as normas e estão dispostas a segui-las com maior atenção para melhor atender seus trabalhadores.

Podemos concluir que ambos os canteiros foram projetados o mais dentro da norma possível, sendo que o esperado era que o canteiro industrial estivesse mais correto, pela rigorosidade de como deve se trabalhar dentro de um ambiente em que já existem atividades e pelas fiscalizações presentes. No entanto o canteiro da obra urbano nos surpreendeu pelo seu dimensionamento pois o mesmo teve erros na mesma relevância que o canteiro industrial, devendo ser lembrado que as fiscalizações não são tão frequentes e rigorosas quanto o canteiro industrial.

E também pode-se observar que a bibliografia nos apresenta informações sobre os canteiros de obras em geral, onde não foi encontrado nenhum tipo de bibliografia que abordasse apenas as áreas de vivências de uma obra.

REFERÊNCIAS

ALVES, André Luís Lins. ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS: um estudo

aplicativo na Construção do Centro de Convenções de João Pessoa –PB. 2012.

57 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2012. Disponível em: <http://docplayer.com.br/1888227- Organizacao-do-canteiro-de-obras-um-estudo-aplicativo-na-construcao-do-centro-de-convencoes-de-joao-pessoa-pb.html>. Acesso em: 06 ago. 2016.

CASTRO, Rodrigo Hipólito. LOGÍSTICA APLICADA AO CANTEIRO DE

OBRAS. 2011. 87 f. Monografia (Especialização) - Curso de Bacharel em Engenharia

Civil, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/6162138-Universidade-federal-da-bahia-escola-politecnica-colegiado-do-curso-de-engenharia-civil-rodrigo-hipolito-castro.html>. Acesso em: 28 jul. 2016.

CNI (Brasil) (Ed.). Sondagem Indústria da Construção. 2016. Disponível em:

<http://www.portaldaindustria.com.br/cni/publicacoes-e-estatisticas/estatisticas/2016/08/1,38096/sondagem-industria-da-construcao.html>. Acesso em: 16 ago. 2016.

FONSECA, Alexandre Lopes. Estudo de instalação, organização e manutenção

em canteiro de obras. 2013. 98 f. Monografia (Especialização) - Curso de

Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10009013.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2016.

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Referências

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