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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 1

FACULDADE LA SALLE

PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM

AGRONOMIA

BACHARELADO

Lucas do Rio Verde - MT

2015

(2)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 2

APRESENTAÇÃO

A Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde/MT optou por implantar o Curso de Agronomia. Este curso está previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional, PDI 2013/2015, aprovado pela Resolução do Conselho Superior – COP nº 113/2011 de 08/12/2011.

O Curso de Agronomia da Faculdade La Salle se insere na realidade do setor de agro-negócio do país, do estado e do município de Lucas do Rio Verde/MT, atendendo o impulso de desenvolvimento da agropecuária da região e do país. Sua implantação visa atender o perfil de estudantes que almeja ingressar no mercado de trabalho preparados para atender suas de-mandas, pois o curso foi elaborado com vistas a proporcionar uma sólida fundamentação cien-tífico-tecnológico e prática para a atuação profissional.

O projeto do Curso de Agronomia é fruto do entendimento que a formação nas ciên-cias exatas e da terra deve estar focada na produção sustentável e em processos de inovação nesta linha que o setor já vem desenvolvendo, principalmente nas últimas décadas, porém com forte ênfase às peculiaridades da região e do estado no qual se insere.

Por sua vez, por ser uma Instituição Privada e de perfil Cristão-católico Lassalista, sua visão de pessoa e de mundo, bem como a de educação, seguem às linhas de pensamento e ação do Projeto Político Pedagógico da Rede La Salle de Educação Superior. Sua missão visa a promoção integral da pessoa humana como centro do processo formativo da aprendizagem através da trilogia clássica da educação superior, ensino, pesquisa e extensão, para a transfor-mação da sociedade local e regional.

Na declaração de sua missão, a instituição descreve seus princípios institucionais que orientam a administração superior e de gestão acadêmica bem como toda sua ação educativa. Em termos administrativos destacam-se os princípios de qualificação dos agentes educativos, a eficiência e a eficácia nos processos administrativos e a valorização do ambiente para as relações interpessoais. Por sua vez, em termos pedagógicos, reforçam-se a prática da excelên-cia da educação superior, a integração entre ensino, pesquisa e extensão e da inovação, da criatividade e do empreendedorismo.

Em cumprimento com as etapas de instalação de Cursos conforme a Resolução 05/2010 de 30/04/2010 do Diretor Presidente da Sociedade Porvir Científico – Mantenedora Civil da Faculdade La Salle, que define o roteiro para Implantação de Novos Cursos Superio-res de Graduação, Licenciatura e de Tecnologia de suas Mantidas, em sua reunião ordinária

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 3 de 22/11/2013, a Diretoria confirmou a decisão de implantação do Curso de Agronomia, con-forme previsto no PDI e nomeou a Comissão responsável pela elaboração do Projeto Pedagó-gico do Curso composta inicialmente pelos seguintes membros: Prof. Dr. Nelso Antonio Bor-dignon, Prof.ª Me. Cirlei da Aparecida Brandão; e Secretária Barbara Luiza Bertoldi.

A Comissão deu andamento na elaboração do Projeto Pedagógico do Curso, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia (Resolução CONAES/MEC nº1, de 02 de fevereiro de 2006) e demais normas do Ministério da Educação, assim como da Mantenedora da Rede La Salle de Ensino Superior e do Regimento da Faculdade La Salle, para que o mesmo pudesse ser inserido no sistema e-MEC, conforme determina a Portaria Normativa nº 1, de 02 de janeiro de 2014, do Ministério da Educação, que estabeleceu o Calendário 2014 de abertura de Protocolo de Ingresso de Pro-cessos regulatórios no sistema e-MEC, para que o Curso possa ser iniciado em 2016.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 4 Sumário APRESENTAÇÃO ... 2 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES ...7 1.1 Mantenedora ... 7 1.1.1 Endereço ... 7

1.1.2 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ... 7

1.1.3 Registo no Cartório ... 7

1.2 Nome da IES ... 7

1.3 Base Legal da IES ... 7

1.4 Diretoria da Mantida ... 8

1.5 Perfil e Missão da IES ... 8

1.5.1 Objetivo Geral ... 9

1.5.2 Objetivos Específicos da Faculdade ... 9

1.6 Dados Socioeconômicos da Região ... 10

1.6.1 Inserção Regional ... 10

1.6.2 Contexto do Estado ... 11

1.6.3 Contexto do Município de Lucas do Rio Verde ... 13

1.7 Breve Histórico da IES ... 15

1.7.1 Aspectos Históricos da Instituição ... 15

1.8. Políticas Pedagógicas Institucionais ... 17

1.8.1. Políticas de Ensino ... 17

1.8.2. Políticas de Extensão ... 18

1.8.3. Políticas de Pesquisa ... 19

1.8.3.1 Programa de Iniciação Científica, Tecnológica e Cultural ... 20

1.8.3.2 Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão ... 21

1.8.4 Políticas de Gestão ... 21

1.9 Responsabilidade social da IES ... 22

1.9.1 Projetos Sociais ... 23

1.9.2 Inclusão social ... 23

1.9.3 Meio Ambiente ... 24

1.9.4 Memória e patrimônio Artístico e Cultural ... 24

1.9.5 Educação em Direitos Humanos ... 25

1.9.6 Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena ... 25

1.9.7 Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista ... 26

1.10 Cursos da Faculdade La Salle ... 26

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO ... 29

2.1 Identificação e Local de Funcionamento... 29

2.2 Regime Acadêmico ... 29

2.3 Forma de Ingresso ... 29

3. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ... 31

3.1 Contexto Educacional ... 31

3.1.1 Relevância Social do Curso no Estado e no Município ... 31

3.1.2 Impacto do Curso para o Desenvolvimento Socioeconômico, Redução das Desigualdades Regionais, Promoção da Inclusão Social ... 33

3.2 Justificativas ... 34

3.2.1 Legal - Diretrizes Curriculares do Curso ... 34

3.2.1.1 Regulamentação da Profissão no Brasil ... 37

3.2.2 Acadêmica ... 38

3.3 Concepções do Curso ... 41

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 5 3.4.1 Objetivo Geral ... 42 3.4.2 Objetivos Específicos ... 42 3.5 Perfil Profissiográfico ... 43 3.5.1 Público Alvo ... 44 3.5.2 Área de Atuação ... 44

3.5.3 Principais Competências e Habilidades ... 45

3.6 Concepção Curricular ... 47 3.6.1 Matriz Curricular ... 49 3.6.2 Disciplina Optativa ... 49 3.6.3 Ementas e Bibliografias ... 53 3.6.3.1 Periódicos Impressos ... 98 3.6.3.2 Periódicos Online ... 99

3.6.4 Atualização das Ementas ... 100

3.6.5 Metodologia de Ensino... 101

3.7 Estágios ... 102

3.8 Atividades Complementares ... 105

3.9 Trabalho de Conclusão de Curso ... 106

3.10 Inter-Relação das Unidades de Estudo na Concepção e Execução do Currículo ... 107

3.11 Avaliação ... 107

3.11.1 Avaliação do Desempenho Acadêmico ... 108

3.11.2 Autoavaliação do Curso ... 108

3.12 Atendimento ao Discente ... 109

3.12.1 Apoio Psicopedagógico ... 109

3.12.2 Atividades de Nivelamento ... 109

3.12.3 Monitoria ... 110

3.12.4 Programa de Iniciação Científica - ProIniC ... 110

3.12.5 Mobilidade Acadêmica ... 111

3.13 Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação ... 112

3.13.1 Desenvolvimento de competências específicas de cada componente curricular ... 112

3.13.2 Promoção do acesso a bases de conhecimento para estudos e pesquisas ... 113

3.13.2.1) Ebsco Host ... 113

3.13.2.2) Pergamum ... 113

3.13.2.3 Portais Científicos, livros e periódicos on-line ... 113

3.13.3 Produção colaborativa e compartilhamento de conteúdo em ambientes virtuais. ... 114

3.13.3.1 Portal do Aluno ... 114

3.13.32 Google Classroom ... 114

3.13.3.3 Wiki La Salle ... 115

4. CORPO DOCENTE ... 116

4.1 Coordenador de Curso ... 116

4.2 Núcleo Docente Estruturante ... 116

4.3 Corpo Docente ... 116

4.4 Corpo Técnico Administrativo ... 117

4.5 Colegiado de Curso ... 117 5 INSTALAÇÕES FÍSICAS ... 118 5.1 Laboratórios ... 118 5.1.1 Laboratórios de Informática ... 118 5.1.1.1 Laboratório de Informática - I ... 118 5.1.1.2 Laboratório de Informática - II ... 119

5.1.1.3 Laboratório de Informática - III ... 119

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 6

5.3 Descrição dos Laboratórios ... 121

5.3.1. Laboratório Multidisciplinar I – Físico-Química ... 121

5.3.2 Laboratório Multidisciplinar II – Microscopia ... 126

5.3.3 Laboratório Multidisciplinar III - Bromatologia ... 129

5.3.4. Laboratório Multidisciplinar IV- Plantas ... 132

5.3.5 Laboratório de Apoio ... 133

5.3.6. Laboratório de Desenho e Topografia ... 134

5.3.7. Fazenda Escola ... 135

5.4 Descrição da Instituição Conveniada ...134

5.4.1. Central de Processamento de Embalagens - CPE ... 136

5.4.2. Viveiro de Produção de Mudas ... 136

5.4.3. Estação Meteorológica ... 136

5.4.4. Casa de Máquinas e Oficina ... 137

5.4.5. Armazéns ... 137

5.4.6. Hidráulica e Irrigação ... 137

6. PARCERIAS E CONVÊNIOS ... 139

6.1. Intercâmbio Nacional e Internacional ... 139

6.2. BRF ... 139

6.3. Fiagril ... 140

6.4. KODYAK ... 140

6.5. Fazenda Mano Julio ... 141

6.6. Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde ... 141

6.7. Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde ... 142

6.8. Prefeitura Municipal De Lucas Do Rio Verde ... 142

6.9. EMPAER ... 143

6.10. Piscicultura Amazônia... 143

6.11. Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso ... 144

6.12. Delicius Fish ... 144

7. BIBLIOTECA ... 145

8. PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO ... 148

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 149

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 7

1CONTEXTUALIZAÇÃODAIES

1.1 Mantenedora

Sociedade Porvir Científico

1.1.1 Endereço

Rua Honório Silveira Dias, 636 Bairro São João

CEP 90550-150 – PORTO ALEGRE – RS

1.1.2 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

CNPJ nº. 92.741.990/0001-37

1.1.3 Registo no Cartório

Sociedade Porvir Científico, Associação Civil de Direito Privado, sem fins lucrativos e econômicos, de caráter educativo, cultural, esportivo, beneficente, filantrópico e caritativo, inscrita no CNPJ 92.741.990/0001-37 com Sede na Rua Honório Silveira Dias, 636, Bairro São João, Porto Alegre, CEP 90.550-150, estatuto registrado aos 3 (três) dias do mês de de-zembro de 2014, no Livro “A” – Nº 180, fls. 188 verso, sob o número de ordem 89.660, do “Serviço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas”, de Porto Alegre – RS.

1.2 Nome da IES Faculdade La Salle.

1.3 Base Legal da IES

A Faculdade La Salle é mantida pela Sociedade Porvir Científico, sob o CNPJ/MF 92.741.990/0029-38. A Unidade Sede é situada na Av. Universitária, 1000 W, Bairro Bandei-rantes, telefone: (65) 3549-7370, fax: (65) 3549- 7300 e a Unidade II situa-se junto ao Colé-gio La Salle, na Rua Foz do Iguaçu 594 S, Bairro Menino Deus, Lucas do Rio Verde – MT, CEP 78.455-000.

A Faculdade La Salle foi credenciada junto ao Ministério da Educação, pela Portaria Ministerial Nº 2653, de 07 de dezembro de 2001. D.O.U. 10/12/01 e o ato regulatório de Re-credenciamento através da Portaria Ministerial Nº 693, de 28 de maio de 2012. D.O.U 29/05/2012.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 8

1.4 Diretoria da Mantida

Diretor Geral: Prof. Nelso Antonio Bordignon, fsc Diretor Acadêmico: Prof. Fernando Cezar Orlandi Diretor Administrativo: Prof. Paulo Renato Foletto

1.5 Perfil e Missão da IES

A declaração da missão representa os princípios essenciais e permanentes nos quais a instituição se fundamenta. Ela expressa a razão de ser da Instituição em relação às outras si-milares, identificando sua linha de ação, fundamentação histórica, finalidade básica e ideal central.

Ela foi construída a partir da missão institucional da Rede La Salle e das políticas e princípios de Educação Superior da Proposta Educativa da Rede. Sua tradição em Educação Superior no perfil cristão-lassalista orienta a forma de ser e fazer educação para a instituição.

Missão

A missão busca afirmar o que é a instituição em termos de seus princípios essenciais e permanentes. Expressa a razão de ser da Instituição em relação às outras similares, identifi-cando sua linha de ação, fundamentação histórica, sua finalidade básica e ideal central.

Promover o desenvolvimento integral da pessoa humana através do ensino, da pes-quisa e da extensão, comprometida com a transformação da sociedade local e regional.

Princípios

1. Inspiração e vivência cristão-lassalistas 2. Prática da Excelência da Educação Superior 3. Exercício da Cidadania fraterna e solidária 4. Respeito à diversidade e à vida

5. Valorização da inovação, da criatividade e do empreendedorismo 6. Qualificação dos agentes educativos

7. Agilidade e compartilhamento de informação 8. Integração entre ensino, pesquisa e extensão 9. Eficiência e eficácia na gestão

10. Valorização do ambiente para as relações interpessoais

11. Equilíbrio das práticas econômico agroindustrial aliado à sustentabilidade ambien-tal.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 9

Visão

A visão define onde a Instituição pretende chegar e o que pretende conseguir em de-terminado tempo.

Ser uma instituição de educação superior reconhecida pela excelência de sua presen-ça e atuação voltada para o desenvolvimento sustentável local e regional.

Este compromisso social da Faculdade com o desenvolvimento cultural e econômico da região, mais justo e fraterno encontra nos Cursos de Ciências Sociais Aplicadas, Bachare-lados, Licenciaturas e Tecnológicos, juntamente com Curso de Bacharelado em Agronomia um forte sustentáculo para o cumprimento de sua missão.

Neste sentido, o objetivo maior deste projeto é contribuir para a construção de uma so-ciedade em que cidadãos tenham uma posição crítica referente ao uso do conhecimento, seu processamento, seu armazenamento e sua comunicação, e que possam ser exemplo de postura ética e crítica àqueles com quem travarão contato no mundo profissional, seja na Agronomia ou em quaisquer outras atividades profissionais que se estabeleçam.

1.5.1 Objetivo Geral

A Faculdade La Salle, inspirada nos Princípios Pedagógicos da Rede La Salle de En-sino Superior, propõe-se a oportunizar ao educando uma pedagogia que viabilize a produção, a apropriação e a socialização do conhecimento, necessárias para a compreensão da realidade que o cerca e para que possa intervir nela progressivamente, desenvolvendo-a de forma inte-grada e sustentável.

1.5.2 Objetivos Específicos da Faculdade

Os objetivos específicos descrevem em detalhes o objetivo geral da Faculdade enfo-cando aspectos atinentes à sua forma de ser e fazer educação superior:

a) preparar, sob a inspiração cristã, profissionais com sólida formação ética, cultural, filosófica, tecnológica e pedagógica, com espírito científico, crítico e criativo;

b) promover o ensino nas diferentes áreas do conhecimento, formando diplomados pa-ra atuarem no desenvolvimento da sociedade e colabopa-rando papa-ra o processo de formação e qualificação contínua dos acadêmicos, profissionais e egressos;

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desenvol-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 10 vimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura e desse modo, desenvol-ver o entendimento do homem e do meio em que vive;

d) promover a elaboração, a construção e a divulgação de conhecimentos culturais ci-entíficos, acadêmicos e técnicos, através do ensino, da pesquisa, da extensão nas diferentes áreas do conhecimento;

e) estimular a compreensão e a pesquisa dos problemas atuais, em particular os nacio-nais e regionacio-nais, favorecendo a prestação de serviços especializados à comunidade em parce-ria e relação recíproca;

f) promover o ensino, a pesquisa e a extensão, abertos à participação da comunidade, visando socializar os conhecimentos gerados na instituição e difundindo as conquistas e os benefícios oriundos da pesquisa e da criação cultural;

g) promover a unidade teoria e prática por meio de estratégias variadas, como seminá-rios, palestras, estudos de casos e pesquisas no âmbito da área de atuação e adequada às de-mandas locais e regionais;

h) desenvolver a cultura dentro da visão cristã e adaptada à realidade;

i) colaborar na investigação da verdade e na busca de soluções dos problemas huma-nos através da análise e difusão do pensamento ético, moral e social cristão;

j) integrar-se na comunidade local contribuindo para o seu desenvolvimento social, cultural, agroindustrial e na melhoria da qualidade de vida, considerando suas múltiplas mani-festações.

Estes objetivos específicos da Instituição estarão nos programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade. Ao integrar o PDI eles iluminam a formatação dos projetos de Cursos da Instituição. Assim, estes objetivos são orientadores das linhas de ação do Curso de Agronomia.

1.6 Dados Socioeconômicos da Região

1.6.1 Inserção Regional

A Faculdade La Salle está inserida em um contexto socioeconômico caracterizado por um processo contínuo de mudanças que ocorrem na sociedade contemporânea, em especial na região de Lucas do Rio Verde, reconhecida como uma região de excelência na produção e comercialização de grãos, com participação expressiva em diversas atividades do agronegó-cio. Desta forma, através do seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, a instituição promove sua inserção regional com a oferta de atividades de ensino, pesquisa e extensão, que

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 11 na sua característica indissociável, promovem a melhoria na formação das pessoas que parti-cipam deste contexto de desenvolvimento socioeconômico.

Para melhor entendimento deste cenário, seguem alguns dados atuais em relação ao Estado de Mato Grosso e o município de Lucas do Rio Verde. Essas informações servem de base para a análise e justificativa das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico desta região.

1.6.2 Contexto do Estado

Mato Grosso assegura nos últimos anos um forte ritmo de crescimento econômico im-pulsionado pelo agronegócio. Conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), as principais culturas estaduais geraram receita de R$ 33,26 bilhões em 2012, com um incremento do Valor Bruto da Produção (VBP) de mais de 56% em relação à 2011. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) este valor subiu para R$ 39 bilhões em 2013 e pode atingir a marca de R$ 40 bilhões em 2014. Com este desempenho, Mato Grosso poderá atingir quase 20% do VBP nacional, com uma forte valori-zação da produtividade e participação do agronegócio nas contas nacionais, sobretudo na ba-lança comercial.

O agronegócio estadual se alicerça sobre cinco das 20 principais culturas do agrone-gócio nacional consideradas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MA-PA: algodão, arroz, cana-de-açúcar, milho e soja. Embora a soja e o milho apresentem posi-ções de destaque, a cultura do algodão tem tido forte incremento nos últimos anos, sendo que Mato Grosso oferta, sozinho, cerca de 50% da produção brasileira. Mato Grosso também é responsável por 54% da exportação do Centro-Oeste. Empresários mato-grossenses vendem seus produtos para mais de 160 países, incluindo a China, países Baixos, Tailândia, Espanha Itália e a Rússia. Os produtos mais vendidos continuam sendo soja, milho, algodão e a carne.

A industrialização também é outro fator que chama a atenção. O Governo do Estado de Mato Grosso, por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), atraiu mais de 500 novas empresas nos últimos anos que investiram juntas cerca de R$ 12 bilhões no estado, fomentando os setores produtivos primários, secundários e terciários. Da-dos da FIEMT – Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (2010) apontam um total de 9.126 indústrias no estado, com valor de produção de R$ 8,6 bilhões e mão-de-obra direta empregada de 134.194 pessoas. Segundo dados da SEFAZ/MT - Secretaria da Fazenda do estado de Mato Grosso (2011) a arrecadação proveniente da indústria atingiu 36% da

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arreca-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 12 dação total do estado.

O Curso de Agronomia da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde foi pensado de forma a contribuir efetivamente no processo de formação profissional que trará um impacto expressivo para o desenvolvimento sustentável da região centro-norte e para o estado de Mato Grosso nos próximos anos. Este processo é colocado como o maior desafio para o estado que deve investir na criação de novas alternativas de desenvolvimento, buscando reduzir sua de-pendência e vulnerabilidade externa e melhorar a distribuição da renda gerada nos diferentes setores econômicos além de amenizar os impactos ambientais promovidos pelo intenso pro-cesso de ocupação do território e de seus recursos naturais. Esse propro-cesso aumenta a demanda por profissionais qualificados, não só em Lucas do Rio Verde e região, mas em todo o estado, que apresenta um contínuo crescimento do setor de produção, armazenamento, comercializa-ção e verticalizacomercializa-ção da producomercializa-ção agropecuária.

O plano de desenvolvimento do Governo do Estado - MT +20, mostra que dentre as principais potencialidades do Estado de Mato Grosso para seu pleno desenvolvimento nos próximos anos estão fatores que tem íntima relação com as produções agrícolas e pecuárias e ao agronegócio:

a) Elevado potencial de recursos hídricos pela importância das grandes bacias hidro-gráficas para escoamento da produção (navegação), produção de energia, desenvolvimento da piscicultura, exploração da agricultura irrigada e exploração do turismo ecológico (pesca, aventura, etc.);

b) Disponibilidade de áreas para reflorestamento (áreas degradadas) com vegetação dos cerrados, de grande capacidade de fixação de carbono;

c) Existência de uma moderna e competitiva produção agropecuária no estado integra-da ao mercado mundial;

d) Existência de estruturas embrionárias de arranjos produtivos locais - APL nas áreas de apicultura, piscicultura, artesanato e artefatos de couro e calçados;

c) Condições vantajosas para a produção de frutas tropicais para exportação, em razão do grande número de famílias voltadas para esta atividade;

e) Base para desenvolvimento da bovinocultura de leite e corte, suinocultura e avicul-tura, atividades articuladas com a produção de excedentes e derivados da produção de produ-tos agrícolas como milho, soja e algodão;

f) Potencial para produção de energia renovável como o biodiesel e álcool para atender a demanda interna e exportação do excedente;

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 13 g) e postura inovadora e capacidade empreendedora do empresariado mato-grossense. Desta forma a proposta de formação de profissionais focados e qualificados para a produção sustentável é de fundamental importância para o contexto do desenvolvimento da região e do Estado de Mato Grosso.

1.6.3 Contexto do Município de Lucas do Rio Verde

A história de Lucas do Rio Verde inicia-se no processo de colonização incentivado pe-lo regime militar, na década de 70, que tinha como um dos seus objetivos principais ocupar os "vazios demográficos" do país. A região médio-norte de Mato Grosso era um desses “vazios”, no qual surgiu o município de Lucas do Rio Verde, localizada junto à BR-163, distante 350 km ao norte da capital e destacando-se como centro do grande desenvolvimento agroindustrial do estado. A data de 05/08/1982 é considerada a fundação da agrovila, então pertencente ao município de Diamantino; em 17/03/1986 se tornou distrito e em 04/07/1988 município, com uma população de 5.500 habitantes no período.

O Município de Lucas do Rio Verde/MT está situado a 13º de latitude sul e 55º de longitude oeste, com uma altitude média de 400 m e uma área de 3.645,23 Km². O clima é tropical de savana, com duas estações bem definidas, uma chuvosa, entre setembro a abril, e outra seca, entre maio a agosto, cujas temperaturas variam entre 14º a 33º C. Segundo dados do IBGE, a cidade teve uma evolução populacional de 19.316 mil habitantes no ano de 2000 para 45.545 mil habitantes em 2010, totalizando um crescimento de 135,80% em apenas uma década. A média de crescimento anual neste período é de 8,96% ao ano, sendo que 42.438 dos seus habitantes estão localizados na zona urbana e 3.107 estão na zona rural do município. Segundo dados do PNUD (2010) o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH atingiu 0,768 em 2010, sendo um dos maiores da região Centro-Oeste.

Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Lucas do Rio Verde (2011), a economia do município tem predominância no agronegócio, ocupando a 6ª posição no ranking econômico do estado (considerando o PIB estadual) e um crescimento acima de 10% ao ano. A produção de grãos atinge um volume de 1,3 milhões de toneladas, o que cor-responde a aproximadamente 1% de toda a produção brasileira de grãos, numa área de apenas 0,04% do território nacional. O município possui 3.659,859 km², e 60% das propriedades ru-rais são de até 300 hectares. Estimativa do IBGE (2010) aponta o PIB do município no valor de R$ 1,6 bilhões, sendo o 295º município com maior valor de produção no país.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 14 938,65 em 2010, uma evolução de 56% no período. Dados socioeconômicos de linha da po-breza e indicador de desigualdade (Gini) apresentaram melhoras, apontando 1,45% da lação abaixo da linha da pobreza, e 0,46 pontos de desigualdade. A taxa de atividade da popu-lação economicamente ativa passou de 73,32% em 2000 para 78,86% em 2010.

O município apresenta altos índices de produtividade nas culturas de soja, algodão e milho (no milho safrinha é o maior produtor nacional). Segundo dados da Prefeitura Munici-pal (2014), Lucas do Rio Verde é o 5º maior produtor de soja do estado, A capacidade de ar-mazenagem estática de grãos é de 2.450.000 toneladas, numa área de 363.189 ha com 250.528 ha de área explorada.

Atualmente, o município de Lucas do Rio Verde vive o segundo ciclo econômico, com a instalação de grandes empresas de todos os portes. Dados da prefeitura municipal indi-cam que em 2012, o número de empresas no município era de 2.886, sendo a maior parte de micro porte. O panorama de industrialização atinge diversos segmentos, porém, com destaque para a industrialização de produtos e subprodutos de grãos, aves e suínos. O município conta com a presença de diversas unidades industriais de grandes empresas como: BRF, Cargill, Bunge, Fiagril, Amaggi, entre outras.

Segundo o mesmo documento, o processo de industrialização é um dos pilares do agronegócio, com crescimento no estado de 7,3% ao ano, considerado o período entre os anos de 1985 a 2003, acima da média brasileira que foi de 2,1% para o mesmo período. Na região de Lucas do Rio Verde este crescimento foi acima da própria média estadual, com índices de 9,2% ao ano. Os dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município de Lucas do Rio Verde (2013) revelam que diferentes setores da indústria estão inseridos neste proces-so de expansão como o setor têxtil que representam hoje 69 (sessenta e nove) empresas que compreendem desde pequenas malharias, passando por facção de roupas profissionais e tece-lagem de fios de algodão; um moderno complexo produtivo da empresa BRF instalado no município, com geração de mais de 5.000 empregos diretos; diversas unidades beneficiadoras de grãos; uma fábrica de biodiesel; uma esmagadora de soja; pequenas metalurgias e empre-sas especializadas na manutenção e fabricação de equipamentos para armazenagem de grãos.

O município conta ainda com uma unidade industrial para beneficiamento de leite e um projeto de ampliação do setor têxtil com a criação do Condomínio Rosa, a ser instalado no setor industrial, de forma a fortalecer o processo de confecção, principalmente de roupas fe-mininas, a partir do adensamento de pequenos artesãos. Dados do MTE – Ministério do Tra-balho e Emprego (2014) revelam que o número de empregos formais na indústria de

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trans-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 15 formação do município em janeiro de 2014 era de 5.873 postos de trabalho, em um total de 227 estabelecimentos industriais.

A ocupação do território no município de Lucas do Rio Verde, devido a sua particula-ridade histórica de formação através de um processo de distribuição de terras realizado pelo governo federal por meio de assentamento rural, deu-se de forma mais uniforme, sem graves problemas da concentração de terras. Atualmente possui 670 propriedades com 360 proprietá-rios, cujas propriedades variam de 300 a 500 ha. A preocupação com o desenvolvimento de forma sustentável, ou seja, promovendo o crescimento econômico, a justiça social e conserva-ção ambiental, tem sido constante e um dos fundamentos das ações do governo do Estado e do Poder Público municipal de Lucas do Rio Verde.

O Projeto Lucas do Rio Verde Legal, construído em parceria com Ministério Público Estadual, Sindicato dos Produtores Rurais, Instituições de Pesquisa e Ensino como Fundação Rio Verde e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – (ESALQ), Organizações não governamentais como a TNC – Instituto de Conservação Ambiental/The Nature Conservancy do Brasil, são exemplos desta preocupação quando busca promover a regularização sócio am-biental das propriedades rurais do município de Lucas do Rio Verde compatibilizando o de-senvolvimento agropecuário e a conservação ambiental da região.

Segundo o mesmo projeto o município possui uma área de 363.189,59ha, cujos 237.178,77ha estão ocupados com produção agrícola o que corresponde a 65,30% de seu ter-ritório. A malha hidrográfica total corresponde a 2.077,03 km, com 1.959,52 km de rios com extensões menores que 50m e 117,51 km correspondentes aos rios maiores que 50m. O muni-cípio ainda apresenta 690 nascentes permanentes e intermitentes, 264 reservatórios artificiais que correspondem a uma área de 981,24 ha e 1.528,94 ha de área de veredas. Sua área de pre-servação permanente é de 24.121,72 ha, o que corresponde a 6,64% da área do município, sendo que deste total 2.783,35ha se encontram em algum estágio de degradação. Estes dados reforçam a necessidade de sistemas de produção sustentáveis para o processo de desenvolvi-mento do município e estado Mato Grosso, gerando novas demandas de trabalho em todas as áreas e requerendo profissionais capacitados para atender o acelerado desenvolvimento eco-nômico e social do município e região.

1.7 Breve Histórico da IES

1.7.1 Aspectos Históricos da Instituição

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 16 Rede La Salle são momentos históricos distintos, mas complementares. A Faculdade de Lucas do Rio Verde surgiu, quando alguns empresários, percebendo a carência de educação superior no município, tanto para suprir a falta de profissionais qualificados, quanto para atender os anseios de pais e filhos obrigados a buscar a educação superior em outros centros, criaram uma instituição capaz de atender também a região.

Com esse propósito em 15/06/1999 foi constituída a União das Escolas Superiores de Lucas do Rio Verde, mantenedora da Faculdade de Lucas do Rio Verde, que recebeu do MEC seu credenciamento pela Portaria nº. 2.653 de 07/12/2001 (D.O.U. de 10/12/01) e passou a ofertar dois cursos de bacharelado no início de 2002: Administração - Portaria Ministerial Nº. 2654 de 07/12/2001 (DOU 10/12/2001) e Ciências Contábeis - Portaria Ministerial Nº. 2920 de 14/12/2001 (DOU 18/12/2001), autorizados e já reconhecidos pelo Ministério da Educa-ção. Por conseguinte, no final de 2004 e meados de 2006, foram autorizados respectivamente os cursos de bacharelado em Direito - Portaria Ministerial Nº. 4343 de 28/12/2004 (DOU 29/12/2004) e Turismo Portaria Ministerial Nº. 184 de /06/2006 (DOU 08/06/2006).

Em 2007, com o crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico acele-rado do município de Lucas do Rio Verde – resultante da mudança da matriz econômica e instalação de grandes empresas – observa-se a necessidade de buscar auxílio para a consolida-ção da IES, preservando conquistas e aliando-se a novos agentes educacionais a fim de ampli-ar os caminhos e perspectivas profissionais pampli-ara os cidadãos de Lucas do Rio Verde e região. Esta busca inicia-se com um entendimento negocial junto à Sociedade Porvir Científico e termina com a celebração em 13/11/2007 de um termo de incorporação da Faculdade de Lu-cas do Rio Verde à Rede La Salle.

A partir de 1º de janeiro de 2008, a agora Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde passa a ter igualmente suas raízes na obra pedagógica de João Batista de La Salle (França, 1651 - 1719).

A Congregação fundada por La Salle iniciou suas atividades em 1680, com escolas populares para educação de filhos dos artesãos e dos pobres que culminou com a fundação do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, Congregação constituída de religiosos leigos intei-ramente dedicados à educação cristã das crianças e dos jovens. Consolidada na França esten-de-se por mais de 80 países nos cinco continentes. Sua atuação escolar passa da Educação Infantil à Universidade sem esquecer as Instituições de Beneficência e Assistência Social.

A Congregação de La Salle conta com, aproximadamente, 4.500 religiosos e 90.000 colaboradores leigos para atingir 980 mil jovens e adultos, distribuídos em torno de 1.000

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 17 Instituições de Ensino desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, sendo esses últimos em torno de 80 Instituições.

No Brasil, a Rede La Salle iniciou suas atividades em 1907, com a vinda de Irmãos franceses e espanhóis. Em 1908, abriram-se três escolas: La Salle - Carmo de Caxias do Sul; La Salle - Dores de Porto Alegre e Colégio La Salle Canoas. Os religiosos lassalistas no Bra-sil são aproximadamente 200; com eles estão 2.500 educadores, atuando em 43 instituições de ensino de nível fundamental, médio e superior e em obras de assistência social, atingindo cer-ca de 50 mil crianças, jovens e adultos em 11 estados do Brasil. Também, atua em Moçambi-que como frente missionária.

As instituições de rede La Salle estão assim distribuídas:

I – Instituições de Educação Superior: 1. Centro Universitário La Salle - Unilasalle, de Canoas, RS; 2. Centro Universitário La Salle – Unilasalle - Niterói, RJ; 3. Faculdade La Salle – Manaus, AM; 4. Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde - MT; 5. Faculdade La Salle de Estrela/RS; 6. Faculdade La Salle de Caxias do Sul/RS.

II - Instituições de Educação Básica: 7 Escolas de Ensino fundamental; 26 Escolas de Ensino Fundamental e Médio; 2 Centros de Promoção do Menor; 6 Centros de Assistência Social; 2 Escolas Agrícolas; 5 Comunidades Missionárias no Norte e Nordeste do Brasil; e 9 Centros de Formação Lassalista.

1.8. Políticas Pedagógicas Institucionais

Os detalhes do Projeto Pedagógico da Instituição (PPI) estão descritos no Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, período de 2013 a 2015, aprovado pela Resolução do Conselho Superior, Conselho Pedagógico Nº 113/11 de 08 de dezembro de 2011, conforme exigência legal do Decreto 5.773/2006, Art. 16, inciso II - projeto pedagógico da instituição; dele destacam-se, para este projeto, as Políticas Pedagógicas Institucionais.

Nesse documento são apresentadas as informações de forma sucinta sobre o Projeto Pedagógico Institucional.

1.8.1. Políticas de Ensino

As Políticas de Ensino contemplam a pluralidade de conceitos e práticas pedagógicas desenvolvidas pela Faculdade quanto ao processo de ensino e aprendizagem. Entre os aspec-tos referentes ao processo de ensino, destaca-se a passagem da prática fragmentada da disci-plinaridade para a de interdiscidisci-plinaridade. Isto porque, através do enfoque interdisciplinar,

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 18 promove-se a superação da visão restrita de mundo e a compreensão da complexidade da rea-lidade, especialmente da dimensão da agronomia.

No contexto da sala de aula, isso implica na vivência do espírito de integração entre teoria e prática, conteúdo e realidade, objetividade e subjetividade, ensino e avaliação, meios e fins, tempo e espaço, professor e aluno, reflexão e ação, dentre muitos dos múltiplos fatores integradores do processo pedagógico. Os esforços para a construção de uma proposta educa-cional desta natureza ressaltam a necessidade da adoção de um paradigma de educação supe-rior centrado no estudante.

Este paradigma está assentado nos quatro pilares da educação contemporânea, dando a sustentação necessária para a missão da educação superior: a) aprender a ser; b) aprender a fazer; c) aprender a conhecer; e d) aprender a viver juntos.

Desta forma, os processos de mudança curricular, na medida das possibilidades de ca-da curso, devem progressivamente incorporar aos currículos aborca-dagens que impliquem em: conceber a ciência como um conhecimento em construção e sujeita a incerteza ao erro e a ilusão; - promover o conhecimento capaz de apreender problemas globais e fundamentais, para neles inserir os conhecimentos parciais e locais; - ensinar princípios para formulação de estratégias que permitam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento, em consonância com as informações adquiridas ao longo do tempo.

Objetiva-se assim, por meio das políticas de ensino, educar os estudantes de agrono-mia para que sejam cidadãos bem informados e profundamente motivados, capazes de pensar criticamente e de analisar os problemas com a sociedade de nossa região, procurando suas soluções e aceitando as responsabilidades sociais daí decorrentes, sendo igualmente capazes de pensar criticamente nas mudanças que se operam na sociedade e que tenham habilidade de transitar nas diferentes áreas do saber.

Nas políticas de graduação, destacam-se os seguintes critérios: a) compatibilização dos objetivos do curso com as prioridades e metas da Faculdade La Salle; b) atendimento das ne-cessidades e expectativas da comunidade local, especialmente na agronomia; c) exigências do mundo do trabalho e capacidade de absorção dos profissionais formados; d) utilização prefe-rencial dos recursos materiais e humanos existentes na Faculdade La Salle; e e) possibilidade de realização de convênios nacionais e internacionais.

1.8.2. Políticas de Extensão

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qua-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 19 lificação dos membros da comunidade acadêmica e da comunidade local, regional, mesmo nacional e internacional e o serviço dessa mesma comunidade. Os programas e atividades de Extensão foram aprovados pelo Conselho Superior da Faculdade através da Resolução COP Nº 116/2012 e seguem as políticas e normas da legislação vigente e da Rede La Salle de Edu-cação Superior.

Os docentes são os principais agentes e promotores dos programas e projetos de exten-são, extensivos aos alunos e à comunidade local. Nos programas e projetos, pretende-se des-tacar, entre outros os seguintes aspectos: - os princípios do exercício da cidadania solidária e a valorização da inovação, da criatividade e do empreendedorismo; - a consolidação da imagem da Faculdade na região; - o comprometimento com a questão social; - a promoção do desen-volvimento local e regional, através de parcerias com setores públicos e privados; - o propici-amento do desenvolvimento da cultura, da arte e do esporte locais, visando à melhoria da qua-lidade de vida; e - o comprometimento com o desenvolvimento sustentável.

1.8.3. Políticas de Pesquisa

Apesar da natureza institucional de “faculdade”, a Faculdade La Salle procura estar aberta aos diversos setores sociais, além de pautar suas ações, alicerçadas na produção crítica do conhecimento, integrando as três dimensões indissociáveis das instituições de ensino supe-rior: ensino, pesquisa e extensão. Neste sentido, torna-se necessário conceber a atividade de ensino e suas articulações com a extensão e pesquisa, como procedimentos que se inter-relacionam entre si. Ensinar é pesquisar e pesquisar é ensinar. Isso significa dizer que a meto-dologia do “aprender a aprender” é um caminho capaz de desenvolver as habilidades e com-petências necessárias à solução dos problemas advindos da constante mudança da sociedade. Tal metodologia deve levar a uma formação em que o aluno é sujeito ativo do processo de aprendizagem/ensino.

Para promover o incentivo à Pesquisa, o Conselho Pedagógico aprovou as Linhas de Pesquisa da instituição, pela Resolução COP Nº 130/2013 de 04/04/2013: 1. Estudos Popula-cionais e Estratégias Regionais; 2. Desenvolvimento Socioeconômico e Sustentabilidade; 3.Estado de Direito e Agronegócio; 4. Memória, Cultura e Identidade; 5. Estudos Culturais e Linguagens na Educação; 6. Gestão e Tecnologia da Informação; 7. Desenvolvimento de Sis-temas; 8. Alimentos, Nutrição e Saúde (Rede La Salle); 9. Sustentabilidade e Meio Ambiente (Rede La Salle). Estas linhas atendem as áreas de conhecimento dos cursos da IES: 1. Ciên-cias Humanas: Licenciatura em Pedagogia; 2. CiênCiên-cias da Saúde: Licenciatura em Educação

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 20 Física; 3. Ciências Exatas e da Terra: Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação; 4. Ciências Agrárias: Tecnólogo em Agronegócio; 5. Ciências Sociais Aplicadas: Administra-ção, Ciências Contábeis e Direito.

Na efetivação dos trabalhos de ensino, os professores são convidados a atender os se-guintes parâmetros para incentivar a metodologia da iniciação científica e da pesquisa: - de-senvolver os conteúdos de forma integrada e através de processos interdisciplinares; - desper-tar para o espírito crítico e analítico, preparando os estudantes para a resolução dos problemas enfrentados na atuação profissional, sempre resultantes da evolução científica e tecnológica; - orientar as atividades curriculares para a solução de problemas científicos e do contexto local; e - considerar a graduação como etapa de construção das bases para o desenvolvimento do processo de educação continuada.

1.8.3.1 Programa de Iniciação Científica, Tecnológica e Cultural

O programa de Iniciação Científica, Tecnológica e Cultural da Faculdade La Salle é uma proposta de ensino e pesquisa que tem fundamentação legal na Lei 9394/96 (LDB) que, em seu art. 3º declara que “ensino será ministrado com base nos princípios de: II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”. Nesta mesma orientação o art. 43, da mesma lei diz que “a educação superior tem por finalidade: I. Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura e, desse modo, desenvolver o enten-dimento do homem e do meio em que vive; II. Promover a divulgação de conhecimentos cul-turais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; III. Promover a exten-são, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resul-tantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Esses objetivos reforçam a integração entre as dimensões do ensino e da pesquisa, que deve inspirar o processo de aprendizagem desde as primeiras aulas da educação superior. Mesmo sem a obrigação das universidades, a Faculdade está atenta às orientações do Conse-lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que orienta para que se despertem nos acadêmicos alguns objetivos de iniciação científica: a) despertar a vocação científica e incentivar os potenciais talentos de pesquisadores entre os acadêmicos de gradua-ção; b) inserir os alunos na produção de conhecimento científico e tecnológico, de forma inte-rativa, ampliada e inovadora, pela participação de programas e projetos de iniciação científica

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 21 da faculdade e outras IES, dando visibilidade à sua produção científica; c) estimular a integra-ção entre as atividades de ensino, os projetos de pesquisa e os programas de extensão interno e externos à faculdade.

A Faculdade promove o Projeto da Iniciação Científica desde 2008 pela Resolução Nº 103/2011, de 08/09/2011, alinhado com as Linhas de Pesquisa Institucionais, conforme a Re-solução COP Nº 130/2013 de 04/04/2013.

Anualmente a Faculdade La Salle torna público o Edital da Mostra de Iniciação Cien-tífica com a participação de alunos, professores, pessoal técnico-administrativo da Faculdade de outras instituições de Educação Superior nacionais e mesmo internacionais. A Mostra de Iniciação Científica tem por objetivos: a) complementar a formação do jovem pesquisador; b) promover a integração científica entre discentes e docentes; c) promover a discussão da rela-ção entre ensino, pesquisa e extensão; d) socializar o conhecimento gerado em pesquisas de-senvolvidas na Faculdade e por outras IES; e e) realizar o intercâmbio e a troca de informa-ções entre os acadêmicos da Faculdade e de outras Instituiinforma-ções de Educação.

1.8.3.2 Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão

O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão possui sua origem na Constituição Federal (1988), além de estar contemplado na LDB e no Sistema de Avalia-ção da EducaAvalia-ção Superior (SINAES).

Para a Faculdade La Salle, mesmo em caráter de Faculdade, ela procura desenvolver as três dimensões propostas pela constituição para a educação superior. O princípio da indis-sociabilidade direciona e confere unidade intrínseca à criação, sistematização e acessibilidade do conhecimento. As atividades do ensino, da pesquisa e da extensão são espaços, tempos e processos de ensino e aprendizagem, tendo em vista da formação dos acadêmicos e da trans-formação social. Neste sentido, a faculdade se constituir, cada vez mais, numa comunidade de aprendizes onde se desenvolvem as competências e as habilidades necessárias para a forma-ção pessoal e profissional.

A Faculdade estabelece diretriz e desenvolve ações no sentido de oferecer oportunida-des aos acadêmicos, envolvendo participação em programas e projetos que contemplam essas três dimensões e estimulam a produção, a pesquisa e a extensão do conhecimento em todos os níveis de ensino e nas diferentes áreas do conhecimento.

1.8.4 Políticas de Gestão

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inte-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 22 grantes da comunidade acadêmica como agentes ativos e corresponsáveis pelas ações desen-volvidas na Instituição. Para garantir a integração básica de seus integrantes, a Faculdade as-segura que as formas organizativas e de gestão sejam estruturadas democraticamente, com a participação representativa de seus integrantes nos órgãos colegiados de administração básica e superior.

Agregadas às orientações legais, a administração da Faculdade se caracteriza pelos se-guintes princípios organizacionais:

1) unidade de patrimônio e administração;

2) unidade de funções de ensino, de pesquisa e de extensão, sem duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes;

3) racionalidade de organização, com plena utilização dos recursos humanos materiais; 4) universalidade de campo pelo cultivo das áreas fundamentais de conhecimentos humanos, estudando-as em si mesmas, ou em razão de ulteriores aplicações, e de uma ou mais áreas técnico-profissionais;

5) flexibilidade de métodos e critérios atendendo às diferenças individuais dos estu-dantes, as peculiaridades regionais e às possibilidades de combinação dos conhecimentos para os novos cursos, programas de pesquisa e fins da Faculdade La Salle; e

6) formulação integral do acadêmico, respeitando sua cultura.

Cientes de que a administração transcende o organograma, as políticas de gestão da Faculdade preveem responsabilidade por processos que permeiam todos os níveis da Institui-ção, privilegiando seus produtos e serviços, canalizando as capacidades, as interações, ele-vando ao máximo a eficiência e a eficácia administrativa e a abertura ao conhecimento e à inovação.

1.9 Responsabilidade social da IES

Também se transcreve neste Projeto Pedagógico do Curso de Agronomia, as exigên-cias sobre a Responsabilidade Social da Faculdade, descritas no Plano de Desenvolvimento Institucional, já que cada um dos cursos da faculdade deve desenvolver seus conteúdos de forma transversal em sua grade curricular. Sendo assim o curso de Agronomia também busca-rá no seu processo de formação dos futuros profissionais, proporcionar sólida formação hu-manística com base no conhecimento e na compreensão da necessidade de superação das de-sigualdades sociais, principalmente no campo onde predomina a maior concentração da

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po-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 23 breza nacional.

1.9.1 Projetos Sociais

A Faculdade procura inserir em sua proposta educativa, ações e práticas sociais que, de alguma forma, apontam para metas de compromisso social e de responsabilidade social. Além dessa postura pedagógica, a política de responsabilidade social da instituição está ali-cerçada, nas novas exigências relacionadas ao ensino superior, conforme a Lei nº 10.861/2004 que, em seu inciso III, art. 3º. dá um indicativo sobre como a responsabilidade social que de-verá ser observada pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação: “A responsabilidade social da Instituição, considerada especialmente no que se refere à sua contribuição em rela-ção à inclusão social; ao desenvolvimento econômico social; à defesa do meio ambiente, da memória cultura, da produção artística e do patrimônio cultural”.

Uma vez envolvida com a promoção de educação como chave da construção de uma sociedade saudável, a Faculdade, dialogando com diversos setores da sociedade, busca inte-grar o avanço da ciência com a responsabilidade social, desenvolvendo um trabalho de socia-lização e um aperfeiçoamento integral do ser humano, por meio de ações como: a) possibili-dade de formação humanizada e aprendizado com base na realipossibili-dade através da atuação volun-tária; b) difusão da cooperação academia-comunidade e organismos governamentais e do ter-ceiro setor; c) difusão da responsabilidade social com os integrantes da comunidade acadêmi-ca - docentes, discentes e pessoal técnico-administrativo; e d) reflexão sobre a responsabilida-de social responsabilida-de forma transversal nas unidaresponsabilida-des curriculares.

O papel da Faculdade no desenvolvimento social local e regional abrange a promoção da inclusão social, o desenvolvimento econômico e social, a defesa do meio ambiente, a me-mória cultural e a produção artística do patrimônio cultural.

1.9.2 Inclusão social

A igualdade de direitos para todos os cidadãos brasileiros é garantida na Constituição Federal, artigo 5º.: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, [...] garantindo o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança”. Por sua vez, a LDB, Lei nº. 9394/96, no art. 58, diz que “entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educando portador de deficiências”.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 24 acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio conforme o Art. 37 da LDB. O esforço da Faculdade é garantir, dentro de sua responsabilidade educacional e social, a inclusão dessas e outras pessoas para oferecer-lhes a oportunidade de formação para a cida-dania e qualificação profissional.

Como instituição da Rede La Salle de ensino superior, a faculdade mantém seu caráter de instituição filantrópica e comunitária e integra, por isso, a Associação Brasileira das Uni-versidades Comunitárias (ABRUC) e a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC). Por sua dimensão filantrópica está inserida no Programa Universidade para Todos – PROUNI do Governo Federal e ao programa de Financiamento Estudantil, - FIES, também do Governo Federal, ambos os programas sob a coordenação da Mantenedora. Além disso, a IES mantém, sob a orientação da Diretoria Administrativa da Mantenedora o Programa de Assistência So-cial e Educacional – PASE.

1.9.3 Meio Ambiente

A Faculdade La Salle comprometida com as questões ambientais local, regional e pla-netária desenvolve no âmbito do Ensino Superior a prática educativa integrada, continuada e permanente e propõe um constante exercício de transversalidade e a interdisciplinaridade no espaço acadêmico. Promotora de conhecimento individual e da coletividade dos valores soci-ais, habilidades e competências dentro das áreas de conhecimento específico de cada curso, insere nas unidades curriculares trabalhadas, a relatividade com o meio ambiente e a sustenta-bilidade socioambiental, conforme proposto na Lei Nº. 9.795/99, no Decreto Nº 4.281/2002 e Resolução CP/CNE Nº 02/2012, de 15 de junho 2012.

O tema da formação ambiental, compõe o currículo desse curso, conforme prevê o Art. 11 da Lei Nº 9.795/99.

Os conselhos de Curso e o Núcleo Docente Estruturante de cada Curso tem a função do acompanhamento das políticas de educação ambiental em seus Cursos. A formação conti-nuada dos professores sobre esta temática é realizada pelas Jornadas Pedagógicas semestrais.

1.9.4 Memória e patrimônio Artístico e Cultural

A Faculdade La Salle, inserida no Estado do Mato Grosso e localizada no município de Lucas do Rio Verde, se integra aos processos culturais de arte, músicas e demais aspectos culturais. Neste sentido está inserida no desenvolvimento educacional e cultural do estado e do município. Está associada aos organismos governamentais estaduais e municipais na

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con-Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 25 servação, resgate e promoção da cultura e da arte. Muitos projetos de pesquisa, atividades de extensão e Trabalhos de Conclusão de Cursos são realizados a partir de temas artísticos e cul-turais da região e do Município, entre eles o grupo a Flôr do Cerrado. A Flôr do Cerrado é uma associação com atividades de organizações associativas ligadas à Cultura e a Arte, sem fins lucrativos, onde a prática do voluntarismo e da filantropia é presente através da distribui-ção do sopão comunitário, cursos, encaminhamentos ao campo de trabalho, campanhas soli-dárias como do agasalho, dia da criança e natal, sobrevivendo apenas de doações das empre-sas, entidades e sociedade civil organizada.

1.9.5 Educação em Direitos Humanos

Como afirma a Resolução nº 01 de 30/05/2012, do Conselho Nacional de Educação que estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, a formação em Direitos Humanos é um dos temas fundamentais da formação atual dos cidadãos brasileiros.

Está presente no Plano de Desenvolvimento Institucional, nos Projetos Pedagógicos dos cursos, por sua especificidade de seu conteúdo é contemplado em algumas disciplinas que neste curso de agronomia estão concentradas em um eixo especifico sobre cultura, processos e práticas participativas para que o aluno possa de fato ter uma formação humanística, pautada no conhecimento das causas históricas das desigualdades sociais e das questões relevantes que permeiam as relações humanas e são fundamentais para que se estabeleça critérios e valores éticos fundamentais para a promoção das mudanças necessárias.

1.9.6 Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena

Conforme descrito acima, atualmente a agricultura é a base de sustentação da econo-mia regional, com a presença de grandes produtores agrícolas, vindos do sul do país. Mas a origem do Estado do Mato Grosso, bem como boa parte de sua população é descendente de grupos étnicos bem variados, dentre os quais os grupos indígenas. Além desses, acontece o fenômeno da migração de pessoas de outros estados brasileiros, principalmente do norte, para atender à necessidade de mão de obra para as indústrias instaladas na cidade.

Assim, a Faculdade acolhe as especificações propostas pela Resolução CP/CNE Nº 01 de junho 2004, Art. 1º, § 1º referente à inclusão destas temáticas nas unidades curriculares dos cursos da Instituição, assim como as orientações contidas no Parecer CP/CNE Nº 3/2004.

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Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 26

1.9.7 Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

A Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde está em consonância com a Lei nº 12.764/2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Trans-torno do Espectro Autista, atendendo aos princípios da Política Nacional de Educação Especi-al na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/2008) e ao propósito da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – CDPD (ONU/2006), definidos no seu art. 1º, nos se-guintes termos: O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exer-cício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.

De acordo com o §2º, do art. 1º da Lei nº 12.764/2012, a pessoa com transtorno do es-pectro autista é considerada pessoa com deficiência. Conforme a CDPD (ONU/2006): Pessoas com deficiência são aquelas que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Para a realização do direito das pessoas com deficiência à educação, o art. 24 da CDPD (ONU/2006) estabelece que estas não devem ser excluídas do sistema regular de ensi-no sob alegação de deficiência, mas terem acesso a uma educação inclusiva, em igualdade de condições com as demais pessoas, na comunidade em que vivem e terem garantidas as adap-tações razoáveis de acordo com suas necessidades individuais, no contexto do ensino regular, efetivando-se, assim, medidas de apoio em ambientes que maximizem seu desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.

Neste sentido a Faculdade La Salle, que está submetida às normas gerais da educação nacional, efetiva a matrícula do estudante com transtorno do espectro autista no ensino regular e garantir o atendimento às necessidades educacionais específicas. O custo desse atendimento integrará a planilha de custos da instituição de ensino, não cabendo o repasse de despesas de-correntes da educação especial à família do estudante ou inserção de cláusula contratual que exima a instituição, em qualquer nível de ensino, dessa obrigação.

1.10 Cursos da Faculdade La Salle

A Faculdade La Salle contribui com o desenvolvimento loco-regional disponibilizan-do para a sociedade os seguintes cursos de graduação:

(27)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 27 Cursos de Graduação

Curso Habilitação

Ato de Autorização (A) Ato de Reconhecimento(R) Renovação de Reconhecimento (RR)

Vagas Anuais

1. Administração Bacharelado Port. Min. MEC/SERES nº 116 de 27/06/2012

(D.O.U. 28/06/12) (RR) 100

2. Ciências Contábeis Bacharelado Port. Min. MEC/SERES nº 116 de 27/06/2012

(D.O.U. 28/06/12) (RR) 100

3. Direito Bacharelado Port. Min. MEC/SERES nº. 492 de 20/12/2011

(D.O.U. 23/12/11) (R) 60

4. Educação Física Licenciatura Port. Min. SESu nº 617 de 30/10/2014

(D.O.U. 31/10/2014) (R) 120

5. Pedagogia Licenciatura Port. Min. SESu nº 429 de 29/07/2014

(D.O.U. 31/07/2014) (R) 60

6. Gestão da Produção

Industrial Tecnológico

Port. Min. SESu nº 401 de 29/05/2015

(D.O.U. 01/06/2015) (A) 120

7. Gestão da Tecnologia

da Informação Tecnológico

Port. Min. SESu nº 428 de 28/07/2014

(D.O.U. 31/07/2014) (R) 120

8. Tecnológico em

Agronegócio Tecnológico

Port. Min. SESu nº 280 de 19/12/2013

(D.O.U. 02/01/2013) (A) 120

Total 800

Os cursos de pós-graduação lato sensu são oferecidos pela Instituição conforme a Re-solução Nº. 1, de 08/06/2007, do CNE, D.O.U. 08/06/07. A Faculdade faz a oferta anual de Pós-graduação nas áreas de Conhecimento de sua atuação, conforme aprovação pelo Conse-lho Superior da Faculdade e relacionados abaixo:

Cursos de Pós-graduação ofertados pela Faculdade La Salle – Lucas do Rio Verde –MT Nome

Início

1. Gestão Estratégica de Negócios e Finanças Empresariais Turma II 12/04/2013

2. MBA em Governança Corporativa 12/04/2013

3. MBA em Desenvolvimento Organizacional com Foco em Gestão de Pessoas I 12/04/2013

4. Contabilidade Fiscal e Planejamento Tributário 10/05/2013

5. Orientação Educacional 10/05/2013

6. Psicopedagogia Clínica e Institucional 24/05/2013

7. Direito Privado e Processo Civil 13/09/2013

8. Controladoria e Auditoria 09/05/2014

9. MBA em Desenvolvimento Organizacional com Foco em Gestão de Pessoas II 06/06/2014

10. Gestão Estratégica de Negócios Corporativos 27/06/2014

11. Direito do Trabalho e Previdenciário 05/09/2014

(28)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 28 Para 2015 estão sendo lançados os seguintes novos Cursos de Especialização em:

1. MBA em Desenvolvimento Organizacional com Foco em Gestão de Pessoas; 2. MBA em Governança Corporativa;

3. Especialização em Gestão Estratégica em Negócios Corporativos; 4. Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional;

5. Especialização em Controladoria e Auditoria; 6. MBA em Gestão de Projetos;

7. Especialização em Linguagem do Corpo e Movimento; 8. Especialização em Direito Empresarial

(29)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 29

2CONTEXTUALIZAÇÃODOCURSO

2.1 Identificação e Local de Funcionamento

Curso Agronomia

Tipologia Bacharelado

Modalidade Presencial

Local de Funcionamento Unidade Sede da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde - MT

Resolução do Colegiado Resolução COP Nº 158/2014

2.2 Regime Acadêmico

Regime Acadêmico Semestral

Regime de Matrícula Semestral

Turno de Funcionamento Noturno

Número de Vagas Anuais 160 anual – 80 semestral

Carga horária total do Curso 4.440 horas (50min) - 3.700 horas (60min)

Tempo mínimo para integralização 5 anos

Tempo máximo para integralização 8 anos

Título Conferido Engenheiro Agrônomo*

Forma de Ingresso Processo Seletivo Semestral

*DECRETO - LEI Nº 9.585, DE 16 DE AGOSTO DE 1946

2.3 Forma de Ingresso

A Faculdade La Salle, na forma do disposto no art. 44, Inciso II da Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; na Portaria Ministerial Normativa MEC Nº 2.941, de 17 de dezembro 2001; na Portaria Normativa Nº 391, de 07 fevereiro 2002; Portaria Ministerial Normativa Nº 40, de 12 de dezembro 2007, e; no Art. 10, inciso XIX do seu Re-gimento, publica, semestralmente o Edital do Processo Seletivo.

O processo seletivo, segundo a legislação em vigor destina-se a avaliar a formação re-cebida pelos candidatos e a classificá-los dentro do limite das vagas oferecidas.

No edital constam os cursos oferecidos, com as respectivas vagas, os prazos de inscri-ção, a documentação exigida, a relação das provas, os critérios de classificação e desempate e o conceito dos cursos junto ao MEC e outras informações úteis. Na ocasião do processo sele-tivo, a Faculdade torna público o valor dos encargos financeiros a serem assumidos pelos alu-nos e normas de reajuste aplicáveis ao período letivo a que se refere o processo seletivo.

O processo seletivo busca sempre abranger conhecimentos comuns às diversas formas de escolaridade do ensino médio, sem ultrapassar este nível de complexidade com questões, que avaliem a reflexão crítica do candidato e sua aptidão para os cursos de graduação ofereci-dos pela instituição.

(30)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 30 a) na modalidade Processo ENEM, conforme um percentual definido periodicamente; b) na modalidade Processo Seletivo, as demais vagas por curso;

c) na modalidade Processo Seletivo Continuado, as vagas remanescentes, após con-firmação do processo de matrícula dos aprovados nas modalidades anteriores;

d) Processo Seletivo para graduados: feitas as matrículas dos candidatos conforme os processos anteriores, na hipótese de restarem vagas, a Instituição pode receber alunos transfe-ridos de outro curso, de outra Instituição, portadores de diploma de curso superior de gradua-ção, ou candidatos remanescentes do mesmo processo seletivo.

A Faculdade garante o acesso do candidato Portador de Deficiência que deve comuni-car à Secretaria da Faculdade, no ato da inscrição, através do preenchimento do campo ade-quado na Ficha de Inscrição, qual o tipo de necessidade especial demanda; de modo que a Instituição possa providenciar as condições necessárias para sua participação na prova.

A classificação faz-se pela ordem decrescente dos resultados obtidos, sem ultrapassar o limite de vagas fixado, excluídos os candidatos que não obtiverem os níveis mínimos esta-belecidos pela legislação vigente. A classificação obtida é válida para a matrícula no período letivo para o qual se realiza o processo seletivo, tornando-se nulos seus efeitos se o candidato classificado deixar de requerê-la ou, em o fazendo, não apresentar a documentação regimental completa, dentro dos prazos fixados.

A matrícula, ato formal do ingresso e de vinculação à Faculdade, realiza-se em épocas fixadas no Calendário Acadêmico. O requerimento deve ser instruído com a documentação exigida pela legislação vigente e pelo Regimento.

(31)

Projeto Pedagógico do Curso Superior de Agronomia p. 31

3.ORGANIZAÇÃODIDÁTICO-PEDAGÓGICA

3.1 Contexto Educacional

3.1.1 Relevância Social do Curso no Estado e no Município

Com relação ao contexto educacional do estado de Mato Grosso é preciso considerar os dados demográficos, com aproximadamente 3 milhões de habitantes, divididos em 141 municípios (IBGE, 2010). Pelas informações do e-MEC (2011), o Estado do Mato Grosso possui 4 Instituições de Ensino Superior Públicas, sendo uma Universidade Federal (UFMT - 4 campi), duas Estaduais (UNEMAT-MT e UNITINS-TO), e um Instituto Tecnológico Fede-ral (IFMT); são ainda 79 Instituições de Ensino Superior Privadas (particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas) na modalidade presencial, sendo que 25 estão localizadas na capital e 44 no interior. Do total de 83 Instituições, 15 são Universidades ou Institutos Fede-rais, sendo que 11 delas estão localizadas na capital. Ainda do número total, destacam-se 8 centros universitários e 61 faculdades. Dados do e-MEC (2013) apontam o funcionamento de IES em 63 municípios do estado (44,6% de abrangência considerando apenas os municípios sede).

Estes dados permitem entender o cenário de participação das IES privadas na estrutura de ensino superior do estado de Mato Grosso. Do total de 450 cursos de graduação (bachare-lados, licenciaturas e tecnológicos) presenciais ofertados no estado, 289 cursos são de IES privadas, das quais 199 estão localizadas no interior, o que eleva a expectativa de aumento na demanda por educação superior no estado como resultado de uma multiplicidade de fatores, dentre os quais cita-se: o expressivo crescimento demográfico de Mato Grosso, reduzida esco-laridade da força de trabalho (apenas 5% da população economicamente ativa possuem edu-cação superior completo); o aumento das exigências do mercado de trabalho; além das políti-cas de expansão; e melhoria do ensino básico, em especial, do ensino médio.

A expressiva expansão demográfica regional, as exigências da qualificação profissio-nal, o aumento do número de egressos do ensino médio e o aumento efetivo da demanda por esse nível de ensino impõem ao estado de Mato Grosso a definição agressiva no que diz res-peito à diversificação de instituições de ensino superior, tanto no aumento no número de cur-sos superiores quanto na ampliação da oferta de vaga. A Faculdade La Salle, enquanto IES privada, participa deste contexto sendo a única instituição presencial com atuação no municí-pio de Lucas do Rio Verde (e-MEC, 2014).

Referências

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