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39. Passo 5: O Grande Ensinamento Tattvamasi, você é Ilimitado

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Academic year: 2021

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Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

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Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

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oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

(4)

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

(5)

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

(6)

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaśchakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu | tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ |

te mayi santu | te mayi santu || oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

“Que as minhas faculdades como a fala, os olhos e ouvidos, a força vital e todos os demais órgãos sejam eficientes. Tudo é o Ser Ilimitado, [revelam] as Upaniṣads. Que eu não rejeite o Ilimitado. Que o Ilimitado não me rejeite. Que não haja rejeição do Ser da minha parte [i.e., da parte do meu ego]. Que não haja rejeição de mim pelo Ser [que sou]. Que todos os valores e atitudes das Upaniṣads estejam comigo. Estou comprometido na busca do conhecimento de Brahman. Que os valores e atitudes vivam em mim. Oṁ. Paz. Paz. Paz”.

Olá. Tudo bem? Espero que sim, e também que você esteja muito bem disposto para a nossa prática de hoje. O tema é a continuação das aulas anteriores: a percepção de Si Mesmo como Pleno. Há três coisas que podemos dizer sobre a real identidade do Ser, apoiando-nos na Upaniṣad da qual provém mantra sobre o qual iremos meditar agora: somos Consciência, Realidade e Amor. Compreenderemos e meditaremos sobre essa verdade agora, através do grande ensinamento da

Chāndogyopaniṣad, que faz parte do Sama Veda e um dos mais belos textos do Yoga antigo. Aliás,

o mantra da paz que você acaba de escutar é a invocação incial dessa Upaniṣad. Ela nos ensina sobre a natureza do Ser, através da história do menino Śvetaketu.

Para começar, escolha uma postura confortável e prepare-se para permanecer em silêncio por um momento. Hoje, a nossa meditação é a própria história que você vai ouvir agora. Essa história da

Chāndogyopaniṣad, que serve como moldura para este ensinamento é a seguinte: o sábio

Uddālaka Aruṇi envia seu filho Śvetaketu, com doze anos de idade, para estudar com um renomado

mestre, com quem vive durante outros doze anos.

O tempo passa e, ao voltar, o pai repara que o jovem, que é muito inteligente, está intoxicado com “informação espiritual”, e age e fala como se já soubesse tudo sobre tudo. Preocupado com a arrogância do moço, Uddālaka resolve lhe ensinar um pouco de compaixão, pois sabe que sem ela o ensinamento de nada vale.

Este pai, diferentemente de muitos outros, está mais interessado em que seu filho seja feliz do que em que seja reconhecido pelos demais como um intelectual ou que se centre em buscar prestígio, fama ou poder. O diálogo entre eles é dos mais belos, profundos e reveladores das Upaniṣads, antigos tratados filosóficos indianos.

Para instruir o filho, Uddālaka expõe, através de belas parábolas, como o Ilimitado está presente em tudo o que vive: humanos, animais e plantas. Ensina ao menino que, estando o Ser está em tudo e em todos, não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.

Para iniciar a conversação, Uddālaka pergunta ao menino: “Sábio e instruído filho meu, durante seus estudos, chegou a perguntar por Aquilo que não pode ser ouvido, mas graças ao que a audição é possível? O que é Aquilo que não pode ser visto, mas que torna possível a visão? O que é Aquilo que não pode ser conhecido, mas torna possível o conhecimento?”

Pasmo e indeciso, o jovem permaneceu em silêncio. O pai respondeu-lhe: “Conhecendo um único fragmento de argila, todos os objetos feitos de argila podem ser conhecidos. Conhecendo uma única pepita de ouro, todos os objetos feitos de ouro tornam-se conhecidos. A diferença entre dois objetos feitos de ouro está apenas nos nomes e formas.

“Em verdade, todas as jóias são apenas ouro, assim como todos os potes são argila. Conhecendo o ferro através de uma tesoura, conhece-se tudo o que é feito de ferro. Essa é a instrução. Consegue me dizer, querido filho, o que é Aquilo que, sendo conhecido, permite o conhecimento de tudo?” “Infelizmente, meu mestre não me instruiu a esse respeito, pai. Você pode me ensinar, por favor?”

“Certamente, filho. Toda a Criação é apenas Realidade. Essa Realidade é a Consciência. Essa Consciência é existência absoluta. O Ser é aquele Incomparável. Dele surgiu o Cosmos, e então ele entrou em cada ser vivente e objeto inanimado. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Ela é a verdade, o Ser Puro. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é o Ilimitado. Tattvamasi.”

“Pai, me fale mais sobre este Ser”.

“As abelhas colhem o néctar de infindáveis flores na mata para fabricar seu mel. Uma vez que o mel está feito, as diferentes gotas não dizem “eu vim daquela macieira, eu vim daquela roseira”. Da mesma forma, todos os diferentes seres vivos são o Ser. Nada existe que não derive do Ser. Ele é a essência de tudo. Ele é a verdade, a Pura Consciência. E você, Śvetaketu, é Isso. Tattvamasi. Você é Ilimitado.”

O jovem faz a seguinte pergunta ao seu pai: “Como é que a Criação inteira pôde surgir do Ser, se este é tão sutil e não tem nome nem forma?”

“Filho, traga para mim um fruto daquela figueira”. “Aqui está”.

“Agora, parta o figo ao meio”. “Feito, pai”.

“O que você vê?”

“Uma quantidade de sementes muito pequenas, quase infinitesimais”. “Corte uma ao meio, então.”

“Fiz, pai, com dificuldade”.

“O que você vê dentro?” “Nada, pai”.

“Filho meu, aquela essência sutil que não pode ser vista é o âmago a partir do qual esta imensa figueira cresce e vive. Confie nas minhas palavras, meu menino: aquilo que é a essência sutil de tudo o que existe é o puro Ser, que é consciência, realidade, amor. Esse Ser, é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Por favor, ensine-me mais, pai”.

“Meu filho, coloque esta pedra de sal num pote com água. Voltamos a conversar amanhã cedo”. O menino faz o que seu pai pede.

No dia seguinte, o pai diz: “Traga aquele sal que você colocou na água ontem”. “Não posso pai, ele está dissolvido”.

“Muito bem, então, prove a água. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água do centro do pote. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Prove água da outra beira. Como está?” “Salgada, pai, muito salgada”.

“Então, vá jogar essa água lá fora e venha para conversarmos mais”. Svetaketu assim faz.

“Você jogou a água na terra, mas o sal ainda existe. Da mesma maneira, no nosso corpo físico, não podemos enxergar a Consciência-realidade-amor, embora ela esteja sempre presente. Essa é a essência sutil que está presente em tudo e em todos. Esse Ser é quem você é. Tattvamasi. Você é este Ilimitado.”

“Esse Ser é você”: percebemos que esta afirmação é a base que sustenta todas as formas do convívio harmonioso. Se de fato somos todos idênticos, é preciso tratar os demais da mesma maneira que gostamos de ser tratados.

Descartamos o egoísmo e ficamos com o amor, a compaixão e a humildade, reconhecendo no outro o mesmo Ser que somos. Você é o Ser. As implicações dessa afirmação são enormes e podem transformar profundamente a visão que temos do nosso papel no mundo. Conta a história que o jovem Śvetaketu coloca posteriormente em prática o ensinamento recebido de seu pai, tornando-se um dos maiores sábios que a tradição do Yoga lembra.

Tattvamasi. Você é Aquele Ilimitado. Tattvamasi. Você é Ilimitado. Tattvamasi. Não existe nada que não derive da Consciência. Ela é a essência de tudo. Tattvamasi. Tattvamasi. Tattvamasi. Lembre-mos dos exemplos que o pai Lembre-mostra para o filho: do “nada” que é a semente, cresce a imensa árvore. O sal está em todos os lugares na água do mar, embora não seja visível. Quando a água é abosorvida pela terra, o sal permanece. Tattvamasi.

Bom, concluímos aqui. A nossa próxima reflexão será sobre o último dos quatro mahāvākya, das quatro grandes afirmações védicas, que é Ayam Ātma Brahman: o indivíduo é o Todo. Até lá! Namaste!

oṁ āpyāyantu mamāṅgāni | vākprāṇaścakṣuḥ śrotram | atho balam indriyāṇi ca sarvāṇi |

sarvaṁ brahma upaniṣadam | māhaṁ brahma nirākuryām |

mā mā brahma nirākarot |

anirakāraṇam astu anirākaraṇaṁ me astu |

Mantra Yoga

Pedro Kupfer

Módulo 4 . Cinco Passos para a Liberdade

39. Passo 5: O Grande Ensinamento || Tattvamasi, você é Ilimitado

tad ātmani nirate ya upaniṣatsu dharmāḥ | te mayi santu | te mayi santu ||

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