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SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO E BICARBONATO DE SÓDIO PARA FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO

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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E

VETERINÁRIAS

CAMPUS DE JABOTICABAL

SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE

POTÁSSIO E BICARBONATO DE SÓDIO PARA

FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO

Sebastião Aparecido Borges

Médico Veterinário

JABOTICABAL

Estado de São Paulo FEVEREIRO - 1997

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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E

VETERINÁRIAS

CAMPUS DE JABOTICABAL

SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE

POTÁSSIO E BICARBONATO DE SÓDIO PARA

FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO

Autor

: Sebastião Aparecido Borges

Orientador

: Prof. Dr. Joji Ariki

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Campus de Jaboticabal, como parte das exigências para a obtenção do título de MESTRE EM ZOOTECNIA - Área de Concentração em Produção Animal.

JABOTICABAL

Estado de São Paulo FEVEREIRO - 1997

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BORGES, SEBASTIÃO APARECIDO

B 725 s Suplementação de cloreto de potássio e bicarbonato de sódio para frangos de corte durante o verão. Jaboticabal, 1997. 84p.

Dissertação 9 (Mestrado). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Universidade Estadual Paulista.

1 - Frangos de corte - estresse calórico. I - A, II - T. II - Jaboticabal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

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“Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infeliz

e fingimos não perceber este momento.

Mas quem presta atenção ao seu dia descobre o momento mágico em que toda força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.

Este momento nos ajuda a sair em busca de sonhos.” Paulo Coelho

(5)

A minha família, pelo amor, carinho e incentivo à minha formação

profissional; DEDICO

AO MEU ORIENTADOR, PROF° DR. JOJI ARIKI, PELA DOAÇÃO DE PARTE DE UMA EXPERIÊNCIA ACUMULADA EM MAIS DE VINTE ANOS DE CARREIRA.

OFEREÇO

AGRADECIMENTO ESPECIAL

À DANIELY SALVADOR, ADRIANA PEDROSO E GLÁUCIA DE OLIVEIRA, pela colaboração em todos os momentos de execução deste trabalho,

(6)

AGRADECIMENTOS

Ao Profº Dr. JOJI ARIKI, pelo carinho, atenção, companheirismo, confiança e amizade nestes dois anos de convívio.

Aos Professores Vera Maria Barbosa de Morais, Marcos Macari, Áureo

Evangelista e Sérgio Nascimento Kronka, pela colaboração e sugestões em todas as

etapas de realização deste trabalho.

Aos colegas José Henrique Stringhini, Cyntia Martins, Irineo Zanella, Luiz

Eduardo, Roberto Jerônimo, Ramón, Leslie e Mônica Benatti, pela colaboração na

condução deste trabalho.

Aos técnicos Robson, Euclides e Sandra Curtarelli, pela colaboração na condução e coleta de dados nos experimentos.

Aos técnicos Eugênio, Maria Inês, Flávia e Lígia, do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Veterinário da FCAVJ-UNESP, pela colaboração na execução dos exames laboratoriais.

Aos funcionários Pedro, Vicente, João e Izildo, do Setor de Avicultura e Fábrica de Ração do Departamento de Zootecnia da FCAVJ-UNESP, pela disponibilidade e colaboração na condução dos experimentos.

Aos ex-professores Romão da Cunha Nunes, Marcos Barcelos Café, Hélio

Louredo, Eurípedes Laurindo Lopes, Nádja Mogyca Leandro, pela confiança que

sempre depositaram no meu trabalho.

A todos os amigos com os quais convivi durante minha permanência em Jaboticabal, especialmente, à Lucy, Alexandre Rosa, Patrícia, Marcelo Meireles,

Lígia, Gumercindo, Alex, Danísio, Suzane, Roberta, Rosimeire Silva, Sato, Roberto Leung, Douglas Emýgdio, Fábio Zancan, Paulo Roberto, Flávio e Rafael .

A CAPES, pela bolsa de estudos concedida durante o curso e a Prefeitura Municipal de Jaboticabal, pelos recursos fornecidos para a realização deste trabalho.

A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho e que, por falha de memória, não estão aqui citados, o nosso agradecimento.

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ÍNDICE

Página ÍNDICE DE QUADROS iv ÍNDICE DE FIGURAS vi 1 - RESUMO... 1 2 - INTRODUÇÃO ... 3 3 - REVISÃO DA LITERATURA ... 5

3.1 - FISIOLOGIA DO ESTRESSE CALÓRICO... 5

3.1.1 - Estresse calórico X Hematologia... 9

3.1.2 - Estresse calórico X Eletrólitos... 11

3.2 - MEDIDAS DE CONTROLE DO ESTRESSE CALÓRICO... 13

3.2.1 - Utilização de cloreto de potássio (KCl)... 13

3.2.2 - Utilização de bicarbonato de sódio (NaHCO3) ... 17

3.3 - BALANÇO HÍDRICO... 18

3.4 - RENDIMENTO DE CARCAÇA... 21

4 - MATERIAL E MÉTODOS ... 23

4.1 - LOCAL... 23

4.2 - INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS... 24

4.3 - MANEJO E NUTRIÇÃO DAS AVES... 24

4.4 - EXPERIMENTO I: SUPLEMENTAÇÃO DE BICARBONATO DE SÓDIO PARA FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO... 28

4.4.1 - Tratamentos e delineamento experimental ... 28

4.5 - EXPERIMENTO II: SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO PARA FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO... 29

(8)

4.6 - EXPERIMENTO III: SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO NA RAÇÃO OU NA

ÁGUA DE BEBIDA DE FRANGOS DE CORTE SUBMETIDOS A ESTRESSE CALÓRICO... 30

4.6.1 - Instalações, equipamentos e aves experimentais ... 30

4.6.2 - Tratamentos e rações experimentais... 32

4.6.3 - Delineamento experimental... 33

4.7 - ANÁLISE ESTATÍSTICA... 33

4.8 - PARÂMETROS ESTUDADOS... 33

4.8.1 - Desempenho ... 33

4.8.2 - Rendimento de carcaça, de partes e gordura abdominal ... 34

4.8.3 - Parâmetros sanguíneos... 35

5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 36

5.1- EXPERIMENTO I: SUPLEMENTAÇÃO DE BICARBONATO DE SÓDIO PARA FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO... 36

5.1.1 - Parâmetros zootécnicos ... 36

5.1.1.1 - Ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade ... 36

5.1.1.2 - Balanço hídrico... 38

5.1.1.3 - Rendimento de carcaça, peito, coxa+sobrecoxa, asa, pé+cabeça, dorso e gordura abdominal... 42

5.1.2 - Parâmetros sanguíneos... 43

5.2 - EXPERIMENTO II: SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO PARA FRANGOS DE CORTE DURANTE O VERÃO... 45

5.2.1 - Parâmetros zootécnicos ... 45

5.2.1.1 - Ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade ... 45

5.2.1.2 - Balanço hídrico... 48

5.2.1.3 - Rendimento de carcaça, peito, coxa+sobrecoxa, asa, pé+cabeça, dorso e gordura abdominal... 51

5.2.2 - Parâmetros sanguíneos... 53

5.3 - EXPERIMENTO III - SUPLEMENTAÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO NA RAÇÃO OU NA ÁGUA DE BEBIDA DE FRANGOS DE CORTE SUBMETIDOS A ESTRESSE CALÓRICO... 54

5.3.1 - Parâmetros zootécnicos ... 54

(9)

5.3.1.2 - Balanço hídrico... 56

5.3.2 - Parâmetros sanguíneos e temperatura retal... 57

6 - CONSIDERAÇÕES GERAIS... 62

7 - CONCLUSÕES... 66

8 - SUMMARY... 68

(10)

ÍNDICE DE QUADROS

Página QUADRO 1 - COMPOSIÇÃO DAS RAÇÕES EXPERIMENTAIS: EXPERIMENTO I ... 26

QUADRO 2 - COMPOSIÇÃO DAS RAÇÕES EXPERIMENTAIS: EXPERIMENTO II E III ... 27

QUADRO 3 - GANHO DE PESO (GP), CONSUMO DE RAÇÃO (CR), CONVERSÃO ALIMENTAR

(CA), MORTALIDADE (MT), RELAÇÃO ÁGUA/RAÇÃO (AG/RA) E UMIDADE DA CAMA

(UM) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM NAHCO3... 37

QUADRO 4 - CONSUMO DE ÁGUA POR AVE POR DIA (L) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM NAHCO3... 39

QUADRO 5 - RENDIMENTO DE CARCAÇA, PEITO, COXA+SOBRECOXA, ASA, PÉ+CABEÇA, DORSO E GORDURA ABDOMINAL EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM

NAHCO3... 43

QUADRO 6 - NÍVEIS SANGUÍNEOS DE POTÁSSIO (K), SÓDIO (NA), HEMÁCIAS (HE), HEMOGLOBINA (HB), HEMATÓCRITO (HT), HETERÓFILO (HFILO), LINFÓCITO (LCITO) E RELAÇÃO HETERÓFILO/LINFÓCITO (HFILO/LCITO) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM NAHCO3... 44

QUADRO 7 - GANHO DE PESO (GP), CONSUMO DE RAÇÃO (CR), CONVERSÃO ALIMENTAR

(CA), MORTALIDADE (MT), CONSUMO DE ÁGUA (AG), RELAÇÃO ÁGUA/RAÇÃO

(AG/CR) E UMIDADE DA CAMA (UM) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM

KCL... 46

QUADRO 8 - RENDIMENTO DE CARCAÇA, PEITO, COXA+SOBRECOXA, ASA, PÉ+CABEÇA, DORSO E GORDURA ABDOMINAL EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL52

(11)

QUADRO 9 - NÍVEIS SANGUÍNEOS DE POTÁSSIO (K), SÓDIO (NA), HEMÁCIAS (HE), HEMATÓCRITO (HT), HEMOGLOBINA (HB), HETERÓFILO (HFILO), LINFÓCITO (LCITO) E RELAÇÃO HETERÓFILO/LINFÓCITO (HFILO/LCITO) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL... 53

QUADRO 10 - GANHO DE PESO (GP), CONSUMO DE RAÇÃO (CR), CONVERSÃO ALIMENTAR

(CA), CONSUMO DE ÁGUA (AG), RELAÇÃO ÁGUA/RAÇÃO (AG/CR) E MATÉRIA SECA DAS EXCRETAS (MS) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL E SUBMETIDOS À ESTRESSE CALÓRICO... 55

QUADRO 11 - TEMPERATURA RETAL (TR), HEMATÓCRITO (HT), HETERÓFILO (HFILO), LINFÓCITO (LCITO), RELAÇÃO HETERÓFILO/LINFÓCITO (HFILO/LCITO) E POTÁSSIO SANGUÍNEO (K) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL E SUBMETIDOS À ESTRESSE CALÓRICO... 57

QUADRO 12 - HEMÁCIAS X 106(MM3) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL E SUBMETIDOS À ESTRESSE CALÓRICO... 60

QUADRO 13 - HEMOGLOBINA (G/DL) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL E SUBMETIDOS À ESTRESSE CALÓRICO... 60

QUADRO 14 - NÍVEIS PLASMÁTICOS DE SÓDIO (MMOL/L) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL E SUBMETIDOS À ESTRESSE CALÓRICO... 61

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ÍNDICE DE FIGURAS

Página FIGURA 1 - TEMPERATURA (ºC) E UMIDADE RELATIVA (%) NO AVIÁRIO EXPERIMENTAL 25

FIGURA 2 - TEMPERATURA (ºC) E PH DA ÁGUA FORNECIDA ÀS AVES SUPLEMENTADAS COM NAHCO3 NA RAÇÃO... 28

FIGURA 3 - TEMPERATURA (ºC) E PH DA ÁGUA FORNECIDA ÀS AVES SUPLEMENTADAS COM KCL NA RAÇÃO ... 30

FIGURA 4 - TEMPERATURA (ºC) E UMIDADE RELATIVA (%) EM CÂMARA CLIMÁTICA... 31

FIGURA 5 - TEMPERATURA (ºC) MÁXIMA E MÍNIMA DA ÁGUA FORNECIDA ÀS AVES EM CÂMARA CLIMÁTICA... 32

FIGURA 6 - CONSUMO SEMANAL DE ÁGUA (L) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM NAHCO3 NA RAÇÃO ... 39

FIGURA 7 - RELAÇÃO SEMANAL DO CONSUMO DE ÁGUA (L) COM O PESO VIVO (KG) DE FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM NAHCO3 NA RAÇÃO... 42

FIGURA 8 - CONSUMO SEMANAL DE ÁGUA (L) EM FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL NA RAÇÃO... 49

FIGURA 9 - RELAÇÃO SEMANAL DO CONSUMO DE ÁGUA (L) COM O PESO VIVO (KG) DE FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM KCL NA RAÇÃO... 50

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1 - RESUMO

Dois experimentos foram conduzidos com objetivo de avaliar os efeitos da suplementação de 0,5, 1,0 e 1,5% de bicarbonato de sódio (NaHCO3) e 0,5 e 1,0% de cloreto de potássio (KCl) na ração de frangos de corte, durante o verão, a partir de 21 ou 35 dias até 49 dias de idade sobre o consumo de água, umidade da cama, desempenho, gordura abdominal, rendimento de carcaça e parâmetros hematológicos. Foram utilizados 2.400 frangos machos da linhagem Ross com 21 dias, recebendo rações à base de milho e farelo de soja, com consumo à vontade, contendo 20% de proteína bruta e 3.200 kcal EM/kg, utilizando o delineamento experimental em blocos ao acaso em esquema fatorial 2x3+1 (idades x níveis de NaHCO3 + testemunha) e 2x2+1 (idades x níveis de KCl + testemunha) com 5 repetições.

Um terceiro experimento com objetivo de avaliar os efeitos da suplementação de KCl na água e na ração sobre os parâmetros zootécnicos, sanguíneos e a temperatura retal de frangos de corte (42 a 49 dias) submetidos à estresse calórico (mantidos 16h a 25 ± 1ºC, 2h com temperatura crescente, 4h a 35 ± 1ºC e 2h com temperatura decrescente até a termoneutralidade com umidade relativa de 63,5% ± 5). Foi utilizado o delineamento em parcela subdividida 5x2 ( 5 tratamentos x 2 momentos de coleta) com 4 repetições.

(14)

Não houve diferença estatística (P>0,05) para os resultados de ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, mortalidade, rendimento carcaça, peito, coxa + sobrecoxa, asa, pé + cabeça, gordura abdominal e parâmetros sanguíneos nas aves suplementadas com NaHCO3 na ração. Todavia, com o aumento dos níveis de NaHCO3 ocorreu um aumento (P<0,05) no consumo de água, relação água/ração e umidade da cama.

Os parâmetros sanguíneos, mortalidade, rendimento de carcaça e gordura abdominal não foram influenciados pela adição de KCl na ração. Porém, a suplementação resultou em maior (P<0,05) ganho de peso, consumo de ração, umidade da cama, relação água/ração e melhor conversão alimentar. O consumo de água foi superior (P<0,05) para aves suplementadas a partir de 21 dias e recebendo 1,0% de KCl. O rendimento de peito foi inferior (P<0,05) e o de dorso, superior nas aves suplementadas.

Em aves estressadas, o KCl, tanto na água como na ração, não afetou (P>0,05) o consumo de ração, conversão alimentar, ganho de peso, consumo de água, mortalidade, relação água/ração, matéria seca das excretas e os parâmetros hematológicos avaliados. O estresse calórico provocou um aumento (P<0,05) na temperatura retal, hematócrito, hemoglobina, heterófilo e relação heterófilo/linfócito, reduzindo (P<0,05) hemácias, linfócito, sódio e potássio circulante.

A suplementação de KCl teve efeito positivo sobre o desempenho de frangos de corte criados durante o verão. A temperatura retal e a relação heterófilo/linfócito são variáveis que podem ser usadas como índices de estresse.

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2 - INTRODUÇÃO

A evolução da genética e da nutrição avícola resultou em um frango de corte precoce e de grande eficiência na conversão de alimento em proteína de alta qualidade. Apesar disso, uma série de problemas metabólicos e de manejo tem surgido, destacando-se entre eles o estresdestacando-se calórico. A susceptibilidade das aves ao estresdestacando-se calórico aumenta à medida que o binômio umidade relativa e temperatura ambiente ultrapassam a zona de conforto térmico, dificultando assim a dissipação de calor, incrementando consequentemente a temperatura corporal da ave, com efeito negativo sobre o desempenho.

A queda de desempenho dos frangos de corte em função de temperaturas elevadas é de grande interesse de estudo em regiões quentes, especialmente se os frangos são criados em altas densidades e o sistema de ventilação e nebulização é ineficiente. Experimentalmente é difícil simular condições de clima quente e/ou de estresse calórico, pois o estresse é o resultado de combinações cíclicas de temperatura e umidade relativa.

Algumas técnicas de manejo podem ser usadas para minimizar as perdas econômicas por estresse calórico, podendo-se citar, estre outros, a utilização de

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ventiladores e nebulizadores, a observação de parâmetros técnicos básicos na construção das instalações, manipulação da proteína e energia da dieta, aclimatação dos animais, utilização de antitérmicos, ácido ascórbico, eletrólitos, manejo do arraçoamento e o manejo da água de bebida. Uma das consequências do estresse é a quebra do equilíbrio ácido base com o aparecimento da alcalose respiratória. Assim, um dos métodos usados para o controle do estresse calórico é a tentativa de manipulação química do equilíbrio ácido base através de compostos como bicarbonato de sódio (NaHCO3), cloreto de potássio (KCl), cloreto de cálcio (CaCl2) e cloreto de amônia (NH4Cl) na água e/ou na ração.

Existem muitas controvérsias sobre os melhores métodos para se evitar as perdas causadas pelo calor em criações comerciais de frango de corte. Dentro deste contexto é necessário estudar os efeitos da adição de sais na ração das aves sobre a produtividade, propondo medidas práticas para se evitar as perdas causadas pelas temperaturas elevadas.

O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da inclusão de diferentes concentrações de bicarbonato de sódio (NaHCO3) e cloreto de potássio (KCl) em rações de frangos de corte, durante o verão, a partir de duas idades, sobre o desempenho produtivo, características de carcaça e parâmetros sanguíneos, além de avaliar os efeitos do estresse calórico e da suplementação de cloreto de potássio na água de bebida e na ração sobre o desempenho e parâmetros fisiológicos de frangos de corte.

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3 - REVISÃO DA LITERATURA

3.1 - Fisiologia do estresse calórico

Nas criações de frangos de corte normalmente ocorrem agentes estressores, tais como doenças, vacinações, instalações inadequadas, ventilação deficiente, densidades populacionais elevadas e variações na temperatura e umidade. Estes agentes variam de local para local, em duração e intensidade, podendo ocorrer isoladamente e/ou concomitantemente.

Devido ao alto custo das instalações com ambiente controlado e/ou equipamentos que minimizem as temperaturas internas dos aviários, a avicultura brasileira tem experimentado grandes perdas econômicas causadas pelo estresse calórico e flutuações de temperatura, traduzindo em elevada mortalidade e conversão alimentar ruim, embora estes números não sejam bem quantificados pelas empresas de exploração avícola. Porém, pouco se sabe sobre qual temperatura deve ser considerada estressante para as aves em suas diferentes fases de criação nas diferentes regiões avícolas do país.

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O aumento da temperatura corporal, em função da exposição à temperaturas acima da zona de conforto térmico, exerce um impacto negativo sobre o desempenho do animal, afetando a eficiência alimentar, consumo de alimento, taxa de crescimento e sobrevivência (KEMPSTER, 1938; ADAMS et al., 1962; REECE et al., 1972; MELTZER, 1983; FRANCIS et al., 1991; MACARI et al., 1994; RUTZ, 1994; TINÔCO, 1995).

A partir da segunda semana de vida das aves, o ambiente é considerado ideal quando a temperatura está entre 20 a 25ºC (McNAUGHTON & REECE, 1982; TEETER, 1989; LEENSTRA & CAHANER, 1991; TINÔCO, 1995) e umidade relativa de 50 a 70% (TINÔCO, 1995). A zona de conforto térmico é definida como uma faixa de temperatura na qual a homeotermia é mantida principalmente às expensas de compensações físicas com o mínimo de gasto energético (MACARI et al., 1994).

A redução no ganho de peso de frangos de corte criados em temperaturas elevadas tem sido atribuido ao menor consumo de alimento (SQUIBB et al., 1959; MILLIGAN & WINN, 1964; DALE & FULLER, 1979; HOWLIDER & ROSE, 1987; SMITH & TEETER, 1987a; Cerniglio et al., 1978 citado por DAGHIR, 1991; SUK & WASHBURN, 1995). Atualmente, os efeitos prejudiciais no desempenho de aves durante o estresse pelo calor tem merecido atenção especial de fisiologistas e nutricionistas.

A temperatura corporal das aves é regulada através de mecanismos fisiológicos e respostas comportamentais. Na interação entre o ambiente e o frango de corte, a percepção dos estímulos pelos termorreceptores periféricos e unidades termossensíveis no Sistema Nervoso Central e sua integração induz a ativação de mecanismos controladores e a participação dos sistemas efetores induzem respostas para a manutenção da homeostase orgânica. Para a manutenção da homeostase térmica, os mecanismos de termorregulação são ativados quando da exposição ao frio ou calor. A perda de calor sensível pela radiação, condução e convecção é importante em temperaturas baixas e depende da diferença do gradiente de temperatura entre a pele do animal e o ambiente. Por sua vez, a perda de calor latente pela evaporação é mais importante em temperaturas elevadas e ocorre principalmente pela respiração, podendo ser limitada pela umidade relativa do ar. Assim, o termobalanço em frangos de corte é

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determinado pelo somatório da produção de calor e pela dissipação por processos evaporativos ou não (MACARI et al., 1994).

Animais submetidos à temperatura e umidade relativa elevadas apresentam como resposta um aumento na taxa respiratória (STURKIE, 1965; MATHER et al., 1980; RAUP & BOTTJE, 1990), levando a uma redução no gás carbônico do sangue (BOTTJE & HARRISON, 1985a; TEETER et al., 1985; FURLAN, 1992). A queda no CO2 resulta em uma alteração no balanço ácido base denominada alcalose respiratória (LINSLEY & BURGER, 1964; CALDER & SCHMIDT-NEILSON, 1968; KOHNE & JONES, 1975b; FURLAN, 1992). A alcalose respiratória é um processo anormal, resultando deste aumento da ventilação alveolar de modo desproporcional a produção endógena de gás carbônico, assim, a pressão parcial de CO2 diminuída leva à queda na concentração de ácido carbônico (H2CO3) e hidrogênio (H+). Há então, um aumento na excreção de bicarbonato (HCO3-) e uma redução na excreção de H+ pelos rins para manter o equilíbrio ácido base do animal (BOTTJE & HARRISON, 1985a; TEETER et al., 1985; MACARI et al., 1994).

O termo estresse calórico é geralmente usado para definir a resposta das aves ao calor ambiental, onde uma resposta fisiológica anormal é observada. Bianca (1964), citado por LEESON (1986), concluiu que a taxa respiratória é influenciada pela temperatura da água quando as aves são submetidas a temperaturas elevadas (40ºC), ou seja, aves bebendo água fria (14ºC) diminuem a taxa respiratória de 130 para 40 respirações por minuto, e animais consumindo água quente (40ºC) aumentam esta taxa de 130 para 180 respirações por minuto. Admite-se que para cada grama de água evaporada, via respiração, a ave perde 550 cal (MACARI et al., 1994).

Entre as respostas compensatórias das aves quando expostas a temperaturas elevadas inclui-se a vasodilatação periférica (NOLAM et al., 1978), resultando em aumento na perda de calor não evaporativo (BOTTJE et al., 1983; DARRE & HARRISON, 1987). Assim, na tentativa de aumentar a dissipação de calor, a ave consegue aumentar a área superficial, mantendo as asas afastadas do corpo, eriça as penas e promove aumento da circulação periférica. A perda de calor não evaporativo pode também aumentar com o aumento na produção de urina se esta perda de água for

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compensada pelo aumento no consumo de água fria (VAN KAMPEN, 1981; TEETER et al., 1987; BELAY & TEETER, 1993).

O pH normal do sangue das aves varia, sob condições fisiológicas, na faixa de 7,2 a 7,3 (TEETER et al., 1985). Pesquisas recentes dão grande relevância ao equilíbrio ácido base. Para que os processos orgânicos vitais possam transcorrer normalmente, é de fundamental importância que o pH dos líquidos orgânicos mantenha-se dentro de limites muito estreitos. Uma variação no equilíbrio ácido-base do sangue pode diminuir a eficiência no metabolismo do animal, resultando numa redução de produtividade (MONGIN, 1981; AIT-BOULAHSEN et al., 1995). Porém, o estresse calórico além de espoliar grande quantidade de ácido orgânico (CO2 ) pode alterar o equilíbrio eletrolítico (FISCHER DA SILVA et al., 1994).

As perdas econômicas relacionadas com a debilidade das aves ao intenso calor são significativas, pois geralmente ocorrem quando os frangos estão prontos para o abate (REECE et al., 1972). Produtores relatam que os frangos machos tendem a ser mais susceptíveis ao estresse térmico do que as fêmeas, concordando com RESENDE et al. (1986) e CAHANER & LEENSTRA (1992), quando mostraram redução no consumo de ração, ganho de peso e pior conversão alimentar nestas aves. Os efeitos mais pronunciados de altas temperaturas sobre machos é resultado do seu maior peso corporal ou pelos fatores específicos do sexo, tais como, composição corporal e eficiência alimentar, porém, não estando totalmente esclarecido.

Em experimento com diferentes linhagens, CAHANER & LEENSTRA (1992) observaram que há uma redução no peso corporal e eficiência alimentar devido a altas temperaturas a medida que aumenta a idade da ave. Esta redução no crescimento foi maior em grupos com alta taxa de crescimento. As fêmeas, que apresentaram menor taxa de crescimento e maior capacidade de armazenar gordura, foram menos afetadas pelas altas temperaturas.

Com o passar dos dias a ave melhora a capacidade de regular a temperatura corporal em relação à ambiental (MYHRE et al., 1975). Frangos criados em temperaturas acima da zona de conforto (31,8ºC) apresentam temperaturas retais maiores do que aqueles criados na termoneutralidade (RESENDE et al., 1986). A temperatura retal é um bom indicador de estresse calórico, sugerindo o uso da temperatura

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corporal como uma medida da aclimatação das aves, posto que a temperatura retal atinge o equilíbrio mais lentamente do que muitos outros pontos internos, porém, é importante que o termômetro seja introduzido a uma profundidade constante (MAY et al., 1987).

Normalmente quando a temperatura corporal atinge de 44,5ºC a 47ºC o animal morre (AIT-BOULAHSEN et al., 1989; RUTZ, 1994). O potencial de termorregulação para reagir ao frio é bem mais desenvolvido do que para reagir ao calor. Provavelmente esta melhor resposta se deve ao fato das aves utilizarem, além dos mecanismos comportamentais e físicos, os mecanismos químicos (BAIÃO, 1995).

3.1.1 - Estresse calórico X Hematologia

O uso da hematologia como ferramenta para diagnosticar doenças e detectar alterações fisiológicas tem aumentado na avicultura. Isso está diretamente relacionado com o surgimento de novas técnicas, novas doenças e principalmente com a necessidade de se ter uma resposta precisa sobre a enfermidade que acomete os plantéis avícolas. Todavia um longo caminho deve ainda ser percorrido para torná-la de uso cotidiano, visto que as interrelações existentes, entre ave e ambiente e suas consequências sobre parâmetros fisiológicos, não estão bem esclarecidos.

A manutenção do pH constante é de vital importância para o animal, já que pequenas quantidades de ácidos ou bases fortes livres podem levar o pH a limites incompatíveis com a vida. A alteração no pH pode provocar distúrbios no metabolismo, na permeabilidade de membrana, na forma molecular da proteína, no balanço eletrolítico, etc. No entanto, sua constância é mantida pelos sistemas tampões. Os principais sistemas tampões do sangue são o bicarbonato/dióxido de carbono, a hemoglobina, as proteínas plasmáticas e os fosfatos (MACARI et al., 1994).

O sistema cardiovascular é particularmente sensível a mudanças de temperatura e se constitui em um importante indicador das respostas fisiológicas da ave a agentes estressores. Alterações quantitativas e morfológicas nas células sanguíneas podem estar associadas ao estresse calórico, traduzidas por variações nos valores do hematócrito, leucócitos circulantes, conteúdo de eritrócitos, teor de hemoglobina no eritrócito e níveis

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de eosinófilos (WILSON, 1971). Valores hematológicos normais para aves são relacionados por ZINKL (1986).

A comparação da relação heterófilo/linfócito com os níveis de corticosterona no plasma, como índices de estresse, indicam a primeira como índice mais confiável de percepção de estresse ambiental em frangos de corte, sendo que esta mede uma mudança fisiológica, enquanto que a concentração de corticosteróide no sangue é afetada por muitos fatores antes da mudança fisiológica ocorrer. A proporção heterófilo/linfócito mede variações ambientais de longo período, enquanto os níveis de corticosterona é melhor para variações ambientais de curta duração (GROSS & SIEGEL, 1983).

A relação heterófilo/linfócito tem sido proposta como um índice sensível de estresse crônico em frangos de corte (GROSS & SIEGEL, 1983; McFARLANE & CURTIS, 1989; MACARI et al., 1994; ZULKIFLI & SIEGEL, 1995).

McFARLANE & CURTIS (1989) observaram um aumento significativo na relação heterófilo/linfócito (0,57 para 0,73) em frangos de corte submetidos a estresse calórico (34,8ºC), o que é resultado do aumento na porcentagem de heterófilos e redução de linfócitos (McFARLANE et al., 1989). A concentração de corticosterona plasmática não foi afetada pelo estresse, indicando que a mudança na contagem de leucócitos circulantes em frangos estressados é menos variável e mais contínua do que os níveis de corticosterona.

A restrição alimentar reduz o número de linfócitos circulantes, não alterando a contagem de heterófilos, provocando um pequeno aumento na relação heterófilo/linfócito em frangos (MAXWELL et al., 1990b). O número de leucócitos aumenta após o estresse térmico (FURLAN, 1992) e as proporções heterófilo/linfócito de 0,2, 0,5, e 0,8 são sugeridas como características de níveis baixo, favorável e alto de estresse, respectivamente (Gross & Siegel, 1993 citado por ZULKIFLI & SIEGEL, 1995).

O estresse pode causar atrofia de tecidos linfóides (timo, baço, “bursa de Fabricius”) o que reduz o número de linfócitos circulantes e aumenta o número de heterófilos (Siegel, 1983 citado por ZULKIFLI & SIEGEL, 1995) e o aumento de corticosteróides pode exacerbar o problema. Como resultado há um aumento na relação heterófilo/linfócito (MCKEE & HARRISON, 1995).

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Temperaturas elevadas provocam hemodiluição, permitindo a perda de água evaporativa sem comprometer o volume plasmático, sendo que a maior parte da água perdida está no compartimento extracelular (DARRE & HARRISON, 1987; ARAD et al., 1989). Alterações celulares são observadas quando há variação do volume sanguíneo (SWENSON, 1988).

Investigações de MAXWELL et al. (1990a) mostraram uma redução na hemoglobina quando frangos de corte são submetidos ao estresse da restrição alimentar, enquanto o conteúdo de hemácias aumentou significativamente nestas aves. O aumento de células vermelhas pode significar sua maior liberação a partir da medula óssea para compensar a hemoglobina diminuída. Os frangos machos têm contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito maior e, menor contagem de leucócitos que frangas. Isso sugere que frangos machos são mais afetados quando submetidos à estresse (GARCIA et al., 1992; MAXWELL et al., 1990a).

MAcFARLANE et al. (1989) observaram que no estresse calórico ocorreu um aumento nos valores do hematócrito, podendo ser justificado por um aumento no número de hemácias (MAXWELL et al., 1990a). Contradizendo estes resultados, vários autores afirmaram que o estresse térmico provoca uma redução no valor do hematócrito (MAXWELL et al., 1990a; RAUP & BOTTJE, 1990; DEYHIM & TEETER, 1991; FURLAN, 1992; CISCATO, 1995), hemoglobina e eritrócitos em frangos de corte (FURLAN, 1992; CISCATO, 1995).

3.1.2 - Estresse calórico X Eletrólitos

Eletrólito pode ser definido como uma substância química, que se dissocia nos seus constituintes iônicos, tendo como função fisiológica principal a manutenção do balanço ácido base corporal. O sódio (Na+), o potássio (K+) e o cloro (Cl-) são eletrólitos fundamentais na manutenção da pressão osmótica e balanço ácido base dos líquidos corporais. Assim, os efeitos do balanço iônico da dieta no desempenho de frangos de corte podem estar relacionados com as variações no balanço ácido base (HULAN et al., 1986).

O K+, o mais abundante cátion intracelular, está envolvido em muitos processos metabólicos, incluindo condução nervosa, excitação e contração muscular.

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Consequentemente, mudanças na homeostase de K+ podem afetar as funções celulares (THIER, 1986). A proporção K+/Na+ através da membrana da célula e concentração de K+ dentro da célula, regula o volume celular, sendo que o K+ influencia o conteúdo de água intracelular. Estudos com desidratação térmica, seguida de reidratação em humanos, demonstraram que o grau de déficit de água no fluído intracelular foi associada à perda de K+ intracelular e o déficit de fluído extracelular foi ligada a perda de Na+ plasmático. O grau de reidratação de fluído intracelular foi determinado pela habilidade de restauração do K+ (NOSE et al., 1988).

Algumas pesquisas constataram que os níveis séricos de K+ aumentam no estresse calórico agudo (KOHNE & JONES, 1975a; BOTURA, 1993) enquanto a concentração de Na+ diminui a medida que a temperatura aumenta (BOTURA, 1993). Outros estudos mostraram que a concentração plasmática de Na+ e K+ reduz significativamente em frangos estressados pelo calor enquanto que o Cl- aumenta (EDENS, 1976; HUSTON, 1978; DEYHIM et al., 1990; BELAY & TEETER, 1993). Nos seres humanos a hipercalemia pode resultar em acidose metabólica, tanto pela redução da excreção de amônia como pela limitação da reabsorção de carbonato pelo rim (Kaufman & Papper, 1983 citado por AIT-BOULAHSEN et al., 1995). Segundo Patience (1989), citado por GOLDFLUS (1996), a hipocalemia ocorre quando o nível de K+ do soro sanguíneo atinge valor abaixo de 2,4 mEq/l, e a hipercalemia acima de 7,0 mEq/l.

Submetendo frangos a estresse calórico AIT-BOULAHSEN et al. (1989) não encontraram correlação entre as mudanças na temperatura retal das aves com alterações de Na+ e K+ plasmáticos. No entanto, o calor induziu à hemodiluição, sendo associado com aumento de Na+ e Cl- plasmático e redução de K+ . Esta queda de K+ pode estar relacionada com mudança de K+ entre as células musculares e o fluído extracelular, aumento na excreção de K+ , ou aumento na passagem de K+ para o eritrócito ou pele. Outra possibilidade sugerida é que a exposição à temperatura muito alta (45-49ºC) resulta em aumento do K+ plasmático em frangos por lesão celular com consequente liberação de K+ da célula.

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3.2 - Medidas de controle do estresse calórico

3.2.1 - Utilização de cloreto de potássio (KCl)

A utilização de sais via água de bebida ou ração é uma alternativa de manejo frequentemente empregada pelos produtores de frangos de corte para reduzir as perdas econômicas por estresse calórico. Dentre os aditivos mais usados está o KCl.

Frangos termoestressados exibem sinais de fraqueza muscular, paralisia (GILLIS, 1948) e, frequentemente, na hora da morte, tetania muscular (SMITH & TEETER, 1987c). Isto sugere que a prostração induzida por estresse calórico em frangos pode ser relacionada à alcalose seguida de hipocalemia.

O estresse calórico diminui a concentração de K+ no plasma (HUSTON, 1978), provoca uma menor retenção e uma maior excreção (DEETZ & RINGROSE, 1976; LEESON, 1986; SMITH & TEETER, 1987a) deste íon. Isso acarretará deficiência em K+ para a célula, se uma quantidade adequada não for fornecida. O aumento nos níveis de suplementação de K resulta em níveis aumentados deste no plasma (LEESON, 1986), enquanto que um aumento na excreção é observado, mesmo quando níveis dietéticos superiores são utilizados.

Aves criadas a 35°C excretam 27,3% mais K+ do que aquelas a 24°C (SMITH & TEETER, 1987a), sendo um valor estatisticamente significativo. A alcalose respiratória, em mamíferos, provoca a redução da competição entre H+ e K+ para excreção urinária e portanto, aumenta a perda de K+ na urina. O excesso de íons K+ compete com os ânions tampões do líquido tubular renal, impedindo a remoção do H+, sendo este reabsorvido, podendo levar a uma acidose (BACILA, 1980). Tal mecanismo, se presente em frangos, poderia aumentar sua necessidade de K durante o período de estresse calórico.

Há evidências recentes de que as células intercaladas do ducto coletor, secretoras de ácidos, também secretam H+. A magnitude deste processo em condições normais é desconhecida, porém, esta atividade é aumentada pela hipocalemia e parece ser um importante contribuinte para acidificação renal (CUNNINGHAM, 1992).

DEYHIM et al. (1990) mostraram um balanço negativo de Na+ e K+ em aves estressadas por temperaturas elevadas relacionado com um aumento na excreção

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urinária. Trabalhos conduzidos por BELAY et al. (1992) confirmaram que o estresse calórico tem efeito adverso sobre o balanço mineral com o aumento na excreção de vários minerais.

As recomendações nutricionais de K para frangos de corte são de 0,23 a 0,40% (BURNS et al., 1953), 0,21 a 0,24% (ROBBINS et al., 1982), 0,73% (TEETER & SMITH, 1986), 0,30% (NRC, 1994) e 0,60% (RUTZ, 1996). O K+, embora um íon muito importante no organismo animal, está presente em abundância na maioria das dietas animais, ao contrário do Na+, que está presente em quantidades nutricionalmente inadequadas nos alimentos naturais destinados à nutrição animal.

A suplementação de KCl (0,05; 0,10; e 0,15%) na água de bebida de frangos termoestressados cronicamente (35ºC e 70% de umidade relativa) aumentou linearmente o ganho de peso. Porém, o KCl não alterou o pH do sangue. Também foi constatada uma interação entre a suplementação de NH4Cl e KCl e ganho de peso, sugerindo que K+ ou Cl-, bem como o balanço ácido base, limitam a taxa de crescimento de frangos em estresse calórico (TEETER & SMITH, 1986).

Aves consumindo 1,5% de Ksuplementar na dieta (na forma de KCl) ganharam mais peso do que o grupo controle. Entretanto, com 2,0% de suplementação de K o ganho foi intermediário entre aquele obtido com 1,0 e 1,5% da dieta. Comparadas com aves em condições termoneutras, aves expostas a estresse calórico tiveram ganho de peso 31% menor. A adição de 0,36% de K, como KCl, na água diminuiu essa diferença para 22%, sendo o efeito deletério do estresse calórico parcialmente aliviado (SMITH & TEETER, 1987a).

Submetendo frangos entre 6-8 semanas de idade à temperatura de 26,6 para 36,7oC e 70% de umidade relativa, considerando condições de estresse calórico agudo, SMITH & TEETER (1987c) estabeleceram uma relação entre a capacidade das aves de sobreviver ao estresse e a ingestão de K. Assim, o aumento da dose de KCl (0,0; 0,4; 0,6; 0,8%) na água promoveu maior taxa de sobrevivência das aves que, ganharam mais peso e tiveram melhor eficiência alimentar.

Aves submetidas a estresse calórico de 28-56 dias de idade suplementadas com 0,48% de KCl na água de bebida apresentaram menor consumo de alimento, maior eficiência alimentar, maior consumo de água, menor temperatura corporal e maior

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sobrevivência do que aves não suplementadas (SMITH & TEETER, 1988). Segundo os autores, o manejo do alimento e da água durante o verão pode compensar os efeitos negativos do estresse calórico e a retirada de alimento e o estímulo ao consumo de água servem para reduzir a temperatura corporal, diminuindo assim a carga de calor total experimentado pela ave.

As diferentes respostas obtidas com a suplementação de sais para frangos de corte em condições de estresse calórico, podem estar relacionadas com as diferenças na absorção destes sais. Por exemplo, os eletrólitos monovalentes têm maior taxa de absorção por causa do maior grau de permeabilidade exibido pela membrana intestinal (Ingraham & Visscher, 1936, citado por SMITH & TEETER, 1989).

O Na+ pode ser absorvido por co-transporte com moléculas orgânicas (Na+ -Glicose), absorção aclopada de sódio-cloreto e por difusão simples. O K é absorvido por difusão passiva paracelular devido ao gradiente de concentração. Assim, a medida que se aumenta a concentração de K no lúmen intestinal, cria-se um gradiente favorável à absorção deste íon. A absorção de Kestá ligada diretamente à absorção de água. Nos casos em que a absorção de água é reduzida, a absorção de K também o é. O Cl é absorvido pelo sistema de aclopamento com Na, paracelular, e por troca de cloreto/bicarbonato (CUNNINGHAM, 1992).

SMITH & TEETER (1989), criando frangos de corte machos a temperaturas cíclicas de 26,6°C para 36,7°C de 21 a 42 dias de idade, observaram que o ganho de peso e a eficiência alimentar foram melhoradas em 14 e 15%, respectivamente, com a adição de KCl na água. Em outro experimento, os mesmos pesquisadores, adicionando KCl na água observaram aumento no consumo de água em 42% bem como no consumo de alimento, entretanto a conversão alimentar não foi afetada. Com a adição de KCl, sulfato de potássio (K2SO4) e cloreto de sódio (NaCl) na água de bebida em uma base equimolar as respostas foram semelhantes, sugerindo que a resposta de ganho pode ser devido ao aumento no consumo de água e não à ingestão de Na ou K por si. TEETER (1990) observou que a suplementação de KCl na água de frangos de corte aumenta o consumo de ração e a taxa de crescimento, apenas quando a temperatura da água consumida é menor que a temperatura corporal.

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DEYHIM & TEETER (1991), avaliando os efeitos da suplementação de KCl (0,5%) e NaCl (0,39%) na água de frangos estressados pelo calor (ciclo de 24 à 35°C), observaram aumento no consumo de água e na viabilidade. O NaCl diminuiu a pressão de dióxido de carbono (PCO2) e HCO3- venoso, aumentou a pressão de oxigênio (PO2), não tendo nenhum efeito sobre o pH venoso, em relação aos animais que não receberam NaCl. O KCl diminuiu o pH sanguíneo e o nível de HCO3-, mas não afetou a PO2 e PCO2, em relação as aves controle. Os resultados sugerem que o NaCl, mesmo sendo menos eficaz do que KCl, reduz as consequências do estresse térmico em frangos, por um mecanismo ainda desconhecido, provavelmente pelo aumento no consumo de água. Resultados semelhantes foram encontrados por SMITH & TEETER (1993).

Submetendo frangos de corte a estresse calórico (26,8 por 12 horas e a 36,7°C por 12 horas) e suplementando KCl na água (0,2%) durante 21 dias SMITH & TEETER (1992) constataram que, aves suplementadas continuamente ganharam 7% mais peso do que aquelas não suplementadas. Houve uma tendência para aumentar o ganho de peso nas aves suplementadas durante o período de doze horas quentes, mas não durante o período mais frio.

A exposição de frangos a 35ºC por quatro horas aumentou a perda de água, via urina, em 64% quando comparado com aves alojadas a 24ºC, embora este aumento de excreção seja independente do consumo de água. A suplementação de KCl (0,75%) na água de bebida das aves aumentou significativamente, o consumo de água em 91%, a perda de calor evaporativo em 20% e a eficiência respiratória aparente em 26,7% (BELAY & TEETER, 1993).

Frangos de corte criados sob condições de estresse calórico crônico (12h a 24°C, 3h de 24°C-37°C, 6h a 37°C e 3h de 37°C-24°C) de 36 a 50 dias de idade, por BEKER & TEETER (1994), apresentaram o consumo de alimento e ganho de peso maiores quando a temperatura da água foi mantida abaixo de 26,7°C e com suplementação de 0,5% de KCl. Entretanto, a suplementação do sal na água a 43,3°C não teve efeito benéfico sobre o consumo de alimento e o ganho de peso.

O emprego de 0,6% e 0,9% de KCl na água resultou em redução no pH sanguíneo, aumento na ingestão de água, e da concentração plasmática de K+ e cálcio (Ca++), enquanto que para as concentrações de Na+ e Cl- só foi observado aumento com 0,9% de

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suplementação. Quando submetidas a estresse calórico agudo com a suplementação de 0,6% KCl, as aves apresentaram menor temperatura corporal e pH sanguíneo e, maiores níveis séricos de Ca++ e K+, porém os níveis de Na+ diminuíram. O estresse provocou redução significativa de K+ plasmático e a suplementação de 0,8% de KHCO

3 para aves em estresse agravou a alcalose respiratória e não influenciou a temperatura corporal ou os níveis de eletrólitos plasmáticos, sugerindo que os efeitos benéficos do KCl podem, em parte, ser atribuídos ao Cl (AIT-BOULAHSEN et al., 1995). O KCl (0,6%) produziu mudanças favoráveis no balanço ácido básico do sangue, situação eletrolítica, consumo e eliminação de água, o que foi associado com um menor aumento da temperatura corporal durante a exposição ao calor.

3.2.2 - Utilização de bicarbonato de sódio (NaHCO3)

O NaHCO3 tem sido usado pela indústria avícola na tentativa de minimizar as perdas por estresse calórico, particularmente durante o verão. A infusão de 2% de NaHCO3 dentro do papo de frangos de corte induz à alcalose metabólica (BOTTJE & HARRISON, 1985a), enquanto que 1% (BOTTJE & HARRISON, 1985b) e 0,5% (TEETER et al., 1985) na dieta, não afetou o desempenho. Outros estudos mostraram que a mortalidade em frangos de corte foi significativamente diminuida pela suplementação de 0,63% de NaHCO3 na água de bebida (BRANTON et al., 1986; BALNAVE & GORMAN, 1993).

O consumo de água em altas temperaturas é significativamente maior do que em condições de termoneutralidade (PESTI et al., 1985; BRANTON et al., 1986; SMITH & TEETER, 1987a; WHITING et al., 1991; BALNAVE & GORMAN, 1993; MACARI, 1996b), e quando suplementado NaHCO3 (BRANTON et al., 1986; PENZ Jr, 1989; WHITING et al., 1991; BALNAVE & GORMAN, 1993). Do mesmo modo, em temperaturas elevadas, há uma maior perda de água corporal (LEESON et al., 1976; MACARI, 1996a). No entanto, perdas excessivas podem causar desidratação, queda no desempenho e, até mesmo a morte.

Resultados de desempenho mostraram que o fornecimento 0,5% e 1,0% de NaHCO3 em rações de frangos de corte, submetidos a temperaturas variando de 39ºC a

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41ºC e 34ºC a 36ºC, proporcionou uma tendência para melhorar o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar (FISCHER DA SILVA & FLEMING, 1990; FISCHER DA SILVA et al., 1994). A associação de 0,2% de NaHCO3 com 0,2% de NH4Cl e 0,1% de KCl resultou em depressão no consumo de ração e ganho de peso e aumento na mortalidade e umidade da cama.

FONSECA et al. (1994; 1995) não observaram qualquer resposta sobre o desempenho quando suplementaram níveis crescentes de 0,1% a 0,3% de NaHCO3 na água e na ração. Entretanto, Souza e Silva (1995), citados por ROSTAGNO (1995) observaram que aves alimentadas com 0,0, 0,6, 1,2 e 1,8% de NaHCO3 na ração apresentaram melhora linear no ganho de peso e na conversão alimentar.

Trabalhos conduzidos por Davison & Wideman (1994), citado por MACARI (1996a), mostraram que aves consumindo dietas com 3% de NaHCO3 comparadas com aquelas consumindo dietas com 0,3% de NaHCO3, apresentaram redução na taxa de filtração glomerular, aumento no consumo de água e na concentração plasmática de Na+, refletindo em menor excreção renal do eletrólito e, quando ocorreu um aumento da concentração de Na+ circulante, houve redução da taxa de filtração glomerular. Apesar da mortalidade não ser afetada, algumas aves apresentaram rins pálidos, com sinais característicos de lesões.

3.3 - Balanço hídrico

O fornecimento de água de boa qualidade é um dos grandes desafios da produção de frangos de corte. Entende-se por água de boa qualidade aquela que possui condições de potabilidade e se encontra na temperatura ideal para o consumo das aves.

A água é um componente essencial aos tecidos biológicos. Participa ativamente dos processos metabólicos do organismo constituindo-se no nutriente mais importante para o animal. Assim, a quantidade de água corporal deve ser mantida dentro de limites que regulem as funções fisiológicas do animal, dentre elas as atividades cardiovasculares.

O metabolismo e o balanço de água normalmente é negligenciado em especificações nutricionais de aves. Apenas em situações de privação sua importância é considerada.

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A água é distribuída no organismo, principalmente, em dois compartimentos: intracelular e extracelular (intersticial e plasmática). É o maior constituinte do organismo e representa cerca de 65% a 75% do peso total do corpo (LEESON et al., 1976; MACARI, 1995). Aproximadamente 70% é fluído intra-celular e, 30% é fluído extracelular, e destes, 75% intersticial e 25% plasmático (HOUPT, 1988). O fluído intracelular é rico em K+ e Mg++, sendo o fosfato seu principal ânion, enquanto que o fluído extracelular é caracterizado por altas concentrações de Na+ e Ca++, tendo o Cl -como principal ânion (PIZAURO Jr., 1996).

As aves têm um controle de ingestão de água bem desenvolvido. O balanço hídrico é estabelecido pelo equilíbrio entre os compartimentos intracelular, intersticial e o plasma. Em condições normais o volume total de água é relativamente constante e há intercâmbio entre os três compartimentos. O movimento de água é iniciado quando há um imbalanço na osmolalidade entre dois compartimentos, sendo que o déficit de água resultará diretamente em redução no volume sanguíneo e aumento na osmolalidade do plasma. O volume de fluído circulatório diminuído resulta em redução na pressão hidrostática e aumento na pressão osmótica, compensado pelo movimento de fluído intracelular e intersticial para o plasma (LEESON et al., 1976; MACARI, 1996a). Este processo determina a desidratação celular e intersticial, ativando receptores para a produção de angiotensina (MACARI, 1996a).

Qualquer que seja a razão da desidratação, os fluídos intracelular, intersticial e o plasma repartem o déficit de água. Dependendo da severidade do déficit, a circulação pode ou não ser afetada. No caso específico do estresse calórico a perda de água pode comprometer a volemia, ou seja, a quantidade de sangue circulante. O volume sanguíneo reduzido acarretará em estímulo das células justaglomerulares do rim para produção de renina que converte o angiotensinogênio em angiotensina II, provocando estímulo no centro da sede, aumentando a ingestão de água. De forma semelhante, a queda da volemia, aciona receptores que ativam o centro da sede. O aumento da osmolalidade do plasma também ativa osmorreceptores que estimulam o centro da sede, aumentando a ingestão de água. De forma resumida, a ingestão de água nas aves pode ser induzida, por desidratação celular, pela desidratação extracelular e pelo sistema renina-angiotensina. No entanto, como a quantidade de água no organismo do frango

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deve ser mantida constante, o volume e a osmolalidade do sangue são parâmetros importantes na regulação da ingestão e excreção de água pela ave, principalmente em situações de estresse calórico (MACARI, 1996a).

A água é o solvente geral do corpo e o principal meio onde ocorre todos os processos metabólicos. Assim, a maioria das reações biológicas, interações moleculares, transporte de nutrientes, reações de transferência de energia e reações metabólicas catalisadas enzimaticamente ocorrem em meio predominantemente aquoso (PIZAURO Jr., 1996).

As perdas de água causadas pela temperatura elevada (35oC por 4 horas) podem variar de 4,5% a 12%, respectivamente, para frangos de 42 e 7 dias de idade (MACARI, 1995). Assim, a ingestão é peça fundamental na manutenção do balanço hídrico das aves durante o estresse calórico.

Frangos criados em regime de restrição de água (10; 20; 30; 40; ou 50% de restrição), têm consumo de ração e crescimento reduzido, proporcionalmente ao grau de restrição (KELLERUP et al., 1965). O consumo de água foi relacionado com o consumo de alimento, idade, peso da ave (LEESON et al., 1976; MACARI, 1996a), adição de sais de Na e K na ração e/ou água de bebida das aves (MACARI et al., 1994; 1996b) e pH da água (MACARI, 1996a).

A elevada concentração intracelular de K, característica de todas as espécies animais, pode ter um impacto sobre a sede. Como resultado, aves com acesso à suplementação de KCl na água tenderão a consumir maior quantidade de água para satisfazer a sede criada pelo aumento na ingestão de K (SMITH & TEETER, 1992).

Vários trabalhos mostraram a capacidade da ave em igualar, por meio da ingestão, o volume de água perdido no estresse calórico (WILSON, 1948; SMITH & TEETER, 1987a; BELAY & TEETER, 1993; AIT-BOULAHSEN et al., 1995). Durante o estresse calórico agudo, o frango de corte consome mais água, porém aumenta a sua excreção renal, resultando em aumento no volume urinário. No entanto, a relação urina formada/água ingerida, durante o estresse, não é alterada (BELAY & TEETER, 1993). O aumento na produção de urina e a redução na sua osmolalidade, em frangos estressados pelo calor, pode ser devido ao maior consumo de água ou a participação do hormônio antidiurético, apesar de não estar totalmente esclarecido (MACARI, 1996a).

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Efeitos positivos do fornecimento de água à baixas temperaturas para frangos de corte em condições termoneutras e em estresse calórico foram anteriormente descritos (HARRIS et al., 1974; TEETER,1989; WIERNUSZ & TEETER, 1993; BEKER & TEETER, 1994), sendo constatado que a temperatura da água é um importante fator regulador da temperatura corporal da ave, devendo ser fornecida entre 20 e 24ºC (MACARI, 1995; 1996a).

A relação ingestão de água/ingestão de alimento em aves aumenta de aproximadamente 2/1 em temperaturas moderadas para aproximadamente 5/1 à 35°C (ALMEIDA, 1986; Balnave, 1989 citado por DAGHIR, 1991). O aumento no consumo de água parece estar relacionado com a menor temperatura corporal de aves aclimatadas ao calor (LOTT, 1991). O consumo em frangos machos é significativamente maior do que em fêmeas e está na dependência da quantidade de ração ingerida (MEIRELLES, 1995).

Experimento realizado por MAY & LOTT (1992), comparando ingestão de alimento e de água em frangos (5, 6, ou 7 semanas de idade) expostos à temperatura de 24°C e a um ciclo de 24-35-24°C por 3 dias consecutivos, mostrou aumento na ingestão de água e redução no consumo de ração pelos frangos expostos à temperatura cíclica.

A relação entre o volume de água ingerida e excretada (Kerstens, 1964 citado por LEESON et al., 1976; LEESON & SUMMERS, 1991; MACARI, 1996a) e suas consequências sobre a umidade da cama do aviário (ALMEIDA, 1986; MACARI, 1996a) foram anteriormente descritos. Na maioria das vezes, a cama reflete as condições nutricionais, sanitárias e a qualidade de manejo do lote.

3.4 - Rendimento de carcaça

Relatos (MORAN Jr & ORR, 1970; BOUWKAMP et al., 1973) têm indicado que fatores como linhagem, peso vivo, sexo, idade e jejum antes do abate influenciam significativamente no rendimento de partes de carcaça de frangos de corte. Estudos mais recentes mostraram que alguns fatores como tipo de anticoccidiano usado nas fases de crescimento (IZAT et al., 1991), genética (BILGILI et al., 1992), e nutrição (HOLSHEIMER & VEERKAMP, 1992) atuam sobre o rendimento de partes de carcaça de frangos de corte.

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O rendimento de peito é maior à medida que se aumenta o peso vivo da ave (NEWELL, 1954) pois, o rendimento de partes da carcaça está diretamente relacionado com o peso da carcaça (HUDSPETH et al., 1973).

OLSON et al. (1972), AL-FATAFTAH (1987), LEESON & SUMMERS (1980), LEENSTRA & CAHANER (1991) estabeleceram que a gordura da carcaça aumenta a medida que a temperatura ambiente se eleva. Entretanto, KESHAVARZ & FULLER (1980), BERTECHINI et al. (1991), SUK & WASHBURN (1991) não encontraram efeito da temperatura ambiente sobre os depósitos de gordura abdominal.

Frangos de corte submetidos à restrição alimentar têm ingestão de água normal, resultando em elevada relação água/ração, porém, o conteúdo de gordura da carcaça reduz quando comparadas com aves alimentadas à vontade. Assim, a relação água/ração elevada pode estar associada com a redução da gordura abdominal (MARKS & WASHBURN, 1983).

Experimentos conduzidos por SMITH & TEETER (1987d), SMITH (1993) mostraram que aumentando a temperatura ambiental reduz o rendimento de carcaça e peito de frangos de corte. Poucos estudos têm sido feitos para avaliar os efeitos da suplementação de sais de Na e K sobre o rendimento de carcaça de frangos de corte submetidos a estresse calórico. No entanto, trabalhos conduzidos por SMITH & TEETER (1987b), WHITING et al. (1991), SMITH (1994) relataram que nestas condições a suplementação destes sais não tem efeito sobre o rendimento de carcaça de frangos.

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4 - MATERIAL E MÉTODOS

4.1 - Local

Foram conduzidos três experimentos, sendo dois no aviário experimental da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-UNESP-Campus de Jaboticabal, com duração de 28 dias durante o verão (fevereiro de 1996): Experimento I- Suplementação de bicarbonato de sódio para frangos de corte durante o verão e o Experimento II- Suplementação de cloreto de potássio para frangos de corte durante o verão. O terceiro foi realizado na sala climatizada do Departamento de Tecnologia da UNESP-Campus de Jaboticabal: Experimento III- Suplementação de cloreto de potássio na ração ou na água de bebida de frangos de corte submetidos a estresse calórico.

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4.2 - Instalações e equipamentos

Nos Experimentos I e II as aves foram criadas em galpão de alvenaria de 8,30 x 53,60m com pé direito de 3,00m, com cobertura de telha de amianto, piso de cimento, paredes laterais de 0,60m de altura, fechado lateralmente com tela de arame e cortinado externo móvel de polietileno trançado. As aves foram distribuídas em boxes experimentais com 1,50 x 3,50m de dimensão. Na fase pré-experimental (1 a 20 dias de idade) os boxes foram equipados com bebedouros de pressão de alumínio (tipo copo), colocados sobre estrado de madeira de 0,40 x 0,40m. Foram utilizados comedouros tipo bandeja de 0,30 x 0,50m, durante os cinco primeiros dias. Os equipamentos iniciais foram retirados gradativamente a partir do sexto dia, com substituição total pelos equipamentos definitivos no nono dia de alojamento das aves. A partir do sexto dia foram colocados comedouros tubulares com capacidade para vinte quilos e bebedouros pendulares. Para aquecimento inicial dos pintos, cada boxe possuía uma lâmpada infra-vermelho de 250 watts. A cama foi de raspa de madeira com espessura de 5cm.

Na fase experimental os bebedouros foram equipados individualmente com um sistema independente de abastecimento de água, composto basicamente por mangueira e galão com capacidade para cinco litros.

As temperaturas médias máxima (33,14°C) e mínima (21,61°C) no interior do galpão foram coletadas diariamente, utilizando-se Termômetro de Bulbo Seco INCOTERM, colocado no centro do galpão a uma altura de 0,60 m do piso. A umidade relativa foi obtida em Termohigrógrafo (SALCAS), sendo a média máxima de 98% e a média mínima de 50%. Na Figura 1 são mostradas as temperaturas e umidades.

4.3 - Manejo e nutrição das aves

As aves do Experimento I e II foram criadas até 20 dias de idade com uma ração única. Foi feita a uniformização através de pesagem no 21º dia de idade e distribuição nas unidades experimentais, quando iniciou-se o experimento.

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-Bouba Aviária e Doença de Marek no incubatório. -Doença de Gumboro no quarto dia (via água de bebida). -Doença de Newcastle no oitavo dia (via ocular).

-Doença de Newcastle no décimo oitavo dia (via água de bebida).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 21 26 31 36 41 46 DIAS DE IDADE T E M P E R A T U R A ( ºC ) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 U M ID A D E R E L A T IV A (% )

Temperatura máxima Temperatura mínima Umidade Relativa

Figura A - Temperatura (ºC) e umidade relativa (%) no aviário experimental

As aves receberam aquecimento por meio de lâmpadas infra-vermelho durante a primeira semana de vida e as cortinas permaneceram fechadas nas horas mais frias. Após esse período, de acordo com a temperatura ambiente e o comportamento das aves, as cortinas foram abertas gradativamente e as lâmpadas desligadas durante o dia, permanecendo acesas durante a noite até o final da segunda semana.

As rações foram à base de milho e farelo de soja, com consumo à vontade, formuladas visando atender às exigências de proteína e energia metabolizável sugeridas para a linhagem, e ao NATIONAL RESEARCH COUNCIL (NRC - 1994) para os demais

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nutrientes. Para a composição dos alimentos seguiu-se as recomendações de ROSTAGNO et al. (1987). As rações foram isonutritivas e compreenderam três fases: 0 a 3 semanas, 3 a 6 semanas e 6 a 7 semanas de idade das aves, que corresponderam respectivamente à ração inicial, crescimento e final. As composições das rações são apresentadas nos Quadro 1 e 2.

O NaHCO3 ou KCl foram adicionados às rações em substituição à areia lavada.

Quadro 1 - Composição das rações experimentais - Experimento I

INGREDIENTES RAÇÕES (%)

Inicial Crescimento Final

Milho moído 53,18 55,11 55,35 Óleo degomado 4,42 6,27 6,19 Farelo de soja 38,32 33,58 33,53 Fosfato bicálcico 1,96 1,41 1,41 Calcário calcítico 1,11 1,21 1,21 Sal comum 0,30 0,30 0,30 DL-Metionina (99%) 0,09 0,00 0,04 Suplemento Mineral/Vitamínico* 0,60 0,60 0,45 BHT 0,02 0,02 0,02 Bicarbonato de sódio** 0,00 0,00 0,00 Inerte-areia lavada*** 0,00 1,50 1,50 TOTAL 100,00 100,00 100,00 NÍVEIS ATENDIDOS Proteína Bruta, % 22,00 20,00 20,00

Energia Metabolizável, kcal/kg 3080,00 3200,00 3200,00

Cálcio, % 1,00 0,90 0,90

Fósforo disponível, % 0,45 0,35 0,35

Metionina, % 0,46 0,42 0,39

Metionina + Cistina, % 0,90 0,72 0,72

Lisina, % 1,10 1,00 1,00

* Suplemento Mineral e Vitamínico:

Ferro 35.000 mg, Cobre 50.000 mg, Manganês 35.000 mg, Zinco 30.000 mg, Iodo 600 mg, Selênio 90 mg, Veículo 1.000g.

Ração Inicial-Vit.A 2.650.000 UI, Vit D3 500.000 UI, Vit E 2.400 mg, Vit K3 400 mg, Vit B1 200 mg, Vit B2 2.000 mg, Vit B12 3.500

mcg, Ácido Pantotênico 2.200 mg, Ácido Nicotínico 8.500 mg, Piridoxina 400 mg, Ácido Fólico 200 mg, Biotina 20 mg, Metionina 300 g, Colina 150 g, Anticoccidiano 110 g, Antibiótico 40 g, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g.

Ração de crescimento- Vit.A 2.300.000 UI, Vit D3 400.000 UI, Vit E 1.800 mg, Vit K3 300 mg, Vit B1 150 mg, Vit B2 1.400 mg, Vit B12

3.500 mcg, Ácido Pantotênico 2.000 mg, Ácido Nicotínico 7.000 mg, Piridoxina 250 mg, Ácido Fólico 150 mg, Biotina 20 mg, Metionina 275 g, Colina 125 g, Anticoccidiano 125 g, Antibiótico 30 g, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g.

Ração Final- Vit.A 2.500.000 UI, Vit D3 520.000 UI, Vit E 3.200 mg, Vit K3 320 mg, Vit B1 100 mg, Vit B2 800 mg, Vit B12 4.000 mcg,

Ácido Pantotênico 1.300 mg, Ácido Nicotínico 5.000 mg, Metionina 200 g, Colina 140 g,, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g. ** Bicarbonato de sódio-Substituição de 0,0, 0,5, 1,0 e 1,5% conforme tratamento.

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Quadro 2 - Composição das rações experimentais - Experimentos II e III

INGREDIENTES RAÇÕES (%)

Inicial Crescimento Final

Milho moído 53,18 56,17 56,41 Óleo degomado 4,42 5,90 5,83 Farelo de soja 38,32 33,38 33,33 Fosfato bicálcico 1,96 1,41 1,40 Calcário calcítico 1,11 1,22 1,22 Sal comum 0,30 0,30 0,30 DL-Metionina (99%) 0,09 0,00 0,04 Suplemento Mineral/Vitamínico* 0,60 0,60 0,45 BHT 0,02 0,02 0,02 Cloreto de potássio** 0,00 0,00 0,00 Inerte-areia lavada*** 0,00 1,00 1,00 TOTAL 100,00 100,00 100,00 NÍVEIS ATENDIDOS Proteína Bruta, % 22,00 20,00 20,00

Energia Metabolizável, kcal/kg 3080,00 3200,00 3200,00

Cálcio, % 1,00 0,90 0,90

Fósforo disponível, % 0,45 0,35 0,35

Metionina, % 0,46 0,42 0,39

Metionina + Cistina, % 0,90 0,74 0,72

Lisina, % 1,10 1,10 1,10

* Suplemento Mineral e Vitamínico:

Ferro 35.000 mg, Cobre 50.000 mg, Manganês 35.000 mg, Zinco 30.000 mg, Iodo 600 mg, Selênio 90 mg, Veículo 1.000g.

Ração Inicial-Vit.A 2.650.000 UI, Vit D3 500.000 UI, Vit E 2.400 mg, Vit K3 400 mg, Vit B1 200 mg, Vit B2 2.000 mg, Vit B12 3.500

mcg, Ácido Pantotênico 2.200 mg, Ácido Nicotínico 8.500 mg, Piridoxina 400 mg, Ácido Fólico 200 mg, Biotina 20 mg, Metionina 300 g, Colina 150 g, Anticoccidiano 110 g, Antibiótico 40 g, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g.

Ração de crescimento- Vit.A 2.300.000 UI, Vit D3 400.000 UI, Vit E 1.800 mg, Vit K3 300 mg, Vit B1 150 mg, Vit B2 1.400 mg, Vit B12

3.500 mcg, Ácido Pantotênico 2.000 mg, Ácido Nicotínico 7.000 mg, Piridoxina 250 mg, Ácido Fólico 150 mg, Biotina 20 mg, Metionina 275 g, Colina 125 g, Anticoccidiano 125 g, Antibiótico 30 g, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g.

Ração Final- Vit.A 2.500.000 UI, Vit D3 520.000 UI, Vit E 3.200 mg, Vit K3 320 mg, Vit B1 100 mg, Vit B2 800 mg, Vit B12 4.000 mcg,

Ácido Pantotênico 1.300 mg, Ácido Nicotínico 5.000 mg, Metionina 200 g, Colina 140 g,, Antioxidante 20 g, Veículo 1.000 g. ** Cloreto de potássio -Substituição de 0,0, 0,5, e 1,0%, conforme tratamento.

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4.4 - Experimento I: Suplementação de bicarbonato de sódio para frangos de corte durante o verão

Foram utilizados frangos de corte, machos da linhagem comercial “ROSS”, com 21 dias de idade, distribuídos nas unidades experimentais em um número de 40 aves por boxe, num total de 1400 aves.

A temperatura (termômetro digital modelo AL) e o pH (peagâmetro modelo CORNING PS 30) da água foram monitorados semanalmente durante o experimento, sendo feitas duas medidas por dia: entre 6 e 7 horas e entre as 13 e 14 horas, correspondendo respectivamente, ao horário de menor e maior temperatura ambiente. Os valores médios obtidos foram: pH = 7,64 e temperatura = 27,50ºC (Figura 2).

27,21 27,33 27,41 27,81 27,42 27,34 27,99 7,47 7,62 7,77 7,79 7,69 7,51 7,6 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 TRATAMENTOS p H T E M P E R A T U R A

Temperatura média (ºC) pH médio

Figura B - Temperatura (ºC) e pH da água fornecida às aves suplementadas com

NaHCO3 na ração

4.4.1 - Tratamentos e delineamento experimental

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T1: Sem suplementação de NaHCO3 (grupo controle); T2: Suplementação de 0,50% de NaHCO3 a partir de 21 dias; T3: Suplementação de 1,00% de NaHCO3 a partir de 21 dias; T4: Suplementação de 1,50% de NaHCO3 a partir de 21 dias; T5: Suplementação de 0,50% de NaHCO3 a partir de 35 dias; T6: Suplementação de 1,00% de NaHCO3 a partir de 35 dias; T7: Suplementação de 1,50% de NaHCO3 a partir de 35 dias.

Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados num esquema fatorial 2x3+1 sendo, duas idades de início de suplementação (21 e 35 dias), três níveis de NaHCO3 (0,5; 1,0 e 1,5) mais o grupo testemunha, com cinco repetições e 40 aves por unidade experimental.

4.5 - Experimento II: Suplementação de cloreto de potássio para frangos de corte durante o verão

Foram utilizados frangos de corte, machos da linhagem comercial “ROSS”, com 21 dias de idade, distribuídos nas unidades experimentais em um número de 40 aves por boxe, num total de 1000 aves.

A temperatura (termômetro digital modelo AL) e o pH (peagâmetro modelo CORNING PS 30) da água foram monitorados semanalmente durante o experimento, sendo feitas duas medidas por dia: entre 6 e 7 horas e entre as 13 e 14 horas, correspondendo respectivamente, ao horário de menor e maior temperatura ambiente. Os valores médios obtidos foram: pH = 7,54 e temperatura = 27,08ºC (Figura 3).

4.5.1 - Tratamentos e delineamento experimental

Os tratamentos foram:

T1: Sem suplementação de KCl (grupo controle);

T2: Suplementação de 0,50% de KCl na ração a partir de 21 dias; T3: Suplementação de 1,00% de KCl na ração a partir de 21 dias; T4: Suplementação de 0,50% de KCl na ração a partir de 35 dias;

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