• Nenhum resultado encontrado

As Informações Preparatórias da Assembleia Geral e o Direito dos Accionistas à Informação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "As Informações Preparatórias da Assembleia Geral e o Direito dos Accionistas à Informação"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

As Informações Preparatórias da Assembleia

Geral e o Direito dos Accionistas à Informação

Introdução

A disponibilização de informações preparatórias da Assembleia Geral corresponde a uma das vertentes do direito dos accionistas à informação. Estas informações preparatórias devem ser prestadas de forma espontânea, tal como resulta do artigo 289.º do Código das Sociedades Comerciais.

As regras informativas previstas neste artigo constituem, sobretudo, um instrumento de protecção dos accionistas, pretendendo-se que o accionista se consiga preparar convenientemente para a Assembleia Geral, tendo em vista a formação de uma esclarecida decisão pelo sentido do seu voto.

1. Destinatários da Informação

As informações preparatórias da Assembleia Geral não correspondem a informação pública, mas sim a informação reservada, na medida em que assiste e é dirigida apenas aos sócios.

O artigo 289.º do Código das Sociedades Comerciais contém uma norma que permite identificar como destinatários da informação os accionistas (“devem ser facultados à

consulta dos accionistas”), surgindo depois uma lista taxativa dos documentos que a

sociedade deve disponibilizar aos accionistas previamente à realização das Assembleias Gerais.

Como o artigo 289.º, n.º 1 do Código das Sociedades Comerciais não contém qualquer restrição ao tipo ou categoria de accionistas que podem consultar os elementos preparatórios da Assembleia Geral, pode entender-se que esta informação deve ser disponibilizada a qualquer accionista.

2. Prazo para Disponibilização da Informação

Trata-se de uma informação ocasional, na medida em que corresponde a uma informação que é disponibilizada por ocasião da realização de uma Assembleia Geral. Esta informação deve ser disponibilizada nos 15 dias anteriores à data da assembleia. Adicionalmente:

(i) As sociedades que dispuserem de um sítio na Internet estão obrigadas a disponibilizar nesse sítio, durante um ano, as propostas de deliberação apresentadas à

(2)

devam acompanhar, os nomes, qualificações profissionais, actividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos e número de acções de que são titulares, as pessoas propostas pelo órgão de administração para exercerem funções nos órgãos sociais, o relatório de gestão, os documentos de prestação de contas e os requerimentos de inclusão de assuntos na ordem do dia, tal como previstos no art. 378.º do Código das Sociedades Comerciais.

(ii) Deve ser divulgada de forma permanente, através do respectivo sítio na Internet, informação relativa aos nomes completos dos membros dos órgãos de administração, de fiscalização e da mesa da Assembleia Geral e a indicação de outras sociedades em que os membros dos órgãos sociais exerçam cargos.

Esta matéria pode ser clarificada pelos estatutos, impondo prazos diversos dos legais, desde que o direito à informação não seja suprimido ou excessivamente restringido. 3. Objecto e Conteúdo da Informação

O objecto do dever de informação previsto no artigo 289.º do Código das Sociedades Comerciais e imposto à sociedade é pré-determinado pelo legislador e não depende da iniciativa do accionista.

3.1. Membros dos Órgãos

De acordo com o disposto nas alíneas. a) e b) do n.º 1 do artigo 289.º do Código das Sociedades Comerciais, previamente à Assembleia Geral devem estar disponíveis para consulta na sede da sociedade os elementos de identificação dos membros dos órgãos sociais e a respectiva participação destes noutras sociedades. Estes elementos permitirão aferir se os membros dos órgãos sociais exercem os mesmos cargos em sociedades concorrentes.

3.2. Propostas e Assuntos

Devem estar à disposição dos accionistas para consulta as propostas de deliberação a apresentar para discussão na Assembleia Geral pelo órgão de administração, bem como os relatórios e as justificações que devam acompanhar estas propostas.

Devem estar ainda disponíveis os requerimentos de inclusão de assuntos na ordem do dia apresentados a pedido dos accionistas titulares de acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social, até 5 dias ou 10 dias antes da data da Assembleia, conforme se trate de carta registada ou de publicação.

3.3. Candidatos a Órgãos Sociais

Quando estiver incluída na ordem do dia a eleição de membros de órgãos sociais, devem estar igualmente disponíveis os nomes das pessoas a propor para os órgãos sociais, as suas qualificações profissionais, a indicação das actividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos e o número de acções da sociedade de que são titulares.

Esta informação deve ser disponibilizada independentemente de quem forem os proponentes e ainda aos casos em que a assembleia se limite a ratificar pessoas já designadas.

(3)

3.4. Documentos de Prestação de Contas

Estes devem ser igualmente incluídos, particularmente quando se trate de Assembleia Geral Anual destinada precisamente à sua apreciação e ponderação.

São estes: (i) o relatório de gestão; (ii) as contas do exercício; (iii) os demais documentos de prestação de contas, incluindo a certificação legal de contas e o parecer do órgão de fiscalização; e (iv) o relatório de fiscalização.

4. Forma e Meios de Comunicação da Informação

Os elementos informativos preparatórios da Assembleia Geral devem ser facultados à consulta de qualquer accionista na sede da sociedade, podendo este fazer-se substituir por representante, ser acompanhado por um especialista ou tirar cópias. Prevê-se ainda a possibilidade de os elementos sujeitos a informação preparatória serem enviados, por carta, aos titulares de, pelo menos, 1% do capital social, que o requeiram e, por e-mail, a quaisquer titulares de acções, quando a informação não esteja patente na Internet.

Não se impõe qualquer forma especial para o exercício do direito de consulta, pelo que, quer o pedido para proceder à consulta dos documentos, quer o pedido para envio dos documentos por correio poderão ser efectuados oralmente.

5. Meios de Tutela do Direito às Informações Preparatórias da Assembleia Geral

No caso de não ser disponibilizada a referida informação aos sócios antes da Assembleia Geral ou de esta não se encontrar disponibilizada com a antecedência devida, os accionistas poderão impugnar a deliberação social que seja tomada. O direito às informações preparatórias da Assembleia Geral é ainda tutelado criminalmente, sendo incriminadas a recusa ilícita de informações e a prestação de informações falsas, ambas as condutas sancionadas, pelo menos, com pena de prisão até três meses ou com pena de multa até 60 dias.

Em princípio, os accionistas não terão direito a iniciar um inquérito judicial à sociedade no caso de não serem prestadas as informações preparatórias da Assembleia Geral, de forma a garantir a efectivação do direito à informação. O recurso a esse inquérito judicial só poderá ocorrer, em sede de prestação de informações preparatórias da Assembleia Geral, quando tais informações corresponderem a “informação mínima” ou a “informação colectiva”, nos termos dos artigos. 288.º e 290.º do Código das Sociedades Comerciais.

(4)

Decreto-Lei que aprova o regime do acesso e exercício da actividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor, designada por rent-a-car, revogando o Decreto-Lei n.º 354/86, de 23 de Outubro

Resolução do Concelho de Ministros de 28 de Abril de 2011

Este Decreto-Lei, que conforma o regime jurídico do acesso e exercício da actividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor a uma Directiva comunitária, tem por objectivo simplificar o acesso à actividade económica habitualmente designada como rent-a-car.

Por um lado, reduz-se o número mínimo de veículos necessários para o acesso à actividade, passando-se dos anteriores 25 para 7 veículos ligeiros, permitindo-se que novas pequenas empresas prestem este tipo de serviços. Por outro lado, elimina-se a necessidade de autorização para o exercício desta actividade, que é substituída por uma simples comunicação prévia ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P., podendo este opor-se no prazo de 10 dias úteis, se não estiverem preenchidos os requisitos para o acesso à actividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor. Terminado esse prazo sem ter havido oposição, a empresa pode iniciar a actividade.

Por fim, procede-se à revogação da exigência de estabelecimento principal em Portugal e podem passar a exercer esta actividade de serviços as pessoas singulares a título individual.

Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

Decreto-Lei n.º 61/2011. D.R. n.º 88, Série I, de 6 de Maio de 2011

Adapta-se o regime jurídico de actividade das agências de viagens e turismo, que constava do Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de Julho, no sentido de proporcionar às empresas e aos empresários um ambiente mais favorável à realização de negócios, tendo em conta a evolução do mercado motivada, designadamente, pelos novos comportamentos dos consumidores, pela utilização generalizada da Internet como instrumento de acesso ao serviço final e por uma concorrência globalizada.

Assim, o presente Decreto-lei introduz várias alterações ao regime vigente:

(i) Simplificação no acesso e exercício da actividade das agências de viagens e turismo ao abolir o licenciamento como requisito de acesso, substituindo-o por uma mera comunicação prévia que, acompanhada do comprovativo da prestação das garantias exigidas, permite o início imediato da actividade, sem necessidade de autorização por parte de organismos da Administração Pública;

(ii) Permissão do acesso à actividade a pessoas singulares;

(iii) Eliminação da exigência de um capital social mínimo para as pessoas colectivas; (iv) Supressão da exigência de um estabelecimento para o exercício da actividade em território nacional;

(v) Reforço das garantias dos consumidores com a criação do fundo de garantia de viagens e turismo (FGVT), que responde solidariamente pelo pagamento da totalidade

(5)

dos créditos dos consumidores resultantes do incumprimento, total ou parcial, dos serviços contratados às agências de viagens e turismo.

Fixação de Rácio Core Tier 1 Mínimo

Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2011. D.R. n.º 95, Série II, de 17 de Maio de 2011

Encontrando-se estabelecido o reforço dos níveis de capitalização do sistema bancário nacional, torna-se necessário reforçar a resiliência do sistema bancário a choques adversos e de acompanhar os níveis mais exigentes que estão a ser estabelecidos no plano internacional.

Nesta medida, os grupos financeiros sujeitos à supervisão em base consolidada do Banco de Portugal que incluam alguma das instituições de crédito referidas nas alíneas a) a c) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, e as instituições que, apesar de não incluídas em tais grupos, tenham sede em Portugal e estejam habilitadas a captar depósitos, estão agora obrigados reforçar os seus rácios core tier 1, em base consolidada, para um valor não inferior a 9 %, até 31 de Dezembro de 2011, e a 10 %, até 31 de Dezembro de 2012.

JURISPRUDÊNCIA

Transmissão de Estabelecimento Comercial – Entrada em Espécie de Sócio – Direito de Preferência do Senhorio

Acórdão do Tribunal da Relação do Porto de 28 de Abril de 2011, publicado em www.dgsi.pt

Relator: Maria Catarina Processo: 1156/09.2TBPVZ.P1

No presente Acórdão, o Tribunal da Relação do Porto veio pronunciar-se sobre a existência de direito de preferência do senhorio na transmissão de um estabelecimento comercial, operada como forma de realização em espécie da entrada de sócio na constituição de uma sociedade, decidindo que não assiste direito de preferência ao senhorio do prédio urbano onde está instalado esse estabelecimento, em virtude do contrato de arrendamento.

Tal como dispunha o artigo 116º, nº 1 do Regime do Arrendamento Urbano (“RAU”) e tal como dispõe, actualmente, o artigo 1112º, nº 4 do Código Civil, na redacção introduzida pela Lei nº 6/2006, de 27 de Maio, o senhorio tem direito de preferência no trespasse do estabelecimento comercial por venda ou dação em cumprimento. No entanto, a transmissão de estabelecimento comercial como forma de realização em espécie da entrada de sócio na constituição de uma sociedade não pode ser configurada como uma venda ou como dação em cumprimento.

(6)

Não estando em causa um contrato de compra e venda, também não se configura a existência de uma dação em cumprimento, porquanto, ao entregar o estabelecimento comercial, o sócio não presta coisa diversa da devida, sendo apenas um cumprimento daquela que era a obrigação fixada: a realização da entrada para a sociedade, mediante a entrega do referido estabelecimento.

A referência expressa à «compra e venda» e à «dação em cumprimento» revela uma evidente intenção do legislador de afastar o direito de preferência no que respeita a todos os demais negócios jurídicos, sejam eles onerosos ou gratuitos.

De facto, a contrapartida devida no contrato de compra e venda é o pagamento do preço, que o preferente pode oferecer em igualdade de circunstâncias com o terceiro adquirente. O mesmo acontece com a dação em cumprimento, já que, aqui, a contrapartida é a exoneração da obrigação de prestação da coisa originariamente devida, exoneração essa que também ocorrerá com a substituição do adquirente pelo preferente.

Já o acto através do qual um sócio realiza a sua entrada para a sociedade através da entrega ou transferência de um estabelecimento comercial, cumprindo, em espécie e de acordo com o originariamente convencionado, a sua obrigação de entrada nessa sociedade não tem como contrapartida o pagamento de qualquer quantia em dinheiro ou a exoneração de qualquer prestação de coisa diferente. A contrapartida devida pela transferência do estabelecimento é, neste caso, a participação no capital social e, como parece óbvio, o eventual preferente nunca poderia oferecer essa prestação. A prestação pecuniária que poderia ser realizada pelo preferente não equivale, não é idêntica, não tem o mesmo interesse para o alienante e, portanto, não está em igualdade de circunstâncias com aquela que seria oferecida pelo adquirente porquanto, essa prestação pecuniária, não sendo idónea para cumprir a obrigação de entrada em espécie assumida no contrato de sociedade, apenas poderia ser utilizada para substituir aquela obrigação de entrada em espécie por uma entrada em dinheiro e esta circunstância – além de poder inviabilizar ou dificultar a entrada do alienante para a sociedade – colocaria o alienante em posição diferente daquela que estaria caso se mantivesse o negócio inicial, na medida em que a entrada do estabelecimento para a sociedade também será, naturalmente, do interesse do alienante que, na qualidade de sócio, pretende retirar os proventos da sua exploração.

(7)

CONTACTOS

LISBOA

Praça Marquês de Pombal, 2 (e 1-8º) • 1250-160 Lisboa • Portugal Tel. (351) 21 355 3800 • Fax (351) 21 353 2362

lisboa@cuatrecasasgoncalvespereira.com • www.cuatrecasasgoncalvespereira.com

PORTO

Avenida da Boavista, 3265-7º • 4100-137 Porto • Portugal Tel. (351) 22 616 6920 • Fax (351) 22 616 6949

porto@cuatrecasasgoncalvespereira.com • www.cuatrecasasgoncalvespereira.com CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA & ASSOCIADOS, RL

Sociedade de Advogados de Responsabilidade Limitada

A presente Newsletter foi elaborada pela Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, RL com fins exclusivamente informativos, não devendo ser entendida como forma de publicidade. A informação disponibilizada bem como as opiniões aqui expressas são de carácter geral e não substituem, em caso algum, o aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos, não assumindo a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, RL qualquer responsabilidade por danos que possam decorrer da utilização da referida informação. O acesso ao conteúdo desta newsletter não implica a constituição de qualquer tipo de vínculo ou relação entre advogado e cliente ou a constituição de qualquer tipo de relação jurídica. A presente newsletter é gratuita e a sua distribuição é de carácter reservado, encontrando -se vedada a sua reprodução ou circulação não expressamente autorizadas.

(8)

Preparatory Information for the General Meeting

and Right of Shareholders to Information

Introduction

The provision of preparatory information for the General Meeting is one of the aspects of the right of shareholders to information. This preparatory information must be provided spontaneously, as set out in Article 289 of the Código das Sociedades

Comerciais (Companies’ Code).

The rules concerning information set out in this article are, above all, an instrument of protection of shareholders; their purpose is to enable the shareholders to adequately prepare for the General Meeting, in order to form an informed decision through their vote.

1. Recipients of the Information

The preparatory information for the General Meeting is not meant to be public information but undisclosed information, inasmuch as it is only meant for and addressed to the shareholders.

Article 289 of Código das Sociedades Comerciais contains a rule which identifies the shareholders as the recipients of that information (“must be provided for inspection by

the shareholders”) and provides a specific list of documents to be provided by the

company to the shareholders before general meetings are held.

Since Article 289(1) of Código das Sociedades Comerciais makes no restriction to the type or category of shareholders who may inspect the preparatory information relating to the general meeting, it may be considered that this information is to be disclosed to any shareholder.

2. Time Limit for Providing Information

This information is occasional, inasmuch as it is information provided when a general meeting is held.

This information must be made available no later than 15 days before the date of the general meeting.

Additionally:

(9)

(i) Companies that have a website shall publish on that website, for a year, the proposals for resolutions submitted to the General Meeting by the management body, the reports or justifying documents that must accompany them, the names, professional qualifications, professional activities carried out during the last five years and the number of shares held, the persons proposed by the management body to carry out duties in the corporate bodies, the management report, the accounting documents and the proposals to include matters on the agenda, as provided for in Article 378 of Código das Sociedades Comerciais.

(ii) The full names of the members of the management, of the supervisory bodies and of the General Meeting and the information of other companies in which the members of the corporate bodies discharge functions must be available on the website at all times.

This matter can be clarified in the by-laws setting out deadlines different from those established in the law, provided the right to information is not eliminated or excessively restricted.

3. Object and Content of the Information

The object of the right to information provided for in Article 289 of Código das

Sociedades Comerciais is imposed on companies and pre-defined by the law and does

not depend on the initiative of the shareholders.

3.1. Members of the Corporate Bodies

In accordance with the provisions of paragraphs Article 289(1) (a) and (b) of Código

das Sociedades Comerciais, the identity of the members of the corporate bodies and

their holdings in other companies must be available for inspection at the registered office of the company before the general meeting. This information will enable to establish whether the members of the corporate bodies carry out the same duties at competing companies.

3.2. Proposals and Matters

The proposals of resolution to be submitted to the general meeting for debate by the management body, as well as the reports and supporting documents attached to the proposals must be provided for inspection by the shareholders.

The proposals to include matters on the agenda submitted at the request of a number of shareholders holding at least 5% of the share capital must also be made available no later than 5 or 10 days before the general meeting, depending on it being by registered letter or publication.

3.3. Candidates to Corporate Bodies

Where the agenda includes the election of members of the corporate bodies, the information concerning the names of the persons proposed to be appointed to the corporate bodies, their professional qualifications, the professional activities carried out during the last five years and the number of shares of the company held by these persons must also be available.

(10)

This information must be available irrespective of who makes the proposal and also where the general meeting only ratifies persons already appointed.

3.4. Accounting Documents

The accounting documents must also be included, in particular in the case of annual general meetings specifically held to examine and appraise those documents.

These documents are: (i) the management report; (ii) the years’ accounts; (iii) the other documents of presentation of accounts, including the legal certification of accounts and the opinion of the supervisory body; and (iv) the monitoring report. 4. Form and Means of Providing Information

The preparatory information for the general meeting must be provided for inspection by shareholders at the registered office of the company; the shareholders may be replaced by a representative, bring an expert with him or make copies.

Where the preparatory information for the general meeting is not available on the Internet, the same may also be sent by mail to shareholders holding at least 1% of the share capital who so require and by e-mail to any shareholder.

The exercise of the right to inspect the documents is not subject to any specific formal requirement and therefore, both the request to inspect the documents and the request that the information be sent through the mail may be made orally.

5. Protection of the Right to the Preparatory Information for the General Meeting

Where the information is not provided to the shareholders before the general meeting or where the same is not provided in due time before the meeting, the shareholders shall be entitled to challenge the resolution taken.

The right to the preparatory information for the General Meeting is also protected by criminal law, in fact, it is a crime to unlawfully withhold information and to provide false information; both these behaviours are punished by up to three months’ imprisonment or up to 60 days of fine.

As a rule, shareholders shall not be entitled to open a judicial inquiry against the company if the preparatory information is not provided to guarantee the right to information. A judicial inquiry can only be opened as a result of the failure to provide preliminary information for the general meeting where the information corresponds to “minimum information” or to “collective information”, in accordance with Articles 288 and 290 of Código das Sociedades Comerciais.

(11)

Decree-Law adopting the legal Framework of the taking up and pursuit of the car rental without driver business, i.e. rent-a-car, repealing Decree-Law No. 354/86 of 23 October

Resolution of the Council of Ministers of 28 April 2011

The purpose of this Decree-Law, which adapts the legal framework of the taking up and pursuit of the car rental without driver business to a Community Directive, is to simplify the taking up of the economic activity known as rent-a-car.

On the one hand, this Decree-Law reduces the number of vehicles necessary to take up the activity from 25 to 7 cars, enabling new small enterprises to provide this type of services. On the other hand, it eliminates the requirement of an authorisation to carry on this activity; the authorisation is replaced by a simple prior communication to

Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P., which may be rejected

within 10 working days, if the requirements for the taking up of the car rental without driver business are not met. If there is no opposition by the end of the 10-day period, the company may begin its activity.

Finally, the Decree-Law eliminates the requirement that the main establishment be in Portugal; moreover these services can now be provided by natural persons individually.

Taking up and Pursuit of the Travel Agency Business

Decree-Law No. 61/2011. D.R. (Portuguese official gazette) No. 88, Series I of 6 May 2011

Adaptation of the legal framework of the travel agency business, set out in Decree-Law No. 92/2010 of 26 July, to offer to companies and entrepreneurs a more business friendly environment, considering market developments, caused, in particular, by new consumer behaviour, in particular, the widespread use of Internet as a means to access the end service and global competition.

In this connection, this Decree-Law makes a number of changes to the existing legal framework:

(i) It simplifies the taking up and pursuit of the travel agency business by eliminating the requirement of a license to take up the business, replacing it with a simple prior communication which, together with the documents proving the provision of the guarantees required, enables to take up the business immediately, with no need for an authorisation by the bodies of the Public Administration;

(ii) Natural persons are granted permission to take up the business;

(iii) Elimination of the requirement of a minimum share capital for legal persons; (iv) Elimination of the requirement to have an establishment in the national territory to pursue this business;

(v) Strengthening of consumers’ guarantees through the establishment of a travel and tourism guarantee fund (“FGVT”), which will be jointly and severally liable for the

(12)

payment of all consumers’ claims arising from total or partial non-compliance with the obligation of travel agencies to provide the services hired.

Setting of the Minimum Ratio Core Tier 1

Notice of Banco de Portugal No. 3/2011. D.R. (Portugal official gazette) No. 95, Series II of 17 May 2011

Considering that provision has been made to increase the capitalisation levels of the national banking system, it is now necessary to test the resiliency of the banking system to adverse shocks and bring it in line with the more demanding levels that are being established at international level.

In this connection, financial groups subject to the supervision by Banco de Portugal (Portugal’s central bank) on a consolidated basis, which include any of the credit institutions referred to in Article 3 (a) and (b) of Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) (General Regulatory Framework of Credit

Institutions and Financial Companies), adopted by Decree-Law No. 298/92 of 31 December and institutions that, despite their not being included in this group, have their registered Office in Portugal and are qualified to receive deposits, are now obliged to increase their ratios core tier 1, on a consolidated basis, to a value of no less than 9 % by 31 December 2011 and 10 % by 31 December 2012.

CASE LAW

Transfer of Commercial Establishment – Contribution in Kind by a Shareholder – Pre-emption Right of Lessor

Judgment of the Court of Appeal of Porto of 28 April 2011, published in www.dgsi.pt

Rapporteur: Maria Catarina Case: 1156/09.2TBPVZ.P1

In this case, the court of appeal of Porto ruled on the existence of pre-emption right of the lessor in the transfer of a commercial establishment, carried out as a form of a shareholder’s contribution in kind to the incorporation of a company; the court ruled that the lessor of the urban property where the establishment in question is located does not have a pre-emption right under the lease agreement.

As formerly provided for by Article 116(1) of the Regime do Arrendamento Urbano

(“RAU”) (Urban Lease Law) and as currently provided for by Article 1112 (4) of the

Civil Code, as amended by Law No. 6/2006 of 27 May, the lessor has a pre-emption right in the assignment of the commercial establishment’s lease resulting from the sale or of transfer in lieu of payment.

(13)

However, the transfer of the commercial establishment as a form of contribution in kind by the shareholder in the scope of the incorporation of a company cannot be taken as a sale or as a transfer in lieu of payment.

Since the contract in question is not a sale contract, this is not a case of transfer in

lieu of payment, since, by surrendering the commercial establishment, the shareholder

was not offering a thing different from the one that is due, but simply complying with the obligation established; the making of a contribution to the company by delivering the establishment.

The reference to «purchase and sale » and to « transfer in lieu of payment» shows the obvious intention of the lawmaker to exclude the pre-emption right as regards all other legal transactions, whether in return for payment or free of charge.

As a matter of fact, the consideration due in a purchase and sale agreement is the payment of the price, which the holder of the pre-emption right can offer on equal terms with third parties purchasers. The same applies to transfer in lieu of payment, since, in this case, the consideration is the exemption from the obligation to provide the thing originally due; this exemption also occurs with the replacement of the purchaser by the person who has a pre-emption right.

The act by which the shareholder makes his contribution to the company, the delivery or transfer of a commercial establishment, by which he fulfils, in kind and in accordance with what had been originally agreed, his obligation to make contributions to the company is not in exchange for the payment of any sum of money or the exemption from the delivery of a different thing. The consideration for the transfer of the establishment is, in the case in question, the capital contribution and, obviously, the person who has a pre-emption right could never offer to tender such performance. The monetary performance that could be tendered by the person who has a pre-emption right is not equivalent, is not the same and it is not of interest to the seller and, therefore, is not on an equal footing with the one that would be offered by the purchaser as, that monetary performance, that is inadequate to fulfil the obligation of making contributions in kind as set out in the by-laws, could only be used to replace the obligation to make contributions in kind by a contribution in cash and this circumstance – in addition to being liable to make it impossible or difficult for the seller to be part of the company – would place the seller in a different position from the one he would have if the original transaction were maintained, inasmuch as the contribution of the establishment to the company is obviously of interest to the seller, who in his capacity as shareholder wishes to benefit from its operation.

(14)

CONTACT

LISBOA

Praça Marquês de Pombal, 2 (e 1-8º) • 1250-160 Lisboa • Portugal Tel. (351) 21 355 3800 • Fax (351) 21 353 2362

lisboa@cuatrecasasgoncalvespereira.com • www.cuatrecasasgoncalvespereira.com

PORTO

Avenida da Boavista, 3265-7º • 4100-137 Porto • Portugal Tel. (351) 22 616 6920 • Fax (351) 22 616 6949

porto@cuatrecasasgoncalvespereira.com • www.cuatrecasasgoncalvespereira.com CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA & ASSOCIADOS, RL

Sociedade de Advogados de Responsabilidade Limitada

This Newsletter was prepared by Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, RL for information purposes only and should not be understood as a form of advertising. The information provided and the opinions herein expressed are of a general nature and should not, under any circumstances, be a replacement for adequate legal advice for the resolution of specific cases. Therefore Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, RL is not liable for any possible damages caused by its use. The access to the information provided in this newsletter does not imply the establishment of a lawyer -client relation or of any other sort of legal relationship. This Newsletter is complimentary and the copy or circulation of the same without previous formal authorization is prohibited.

Referências

Documentos relacionados

c) ter disponibilidade de computador com acesso à internet para acessar os conteúdos da plataforma online. O campus poderá disponibilizar computadores e acesso à internet

Este documento foi assinado digitalmente por Tribunal de Justica de Sao Paulo e JOSE GUILHERME BOTELHO DE MACEDO COSTA... Se impresso, para conferência acesse o

A sétima e oitava questões tratam dos recursos utilizados e a frequências com estes são utilizados pelos professores nas aulas, os resultados demonstram que 57% dos

Percebe-se pelas respostas dos alunos que apesar dos mesmos entrarem em contato com uma diversidade de conceitos de gene e de ter sido apresentado durante o

Foram utilizadas placas de Petri com meio de cultura para contaminação com a placa dentária retirada da boca dos alunos, antes e após lavarem os dentes (Fig. Figura 3 – Lavagem

Encontrando-se o réu em lugar incerto e não sabido, foram determinadas a sua CITAÇÃO e INTIMAÇÃO acerca da penhora de veículo HONDA CG TITAN 150EX placas FHO7432 e via SISBAJUD sobre

[r]

Como parte integrante dos procedimentos para a contratação de obras e serviços, bem como compra, alienação e locação de bens moveis e imóveis, têm sido publicados Termos