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VIMMINTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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Academic year: 2021

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Sumário

PARTE I – FUNDAMENTOS

Prefácio . . . IX

Prefácio à 2

a

edição . . . XI

Capítulo 1 – Fluxo Financeiro ou de Caixa . . . 3

Fluxo Financeiro . . . 3

Demonstrações Financeiras . . . 11

Demonstração do Fluxo de Caixa . . . 16

Métodos de Apresentação do Fluxo de Caixa: Direto e Indireto . . . 20

Fórmulas para Obtenção dos Dados do Fluxo de Caixa pelo Método Direto . . . 25

Análise do Fluxo de Caixa . . . 28

Periodicidade do Fluxo de Caixa . . . 29

Depreciação como Fonte de Caixa . . . 29

Apêndice: Critérios Básicos de Avaliação dos Elementos do Balanço Patrimonial . . . 32

Questões e Exercícios . . . 35

Capítulo 2 – Objetivos, Funções e Estrutura de Finanças . . . 39

Objetivo de Finanças: Maximização do Lucro x Maximização

da Riqueza x Criação de Valor . . . 39

Lucro Econômico x Lucro Contábil . . . 41

Criação de Valor – Atividade Produtiva e Valor Agregado . . . 43

Criação de Valor para o Acionista e Valor Econômico Adicionado

(EVA – Economic Value Added) . . . 44

Modelo de Gestão Econômica para Criação de Valor . . . 46

Valor de Mercado Adicionado (MVA – Market Value Added) . . . 47

Funções de Finanças . . . 48

Responsabilidade Social . . . 52

Risco, Retorno e Liquidez . . . 52

Teoria da Agência (Agency Theory) . . . 54

Governança Corporativa . . . 55

Estrutura Administrativa . . . 57

Questões e Exercícios . . . 60

Capítulo 3 – Custo de Capital e Rentabilidade do Investimento . . . 63

Análise de Rentabilidade . . . 64

Custo de Capital: Parâmetro para Avaliação da Rentabilidade . . . 72

Rentabilidade do Acionista pelo Lucro Líquido . . . 75

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(2)

Rentabilidade da Empresa pelo Lucro Operacional . . . 78

Rentabilidade do Financiamento pela Alavancagem Financeira . . . 83

Análise Geral da Rentabilidade . . . 83

Custo de Capital, Estrutura do Passivo e Valor da Empresa . . . 84

Custo do Capital Próprio: Introdução ao Modelo CAPM . . . 90

Questões e Exercícios . . . 94

Capítulo 4 – O Processo de Gestão e o Valor do Dinheiro no Tempo . . . 99

O Processo de Gestão . . . 99

Planejamento Estratégico . . . 100

Planejamento Operacional e Planejamento de Curto Prazo . . . 102

Planejamento Financeiro de Longo Prazo ou Orçamento de Capital . . . 102

O Valor do Dinheiro no Tempo . . . 103

Critérios de Avaliação dos Investimentos – VPL, TIR, Tirm, Payback . . . 106

Projetos de Investimento e Fluxo de Caixa Descontado . . . 114

Questões e Exercícios . . . 120

PARTE II – PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Capítulo 5 – Decisão de Investimento e Estrutura do Ativo . . . 125

Conceito e Classificação de Investimentos . . . 125

Determinação da Estrutura do Ativo . . . 127

Modelo de Decisão para Definição da Estrutura do Ativo . . . 128

Exemplo de Estruturas de Ativos . . . 129

Estrutura do Ativo, Estrutura de Custos e Alavancagem Operacional . . . 131

Risco Operacional . . . 136

Modelo de Decisão da Margem de Contribuição . . . 138

Margem de Contribuição . . . 143

Ponto de Equilíbrio (Break-Even Point) . . . 145

Modelo de Decisão da Margem de Contribuição – Vários Produtos . . . 152

Utilização do Modelo de Decisão da Margem de

Contribuição para Maximização do Lucro . . . 153

Exemplo de Utilização do Modelo e suas Variáveis . . . 153

Questões e Exercícios . . . 155

Capítulo 6 – Decisão de Financiamento e Estrutura do Passivo . . . 161

Estrutura do Passivo como Opção . . . .162

Capital Próprio e Capital de Terceiros . . . .162

Grau de Endividamento e Risco Financeiro . . . 163

Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada . . . 167

VIMMINTRODUÇÃO ÀADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA

(3)

O Impacto Tributário na Alavancagem Financeira . . . 174

Modelos de Decisão para Emprestar ou Não Emprestar: Ponto de Indiferença . . . 174

Mercados Financeiros e Sistema Financeiro Nacional . . . 178

Fontes de Financiamento . . . 179

Fontes de Recursos Próprios . . . 181

Fontes de Recursos de Terceiros . . . 183

Questões e Exercícios . . . 186

Capítulo 7 – Decisão de Dividendos . . . 189

Sinalização para os Investidores . . . .189

Política de Dividendos . . . 190

Continuidade da Empresa e Manutenção do Capital . . . 191

O Caso Brasileiro – Algumas Características . . . 192

Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) . . . 193

Questões e Exercícios . . . 194

Capítulo 8 – Introdução à Gestão do Capital de Giro . . . 195

Ciclo Operacional, Ciclo Econômico e Ciclo Financeiro . . . 195

Mensuração e Gestão do Ciclo Operacional . . . 198

Mensuração e Gestão dos Ciclos Econômico e Financeiro . . . 201

Mensuração Contábil dos Ciclos Econômico e Financeiro . . . 201

Gestão do Capital de Giro . . . 204

Principais Fatores que Afetam a Necessidade Líquida de Capital de Giro . . . 211

Estratégias Financeiras: Hedging, Derivativos, Securitização, Factoring . . . 214

Questões e Exercícios . . . 216

Capítulo 9 – Análise das Demonstrações Financeiras . . . 219

Análise Financeira ou de Balanço . . . 219

Análise da Rentabilidade . . . 231

Valor Econômico Agregado ou Adicionado (EVA

®

– Economic Value Added) . . . 231

Questões e Exercícios . . . 234

PARTE III – PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

Capítulo 10 – Planejamento e Controle Orçamentário . . . 239

Conceitos e Tipos de Orçamento . . . 241

Orçamento, Inflação e Moedas . . . 245

Organização e Processo de Elaboração . . . 246

Estrutura do Plano Orçamentário . . . 249

Orçamento de Vendas . . . 252

SUMÁRIOMMVII adm_00:adm_00 9/15/10 12:04 PM Page VII

(4)

Orçamento de Produção . . . 256

Orçamento de Capacidade e Logística . . . 257

Orçamento de Materiais e Estoques . . . 258

Orçamento de Impostos a Recolher . . . 262

Orçamento de Despesas Gerais . . . 263

Orçamento de Investimentos e Financiamentos . . . 272

Controle Orçamentário . . . 277

Questões e Exercícios . . . 279

Capítulo 11 – Projeção das Demonstrações Financeiras . . . 289

Demonstrativos Contábeis a Serem Projetados . . . 289

Metodologia das Projeções . . . 290

Questões e Exercícios . . . 295

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

. . . 301

VIIIMMINTRODUÇÃO ÀADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA

(5)

Prefácio

Nosso tra ba lho foi estru tu ra do tendo como refe rên cia uma visão geral de finan ças empre sa riais para a dis ci pli na Administração Financeira e Orçamentária em cur sos de gra dua ção em Administração, Economia, Contabilidade e Engenharia. Portanto, carac te ri za-se den tro de uma abor da gem intro du tó ria. Como, de um modo geral, há o con ta to com essa dis ci pli na após dis ci pli na ou dis ci pli nas intro du tó rias de Contabilidade, par ti mos da pre mis sa de que o lei tor já conhe ce os con cei tos bási cos das demons tra ções finan cei ras fun da men tais, do balan ço patri mo nial e da demons -tra ção de resul ta dos.

A estrutura do trabalho está centralizada na apresentação dos objetivos e mode-los que embasam as decisões financeiras fundamentais: a decisão de investimento, a decisão de financiamento e a decisão de dividendos. Para tanto, é necessário enten-der os fluxos econômicos e financeiros, os fundamentos do custo de capital, a análi-se financeira, a análianáli-se de investimentos e as projeções.

A principal opção metodológica que adotamos foi a de fazer uma apresentação do fluxo financeiro ou de caixa antes da apresentação dos objetivos e fundamentos de finanças. Os motivos principais são:

a) essa opção permite um reencontro com os fundamentos da demonstração de resultados e o balanço patrimonial, e as inter-relações de seus valores e contas; b) permite ao docente a possibilidade de uma revisão das principais

movimenta-ções econômico-financeiras de uma empresa;

c) possibilita também uma revisão das diferenças entre os conceitos de geração de lucro e geração de caixa;

d) permite desenvolver os modelos de fluxos de caixa direto e indireto, seus ele-mentos formadores e as fórmulas de obtenção dos dados;

e) deixa claro o fluxo de caixa como demonstrativo complementar e fundamental ao balanço e à demonstração de resultados para a gestão financeira das empresas. Após o contato com o fluxo financeiro e uma revisão das demonstrações finan-ceiras fundamentais, entendemos que se torna mais fácil e assimilável a apresenta-ção dos objetivos e funções das finanças. Em termos metodológicos, sugerimos aos docentes que, enquanto o primeiro capítulo foi apresentado e treinado, solicitem aos alunos trabalhos de leitura e resumo dos objetivos e funções financeiras, utilizando textos de outros autores. Dessa maneira, a apresentação do segundo capítulo em classe será mais discussão e debate do que propriamente apresentação. Outros recursos didáticos podem ser utilizados – por exemplo, apresentações do tema por grupos de alunos, de forma resumida.

A segunda opção metodológica que introduzimos é a apresentação, logo em seguida, do conceito de custo de capital. Temos notado que, em cursos de graduação, esse conceito nem sempre é enfatizado, sendo apresentado de maneira rápida, nor-malmente em conjunto com os critérios de avaliação de investimentos. Nesse momento, faz-se a apresentação conjugada dos conceitos de custo de capital e ren-tabilidade do investimento.

(6)

Os demais temas são apresentados dentro de uma sequência tradicional, em que cada docente pode trabalhar os diversos temas com mais ou menos ênfase. Todos os capítulos trazem exercícios para aprendizagem. Esperamos que nosso trabalho seja útil, e ficamos gratos por qualquer sugestão de tema a ser inserido.

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Prefácio à Segunda Edição

É com imensa satisfação que temos a oportunidade de rever o conteúdo de nosso trabalho para esta segunda edição. Nosso entendimento é que uma nova edição representa uma resposta dos usuários de nosso livro, aprovando sua concepção. Isto nos deixa gratificado, mas também dá-nos uma responsabilidade e desafio de conti-nuar tendo a aprovação de todos, mantendo a qualidade do trabalho.

Nesta oportunidade procuramos fazer os ajustes necessários e mesmo algumas correções, procurando sempre deixar o material em condições de utilização para os docentes, discentes e profissionais da área.

Várias alterações foram realizadas tendo em vista as recentes modificações na estrutura de apresentação das demonstrações financeiras em razão da adaptação das práticas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade determinada pela Lei 11.638 de dezembro de 2007 e corroboradas pela Lei 11.941 de maio de 2009, que alteraram as disposições contábeis da Lei 6.406/76, conhecida como Lei das S/A. As alterações principais nas demonstrações financeiras e práticas contábeis foram:

a) Supressão do conceito de Ativo Permanente, sendo substituído pelo conceito de Ativo Não Circulante, que passou a englobar o Realizável a Longo Prazo, os Investimentos, o Imobilizado e o Intangível;

b) Eliminação do conceito de Ativo Diferido, que não mais existirá;

c) Inclusão do grupo Intangível, que absorverá os direitos de bens incorpóreos que tenham condição de produzir benefícios econômicos futuros e possam ser eles mesmos comercializáveis;

d) Introdução do conceito de Passivo Não Circulante, que englobará o Exigível a Longo Prazo;

e) Eliminação da possibilidade de Reavaliação de Ativos;

f) Introdução do conceito de redução ao valor recuperável de ativos (impairment) para provisionar valores contábeis de ativos acima de valor do mercado ou do valor em uso;

g) Introdução do conceito de valor justo (fair value) para aferir o valor dos ativos e passivos ao preço de mercado ou pelo fluxo de caixa descontado (valor em uso). Em relação ao livro, essas alterações restringiram-se basicamente ao formato de apresentação, uma vez que as alterações não trazem substancialmente nenhuma modificação nos aspectos gerenciais e de retorno do investimento.

Consideramos a principal alteração financeira nesta nova edição a inclusão no Capítulo 4 – O Processo de Gestão e o Valor do Dinheiro no Tempo, do conceito de Tirm – Taxa Interna de Retorno Modificada. Era uma lacuna que queríamos eliminar e esta nova edição nos deu essa oportunidade.

Agradecemos mais uma vez a todos que nos honram com a utilização de nosso trabalho e continuamos disponíveis para sugestões e modificações.

Clóvis Luís Padoveze

(8)

PARTE I – FUN DA MEN TOS

(9)

1 Fluxo Financeiro ou de Caixa

A gera ção de caixa é o obje ti vo que supor ta a mis são das empre sas, efe ti van do finan cei ra men te os lucros neces sá rios à remu ne ra ção do capi tal inves ti do, com isso per mi -tin do a sua con ti nui da de – sua exis tên cia por tempo inde ter mi na do. A com preen são da movi men ta ção finan cei ra, por tan to, é fun da men tal para o enten di men to das ope -ra ções da empre sa e pa-ra a ava lia ção da via bi li da de e retor no do inves ti men to.

As empre sas nas cem a par tir de inves ti men tos nas ope ra ções neces sá rias para pro -du zir e ven der os pro -du tos e ser vi ços esco lhi dos. Esses inves ti men tos são des ti na dos aos diver sos ati vos neces sá rios a essas ope ra ções, ati vos esses que, movi men ta dos pelas pes soas, pro du zem e comer cia li zam os pro du tos e ser vi ços, geran do os lucros neces sá rios para dar o retor no espe ra do pelos inves ti do res. O retor no neces sá rio é deno mi na -do criação de valor.

O peque no e sim ples exem plo sobre o obje ti vo de finan ças com a aber tu ra de uma empre sa, de Ross et al. (2002, p. 26), ilus tra bem a ques tão: “No lin gua jar finan -cei ro, seria feito um inves ti men to em ati vos, como esto ques, máqui nas, ter re nos e mão de obra. O dinhei ro apli ca do em ati vos deve ser con tra ba lan ça do por uma quan -tia idên ti ca de dinhei ro gera do por algum finan cia men to. Quando come çar a ven der,

sua empre sa irá gerar dinhei ro. Essa é a base da cria ção de valor (grifo nosso). A fina li da

-de da empre sa é criar valor para o seu pro prie tá rio. O valor está refle ti do no mo-de lo bási co da empre sa, repre sen ta do pelo seu balan ço patri mo nial”.

Fluxo Financeiro

As ope ra ções para pro du zir e ven der pro du tos e ser vi ços exi gem recur sos, que, por sua vez, têm que ser pagos em dinhei ro. O rece bi men to de dinhei ro pela venda des -ses pro du tos e ser vi ços é a con tra par ti da pelos esfor ços rea li za dos. A dife ren ça entre os valo res pagos pelos recur sos uti li za dos e os valo res rece bi dos pela venda dos pro -du tos e ser vi ços é a gera ção ope ra cio nal de caixa, que decor re do lucro gera do por esses pro du tos e ser vi ços.

Denominamos fluxo finan cei ro ou de caixa essa movi men ta ção bási ca de recur sos. Acoplado às movi men ta ções finan cei ras de inves ti men to e entra das de capi tal, temos o fluxo finan cei ro geral do empreen di men to. Assim, o fluxo finan cei ro ou de caixa pode ser defi ni do como o con jun to de movi men ta ções finan cei ras decor ren te do paga men to e rece bi men to dos even tos eco nô mi cos das ope ra ções da empre sa e das ati vi da des de cap ta ção de recur sos e inves ti men tos de capi tal.

Geração de Lucro ver sus Geração de Caixa das Operações

Considerando a empre sa em con ti nui da de, den tro de uma visão de longo prazo, todos os lucros devem se trans for mar em caixa. Contudo, no mundo real, o momen to da adm_01:adm_01 9/15/10 12:30 PM Page 3

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gera ção de lucro não coin ci de com o momen to da gera ção de caixa. Só há coin ci dên cia des ses momen tos quan do todas as ope ra ções são rea li za das à vista, o que é impro -vá vel em uma empre sa em con di ções nor mais de ope ra ção. De um modo geral, a gera ção de caixa é um even to que acon te ce em um momen to pos te rior à gera ção do lucro. Isso pode ser exem pli fi ca do de forma sim ples, con si de ran do as duas ati vi da des prin ci pais de uma empre sa comer cial: a com pra e a venda de mer ca do rias.

Vamos supor que uma empre sa adqui ra mer ca do rias para reven da no valor de $ 100, para paga men to em 30 dias. Essas mer ca do rias fica rão esto ca das nesse pri mei ro momen to. O balan ço patri mo nial da empre sa regis tra essa movi men ta ção apon -tan do no ativo a conta de Estoque de Mercadorias, e no pas si vo, a conta de Du plicatas a Pagar a for ne ce do res, ambas no valor de $ 100. Nesse exem plo, dei xa -re mos de lado quais quer outros valo -res patri mo niais, aten do-nos pura men te aos even tos des sas ope ra ções.

4MMINTRODUÇÃO ÀADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA

Ativo Passivo

Estoques 100 Duplicatas a Pagar 100

Essa con ta bi li za ção é feita con si de ran do-se o momento eco nô mi co do even to, ou seja, o momen to em que acon te ceu a com pra. A meto do lo gia con tá bil tra ba lha sem -pre com esse con cei to, con ta bi li zan do os dois momen tos bási cos das ope ra ções: o momen to eco nô mi co, quan do acon te ce o even to, e o momento finan cei ro, quan do a ope ra ção é fina li za da finan cei ra men te. O méto do da con ta bi li da de é exe cu ta do, então, sob o prin cí pio da com pe tên cia, que diz que um even to eco nô mi co tem que ser escri tu ra do quan do de sua ocor rên cia, inde pen den te men te do seu paga men to ou rece bi men to.

Continuando nosso exem plo, vamos supor agora que as mer ca do rias sejam ven -di das, tam bém para rece bi men to em 30 -dias, pelo valor de $ 180. Nesse momen to, iden ti fi ca mos três novos ele men tos:

1. O sur gi men to de um direi to, a ser regis tra do na conta Duplicatas a Receber, por que o clien te que adqui riu a mer ca do ria paga rá em 30 dias.

2. A gera ção do lucro de $ 80, uma vez que o valor da venda foi supe rior ao valor da com pra ($ 180 do valor da venda (–) $ 100 do valor da com pra).

3. O regis tro do lucro no pas si vo, que fica rá à dis po si ção dos donos do capi tal à espe ra de dis tri bui ção.

(11)

Os dois even tos regis tra dos até agora, pelo momen to de suas ocor rên cias, mos tra ram a geração de lucro de $ 80. Contudo, essa gera ção de lucro ainda não se trans -for mou em caixa. A gera ção de caixa ocorrerá quan do as tran sa ções de com pra e venda forem efe ti va das finan cei ra men te, ou seja, a dupli ca ta a rece ber será rece bi da, e a dupli ca ta a pagar será paga.

Em decor rên cia da venda, surge a pos si bi li da de de apre sen tar a gera ção do lucro sob a forma de uma outra demons tra ção finan cei ra, a Demonstração de Resultados. A mais conhe ci da é a Demonstração do Resultado do Exercício, que é uma demons -tra ção obri ga tó ria para fins legais e fis cais; ela mos -tra o lucro gera do em um ano de ope ra ções. Contudo, pode-se ter a Demonstração do Resultado de cada tran sa ção, para cada mês, para cada tri mes tre ou para cada perío do esco lhi do ou neces sá rio para a ges tão eco nô mi co-finan cei ra. Essa pri mei ra Demonstração de Resultados pode ser assim apre sen ta da:

FLUXOFINANCEIRO OU DECAIXAMM5

Ativo Passivo

Caixa 80 Lucro Gera do 80

Ativo Passivo

Duplicatas a Receber 180 Duplicatas a Pagar 100 Lucro Gerado 80

Demonstração de Resultados das Operações

Venda 180

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (100) = Lucro na Venda das Mercadorias 80

Para a con clu são de nosso exem plo, vamos supor que, pas sa dos os 30 dias, a dupli -ca ta do clien te seja rece bi da e a dupli -ca ta do for ne ce dor seja paga. Recebendo-se $ 180 do clien te e pagan do-se $ 100 ao for ne ce dor, sobram para a empre sa $ 80, que fica rão no seu Caixa. O balan ço patri mo nial refle ti rá assim essas duas tran sa ções finan cei ras:

O balan ço patri mo nial fica agora da seguin te forma: adm_01:adm_01 9/15/10 12:30 PM Page 5

(12)

Fica claro que, em con di ções nor mais, o lucro gera do se trans for ma em caixa. Em linhas gerais, pode mos dizer que a gera ção de caixa acon te ce depois da gera ção de lucro. Essa admi nis tra ção finan cei ra é fun da men tal, pois, se nesse espa ço de tempo a empre sa não tiver dis po ni bi li da de para fazer face a seus com pro mis sos finan cei ros, ela se verá em difi cul da des. Para tanto, um con jun to de pro ce di men tos finan cei ros deve ser obser va do de ante mão, de tal forma que a empre sa sem pre tenha recur -sos dis po ní veis ou no seu capi tal de giro para a ges tão finan cei ra entre o momen to da gera ção de lucro e o momen to da gera ção de caixa.

Uma outra demons tra ção finan cei ra pode ser estru tu ra da após essas tran sa ções. É a Demonstração do Fluxo de Caixa, ou sim ples men te Fluxo de Caixa, evi den cian -do os valo res rece bi -dos e pagos. Ela pode ser assim apre sen ta da:

6MMINTRODUÇÃO ÀADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA

Demonstração do Fluxo de Caixa Recebimentos (a)

de Duplicatas de Clientes 180 Pagamentos (b)

de Duplicatas de Fornecedores (100)

Saldo (a - b) 80

(+) Saldo Inicial de Caixa 0 = Saldo Final de Caixa 80

O Aspecto Tridimensional da Gestão Empresarial

Como já intro du zi mos, pode mos dizer que a ges tão empre sa rial é seg men ta da em três aspec tos:

• o aspec to ope ra cio nal; • o aspec to eco nô mi co; • o aspec to finan cei ro.

Em cada ati vi da de desen vol vi da pela empre sa obser vamse três aspec tos inter -de pen -den tes. “O pri mei ro diz res pei to a qua li da -de, quan ti da -de e cum pri men to -de prazo, que deno mi na mos de ope ra cio nal... Aos recur sos con su mi dos e aos pro du tos e ser vi ços gera dos, podem ser asso cia dos valo res eco nô mi cos... o que cara te ri za o aspec to eco nô mi co da ati vi da de. Finalmente, as ope ra ções envol vem pra zos de paga men tos e rece bi men tos, o que cara te ri za o aspec to finan cei ro da ati vi da de” (Catelli e Guerreiro, 1992, p. 12).

(13)

Fundamentalmente, o fator tempo está liga do ao aspec to ope ra cio nal das ati vi da -des, ou seja, ao cum pri men to dos pra zos do pro ces so de pro du ção e comer cia li za ção. O aspec to finan cei ro tam bém evi den cia o fator tempo, pois trata de pra zos de rece bi men tos e paga men tos. A Figura 1.1 refle te os efei tos eco nô mi co, finan cei ro e patri mo -nial do aspec to tem po ral de exe cu ção ope ra cio nal das ati vi da des, evi den cian do o elo entre a ava lia ção do tempo gasto pelas ati vi da des e o resul ta do eco nô mi co gera do por elas.

FLUXOFINANCEIRO OU DECAIXAMM7

Fluxo Operacional (Físico) Fluxo Econômico Fluxo Patrimonial Mensuração Recursos Produção Produtos e Serviços Desembolsos Recebimentos Saldo de Caixa Estoques Contas a Receber Contas a Pagar Caixa Patrim. Líquido Final Ativos Fixos Custos/Estoques Receitas Resultado Operacional Resultado Financeiro Resultado Final Fluxo Financeiro

Figura 1.1 –Fluxo Ope ra cio nal, Eco nô mi co, Finan cei ro e Patri mo nial das Ati vi da des.

Conceito de Caixa e Disponibilidades

A pala vra Caixa, de forma res tri ta, repre sen ta o nume rá rio exis ten te na empre sa em deter mi na do momen to. Para fins de ges tão finan cei ra e neste livro, essa pala vra repre -sen ta, além do nume rá rio exis ten te, o valor dos sal dos ban cá rios e das apli ca ções finan cei ras de curto prazo. Esse con jun to de ati vos é deno mi na do Disponibilidades pela con ta bi li da de, mas uti li za re mos a pala vra Caixa como sinô ni mo.

A exis tên cia de apli ca ções finan cei ras de longo prazo (apli ca ções com res ga te pre vis to além de um ano da data do encer ra men to de um balan ço patri mo nial) é pos sí -vel, mas sua clas si fi ca ção não é no grupo Disponibilidades. Elas são apre sen ta das no Realizável a Longo Prazo e se qua li fi cam mais ade qua da men te como inves ti men to. Contudo, esse tipo de ocor rên cia é menos comum, pois as empre sas, nota da men te em nosso país, ten dem a man ter suas apli ca ções finan cei ras como reser vas finan cei -ras para uti li za ção a curto prazo.

(14)

Fornecedores

Vendas Clientes Despesas

Mão de Obra Impostos

Visão Geral da Movimentação Financeira ou do Fluxo de Caixa

Apresentamos a seguir, na Figura 1.2, uma visão esque má ti ca das prin ci pais movi men -ta ções finan cei ras de uma empre sa comer cial ou indus trial, tendo como refe rên cia o caixa.

8MMINTRODUÇÃO ÀADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA

Capital dos Sócios Ativos Fixos CAIXA (Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras) Receitas Financeiras Estoques • Materiais • Em Processo • Acabados Empréstimos de Terceiros Dividendos Desimobilizações

Visão do Fluxo Econômico –

Financeiro

Fluxo de Financiamentos Fluxo de Investimentos

Fluxo Operacional (Resultado: Lucro ou Prejuízo) *Amortizações/juros

Figura 1.2 –Visão Geral da Movi men ta ção Eco nô mi co-Finan cei ra.

Uma empre sa come ça com a deci são de inves tir. Os inves ti men tos são em ati vos fixos e em capi tal de giro. Os ati vos fixos rece bem essa deno mi na ção por que são ele -men tos patri mo niais que a empre sa adqui re com a inten ção de não reven der. São repre sen ta dos clas si ca men te pelos ati vos imo bi li za dos (ter re nos, pré dios, equi pa men -tos, máqui nas, móveis e veí cu los). O capi tal de giro é repre sen ta do pela neces si da de de a empre sa ter esto ques à mão para pro du ção e ven das, e tam bém pela neces si da -de -de dar um prazo para o rece bi men to das ven das. O capi tal -de giro repre sen ta a ope ra ção da empre sa.

Toda deci são de inves ti men to é acom pa nha da da deci são de finan cia men to, pois, para inves tir, é neces sá ria a obten ção de fun dos. Esses fun dos podem vir tanto dos pro prie tá rios do negó cio, que toma ram a ini cia ti va de inves tir, como de ter cei ros, via finan cia men tos ou emprés ti mos ban cá rios.

*

(15)

O fluxo de caixa pode, então, ser seg men ta do em três gran des áreas: 1. fluxo de inves ti men tos;

2. fluxo de finan cia men tos;

3. fluxo das ope ra ções ou fluxo ope ra cio nal. O fluxo de inves ti men tos com preen de:

• Os gas tos que a empre sa faz para aqui si ção de seus ati vos fixos, cor res pon den -do, então, às saí das de caixa.

• O valor rece bi do pelas desi mo bi li za ções, ou seja, o valor obti do pela venda de ati vos fixos (imó veis, equi pa men tos etc.) que não são mais neces sá rios para as ope ra ções ou que serão repos tos. Corresponde, então, a entra das no caixa. • Os investimentos no capital de giro líquido (estoques, clientes, fornecedores,

contas a pagar) constam do fluxo de caixa operacional.

O fluxo de finan cia men tos com preen de:

• A entra da de dinhei ro na empre sa a títu lo de entra da de capi tal, mais os seus incre men tos. Essas entra das são deno mi na das capital pró prio, pois a fonte des -ses recur sos são os donos da empre sa ( sócios, adqui rin do cotas da empre sa, ou acio nis tas, adqui rin do ações). Essa é, na rea li da de, em ter mos con cei tuais, a pri -mei ra entra da de caixa da empre sa, pois é o even to que a faz dar ori gem. A carac te rís ti ca bási ca dessa entra da de caixa é que, fun da men tal men te, esse valor não será devol vi do aos donos até o encer ra men to das ati vi da des da empre sa. • A entra da de dinhei ro de ter cei ros, por meio da obten ção de emprés ti mos e

finan cia men tos na rede ban cá ria ou nos mer ca dos finan cei ros. Essas fon tes de recur sos são deno mi na das fontes de capi tal de ter cei ros. Correspondem às entra -das de caixa, mas, em linhas gerais, devem ser devol vi -das no futu ro, uma vez que os emprés ti mos e finan cia men tos devem ser pagos com os encar gos finan cei ros. • A saída de caixa para o paga men to dos encar gos finan cei ros do capi tal de ter -cei ros, nor mal men te deno mi na dos despesas finan -cei ras (juros, comis sões,

spread, varia ções cam biais ou mone tá rias etc.).

• A saída de caixa para o paga men to do prin ci pal dos emprés ti mos e finan cia -men tos obti dos, nos res pec ti vos ven ci -men tos con tra ta dos. O paga -men to do prin ci pal do capi tal de ter cei ros é deno mi na do amortização (da dívi da). • A saída de caixa para a dis tri bui ção de lucros aos sócios ou acio nis tas. Quando

se refe re às empre sas limi ta das, deno mi nase lucros dis tri buí dos. Quando se refe -re às socie da des anô ni mas, deno mi na-se dividendos. No Brasil, exis te ainda a figu ra do paga men to de juros sobre o capi tal pró prio, que é tam bém uma forma de dis tri bui ção de lucros, com tri bu ta ção dife ren cia da das demais dis tri bui ções. • A saída de caixa para devo lu ção do capi tal social aos sócios ou acio nis tas. Essas

saí das são raras, uma vez que, de um modo geral, só se retor na o valor do capi -tal social quan do do encer ra men to das ati vi da des da empre sa. Contudo, exis te FLUXOFINANCEIRO OU DECAIXAMM9 adm_01:adm_01 9/15/10 12:30 PM Page 9

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a pos si bi li da de de redu ção do capi tal social, ou mesmo a recom pra de ações, quan do então se carac te ri za um tipo de saída de caixa.

O fluxo ope ra cio nal é o cami nho para a obten ção do lucro dese ja do pela empre sa. É, por tan to, o mais impor tan te, deven do ser ana li sa do de acor do com suas fun ções bási cas. O fluxo das ope ra ções tem uma lógi ca bási ca que é o pro ces so de com prar, pro du -zir, ven der e rece ber, retor nan do em segui da o mesmo pro ces so, o que dá a ideia de um movi men to cir cu lar, repe ti ti vo, con tí nuo, de forma a gerar lucros inin ter rup ta men te.

O fluxo ope ra cio nal com preen de basi ca men te:

• A saída de caixa para aqui si ção de esto ques de mer ca do rias (se comér cio) e maté rias-pri mas e com po nen tes (se indús tria). Conforme evi den cia do no fluxo, é comum que essa saída de caixa não seja de ime dia to, uma vez que, de um modo geral, os for ne ce do res de mer ca do rias e mate riais dão um prazo para ope ra cio na li zar o paga men to das entre gas. Assim, essa saída de caixa cor res pon de ao paga men to a for ne ce do res, por meio da qui ta ção das dupli ca tas ori -gi na das de suas fatu ras emi ti das con tra a empre sa.

• A saída de caixa para paga men to das des pe sas gerais neces sá rias para manu ten -ção e ope ra -ção de todas as ati vi da des empre sa riais, de pro du -ção, comer cia li za -ção e admi nis tra ção. As des pe sas com preen dem os gas tos com mão de obra e seus encar gos sociais, obri ga tó rios e espon tâ neos, e os gas tos diver sos com ener gia, via gens, alu guéis, segu ros, fre tes etc. São todas as des pe sas depar ta men tais. • A entra da de caixa pelas ven das efe tua das de mer ca do rias, pro du tos ou ser vi

ços, por meio do rece bi men to das dupli ca tas dos clien tes, ori gi na das das fatu -ras emi ti das pela empre sa. Observe, no fluxo, que o even to que ante ce de o rece bi men to das dupli ca tas dos clien tes é a venda. As empre sas que têm con -di ções de ven der à vista (super mer ca dos, por exem plo) não têm o tempo de espe ra para rea li zar finan cei ra men te a venda. Contudo, a maior parte das empre sas vende a prazo, para dar tempo aos seus clien tes de escri tu ra rem as fatu ras e pro vi den ciar o paga men to.

• A saída de caixa para paga men to dos impos tos devi dos ao gover no, em suas diver sas esfe ras e moda li da des. Os impos tos são gera dos pelas ven das, pelo lucro, por movi men ta ção finan cei ra e outros fatos gera do res, con ti dos basi ca -men te nas ope ra ções da empre sa.

Preferimos alo car as receitas finan cei ras decor ren tes das apli ca ções finan cei ras sepa ra da men te, com a movi men ta ção final de caixa. Alguns auto res clas si fi cam as recei tas finan cei ras com o fluxo de finan cia men tos, como redu tor das des pe sas finan cei ras. Porém, enten de mos que esse even to está estri ta men te liga do ao caixa e ao seu saldo, razão por que não o clas si fi ca mos em nenhum dos três seg men tos do fluxo de caixa.

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