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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A.

Relatório e Contas 2009

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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. ________________________________________________________________________________________________________

I

I

N

N

D

D

I

I

C

C

E

E

A. ÓRGÃOS SOCIAIS ...3 B. ESTRUTURA ACCIONISTA ...3 C. ENQUADRAMENTO...4 1. ECONOMIA ... 4 2. MERCADO DE CAPITAIS... 10 3. MERCADO IMOBILIÁRIO ... 14

D. MERCADO DE GESTÃO DE ACTIVOS PORTUGUÊS ...15

E. ACTIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS ...18

1. ASPECTOS GERAIS ... 18

2. FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO & PATRIMÓNIOS – CAIXAGEST S.A... 19

3. FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO – FUNDIMO S.A... 21

4. FUNDOS DE PENSÕES – CGD PENSÕES S.A... 23

5. RECURSOS HUMANOS... 25

6. ESTRUTURA OPERACIONAL E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ... 25

7. MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO... 26

F. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS...27

G. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS...29

H. CONSIDERAÇÕES FINAIS...29

I. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM NOTAS EXPLICATIVAS...31

EM ANEXO:

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

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A. ÓRGÃOS

SOCIAIS

Assembleia Geral

Presidente Dr. Salomão Jorge Barbosa Ribeiro

Secretário Dr. António Pereira Grada Ferreira

Secretário Dr. Pedro Manuel Rodrigues de Araújo Martinez

Conselho de Administração

Presidente Dr. Pedro Manuel de Oliveira Cardoso

Vice-Presidente Dr. João Eduardo de Noronha Gamito de Faria

Vogal Dr. António Francisco Araújo Pontes

Vogal Dr. Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

Vogal Dr. Fernando Manuel Domingos Maximiano

Vogal Dr. António Joaquim Sousa

Vogal Dr. Ricardo Simões Caliço

Órgão de Fiscalização (Fiscal único)

Efectivo Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pela Dr.ª Maria Augusta Cardador Francisco

Suplente Dr. Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

B. ESTRUTURA

ACCIONISTA

A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., é detentora da totalidade do capital social da Caixa Gestão de Activos, S.G.P.S., S.A..

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RELATÓRIO DA GESTÃO

C. ENQUADRAMENTO

1 1.. EECCOONNOOMMIIAA I Inntteerrnnaacciioonnaall  

No final de 2008 a disseminação dos efeitos da crise nos mercados financeiros à economia mundial fez-se sentir de forma bastante acentuada, o que conduziu a que o crescimento mundial do referido ano se fixasse em 3,1%.

O cenário de crise verificado no segundo semestre de 2008 prolongou-se pelo ano de 2009, designadamente durante o primeiro trimestre, não obstante as medidas concertadas tomadas pelos governos e bancos centrais. Nesse período assistiu-se a uma deterioração da conjuntura económica, caracterizada por decréscimos bastante significativos no investimento e no comércio internacional, que se reflectiu numa subida considerável da taxa de desemprego.

A partir do segundo trimestre de 2009 assistiu-se uma estabilização na economia mundial, dado que a grande maioria dos países apresentaram resultados menos negativos, tendo, inclusivamente, algumas nações, como o Japão, a Alemanha e a França, alcançado crescimentos trimestrais positivos.

Taxas de variação (em %)

União Europeia 1,0 -4,0 3,7 (b) 1,0 (b) 7,0 (b) 9,1 (b) Área do Euro 0,6 -3,9 3,3 0,2 7,5 9,4 Alemanha 1,2 -4,8 2,8 0,2 7,2 7,6 França 0,3 -2,3 3,2 0,1 7,4 9,1 Reino Unido 0,5 -4,8 3,6 2,1 5,7 8,0 Espanha 0,9 -3,6 4,1 -0,4 11,3 18,1 Itália -1,0 -4,8 3,5 0,7 6,8 7,6 EUA 0,4 -2,5 3,8 -0,4 5,8 9,2 Japão -1,2 -5,3 1,4 -1,2 4,0 5,2 Rússia 5,6 -9,0 14,1 11,7 n.d. n.d. China 9,6 8,7 5,9 -1,1 n.d. n.d. Índia 7,3 5,6 9,1 7,8 n.d. n.d. Brasil 5,1 -0,4 5,9 4,2 n.d. n.d.

OECD: Economic Outlook - Novembro de 2009

(a) FMI: World Economic Outlook Update - Janeiro de 2010 (b) CE: European Economic Forecast - Novembro de 2009

INDICADORES ECONÓMICOS

PIB (a) Inflação Desemprego

2009 2008 2009 2008 2009 2008

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parte do FMI, do crescimento mundial, tendo esta Instituição divulgado, em 26 de Janeiro deste ano, o World Economic Outlook, que aponta para um decréscimo de 0,8% do produto, em 2009.

Embora em desaceleração, não deixa de ser assinalável o crescimento das economias emergentes, nomeadamente a China e a Índia, com taxas estimadas em 8,7% e 5,6%, respectivamente, constituindo-se como as principais dinamizadoras do crescimento económico mundial.

Produto Interno Bruto

-10% -5% 0% 5% 10% União Europeia Área do Euro EUA Japão Rússia China Índia Brasil 2008 2009

Nas economias mais avançadas, a intervenção das instituições monetárias internacionais e as medidas específicas tomadas pelos diversos governos tiveram um papel preponderante na estabilização dos mercados financeiros e da própria economia real que parece estar a verificar-se.

De modo a estimular o mercado interbancário e fomentar a concessão de crédito, a Reserva Federal norte-americana reduziu a sua taxa directora para um intervalo próximo de zero em Dezembro de 2008, enquanto que o BCE interveio por quatro vezes no presente exercício, fixando a taxa directora em 1% a 13 de Maio. Adicionalmente, estas instituições procederam ainda a injecções constantes de liquidez no mercado monetário através de leilões a taxas de juro reduzidas e por prazos alargados.

O papel dos governos merece igualmente uma referência. Assistiu-se à entrada dos Estados no capital das instituições em dificuldades, à compra de activos tóxicos e têm vindo a ser implementados um conjunto de projectos com vista a fomentar a actividade económica.

A intervenção de governos e bancos centrais foi de tal forma determinante que actualmente o debate está centrado na discussão da hipótese de a estabilização da actividade económica ser efectiva ou ser apenas a uma reacção positiva, de natureza conjuntural, dos agentes económicos aos estímulos concedidos.

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reduzidas, dado que, de acordo com um estudo publicado pela Comissão Europeia, a não contenção de custos conduzirá a um rácio da dívida pública de 120% do PIB em 2020 na Zona Euro.

Por outro lado, a margem para intervenção dos bancos centrais encontra-se algo limitada, dado que as taxas de juro estão já a níveis historicamente baixos.

Paralelamente, a nível da inflação, os últimos meses de 2009 reflectem uma tendência de crescimento. Em Julho o conjunto dos países da OCDE verificaram uma diminuição na taxa anual de inflação de 0,6%, devido em grande medida, ao efeito de base já que os preços se encontravam a níveis bastante elevados no período homólogo, com destaque para o preço do petróleo.

No entanto, o esbatimento do efeito base e o prolongamento dos empréstimos dos bancos centrais, a uma taxa reduzida, contribuíram para um aumento da taxa de inflação dos países da OCDE, tendo esta ficado situada em 0,5%.

A crise ainda está a ter repercussões na taxa de desemprego na generalidade das economias dado que, não obstante a melhoria dos indicadores de crescimento económico, se observa um aumento continuado do número de desempregados. Este aspecto constitui, porventura, o principal vector de preocupação sobre a sustentabilidade do crescimento económico verificado a partir do 2.º trimestre de 2009, pelo impacto directo que tem sobre o consumo privado e sobre os níveis e confiança dos agentes económicos.

U

Unniiããoo  EEuurrooppeeiiaa  

Segundo dados do Eurostat, a Zona Euro apresentou um crescimento negativo do Produto Interno Bruto de 4%, em 2009.

Taxas de variação (em %)

Produto Interno Bruto (PIB) (a) 1,0 -4,0 0,6 -3,9

Consumo privado 0,8 -1,7 0,4 -1,0 Consumo público 2,2 2,0 2,0 2,0 FBCF -0,3 -11,4 -0,4 -10,7 Procura Interna 0,7 n.d. 0,6 n.d. Exportações 1,6 -13,8 1,0 -14,2 Importações 1,4 -13,4 1,1 -12,5

Taxa de Inflação (IHPC) 3,7 1,0 3,3 0,3

Rácios

Taxa de desemprego 7,0 9,1 7,5 9,5

Saldo do Sector Púb. Adm. (em % do PIB) -2,0 -1,7 -1,1 -1,0 CE: European Economic Forecast - Novembro de 2009

INDICADORES ECONÓMICOS DA UNIÃO EUROPEIA E ÁREA DO EURO União Europeia Área do Euro

2009 2008

2009 2008

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De acordo com os dados divulgados pela Comissão Europeia a FBCF e as Exportações foram os principais responsáveis pelo decréscimo da actividade económica em 2009, com reduções de 11% e 13,2%, respectivamente, que se traduzirão numa contracção do PIB de 4%.

O nível de inflação na Zona Euro, medido pelo HIPC, apresentou uma taxa de variação média de 0,3% em 2009, face aos 3,3% verificados em 2008. Esta dinâmica está associada à diminuição do preço dos bens energéticos, bem como à desaceleração dos preços dos produtos alimentares.

Um motivo de preocupação para a recuperação económica prende-se com a elevada taxa de desemprego que atingiu um patamar de 9,9%, no final do ano. Apesar de se verificar uma recuperação gradual da economia europeia, os efeitos no nível de desemprego não se deverão sentir de imediato, em função do desfasamento entre o aumento da procura e o seu reflexo na necessidade de mão-de-obra por parte das empresas.

P

Poorrttuuggaall

No quarto trimestre de 2009 a economia portuguesa não confirmou a tendência de recuperação iniciada no segundo trimestre do ano, evidenciando um decréscimo trimestral de 0,2%. Em termos homólogos reais, o PIB diminuiu 2,7%, o que representa apesar de tudo uma notória melhoria face ao verificado nos primeiros três meses do ano (-3,8%).

Esta performance esteve associada a um menor abrandamento da procura interna (-1,1% face a -2,0%, no trimestre anterior), apresentando a procura externa líquida um contributo positivo (0,2%).

(em %)

PIB (Taxas de variação real) 1,8 0,0 -2,7

Consumo privado 1,6 1,7 -0,9 Consumo público 0,0 0,7 2,0 FBCF 2,7 -1,3 -11,7 Procura Interna 1,6 1,1 -2,9 Exportações 7,9 -0,5 -12,5 Importações 6,1 2,7 -10,8

Taxa de Inflação (IHPC) 2,4 2,7 -0,9 Rácios (a)

Taxa de desemprego 8,0 7,6 9,5

Défice do SPA (em % do PIB) (a) -2,6 -2,7 -9,3

Dívida Pública (em % do PIB) (a) 63,5 66,3 76,6

BP: Boletim Económico de Inverno - Janeiro de 2010 (a) OE: Orçamento de Estado para 2010 - Janeiro de 2010

2009 2008

2007

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Esta evolução é explicada pela diminuição mais acentuada das Importações face às Exportações. A dinâmica menos negativa da componente de Exportações de Bens no 4.º trimestre (-1,4% face a -9,8% no trimestre precedente), deve-se em grande mediada à componente de Bens que, passou de uma variação homóloga de -10,1% no 3.º trimestre para -0,6%.

Desde a disseminação da crise nos mercados financeiros à economia real, o investimento tem evidenciado uma forte diminuição.De acordo com o INE este agregado verificou uma substancial melhoria ao obter apenas um decréscimo de 9,0% (variação homóloga) no quarto trimestre de 2009, que é explicada pela Formação Bruta de Capital Fixo em Material de Transporte.

Após uma taxa de variação homóloga de -37% no segundo trimestre de 2009, este agregado obteve um crescimento de 4,4% no último trimestre do ano. Esta evolução específica é parcialmente justificada pelo efeito de base em função do investimento efectuado no primeiro semestre de 2008 em material aeronáutico.

Para o exercício de 2009 o INE apurou uma redução do PIB de 2,7%, que se ficará a dever essencialmente à quebra de 12,6% na FBCF, bem como à diminuição em 11,6% das Exportações, e que deverá ser apenas parcialmente compensada pela redução das Importações (-9,2%). Esta dinâmica não pode ser dissociada do contexto internacional desfavorável verificado nos últimos dois anos.

Em primeiro lugar, a crise nos mercados financeiros que rapidamente se disseminou ao comércio internacional.

Seguidamente, face às restrições de liquidez, verificou-se uma maior restrição nas condições de acesso ao crédito, tanto pela maior exigência nos critérios de aprovação do mesmo, como pelo aumento dos

Indicadores da Economia Portuguesa

Taxas de variação real

-13% -11% -9% -7% -5% -3% -1% 1% 3% 5% 7% 9%

2007 2008 2009

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Estas duas dinâmicas tiveram ainda como consequência uma redução nos níveis de confiança dos agentes económicos, que induziram a um menor volume de consumo privado e investimento.

As medidas de política orçamental que foram implementadas pelo governo português em 2009 de modo a relançar a economia terão tido um relevante impacto nas contas públicas, tendo sido antecipado no Orçamento de Estado que a dívida pública portuguesa atinja os 76,6% do PIB, face aos 66,3% verificados em 2008.

De acordo com o Orçamento de Estado, o défice orçamental também deverá ter sofrido um acréscimo de 2,7% para 9,3% em 2009.

O mercado de trabalho está a ser seriamente afectado pela crise económica, repercutindo-se num aumento da taxa de desemprego, que atingiu os 10,1% no final de 2009. Não obstante o aumento verificado face a 2008 (7,8%), esta evolução beneficiou das medidas de política constantes na “Iniciativa Emprego 2009” que abarcam medidas de apoio ao emprego, estimulo à inserção de jovens e desempregados, a par de um reforço da protecção social.

Ao nível da inflação, a taxa de variação homóloga do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) a Dezembro situou-se em -0,1, fixando-se a variação média anual nos -0,9%. Este indicador encontra-se 1,2 pontos percentuais abaixo da Área Euro.

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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. ________________________________________________________________________________________________________ 2 2.. MMEERRCCAADDOODDEECCAAPPIITTAAIISS M Meerrccaaddoo  OObbrriiggaacciioonniissttaa  

Os mercados obrigacionistas governamentais registaram uma subida gradual de taxas de rendimento (yields) ao longo de 2009. Este movimento deveu-se à recuperação económica que se verificou a partir do final do primeiro trimestre, altura em que também se começou a assistir a uma inversão nas estimativas negativas de crescimento e de inflação, para os principais blocos económicos. No entanto, a magnitude da subida de yields não acompanhou a inversão de tais estimativas devido, não só, à manutenção das taxas directoras em níveis historicamente baixos, mas também como consequência das medidas não convencionais de política monetária, levadas a cabo pelos Bancos Centrais, ao longo de 2009. Desta forma, as yields das obrigações americanas, a 10 anos, encerraram o ano a 3.84%. Na Zona Euro, apesar do nível mínimo histórico de yields alemãs do mesmo prazo ter sido atingido em Janeiro, o comportamento foi semelhante ao das taxas americanas, finalizando o ano nos 3.38%. Quanto às yields dos restantes emitentes da União Monetária, ainda que tendo encerrado 2009 acima do nível verificado em 2008, o último ano foi marcado por uma substancial redução do respectivo diferencial em relação à Alemanha. Em Portugal, as taxas de juro da dívida pública portuguesa a 10 anos subiram de 3.97% para 4.06%, no final do ano, tendo registado o valor máximo de 5.86% em Março.

Taxas de Juro das Obrigações a 10 anos

2008 2009 EUA 2.21% 3.84% Reino Unido 3.02% 4.01% Japão 1.18% 1.30% França 3.41% 3.59% Alemanha 2.95% 3.38% Espanha 3.81% 3.97% Portugal 3.97% 4.06%

Valores no final do ano.

Já no que diz respeito aos spreads de obrigações com risco de crédito assistiu-se, depois dos níveis máximos atingidos em 2008, a um estreitamento substancial relativamente às taxas de juro sem risco durante o ano de 2009. Este movimento de estreitamento deu-se em duas fases: primeiro nos emitentes de melhor qualidade (com ratings mais elevados) e que inauguraram o mercado primário de obrigações, com

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qualidade creditícia. Em Dezembro, a diferença entre os spreads das obrigações AAA e BBB fixou-se em níveis mínimos do ano. Este movimento, que traduz uma menor aversão ao risco por parte dos investidores, culminou em valorizações de cerca de 20% nos índices de obrigações de empresas.

Investment Grade Spreads

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Jan-08 Abr-08 Jul-08 Out-08 Jan-09 Abr-09 Jul-09 Out-09

fonte: UBS Delta, Caixagest

Po n to s B as e ( bp)

iBoxx € Non-Financials A iBoxx € Non-Financials BBB

 

 

M

Meerrccaaddoo  AAcccciioonniissttaa  

Os mercados accionistas, a nível global, acabaram por registar uma tendência positiva no último ano. Depois das quedas ainda verificadas nos dois primeiros meses de 2009, em virtude da conjuntura económica negativa e dos desequilíbrios ao nível dos mercados financeiros, estes encetaram uma tendência de subida que se verificou ao longo do resto do ano. Para tal contribuíram a estabilização e recuperação dos principais indicadores económicos avançados, a abertura dos mercados de crédito, o início do estreitamento de spreads e as decisões de compras de activos de dívida pública e privada por parte dos principais Bancos Centrais. Simultaneamente, os resultados de empresas divulgados ao longo do ano, nos EUA e na Europa, superaram as expectativas. No caso do sector financeiro, e com a retoma da actividade de mercados de capitais, os bancos registaram um crescimento de lucros substancial ao longo dos vários trimestres, superando as expectativas. Consequentemente, verificou-se uma rápida disponibilidade, por parte dos principais bancos americanos, em reembolsarem os empréstimos obtidos junto do Tesouro o que também contribuiu para a tendência positiva da classe. Desta forma, o índice global MSCI World valorizou-se 22% no ano sendo que desde os mínimos, de 9 de Março, o índice subiu

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57%. Em Portugal, a tendência foi semelhante à dos mercados internacionais, com o índice PSI-20 a registar valorizações, no ano e desde os mínimos de Março, de 33% e 47%, respectivamente.

Principais Índices Bolsistas

2008 2009

Índice Variação

(%) Índice Variação (%)

Dow Jones (Nova Iorque) 8776 -33.8% 10428 18.8%

Nasdaq (Nova Iorque) 1577 -40.5% 2269 43.8%

FTSE (Londres) 4434 -31.3% 5413 22.1% NIKKEI (Tóquio) 8860 -42.1% 10546 19.0% CAC (Paris) 3218 -42.7% 33936 22.3% DAX (Frankfurt) 4810 -40.4% 5957 23.8% IBEX (Madrid) 9196 -39.4% 11940 29.8% PSI-20 (Lisboa) 6341 -51.3% 8464 33.5%         P Peerrssppeeccttiivvaass  

Em 2010 é expectável que as economias desenvolvidas bem como as emergentes deverão continuar o processo de recuperação já iniciado na segunda metade do ano. Depois do crescimento registado, em função dos fortes estímulos fiscais e monetários e da reposição de inventários, com a redução de tais medidas espera-se que o crescimento económico ganhe tracção suportada por contributos de consumo e de investimento e pela recuperação do mercado de trabalho. No entanto, o padrão de crescimento esperado deverá ser ainda modesto e, consequentemente, o nível de utilização dos recursos ainda não atingirá, em 2010, valores historicamente elevados. Por outro lado, os desequilíbrios estruturais ainda prevalecentes como a redução do nível de endividamento das famílias, o aumento das restrições regulamentares no sector financeiro e os condicionalismos existentes na concessão de crédito constituem factores impeditivos de um ritmo de crescimento económico mais significativo.

Perante tal conjuntura fundamental, onde os riscos de inflação não serão à partida significativos, os Bancos Centrais deverão proceder a alguma normalização de políticas monetárias através da redução gradualista das medidas extraordinárias de injecção de liquidez, implementadas em 2008 e 2009, e posteriormente dar início ao processo de subidas de taxas directoras.

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subidas de taxas directoras. No que respeita às yields de obrigações do tesouro, estas deverão subir dada a continuação do crescimento económico e a diminuição dos riscos de desinflação.

Relativamente ao mercado de obrigações de risco de crédito, depois do forte estreitamento de spreads verificado no último ano, para 2010 é esperada a continuação de tal tendência embora num ritmo muito mais gradual, dados os níveis atingidos. Por outro lado, após os volumes máximos de oferta em mercados primários europeus, dos últimos 10 anos, e cuja aceitação junto dos investidores finais foi bastante positiva, no próximo ano não se perspectiva uma magnitude de ofertas superior. Para tal deverão contribuir factores como a redução do nível de endividamento de curto prazo por parte das empresas, os menores níveis de intenção de investimento e os baixos níveis de amortização de dívida estimados.

No que respeita ao mercado accionista, apesar das fortes valorizações registadas em 2009,é esperada uma fase em que o mercado deverá evoluir em linha com o crescimento económico e os resultados das empresas. No último ano, a pró-actividade das empresas, em termos da redução de custos laborais e de capital, teve como consequência uma forte sustentação de margens operacionais, com consequentes surpresas positivas nos resultados divulgados. Tal redução deverá constituir factor de suporte adicional, no cenário macroeconómico esperado em 2010, para a evolução favorável dos lucros. Subsistem, no entanto, incertezas quanto à sustentabilidade da recuperação económica e, consequentemente, quanto ao crescimento dos resultados suportado por um aumento de vendas. No entanto, o posicionamento ainda conservador por parte dos investidores, ao longo de 2009, poderá também constituir um factor positivo para a classe em 2010.

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3

3.. MMEERRCCAADDOOIIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO

Os anos de 2008 e 2009 foram um teste difícil e penoso para todos os investidores mas terão, com toda a certeza, contribuído para um maior profissionalismo no futuro. Hoje sentem-se já sinais ténues de recuperação, em especial na actividade de investimento que denota já algum dinamismo, mas são várias as dúvidas que ainda persistem quanto ao definitivo arrancar da retoma e aos moldes em que a mesma será feita.

Os últimos meses de 2009 trouxeram várias boas notícias para os mercados imobiliários um pouco por toda a Europa. Dados mais recentes do IPD no Reino Unido revelam um crescimento histórico no valor do imobiliário no passado mês de Novembro, atingindo um máximo dos últimos 15 anos. Os investidores revelam-se mais activos, verificando-se algum crescimento da procura que é já retratado na evolução das yields. No mês de Novembro as yields tiveram uma nova quebra face a Outubro, na ordem dos 38 pontos base e a tendência para o futuro é ainda de descida na grande maioria dos sectores do mercado. Para esta evolução favorável tem contribuído a maior disponibilidade de capitais próprios para afectar ao mercado imobiliário e o crescimento sustentado da disponibilidade de crédito. Hoje é já possível referir alguma escassez na oferta de produtos para investimento no Reino Unido, tendo em conta os novos padrões de exigência dos investidores, muito superiores aos que se verificaram antes da crise.

Também em Portugal existem já sinais de alento, os yields de mercado, após subidas consecutivas nos últimos trimestres, parecem ter estabilizado, sendo a previsão para 2010 de manutenção ou de ligeira descida. Importa no entanto referir um cada vez maior intervalo entre os yields dos activos prime e não prime. Os investidores estrangeiros estão timidamente de volta ao mercado nacional, estudam algumas oportunidades e acompanham a evolução dos preços. Os fundos nacionais, por seu lado, demonstraram na segunda metade de 2009 uma actividade importante. Ainda assim, de Janeiro a Novembro de 2009 foram transaccionados em Portugal imóveis no valor de cerca de €400 milhões, e as estimativas apontam para um fecho que rondará os €500 milhões, pelo que muito provavelmente o ano terá fechado com um volume de transacções inferior ao registado em 2008. No entanto são muitos os negócios em curso, pelo que 2010 poderá registar volumes de investimento superiores aos que se verificaram em 2008 e 2009. A economia real dá ainda sinais de sofrimento, pelo que a deterioração do mercado ocupacional pode acontecer ainda em 2010, tendo em conta as previsões para a evolução desfavorável do desemprego, que afectarão os segmentos de escritórios e industrial, e também as necessárias políticas de consolidação orçamental que terão que ser implementadas em 2010 e que afectarão a grande maioria dos europeus, tendo necessariamente um impacto no consumo privado e por sua vez no mercado de retalho, pelo que a qualidade do risco dos inquilinos poderá sobrepor-se a outros parâmetros de decisão.

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D. MERCADO DE GESTÃO DE ACTIVOS PORTUGUÊS

A evolução verificada na actividade económica teve, naturalmente, um impacto diferenciado nas várias componentes do mercado de gestão de activos.

Fundos de Investimento Mobiliário

O mercado de fundos de investimento mobiliário português registou um crescimento acentuado em 2009, reflectindo a evolução positiva dos Mercados de Capitais. No final do ano, o valor dos activos geridos pelas sociedades gestoras portuguesas situava-se em 17.223 Milhões de Euros (M€), o que correspondeu a um aumento de 20% relativamente ao início do ano.

Registou-se um crescimento dos montantes sob gestão na maior parte das categorias de Fundos, destacando-se os Fundos de Tesouraria que aumentaram 1.525 M€ (+49%), os Fundos Especiais de Investimento que registaram um incremento de 714 M€ (+32%) e os Fundos de Flexíveis que cresceram 537 M€ (42%). Apenas os Fundos de Obrigações e os Fundos Mistos registaram diminuições de volume, -648M€ e -105 M€, respectivamente.

MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

0 M€ 5.000 M€ 10.000 M€ 15.000 M€ 20.000 M€ 25.000 M€ 30.000 M€ 2005 2006 2007 2008 2009 FEI Capital Assegurado PPA e PPR Acções Internacionais Acções Nacionais Flexíveis Mistos e F.Fundos Obrigações Tesouraria

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Ao longo do ano foram constituídos 31 fundos, maioritariamente Fundos de Capital Garantido e Fundos Especiais de Investimento, e foram liquidados 34 fundos, baixando para 288, o número de fundos mobiliários portugueses em actividade.

No final de 2009, as cinco maiores sociedades gestoras portuguesas concentravam 88% do mercado de Fundos Mobiliários, situando-se a quota de mercado da Caixagest em 23,8%, mantendo a liderança do mercado.

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Fundos de Investimento Imobiliário

O mercado de fundos de investimento imobiliário português registou uma taxa de crescimento de 4,9% ao longo de 2009, tendo o valor dos activos geridos pelo conjunto das sociedades gestoras portuguesas aumentado 521 Milhões de Euros (M€) para 11.235 M€.

Este crescimento centrou-se nos Fundos Imobiliários Abertos e nos Fundos Especiais de Investimento Imobiliário que registaram aumentos de 463 M€ e 204 M€, respectivamente. Os Fundos Imobiliários Fechados, pelo contrário, registaram um decréscimo de 147 M€.

MERCADO DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS PORTUGUÊS

0 M€ 2.000 M€ 4.000 M€ 6.000 M€ 8.000 M€ 10.000 M€ 12.000 M€ 2005 2006 2007 2008 2009 FEII Fechados Abertos

Fonte: APFIPP - Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, de Pensões e Patrimónios

Em 2009 foram constituídos 21 novos fundos, maioritariamente FEIIF, e foram liquidados apenas 3 fundos, elevando para 250, o número de fundos imobiliários portugueses em actividade.

O mercado nacional de Fundos imobiliários encontra-se disperso por 35 sociedades gestoras. No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras de fundos imobiliários portuguesas concentravam 50% do mercado, tendo a quota de mercado da Fundimo aumentado de 12,6% para 14,0%.

Fundos de Pensões

Em 2009, o montante do mercado português de fundos de pensões terá registado um crescimento de 7,7% para 21 852 Milhões de Euros (M€). Os Fundos Fechados registaram um crescimento de 8,2%, para 20 736 M€, continuando a dominar este mercado com uma quota de 95% do total de fundos de pensões. O montante dos Fundos de Pensões Abertos (incluindo PPR e PPA) aumentou 3,7% para 1116 M€.

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MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES PORTUGUÊS

0 M€ 5.000 M€ 10.000 M€ 15.000 M€ 20.000 M€ 25.000 M€ 2005 2006 2007 2008 2009 Fundos Abertos Fundos Fechados

Fonte: Instituto de Seguros de Portugal

Durante o ano de 2009, assistiu-se à constituição de 2 fundos de pensões fechados, 5 fundos de pensões abertos que não PPR ou PPA (dos quais 4 admitem adesões individuais e colectivas e 1 apenas adesões colectivas) e 2 fundos de pensões PPR. Simultaneamente assistiu-se à extinção de 3 fundos fechados, 1 por liquidação e 2 por transferência para adesões colectivas.

No final de 2009, o mercado estava representado por 236 fundos, geridos por 15 empresas de seguros e por 13 sociedades gestoras de fundos de pensões.

A quota da CGD Pensões aumentou de 7,8% para 9,6%, devido ao crescimento do volume dos fundos sob gestão e à transferência de gestão do fundo de pensões Petrogal, anteriormente co-gerido por outras entidades gestoras.

G

GeessttããooddeePPaattrriimmóónniiooss

No final 2009, o montante sob gestão no mercado de gestão de carteiras por conta de outrem estava distribuído por 53 entidades gestoras e ascendia a cerca de 65 500 M€, o que representou um aumento de 9% face ao início do ano. As cinco maiores sociedades gestoras portuguesas concentravam 91% deste mercado, situando-se a quota de mercado da Caixagest em 28,9%.

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E.

ACTIVIDADE DA CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS

1

1.. AASSPPEECCTTOOSSGGEERRAAIISS

Em 31 de Dezembro de 2009, o universo das empresas integrantes da Caixa Gestão de Activos – Grupo Caixa Geral de Depósitos, detinham sob gestão e aconselhamento activos que totalizavam 25.215 M€, mais 11% que em 2008.

ACTIVOS GERIDOS PELO GRUPO CAIXA GERAL DEPÓSITOS

Unid.: Milhões de euros

Variação

2008 2009 Valor %

Activos geridos

Fundos Mobiliários (Caixagest) 3.614 4.106 492 14%

Fundos Imobiliários (Fundimo) 1.348 1.578 230 17%

Fundos de Pensões (CGD Pensões) 1.578 2.100 522 33%

Carteiras sob Gestão (Caixagest)1 15.895 17.155 1.260 8%

Carteiras sob aconselhamento (Caixagest) 276 276 0%

Total 22.710 25.215 2.505 11%

1 As carteiras sob Gestão (Caixagest) não incluem os Fundos de Pensões referidos na linha anterior

Destacam-se, seguidamente, para cada uma das sociedades integradas, os principais aspectos que caracterizaram o ano de 2009.

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2

2.. FFUUNNDDOOSSDDEEIINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO&&PPAATTRRIIMMÓÓNNIIOOSS––CCAAIIXXAAGGEESSTTSS..AA..

EVOLUÇÃO COMERCIAL

Fundos de Investimento Mobiliário

O ano de 2009 traduziu-se num saldo global bastante positivo atendendo às especificidades ocorridas nos principais mercados financeiros. Ao longo deste período, a Caixagest registou uma recuperação face a 2008, passando de 3.614M€ para 4.106M€, o que representa uma subida anual de 14%.

Para tal contribuiu a continuação e reforço da sua estratégia de proximidade à rede comercial da CGD, tanto na vertente da divulgação e apoio: ênfase em formações presenciais realizadas nas várias regiões do país, consolidação da Linha Verde para ligação telefónica directa ao apoio comercial da Caixagest, reforço da equipa de consultores de investimento da Direcção de Negócio e Inovação da Caixagest, reformulação da Comercial Letter e lançamento da Investment Letter; como ao nível do fomento da comunicação, essencial para a obtenção de informação particularmente relevante para o desenvolvimento e oferta de soluções inovadoras e fortemente competitivas.

Decorrendo desta estratégia e em estreita interligação com as Direcções Comerciais e de Marketing da CGD, foram constituídos os seguintes novos fundos:

· Seis Fundos Caixagest Rendimento Fixo, que captaram 538,5 M€ e que permitem ao seu investidor ter acesso a um investimento a 4 anos, a taxas de juro fixas e bastante competitivas, com capital assegurado na maturidade por emissões obrigacionistas da CGD;

· O Fundo Caixagest Super Memory, um produto a 5 anos com capital assegurado na maturidade por obrigações da CGD e rendimento incerto associado a um cabaz de 20 acções internacionais. O produto registou uma captação global de 20 milhões de euros;

· O FEI Aberto Caixagest Oportunidades, que se caracteriza por ser um fundo em que o investidor poderá tirar partido das oportunidades de mercado envolvendo activos de boa qualidade, numa óptica de investimento a médio prazo.

Em Outubro de 2009, terminaram dois fundos de capital garantido/assegurado - Caixagest Valor Absoluto e Rendimento Crescente 2009. - de acordo com o previsto nos respectivos prospectos. O Caixagest Rendimento Crescente 2009, registou ao final de 4 anos, uma valorização líquida de 7,73% e o Caixagest Valor Absoluto terminou com uma valorização líquida de 4,55% após 3 anos.

No final de 2009, a Caixagest geria uma carteira de 56 fundos de investimento mobiliário amplamente diversificada por vários mercados financeiros internacionais, adaptada aos diversos segmentos de investidores.

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Gestão de Patrimónios

Num cenário de recuperação do mercado accionista e de um aumento do apetência ao risco por parte dos investidores, a Caixagest continuou a desenvolver a sua politica comercial do serviço de Gestão de Patrimónios, prestando um serviço de proximidade junto da rede comercial e dos respectivos clientes em carteira, realizando no âmbito da sua estratégia a captação de novos clientes e apresentando propostas de investimento adequadas à nova conjuntura.

Apesar da saída de alguns clientes particulares, registaram-se importantes captações de clientes Institucionais com elevada capacidade financeira, através da oferta de soluções de investimento necessariamente mais conservadores.

Desta forma, a Caixagest passou o montante sob gestão de 17.472 M€ para 18.947M€, o que representa uma subida anual de 7%.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

O ano de 2009 ficou marcado pela diminuição dos resultados líquidos da Caixagest para o valor de 1,6 M€, menos 63% do que no ano anterior. Este desenvolvimento foi consequência da diminuição da taxa média de comissionamento nos diferentes segmentos e produtos, que conduziram a uma significativa diminuição de 10,5 milhões de euros de comissões afectas a este negócio.

Os encargos com serviços e comissões registaram também um forte decréscimo devido à diminuição das comissões de comercialização pagas ao banco comercializador, a Caixa Geral de Depósitos. Os custos de funcionamento no valor de 8,3 M€ foram praticamente iguais aos do ano anterior.

Neste período, a Caixa Geral de Depósitos recebeu em resultado directo desta actividade: 2,7 M€ de comissões de depositário, 11 M€ de comissões de comercialização e 0,4 M€ de comissões de subscrição e resgate. SOCIEDADE GESTORA (Milhares de Euros) 2008 2009 Variação homóloga Activo líquido 43 123 40 668 -5% Capitais próprios 35 450 32 688 -8% Resultado líquido 4 298 1 595 -63% Capital social 9 300 9 300

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3

3.. FFUUNNDDOOSSDDEEIINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOIIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO––FFUUNNDDIIMMOOSS..AA..

EVOLUÇÃO COMERCIAL

Durante o ano de 2009, a Fundimo lançou três novos fundos de investimento imobiliário por subscrição particular, dos quais dois fundos de investimento imobiliário de arrendamento habitacional. No final do ano a sua carteira de fundos sob gestão incluía um fundo aberto e vinte e oito fundos fechados por subscrição particular, dos quais sete classificados como fundos especiais.

Fundos Imobiliários sob Gestão

(Milhões de Euros)

2008 2009 Var iação

Fundo Imobiliário Aberto 785 923 + 18%

Fundos Imobiliários Fechados 563 655 + 16%

Total: 1.348 1.578 + 17%

De um modo geral, os vários fundos sofreram as consequências da crise que, desde 2007, afectou os mercados financeiros e a economia.

O Fundo Imobiliário Aberto Fundimo pautou-se por um crescimento estável ao longo do ano, com rendibilidades superiores face aos seus pares de mercado. O crescimento ao nível das subscrições, a que se assistiu, foi também resultado dos baixos níveis de taxas de juro praticadas pelas principais instituições financeiras. O fundo manteve uma carteira sem exposição ao sector residencial, continuando uma política de monitorização da carteira actual ao mesmo tempo que procurou aproveitar as oportunidades existentes no mercado imobiliário nacional e especialmente nas zonas Prime, tendo em conta a subida das yields que se observou. Com este enquadramento, o fundo Fundimo registou um crescimento do montante sob gestão de 18% e terminou o ano de 2009, com uma rendibilidade líquida de 3,2%.

Quanto aos fundos fechados geridos pela Fundimo, atendendo à situação de se encontrarem maioritariamente afectos ao desenvolvimento e promoção imobiliária, registou-se algum abrandamento de actividade.

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EVOLUÇÃO FINANCEIRA

Em termos globais, o ano de 2009, caracterizou-se por um ligeiro aumento da actividade da Fundimo, resultante do acréscimo de actividade dos fundos fechados e do relançamento comercial do fundo aberto Fundimo. O aumento do número de fundos fechados sob gestão e do montante de activos geridos e o valor das comissões de resgate cobradas relativas ao Fundo Fundimo, reflectiram-se favoravelmente no montante de comissões cobradas, as quais registaram um crescimento de 7%, atingindo o montante de 10,1 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2009.

Os custos de funcionamento sofreram um aumento como consequência do incremento da actividade global, nomeadamente, do aumento do número de fundos. Os encargos com serviços e comissões registaram ainda um crescimento em consequência do aumento das comissões pagas às empresa subcontratadas para gerir dois dos fundos especializados. Estes aumentos foram também induzidos pelo crescimento do número de fundos que originou investimentos adicionais em sistemas de informação e tecnologia.

As contas da Fundimo foram afectadas pela constituição de uma Provisão para Créditos de Cobrança Duvidosa no valor de 561 milhares de euros, por custos de Publicidade destinados ao relançamento do Fundo Fundimo no valor de 519 milhares de euros e pela rúbrica de Consultores e Estudos, que apresentou um saldo 275 milhares de euros superior ao orçamentado.

Estes desenvolvimentos reflectiram-se nos resultados, tendo a Fundimo fechado o ano com resultados líquidos de 3 604 milhares de euros, menos 31% que no período homólogo de 2008.

SOCIEDADE GESTORA (Milhares de Euros) 2008 2009 Variação homóloga Activo líquido 10 750 9 527 -11% Capitais próprios 8 876 7 252 -22% Resultado líquido 5 227 3 604 -45% Capital social 600 600 % GRUPO CGD 100,0% 100,0%

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4

4.. FFUUNNDDOOSSDDEEPPEENNSSÕÕEESS––CCGGDDPPEENNSSÕÕEESSSS..AA..

EVOLUÇÃO COMERCIAL

A CGD Pensões terminou o ano de 2009 tendo sob gestão dezasseis fundos de pensões fechados e quatro fundos de pensões abertos. O valor patrimonial dos fundos geridos ascendia a 2.100 M€, representando um crescimento de 33% face aos 1.578 M€ geridos no final de 2008.

No segmento dos fundos de pensões fechados, a CGD Pensões obteve, em 2009, o mandato para gestora líder administrativa do Fundo de Pensões da Petrogal. Regista-se por outro lado, que o Fundo de Pensões da Caixa Leasing e Factoring foi extinto, tendo as suas responsabilidades sido transferidas para uma adesão colectiva ao Fundo de Pensões Aberto Caixa Reforma Prudente.

Devido à conjuntura de crise que marcou a economia mundial durante o ano, os reembolsos de unidades de participação dos fundos de pensões abertos sob gestão, na sua larga maioria por parte de Participantes com direito a pensão de reforma, ascendeu a 22.445.079 €, tendo-se igualmente verificado transferências de 10.769.468 € dos fundos de pensões abertos Caixa Reforma Activa e Caixa Reforma Valor para o novo fundo Caixa Reforma Prudente. Não obstante, durante o ano, registaram-se 1.302 novas adesões individuais e 3 novas adesões colectivas aos fundos de pensões abertos, num total de novas subscrições no valor de 19.037.132 €.

Para alcançar os objectivos a que se propõe no início de cada ano, a Sociedade continuou a contar com a colaboração imprescindível tanto da rede comercial do Grupo, como da área comercial da Caixa Gestão de Activos.

EVOLUÇÃO FINANCEIRA

O Resultado Líquido do Exercício de 2009, no valor de 736 milhares de euros, registou um decréscimo de 289 milhares de euros em relação ao ano anterior. Esta diminuição ficou a dever-se, essencialmente, à redução das comissões de gestão provocada pelos reembolsos ao nível dos fundos de pensões abertos. Quanto aos Custos Operacionais, regista-se uma variação de -8% face ao ano de 2008 (-193 milhares de euros), que ficou a dever-se, essencialmente, à diminuição da comissão paga à CGD pela comercialização dos fundos abertos (- 296 milhares de euros); este decréscimo de custos foi penalizado pelo aumento dos ajustamentos para investimentos financeiros (+77 mil euros) e pelo crescimento moderado dos custos com o pessoal (+57 milhares de euros) face ao ano anterior.

Os resultados financeiros totalizaram 103 milhares de euros resultantes de rendimentos de unidades de participação de fundos de tesouraria e de juros de depósitos a prazo.

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No fim do exercício, o activo líquido da Sociedade Gestora totalizava 6.544 milhares de euros, menos 311 milhares de euros do que em 31 de Dezembro de 2008.

Os Capitais Próprios, por seu turno, registaram um decréscimo de 109 milhares de euros, devido à redução dos resultados do exercício de 2009 (736 milhares de euros, face a 1025 milhares de euros em 2008) e influenciados ainda pelo aumento da distribuição de dividendos (845 milhares de euros, contra 200 milhares de euros em 2008), em virtude da nova orientação do grupo CGD em matéria de capitalização das sociedades instrumentais.

SOCIEDADE GESTORA (Milhares de Euros) 2008 2009 Variação homóloga Activo líquido 6 855 6 544 -5% Capitais próprios 5 978 5 869 -2% Resultado líquido 1 025 736 -28% Capital social 3 000 3 000 % GRUPO CGD 100,0% 100,0%

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5

5.. RREECCUURRSSOOSSHHUUMMAANNOOSS

No final de 2009, a Caixa Gestão de Activos contava no seu efectivo um total de 123 colaboradores, o que corresponde ao acréscimo de dez colaboradores em relação a 2008, em consequência do movimento de 15 entradas e 5 saídas. Esta variação líquida deve-se, essencialmente, ao aumento verificado na Área de Investimentos, Comercial e de Gestão de Fundos Imobiliários, devido ao ajustamento das estruturas em termos funcionais. A este efectivo há que adicionar 5 administradores que desempenham funções executivas nas sociedades, número igual ao do ano anterior.

Os custos totais com os recursos humanos das empresas que integram a Caixa Gestão de Activos atingiram em 2009 o montante de 6.095 milhares de euros, mais 1,3% do que o registado no exercício anterior. Este acréscimo traduz a actualização salarial anual, alguma diferenciação nas carreiras técnicas e o movimento de entradas e saídas registado em 2009. No ano de 2009 continuou a merecer destaque a orientação dada à avaliação de desempenho, como parte integrante do processo de remuneração por mérito dos colaboradores.

O nível, a capacidade e a motivação das pessoas que integram as empresas da Caixa Gestão de Activos constituíram, da mesma forma que em anos anteriores, as preocupações centrais da política de pessoal que, ao fomentar a identificação dos empregados com o projecto Gestão de Activos, visa a manutenção do padrão de qualidade dos serviços prestados. Assim, salienta-se o apoio concedido em 2009, para reforço do nível académico das carreiras técnicas de Gestão de Activos bem como a preocupação constante com uma política de retenção de talentos, através do acompanhamento e evolução dos recursos humanos que possam responder aos desafios mais estratégicos.

6

6.. EESSTTRRUUTTUURRAAOOPPEERRAACCIIOONNAALLEESSIISSTTEEMMAASSDDEEIINNFFOORRMMAAÇÇÃÃOO

A área de gestão dos sistemas de informação da Caixa Gestão de Activos consolidou durante o ano de 2009 os processos de negócio através da melhoria das actividades de gestão de informação e de gestão tecnológica:

Foi dada continuidade à actualização dos sistemas centrais de informação utilizados nas áreas de apoio ao negócio, nomeadamente nas actualizações aos sistemas de valorização de fundos de investimento mobiliário, fundos de pensões e gestão de patrimónios, nas actualizações ao sistema de gestão de contribuições e participantes dos fundos de pensões, nas actualizações ao sistema de apoio ao processo de reconciliações financeiras e físicas, e às actualizações do software de contabilidade e gestão de pessoal.

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Foi consolidada a utilização do sistema de Gestão e Valorização de Imóveis e Fundos de Investimento Imobiliários, facilitando a execução dos processos de negócio e a adequação às novas necessidades na gestão dos Fundos de Investimento Imobiliários.

Foi consolidada a plataforma de gestão e distribuição de informação, que fornece serviços de informação na área de gestão de títulos, pricing, reporting legal e disponibiliza informação para as diversas áreas de negócio da Caixa Gestão de Activos.

No seguimento da política de investimento na melhoria dos processos de trabalho e na criação de valor para o accionista, foi iniciada a implementação de uma nova ferramenta de front office para o Asset Management.

7

7.. MMEECCAANNIISSMMOOSSDDEEGGOOVVEERRNNAAÇÇÃÃOO

A Caixa Gestão de Activos considera fundamental que as Sociedades, os Fundos e as Carteiras que administra possuam um sistema de controlo interno e de gestão de riscos adequado e eficaz que assegure o efectivo cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que se encontra sujeita, um desempenho eficiente e rentável da actividade através de uma utilização eficaz dos activos e recursos e uma apropriada gestão dos riscos por forma a garantir a sua estabilidade financeira e ir ao encontro dos interesses dos clientes institucionais e particulares.

Neste sentido, a Caixa Gestão de Activos tem vindo nos últimos anos a fomentar uma cultura e um ambiente de controlo fortalecendo a função compliance e a função de gestão de riscos. Em 2009 a Caixa Gestão de Activos continuou assim a implementação do projecto de Risco Operacional e Controlo Interno (ROCI) e do Plano de Continuidade de Negócio (PCN), nomeadamente através das seguintes iniciativas:

 No projecto ROCI continuaram a desenvolver-se os mecanismos de controlo interno e de gestão de risco operacional já existentes na sociedade tendo-se procedido a uma avaliação dos processos de gestão de risco e controlo interno já implementados, nomeadamente através de uma execução de testes aos controlos existentes;

 No projecto PCN iniciou-se a implementação do plano de continuidade operacional e de recuperação tecnológica.

Ainda no âmbito da gestão de risco, o Conselho de Administração pretende estabelecer formalmente uma função de gestão de riscos para as carteiras geridas durante o ano de 2010, tendo já solicitado às estruturas centrais da Caixa Geral de Depósitos a subcontratação deste serviço.

Também já foi solicitado às estruturas centrais da Caixa Geral de Depósitos a subcontratação da função de auditoria interna, um dos pilares do sistema de controlo interno da Caixa Gestão de Activos,

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F.

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E CAPITAIS PRÓPRIOS

CONTA CONSOLIDADA

As contas da Caixa Gestão de Activos são consolidadas na Caixa Geral de Depósitos. Apresenta-se no quadro seguinte uma análise comparativa dos indicadores agregados das empresas que constituem a estrutura da Caixa Gestão de Activos.

SGPS CAIXAGEST FUNDIMO PENSÕES CGD Consolidado 2009 Anterior Ano Variação %

Indicadores de Resultados e de

Balanço

Margem Financeira 244 757 177 27 1.204 2.236 -46,1%

Produto Bancário 244 10.512 8.255 2.248 21.258 26.633 -20,2%

dos quais: Comissões

- Comissões de Gestão 24.091 10.164 3.055 37.311 47.671 -21,7%

- Comissões de Comercialização -11.073 -1.075 -509 -12.656 -19.828 -36,2%

Outros Custos 7 8.274 3.359 1.235 12.875 11.931 7,9%

- Custos com Pessoal 4.757 1.012 326 6.095 6.014 1,3%

- Fornecimentos e Serviços Externos 7 3.516 1.751 890 6.165 5.800 6,3%

- Amortizações 214 35 19 267 246 8,5%

- Provisões Líquidas e Anulações -213 561 348 -130

Resultado Antes de Impostos (1) 235 2.239 4.896 1.040 8.410 14.718 -42,9%

Impostos sobre Lucros 62 643 1.407 305 2.417 3.889 -37,9%

Resultados Líquidos 173 1.595 3.604 736 6.108 10.829 -43,6% Capitais Próprios Totais (2) 2.121 32.688 7.252 5.869 47.929 58.842 -18,5%

Indicadores de Actividade -0,63 -0,31 -0,28

Proveitos Gerados para o Grupo: 30.254 13.236 3.339 46.829 58.988 -20,6%

- Comissões de Gestão 22.776 9.263 3.041 35.080 44.203 -20,6%

- Comissões de Banco Depositário 7.088 3.072 284 10.444 11.942 -12,5%

- Comissões de Subscrição e Resgate 390 901 14 1.305 2.843 -54,1%

Activos sob Gestão 21.260.927 1.578.072 2.100.060 24.939.060 22.434.155 11,2%

Activos sob Aconselhamento 275.748 275.748 276.131 -0,1%

Total 21.536.675 1.578.072 2.100.060 25.214.808 22.710.286 11,0%

(1) Os Resultados antes de Impostos e o Resultado Líquido da SGPS excluem os dividendos recebidos das participadas. (2) Os Capitais Próprios Totais da SGPS excluem o valor do Investimento nas Filiais (Caixagest, Fundimo e CGD Pensões) .

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CONTAS INDIVIDUAIS

As contas da Caixa Gestão de Activos, SGPS, no que aos proveitos diz respeito, resumem-se aos dividendos recebidos das empresas subsidiárias (Caixagest, Fundimo e CGD Pensões) que atingiram o montante de 10.414 milhares de Euros no exercício de 2009, e aos juros provenientes de aplicações financeiras dos capitais próprios no valor de 244 milhares de Euros. O resultado líquido depois de impostos foi de 10 587 Milhares Euros.

Apresenta-se no quadro seguinte a evolução dos resultados líquidos das empresas participadas.

Evolução dos resultados líquidos das empresas Participadas

Unidade: Milhares de Euros

Sociedade 2008 2009 Variação

Caixagest 4298 1595 -63%

Fundimo 5227 3604 -31%

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G. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos do preceituado nos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido de Imposto da Caixa Gestão de Activos, S.G.P.S. relativo ao ano de 2009, no valor de € 10.587.132,78 (dez milhões, quinhentos e oitenta e sete mil e cento e trinta e dois euros e setenta e oito cêntimos), tenha a seguinte aplicação:

 10%, ou seja, € 1.058.713,28, para reforço da Reserva Legal;

 o remanescente, ou seja, € 9.528.419,50 €, colocamos à disposição do accionista.

Em virtude da possibilidade conferida pelo artigo 297º do Código das Sociedades Comerciais: “Adiantamento sobre os lucros no decurso do exercício” e pelo nº 2 do artigo 24º dos Estatutos da Sociedade, em 17 de Dezembro de 2009, o Conselho de Administração deliberou distribuir antecipadamente ao accionista o montante de 4.762.783,22 euros.

H. CONSIDERAÇÕES

FINAIS

Ao concluir o seu relatório, o Conselho de Administração considera ser seu dever exprimir o reconhecimento às seguintes entidades, pela contribuição que prestaram à actividade da Sociedade:  Às entidades de supervisão - Banco de Portugal, Instituto de Seguros de Portugal e Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários, pela disponibilidade e cuidadoso acompanhamento da evolução dos fundos, das carteiras discricionárias e das sociedades;

 Aos membros da Assembleia-geral e das entidades revisoras de contas das sociedades e dos fundos, pelo empenhamento colocado na sua actuação fiscalizadora;

 À rede comercial do Grupo CGD e seus responsáveis, a quem de dedica uma palavra apreço;

 Às estruturas centrais do Grupo CGD, designadamente às estruturas de apoio às participadas, marketing, gestão de produtos, gestão de risco, gestão de recursos humanos, assessoria jurídica e controlo de gestão, de quem se recebeu sempre pronta e empenhada colaboração;

 Aos colaboradores de todas as empresas da Caixa Gestão de Activos, a cuja competência, dedicação e entusiasmo se devem parte importante dos resultados alcançados;

 Ao Accionista Único, pelo seu apoio constante e pelo acompanhamento da actividade da Sociedade.

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CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. ________________________________________________________________________________________________________

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

____________________________________________________ Pedro Manuel de Oliveira Cardoso – Presidente

____________________________________________________ João Eduardo de Noronha Gamito de Faria – Vice-Presidente

(Comissão Executiva – Presidente)

____________________________________________________ António Francisco Araújo Pontes

(Comissão Executiva – Vice Presidente)

____________________________________________________ Luís Miguel Saraiva Lopes Martins

(Comissão Executiva - vogal)

____________________________________________________ Fernando Manuel Domingos Maximiano

(Comissão Executiva - vogal)

____________________________________________________ António Joaquim Sousa

____________________________________________________ Ricardo Simões Caliço

(31)

CAIXA GESTÃO DE ACTIVOS S.G.P.S., S.A. ________________________________________________________________________________________________________

I. DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

COM NOTAS EXPLICATIVAS

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CAIXA - GESTÃO DE ACTIVOS, SGPS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa – Gestão de Activos, SGPS, S.A. (adiante igualmente designada por “Sociedade”) foi constituída em 10 de Dezembro de 1999 com a denominação de Gestibanca, SGPS, S.A., tendo alterado a denominação social para a actual em 15 de Novembro de 2000. A Sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta do exercício de actividades económicas, tendo iniciado as suas operações em 10 de Janeiro de 2000.

Conforme indicado na Nota 9, a Sociedade é detida integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD), sendo as suas operações e transacções influenciadas pelas decisões do Grupo em que se insere. Os principais saldos e transacções com empresas do Grupo CGD encontram-se

detalhados na Nota 15.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA’s), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA’s correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2009, não existem diferenças com impacto significativo nas demonstrações financeiras da Sociedade entre as NCA’s e as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia. As demonstrações financeiras da Sociedade relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 não foram ainda objecto de aprovação pela Assembleia Geral. Contudo, o Conselho de Administração admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

A Sociedade não apresenta contas consolidadas, uma vez que se encontra dispensada de o fazer, nos termos do parágrafo 10 da Norma IAS 27 – “Demonstrações Financeiras

Consolidadas e Separadas”. De acordo com este parágrafo, a dispensa deve-se ao facto da Sociedade ser totalmente detida pela CGD, a qual apresenta demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e visto que não emitiu nem tem intenções de emitir instrumentos de dívida ou de capital próprio.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Investimentos em filiais e associadas

Esta rubrica inclui as participações estáveis em empresas do Grupo Caixa Geral de

Depósitos, nas quais a Sociedade exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, sendo o controlo evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Estas participações são denominadas filiais. Nos termos da Norma IAS 27 – “Demonstrações Financeiras

Consolidadas e Separadas” estes investimentos encontram-se registados ao custo de aquisição (ver Nota 5).

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CAIXA - GESTÃO DE ACTIVOS, SGPS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros)

b) Impostos diferidos

Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação, sendo registados de acordo com a Norma IAS 12 – “Impostos sobre o rendimento” e calculados com base nas taxas de imposto que se antecipam estarem em vigor no período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou liquidado o passivo.

c) Especialização de exercícios

A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

3. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica refere-se a depósitos à ordem domiciliados na CGD (Nota 15). Nas mesmas datas, estes depósitos eram remunerados às taxas anuais brutas de 0,27% e 3,42%, respectivamente.

4. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2008, o saldo desta rubrica refere-se a um depósito a prazo e

correspondentes juros corridos nos montantes de 7.000.000 Euros e 90.580 Euros, respectivamente. Este depósito a prazo encontrava-se domiciliado na Caixa Geral Depósitos, S.A., sendo remunerado à taxa anual bruta de 5,68% e tinha o seu vencimento em Abril de 2009 (Nota 15).

5. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tem a seguinte composição:

Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (Caixagest) 15.798.473 Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento

Imobiliário, S.A. (Fundimo) 3.716.189 CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de

Pensões, S.A. (CGD Pensões) 3.059.135 --- 22.573.797 ========= Os principais dados financeiros das empresas participadas, obtidos a partir das respectivas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, são como segue:

2009

Percentagem de Situação Lucro do

Entidade participação Activo líquida(*) exercício Caixagest 100% 40.668.002 32.687.586 1.595.447 Fundimo 100% 9.527.035 7.252.209 3.603.799 CGD Pensões 100% 6.543.612 5.868.545 735.820

(38)

CAIXA - GESTÃO DE ACTIVOS, SGPS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euros)

2008

Percentagem de Situação Lucro do

Entidade participação Activo líquida(*) exercício Caixagest 100% 43.123.139 35.449.854 4.297.657 Fundimo 100% 10.750.128 8.876.387 5.227.017 CGD Pensões 100% 6.854.567 5.977.610 1.025.094

(*) Inclui o lucro do exercício

A Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. foi constituída por escritura pública de 6 de Novembro de 1990. O seu objecto consiste na administração e gestão de fundos de investimento mobiliário, abertos ou fechados, podendo igualmente exercer a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, incluindo as correspondentes a fundos de pensões, com base em mandato conferido pelos investidores.

A Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. foi constituída em 8 de Janeiro de 1987, tendo por objecto exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de investimento imobiliário.

A CGD Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. foi constituída em 14 de Maio de 1992, tendo por principal actividade a administração, gestão e representação de fundos de pensões. A diferença entre o custo de aquisição das participações e o valor dos capitais próprios das empresas filiais, dado serem detidas a 100%, pode ser demonstrada da seguinte forma:

2009

Equivalência

Entidade patrimonial Custo Diferença Caixagest 32.687.586 15.798.473 16.889.113 Fundimo 7.252.209 3.716.189 3.536.020 CGD Pensões 5.868.545 3.059.135 2.809.410 --- --- --- 45.808.340 22.573.797 23.234.543 ========= ========= ========= 2008 Equivalência

Entidade patrimonial Custo Diferença Caixagest 35.449.854 15.798.473 19.651.381 Fundimo 8.876.387 3.716.189 5.160.198 CGD Pensões 5.977.610 3.059.135 2.918.475 --- --- --- 50.303.851 22.573.797 27.730.054 ========= ========= ========= 6. OUTROS ACTIVOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2009 2008

Despesas com custo diferido - Seguros 1.602 1.587

Outros - 2.560

Referências

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