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Relações morfométricas do marisco Anomalocardia flexuosa (Linnaeus,1767) do Estuário do Rio Paraíba PB

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÂO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAIBA CAMPUS CABEDELO

CURSO TECNICO INTEGRADO EM PESCA

IAGO SANTOS DE SENA

Relações morfométricas do marisco Anomalocardia

flexuosa (Linnaeus,1767) do Estuário do Rio Paraíba – PB

CABEDELO/PB 2015

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IAGO SANTOS DE SENA

Relações morfométricas do marisco Anomalocardia flexuosa (Linnaeus,1767) do Estuário do Rio Paraíba – PB

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, como requisito para Obtenção do Título Técnico em pesca pelo Curso Técnico em pesca integrado.

Orientador: Prof. Dr. Jonas de Assis Almeida Ramos

CABEDELO/PB 2015

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IAGO SANTOS DE SENA

Relações morfométricas do marisco Anomalocardia flexuosa (Linnaeus,1767) do Estuário do Rio Paraíba – PB

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, como requisito para Obtenção do Título Técnico em pesca pelo Curso Técnico em pesca integrado.

TRABALHO APROVADO EM:_______/________/__________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________ Prof. Dr. Jonas de Assis Almeida Ramos (Orientador)

_____________________________________________________________ Prof. Dr. Emanuell Felipe Beserra da Silva (Avaliador 1)

___________________________________________________________ Prof. M.Sc. Evandro Lima Cordeiro Júnior (Avaliador 2)

Cabedelo/PB 2015

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A minha Família „‟O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência‟‟. Henry

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por tudo. Agradeço aos meus pais por entenderem a necessidade de tanta dedicação, aos professores do curso técnico em pesca, em especial a Jonas de Assis Ramos. Quero agradecer também, Alana de Almeida, que me ajudou muito, mesmo com seus afazeres, fazendo deste trabalho uma realidade. Agradeço a todos os funcionários que trabalham no IFPB, pois reconheço que sempre me ajudaram, tirando dúvidas para encontrar oque eu precisava na instituição, mantendo os ambientes limpos e organizado, agradeço também ao apoio prestado por meus amigos, Erlane, Girlane, Gaby, Jordan e Cibele, Muito Obrigado!

(6)

Resumo

O molusco Anomalocardia flexuosa é um bivalve bentônico que habita no substrato de estuários, ocorre em todo litoral brasileiro e é muito importante socioeconomicamente. Na Paraíba, comunidades estuarinas exploram este recurso para o seu sustento e renda. O objetivo do presente estudo foi descrever as variáveis morfométricas da concha do marisco no Estuário do rio Paraíba, na cidade de Cabedelo, litoral norte da Paraíba. Os indivíduos formam capturados nos meses de março e agosto de 2013, na porção inferior do estuário. Quando mensurado o comprimento médio total foi de 18,58 mm, a largura média foi de 15,28 e altura media foi de 10,69 mm. Quando comparado o crescimento entre os meses, observou-se a diferença de tamanhos. Já em relação ao crescimento, quase todos os resultados demonstraram um crescimento isométrico, ou seja, tanto a altura quanto a largura da concha tem igual taxa de crescimento em relação ao comprimento. Porém no mês de agosto apresentou um crescimento alométrico negativo. Quando as variáveis de altura e largura não acompanham o crescimento do comprimento. Com este estudo conclui-se que o A. flexuosa apresenta um crescimento entre as variáveis do eixo x (Comprimento) e y (Altura e Largura), sendo y o crescimento igual na maioria das vezes, em comparação com o eixo x. Os resultados mostraram que A. flexuosa do rio Paraíba apresentaram tamanhos semelhantes ao de outros estuários, diferenciando apenas dos comparados com as regiões de maior latitude. As informações geradas por este trabalho servirá para elaborações de boas práticas sustentáveis, bem como contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas sobre o comportamento deste molusco.

Palavras-Chaves: Molusco Bivalve. Crescimento alométrico. Recurso pesqueiro. Nordeste do Brasil.

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ABSTRACT

The Anomalocardia flexuosa is a benthic bivalve mollusk that lives in the substract of estuaries, it occurs in all the Brazilian coast, also it is very important socially and economically. In Paraíba, estuary communities explore this resource for their subsistence and incomes. This work aims at describing the allometric growth of the shellfishes‟ shell in the estuary of Paraíba‟s River in the town of Cabedelo, on the North shore of Paraíba. The samples were collected between March and August of the year 2013 from the bottom of the estuary. When measured, data showed that the average length was 18,58 mm and the average wideness was 15,28mm; the average height found was 10,69 mm. When compared, the growth between months, the difference of size was observed. In relation to growth levels, all the results demonstrated negative allometric growth. The height and wideness of the shell grow unequally compared to the length. This study concludes that A. flexuosa presents na unequall growth between variables of the axis x (Length) and y (Height and Wideness), y is the slow growth comparing to axis x. The result showed that

Anomalocardia flexuosa in Paraíba River presented similar size, however different if

compared to regions of bigger latitude. The information generated from this work will contribute concerning good management practices. It will do as basis for new researches about how this mollusk behaves in its habitat.

Key words: Bivalve Mollusk. Allometric Growth. Fishery Resouces. North West

Shore of Brazil.

(8)

Figura 1. Molusco bivalve Anomalocardia flexuosa. Fonte:

<www.idscaro.net/sci/01_coll/plates/bival/pl_veneridae_1.htm> ... 14

Figura 2. Estuário do Rio Paraíba ... 16

Figura 3. Precipitação no litoral norte da Paraíba. Fonte Marcelino et al. 2010) ... 17

Figura 1. Quadrante de delimitação da ária a ser extraída...18

Figura 5. Paquímetros e Relações morfométricas obtidas. ... 18

Figura 6. Histograma de classe de comprimento de indivíduos analisados nos dois meses. ... 20

Figura 7. Histograma de classe de comprimento de indivíduos capturados no mês de março ... 21

Figura 8. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados nos dois meses. ... 23

Figura 9. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados mês de março 23 Figura 10. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados, mês de março. ... 24

Figura 11. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados no mês de agosto...24

Figura 12. Histograma de classe de altura de indivíduos analisados pelo estudo, mês de agosto ... 25

Figura 13. Histograma de classe de altura de indivíduos analisados durante o mês de março...25

Figura 14. Histograma de classe de altura de indivíduos analisados durante o mês de agosto...25

Figura 15. Dispersão com equação da relação morfométrica altura x comprimento, par ao mês de Março. ... 26

Figura 16. Dispersão com equação da relação morfométrica largura x comprimento, par ao mês de Março ... 27

Figura 17. Dispersão com equação da relação morfométrica altura x comprimento, par ao mês de Agosto. ... 27

Figura 18. Dispersão com equação da relação morfométrica largura x comprimento, par ao mês de Agosto ... 28

SUMÁRIO

(9)

1.

INTRODUÇÃO

... 10

2.

JUSTIFICATIVA

... 11

3.

OBJETIVOS ...

12

3.1

OBJETIVO GERAL

... 12

3.2

OBJETIVO ESPECIFICO

... 12

4.

REFERENCIAL TEÓRICO

... 13

4.1

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA

... 14

4.2

MORFOMETRICA

... 15

5.

MATERIAIS E MÉTODOS

... 16

5.1

ÁREA DE ESTUDO

... 16

5.2

MÉTODO DE COLETA

... 17

5.3

ÁNALISE EM LABORATÓRIO

... 18

6.

DESENVOLVIMENTO

... 19

6.1

CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS MOORFOMÉTRICAS

... 25

7.

CONCLUSÃO

... 28

(10)

10 1. INTRODUÇÃO

Os moluscos são animais de vida livre e na sua maioria marinho, podendo ser encontrados fixos ou enterrados¹. Os moluscos são animais de corpo mole e tem composição frágil, porém a maioria deles possuem concha que protege o corpo, alguns exemplos deles são o marisco e a ostra. Existem moluscos que tem concha menor como, por exemplo, a lula, e há outros que não possuem, como a lesma e o polvo2.

A Anomalocardia flexuosa (Marisco), é um molusco bivalve amplamente distribuído em toda costa brasileira, principalmente em enseadas, baias e estuários, com faixa de ocorrência que abrange Índias ocidentais, no Uruguai e ao longo do litoral, enseadas, baías e estuários (BOEHS et al, 2008 apud GMELIN,1791). Anteriormente era conhecida como Anomalocardia brasiliana (GMELIN, 1791) e agora válida como A. flexuosa (Gofas & Rosenberg, 2014), é uma espécie de molusco bivalve lamelibrânquio, bastante comum ao longo de todo litoral brasileiro (RODRIGUES, 2009 apud RIOS, 1994).

No Brasil existem muitas espécies de bivalves comestíveis que habitam áreas intermareias e vem sendo coletados de forma desordenada (SANTOS et

al, 2014). Segundo ARAÚJO (2001), estudos sobre a reprodução e ecologia de

bivalves marinhos são tidos como alicerce para estabelecimento de programas de manejo desses invertebrados, pois podem favorecer a manutenção de estoques naturais e assim contribuir para o desenvolvimento de atividades extrativistas e de maricutura.

_____________________________________________________________ 1 Informação extraída do site: www.brasilescola.com.br. Acesso em: 15/09/2014.

(11)

11 2. Justificativa

O estudo do crescimento é um processo tridimensional em que as dimensões dos indivíduos mudam ao longo do tempo, o estabelecimento das relações morfométricas entre duas variares mensuráveis e o estudo do tamanho e suas consequências são essenciais para gerar informações que podem ser utilizadas na elaboração de planos de manejo para os recursos pesqueiros e compreensão das mudanças das condições ambientais e populacionais.

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12 3. Objetivos

3.1. Objetivo Geral

Descrever o crescimento morfometrico da concha do marisco

Anomalocardia flexuosa do estuário do Rio Paraíba.

3.2. Objetivos Específicos

• Descrever os tamanhos de A. flexuosa que ocorrem no estuário. • Relacionar variáveis morfométricas (ex. largura e altura da

concha) com o comprimento do marisco A. flexuosa durante diferentes épocas do ano.

• Avaliar a existência de relações alométricas durante diferentes épocas do ano

(13)

13 4. Referencial Teórico

Os manguezais mantém a biodiversidade e é uma das poucas alternativas de subsistência para muitas comunidades ribeirinhas brasileiras (BANDEIRA 2014 apud NISHIDA, 2000). Segundo BANDEIRA (2014), nos estuários tropicais há muitas pessoas explorando os recursos vivos, se baseando nos conhecimentos tradicionais.

O molusco A. flexuosa pertence à família Veranidea, a qual reúne aproximadamente 500 espécies viventes, pertencentes à aproximadamente 50 gêneros e doze subfamílias (RODRIGUES et al, 2010 apud CANAPA et al, 1996). Esta espécie é dioica, com reprodução externa sexuada e com um ciclo de vida complexo, caracterizado por um estágio planctônico larval relativamente curto, de 11 a 30 dias (RODRIGUES, 2009 apud RIGHETTI, 2006). Por ser um animal de coleta relativamente fácil, os moluscos foram os primeiros recursos marinhos vivos a serem extraídos em todo o mundo, tendo ainda ampla exploração nos dias de hoje (BANDEIRA 2014)

Segundo Oliveira et al (2013), no Brasil muitas espécies de bivalves são amplamente coletados em várias regiões do país. No município de Cabedelo-PB, ao norte da Paraíba (7º 00´24¨S, e 34º 50´11) (Figura2), a exploração de recursos marinhos tem sido uma atividade rotineira das comunidades locais, que é praticada em nível de subsistência e constitui uma importante fonte de renda para as comunidades tradicionais da zona costeira (CASTILLA; DEFEO,2001; PEREIRA, 2007).

No Brasil, o molusco bivalve Anomalocardia flexuosa é conhecida como: “berbigão”, “Vongole”, “mija – mija”, “sarnambi”, “sernambi pequeno”, “Samanguaiá”, “chumbinho”, papa-fumo”, “sarro-depito”, “Marisco-pedra”, e “maçunim (LUZ, JR. e BOEHS 2011).

No litoral da Paraíba o molusco bivalve A. flexuosa é conhecido popularmente como marisco, onde habita os sedimentos de planícies de maré adjacentes a manguezais, sendo extraído cerca de 17 toneladas para fins comerciais (DA SILVA et al, 2013; LACERDA,1999).

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14

Segundo Lavender et al (2011) a exploração desordenada pode comprometer os estoques naturais, alterando o ambiente costeiro através de grande esforço de pesca exercida por centenas de pescadores nesta região.

Figura 2. Molusco bivalve Anomalocardia flexuosa. Fonte: <www.idscaro.net/sci/01_coll/plates/bival/pl_veneridae_1.htm> 4.1. Classificação taxonômica Reino: Animalia Filum: Mollusca (43,899) Classe: Bivalvia (8,081) Ordem: Veneroida (3,110)

Familia: Veneridae Rafinesque, 1815 (765) Género: Anomalocardia Schumacher, 1817 (4) Espécie: Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767) Sinonímia: Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791)

(15)

15 4.2. Morfometria

A morfometria é o estudo da forma e a sua relação com o tamanho (PIRES-NETO et al 1995). Muitas disciplinas tem interesse por estudos morfométricos por motivos distintos. A morfometria é utilizada pelos taxonomistas para identificar diferenças entre as espécies, criando padrões entre as diferentes espécies. Segundo os ecólogos a forma e o tamanho das espécies deve ser levado precisamente em consideração o habitat, a alimentação, pressão seletiva, competição e predação. Sendo a relação morfometrica é apenas um resultado final o temporário. (PIRES-NETO et al 1995).

(16)

16 5. Materiais e Métodos

5.1. Área de estudo

O estuário do rio Paraíba está localizado, na região Nordeste do Brasil e a sua porção inferior é parte da litoral do município de Cabedelo-PB,

Figura 3. Estuário do Rio Paraíba

A micro região do litoral norte da Paraíba, apresenta uma estação chuvosa entre os meses de março a julho, com maior representação para o mês de junho; e período mais secos entre os meses de agosto a fevereiro. (Marcelino et al, 2010)

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Figura 4. Precipitação no litoral norte da Paraíba. Fonte Marcelino et al. 2010)

5.2. Métodos de coleta

As amostragens ocorreram nos meses de Março e Agosto de 2013, durante a realização do projeto de pesquisa para avaliar a os parâmetros populacionais do marisco no estuário do Rio Paraíba. As amostras foram obtidas durante o regime de maré baixa. Foram selecionados seis bancos de areias na porção inferior do estuário, sendo três de menor e três de maior intensidade de exploração pela população local (BANDEIRA et al. 2014). Para tal nessas áreas foram traçados transeptos de cerca de 50m através dos quais a cada 10m foi obtida uma unidade amostral (UA) correspondente a uma área de 1m², com o uso de um quadrante figura. Para a UA foi revirada manualmente para a captura de todos os exemplares de marisco até uma profundidade de 10cm. Em seguida, cada amostra foi etiquetada e identificada com sua localização geográfica através de GPS e em segui ao chegar em laboratório foram congeladas a -18º (SANTOS et al., 2013).

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Figura 5 quadrande de delimitação da ária a ser extraída.

5.3. Análises em laboratório

Em laboratório as amostras foram identificadas no acervo congelado em seguida os exemplares coletados foram descongelados, lavados, contados e mesurados em seu comprimento, largura e altura de concha com o uso de paquímetro digital (± 0.1mm) (Figura 5) de acordo com Quayle & Newkirk (1989).Todos os dados obtidos foram tabulados em planilha eletrônica para posterior analises.

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Os valores do coeficiente de correlação adotados ao usar os três parâmetros, permitem adotar o tamanho do marisco por meio das medidas referidas. Sendo assim, foi adotado a medida do comprimento por ser mais fácil de ser obtida. (SOARES, et al. 1982). Para saber se as relações morfometricas da concha do A.flexuosa foram estimados modelos do tipo potência: Y = a*Xb Onde, Y é a variável dependente (ex. Largura e altura da concha em mm), X é a variável explanatória (comprimento da concha em mm), a é uma constante e

b é o coeficiente de crescimento. Se b for igual 1, o crescimento é isométrico,

Mas se b for menor que 1, o crescimento é alométrico negativo. Por fim, se b for maior que 1, o crescimento alométrico positivo (van Snik et al., 1997).

(20)

20 6. Resultados

Foi analisado um total de 1.129 indivíduos, com média de comprimento de 18,58 mm e desvio padrão de ± 3,84. O comprimento mínimo foi de 7,71mm e máximo de 28,40 mm (Figura 6). No mês de março se dá inicio do período chuvoso no litoral norte da Paraíba (Marcelino et al., 2010) e foram analisados 599 indivíduos coletados neste mês, com média de comprimento 17,46 mm e desvio padrão de ± 4,53. O tamanho mínimo encontrado foi de 7,71mm e o máximo 27,90 mm (Figura 7). Já no mês de agosto, foram analisados 530 indivíduos e a média do comprimento foi de 19,84, com desvio padrão de ± 2,31. O comprimento mínimo encontrado foi de 11,1mm e o máximo de 28,40mm (Figura 8).

Figura 7. Histograma de classe de comprimento de indivíduos analisados nos dois meses.

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Figura 8. Histograma de classe de comprimento de indivíduos capturados no mês de março

Figura 9. Histograma de classe de comprimento de indivíduos capturados no mês de agosto

Quando comparado com os indivíduos de A. flexuosa encontrados na praia de Mangue Seco, litoral norte de Pernambuco, onde o comprimento

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médio durante o estudo foi de 18,87 mm com desvio padrão± 4,62. Porem no mês de março o comprimento foi de 16,01 ± 4,32, O comprimento mínimo foi de 5,4 mm e o máximo de 27 mm. Já no mês de agosto, a média do comprimento encontrado foi de 18,92 com desvio padrão de± 4,09 mm. O comprimento mínimo foi de 9,5 mm e o máximo de 27,6 mm (OLIVEIRA et a.,

2013), Observa-se que o comprimento médio, mínimo e máximo são

semelhantes. Entretanto, no litoral do Ceará, na praia do canto da barra, município de Fortim, observa-se indivíduos maiores, cujo comprimento médio foi de 22,8 desvio padrão± 3,73 mm para machos, e 22,4 ± 3,15mm para fêmeas (Barreira & Araújo 2005).

Os indivíduos analisados por um todo, apresentaram uma média da largura de 15,28 mm com desvio padrão de ±3,39. A largura mínima foi de 5,9 mm e a máxima chegando a 24,25mm (Figura 9). Durante o mês de março, o molusco A. flexuosa teve uma média da largura de 14,22 com desvio padrão ±3,95 tendo a largura mínima de 5,9 mm e a máxima de 24,25 mm (Figura 10). A largura do A. flexuosa no mês de agosto teve média de 16,49 mm com desvio padrão de ± 2,04. A largura mínima foi de 8,3mm e a máxima de 23,3 mm (Figura 11). Na praia do mangue seco PE, a largura média foi de 22,16 ± 5,03 mm. No litoral de Santa Catarina a espécie A. Brasiliana apresentou tamanho médio de 31,8 ± 4,3mm de largura de concha medida adotada eixo anteroposterior (OLIVEIRA, 2013 apud BOEHS 2004 ). Este resultado sugere que A. fleuxosa no estuário do Rio paraíba, apresenta um crescimento possivelmente mais lento que em outras regiões do Brasil.

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Figura 10. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados nos dois meses.

Figura 11. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados mês de março

(24)

24

Figura 12. Histograma de classe de largura de indivíduos analisados, mês de agosto.

Quando analisado a altura dos indivíduos como um todo, a A. flexuosa, teve uma média de altura cujo valor foi 10,69mm com desvio padrão de ±2,44. Com altura mínima de 4,1mm e máxima de 18,0mm (Figura 12). Durante o mês de março A. flexuosa, teve média de altura 10,05 mm com desvio padrão de ±2,90. Altura mínima de 4,1mm e de máxima 18,0 mm e (Figura 13). Durante o mês de agosto o A. flexuosa, teve média de 11,41mm com erro de ±1,45, a altura mínima foi de 6,5mm e a máxima de 17,70mm (Figura 14).

(25)

25

Figura 13 Histograma de classe de altura de indivíduos analisados pelo estudo, mês de março

Figura 14. Histograma de classe de altura de indivíduos analisados pelo estudo, mês de agosto

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6.1. Correlações entre as variáveis morfométricas

Quando realizada a regressão linear da variável altura em relação ao comprimento da concha no mês de Março, obteve-se um modelo de regressão linear: Altura = 0,4701 * (Comprimento) 1,0695, com um coeficiente de regressão R² = 0,96, o que indica um bom ajuste do modelo. Além disso, a relação apresentou um crescimento do tipo isométrico (b =1), o que indica que a taxa de crescimento entre essas variáveis são uniforme (Figura 13).

Já a Largura x Comprimento apresentou o seguinte modelo: Largura = 0,6639 * (Comprimento)1,0701, com um coeficiente de regressão R² = 0.96. Demonstrando um bom ajuste da equação. Além disso, demonstrou um Crescimento do tipo isométrico (b =1), o que indica que o comprimento e a largura do marisco cresce na mesma taxa (Figura 14). Já na praia do Mangue seco, em Pernambuco o Crescimento x Largura (C = 1,6867 L 0,8759, R² = 97,44), mostra um crescimento alométrico negativo (B < 1) (OLIVEIRA et al., 2013). y = 0,4701x1,0695 R² = 0,9622 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 10 20 30 A lltu ra (m m ) Comrpimento (mm)

Março

Figura 15. Dispersão com equação da relação morfométrica altura x comprimento, par ao mês de Março.

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27

Figura 16. Dispersão com equação da relação morfométrica largura x comprimento, par ao mês de Março

No mês de agosto, a relação Altura x Comprimento apresentou-se da seguinte forma: Altura = 0,5987*(comprimento)0,9865, com um coeficiente de regressão R² = 0.85. Demonstrando um bom ajuste da equação. Já o crescimento foi do tipo alométrico negativo (b <1), ou seja, a altura cresce numa taxa mais lenta que o comprimento, indicando um crescimento desuniforme durante este momento. (Figura 15).

y = 0,5987x0,9865 R² = 0,8498 0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25 30 A llt u ra ( m m ) Comrpimento (mm)

Agosto

Figura 17. Dispersão com equação da relação morfométrica altura x comprimento, par ao mês de Agosto.

y = 0,6639x1,0701 R² = 0,9646 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30 L a rg u ra (m m ) Comprimento (mm)

Março

(28)

28

Quando realizada a regressão do tipo potência da variável largura em relação ao comprimento da concha no mês de Agosto, obteve-se um modelo de regressão, Largura = 0,7391 * (comprimento)1,0387, com um coeficiente de regressão R² = 0.89 (Figura 16). Demonstrando um crescimento do tipo alométrico positivo (b > 1), Indicando que a variável largura cresce mais rapidamente que o comprimento da concha. Na Praia de Mangue Seco, litoral Norte de Pernambuco, os valores foram C = 1,4771 L 0,9239, R² = 97,03. Mostrando mais uma vez um crescimento Alométrico negativo entre essas variáveis (OLIVEIRA et al., 2013). Segundo Gil et al (2007), A. flexuosa contem relações isométricas entre comprimento, largura e altura da concha, tanto para juvenis quanto para indivíduos adultos.

y = 0,7391x1,0387 R² = 0,8984 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30 L a rg u ra ( m m ) Comprimento (mm)

Agosto

Figura 18. Dispersão com equação da relação morfométrica largura x comprimento, par ao mês de Agosto

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29 7.Conclusão

O molusco bivalve Anomalocardia flexuosa do Estuário do rio Paraíba

apresenta tamanhos médios similares aos registrados para outros ambientes estuarinos do litoral Entretanto, em um ambiente de maior latitude aparentam ter maiores valores de comprimento, que segundo Bandeira 2014, tem haver com uma maior eficiência de crescimento corporal em ambientes mais frios (de maiores latitudes). Durante o mês de março foi observada uma maio faixa de comprimento, enquanto que em agosto essa faixa foi reduzida. Tal fato dar-se possivelmente pelo efeito de haver um período chuvoso entre esses dois meses, o que resulta na diminuição significativa da salinidade e a mortalidade dos indivíduos mais jovens. Já ao avaliar o crescimento alométrico, A. flexuosa apresentou crescimento isométrico entre as variáveis estudas independente da época do ano (exceção para Largura da concha em agosto). Diferenciando-se de outras regiões. As informações geradas neste trabalho servirão como base para futuros estudos de boas práticas de manejo pois a partir deste trabalho, se conhecera o crescimento do marisco em diferentes épocas do ano, que em determinado tempo ele pode estar maior ou menor. Servira também para a elaboração de novas pesquisas sobre este molusco.

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30 Referências

Araújo, R.M. 2001. Biologia reprodutiva do berbigão - Anomalocardia brasiliana (Mollusca; Bivalvia; Veneridae) na Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (REMAPI). Estado de Santa Catarina, Florianópolis. Tese de Doutoramento. Universidade de São Paulo. 203p

Arruda soares, H.; Schaeffer-Novelli, y.; Mandelli, JR, J. 1982 "BERBIGÃO”

Anomalocardia brasiliana (Gemelin,1791), Bivalve comestível da região da ilha

do Cardoso, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL: Aspectos Biológicos de interesse para a pesca comercial.

Bandeira, F. 2014. Análise de parâmetros populacionais de Anomalocardia

flexuosa (GMELIN, 1791) (bivalvia, veneridae) no Estuário do rio Paraíba– PB.

Ciclo reprodutivo de Anomalocardia brasiliana (GMELIN,

1791)(molluscabivalvia, veneridae) na praia do canto da barra,Fortim, ceará, brasil *

Boehs, G. 2008 ECOLOGIA POPULACIONAL DE Anomalocardia brasiliana (GMELIN, 1791) (bivalvia, veneridae) na baía de Paranaguá, Paraná, Brasil CASTILLA, J.C.; DEFEO, O. Latin American benthic shellfisheries: emphasis on co-management and experimental practices. Rev. Fish Biol. Fish, 11: 1-30, 2001.

Gil, G.M.; Thomé, J.W. & Troncoso, J.S. Alometria do crescimento em

Anomalocardia brasiliana (Gmelin,1791). p.163, in Anais do XX Encontro

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http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=420930 on 2015-03-03

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Referências

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