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A minha mulher meteu os

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Academic year: 2021

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(1)

A

minha

mulher

meteu

os

miúdos

no

IRS dela.

E

agora?

Nas situações

de guarda

conjunta,

as

despesas

dos dependentes

podem constar duma

única

declaração

DANIELA TELES FERNANDES daniela.fernandes@ionline.pt

Muitos contribuintes continuam ater

dificuldades naaltura de preencher a

declaração de IRS. Paraos pais

divorcia-dos ou separadivorcia-dos, as dúvidas são ainda maiores. Saber qual dos progenitores tem odireito adeduzir asdespesas com

aeducação esaúde dos filhos quando o casal decide pôr termo à relação não é

tarefa fácil.

O código doIRS pode mostrar-se

pou-cojusto paraospais divorciados que par-tilham acustódia dos filhos. A actual lei

prevê que osencargos com os dependen-tesapenas sejam imputados auma

úni-ca declaração deIRS,

independentemen-te deter sido opai ouamãe o

responsá-vel pelas despesas.

O i consultou a opinião da Sérvulo &

Associados, que acredita ainda "existi-remalgumas arestas por limar" naactual lei. "As despesas de saúde edeeducação

dos filhos dependentes poderão ser

dedu-zidas àcolecta dos progenitores desde

que oNIFdecada um dos dependentes seja devidamente identificado na factu-ra/recibo correspondente, assim como nadeclaração derendimentos do

proge-nitor que os tiver a cargo."

Marco Martins édivorciado e,por par-tilhar acustódia do filho com aex-mulher,

afirma que aactual lei acaba por

pena-lizar sempre um dos pais. "Eu, por aca-so, mantenho uma boa relação com a

mãe do meu filho e,apesar de

partilhar-mos os encargos com ele, acordámos em

alternar anualmente entre nós quem

deduz asdespesas da criança." Todavia, alerta, omesmo pode não acontecer nos casos em queospais não têm uma

rela-ção saudável.

"Nas situações em que pais nãosedão bem, acredito que seja bem mais

com-plicado, pois a lei não protege quem

efec-tivamente paga ocolégio dos filhos e

quem assume as despesas de saúde."

DEDUÇÃO SIMULTÂNEA A Lei do

Orçamen-to de Estado para 2012

contempla a

possibilidade de dedução simultânea. Nas situações de divórcio, separação de

pessoas ebens ou anulação de

casamen-to em que as responsabilidades

paren-tais sejam partilhadas, os progenitores poderão beneficiar da dedução à

colec-ta descolec-tas despesas. Neste caso, a

dedu-ção individual será limitada a50%.

Paraos pais divorciados ou separados

que não partilhem aguarda dos filhos, asregras mantêm-se: quem tem a

cus-tódia das crianças poderá deduzir à

colecta as despesas de saúde ede

edu-cação dos filhos dependentes, desde que

o

NIF

(número de identificação fiscal)

de cada umdeles sejadevidamente

iden-tificado na factura/recibo correspon-dente, assim como na declaração de rendimentos do progenitor que os tiver

a cargo. Nocaso doprogenitor que não tem acustódia dos filhos, apenas

pode-rábeneficiar da dedução àcolecta das

importâncias respeitantes a pensões de alimentos decretadas por sentença judi-cial ou resultantes de acordo

homolo-gado nos termos civis. No entanto, oOE

para 2012 prevê o corte no

limite

de dedução. Até 2011era possível deduzir

20% dos montantes pagos em pensão de alimentos até um limite mensal de 2,5 lAS

-

Indexante dos Apoios Sociais (1048,5 euros). No próximo ano, a dedu-ção com este encargo será limitada a

um lAS, ou seja, o pai ou mãe

respon-sável pelo pagamento dapensão só

pode-rá deduzir 20% das importâncias pagas

em pensão de alimentos com um

limi-te de 419,22 euros por mês.

FILHOS MAIORES Atingir amaioridade

nem sempre é sinónimo de

indepen-dência financeira. Apesar de o

paga-mento deuma pensão de alimentos não

ser obrigatória por parte de um dos ex-cônjuges, muitas vezes as despesas com a saúde eeducação dos filhos continuam

a ser asseguradas por ambos. Contudo,

só beneficia da dedução desses

encar-gos quem continua apartilhar o domi-cílio fiscal com os filhos. Oartigo 13.° do Código do IRS prevê que os filhos maiores só podem integrar oagregado

familiar monoparental ou biparental

desde que tenham menos de 25 anos,

aufiram rendimentos inferiores ao

salá-rio mínimo nacional etenham frequen-tado nesse ano o

II.

5ano, o 12.9ano ou

oensino superior.

mais justiça? Manuel Faustino,

ex-direc-tor dos Serviços de IRS, falou ao i,

con-siderando prematuro afirmar que a

per-missão de dedução simultânea traz mais equidade fiscal quando questionado sobre

amatéria.

"Emitir umjuízo devalor sobre se a

medida veio trazer mais justiça fiscal é

prematuro. Aliás, não deixa de ser

curio-soque a insistência na consagração de

uma solução deste tipo só tenha

subi-do de tom quando a dedução por

pen-sões dealimentos começou asofrer

cor-tes drásticos", defende. "Devendo os

documentos comprovativos serem

emi-tidos em nome dos menores enão pro-var-se quem efectivamente suportou o

respectivo encargo, nada parece impe-dir que deles se faça uma 'repartição' salomónica por forma amaximizar, no global, adedução."

(2)

Alguns pais com guarda conjunta são confrontados

com problemas na hora

de entregar asdespesas

com os filhos no IRS

(3)

Impostos

Citações

"No IRS,

pode

hoje dizer-se

que

a

família constituída

com

base

no

casamento

é

nitidamente

prejudicada

pelo

sistema

do

englobamento

obrigatório"

>

"Não

sou

um

adepto

das

alterações

introduzidas

no

Código

do

IRS

em

matéria

de

permissão

de

dedução

simultânea

de

50%

de encargos

com

dependentes

por

parte

de

pais

divorciados"

"Na

questão da

pensão de

alimentos,

ao

.

induzirem

a

passagem

do

seu

abatimento

ao

IRS

para dedução

à

'

colecta,

ficou-se

sem

noção

exacta

do que

se

deduz ou

não"

'

Manuel

Faustino

JURISTA, EX-DIRECTOR DESERVIÇOS

DOIRS

Governo

impõe

limites no

total

de montantes

dedutíveis

à colecta

em

sede

de

IRS

A

possibilidade

de

dedução

dos encargos

com

habitação

permanente

vai

ser

eliminada

a

partir

deste ano

e

faseadamente

até

2016

A Lei n.964-B/2011 do Orçamento do Estado para 2012 prevê um conjunto

de alterações referentes à matéria

colec-tável em sede de IRS que contemplam

aredução dos limites das deduções das despesas eoagravamento da carga

fis-cal. O i procurou sintetizar as

princi-pais alterações, que prevêem o ema-grecimento do reembolso do IRS refe-rente aos rendimentos obtidos em 2012.

Para quem auferir rendimentos

supe-riores a7410euros einferiores a18375

euros, passa ahaver um limite de

dedu-ção de 1250 euros na soma das

despe-sas de saúde, educação, habitação,

pen-são dealimentos eencargos com lares. Jáos rendimentos superiores a66045

euros perdem o direito àdedução das despesas (ver tabela).

Excepcionalmente, em 2012 e2013,

os sujeitos passivos com rendimentos

sujeitos aIRS superiores a 153300euros

passam aser taxados a 49% e não a

46,5%, como acontecia em 2011. As despesas de saúde são, este ano, apenas dedutíveis em 10% e não em 30%, com o limite de 838,44 euros, o

equivalente a duas vezes olAS (Inde-xante dos Apoios Sociais).

As famílias com três ou mais

depen-dentes poderão beneficiar deuma majo-ração do limite de dedução de 125,77 euros por cada dependente.

Relativamente aos encargos com

imó-veis (juros eamortização dehabitação permanente e asrendas pagas

referen-tes acontratos celebrados ao abrigo do

Regime de Arrendamento Urbano ou do Novo Regime deArrendamento Urba-no), passam a ser dedutíveis em ape-nas 15%, em vez dos 30% possíveis até

2011,mantendo-se olimite de 591 euros.

A majoração de 10% para os encargos com imóveis que apresentem o

certi-ficado deeficiência energética Aou A+

deixa de existir. Contudo, até 2016, a

permissão de dedução dos montantes

gastos com habitação própria é elimi-nada de forma faseada.

Outra novidade é o subsídio de refei-ção. Este passará aser tributável na parte em que exceda em 20% o limite

legal (anteriormente 50%).

Sendo olimite legal osubsídio de ali-mentação atribuído àfunção pública

-4,27 euros

-,

neste momento, aparte deste que exceda em 20% aquele mon-tante (superior a 5,124 euros) passa a

ser tributada emsede de IRS. Em 2011

estavam isentos de impostos os subsí-dios até 6,41 euros.

Também nos subsídios atribuídos por vales, o limite não sujeito aIRS desce

de 7,63 euros para 6,83 euros, ou seja,

os montantes que excedam 6,83 euros passam aintegrar a matéria colectável

do trabalhador.

No que diz respeito às taxas libera-tórias, os rendimentos de capitais

pas-sam asofrer um agravamento de21,5%

para 25%, neles se incluindo osjuros

de depósitos, rendimentos de títulos

dedívidas, dividendos emais-valias bol-sistas.

D.T.E

Famílias com

três

ou

mais

dependentes

podem

beneficiar

de

majoração

da dedução

de

125,77 por

pessoa

Despesas

com

saúde

apenas

dedutíveis

em

10%

e

não em

30%

com

limite

de

838,44

euros,

duas vezes

o

lAS

(4)
(5)

Referências

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