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Assunto: Construção e manutenção de pontes e viadutos - Necessidade de impermeabilização - maior durabilidade e redução de custos

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Academic year: 2021

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS DE ASFALTOS OF 40-16

limo. Senhor

Luiz Antônio Ehret Garcia

Diretor de Infraestrutura Rodoviária

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT Brasília/DF

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DNIT-SEDE

PROTOCOLO GERAL-RECEBEMOS

EM 19

Assunto: Construção e manutenção de pontes e viadutos - Necessidade de impermeabilização - maior durabilidade e redução de custos

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS DE ASFALTOS - ABE DA, inscrita no CNPJ sob o n.e 29.105.970/0001-33, estabelecida à Rua da Ajuda, ne 35 salas 1106/1107 - Centro - Rio de Janeiro/RJ, vem, respeitosamente, perante V. Sa., prestar informações relevantes a esse colendo órgão, no que diz respeito à importância da impermeabilização de viadutos e pontes, conforme será exposto a seguir:

1. A ABEDA, fundada em 1966, é uma entidade de classe que congrega o setor de distribuição, produção e modificação de asfaltos e emulsões asfálticas e seus transportes, destinados à execução de serviços de pavimentação. Dentre seus principais fundamentos, a ABEDA busca promover o desenvolvimento do setor de distribuição de asfaltos, através de ações que proporcionem a excelência da atividade.

2. Nesta senda, também com fulcro no desenvolvimento e na busca por uma maior eficiência alocativa dos recursos financeiros destinados às obras patrocinadas pelo DNIT, visando a durabilidade e qualidade de suas construções, cabe tecer alguns comentários sobre os normas técnicas que regem a construção de obras de arte viárias (viadutos e pontes). No presente ofício, em especial, tratamos da necessidade de se tornar obrigatória a técnica de impermeabilização de tais obras.

3. Como é sabido, a malha rodoviária no Brasil é frequentemente deteriorada por agentes endógenos, tais como chuva, veículos com carga excessiva, etc. Contudo, também é uma realidade causadora da deterioração da malha rodoviária, a falta de manutenção preventiva e corretiva, bem como aspectos oriundos dos próprios meios e materiais utilizados na construção.

4. Dita assertiva é detalhada por meio dos estudos e documentos anexos (ANEXO I), que apresentam vários elementos causadores da degradação das rodovias, em especial, das pontes e viadutos.

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5. Dentre eles, ressaltamos a falta de impermeabilização das obras de arte viárias - pontes e viadutos. Da leitura dos documentos acostados a este Ofício, vislumbra-se uma série de anormalidades estéticas e estruturais, por vezes ocultas, oriundas da ausência de impermeabilização destas obras de arte viárias, que aceleram a degradação da malha rodoviária.

6. Ainda que, num primeiro momento, a realização de obras de arte viária sem a impermeabilização do solo possa ser vista como mais económica, a longo prazo evidencia-se que o custo com as manutenções provenientes da deterioração das pontes e viadutos desmistifica o argumento inicial da "economia" e menor custo.

7. Em outras palavras, o custo com a construção e manutenção de pontes e viadutos realizadas com a utilização de impermeabilizantes, a longo prazo, é menor, se comparado com o custo com estas obras sem impermeabilização.

8. A maior eficiência e durabilidade das obras estão dispostas nos estudos anexos (ANEXO II). Inclusive, colaciona-se casos concretos no Brasil e no exterior, que reforçam a importância da impermeabilização destas estruturas, o que resulta em maior resistência das pontes e viadutos e, consequentemente, em redução dos custos a médio/longo prazo.

9. Por todas as razões expostas, a ABEDA, com o intuito de colaborar com o Poder Público, vem sugerir uma parceira entre DNIT e o Comité Técnico de Impermeabilização da ABEDA, para a promoção de debates para o fomento e subsídio ao processo de elaboração de procedimentos e normas do DNIT para os novos projetos de pontes e viadutos, assim como para a manutenção dos existentes, visando a garantia da qualidade dos serviços contratados e, em última análise, o atendimento ao princípio constitucional da eficiência pela Administração Pública.

Na certeza da boa acolhida por V. Sas., subscrevemos.

Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos

Com cópia para:

Dr. André Martins de Araújo - Diretor de Planejamento e Pesquisa

Dr. Luciana Michele Dellabianca - Coordenadora do Instituto de Pesquisa Rodoviária Dr. Edmarques Magalhães - Coordenador-Geral de Estudos e Pesquisa

Rua da Ajuda, 35 gr. 1106 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-915 Tel/fax: (21) 2533-2803 - E-mail: abeda@abeda.org.br - www.abeda.org.br

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS ff A ^ , DISTRIBUIDORAS DE ASFALTOS

Nos últimos anos, a agressividade atmosférica aumentou em decorrência do processo de industrialização, do aumento da concentração do gás carbónico emitido para a atmosfera, o que juntamente com a penetração d água acarreta efeitos de corrosão precoce e carbonatação acelerada das estruturas.

A cada nova fissura que surge em uma peça de concreto armado exposta, a umidade (liquida ou sob a forma de vapor) penetra e reage corroendo a armadura, neste processo de corrosão ocorre a expansão da mesma, que força o concreto de dentro para fora, causando o alargamento ou surgimento de novas fissuras, pelas quais entra mais água e assim temos um ciclo vicioso, que pode iniciar com uma patologia e pode levar a estrutura ao colapso se o ciclo não for interrompido. Expansão das armaduras

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Corrosão das armaduras Fissuras Patologia Colapso da estrutura Penetração da água

E as patologias (fissuras) podem ser vistas em várias estruturas em todas as partes do país. Nas obras de arte especiais frequentemente vemos patologias, com armaduras expostas e já com deterioração.

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ANEXO f PATOLOGIAS 1. Introdução

O Comité Técnico de Impermeabilização da ABEDA, com o objetivo de propor soluções técnicas específicas para obras de arte especiais. Tendo em vista a deterioração das estruturas de concreto armado, pela ação da deletéria da água, e o grande número de patologias existentes neste tipo de obras pelo país afora, sejam as estruturas geridas pelas esferas federais, estaduais ou municipais. Se a água ataca o concreto armado presente nas pontes e viadutos, estas patologias podem oferecer riscos aos usuários, tanto estéticos quanto de ruptura e possíveis desastres. Estes riscos podem ser potencializados principalmente nas obras onde existem caixões perdidos, pois neste caso quando se percebe visualmente um ponto de corrosão externo, dentro do caixão a estrutura estará num grau de degradação maior por conta do ambiente fechado e úmido devido a presença das infiltrações advindas da falta ou falha de impermeabilização.

Este Comité Técnico entende que podemos contribuir de forma técnica para fomentar de dados, conhecimento, e apoio aos órgãos competentes por gerir, desenvolver projetos, fiscalizar construções bem como construtores, especificadores, equipes de manutenção, concessionárias, etc. Com foco na proteção das estruturas para garantir a segurança dos usuários, e aumento da expectativa de vida útil da estrutura e redução de custos de manutenção.

2. Patologias ligadas à falta de impermeabilização

Nos tempos antigos, o pouco conhecimento técnico em relação ao uso dos materiais como o concreto armado permitiu que as construções fossem executadas tendo como principal característica a resistência mecânica. Isto demostrava a solidez e resistência da peça para superar qualquer imposição do meio. Entretanto pouco conhecimento se tinha, ou era ignorado sobre da interação do elemento de concreto armado com o meio externo e as agressividades por este imposta.

Atualmente o conhecimento está mais maduro, com diversos estudos e trabalhos a respeito das patologias das causadas nas estruturas de concreto armado devido a exposição à agressividade do meio. O que exige um tratamento diferenciado àquele antes dado a elas.

Entendendo que o "envelhecimento" das estruturas está diretamente relacionado à exposição dos materiais construtivos com o meio ambiente externo ao longo do tempo, estes efeitos surgem sobre a forma de patologias nas construções.

Quando na fase de projeto, se estuda todas as variáveis e desenvolve-se um sistema construtivo com capacidade de atender a todos os requisitos de desempenho e durabilidade. Porém, o surgimento de patologias pode

comprometer a vida útil de qualquer construção.

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Rua da Ajuda, 35 gr. 1106 - Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-915 Tel/fax: (21) 2533-2803 - E-mail: abeda@abeda.org.br - www.abeda.org.br

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Todas estas patologias poderiam ser evitadas com o uso de um sistema impermeabilizante adequado, seguindo um projeto de Impermeabilização, que avaliasse todas as condições adversas do meio ao qual a obra de arte esta inserida. Ou ainda com a adequada manutenção ao longo da vida útil da estrutura.

A recém-lançada ABNT 15585, também conhecida como "norma de desempenho", exige que os projetistas desenvolvam não somente o projeto, mas também um "Manual do Usuário", onde lá estão descritos a periodicidade e os tipos de manutenção que a estrutura deve passar ao longo da Vida Útil de Projeto para que esta possa atender ao desempenho para o qual foi projetada.

De uma forma simplificada o que a norma exige é que as manutenções sejam preventivas (mais baratas e eficientes), visando aumentar a segurança dos usuários e a vida útil do empreendimento. Trazendo isto para o caso das obras de arte especiais, devemos entender que não basta projetar e executar e sim monitorar e propor manutenções periódicas como forma de garantir que a estrutura atenda ao desempenho de projeto pelo tempo de vida projetado.

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ANEXO II

Norma de Desempenho e Conceito de Durabilidade

Quando se fala em desempenho, o conceito mais comum é o comportamento esperado de um determinado indivíduo ou objeto, por um determinado período. Entretanto existe uma grande confusão com relação aos conceitos de durabilidade, e expectativa de vida ou vida útil de projeto.

Nesta linha a ABNT 15585, descreve de forma a esclarecer estes conceitos. Por exemplo, Durabilidade ou Vida útil, são medidas individuais, ou seja, se dois produtos (equipamentos, edifícios, ou empreendimento) idênticos forem construídos e produzidos de forma idêntica ainda assim cada um terá uma durabilidade ou vida útil diferente, pois depende das características de operação manutenção, etc.

Quando se fala em vida útil de projeto ou expectativa de vida, estamos falando tempo médio de vida útil, com base na análise do método construtivo, das manutenções necessárias para manter a funcionalidade, etc.

Estes conceitos se aplicam a tudo, por exemplo, quando falamos em expectativa de vida de um cidadão brasileiro, de acordo com o IBGE é em torno de 75 anos. Naturalmente sabemos que a vida útil de cada cidadão depende de uma série de fatores que farão com que alguns tenham uma vida útil bem inferior ou superior a esta média.

Trazendo isto para as obras de arte especiais um projeto bem elaborado, com boas técnicas pode criar uma obra com expectativa de vida de 50 anos, porém se não houver avaliações ou manutenções periódicas, um dano causado por um agente externo pode danificar a estrutura, causando um colapso e reduzindo a vida útil da mesma.

É importante quando se trata de vida útil, entender que as técnicas empregadas para a proteção da estrutura estão diretamente ligadas à durabilidade desta. Por vezes estruturas são dimensionadas buscando um determinado desempenho (resistir a determinadas cargas, suportar abalos, etc), porém com baixa resistência a condições e agressividades climáticas. Esta proteção contra o ambiente e suas agressões chamamos de Impermeabilização.

Naturalmente a eficiência de um sistema impermeabilizante depende da capacidade de entender e dimensionar devidamente os componentes deste e as agressões das quais queremos proteger a estrutura. Neste ponto o Projeto de Impermeabilização (tratado na ABNT NBR 9575) é de extrema importância.

Rua da Ajuda, 35 gr. 1106 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-915 Tel/fax: (21) 2533-2803 - E-mail: abeda@abeda.org.br - www.abeda.org.br

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