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FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

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Academic year: 2021

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FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS Título do Projeto:

Contracepção masculina e fatores relacionados ao uso de preservativos em universitários. Grande Área e Área de Conhecimento

- Grande área: Ciências da Saúde - Área de conhecimento: Farmácia

Justificativa

Existe atualmente uma diversidade de métodos contraceptivos disponíveis no mercado e sua escolha pode ser influenciada por muitos fatores como custo, comodidade e aspectos clínicos do paciente. Vasectomia, laqueadura, preservativo masculino e feminino, pílula hormonal, anticoncepcional injetável, Dispositivo Intra-Uterino (DIU), diafragma, são considerados métodos bastante efetivos (LUPIÃO; OKAZAKI, 2011). Dentre estes, estudos mostram que o preservativo masculino é o método mais conhecido e utilizado entre os adolescentes. Os resultados indicam ainda uma maior participação dos homens no uso de métodos anticoncepcionais, confirmando uma tendência que vem sendo apontada nos últimos anos no Brasil (DUARTE et al., 2003; MARTINS et al., 2006).

A contracepção é um aspecto importante não apenas para o atendimento de necessidades individuais em relação à gravidez, mas também para o controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST’s (PARIZ; MENGARDA; FRIZZO, 2012). Nesse aspecto, somente o preservativo, usado de modo correto, garante a proteção contra uma DST.

A maneira de se utilizar o preservativo como método contraceptivo pode gerar, muitas vezes, uma infinidade de dúvidas, como a forma correta de colocá-lo, reações alérgicas possíveis e até mesmo garantia de qualidade pelos fabricantes. Essas dúvidas podem também ser oriundas de certo constrangimento na hora da compra ou aquisição do método, podendo tornar o método ineficiente, pois uma vez utilizado de forma inadequada o indivíduo pode ser surpreendido pelo rompimento do preservativo. Estratégias como monitorar se há outros consumidores na loja/farmácia, evitar pedir ajuda aos vendedores e esconder o produto no momento da compra, são maneiras que os adolescentes encontram para diminuir o constrangimento, comprometendo as possibilidades de sanar as suas dúvidas (PICCA; JOOS, 2009).

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O uso do preservativo é algo que os indivíduos acreditam ser simples e seguro, porém ainda é sugestivo às falhas. Na prática, o preservativo masculino ainda possui um índice de falha de 3 a 12% segundo Moreira (2011). Portanto, apesar da alta eficácia do preservativo como método contraceptivo e de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, falhas e acidentes no seu uso podem ocorrer durante o ato sexual, reforçando ainda mais a desconfiança com relação ao método. Os fatores de risco para o escape ou ruptura do preservativo estão relacionados com as más condições de armazenamento, a não observação do prazo de validade ou da sua baixa qualidade de fabricação. Além disso, a colocação e o uso inadequado podem levar ao rompimento do preservativo (FIGUEIREDO, 2010; REIS; GIR, 2005).

Cabe ressaltar neste momento, que há na atualidade pesquisas sobre novos métodos contraceptivos que possam ser adotados pelos homens como o divulgado por Rascado e colaboradores (2012) sobre uma pesquisa que buscou desenvolver um protótipo de contraceptivo oral masculino, obtendo testes bem sucedidos com camundongos machos. Entretanto, apesar de na primeira impressão acreditar-se que isso seja válido para a população, é indagador quanto à aceitação do homem frente ao possível novo método (Rascado et al., 2012).

Sabendo que hoje em dia a igualdade de gêneros está ganhando cada vez mais amplitude com campanhas promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), uma delas de forte impacto vem sendo a He For She (Ele para Ela), onde se estimula um comportamento diferente do homem moderno, principalmente dos adolescentes quanto à adesão aos novos métodos contraceptivos e do conhecido preservativo, visando os novos pensamentos igualitários no cuidado da saúde. Entretanto, ainda há uma diferença na forma de pensar entre homens e mulheres quanto a contracepção, que por muito tempo foi visto como algo exclusivo da mulher (OLIVEIRA et al, 2015).

Diante do exposto, a contracepção masculina norteará esse estudo com o intuito de investigar sobre a adoção e aceitação dos métodos contraceptivos voltados à população masculina pelos acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior, bem como buscar informações quanto ao modo de utilização e conhecimentos acerca do preservativo masculino, buscando assim contribuir na divulgação de estratégias para a melhoria da efetividade no uso deste método.

Objetivos Objetivo Geral

Investigar a utilização do preservativo masculino pelos acadêmicos de Instituição de Ensino Superior, bem como a aceitação para o uso de novos métodos contraceptivos masculinos.

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Objetivos específicos

• Identificar o perfil do acadêmico como idade, estado civil, curso de graduação;

• Verificar o nível de conhecimento dos acadêmicos quanto ao modo de utilização do preservativo masculino;

• Levantar a frequência de utilização do preservativo masculino pelos acadêmicos nas relações sexuais;

• Investigar a ocorrência de falhas na utilização do preservativo masculino pelos acadêmicos nas relações sexuais, bem como os tipos mais frequentes de problemas no uso;

• Identificar a aceitação dos acadêmicos para a adoção de novos métodos contraceptivos que possam surgir no mercado, voltados à população masculina, bem como preferências para o tipo de método como via de administração, período de uso, reversibilidade, outros.

Metodologia

TIPO DE ESTUDO: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal quantitativo com seleção aleatória da amostra. Serão distribuídos questionários autoaplicativos com a intenção de obter informações sobre o uso de métodos contraceptivos pela população estudada.

POPULAÇÃO E AMOSTRA: A população da pesquisa envolverá acadêmicos do primeiro ano de graduação de uma instituição de ensino superior do Sul do Estado de Santa Catarina, Campus localizado na cidade de Tubarão. A universidade é composta por 45 cursos presenciais que estão organizados em quatro áreas: CPCA - Produção, Construção e Agroindústria; CSBES - Saúde e Bem Estar Social; CSDNS - Sociais, Direitos, Negócios e Serviços; CEHA - Educação, Humanidades e Artes. Adotando-se o procedimento de amostragem aleatório, com base em estudos anteriores (ALANO; COSTA; MIRANDA; GALATO, 2012; SOUZA; BONA; GALATO, 2007), inicialmente será realizado o sorteio de 12 cursos, sendo a amostra composta por três representantes de cada uma das áreas apresentadas anteriormente. Devido à variação de número de alunos matriculados nos cursos, o sorteio e cálculo da amostra serão realizados no início do semestre letivo em que será realizada a coleta de dados.

PROCEDIMENTO PARA A COLETA DE DADOS: Inicialmente será feito o levantamento dos cursos presenciais com turma matriculada para fazer o sorteio dos cursos. A partir disso, será realizada a apresentação do trabalho a coordenação dos cursos sorteados e a solicitação de permissão para realizar a coleta de dados, o que inclui também o levantamento dos

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homens matriculados no primeiro e segundo semestres do curso. Após essa etapa, o aluno pesquisador irá até as salas de aula dos cursos sorteados e aplicará o questionário aos alunos que não se opuserem a responder e aceitarem participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O tempo estimado para a aplicação será entre 10 a 20 minutos para cada turma e ocorrerá durante os meses de junho e julho de 2017.

O critério de inclusão será cursar o primeiro ou o segundo semestre da graduação, pertencer aos cursos sorteados e estar presente na sala de aula no momento da aplicação do instrumento. O critério de exclusão será possuir idade inferior a 18 anos ou não assinar o TCLE.

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: O questionário estruturado iniciará com a identificação do perfil do entrevistado e o questionamento se o participante utiliza método contraceptivo preservativo nas relações sexuais, além de questões referentes ao interesse por novos métodos de contracepção masculina e suas preferências para o método. Em seguida, somente àqueles que usarem preservativo darão continuidade ao preenchimento do instrumento, sendo então coletadas informações quanto a utilização do método como o motivo para uso, reações alérgicas, ocorrência de gravidez, falhas do preservativo, dentre outras.

Será realizado um pré-teste envolvendo 10% da amostra, a fim de avaliar a legibilidade e aplicabilidade do instrumento. Caso ocorra necessidade de ajustes no questionário, os mesmos serão realizados. Os dados desta etapa não serão incluídos na pesquisa.

LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS: A partir dos dados coletados será criado um banco de dados no programa Excel e analisados no Epi Info versão 7.1.3.®. Será calculada a média, mediana e desvio padrão para as variáveis contínuas e proporções para as variáveis categóricas. Para analisar a associação entre a variável de desfecho (uso de preservativo masculino e interesse em novos métodos masculinos de contracepção) e as variáveis de exposição (perfil dos entrevistados) será adotado o teste do Qui-quadrado e teste de Fischer. O nível de significância pré-estabelecido será de 95%. Valor de p menor que 0,05 serão considerados estatisticamente significativos.

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS: Este projeto será construído de acordo com as recomendações da Resolução n. 446 de 11 de agosto de 2011 do Conselho Nacional de Saúde e será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa para avaliação. A coleta de dados será iniciada somente após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética.

Resultados Esperados

Embora as conversas sobre relações sexuais entre colegas e amigos possam contribuir para a expansão do conhecimento sobre a descoberta sexual de cada um, para a expressão do

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pensamento e de novas ideias, importante destacar que as informações sobre contracepção necessitam de conversas mais amplas e orientadas por profissionais da área da saúde. Este estudo pretende estimular a discussão sobre os métodos contraceptivos adotados no meio acadêmico pelos homens, o conhecimento e o perfil de utilização do método preservativo visando a identificação de lacunas de informações a serem cobertas pelos profissionais de saúde a fim de contribuir na educação em saúde para se evitar uma gravidez não planejada e o crescente número das doenças sexualmente transmissíveis.

Além disso, conhecer a aceitação por parte da população masculina de outros métodos contraceptivos que possam surgir no mercado, bem como as necessidades e preferências do gênero, podendo contribuir para o mundo científico estimulando novas pesquisas para a busca de outros métodos contraceptivos baseados no perfil do público masculino.

Dessa forma, a pesquisa contribuirá para o conhecimento da utilização de preservativos por homens no meio acadêmico, possíveis motivos de falhas de uso do método, além de fornecer subsídios para a discussão sobre uma necessidade de maior diversidade dos meios contraceptivos para o homem, estimulando assim pesquisas subsequentes nessa área.

CRONOGRAMA

Atividades planejadas/2017 mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev Revisão bibliográfica (bolsista) x x x x x x x x x x Submissão ao Comitê de Ética

em Pesquisa (orientador e bolsista) x x x Elaboração do questionário (orientador e bolsista) x x x Aplicação prévia do questionário (bolsista) x

Coleta de dados (bolsista) x x Elaboração do banco de dados

(orientador e bolsista) x x x

Confecção do relatório final

(orientador e bolsista) x x x

Elaboração do resumo expandido (orientador e

bolsista)

x x * O cronograma previsto para a coleta de dados da pesquisa somente será executado caso o projeto seja aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e o início da coleta de dados será somente após a aprovação pelo mesmo.

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Infraestrutura

Infraestrutura já existente na UNISUL

Utilização do espaço do Serviço de Atenção Farmacêutica como via de estudo, orientações e análises dos resultados com a orientadora. Utilização da biblioteca universitária e laboratório multimídia. Necessidade de reprodução de cópias (Xerox) preto e branco/A4, aproximadamente 1400 cópias.

______________________________________________________________________ Infraestrutura não existente na UNISUL

Não se aplica.

Referências Bibliográficas

ALANO, Graziela et al. Conhecimento, consumo e acesso à contracepção de emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa Catarina. Revista Ciência e Saúde Coletiva, 2012;17(9):2398-2399. Disponível em:

/www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000900020&lng=pt>. DELATORRE, Marina Zanella; DIAS, Ana Cristina Garcia. Conhecimentos e práticas sobre métodos contraceptivos em estudantes universitários. Revista Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo, 2015;16(1):60-73. Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S167729702015000100006&lng=pt&nrm=iso>.

DUARTE, Graciana Alves et al. Participação masculina no uso de métodos contraceptivos. Caderno Saúde Pública, 2013;19(1):207-216. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2003000100023&lng=en& nrm=iso>.

FIGUEIREDO, Regina. Uso de preservativos, risco e ocorrência de gravidez não planejada e conhecimento e acesso à contracepção de emergência entre mulheres com HIV/Aids. Revista Ciência Saúde Coletiva, 2010;15(1):1175-83. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232010000700026&lng=en& nrm=iso>.

ISABELLA, Giuliana; BARROS, Lucia Salmonson Guimarães; MAZZON, José Afonso. A Influência do Constrangimento do Consumidor. Revista de Administração Contemporânea, 2015;19(5):626-48. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rac/v19n5/1982-7849-rac-19-5-0626.pdf>.

LUPIÃO, Andreza C; OKAZAKI, Egle LFJ. Métodos anticoncepcionais: revisão. Revista de Enfermagem UNISA, 2011;12(2):136-41. Disponível em:

<http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2011-2-11.pdf>.

MARTINS, Laura B. Motta et al. Fatores associados ao uso de preservativo masculino e ao conhecimento sobre DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do município de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública, 2006;22(2):315-23.

MENDES, Stéfani de Salles et al. Saberes e atitudes dos adolescentes frente à contracepção. Revista Paulista de Pediatria, 2011;29(3):385-91.

Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010305822011000300 013>.

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MOREIRA, Lília Maria de Azevedo. Métodos contraceptivos e suas características. IN: Algumas abordagens da educação sexual na deficiência intelectual [online]. 3ª ed. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2011; 22(3):125-137. Disponível em:

<http://books.scielo.org>.

OLIVEIRA, Lúcia de Fátima Rodrigues et al. Adesão de adolescentes à camisinha masculina. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 2015;7(1):1765-73. Disponível em: <file:///C:/Users/Cliente/Downloads/3467-22579-2-PB.pdf>.

RASCADO, Ricardo et al. Cientistas criam protótipo de anticoncepcional masculino. Centro de Farmacovigilância da UNIFAL. Disponível em:

http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/sites/default/files/Boletim_010.pdf.

REIS, Renata, K; GIR, Elucir. Dificuldades enfrentadas pelos parceiros sorodiscordantes ao HIV na manutençao do sexo seguro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2005;13(1):32-37. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0

104-11692005000100006&lng=pt&nrm=iso>.

SILVA, Edna Lúcia. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4ª ed. Revista Atual, Florianópolis: UFSC, 2005.

SOUZA, Fernanda G; BONA, Janaina C. de; GALATO, Dayani. Comportamento de jovens de uma universidade do sul do Brasil frente à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, 2007;19(1):22-29. Disponível em: /www.dst.uff.br//revista19-1-2007/4.pdf>.

BASES DE DADOS DE ACESSO LIVRE E ASSINADAS PELA UNISUL: http://www.bvs-psi.org.br/php/index.php

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?lng=en http://www.scielo.br/

Referências

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