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PEDAGOGIA DO MOVIMENTO: ANÁLISE DAS BASES DE EDUCAÇÃO DO MST

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PEDAGOGIA DO MOVIMENTO: ANÁLISE DAS BASES DE

EDUCAÇÃO DO MST

Kamila Karine dos Santos Wanderley(1); Leidson Ferreira Martins(2). (1)

Universidade Estadual da Paraíba, kamilakarinesw@hotmail.com; (2)Universidade Federal da Paraíba, leidsonmartins@hotmail.com

RESUMO

Apresentamos uma análise da trajetória de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra para constituir uma Educação Popular do campo no Brasil, a partir das concepções de educação na perspectiva da Pedagogia do Movimento. Tendo como objetivos específicos: analisar a educação na perspectiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; identificar e analisar os princípios filosóficos e pedagógicos; e investigar o cenário atual das políticas públicas para as escolas em áreas de acampamentos e assentamentos. A pesquisa qualitativa utiliza a análise de documento do MST e das politicas da Educação do Campo. As obras que foram referenciais centrais deste trabalho são de autoria de: Caldart (2003, 2004), Batista (2007), Savali (2000), Morissawa (2001) entre outros.

Palavras Chaves: Pedagogia do Movimento, Educação do Campo, Educação da classe trabalhadora.

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas em, nosso país, a educação para as classes populares tem sido objeto de luta para os Movimentos Sociais em consequência da seletividade e da desigualdade educacional histórica vigente no Brasil. As repercussões desse movimento que ocorrem principalmente no campo se transformaram em projetos educativos que fomentaram o desenvolvimento da Educação Popular, que se desenvolveu tanto no campo quanto na cidade ao longo das últimas seis décadas. As populações camponesas indiscutivelmente foram as que mais sofreram nesse processo de exclusão socioeducacional, por isso, a educação como um recurso imprescindível para a vida logo entrou na pauta de luta dos Movimentos Sociais do campo.

O artigo visa apresentar uma análise da trajetória de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra para constituir uma Educação Popular do campo no Brasil, a partir das concepções de educação na perspectiva da Pedagogia do Movimento. Tendo como objetivos específicos: analisar a educação na perspectiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; identificar e analisar os princípios filosóficos e

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pedagógicos; e investigar o cenário atual das políticas públicas para as escolas em áreas de acampamentos e assentamentos.

O texto apresentado integra a pesquisa base do trabalho de conclusão de curso intitulado “A Luta do MST por uma Escola do Campo no Assentamento Zumbi dos Palmares, Município de Mari/Pb”, defendido em março de 2015, no curso de Pedagogia com Área de aprofundamento em Educação do Campo - Campus I/UFPB.

2. METODOLOGIA

A orientação teórico-metodológica adotada para realização deste trabalho segue uma abordagem qualitativa, de análise crítica e aprofundada do objeto de estudo. Para Golsalves (2003, p. 63), a metodologia é caracterizada como uma das partes essenciais de pesquisa acadêmica e é entendida como o “caminho e o instrumental próprio para abordar aspectos do real, a metodologia inclui concepções teóricas, técnicas de pesquisa e a criatividade do pesquisador”. Nessa pesquisa procuramos observar, refletir, e analisar a Educação do Campo sob a perspectiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Assim, as referências bibliográficas que fazem estudos analíticos ou interpretativos sobre a Educação do Campo foram importantes para a compreensão do objeto de pesquisa. As obras que foram referenciais centrais deste trabalho são de autoria de: Caldart (2003, 2004), Batista (2007), Savali (2000), Morissawa (2001) entre outros.

Alguns termos encontrados ao longo do texto foram retirados do Dicionário da Educação do Campo (CALDART et al. 2012), no qual possui conceituações de vários verbetes, que permitem entender o fenômeno da Educação do Campo, como também a diversidade de manifestações presentes nas ocupações, marchas, caminhadas, romarias, etc. Desse modo, foi de suma importância o acesso a essa obra.

Para desenvolver os objetivos propostos pelo artigo o texto foi organizado com esta introdução e dois itens: A Educação na perspectiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; e Política educacional brasileira atual e sua incidência sobre as políticas públicas.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 A Educação na perspectiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Segundo Morissawa (2001), desde dos primeiros anos de luta o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), tinha como prioridade a conquista da terra, pois ela representava a possibilidade de trabalho, de produção e uma vida com mais dignidade no campo. Entretanto, com a fundamentação dessa consciência crítica, com o decorrer dos anos e com a luta desses sujeitos coletivos adquirindo cada vez mais um nível de organização política no movimento, compreenderam que isso não era o bastante.

Vislumbraram que a luta exige não apenas conhecimentos de assuntos políticos, práticos, como também a compreensão da conjuntura política, de financiamentos bancários e aplicação de tecnologias e reconhecendo a defasagem educacional que atingia a população camponesa e a deficiência das escolas localizadas no campo. Sendo assim, a educação tornou-se prioridade para o movimento por ser ela junto com a terra e outras políticas sociais, um importante instrumento para transformação de qualquer sociedade. O movimento passou a defender uma educação capaz de municiar adequadamente um grupo social organizado a lutar pelos seus direitos.

No ano de 1987 o Setor de Educação do MST é articulado nacionalmente. Savali (2000) complementa:

Desde o início da história da relação do MST com a escolarização houve uma preocupação em discutir a questão sobre por qual tipo de escola se estavam lutando. Em todas as reuniões o centro de discussão girava torno do mote: uma escola diferente. Com essa adjetivação, acampados e assentados sintetizavam a sua crítica à escola que conheciam: seja aquela em que tinham estudado, seja aquele que seus filhos já tinham frequentado antes do seu engajamento na luta pela terra. (SAVALI, 2000.p. 22).

No Setor de Educação foram elaborados direcionamentos de uma política de educação que se fundamenta segundo Batista (2007), no respeito pelos saberes dos povos do campo associada à construção de um desenvolvimento de formação política de seus militantes que, organicamente, contribua na construção desse Movimento.

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em matrizes pedagógicas, que colaboram com o processo de ensino e aprendizagem. A terra significa espaço de vida, de produção, identidade e de cultura em que ela tem múltiplos significados. Por isso, torna-se importante retomar essa discussão no âmbito das experiências dos movimentos sociais populares do campo, a fim de mostrar seu protagonismo no terreno da Educação do Campo e da construção de espaços de valorização da história e memória dos assentados e acampados (BATISTA, 2007). Neste sentido, Caldart (2004) propõe:

Olhemos para história de formação deste novo sujeito social chamados Sem Terra, buscando enxergar nela uma pedagogia, ou seja, um modo de produzir gente, seres humanos que assumem coletivamente à condição de sujeitos de seu próprio destino social e humano. (BATISTA, 2007, p. 19)

Segundo D’Agostine (2009), a educação das crianças Sem Terra foi reafirmada no documento do MST aprovado no seu 6º Encontro Nacional, em 1991. Essa educação “diferenciada” auxilia na “formação dos militantes do desse e de outros movimentos sociais com afinidade de projeto político para o avanço da produção e da organização coletiva” D’Agostine (2009, p. 114). Tem como ponto de partida a realidade vivida pelos Sem Terra, a fim de proporcionar conhecimentos e experiências concretas para a superação desta realidade. Neste Encontro, foi possível definir os princípios para educação do MST (2005, p.29):

a) ter o trabalho e a organização coletiva como valores educativos fundamentais;

b) integrar a escola na organização do assentamento; c) formação integral e sadia da personalidade da criança;

d) a prática da democracia como parte essencial do processo educativo; e) o professor deve ser sujeito integrado na organização e interesses do assentamento;

f) a escola e a educação devem construir um projeto alternativo de vida social;

g) uma metodologia baseada na concepção dialética do conhecimento. Construiu-se, assim, uma concepção de educação pautada na formação baseada na realidade da luta pela terra, no trabalho e na produção a partir dos princípios da cooperação, do trabalho coletivo e socialmente útil. É possível encontrar no Dossiê MST Escola (MST, 2005) os principais documentos produzidos pelo MST, entre 1990 a

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2001, sobre a sua proposta de educação. Para D’Agostine (2009, p. 115) “Construíram um planejamento curricular em todos os âmbitos, através de temas geradores, conteúdos socialmente úteis e na relação trabalho, produção e estudo, ou seja, na relação teoria e prática de forma orgânica e verdadeira”.

O Coletivo Nacional de Educação elaborou /sistematizou os princípios filosóficos e pedagógicos da educação do MST. Nesta conjuntura foi possível reconhecer: os princípios humanistas e socialistas; elementos da teoria marxista, das pedagogias contra-hegemônicas (principalmente da obra Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, a influência dos pedagogos russos e do cubano José Martí); e o socialismo como horizonte histórico (D’Agostine, 2009). Vejamos os princípios filosóficos e pedagógicos da educação do MST (2005, p. 161-177):

a) Princípios Filosóficos:

1. Educação para a transformação social; 2. Educação para o trabalho e a cooperação;

3. Educação voltada para as várias dimensões da pessoa humana; 4. Educação com/para valores humanistas e socialistas;

5. Educação como processo permanente de formação e transformação humana.

b) Princípios Pedagógicos: 1. Relação entre teoria e prática;

2. Combinação metodológica entre processos de ensino e de capacitação; 3. A realidade como base da produção do conhecimento;

4. Conteúdos formativos socialmente úteis; 5. Educação para o trabalho e pelo trabalho;

6. Vínculo orgânico entre processos educativos e processos políticos; 7. Vínculo orgânico entre processos educativos e processos econômicos; 8. Vínculo orgânico entre educação e cultura;

9. Gestão democrática;

10. Auto-organização dos/as estudantes;

11. Criação de coletivos pedagógicos e formação permanente dos educadores/ das educadoras;

12. Atitude e habilidade de pesquisa;

13. Combinação entre processos pedagógicos coletivos e individuais

A Pedagogia do Movimento tem em seus princípios a contribuição da educação popular. Para D’Agostine (2009), tem nas obras de Paulo Freire ideias como “aprender a ler o mundo”, “todo ato pedagógico é um ato político” e através da sistematização curricular em temas geradores. Identifica-se na forma de fazer educação a importância da realidade e na estruturação de um currículo centrado na prática. Para o Coletivo Nacional de Educação, existe uma possibilidade de transformação da realidade por meio

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dos temas geradores. Articulam-se os conteúdos para o entendimento e compreensão retornando à prática social possibilitando na resolução dos problemas levantados por educadores, estudantes e comunidade (D’Agostine, 2009).

3.2 Política educacional brasileira atual e sua incidência sobre as políticas públicas

É necessário entender que a escola é apenas uma parte dessa experiência. Os Sem Terra são sujeitos sociais e culturais e realizaram sua luta e vivenciam seus valores e comportamentos de uma forma peculiar. A Pedagogia do Movimento “Trata-se de uma pedagogia que tem como sujeito educador principal o MST, que educa os sem-terra enraizando-os em uma coletividade forte, e pondo-os em movimento na luta pela sua própria humanidade” (CALDART, 2004, p. 19).

Nos momentos de luta e conquista de terra, o movimento reivindica o acesso à educação e à escola que deverá oferecer atividades complementares assegurando condições de aprendizagem aos estudantes que estão em acampamentos e em assentamentos. Para Caldart (2003) as ações são carregadas de significados culturais, “cada ação traz junto o jeito de ser humano que estas pessoas carregam; o peso formador das circunstâncias objetivas de toda sua existência anterior e o tipo de educação que receberam ou viveram” (CALDART, 2003, p. 54). Essas ações coletivas costumam ser a negação de algumas tradições que marcaram suas vidas, e o significado de valores que “aprendem” no processo pedagógico do movimento.

O movimento também reivindica formação inicial e continuada de professores que proporcione aos docentes o conhecimento de estratégias pedagógicas, materiais didáticos e de apoio pedagógico, bem como procedimentos de avaliação que considerem a realidade cultural, social e profissional do estudante como parte do cumprimento do direito à educação.

A luta do MST, em particular, também foi responsável pela criação das experiências das Escolas Itinerantes iniciadas na década de 1980, quando foram construídas as escolas no Acampamento da Encruzilhada Natalino, no Rio Grande do Sul (RS), naquele momento, denominadas de “Escolas de Acampamentos”, depois foram conquistadas Escolas Itinerantes, em seguida, reconhecidas pelos órgãos públicos

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do Rio Grande Sul em 19 de novembro de 1996.

Nas escolas dos assentamentos, como é comum nas escolas rurais do Brasil, apresenta um conjunto de problemas e dificuldades: a insuficiência e a precariedade das instalações físicas da maioria das escolas; as dificuldades de acesso dos professores e alunos por falta de um sistema adequado de transporte escolar; a falta de professores habilitados e efetivados, o que provoca constante rotatividade; currículo escolar que privilegia uma visão urbana de educação e desenvolvimento; a ausência de assistência pedagógica e supervisão escolar nas escolas rurais; o predomínio de classes multisseriadas com educação de baixa qualidade; a falta de atualização das propostas pedagógicas das escolas rurais; baixo desempenho escolar dos alunos e elevadas taxas de distorção idade-série; baixos salários e sobrecarga de trabalho dos professores, quando comparados com os dos que atuam na zona urbana (MEC/Inep, 2007).

De acordo com o resultado da Pesquisa Nacional da Educação na Reforma Agrária (Pnera), no ano de 2005, apesar dos esforços empregados pelos movimentos sociais a educação nos assentamentos rurais ainda é precária. A pesquisa abrangeu um diagnóstico da educação nos assentamentos de reforma agrária no Brasil. Segundo dados da pesquisa, identificou-se 8.679 escolas nos 5.595 assentamentos cadastrados pelo Incra em todo o País. Das cadastradas, cerca de ¼ das escolas funcionam em instalações improvisadas, como galpão, rancho, paiol, casa de farinha, casa de professor, igreja e outros. Em construções provisórias são 29,3% dessas escolas; 23,9% têm cobertura de zinco ou amianto e 6,1% de palha ou sapê; 68,2% delas possuem cozinha, e apenas 7,6%, refeitório para os alunos.

O Movimento tem feito um esforço de lutas em direção às mudanças. O Programa agrário do MST, aprovado em fevereiro de 2014 no VI congresso nacional, traz expresso aspectosde uma proposta de Reforma Agrária popular. Medidas amplas sintetizam as principais pautas de reivindicações, negociações e lutas e na qualificação interna para os próximos cinco anos. Dentro dessas pautas o MST defende a educação como um direito fundamental de todas as pessoas, como é expresso no documento do VI Congresso: “O acesso à educação, no sentido de escolarização ampla, e os bens e valores culturais, são condições necessárias e imprescindíveis para a Reforma Agrária e

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para a democratização de nossa sociedade” MST (2013, p. 42).

Ainda nesta perspectiva, o MST (2013, p. 42) na luta pela Reforma Agrária e educação exige do Estado brasileiro as seguintes questões:

1. Uma educação que ultrapasse o limite do espaço físico das escolas e se mantenha vinculada a um novo projeto de desenvolvimento econômico, social, cultural e ecológico para o campo.

2. A universalização do ensino, garantido a construção de escola no meio rural e em todas as áreas de Reforma Agrária. E garantir o acesso à educação escolar, em todos os níveis e modalidades, com qualidade através de escolas públicas e gratuitas.

3. A qualificação das escolas, para que sejam também centros de pesquisas, dotadas de recursos humanos, físicos e econômicos, para promover e incentivar a irradiação de conhecimentos, técnicas e culturas no meio rural.

4. A implementação de programas massivos de formação em agroecologia em todos os níveis, desde o ensino fundamental até a universidade, em todas as regiões do país.

5. A implementação de campos de experimentação de trocas de experiências agroecológicas, de acordo com as especificidades de casa região do país, para atender as necessidades dos camponeses.

6. A realização de uma Campanha Nacional, em prazo limitado, para alfabetizar todos os jovens e adultos do meio rural e das periferias das cidades.

7. Assegurar, aos jovens e adultos das áreas de reforma agraria e comunidades rurais, o acesso à educação profissional de nível médio e a educação superior, adequado os cursos e as formas de acesso a sua permanência no campo.

O MST vem com a convicção de construção de uma nova sociedade pautada nos fundamentos dos valores socialistas e humanistas, direcionando uma nova educação e tendo como princípios: trabalho coletivo, trabalho socialmente útil, trabalho como princípio educativo, solidariedade, organização e a auto organização dos estudantes, a relação teoria e prática, entre outros (D’Agostine, 2009).

Dentro desta proposta um dos grandes desafios pedagógicos do MST tem sido fazer uma nova síntese cultural na vida das pessoas “viver como se luta, lutar como se vive”, Segundo Caldart (2003), este em sido o desafio permanente na proposta de transformação social do Movimento.

O acúmulo de lutas e proposições do MST sobre educação avançou na construção do Movimento por uma Educação do Campo, iniciado nos final dos anos 1990 que articulou vários Movimentos Sociais do campo em busca de um projeto de

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educação que atenda aos anseios e necessidades da população camponesa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A monografia “A Luta do MST por uma Escola do Campo no Assentamento Zumbi dos Palmares, Município de Mari/Pb”, deu vida à pesquisa de abordagem qualitativa, e nos apresenta indicativos que direcionam para a importância da educação compreendida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e sua contribuição para execução de programas de Educação do Campo e na formação de militantes e de educadores/as nas áreas de assentamentos e acampamentos.

Destacamos a ênfase dada ao Setor de Educação do MST que vem articulando nacionalmente ações de escolarização que discuti questões sobre o tipo de escola que se está lutando (1997-2015). A contribuição desse movimento social do campo garante o direito à Educação seja efetivado para as populações residentes no campo e possa atender as suas especificidades.

Neste sentido, consideramos que a atuação do MST, é muito rica na construção de um projeto de educação que garanta o direito dos povos do campo ao acesso e permanência na escola, pautando um projeto educacional dentro da proposta formativa com bases na Pedagogia Socialista e no embate à opressão, solidificando assim, uma proposta pedagógica que sirva à formação dos trabalhadores/as do campo e se contrapondo ao modelo urbanizado e opressor de educação.

5. REFERÊNCIAS

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construindo Territorio e a Identidade Camponesa. In: ALMEIDA, Maria de

Lourdes. P. e JEZINE, Edineide.(Orgs.).Educação e Movimentos Sociais: novos olhares. Campinas, SP: Alínea, 2007.

BRASIL/MEC. Conselho Nacional de Educação. Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Educacenso. Censo Escolar 2007.

CALDART, R. S. Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem Terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004.

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CALDART, R. S. Movimento sem terra: lições de Pedagogia. Currículo sem Fronteiras. v.3, n.1, pp. 50-59, Jan/Jun 2003.

D’AGOSTINI, Adriana. A Educação do MST no contexto educacional brasileiro. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal da Bahia – UFBA. Bahia, 2009.

MORISSAWA, Mitsue. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular, 2001.

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