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MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO NA EJA PARA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Academic year: 2021

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MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO NA EJA PARA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Marisa Francisca Galdeano Marra1*

Monalisa Andrade Martins Ferreira Borrezzi **

RESUMO: A principal preocupação deste estudo foi sobre o material didático utilizado pelos professores para a alfabetização de alunos da Educação de Jovens e Adultos– EJA, tendo em vista suas especificidades, ou seja, alunos que ingressam ou retornam à escola após terem abandonado seus estudos por motivos diversos. Para isso é preciso descobrir quem são os alunos da EJA, por que abandonaram a escola em seu tempo escolar tido como certo e por que voltaram à escola. Vários foram as políticas públicas para ‘erradicação’ do analfabetismo no país, porém aqui tomaremos como referência a década de 1940, com a implantação do primeiro programa nacional para a educação de jovens e adultos, até meados dos anos de 2003 com a criação do Programa Brasil Alfabetizado. Nesse sentido, este trabalho justifica-se por vivermos em um mundo letrado e ainda assim existir pessoas que são privadas do direito básico de aprender a ler e escrever, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988. A metodologia empregada neste estudo foi bibliográfica, com base em material publicado na literatura e em artigos científicos divulgados em meio eletrônico e fundamentado em abordagens de autores que tratam sobre o tema. Ao fim deste artigo, podemos concluir que os alunos da Educação de Jovens e Adultos são pessoas de origem humilde, que por diversos motivos abandonaram a escola e que agora a ela retornam para concluir seus estudos e ingressos num mundo letrado. Apesar de haver material didático disponibilizado pelo poder público, muitas das vezes o mesmo é confeccionado pelos professores por não atender às necessidades dos alunos de determinada comunidade.

Palavras-chave: EJA; Alfabetização; Material Didático.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como foco de estudo o material didático utilizado para alfabetização de jovens e adultos nas classes de EJA tendo em vista as especificidades dos alunos da EJA, ou seja, são alunos jovens ou adultos, que entram ou retornam à escola em busca de uma formação para sua inserção no mundo letrado.

A história da alfabetização de jovens e adultos no Brasil remonta desde a época da colonização com os jesuítas na catequização indígena, mas aqui vamos tomar como referência a partir da década de 1940, com o lançamento da Campanha de Educação de Adultos que tinha como características o caráter nacional, plano estruturado e recursos financeiros assegurados.

Ao longo da história, vários projetos nacionais de alfabetização foram criados com o objetivo de acabar com o analfabetismo no país. As políticas públicas contemplavam ações e projetos de curta duração, que não tornavam possível uma

*Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia – marisagaldeano@hotmai.com .

**Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia – monalisa230208@yahoo.com.br .

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2 educação que contasse com conteúdos relevantes à educação crítica para a formação integral do cidadão, conforme propunha Paulo Freire.

Assim, quando falamos em erradicação do analfabetismo, temos a noção de que se trata de uma “doença” que deve ser extirpada, como se as pessoas analfabetas fossem as culpadas por fazerem parte de um processo de exclusão socioeconômico e cultura a que foram submetidas por não terem concluído sua escolarização no tempo tido como certo (CORRÊA, 2009, p. 14).

Sendo assim, a escolha deste tema justifica-se devido ao fato de que como são jovens ou adultos, segundo TAMAROZZI & COSTA (2009, p. 63), vivendo em um mundo altamente informatizado, cada vez mais se faz necessário o domínio da leitura e da escrita, “que contemple o desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades”, ou seja, mais do que apenas saber ler e escrever, é preciso fazer o uso social da leitura e da escrita no dia a dia. É o que SOARES (2010) conceitua como letramento: fazer uso competente das habilidades de ler e escrever.

Neste contexto, o objetivo deste trabalho é de contribuir para o conhecimento do perfil dos alunos da EJA das classes de alfabetização, causas e motivos que os levaram a abandonar e retornar à escola, como ocorre a alfabetização dos mesmos e qual o material didático utilizado pelos professores da EJA.

Para a produção deste artigo foi realizado o método de pesquisa bibliográfica, com base em material publicado na literatura e em artigos científicos divulgados em meio eletrônico. A partir de tais conteúdos, o referido trabalho foi fundamentado em abordagens de alguns autores como CORRÊA (2009); FREIRE, (1989); MELLO (2010); SOARES (2010) e TAMAROZZI & COSTA (2009).

DESENVOLVIMENTO

O aluno da EJA

O aluno da EJA é aquele cidadão brasileiro que “não teve acesso ao direito básico constitucional de frequentar a escola no tempo previsto pela lei (6 a 14 anos)”, TOMAROZZI & COSTA (2009, p. 34). São pessoas jovens ou adultos, que possuem uma história: em sua maioria pobres; trabalhadores, desempregados ou aposentados; com experiências escolares frustradas que os levaram à evasão em algum momento da sua trajetória escolar por motivos diversos e que retornam à escola por

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3 ascensão profissional, porque precisam ensinar as tarefas aos filhos ou até mesmo pelo simples desejo de aprender a ler e escrever, aumentando assim, sua autoestima.

Segundo TOMAROZZI & COSTA (2009, p.39), conhecer o aluno da EJA é importante porque a metodologia a ser empregada pelo professor em sala de aula deve ser baseada nos alunos que compõem a mesma. Por isso, o professor deve conhecer quem são seus alunos, suas histórias, o que fazem e por que voltaram à escola e, a partir daí, montar estratégias para que a aprendizagem seja significativa e contribua para a formação do cidadão crítico, que é o objetivo da escola.

Para FREIRE (1989, p. 09), o homem possui uma leitura de mundo que vem antes da leitura da palavra, ou seja, mesmo antes de decodificar as palavras, ele possui uma forma particular de ver o mundo por causa de suas experiências anteriores. “A leitura de mundo precede a leitura das palavras”, ou seja, o aluno é a personagem principal no processo de alfabetização, ao professor cabe direcionar, mas nunca “anular a criatividade e construção da linguagem escrita e leitura desta linguagem”.

Então, quando o jovem ou adulto chega à escola, já possui um contato com o mundo letrado. Esse contato se dá através do trabalho, ao pegar um ônibus, na feira e em diversas outras atividades diárias por meio de out doors, cartazes, receitas, convites e inúmeros outros gêneros textuais que fazem parte do seu dia a dia.

Nesta mesma linha de pensamento, SOARES (2010) nos fala sobre os conceitos de alfabetização e letramento, onde alfabetização pode ser entendida como aquisição do código de leitura e escrita, e letramento como o uso social das práticas de leitura e escrita. Ao se apropriar do letramento, o indivíduo torna-se uma pessoa diferente social e culturalmente, visto que passa a pensar e a falar diferente de uma pessoa analfabeta ou iletrada.

Ainda, conforme a mesma autora

(...) um indivíduo pode não saber ler e escrever, isto é, ser analfabeto, mas ser, de certa forma, letrado (atribuindo a este adjetivo sentido vinculado a letramento). Assim, um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, (...) esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita. (Soares, 2010, p.24).

Assim sendo, a relação do adulto com o mundo da leitura e da escrita é baseada em sua necessidade de sobreviver em uma sociedade letrada.

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4 (...) o adulto percebe na carne a discriminação, a desvalorização, a estigmatização por não dominar o código da leitura e da escrita. Portanto, a aprendizagem – a decodificação do código – pelo adulto não se restringe às questões cognitivas de aquisição do código, mas vai além: o uso da leitura e da escrita é um fator de elevação da autoestima, um fator psicológico de superação e de respeito social.

Por isso nos conteúdos abordados pelo professor, conforme CORRÊA (2009, p.08) a EJA deve contemplar atividades “de toda ordem social, política, econômica e cultural à qual pertencemos”, para que a aprendizagem seja significativa e estimule o aluno a permanecer na escola.

Breve histórico

A história da Educação de Jovens e Adultos é recoberta de lutas, avanços e retrocessos. Tomando como referência a década de 1940, com o surgimento das campanhas e movimentos para alfabetização de jovens e adultos tanto da zona urbana quanto rural, com a implantação do “Plano Nacional do Ensino Supletivo para Adolescentes e Adultos Analfabetos”, pelo Ministério da Educação e Saúde e instalação da Campanha de Educação de Adultos - CEA, no ano de 1947.

Com o declínio da CEA, o governo lança uma ação de Mobilização Nacional de Erradicação do Analfabetismo – MNEA e o Sistema Rádio Educativo Nacional – SIRENA. Segundo SAVIANI (2007, p. 315), Jânio Quadros assina o Decreto nº 50.370 de 21 de março de 1961, criando o Movimento de Educação de Base de responsabilidade da igreja católica, guiado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB que tinha como principal característica a conscientização e politização do povo.

Já no início da década de 1960, um marco importante na história da educação de jovens e adultos foi o protagonismo de Paulo Freire que criou o Movimento de Cultura Popular do Recife – o MCP, que levava cultura à todos, mas considerava que as pessoas possuíam sua própria cultura, passando então a ensinar e aprender com a cultura desses povos (CORRÊA, 2009, p. 19-20). Foi a partir desse momento que ele começou a trabalhar com a alfabetização de adultos, criando seu método, “que consistia basicamente em levantar palavras e expressões de uso local” TAMAROZZI & COSTA (2009, p. 51).

Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e exilado, mas continuou sua obra mesmo fora do país, contribuindo muito para a história da educação

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5 de jovens e adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, foi Secretário de Educação do Estado de São Paulo e faleceu em 1997.

No ano de 1968 foi criado o MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, que ao longo dos seus 17 anos de existência foi o maior movimento de alfabetização do país, inspirado nos métodos de Paulo Freire, porém com uma ideologia própria.

Uma das grandes conquistas para a EJA foi a Constituição Federal de 1988 que garante a Educação Básica como direito de todos, mas, somente com a regulamentação LDB 9394/96, que inseriu a EJA como modalidade da Educação Básica, é que houve realmente uma grande conquista em relação a essa modalidade de ensino.

Desde então, outros programas para erradicação do analfabetismo foram criados: em 1997 foi lançado o PAS – Programa Alfabetização Solidária e em 2003 foi criado o Programa Brasil Alfabetizado. Apesar dos avanços alcançados com esses programas, muitos ainda são os desafios a serem vencidos pela EJA.

Material didático utilizado na EJA

Para falar sobre material didático utilizado na EJA, em primeiro lugar é preciso conceituar esse termo como sendo todo e qualquer recurso utilizado pelo professor e alunos com o objetivo de desenvolver a aprendizagem dos mesmos, ou seja, “(...) são todos os recursos utilizados como elementos mediadores do processo de aquisição do conhecimento, bem como facilitadores da apreensão de conceitos, do domínio de informações e uma linguagem específica de cada disciplina.” (MELLO, 2010, p.30).

De modo geral, material didático pode ser entendido como todo suporte utilizado para aprendizagem escolar. Por ser um conceito muito abrangente, aqui faremos um recorte referente aos materiais impressos, ou livros didáticos, utilizados para alfabetização de jovens e adultos, impressos em editoras pelo poder público constituído.

Enquanto a presença do livro didático no ensino regular é comum, na EJA essa presença é bem pequena devido ao fato de que seus alunos são formados por uma parcela da população que é carente e não dispõe de recursos para aquisição desse material devido ao seu alto custo. Sendo assim, as grandes editoras pouco investem

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6 nesta modalidade de ensino, devido à ausência de incentivo por parte do governo e ao baixo poder de compra deste público.

Historicamente, a Campanha de Educação de Adultos – CEA foi a primeira ação de âmbito nacional na educação de jovens e adultos difundida em 1947, onde vale ressaltar que a produção de material didático em larga escala foi bastante significativa, pois atendiam tanto à alfabetização como a temas diversos relativos à saúde e higiene, informações sobre a realidade do campo e o trabalho, mas mesmo assim, esse material era muito infantilizado.

Já no ano de 1957, conforme MELLO (2010, p.67), com o declínio da CEA, o Governo Federal lança uma ação chamada de Mobilização Nacional de Erradicação do Analfabetismo – MNEA, onde houve pouco investimento em material didático. Também vale a pena destacar a criação do Sistema Rádio Educativo Nacional – SIRENA, que além das transmissões radiofônicas também lançou cartilhas de alfabetização, chamada de Radiocartilha, muito criticada por infantilizar o seu público alvo e não respeitar a diversidade regional do país.

No início da década de 1960, várias foram as discussões sobre os conteúdos e métodos de alfabetização o que atingiu diretamente o material didático utilizado para esse fim. Neste contexto, a educação era vista não como codificação e decodificação do código escrito, mas como uma “forma de conscientização política do povo brasileiro, em particular, da parcela mais pobre da população, sobre a transformação da realidade” (MELLO, 2010, p. 71).

Nesse contexto, em Recife – PE, Paulo Freire cria seu método de alfabetização, baseado na realidade do educando, onde Norma Coelho e Josina Godoy lançam o Livro de Leitura para Adultos do Movimento de Cultura Popular, que pode ser considerado o primeiro material didático confeccionado efetivamente para jovens e adultos, pois tratava de temas e conceitos sobre a realidade dos alunos daquela região e conscientizava-os sobre o poder do voto como emancipador político da população para a transformação pacífica da sociedade.

Em 1962 foi lançado o “Programa de Emergência do MEC”, onde foi editada a Cartilha ABC, patrocinada pela Confederação Evangélica do Brasil. Esse material foi utilizado por alguns sistemas em aulas radiofônicas mas foi apreendido após o Golpe Militar de 1964 por se considerado subversivo. Assim, o governo militar implantou o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL que se tornou um

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7 extenso movimento de alfabetização em todo país, produzindo vários materiais didáticos ao longo de sua existência, editados por grandes editoras.

No começo dos anos de 1980, em plena luta pela redemocratização do país, houve um fortalecimento das lutas dos movimentos sociais e sindicais, e das camadas populares que desenvolveram uma grande quantidade de material didático através de iniciativas e agentes sociais que se envolveram na produção de materiais didáticos para essa modalidade de ensino, como o MEC, o sistema S (Sesi, Senai e Senac), CUT, MST, Fundação Bradesco, Universidades, Secretarias Estaduais e Municipais. Com o fim do Regime Militar, o MOBRAL foi abolido e substituído pela Fundação Nacional de Educação de Jovens e Adultos – Fundação Educar que teve fim em 1990, no governo do então presidente Fernando Collor de Mello.

Em 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso cria o Programa Alfabetização Solidária – PAS, caracterizado por operações localizadas de caráter compensatório, nas regiões mais pobres do Brasil e que desenvolveu material para alfabetização, adotando a coleção Viver, Aprender. Logo após, em 2001, foi lançado o Programa Recomeço que financiou a produção de material didático produzido pelas Secretarias Municipais e Estaduais para a EJA.

O Programa Brasil Alfabetizado foi lançado em 2003, pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, criando a coleção Cadernos de EJA, um material flexível e interdisciplinar. E, a partir de 2007 o governo implanta um programa para obtenção e distribuição de livros didáticos gratuitos para a EJA: o Programa Nacional do Livro de Alfabetização de Jovens e Adultos – PNLA, criado pela Resolução nº 18, de 24 de abril de 2007, tornando possível a distribuição gratuita de material didático aos alunos da Educação de Jovens e Adultos, entre eles a coleção Cadernos de EJA e a coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos.

No entanto, para professores sem experiência em salas de EJA, o material didático impresso é um norteador do conteúdo a ser ministrado, mas para outros, a presença desse material didático impresso a ser utilizado em sala de aula pelos alunos da EJA é visto como “imposição de um modelo escolarizado de educação” (MELLO, 2010, p.22), o que não condiz com os objetivos desta modalidade de ensino. Portanto, esses educadores preferem, eles mesmos, juntamente com seus alunos, produzirem os materiais a serem utilizados, levando em consideração as especificidades dos alunos, seus conhecimentos prévios e as características culturais do local onde vivem.

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8 Outro ponto importante a ser considerado na produção de material didático para a EJA é que há diferenças e semelhanças entre a alfabetização de adultos e crianças. O que se deve evitar é a infantilização do ensino-aprendizagem dos adultos, o que provoca uma desmotivação nos alunos, fazendo com que haja a evasão por parte dos mesmos. Esses alunos em sua maioria são constituídos por trabalhadores, condição essa que deve ser observada, bem como sua condição social e diversidade cultural.

Assim, para a consideração da produção didática destinada à EJA, entendemos como sendo aquela destinada ou produzida em processos educativos que tem como público pessoas jovens e adultas, que não tiveram acesso ou foram excluídas da escola, e que, portanto, são analfabetas, ou possuem pouca escolaridade. Os processos educativos de EJA englobam uma diversidade de modalidades de educação formal, não-formal e informal, envolvendo espaços diferenciados e múltiplos atores, tais como agentes públicos dos sistemas educativos do Estado, os movimentos sociais, sindicatos, igrejas, associações comunitárias, etc. No âmbito da educação formal, ou escolarizada, temos a realização dos exames supletivos (ou de madureza, no passado) e cursos com distinta forma de oferta presencial, semipresencial, educação à distância (por rádio), televisão, por correspondência, e atualmente, utilizando ambientes virtuais de aprendizagem na internet) que envolvem tanto a alfabetização, quanto a educação básica e profissional. (MELLO, 2010, p. 52).

Neste aspecto, chamamos atenção para a importância da criação de políticas educacionais que contemplem o material didático, levando em consideração diversos fatores como o contexto em que ocorre a aprendizagem na EJA, sobre a diversidade do público, a organização e seleção de conteúdos para aprendizagem que sejam significativos para a EJA e que contemplem o direito de educação para todos, com qualidade.

CONCLUSÃO

Ao término desse trabalho chegamos à conclusão que a EJA possui uma longa história de lutas, alguns avanços e retrocessos, mas muitas conquistas já foram concretizadas.

Os alunos que frequentam a EJA são pessoas pobres, que por diversos motivos abandonaram a escola no tempo tido como certo e que agora retornam à mesma para avançarem em seus estudos, pois fazem parte de um mundo letrado onde se faz necessário não apenas saber ler e escrever e sim, fazer uso do que se lê e escreve.

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9 Quanto ao material didático utilizado pelos professores, observamos que há material produzido pelo poder público, porém que, geralmente não atende à demanda das escolas. Assim o professor muitas vezes prefere produzir o seu material.

Sendo assim, concluímos que há necessidade de políticas públicas que realmente invistam no avanço desta modalidade de ensino, para que seja vista não apenas como alfabetização de jovens e adultos mas para que seja uma educação para a formação do cidadão crítico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CORRÊA, Luis Oscar. Fundamentos Metodológicos em EJA I. Curitiba: IEDES, 2009.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.23. ed. São Paulo: Cortez, 1989.

MELLO, Paulo E. Dias de. Material Didático para Educação de Jovens e Adultos:

história, formas e conteúdos. São Paulo, 2010. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/.../PAULO_EDUARDO_DIAS_DE_MELLO.pd. Acesso em: 10 dez.2016.

SAVIANI, Dermeval. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.

SOARES, Magda. Letramento – Um tema em três gêneros. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

TAMAROZZI, Edna; COSTA, Renato Pontes. Educação de Jovens e Adultos. 2. ed. Curitiba: IEDES, 2009.

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