• Nenhum resultado encontrado

RESUMO EXPANDIDO. PALAVRAS CHAVE: Fonoaudiologia, prática profissional, satisfação no emprego.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESUMO EXPANDIDO. PALAVRAS CHAVE: Fonoaudiologia, prática profissional, satisfação no emprego."

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

RESUMO EXPANDIDO

PALAVRAS CHAVE: Fonoaudiologia, prática profissional, satisfação no

emprego.

TÍTULO: Percepções e atitudes de fonoaudiólogos frente à profissão: Estudo transversal

AUTORES: Theresa Cristina Feliciano de Faria

Cláudio Rodrigues Leles

INSTITUIÇÃO: Faculdade de Medicina/Universidade Federal de Goiás

INTRODUÇÃO

Certamente, para a Fonoaudiologia hoje, configura-se um novo cenário bastante diferente daquele do início da sua legalização como profissão. Diversos profissionais e pesquisadores têm questionado o seu fazer e proposto inúmeras novas possibilidades para o seu exercício profissional1. Com o crescimento das profissões, ouve um aumento do número de profissionais no mercado de trabalho com ensino superior2. A busca pelo aperfeiçoamento do ensino e a compreensão da evolução do conhecimento e exigências do mercado de trabalho impõem aos cursos de graduação desafio na construção de um ensino de qualidade com o intuito de acompanhar essas mudanças3. Contudo, a concepção e o desenvolvimento de tais cursos podem não estar privilegiando, em sua totalidade, os aspectos relevantes para um bom desempenho profissional. A ausência de discussões e disciplinas que abordem o mercado de trabalho e aspectos administrativos dificulta a inserção deste profissional4. Nesse sentido a busca por permanente atualização do conhecimento torna-se parte integrante na consolidação da bagagem acadêmica e profissional, uma vez que requer um arsenal de competências cada vez mais complexo5.

Dessa forma, a percepção do fonoaudiólogo, quanto a sua intenção profissional, atuação e busca por atualização pode apresentar mudanças

(2)

contínuas a serem verificadas, a fim de permitir discussões produtivas que possam dar suporte às futuras modificações e ajustes dos programas de graduação e de pós-graduação, buscando contemplar a evolução da profissão5.

Até a presente data, não foram encontradas pesquisas na área de fonoaudiologia que tenha abordado o perfil e as percepções do fonoaudiólogo na região Norte e Centr-Oeste do Brasil, focalizando o processo de transição entre a formação universitária, o ingresso no mercado de trabalho, percepção sobre sua atuação profissional e o mercado de trabalho para a fonoaudiologia, embora tenham sido encontrados na literatura, estudos que tiveram como objetivo traçar o perfil sócio-demográfico do fonoaudiólogo e sua formação na graduação6,5,7,8,9,10,11 no entanto, como tais pesquisas são caracteristicamente regionalizadas, diversas regiões do Brasil ainda permanecem sem quaisquer informações.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo foi estudar as características, percepções e atitudes relativas à profissão de fonoaudiólogo em uma amostra de profissionais brasileiros. Buscou-se caracterizar o perfil sócio-demográfico, identificar as características profissionais e relativas ao exercício da profissão dos fonoaudiólogos e construir um instrumento em forma de escala quantitativa para mensuração das percepções e atitudes relativas à profissão.

MATERIAL E MÉTODO

A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário eletrônico (Qualtrics: online survey Software & Insight Platform). O instrumento consistiu em: (1) dados sócio-demográficos incluem gênero, idade, estado civil, número de filhos e situação de moradia, ano e cidade de conclusão da graduação em fonoaudiologia, instituição, nível maior de formação; (2) informações

(3)

profissionais (formação e exercício profissional) incluem atuação na profissão, principal fonte de renda, principal provedor, renda bruta mensal, local de trabalho, atuação público-privado, jornada de trabalho, vínculo profissional, situação funcional, atuação profissional, área de atuação, atuação em equipe; (3) escala de Autopercepção relativa à profissão composta por 30 itens, referentes a afirmativas à qual o respondente marcou sua opção numa escala do tipo Likert de 5 pontos. A escala foi subdividida em 2 partes, sendo elas: Dimensão 1 (Autoavaliação profissional) e Dimensão 2 (Percepção da profissão).

O tratamento dos dados foi composto de estatística descritiva, análise de confiabilidade da escala (consistência interna) e análise de agrupamento (clusters). A análise de clusters é uma técnica de análise multivariada que consistiu em entender a estrutura dos dados, de modo a particionar um conjunto de dados em classes ou clusters, visando maximizar a alta similaridade intra clusters e baixa similaridade inter clusters. Foram formados clusters tanto em relação ao perfil sócio-demográfico e profissional (variáveis independentes) quanto das respostas à Escala de autopercepção relativa à profissão.

Para comparação de grupos foram utilizados os testes de Quiquadrado para comparar os clusters gerados em relação às variáveis categóricas e análise de variância (ANOVA) para comparar os clusters gerados em relação às variáveis numéricas (nível de significância 5%), além de análise de regressão logística simples e múltipla para verificar associação entre os escores das escalas de percepção relacionada à profissão e as variáveis independentes. Para a construção do banco de dados e análise estatística foi empregado o software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows (versão 17.0).

(4)

RESULTADO

A Figura 1 mostra o fluxograma de seleção da amostra do estudo. Do total da amostra, 175 (97,8%) eram do sexo feminino, com idade variando entre 23 e 65 anos, com média de idade de 36,0 anos (DP=8,2 anos), sendo que a maioria apresentava idade entre 25 e 40 anos (68,5%). Demais dados sóciodemográficos encontram-se na Tabela 1.

Quanto a formação profissional, observou-se que o tempo de conclusão do curso de graduação variou entre 1,4 anos a 32 anos (média = 11,6 anos; DP= 6,24 anos), sendo que a maioria (61,0%) concluiu a graduação após o ano de 2003. A maioria concluiu a graduação no Estado de Goiás (68,2%) e 65,5% da amostra possui uma ou mais especialidades, sendo a Audiologia (22,9%) e a Motricidade Oral (12,3%) as especialidades mais prevalentes.

Entre os respondentes, 5,2% (n=9) relataram que não atuam profissionalmente como fonoaudiólogos, embora 8 deles tenham relatado ser uma situação temporária. Os motivos alegados para o não exercício efetivo da profissão foram: falta de oportunidade de trabalho (n=3), oportunidade de trabalho em outra área (n=3), qualificação profissional em outra área (n=2), inviabilidade financeira da profissão (n=2) ou não inserção no mercado de trabalho (n=1).

A maioria dos profissionais, 87,2% considera a fonoaudiologia como sua principal fonte de renda, enquanto 11,6% afirmaram não ser sua principal fonte de renda por ter outro serviço/trabalho remunerado (5,0%) ou possui outra renda não relacionada a serviço/trabalho (pensão, aposentadoria, etc.) (4,5%).

O questionário referente à percepção do profissional acerca da profissão foi composto inicialmente por 30 itens, medidos em uma escala likert de 5 pontos, correspondentes a uma escala ordinal variando entre os escores 1 a 5. Destes 30 itens, a ordenação dos escores foi invertida (recodificação) após a montagem do banco de dados para 5 itens, com o objetivo de assegurar que todos os itens

(5)

estejam codificados na mesma direção conceitual. Desta forma, escores maiores representaram percepções mais positivas, enquanto escores menores representaram percepções mais negativas. Dos 179 respondentes, foram analisadas as respostas ao questionário de 168 respondentes que apresentaram todos os dados válidos e completos.

A análise preliminar da consistência interna resultou em uma escala unidimensional de 23 itens, com alfa de Cronbach de 0,88. Em seguida, estes itens foram divididos conceitualmente em duas dimensões distintas relacionadas à (1) autopercepção profissional e (2) à percepção relativa à profissão.

A média dos escores dos respondentes para a escala total foi de 2,99 (DP=0,68), sendo que para as dimensões 1 e 2 foram de 3,35 (DP=0,91) e 2,60 (DP=0,64), respectivamente.

Houve diferença significativa nos escores na comparação pareada entre as dimensões 1 e 2 (t=11,33; p<0,001), o que indica que os escores da dimensão “Autoavaliação Profissional” foram mais positivos que os escores da dimensão “Percepção da Profissão”.

A análise de clusters K-means foi, então, empregada para a criação de 3 grupos homogêneos baseados nas duas dimensões avaliadas no instrumento. Para a caracterização dos clusters, foram cruzados os dados dos escores médios das duas dimensões avaliadas com o agrupamento a que foi alocado cada respondente, conforme mostra a Figura 2. Pode-se observar que o cluster 2 apresenta a percepção mais positiva em relação às dimensões 1 e 2, o cluster 3 apresenta os valores mais baixos e o cluster 1 apresenta valores intermediários. A comparação entre grupos mostrou diferença significante entre os três clusters para as duas dimensões avaliadas (p<0,001).

O cluster 3 é composto por profissionais mais jovens, onde o tempo médio de formado é de 9 anos. Embora os três clusters possuam o nível maior de formação em especialização, o cluster 3 possui o maior número de

(6)

profissionais com apenas a graduação, com renda baixa (<R$2.500,00). Enquanto que profissionais do cluster 2 estão mais envolvidos com atividades de gestão, ensino e formação e atuam em equipe com outros fonoaudiólogos, conforme Tabela 2.

A Tabela 3 apresenta a associação entre os fatores relativos à profissão (variáveis independentes) e os escores das escalas.

Houve associação positiva significativa entre a renda, o tempo de formado e o nível de formação mais alto com os escores da dimensão 1. As mesmas variáveis foram relacionadas com a escala total, exceto o nível de formação.

CONCLUSÃO

Pode-se inferir que o grau de satisfação com relação à autoavaliação e percepção da profissão apresentou correlação mais positiva para aqueles com maior idade, tempo de formado e renda e correlação mais negativa para profissionais mais jovens, com menos tempo de formado e renda baixa. Constatando-se a importância do trabalho para o ser humano e a carência de estudos que envolvam a temática, está claro que esta é uma área de investigação que precisa ser desenvolvida, uma vez que a compreensão, das questões relacionadas ao perfil sócio-demografico, autoavaliação profissional e percepção da profissão, pode sugerir ações interventivas com vistas à melhoria da qualidade de vida do profissional fonoaudiólogo, da assistência prestada e sua satisfação profissional.

REFERÊNCIAS

1. Barros PMF. Transição de paradigma em fonoaudiologia [dissertação] São Paulo: Pontifícia Universidade Católica/SP – Distúrbios da Comunicação; 2000.

(7)

2. Angelin, PE. Profissionalismo e profissão: teorias sociológicas e o processo de profissionalização no Brasil. REDD–Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, v. 3, n. 1, 2010.

3. Casanova IA; Moraes A; Ruiz-Moreno l. O ensino da promoção da saúde na graduação de fonoaudiologia na cidade de São Paulo/ The teaching of health promotion in speech-language therapy graduate courses in the city of São Paulo. Pro-Posições, v. 21, n. 3, p. 219-34, 2010.

4. Gattoni AWD. A inserção do fonoaudiólogo no mercado de trabalho de Belo Horizonte [dissertação]. Belo Horizonte (MG): FEAD – Centro de gestão empreendedora; 2008.

5. Silva DGMD; Sampaio TMM; Bianchini EMG. Percepções do fonoaudiólogo recém-formado quanto a sua formação, intenção profissional e atualização de conhecimentos. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v. 15, p. 47-53, 2010. ISSN 1516-8034. Disponível em: < http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151 6-80342010000100010&nrm=i so>.

6. Stefaneli FR; Monteiro K; Spinelli RL. Perfil do fonoaudiólogo na cidade de São José dos Campos. Rev CEFAC, v. 6, n. 1, p. 101-5, 2004.

7. Teixeira LC; Rodrigues ALV; Santos JN; Cardoso AFR; Gama ACC; Resende LM. Trajetória profissional de egressos em fonoaudiologia. Revista CEFAC, v. 15, n. 6, p. 1591-1600, 2013. ISSN 1516-1846. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1 516-18462013000600022 >.

8. Almeida LR; Guedes AC; Pereira HS; Neves VD; Nunesmaia MM; Nunesmaia HG. Característica da formação do fonoaudiólogo no estado da Paraíba. Rev Fono Brasil, v. 3, n. 1, p. 1-3, 2005.

9. Cardoso LF. Os significados de ser fonoaudiólogo: estudo de caso com fonoaudiólogas que atuam em Florianópolis [dissertação]. Florianópolis:

(8)

Universidade Federal de Santa Catarina; 2007.

10. Ferreira LP; Russo ICP; Adami F. Fonoaudiólogos doutores no Brasil: perfil da formação no período de 1976 a 2008. Pró-Fono, v. 22, n. 2, p. 89-95, 2010. 11. Pereira FCB; Aarão PCL; Seixas KL; Silva HG; Tavares APN; Campos FR; et al. Histórico da Fonoaudiologia em Minas Gerais: impressão dos protagonistas. Rev. CEFAC. No prelo, 2011.

(9)

Figura 1. Esquema com a descrição da população de estudo, amostra e taxa de resposta de profissionais fonoaudiólogos da região Norte e Centroeste.

Tabela 1 - Características da amostra

Variável Categoria Frequência %

Estado de residência Goiás Amazonas 112 29 62,6 16,2 Distrito Federal 25 14,0

Outros (PA, TO, MT, RR, RO)* 13 7,2

Estado Civil Casado(a) ou com companheiro(a) 106 59,2

Solteiro(a) 57 31,8 Excluidos (n=24) Incluidos (n=179) Taxa de resposta % (29,25 ) Responderam (n=203) Taxa de resposta

) % (33,17 Não responderam (n=409) Não localizados (n=2.984) Localizados (n=612) Profissionais elegíveis (n=3.596)

(10)

Divorciado(a) ou separado(a) 13 7,3

Viúvo(a) 2 1,1

Não respondeu 1 0,6

Mora com Cônjuge e/ou filhos 117 65,4

Os pais 36 20,1

Sozinho(a) 15 8,4

Outros 11 6,1

Tem filhos? Não 92 51,4

Sim 87 48,6 Quantos filhos? (n=87) Um Dois 39 40 45,3 46,5 Três 7 8,1

Pará, Tocantins, Mato Grosso, Roraima, Rondônia*

(11)

Figura 2. Distribuição de valores dos escores dos diferentes clusters nas duas dimensões avaliadas.

Tabela 2. Distribuição de frequência dos clusters de acordo a idade e variáveis relacionadas à atuação profissional.

Variável Categoria Clusters 3 (46) 1 (68) 2 (45) P Idade 32,6 (6,5) 35,7 (8,4) 39,6 (7,4) <0,001 Tempo de formado 9,0 (4,5) 11,6 (5,9) 14,8 (7,1) <0,001

(12)

Nivel de formação Graduação 18 (36,0) 14 (19,7) 3 (6,7) <0,001 Especialização 32 (64,0) 49 (69,0) 32 (71,1) Stricto Sensu 0 8 (11,3) 10 (22,2) Renda Alta 19 (43,2) 54 (80,6) 39 (86,7) <0,001 Baixa 25 (56,8) 13 (19,4) 6 (13,3)

Tipo de atuação Consultório 35 (67,3) 51 (71,8) 36 (80,0) 0,369 Atividade Administrativa 8 (15,4) 5 (7,0) 5 (11,1) 0,334 Gestão 4 (7,7) 4 (5,6) 9 (20,0) 0,034 Ensino/Formação 3 (5,8) 9 (12,7) 14 (31,1) 0,002 Atendimento domiciliar 10 (19,2) 23 (32,4) 9 (20,0) 0,166 Hospitalar 6 (11,5) 15 (21,1) 10 (22,2) 0,299

Tabela 3. Resultado da regressão linear múltipla da associação entre os escores das escalas e as variáveis independentes.

Variáveis independentes Coeficiente de regressão (B)

Coeficiente padronizado (β)

P R2

Escala total Renda 0,394 0,261 0,001 0,194

Tempo de formado 0,024 0,219 0,009 Nível de formação 0,161 0,123 0,135 Dimensão 1 Renda 0,586 0,290 <0,001 0,230 Tempo de formado 0,031 0,213 0,010 Nível de formação 0,278 0,158 0,049

(13)

Dimensão 2 Renda 0,211 0,147 0,076 0,068 Tempo de formado 0,018 0,169 0,062 Nível de formação 0,034 0,028 0,754 RESUMO SIMPLES

TÍTULO: Percepções e atitudes de fonoaudiólogos frente à profissão: Estudo

transversal

AUTORES: Theresa Cristina Feliciano de Faria

Cláudio Rodrigues Leles

INTRODUÇÃO

Com o crescimento do campo de atuação da profissão de fonoaudiologia, os cursos de graduação têm buscado o aperfeiçoamento e construção de um ensino de qualidade. Assim, conhecer melhor a percepção do fonoaudiólogo, quanto à sua intenção profissional, atuação e busca por atualização possibilita discussões que possam dar suporte às futuras políticas relacionadas à profissão.

OBJETIVOS

Estudar as características sócio-demográficas, identificar as características profissionais e relativas ao exercício da profissão e construir um instrumento em forma de escala quantitativa para mensuração das percepções e atitudes relativas à profissão de fonoaudiólogos a partir de uma amostra de profissionais brasileiros.

(14)

MÉTODOS

Estudo, descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Na coleta dos dados foram utilizados um questionário autoaplicável com perguntas fechadas apresentadas sob a forma de múltipla escolha ou simplesmente uma única resposta, para caracterização sócio-demográficas e outro para a Escala do tipo Likert de autopercepção com relação a profissão. Os dados foram coletados via Qualtrics: online survey Software & Insight Platform e processados no software SPSS (Statistical Package for Social Science) for Windows (versão 17.0).

RESULTADOS

Participaram 179 trabalhadores (29,25%), sendo a maioria do sexo feminino (97,8%), com média de idade de 36 anos (DP=8,2), 59,2% são casados(as) ou vive com companheiro(a), 65,4% moram com cônjuge e/ou filhos, 48,6% tem filhos, variando entre 01 e 02 (91,8%) e 62,6% residem no Estado de Goiás. Tempo de formado variou entre 1,4 a 32 anos e 87,2% tem a fonoaudiologia como sua principal fonte de renda. Com relação à escala de autopercepção com relação à profissão, os profissionais foram subdivididos em três grupos (clusters). O cluster 2 é composto por profissionais com maior tempo de formado e são profissionais mais envolvidos com atividades de gestão, ensino e formação, maioria possui renda alta com carga horária de trabalho igual ou acima de 40h, e possuem maior satisfação profissional, enquanto que o cluster 2 é formado por profissionais mais jovens, maioria possui apenas a graduação, atuam com carga horária entre 20 e 40h e renda salarial baixa, o que contribui assim para um maior nível de insatisfação. Pode se observar que os fatores relativos a profissão (variáveis independentes) que mais exercem influência na satisfação do profissional fonoaudiólogo são a renda, tempo de formado e nível

(15)

de formação (p<0,001), onde a dimensão 1 (autoavaliação) é mais positiva que a dimensão 2 (percepção da profissão).

CONCLUSÕES

O grau de satisfação com relação à autoavaliação e percepção da profissão apresentou correlação mais positiva para aqueles com maior idade, tempo de formado e renda e correlação mais negativa para profissionais mais jovens, com menos tempo de formado e renda baixa. Assim, constatando-se a importância do trabalho para o ser humano e a carência de estudos que envolvam a temática, está claro que esta é uma área de investigação que precisa ser desenvolvida, uma vez que a compreensão das questões relacionadas ao perfil e percepção da profissão pode sugerir ações com vistas à melhoria da qualidade de vida do profissional fonoaudiólogo, da assistência prestada e sua satisfação profissional.

Referências

Documentos relacionados

O nível de compromisso comportamental e emocional que as crianças estabelecem influencia a aprendizagem das crianças, mais especificamente o seu sucesso académico

O presente trabalho teve como objetivo verificar a fragmentação florestal da bacia hidrográfica do Rio Forqueta nos anos de 1989 e 2008, através de técnicas de geoprocessamento

The process of implementation of the Forest Code is inherently a redefinition of the bundle of property rights to land, in which there is currently a mismatch between de facto and

Lá chegando, Paulo, por acaso, encontrou Clara, sua aluna, que pas- sava uma temporada na cidade, recebendo aulas de Rodolfo e Maria Cierri, mestres do tango

Em algumas casas de Tango do Rio de Janeiro, vejo alguns talentosos tangueros compromissados com os passos, com o ritmo e com o traje, por isso retomo as perguntas: será que

Esses pacientes foram divididos em dois grupos, sendo que o primeiro, com 54 pacientes, fizeram o tratamento de overdentures e o segundo grupo, com 48 pacientes, colocaram

A metodologia proposta nesse trabalho está alicerçada nos estudos hidrológicos desenvolvidos no “Atlas Digital das Águas de Minas” (Atlas, 2007), desenvolvido no âmbito do

Considerando a situação narrada, na condição de advogado(a) de Arnaldo, responda aos itens a seguir. A) Em sede de recurso de apelação, qual argumento poderá ser