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Aires J Rover
Doutor, professor do curso de
direito da UFSC
airesjr@ccj.ufsc.br
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nova sociedade, baseada no conhecim ento e na inform ação Bobbio, Rifkin
paradoxos: m ais tem po livre aos hom ens e ao m esm o tem po agrava o problem a do desem prego
O velho paradigm a, baseado não em bits, m as em átom os ou em coisas corpóreas vem dando a vez para a sociedade do conhecim ento estruturada num a arquitetura em rede
m om ento transição paradigm ática, JUDQGHFRLQFLGrQFLDHQWUH
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m odelos tecnológicos com o no m undo do direito
internet: poderosa ferram enta para integrar econom ias locais na econom ia global
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Velho: venda por correspondência
Novo: transferência de bens incorpóreos - software por exem plo ou serviços
novas form as de negociação: B2c b2b b2g
Acesso a produtos e m ercadorias por pessoas localizadas em pequenas cidades
Oferecer um a gam a de produtos m uito m aior do que a oferecida nas loj as de rua
Com unicação m óvel (transações através de celulares ou palm tops) e televisão digital e interativa
Alta disponibilidade de banda e acesso e de m aneira integrada A rede um a presença constante, m as im perceptível na vida das pessoas
Com unicação e interação com alto grau de precisão
Convergência da inform ática e das telecom unicações com a indústria de m ídia e de conteúdo, protocolo I P
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5% da população brasileira, ou 8,5 m ilhões de pessoas, tem acesso à internet
Alto custo dos com putadores e a pequena disponibilidade de linhas telefônicas
Falta de segurança na transação
I nsegurança jurídica: velho código com ercial de 1850
Qual possibilidade de 100% de seus produtos e serviços adquirirem form a digital
Transição lenta e gradual de todo processo econôm ico Um a nova cultura, digital e em rede (desconhecer onde fica localizada a em presa fornecedora)
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CE depende m uito do setor privado
Os governos em geral foram desleixados com a realidade digital
Governo tem papel im portante, regulando o setor e criando condições para o seu desenvolvim ento
Criar um a estrutura legal com petente e am biente propício
Estim ule os cientistas, pesquisadores, hom ens de negócio, trabalhadores, investidores e consum idores interessados no setor
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Aprovação de um a legislação tributária que incentive as atividades virtuais, com regras perm anentes e
universais
Redução de im postos e taxas
Liberalização do m ercado de telecom unicações
Redução de gastos com as linhas usadas para recepção e transm issão de dados
Hom ogeneização da legislação com um aos blocos econôm icos para o com ércio eletrônico
Educação: cursos sobre o uso da internet, m inistrados em escolas públicas
Capacitação de pequenas e m édias em presas
I nvestim ento em universidades e centros de pesquisa para que produzam conhecim ento tecnológico
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Prom oção de parcerias entre fornecedores, distribuidores e consum idores
Financiam ento de cursos, equipam entos e instalações para treinam ento com custos subsidiados
Publicidade das iniciativas m ais interessantes
Aprovação de legislação sobre assinaturas eletrônicas I m plem entação do governo eletrônico
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A base do CE é a credibilidade dos procedim entos
Legislação existente dá respostas aos conflitos: código civil, processo civil, código de defesa do consum idor
Validade de contrato realizado virtualm ente: art. 48, do CDC, qualquer m anifestação de vontade do fornecedor é considerada um docum ento válido e passível de
execução
Direito privado m antém um caráter de inform alidade e cosm opolitism o
Direito com ercial que adm ite contratos feitos verbalm ente, por telefone, por carta e por fax
Privilegia o princípio da boa fé do com erciante e do consum idor
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Dificuldade: a prova de existência desses contratos
Segurança técnica e jurídica: assinatura digital (garante autenticidade e integridade dos docum entos)
MP 2200, de 28 de junho de 2001, que atinge o âm bito público e privado
I nfra-estrutura de chaves publicas brasileira Extrem am ente sucinta e não criou reservas de m ercado
Qualquer entidade credenciada pode certificar:
tribunais, bancos, repartições públicas, OAB, correios Não definiu um a tecnologia de certificação a ser
adotada
Reedição: m odelo em floresta, varias certificadoras raiz, baseado no m útuo reconhecim ento e troca de certificados entre várias certificadoras
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No m undo real, o consum idor pode ser um anônim o Na internet: saberá precisam ente quais as
características do consum idor
Manter sigilo dessas inform ações, salvo quando, prévia e expressam ente, for autorizado pelo consum idor a
divulgá- las ou cedê-las a terceiros
Transferência dos dados privados. Não utilizar contratos de adesão
CDC não trata da privacidade de dados do consum idor (exige o com unicado da existência de banco de dados) Em presas que recolhem dados são as suas guardiãs
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Preservar a legislação de proteção ao consum idor Deve haver clareza na transação
O que está vendendo Quanto custa
Quanto tem po dem ora e quais as condições da entrega do produto
Direito de arrependim ento
Legislação: não engessar as form as que facilitam o consum idor
Facultado o uso de assinaturas digitais por m eio de senhas
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Duas situações:
Quando não há o enquadram ento legal do fato gerador do im posto
Quando há dificuldade de fiscalização: m ercadorias adquiridas no exterior através de cartão de crédito, quando não há um a rem essa efetiva de capital ao exterior
Mais fácil tributar esse tipo de com ércio do que o tradicional
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Não negar efeitos jurídicos à inform ação na form a de m ensagem de dados
Não im por sistem as prévios de fiscalização e de controle Manter e acentuar a necessidade de proteção do
consum idor
Perm itir a aplicação do direito existente para todas as situações que não exijam regulação específica
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O com ércio eletrônico é um processo em transição de im plantação de um a nova form a de relacionam ento e de geração de riquezas entre os hom ens e as nações
Beneficiar todos os participantes
Ação do governo é fundam ental para os países m ais atrasados
Preparar os recursos hum anos necessários para extrair oportunidades e valor das novas tecnologias
Ouvir e discutir com a sociedade
A legislação já é bastante adequada
Postura cuidadosa, buscando-se a com patibilidade internacional e a sim plificação dos procedim entos