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KIERKEGAARD: UM MÍTICO NA ANGÚSTIA

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Academic year: 2021

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Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1307

KIERKEGAARD: UM MÍTICO NA ANGÚSTIA

José Rodrigo Gomes de Sousa Graduado em Filosofia Universidade Federal da Paraíba gomez20souza@gmail.com ST 13 – RELIGIÃO, MÍSTICA E POÉTICA

Resumo: A mística pode ser entendida como uma forma superior que o indivíduo se encontra numa “experiência transracional”, que o eleva ao mais alto nível de conhecimento. Em um sentido geral, como uma procura do indivíduo que tenta superar o estado no qual se encontra, é uma forma que os espíritos solitários se utilizam para ter um encontro com o ser divino. Ainda consta que, os místicos têm a sensação de sentir Deus, sem que haja nenhuma intermediação. O seu contato com a divindade é único e imediato, e a experiência mística do sujeito é particular, não pode ser partilhada. Sören Kierkegaard por ter tido uma formação cristã protestante rígida, sem dúvidas, essa formação o marcou profundamente ao longo de sua vida, procurou em certo sentido se manter cada vez mais próximo de seu Deus, o que fez com que o mesmo tivesse divergências com o cristianismo protestante de sua época. Para Kierkegaard, Deus seria um amo que ele não é e também seria um estribilho celestial que se faz apaziguar. Kierkegaard entende que Deus pode ser encontrado no indivíduo e não na multidão, a multidão seria uma mentira com vista a um plano terreno. E para se chegar a Deus é necessário que alguém guie o caminho, mas o guia tem por dever saber mais do que aquele que é guiado, senão, o mestre apenas atrapalha o crescimento espiritual daquele que já está em um estado mais avançado, neste sentido, o mestre quando percebe que o discípulo não precisa mais de suas orientações deve deixá-lo que o mesmo siga o próprio caminho. Ao fazer uma leitura da obra kierkegaardiana é possível identificar nos textos certos traços de misticismo no pensamento do presente autor. Assim, o objetivo da presente pesquisa consiste em analisar e expor que Kierkegaard tem uma percepção mística acerca da religião. O método que é empregado consiste numa abordagem teórico-bibliográfica acerca do pensamento do filósofo dinamarquês, em especial, no que concerne a possibilidade de uma leitura mística dos seus textos. Com a análise feita em relação ao pensamento de Kierkegaard se pode perceber que o mesmo possui uma mística que está imbrincada em seu pensamento. Ao analisar a conjectura da obra kierkegaardiana, fica em evidência que nelas existe uma expressão mística. A angústia toma boa parte de sua obra, ela é o pano de fundo. É na angústia que Kierkegaard traz à luz respostas a seus questionamentos e é na angústia que se dá o salto qualitativo, o salto para a fé.

Palavras-chave: Mística. Angústia. Salto Qualitativo. Religião.

Anais do V Congresso da ANPTECRE “Religião, Direitos Humanos e Laicidade”

ISSN:2175-9685 Licenciado sob uma Licença

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Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1307

A mística em seu sentido original significa uma experiência que o indivíduo tem em nível superior, num elevado em relação às várias experiências que se tem no cotidiano de característica religiosa. A experiência mística se configura como algo que está “no plano transracional” (VAZ, 2009, p. 10), algo que está para além da razão que leva o indivíduo a uma realidade transcendente. Assim, a experiência mística se dá a partir de quando se cessa o discurso racional e o mesmo converge para uma experiência com o Absoluto. O ser místico constitui, de certa forma, um encontrar-se com um outro absoluto e nesse encontrar há o que pode se chamar de experiência com o Sagrado.

O heroísmo de Kierkegaard se constitui a partir de que o mesmo tenta criar as diversas formas de se viver, tendo a vida como a criadora dessas formas de viver a vida e, por conseguinte, ele levou até o fim o seu modo de existir. E sua tragédia pessoal fora talvez ter desejado algo que não pudesse vivenciar. Dessa tragédia pessoal pode surgir o que se pode chamar de angústia.

Desde pequeno sofrera influência considerável do pai no que diz respeito a uma devoção extremamente pietista. Kierkegaard ao ir contra o sistema hegeliano, que tinha influência até dentro da teologia protestante e como também em uma boa parcela da sociedade intelectual da Dinamarca, entra em conflito com o protestantismo de sua época. Ele entende que o sistema hegeliano ignora a existência concreta do indivíduo, a subjetividade. “A filosofia de Hegel opunha-se ao desejo intelectual mais profundo de Kierkegaard: ‘uma verdade que seja verdadeira para mim’ ou ‘a ideia pela qual eu posso viver e morrer. Kierkegaard sentia que a Igreja luterana estava por demais burocratizada e afastada da religiosidade interior, que considerava essencial para o verdadeiro cristão”. (KIERKEGAARD, 1979, p. 11-12).

Kierkegaard, porém, não pensava no Hegel de 1807 (data da publicação da Fenomenologia do Espírito), mas no Hegel do fim da vida, aquele que tratava a história como desenvolvimento visível de uma lógica, na qual a experiência individual da vida humana subordina-se à vida das próprias ideias. Assim, Kierkegaard combateu a filosofia hegeliana como um sistema que escraviza a existência humana de todo o caráter concreto,

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dissolvendo-a em puros conceitos racionais. (KIERKEGAARD, 1979, p. 16).

Deste modo, a perspectiva de Kierkegaard é de que seja qualquer “esquema particular de conceitos constitui apenas uma possibilidade entre outras, cuja, concretização não depende dos próprios conceitos, mas do indivíduo” (KIERKEGAARD, 1979, p. 16). Assim, o filósofo dinamarquês faz a afirmativa pelo particular, pelo indivíduo. Ao fazer uma análise do ético e do estético, Kierkegaard identifica que o ser estético está na busca de novidades, o que implica em atingir o estado de desespero, que, necessariamente, é a última instância que se consegue chegar. Desse desespero que é gerado pela angústia o indivíduo tem duas possibilidades, a de saltar para a morte ou a de saltar para fé. Isso fica bem claro na narrativa da história de Abraão e Isaac, na qual ele se utiliza para demonstrar a questão do salto qualitativo.

Mas Abraão acreditou sem jamais duvidar. Acreditou no absurdo. Se tivesse duvidado, agiria de outro modo, teria mesmo realizado um ato magnífico. Acaso poderia ter feito outra coisa? Dirigir-se-ia à montanha de Morija; partido a lenha, teria acendido a pira, puxado da faca e gritado assim a Deus: não menosprezes este meu sacrifício; de todos os meus bens não é este o mais precioso, bem o sei; que significa de fato a vida de um velho em comparação com a do filho da promessa? Mas é o melhor que lhe posso oferecer-te. Faze com que Isaac nunca de tal se aperceba para que a juventude o conforte. Depois enterraria a faca no próprio peito. O mundo tê-lo-ia admirado e nunca o seu nome seria esquecido; mas uma coisa é suscita justa admiração e outra ser a estrela que guia e salva o angustiado. Mas Abraão acreditou. (KIERKEGAARD, 1979, p. 120).

Abraão fica angustiado diante dá prova de fé que Deus faz perante ele e o mesmo tem duas possibilidade, ele decide acreditar e saltar, e salta para a fé. Portanto, Abraão passa da conduta ética para a religiosa, pois o mesmo em vias de cometer um crime acredita e aceita a exigência divina de sacrificar o seu único filho. Neste caso, se diz que Abraão saltou para fé.

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Nesta perspectiva, fica claro que para Kierkegaard é preciso que se tenha uma vivência autêntica e profunda do cristianismo que está pautada na certeza da fé. Por outro lado, essa certeza é incerteza no que constitui a objetividade, pois a mesma pode dá um ar tanto de paradoxo como de extremo absurdo. A fé diante do caráter ético se torna absurda e incompreensível, neste caráter absurdo a razão é posta de lado que, por seguinte, dá “lugar à suplica e até mesmo à imprecação” (KIERKEGAARD, 1979, p. 22).

De certa forma, Kierkegaard fora angustiado desde que começou a compreender o sentido de existir. A angústia ao longo de sua vida se torna um tema que é levado a sério em suas obras e a mesma, por assim dizer, se torna como que um pano de fundo, é a partir da angústia que o filósofo dinamarquês pode ser considerado como um místico, não um místico na forma de Mestre Eckhart, porém um místico na angústia.

Mas quem é Deus e de que forma Ele se apresenta? Kierkegaard o identifica da seguinte maneira:

Substancialmente, tenho vivido como um escrevente em seu escritório. Desde o princípio tenho sido como se estivesse preso e em cada instante tenho percebi que não era eu quem interpretava o papel de amo, senão que outro era o Amo. Tenho percebido esse fato com medo e tremor, quando Ele me tem feito sentir Sua onipotência e minha nulidade; o tenho percebido com indescritível felicidade quando tenho me voltado para Ele e tenho feito meu trabalho com obediência incondicional. (KIERKEGAARD, 1972, 89).

Assim, Deus se apresenta para Kierkegaard como um amo do qual sente medo, mas esse medo que ele sente consistiria mais precisamente em um espanto, um espanto que o indivíduo sente diante da estranheza de perceber a sua nulidade, a sua finitude. Assim, Deus é esse amo que Kierkegaard reconhece não ser. Ao reconhecer a sua nulidade Kierkegaard se coloca em seu lugar de origem, coloca-se na condição de servo. Neste caso, ao se pôr nessa condição o filósofo dinamarquês entende o seu caráter de finitude.

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celestial, que tem a capacidade de aquietar o coração, Ele é uma brisa suave que tudo apazigua, é o sopro que ao se dirigir a partir do carvalho ruma a eterna morada.

O critério ei-lo: a Deus tudo é possível. Verdade de sempre, portanto de qualquer instante. É um estribilho cotidiano, e que todos usam sem pensar no que significa, mas a expressão só é decisiva para o homem que esgotou todas as possibilidades, e

quando nenhum outro possível humano subsiste.

(KIERKEGAARD, 2010, p. 55).

Tomando a perspectiva de que Kierkegaard identifica Deus como um Amo e também como um Estribilho, uma suave brisa que apazigua, faz-se necessário identificar onde se encontra Deus. Para o filósofo dinamarquês Deus está indubitavelmente no indivíduo. Desse modo, é na categoria do indivíduo, do individual que Deus está e não na multidão. A multidão se configura numa mentira.

Portanto, onde há uma multidão, uma multidão, ou onde o significado decisivo está unido ao fato de que há uma multidão, é certo que ali ninguém está trabalhando, vivendo, esforçando-se, para alcançar a mais alta meta, mas somente por uma ou outra meta terrena, já que só é possível trabalhar a meta eterna e decisiva onde há um, e se este uno que todos podemos ser é permitir a Deus que nos ajude; a “multidão” é a mentira. Uma multidão – não esta ou aquela multidão, a multidão que vive agora ou faz tempo que murmurou, uma multidão de gente humilde ou de gente superior, de ricos ou de pobres, etc. –, uma multidão é, em seu mesmo conceito, a mentira, porque faz o indivíduo completamente impotente e irresponsável ao reduzi-lo a uma fração. (KIERKEGAARD, 1972, p. 128-129).

Ao identificar o homem como espírito Kierkegaard afirma que o eu é o espírito. Assim, o eu consiste em uma relação que não pode ser estabelecida com qualquer coisa fora de si, mas dentro de si. É a partir desse eu que o sujeito pode se dirigir, seguir para uma relação com a própria interioridade. Essa relação do eu com si próprio é um voltar a si, conhecer a si mesmo na sua interioridade.

“O individual é a categoria através da qual, no que diz respeita a religião, toda a história, a raça humana em seu conjunto, deve passar” (KIERKEGAARD, 1972, p. 142). Neste sentido, é na categoria do indivíduo que Kierkegaard vê a possibilidade dos homens se converterem, da mesma forma que Sócrates utilizou a categoria do

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indivíduo para dissolver o paganismo, Kierkegaard entende que é por aí que se passa todo aporte que o indivíduo necessita para encontra a Deus e a si mesmo.

Observando que Deus pode ser encontrado no indivíduo na concepção kierkegaardiana surge uma outra questão: De que forma se pode chegar a Deus? Assim, na visão do filósofo dinamarquês, ele afirma que a arte para ajudar os demais consiste em não ser empecilho para o outro. A medida que um mestre se propõe a ajudar o seu discípulo este tem que ser humilde, pois a partir de que o discípulo se eleva a um grau maior que o mestre, ele deve deixar o mesmo seguir o seu próprio caminho, do contrário, ele age de forma egoísta “é perfeitamente certo (por mencionar o mais alto exemplo) que a Verdade mesma, Jesus Cristo, teve discípulos; e (por mencionar um exemplo humano) que Sócrates teve discípulos” (KIERKEGAARD, 1972, p. 150). Neste sentido, uma hora dedica, vivida para a eternidade é uma forma de também se chegar a Deus. Portanto, para se chegar a Deus é necessário seguir um caminho reto, e o mestre não pode ser empecilho para o discípulo.

De forma simplista, é inegável que dentro da perspectiva do pensamento kierkegaardiano há um certo teor de mística no mesmo. A partir de que se pode verificar a possibilidade de identificar dentro do pensamento do pensador de Copenhague algumas alusões a respeito de Deus, fica impossível de não ter uma leitura mística de suas obras.

Todo o pensamento de Kierkegaard possui um pano de fundo, no qual se pode constatar o seu pensamento místico. A angústia perpassa todas as suas obras, é nela que ele entende a perspectiva da existência. Na sua obra O desespero humano, Kierkegaard se questiona se “o desespero será uma vantagem ou uma imperefeição?” (KIERKEGAARD, 2010, p. 27), nas palavras do autor sofrer do desespero seria uma vantagem pois “sofrer um mal destes coloca-nos acima do animal, progresso que nos distingue muito mais do que caminhar em pé, sinal da nossa verticalidade infinita ou nossa espiritualidade sublime” (KIERKEGAARD, 2010, p. 27).

Em O conceito de angústia, Kierkegaard define a angústia em um primeiro momento como gerada pelo pecado original, neste caso, Adão teria se angustiado diante de sua queda, diante de seu pecado, a desobediência. Já em outro momento ele identifica que a angústia seria “o último estado psicológico do qual brota o pecado com o salto qualitativo” (KIERKEGAARD, 1982, p. 116).

Na obra Temor e Tremor, Kierkegaard faz um longo elogio à Abraão, pois o mesmo teria dado um salto para fé e não para a morte. Abraão tinha duas possibilidades, mas resolveu acreditar mesmo que tudo parece absurdo, angustiou-se como a proposta feita por seu Deus. Poderia ter se negado a fazer o sacrifício, porém, acreditou demasiadamente, não contestou nenhuma palavra, apenas consentiu, obedeceu e segui para o monte Morija. Abraão possuía uma intima relação com Deus não precisou de intermediadores, por isso pode acreditar, pode confiar nas palavras

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que lhes foram proferidas. Contudo, pode-se imaginar que o interior de Abraão se despedaçava, ele se angustiou, por um momento teria ele se desesperado? Talvez sim, no entanto, teve fé.

Assim, a fé é o ardor íntimo totalmente irredutível a uma crença que vai desfiando seus complemento de objetos diretos destinados à exterioridade onde o espírito permanece estranho a si mesmo. A certeza interior, certeza existencial, não objetiva, é própria da fé que é precompreensão não conceitual da própria lei do devir da criatura. A fé é paixão perseverante da existência no tempo. (FARAGO, 2009, p. 173).

Abraão não enxergou a Deus como os olhos humanos, mas com os olhos da fé. Se por um instante ele tivesse enxergado Deus com os olhos da carne, ele teria duvidado de sua condição e teria recuado diante das palavras que lhe foram pronunciadas. Assim, a fé pode ser considerada como uma forma pela qual o indivíduo tende a conhecer o absoluto, mas esse absoluto não consta fora, pelo contrário, está “no coração da consciência do infinito” (FARAGO, 2009, p. 159).

De certa maneira, é possível identificar Kierkegaard como um místico, contudo, um místico na angústia, pois ao vê na angústia um modo pelo qual o homem pode se auto identificar consigo mesmo. A angústia revela assim a condição na qual o homem se encontra, a de finitude e por meio dessa finitude procura atingir o infinito. Heidegger não estaria menos certo em afirmar que o homem é um ser-aí, um ser jogado no mundo, porém, em Kierkagaard esse homem tem uma saída, saltar, fazer o salto qualitativo.

O desespero condensa-se à proporção da consciência do eu; mas o eu condensa-se à proporção da sua medida, e, quanto esta medida é Deus, infinitamente. O eu aumenta com a ideia de Deus, e reciprocamente a ideia de Deus aumenta com o eu. Só a consciência estar perante Deus faz nosso eu concreto, individual, um eu infinito. (KIERKEGAARD, 2009, p. 105).

Nesta perspectiva, Kierkegaard identifica que o eu, o indivíduo como subjetividade possui de certa forma uma inter-relação com Deus. Assim, ao propor que o desespero em sua condensação é capaz de indicar ao indivíduo tanto uma consciência de si mesmo quanto de Deus é possível assim identificar um traço místico na ótica kierkegaardiana. Desse modo, Kierkegaard não é um místico da estirpe de João da Cruz, Tereza D’ Ávila ou um mestre Eckhart, ou mesmo como os místicos ascetas que viviam no deserto.

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Por outro lado, é possível sim identificar nas suas obras uma mística que está arraigada à existência. A mística que pode ser identificada em Kierkegaard está sob um caráter crucial da vivência humana. O homem que se angustia está propenso a voltar para o interior de si mesmo e nesse voltar a si na perspectiva kierkegaardiana ele tende

a encontrar Deus. “O seu próprio crescimento de intensidade aproxima, em certo

sentido, este desespero da salvação. Porque a sua própria profundidade o salva do esquecimento; não se cicatrizando, ele salvaguarda a cada instante uma possibilidade de salvação” (KIERKEGAARD, 2009, p. 84). Assim, é na angústia, no desespero que há possibilidade de salvação. Desse modo, Kierkegaard dá uma vertente, um caminho pelo qual se pode seguir e atingir a Deus, por meio da angústia. E é por meio dela que se dá o salto qualitativo, salta-se para a fé.

Referenciais

FARAGO, France. Compreender Kierkegaard. Tradução Ephraim F. Alves. Petrópolis: Vozes, 2009.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução de Marcia Sá Calvacante Schuback. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

KIERKEGAARD, Soren. Mi pounto de vista. Tradução de José Miguel Veloso. Buenos Aires: Aguilar, 1972.

______. El conncepto de la angustia. 2. ed. Madrid: Espasa-Calpes, 1982. ______. O desespero humano. Tradução de Adolfo Casais Monteiro. São Paulo: Unesp, 2010.

______ Temor e tremor. Tradução de Maria José Marinho. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

VAZ, Henrique C. de Lima. Experiência mística e filosofia na tradição ocidental. 2.ed. São Paulo: Loyola, 2009.

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