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dantes era um luxo é agora uma prática corrente ou necessidade e faz parte do orçamento da viagens. Aqui também é necessário adequar a oferta.

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4/4/2016

Ciclo de Conferências da Mobilidade à Acessibilidade

Conferência “Mobilidade e Acessibilidade do Turismo nas

Cidades Portuguesas em 2030”

Funchal, 18 de março de 2016

A Associação estreou-se pela primeira vez, com a organização de um evento fora do continente, precisamente na Madeira com a terceira ronda do Ciclo de conferências de Reflexão Estratégica, subordinada ao tema Mobilidade e acessibilidade do turismo nas cidades portuguesas em 2030.

A cidade do Funchal, com o apoio prestado pela Câmara Municipal, acolheu o evento que teve lugar no Teatro Baltazar Dias, a 18 de março de 2016. Como tem sido procurado pela Associação, estiveram presentes membros da comunidade científica e académica, representantes dos sectores dos transportes e hoteleiro, e público em geral. O Presidente da Direção ITS Portugal, Engenheiro Rui Dias Camolino, deu início ao dia de apresentações da conferência no Funchal “onde se respira Turismo e onde esperamos

conseguir melhorar o nosso entendimento sobre as interações que o Turismo tem sobre a mobilidade e a acessibilidade nas cidades e de igual modo a forma como a mobilidade e acessibilidade impactam no Turismo”.

À Professora Rosário Macário (IST/UL), Coordenadora científica do Ciclo, coube o enquadramento geral considerando que “os vários agentes têm de estar vocacionados. Há

uma frente de informação que é necessário disponibilizar e temos de saber de que várias formas a podemos disponibilizar através da mobilidade. Isto é, mobilidade ao serviço do turismo, e é um serviço de cidade competitiva”. Chamando atenção para os vários papéis

porque “o turista é também um possível agente investidor, porque pode não ser apenas

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privado é também um dos grandes protagonistas, mas para isso é necessário que os municípios estejam capacitados para ser os facilitadores”. Falando de turismo, é necessário

um esforço adicional no que já é existente, “não podemos viver tranquilamente a pensar que

o turismo vai aumentar e de uma forma passiva esperar que ele se desenvolva sem lhe darmos as devidas condições. Temos de avaliar com preocupação e critério económico e social os investimentos que vamos fazendo. Avaliar a capacidade que poderemos ter ou não de continuar a providenciar os serviços com a mesma qualidade quando aumenta a necessidade”. Para a Professora Macário é fundamental “continuar a providenciar os serviços como a mesma arte de bem receber de sempre, mas com o mesmo nível de desempenho tradicional que tem contribuído para o aumento do turismo. É uma das características que nos distinguem em relação a outros países e deve ser, essa também, uma aposta”.

O Dr. André Barreto, Administrador e Diretor Geral da Quintinha de São João e presidente da Delegação Regional da Ordem dos Economistas, foi o keynote speaker convidado. Para o Dr. Barreto “todas as opções politicas têm presente a realidade do turismo na madeira,

sem por vezes saber ao certo o que isso implica. Os superiores interesses da população local devem ser tidos em conta de forma a que são através destes que os turistas depois voltam ou não. O alvo não pode ser o turista, mas sim a população a interagir com o turista”

. Dando a devida ênfase ao produto como o fundamental a ser tratado, chama atenção para a necessidade de priorizar, “havendo apetência e procura pelo destino, os operadores

estarão mais disponíveis para arranjar soluções. A necessidade é priorizar, as coisas devem ser tratadas percebendo que o acréscimo de turistas pode revelar-se um problema para a população local”. Relativamente aos interesses da população, admite que “não existe uma resposta imediata, mas suscita a duvida e a questão, e desperta o interesse. Há que reequacionar a questão da circulação, atualizar o que já existe, adequar face às necessidades”.

Chama ainda atenção para os interesses atuais do turista, “o turista hoje é diferente, está

cada vez mais independente, já não procura apenas pacotes típicos mas sim, procura cada vez mais estar junto da população, anda em transportes públicos e aluga viaturas, o que

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dantes era um luxo é agora uma prática corrente ou necessidade e faz parte do orçamento da viagens. Aqui também é necessário adequar a oferta”.

Em representação da Câmara Municipal do Funchal esteve o Vereador para a Mobilidade Urbana Dr. Domingos Rodrigues. Não deixando de enumerar alguns dos projetos em curso entre as quais as zonas adaptadas a portadores de mobilidade reduzida, a implementação do projeto Funchal Elétrico, o Vereador Rodrigues fala também das características

orográficas da cidade e da ilha, e de que forma estas influenciam o desenvolvimento. Esclarece que se “pretende uma co-mobilidade, um sistema de mobilidade inclusivo onde

todos os cidadãos sejam tratados de forma igual independentemente de necessidades de mobilidade, faixa etária e género”. Atualmente “dá-se prioridade às deslocações pedonais melhorando o espaço publico e monitorizando (fazendo a contagem) e gestão do

estacionamento. Pretende-se, em 2030, uma cidade também orientada para os peões, uma cidade com carros, mas não uma cidade para carros. Assume-se que uma parte substancial dos cidadãos continue a utilizar o carro, mas também os transportes públicos”. Em relação

ao automóvel, a orientação que está a ser seguida visa no sentido de uma “tentativa de

acalmia de tráfego em determinadas zonas, privilegiando a acessibilidade pedonal”.

Em representação da empresa de transporte urbano, Horários do Funchal, esteve o Dr. Cláudio Mantero que manifesta preocupação por “Portugal aparecer com grande quota de

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as tendências, revela que “o mercado da mobilidade é extremamente acessível, existem

muitos atores à procura de oportunidades; o mercado turístico está a ser cada vez mais especializado, as pessoas procuram personalizar as experiencias, obviamente a

oportunidade de influenciar esses turistas não pode ser perdida”. Nesse sentido é

necessário

trabalhar no ciclo da viagem turística, trabalhar qual a estratégia a prosseguir.

Dando exemplos de como pode ser possível melhorar e questionando qual o rumo a seguir, deixa uma importante nota: “a mobilidade também precisa de tecnologia”.

A Dra. Cristina Loreto, em representação do Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, trouxe-nos a visão da secretaria regional para a

Mobilidade/Acessibilidade nas cidades da Madeira em 2030. Anunciando alguns prontos do Plano Integrado e Estratégico dos Transportes da Região Autónoma da Madeira 2014-2020, PIETRAM, afirma que “é necessário conjugar os interesses de ambos: turistas e cidadãos

residentes”. Falando desde a criação de uma imagem de marca da rede dos transportes

públicos, à vontade de ter mais transportadoras aéreas a operar rotas a partir da Madeira, a melhorar as condições de transbordo nos vários pontos, até a permitir que as embarcações se possam dirigir a outros pontos da ilha. Segundo a Dra. Loreto “o mar é um desafio, mas

também é uma oportunidade, no entanto a Madeira continua com dificuldade em chegar a outros pontos do globo; é necessário ter uma abordagem mais proactiva”.

Na primeira mesa redonda foi lançada a questão por José Monteiro Limão, diretor da

Transportes em Revista, “trabalhamos todos para o mesmo sentido? Este é o ponto, porque

se na ilha o turismo tem importância vital, esta pergunta é pertinente, o que falta no mercado do turismo?”.

A resposta chegou por parte de vários intervenientes, oradores e público em geral, falando na necessidade de adequar a legislação para permitir o estabelecimento de novos projetos e ideias que surgem com a crescente necessidade de satisfazer o ímpeto do turismo; na segmentação do turista e de que forma pode ser feita; qual a ou as estratégias a implementar; o que deve ser priorizado; e a utilização da tecnologia.

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No começo da sessão da tarde, a Professora Joana Castro Almeida (IST UL), apresentou um caso particular relativo a outra zona de Portugal Continental mas que facilmente pode ser percebida na Região Autónoma da Madeira, em concreto, relativamente à Gestão Colaborativa de Conflitos entre Turismo e Território. Segundo a Professora Castro Almeida

“no território da Madeira existem objetivos interdependentes, e uma série de entidades com interesses divergentes e que podem gerar ou originar conflitos de interesses”. É comum a

existência de planos sectoriais com interesses e objetivos que podem ser coincidentes e em simultâneo díspares entre si. Por isso, defende que “em vez dos planos sectoriais o maior

desafio, mas, no entanto, que poderia ser solução, seria um plano territorial do turismo onde todos os atores estivessem presentes e que contemplasse um líder vocacionado, chefe de produto, árbitro, mediador, etc.”.

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Turismo Social. Colocando de parte a ideia pré-concebida de que o INATEL estaria apenas vocacionado para o turismo sénior, admite que muito existe ainda por fazer ao nível da promoção da oferta na ilha. “Na Madeira, não há muita sazonalidade, a ilha é visitada

durante todo o ano, no entanto sim existem alguns períodos com maior expressão”, dessa

forma revela que “não só no Funchal, a mobilidade e acessibilidade têm de ser consideradas

nos restantes locais da ilha, nomeadamente contemplando em concreto as zonas de caminhadas e turismo de aventura, assim bem como zonas mais distantes”.

Distinguindo acessibilidade da mobilidade, sublinhou que “convém dizer que um sistema de

transportes funcional é absolutamente essencial, não só, mas também para o turismo.”

Com uma comunicação sobre o Papel dos Aeroportos na Mobilidade/Acessibilidade e Turismo em ambiente Insular, esteve presente o Dr. Francisco Fernandes, Diretor Adjunto do Aeroporto da Madeira. Referindo que o turismo representa 25% do consumo interno, “as

ilhas chegam a ser visitadas por um número de turistas 10 vezes superior ao número de residentes”, desse modo “a partilha de estratégia entre quem gere o turismo e quem gere o aeroporto é absolutamente essencial”. Enumerando as obras de modernização do

Aeroporto, salienta que “as infraestruturas são relativamente modernas, já com dimensão

intercontinental” e que está previsto até 2030 um acréscimo de 2 milhões de passageiros,

perfazendo um total de 4 milhões de passageiros por essa altura.

No segundo momento de mesa redonda, coube novamente a José Monteiro Limão dinamizar a sessão, num debate com os presentes que abordou questões como a segurança na ilha, enquanto fator de atração; capacidade para vários tipos de turismo e de turista, será que se deve segmentar ou permitir uma oferta variada para que todos tenham interesse na ilha?; existirá diálogo e interação suficiente entre os vários atores para que a promoção da ilha seja feita de forma integrada?

Concluindo-se que de facto, o turismo tem de estar a par da mobilidade e da acessibilidade e que ainda não foi explorada, convenientemente, de que forma pode existir uma parceria efetiva entre os vários intervenientes.

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O intenso desenvolvimento do Turismo em Portugal está a criar novas solicitações às redes de mobilidade. Conclui-se, portanto, que o contributo da acessibilidade em geral e dos transportes públicos em particular para um maior desenvolvimento do turismo é, sem dúvida, uma questão basilar para que se obtenha um turismo de qualidade. Deve existir uma decisão conjunta, entre os vários atores e interessados, que passa por ser capaz de minimizar o peso do poder e maximizar o valor relativo das políticas. Sendo que a génese do problema está na qualidade da decisão, uma decisão conjunta é de qualidade elevada e, portanto, deve ser desenvolvida a fim de elevar os nossos processos.

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