DEPARTAIVIENTO
DE
CIENCIAS
DA
ADMINISTRACAO
IMPLICAÇOES
SOCIAIS
DA
IMPLANTAÇÃO
DO
AUTO-ATENDIMENTO
NO
BANCO
DO
BRASIL
- `O.
CASO
DA
AGÊNCIA
LAURO
LINHARES
-ION
JOSÉ
DE SOUZA
FILHO
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE CURSO
f
FLORIANÓPOLIS,
JULHO
DE
1999
DEPARTAMENTO DE
CIENCIAS
DA
ADMINISTRACAO
IMPLICAÇOES
SOCIAIS
DA
IMPLANTAÇÃO
DO
AUTO-ATENDIMENTO
NO
BANCO
DO
BRASIL
-
O
CASO
DA
AGÊNCIA
LAURO
LINHARES
-Ion José de
Souza
FilhoProf' Orientadora
Valeska
Nahas
Guimarães, Dra.Area
de concentraçãoAdministração
da Produção
Supervisionado -
CAD5236.
BANCA EXAMINADORA
.Prof”
Valeska
Nahas
Guimarães,
Dra.
Presidente
Prof" Eloise
Helena Livramento
DellagneloMembro
Prof.
Mário
de
Souza Almeida
-
E
pelaforma como
nos é dada:
alguns “dons”,
alguns
“obstáculose alguns “facilitadores ”.
Tudo
issofaz
delauma
experiência única.AGRADECIMENTOS
"Não,
não
tenhocaminho
novo.O
que tenho de novo é ojeito de caminharAprendi (0
caminho
me
ensinou)a caminhar cantando
como
convém
amim
e aos que vão comigo.
Pois já
não
vou mais sozinho " (Thiago de Mello)Muitas
pessoas tiveram participaçãono
aprendizado (até aqui) da Ciência da Administra-ção e
na
realização deste trabalho.Ao
chegar neste estágioda
caminhada, é preciso agra- decer aos seguintes facilitadores:à
ALESSANDRA,
minha
linda esposa, pelo seu carinho,compreensão
e, principal-mente, pelo seu amor.
Sem
ele,não
camínharia
cantando;aos
meus
filhos amados,ION
NETO
ePEDRO:
porserem
uma
constante alegriaem
nossas vidas.
Sem
eles,não
saberiaporque
caminhar;aos
meus
pais,ION
eIVANIR,
por guiar-me pelos melhores caminhos: de Deus,do
amor
eda
educação;ao
meu
irmão,RAFAEL,
pela ajudana
coleta de dados;à
PROF”
VALESKA,
pela orientação neste trabalho. Durante osmomentos
dificeis suacompetência,
amizade
ecompreensão foram
qualidades evidentesna forma
como
me
orientou;
à instituição
BANCO DO
BRASIL
porque,além de
permitir a realização deste trabalhoem
suas dependências ecom
seus clientes, integra grande partede
minha
vida;aos funcionários, clientes e ao Gerente
da Agência Lauro
Linhares pelas informaçõesfornecidas e pela atenção dispensada;
aos
demais
colegas de curso,que
certamente serão lembradoscom
muito carinho pelos diñceis,mas
agradáveis,momentos
de crescimentoque
tivemos juntos.àqueles professores
do Departamento
de Administração que,além
de compartilhar os seus conhecimentos,foram
amigos, alegrando-secom
as vitórias e apoiando as lutasSUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
VI
LISTA
DE
ANEXOS
VIIRESUMO
VIIIrNTRoDUçAo
9 2OBJETIVOS
11 2.1 Objetivo principal 11 2.2 Objetivos secundários 11 3REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
123.1 Inovação: questão de sobrevivência 12
3.2 Conseqüências das inovações 13
3.2.1
As
mudanças
para os funcionários 153.2.2
As
mudanças
para os clientes 184
METODOLOGIA
20
5
A
IMPLANTAÇÃO
DO
AUTO-ATENDIMENTO
NO BANCO DO
BRASIL
22
5.1 Identificação
da empresa
22
5.2
A
implantaçãodo
auto-atendimentono
Banco
do
Brasil 235.3 Pesquisa para verificação das implicações da implantação
do
auto-atendimentono
Banco
do
Brasil26
5.3.1 Pesquisa de
mercado
com
os clientes pessoas fisicas27
5.3.2 Pesquisa
com
os funcionários daAgência
38
5.4
A
visão sindical da implantaçãodo
auto atendimento 41CONSIDERAÇÕES
FINAIS
44
7
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
48
Figura 1 Figura 2 Figura3 Figura
4
Figura5 Figura 6 Figura7 Figura8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16LISTA
DE
FIGURAS
Perfil dos clientes pesquisados
-
Sexo
27
Perfil dos clientes pesquisados
-
Escolaridade27
Perfil dos clientes pesquisados -
Tipo
de conta-corrente28
Perfil dos clientes pesquisados
-
Tempo
que
é clientedo banco
29
Motivos da
não-preferência pelo auto-atendimento30
Horário de utilização
do
auto-atendimento30
Necessidade de ajuda
de
funcionário para realizar as transações 31Problemas que
prejudicam,com
freqüência,o
auto-atendimento32
Satisfação dos clientes
em
relação ao auto-atendimento 33Satisfação dos clientes
em
relaçao ao atendimento internoda Agência
34
Motivos
das insatisfaçõescom
o
atendimento interno34
Satisfação quanto ao atendimento pessoal dos funcionários 35
Clientes
que
possuem
microcomputador
em
casa36
Utilização
do
Home-Banking
pelos clientesque
possuem
microcomputador
em
casa36
Motivos da
não utilizaçãodo
Home-Banking
pelos clientesque
possuem
microcomputador
37
Anexo
1-
Anexo
2-
Anexo
3-
LISTA
DE
ANEXOS
Questionário aplicado aos clientes
da Agência Lauro
Linhares paraverificação
do
seu nível de satisfaçãocom
a implantaçãodo
auto-atendimento
Questionário aplicado aos funcionários
da Agência Lauro
Linhares paraverificação das implicações sociais causadas pela implantação
do
auto-atendimento
Entrevista realizada
com
o Secretário deComunicação
do
Sindicato dosEmpregados
em
Estabelecimentos Bancários~
SEEB
de
Florianópolis eRE
SUMO
Para fazer frente a estabilização financeira e para garantir sua sobrevivência, os
bancos
vêm
investindoem
ganhos
de produtividade eda
sua capacidadede
atendimento.O
uso
da
tecnologia de auto-atendimentovem
de encontro a esta necessidade, passando para o cliente a execução das tarefas rotineiras. Vários são os reflexos causados por essa auto-mação:
desemprego, necessidadede
requalificação,mudança
de
cultura, qualidadede
vida,~ ~
alteraçoes salariais, alteraçoes
na
qualidade dossewiços
prestados, entre outros.O
objetivo principal desta pesquisa, consistiuem
analisar as implicações soci-ais
da
implantação de tecnologia de auto-atendimento sobre os clientes e funcionáriosdo
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares. Para tanto, foi utilizado ométodo do
estudode
caso, utilizando-se
de
e pesquisa documental, questionários e entrevistascom
os clientes e\
Desde
o início'da década de
90,o
sistema financeiro brasileirovem
atravessan-do
duas grandes transições:do
protecionismo à aberturado mercado
brasileiro e da culturainflacionária para a estabilidade monetária.
Apesar
deambos
processos ainda estarem con-solidando-se,
parecem
ser irreversíveis.A
conseqüência imediata destenovo
cenário é a retirada da maior fontede
ren-da
dosbancos
brasileiros nos últimos anos: ofloat
ou
receita inflacionáriaque
inviabilizouinúmeras instituições
no
País.Em
1988
existiamno
país450
instituições bancárias (IO-CKYMAN,
OLIVEIRA
&
VOIGT,
1996).Em
1998, dez anos depois, estenúmero
éde
apenas
201
(CARDIAL,
1999).JOCKYMAN,
OLIVEIRA
&
VOIGT
(1996),prevêem
que, até o final
do ano
2000,não
ultrapassará a 100 instituições.Para fazer frente a esta
nova
realidade e para garantir sua sobrevivência os ban-cos
vêm
investindoem
ganhos
de produtividade eda
sua capacidadede
atendimentosem
aumentar
suas despesas fixas.O
uso
da tecnologia de auto-atendimentovem
de
encontro a esta necessidadedos bancos, pois passa para
o
cliente aexecução
das tarefas rotineiras dos bancos: saquesem
dinheiro, depósitosem
conta-corrente, retirada de talonários de cheques,pagamento
detítulos,
empréstimos
pessoais, e outros. Para os funcionários das empresas,ficam
as fun-ções
mais
complexas,como
venda de
produtos (cartões de crédito, seguros, planos de pre-vidência, leasing) e serviços (consultorias sobre
opções
de investimento).segundø
CARDIAL
(1999, pao),“Nos últimos três anos, o mercado de automação bancária passou por
um
período deexpansão, motivado por grandes compras de equipamentos pelas instituições financei-
ras.
De
1996, para cá, houveuma
evolução significativa nonúmero
de máquinas deauto-atendimento e os bancos criaram grandes redes para oferecer serviços melhores
Ciente desta
nova
realidadedo
setor bancário e,também, da
importância dosclientes para
uma
empresa, este trabalhotem
por objetivo demonstrar estanova forma
deatender (auto-atendimento)
em uma
organização bancária e, principalmente, demonstrar asimplicações causadas por esta automação,
ou
sejam, suas conseqüênciasou
reflexos sobreas pessoas
-
ou
gruposde
pessoas -que
se relacionamcom
a empresa.Vários são os reflexos causados pela automação: desemprego, qualificação, ca-
pacitação profissional,
mudança
de
cultura, relaçõesde
poder, participação e democratiza-ção
no
ambiente de trabalho, qualidadede
vida, melhoriasna
qualidade dos serviços pres-tados, etc. ~
Considerando
a amplitude deste tema, delimitou se a atuaçao deste trabalho,que propõem-se
a investigar a questãodo
desemprego,da
requalificação, das alteraçõessalariais e das
mudanças
no
ritmo de trabalho -no
ambiente internoda
empresa.No
ambi-ente externo serão analisadas questões quanto à aceitação
da
tecnologia e a satisfação dos2.1
Objetivo
principalAnalisar as implicações sociais
da
implantação de tecnologia de auto-atendimento sobre os clientes e funcionários
do
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares.2.2 Objetivos secundários
Identificar as
mudanças
que
ocorreramno
atendimentodo
Banco
do
Brasil,com
a implantaçaodo
auto atendimento; 'Constatar se
houve
adaptação dos. clientesdo
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares, à
nova forma de
atendimento;Verificar
o
nível de satisfação dos clientesdo
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares, após a
implementaçao do
auto atendimento;Analisar as implicações sociais sobre os funcionários
do
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares, pela implantaçãodo
auto-atendimento,no que
diz respeito aos níveis de emprego, qualificação, alterações salariais e ritmode
3.1 Inovação:
questão de
sobrevivênciaPara
que
semantenha ou
se conquiste os clientes e a tãopromulgada
“competi-tividade”, é necessário
que
as organizaçõesdefinam
novas
estratégiasde
atuação,ou
seja,para estar “vivo”
num
mercado onde
a concorrência é cada vezmais
acirrada, e necessáriomudar, é necessário inovar.
De
acordocom IDÉIAS
AMANA
(1989, p.45), “é pela inovação que asempre-
sas
conseguem
atender~
e atémesmo
superar-
às necessidades e expectativas dos consu-midores
em
transformação,num
padrãoacima
dos concorrentes, assegurando atração eretenção
de
clientes e força de competição”.'
DRUCKER
apud
CARVALHO
(1998) reforça afirmandoque
a inovaçãomantém
aempresa
viva, competitiva, eem
algins casos permite ganhar a liderança, esta-belecendo
novos
rumos
para a concorrência e para os clientes.A
inovação é algo capaz de~
mudar
o valor e a satisfaçao obtidos dos recursos pelo consumidor.Mas
inovarnão
é, necessariamente, sinônimo de inventar. Inovarpode
ser tam-bém
consideradoo
uso de tecnologias novas,mas
já existentes, para melhorarum
produtoou
um
processo.Na
opinião deSCHUl\/[PETER apud
FIATES
(1997), a inovaçãopode
ser frutode
uma
invençãoou da
aplicação deuma
tecnologia já existente.GONÇALVES
and
GOMES
(1993)também
concordam
ao colocaremque
ino-vações tecnológicas
não
são apenas aquelasque
sebaseiam
em
computadores,nem
aquelascompletamente
inéditas, e sim a tecnologianova
para aempresa
em
questão,mesmo
que
Não
dá
para falarem
inovaçaosem
falarem
tecnologia - reportando-se auma
concepção ampla
de tecnologia, pois é necessário terem
mente que
tecnologianão
sãoapenas “máquinas”, “computadores”, equipamentos, etc. Tecnologia
também podem
ser osmétodos
utilizadosna
fabricaçao de bensou
serviços.GONÇALVES
(1994) propõeuma
subdivisãoda
tecnologiaem
tecnologias so-ciais - ligadas aos
modos
de organização e técnicas gerenciais - e tecnologias materiais -relacionadas aos processos de conversão e produção,
ou
seja, máquinas,equipamentos
eferramentas.
Na
visão deFARIA
(1992, p.27), “tecnologia deve ser[também]
entendidacomo
o
conjunto de conhecimentos aplicados aum
determinado tipode
atividade”.O
autorclassifica, ainda, as novas tecnologias
em
dois tipos: de produto e de processo.“a tecnologia de produto refere-se a mercadoria
com
função específica, seja esta deconsumo, de capital ou intermediária-insumo.
A
tecnologia do processo compreendeas técnicas e o uso das técnicas que interferem
no
processo de trabalho/produção, de maneira a modificá-lo, organiza-lo, racionalizá-lo, sejam tais técnicas de origem fisica (máquinas, peças, componentes) sejam de origem gerencial” (1`bid., p.29)Ainda segundo
o autor, a tecnologia de processopode
ser sub-divididaem
tec-nologia
de
gestão -que
corresponde ao “conjuntode
técnicas, instrumentosou
estratégiasutilizadas pelos gestores para controlar
o
processo deprodução
em
geral, edo
trabalho,em
particular, de maneira a otimizar os recursos nele empregados”(íbid,p.29) - eem
tecnolo- gia fisica,que compreende
desde as técnicasmais
simples até asmais
sofisticadas eque
constituem
em
novas
tecnologias de processo.Segundo
o autor, os tipos de tecnologia (ti-sica e de gestão) são interdependentes, pois à
medida que
as fisicas são introduzidasnovas
tecnologias de gestão,mas
sofisticadas,vão
sendo necessárias.un
3.2
Consequencias das
inovaçõesSeja através de novas
máquinas ou
equipamentos, seja através denovos
proces-sos, o desenvolvimento tecnológico,
ou o
grau de inovaçãoda
empresa, por si só,não
ga-rante
o
seu sucesso. Inovações,mesmo
quando
apoiadasem
tecnologias conhecidas e efi-Para
POSTMAN
(1994, p.14), “... éum
erro suporque
qualquer inovação tec-nológica
tem
um
efeito unilateral apenas.Toda
tecnologia, tanto, éum
fardocomo
uma
bênçao;
não
éuma
coisaou
outra,mas
sim isto e aquilo”.As
inovações contribuem para transformações nas empresas, nas relaçõescom
os clientes, nas relações
com
os empregados,em
suma,na
relaçãocom
o meio-ambiente
externo eno
ambiente organizacional.Na
visão dePOSTMAN
(z'1›z'd., p.z9),“As novas tecnologias alteram a estrutura de nossos interesses: as coisas sobre as quais pensamos.
E
alteram o caráter de nossos símbolos: as coisascom
que pensamos.E
alteram a natureza da comunidade: a arena nos quais os pensamentos se desenvolve.Uma
tecnologia nova não acrescentanem
subtrai coisa alguma. Elamuda
tudo”.Em
virtudedo
determinismo tecnológico presenteno
conceito acima, é impor-tante frisar,
que
elanão
muda
sozinha.A
tecnologia contribui.De
acordocom
ENGUITA
apud
GUIMARÃES
(1995, p.20), esta postura de-terminista “remete a
um
entendimento da tecnologiacomo
uma
imposição,um
elementopré-ordenado, ao qual todos
têm
que
se adaptar,ou
seja,um
fatalismo. [...] a tecnologiaresulta de
opções
políticas e ideológicas eque
éum
poderoso instrumento para estes fins”.segundo
KALLEBERG
apud
GUIMARÃES
(1995, p.2o),“... a tecnologia não é vista
como uma
variável independente, nas explicações da con-cepção e da
mudança
organizacional,nem
seus efeitos são claros e seguros.O
seu desenvolvimento e uso são influenciados, e influenciam,uma
série complexa de fato- res sociais.Além
de que, as conseqüênciasdevem
ser compreendidas na interaçãocom
diversos fatoresem
um
contexto institucional. ”GUIMARÃES
(1995, p.22), conclui muitobem
afirmandoque
“o cuidado que se deve ter é, pois, considerar a influência de todos os fatores variá-
veis,
sem
direcionar de forma tendenciosa, as conclusões paraum
ou outro fator, o queredundaria
em
outros tipos de determinismos.A
tecnologia deve ser tratadacomo
uma
variável social que influencia,
mas
não detennina, as estruturas da organização e do trabalho. ”GONÇALVES
(1994), consideraque
novas tecnologiasvão sempre
provocarmudanças
no
ambiente social da organização, e é dificil imaginaralguma
inovação tecno-lógica
que
possa ser introduzidana empresa
sem
provocaralgum
efeito.Ao mesmo
tempo
que pode
trazer beneficios para a empresa, atravésda
dimi-nuição dos custos e
aumento da
produtividade,pode
geraralgumas
implicações-
para seusclientes internos e externos -
que
podem, no
limite, inviabilizar a empresa.3.2.1
As mudanças
para
os funcionáriosA
introdução de tecnologias, principalmenteda automação
de cadeias produti-vas,
têm
levantado discussões a respeito de seus efeitos sobreo
ambiente internoda em-
presa,ou
seja, seus empregados.De
todas as implicações advindas dasmudanças
provocadas pelouso da
tec-nologia a
mais
discutida e polêmicatem
sido a alteração dos níveisde
emprego. ~“A
reprodução do capital impoe aos trabalhadores [...] duas tendências contraditórias:de
um
lado, “empregar trabalho omenos
possível para produzir quantidade igual oumaior de mercadorias e magnitude igual ou superior de mais-valia°; e de outro, “em-
pregar o maior
número
possível de trabalhadores” para aumentar a magnitude da mais-valia”.
MARX
zzpzzâESPÍNDQLA
(1935, p.s9),MARQUES
(1985, p.28) colocaque
“a discussão relativa aoemprego ocupa
hojeo
lugarque
a questão salarialocupava
durante as décadasdo
pós-guerra”.Dentro
desta importância,CORIAT
(1988) considera aautomação
como
um
poderoso instrumento de redução
do
efetivoempregado,
se consideraruma
únicaempresa
e
em
termosde
uma
quantidade produzida constante.GONÇALVES
and
GOMES
(1993) reforçam dizendoque
um
dos impactosprovocados
pela introdução denovas
tecnologias é a reduçãodo
nívelde
empregos.ESPÍNDOLA
(1985), salientaque
a diminuiçãodo
ritmo de crescimentodo
TAUILLE
(1986, p.24) destacaque
a“ameaça
agora recaitambém
sobreo
se-tor de serviços (que antes servia de colchão amortecedor e absorvedor
do
emprego
expeli-do
pela indústria),que
também
está sendo automatizado”.Porém,
TAUILLE
(1986, p.24) escreveque “não
automatizarpode
significarperda
de
competitividade e, conseqüentemente,volumes de desemprego
ainda maiores”.CORIAT
(1988) conclui muitobem
ao afirmarque
os efeitos negativosda
re-dução
dosempregos
pela automatização são certos e imediatos, enquanto os efeitos positi-vos
são condicionais e de mais longo prazo.Outra implicação
que
pode-se observar é quanto a qualificação exigida após aimplantação
de
novas tecnologias.Para
RODRIGUES
(1986), a introdução de tecnologiaspode
geraruma
incom-
patibilidade entre as habilidades disponiveis e as habilidades exigidas, de tal
modo
a pro-vocar
um
deslocamento demão-de-obra
dentro da própria organização,como
na
divisão econfiguração
do
trabalho.~
MARQUES
(1985, p.28) concordaque
aautomação
“permite a qualificaçaodo
trabalhador e a introdução de propostas de trabalho participativa eem
equipes”. Entretanto,também
argumenta que
“assimcomo
a tecnologia libera ohomem
do
trabalho repetitivo emonótono,
cria outroscom
asmesmas
características”.“O
processo de automação tanto na indústria quanto nos serviços, criaum
movimento
contraditório de qualificação/desqualificação.A
concepção da máquina, parte das tare-fas de sua produção e de sua operação, constituem atividades qualificadas ou super-
qualificadas. [...] Por outro lado, a introdução do robô ou da máquina ferramenta
com
controle numérico e do computador suprime alguns postos qualificados e semi- qualificados.
Os
trabalhadores viram acessórios e parte deles passa a ocupar funções de vigilância e de manutenção. ”ESPÍNDOLA
(1985, p.87)Mas,
em
mudando
as necessidades de qualificação para o trabalho, dequem
é a responsabilidadede
readequar as habilidades para as novas exigências?MARQUES
(ibid.) sugereque não
só o Estado adoteuma
políticaadequada de
formação
de forças de trabalho, especialmente voltada para os jovens,como também
pro-Estas
mudanças
nas exigênciasde
habilidades trazem consigo outro fator:o
salarial.Na
visão deMARQUES
(1985, p.31),“nem
sempre o novo posto de trabalho exige asmesmas
qualificações que o anterior,ocasionando perda de conteúdo ou necessidade de treinamento para a nova função.
Nessa problemática se imbricam mais duas: havendo perda de conteúdo, é garantido o
nível salarial?
Havendo
necessidade de novos conhecimentos, esses se traduzemem
aumento salan`al?”
Além
destas três implicações,CARVALHO
(1998) cita outras implicações.A
autora classificaem
cinco tipos os impactos-
ou
implicações -da
implantaçãode
tecnolo-I ~ ~
gia
em uma
organizaçao:a) a perda de função
~
ou
perdado
emprego
que
foi discutidoacima
e segun-do
a autora é a preocupaçao dominante;b) desenvolvimento
do
trabalho-
é a percepção dos usuários quanto a utilida-de
da
mudança
e sua eficácia;c) impacto
no
trabalho-
característicasdo
trabalhoque
são afetadas pelamu-
dança,
como
conteúdo (quetem
impactona
qualificação), ritmo,modo
como
as pessoas avaliam este trabalho (satisfação, motivação);d)
mudanças
organizacionais-
asnovas
tecnologiaspodem
criarmudanças
mais amplas,
como
mudanças
no
poder e estruturas de influência,e) conseqüências
da
tecnologia-
qualqueruma
dasmudanças
acima
acarreta-rá,
como
conseqüência,em
outrasmudanças
nas políticas de recursos hu-manos:
salários,promoções
e outros aspectos dos sistemas derecompensa
estrutura
de
carreira, etc.É
necessário observar que,em
algumas
situações, a automatizaçãodo
trabalhovem
de encontro aos anseios aos trabalhadores,melhorando
as condições de trabalho, ti-rando os
homens
do
trabalho prejudicial.ESPÍNDOLA
(1985, p.88), reconheceque
a substituiçãodo
homem
pormá-
quina
em
postos altamente penosos, perigosos, insalubres, etc., éde
extrema importância3.2.2
As mudanças
para
os clientesNa
visão dePEREIRA
and
CRIVELLARI
(1991), a automação, por si só,não
serve de atrativo exclusivo para a clientela.
CARVALHO
(1998, p.2l) consideraque
“a qualidadedo
serviço, deuma
ma-
neira geral,
tomou-se
importante fator na decisãode
compra
onde
o cliente, ao ficar entrepreços iguais,
não
teria porque
optar porum
serviço de pior qualidade. ”GEORGE
and
WEIMERSKIRCH
apud
ABREU
and
CARVALHO
(1996), re-força
que
existeuma
demanda
dos clientes por serviços de alta qualidade, a baixo custo e rápido, eda empresa
por retorno dos investimentos.De
acordocom
o autor, atingir estesobjetivos é o ponto chave
da
prestaçaode
um
serviçoque
agrade os clientes e se traduzaem
beneficios para a empresa.Segundo
MOREIRA
(1996, p.58), “é precisonão
esquecerque
as percepçõesda
qualidadedo
serviço são afetadas peloque
é fornecido,vem como
pelaforma
com
que
o cliente é tratado
quando
o serviço é fornecido”.CARVALHO
(1998, p.2l) consideraque
“um
dos principais elementos para fornecerum
serviço voltado ao cliente são osequipamentos
e o materialque
acompanham
o serviço”.
Entretanto, ao oferecer novas tecnologias, a
empresa submete
os clientes amu-
danças
em
seus cotidianos e apesar dessasmudanças,
muitas vezes,serem
provocadas pe-las pressões dos próprios clientes, por serviços
mais
eficientes-
utilizando aquiuma
abor-dagem
de qualidade baseadano
usuário, que, paraSHIOZAWA
apud
CARVALHO
(1998), incorpora conceitos subjetivos pautados nasatisfação de preferência
da
maioriados
consumidores
-,nem
sempre
elesconseguem
se adaptar às inovações.GONÇALVES
and
GOMES
(1993)colocam que
esta não adaptação às inova-ções e às
novas
tecnologiaspode
ser causado pela “cyberphobia”que
é “omedo
do
com-
putador e de coisas relacionadas a ele”.
Segundo
os autores muitos destesmedos
sedevem
a falta de experiência (treinamento) dos usuários, o
que
leva a termedo
de serem conside-rados incompetentes,
cometerem
erros e atémesmo
perderem
o controle.MANAS
(1994) consideraque algumas
atitudesque
sãotomadas
pelas pessoasum
mundo
do
qualnão
faz parte, criaruma
imagem
deautonomia
(subvalorizar a tecnolo- gia) e sentirmedo
do novo
(demonstrado através de reações contrárias) devido ao conhe-cimento insuficiente sobre a
nova
tecnologia.Mas
baseadosno
conceito deSHIOZAWA
inCARVALHO
(1998, p.22) paraempresas prestadoras de serviço, de
que
“qualidade é amaximização do
sucessodo
clien-te”, é necessário facilitar a adaptação dos clientes às
novas
tecnologias, pois deve-se con-siderar a satisfação
do
clientecomo
a principalvantagem
competitivada
empresa.VELHO
(1995)afirma
que
para satisfazer os clientes é necessário saber as di-mensões que
representam valores para eles e concentrar-seno
aperfeiçoamento destas di-mensões.
Muitos
clientes ficam satisfeitos, simplesmente, pela implantaçao (o que gera apossibilidade
do
uso)da nova
tecnologia. Outros,porém,
resistirão mais a adaptar-se, e necessitarão deuma
atençãomaior
em
outros aspectosdo
atendimento a que elesdêem
valor.H
SHIOZAWA
apud
VELHO
(1995) identifica dois tipos de necessidades: ne- cessidades racionais e necessidades afetivas.As
necessidades racionais são claras, objeti-vas e
podem
ser descritas facilmente (preço, prazo, etc.).As
necessidades afetivas sãomais
subjetivas e
demandam
maior
dificuldade para sua identificação (flexibilidade,bom
aten-dimento, simpatia, etc.)
Fazer
com
que
os clientesabsoivam
asmudanças,
sem
maiores insatisfações, éo
grande desafio 'dasempresas na implementação
de inovações.Tipo de
pesquisa: caracteriza-secomo
uma
pesquisa teórico/empírica e explo- ratória/descritiva.Método:
ométodo
utilizado foio
estudode
caso,uma
vez que
se analisou asimplicações
da
automação
em uma
única organização.Coleta
de
dados: os dadosforam
obtidos através dedados
primários e análisedocumental.
1
Os
dados primáriosforam
obtidos através de pesquisade campo, onde foram
utilizados questionários aplicados por entrevistador (para garantir o retorno total dos ques-
tionários aplicados),
com
respostasfechadas
e entrevista estruturada,que segundo
n
LAKATOS(1991)
é aquelaem
que
o entrevistador segueum
roteiro previamente estabele-cido
com
perguntas pré-determinadas.As
questõesforam
elaboradas tendocomo
base abibliografia pesquisada sobre o assunto.
Num
primeiromomento
foram
aplicados questionários (anexo 1) aos clientesdo
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares. Entende-se por clientes àquelas pessoasque
detém
conta-correnteno
Banco.As
pessoasque não
possuem
conta-corrente,mas
que
pa-am
suas contas atravésdo banco
saochamadas
de “usuários”nao
sendo foco deste tra-7 9
balho.
O
universo desta pesquisa foi constituído pelos 2.511 clientes pessoa ñsicado
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares.Em
funçãodo tamanho
da população, a pesqui-sa foi feita por
amostragem
aleatória simples. Utilizando-seum
erromédio
amostral de7%
(sete pontos percentuais), chegou-se aum
tamanho
de
amostrade
187 clientes,que
foram
escolhidos através deamostragem
aleatória simples,em
função de sua ida aAgên-
ambi-ente
de
auto-atendimento e outrono
ambiente internoda
agência (fila dos caixas e espera dasmesas
de atendimento).Posteriormente
foram
aplicados questionários (anexo 2) aos funcionáriosda
Agência Lauro
Linhares.O
universo desta pesquisa foi constituído de treze pessoas, dosquais
foram
entrevistadosonze
(dois funcionáriosestavam
ausentes-
férias).Para a obtenção
da
visãodo
Sindicato dosEmpregados
em
EstabelecimentosBancários
~ SEEB,
de Florianópolis e Região. Foi utilizada a entrevista estruturada,com
oSecretário
de
Comunicação
deste sindicato..
Também
foi utilizada a análise documental, atravésda
pesquisa dedados
em
relatórios, normativos, correspondências e
dados
de sistemasdo
Banco
do
Brasil e atravésda
Home
Page
do
Banco
do
Brasil (http://wwwbancobrasil.com.br)no
dia 18/07/99.Análise e interpretação
dos
dados: os dados coletadosna
pesquisa de satisfa-ção, realizada
com
os clientesda Agência Lauro
Linhares,foram
analisados quantitativa-mente, utilizando-se de técnica estatística simples (percentual).
Já os dados coletados
na
pesquisa realizadacom
os funcionáriosforam
analisa-dos qualitativamente, principalmente
em
virtudedo tamanho
reduzidodo
universo de pes-quisa.
Limitação
do
trabalho:em
virtudeda
amostra irrelevante utilizada(uma
únicaagência), este trabalho é limitado à situação observada e por isto denominada,
“O
casoda
Agência Lauro
Linhares”, nãopodendo
suas conclusões serem estendidas àsdemais
agên- ciasdo
Banco
do
Brasilsem
uma
análisede
cada situação.NO BANCO
DO
BRASIL
5.1
Identificação
da empresa
1A
organização escolhida para esta pesquisa foio
Banco do
Brasil.Fundado
em
12
de
outubro de1808
pelo Príncipe D. João (mais tarde, D. João VI, Rei de Portugal) foio
primeirobanco
a funcionar nos domínios portugueses,o
primeiroda América
Latina eo
quartobanco
emissorde
moeda
do mundo.
Hoje,
com
190 anos, oBanco
do
Brasil é omaior banco do
Paísem
ativos etambém
amaior
instituição financeira daAmérica
Latina.É
uma
sociedadede economia
mista,com
capital divididoem
ações ordinárias (negociadas nas bolsasde
valores desde1906) e preferenciais (ações
com
direito a voto) cujo sócio majoritário é a União.Possui cerca de 5.492 pontos de atendimento, das quais 2.819 são agências au-
tônomas
e35
estão localizadasem
outros26
países de quatro continentes diferentes, loca- lizados nas principais praças financeiras internacionais.Trabalham no banco aproximadamente
70.000empregados que atendem
seus10 milhões
de
clientes eque
buscam
cumprir a missãoda
empresa: ser0 melhor banco
do
Brasil, assegurar
a
satisfaçãodos
clientes, atenderas
expectativasdos
acionistas e con-tribuír
para
o
desenvolvimentodo
País. Para isto, realizam o negóciodo
Banco
do
Brasil:serviços bancários, intermediação financeira,
venda de
produtos nas áreas de seguridade,1
Os dados obtidos neste capítulo foram obtidos na Superintendência Estadual do Banco do
Brasil
em
Santa Catarina, através de pesquisa documental. Foram pesquisadas: correspondências internas desta Superintendênciacom
os órgãos de direção geral do bancoem
Brasília, Relatório de controle de entre-ga de equipamentos, Dados do SISBB (Sistema de Informações do Banco do Brasil - rede interna).
Além
dos dados desta pesquisa, algumas informações foram retiradas do site do Banco do Brasil na internet (http://www.bancobrasil.com.br) no dia 18/07/1999.
previdência privada e capitalização, administradora
de
cartões de crédito, agríbusíness,além
de alguns serviços especiais indispensáveis ao sistema financeiro nacional:compen-
sação nacional de
documentos
e suprimento de numerário a todo sistema bancário.Este trabalho foi realizado na
Agência Lauro
Linhares,em
Florianópolis, SantaCatarina,
que
situa-se àRua
Lauro
Linhares, 589,no
bairro Trindade,na
capital deste Es-tado e atende a 2.753 clientes, destes 2.511 são clientes pessoa fisica (foco
da
pesquisaentre os clientes).
Em
relação ao tipode
conta-corrente, pode-se dividir os clientes pessoa fisicaem
4 tipos distintos: clientesCheque-ouro - 848
contas (33,8%); clientescheque
especialClassic
-
544
contas (21,7%); cheques especiaisBBCampus
(exclusivo para universitários)-
233
contas (9,28%) e contas-correntecomum
(sem cheque
especial)- 886
contas(35,28%) (Dados
relativos ajunho
de 1999).Em
junho
de 1998,ou
seja, apenas 12meses
antes, aAgência
tinha2.02%
crescimento de
23,82%
no
número
de contas-correntes pessoas fisicas.Sua
administração écomposta
porum
gerente de agência eum
gerentede
ex-pediente.
Atualmente
contacom
uma
funcionária exercendo a funçãode
supervisorade
atendimento, três funcionários
que exercem
a funçaode
caixa, três exercendo funçoesde
suporte ao atendimento e quatro
no
atendimento aos clientes (vendade
produtos, aplica- çoes, etc.).5.2
A
implantação
do
auto-atendimento no
Banco
do
Brasil 2No
intuito de sero
maiorbanco
de varejodo
Brasil, oBanco
do
Brasil teveque
adequar sua estrutura para competir
em
produtividade emodernidade
com
os maiores ban-co privados
do
pais. ~2
Os dados obtidos neste capítulo foram obtidos na Superintendência Estadual do Banco do
Brasil
em
Santa Catarina, através de pesquisa documental. Foram pesquisadas: correspondências internas desta Superintendênciacom
os órgãos de direção geral do bancoem
Brasília, Relatório de controle de entre-ga de equipamentos, Dados do SISBB (Sistema de Inforrnações do Banco do Brasil - rede interna).
Além
dos dados desta pesquisa, algumas informações foram retiradas do site do Banco do Brasil na intemet (http://wwwbancobrasil.com.br) no dia 18/07/1999.
Para tanto, foi aprovado pela diretoria
do Banco,
em
06/05/97, o “Planode
Automação
de Agências e Padronizaçãodo
Atendimento”,que
tem
como
objetivo unifor-mizar as
formas
de atendimento dos serviços bancários,melhorando
a qualidadedo
aten-dimento aos clientes, a partir
do
redirecionamento desses serviços dos guichêsde
caixapara
o
auto-atendimento, priorizando os recursoshumanos
para a realização de negócios.Ely
apud
SILVA
(1999) confirma o aceito desta estratégia aoafirmar que
“aautomação
representa para osbancos
uma
importante estratégia de competiçãono
mercado
financeiro,
buscando
passar aos clientes a idéia de agilidade e confiabilidadeno
atendi-mento”
.Paralelamente à aquisição dos
novos
equipamentos, foi realizada,uma
reformavisual das agências, para padronizar a identidade visual
do
Banco
do
Brasil e para facilitar0 acesso dos clientes, prioritariamente, nos ambientes de auto-atendimento.
Nesta
reformatambém
foi instalada infra-estrutura para implantação de redes locaisem
todas as agências,permitindo interligar os equipamentos existentes aos recém-adquiridos.
PEREIRA
and
CRIVELLARI
(1991) colocaque o
padrão estético e a agilida- de, entre outros aspectos, é essencial para captar emanter o
maiorvolume
possívelde
cli-CIIÍCS.
O
objetivodo
plano é trazer os seguintes beneficios aos clientes:0
comodidade
e conveniênciana
realização de serviços; 0 rapidez e agilidade;H
0 utilização de qualquer agência
do banco
para realização de serviços; 0 flexibilizaçãodo
horário bancário (24 horas por dia, 7 dias por semana);0 atendimento padronizado
em
todas as agênciasdo Banco;
0
maior
disponibilidade de atendentes para realização de negócios.Foram
instaladosno
Brasilno
final de 1998, 5.534 terminaisde
auto-atendimento divididos
em
terminaisde
saque, de recebimento de depósitos e dispensadoresde talonários de cheques.
Além
destas funções específicas,em
todos eles estão disponíveispara os clientes outras transações,
como:
0, transferências entre contas (contas-correntes
ou
de poupança);0 extratos, saldos e
comprovantes
depagamento
e depósito; 0pagamentos de
contas, impostos;0 autorização para débitos mensais
em
conta-corrente (contas de luz, telefone, água, etc);0 solicitação de empréstimos pessoais,
financiamentos
de automóveis e leasing;0 investimentos - aplicações e resgates;
0 aquisição de produtos (títulos de capitalização, etc.).
No
final de 1998,65,8%
de todas as transações dos clienteseram
efetuadassem
a interferência deum
funcionário.Para auxiliar
na
operacionalização dos terminais e estimular o seu uso,foram
contratados e treinados “atendentes-expressos”
(chamados
de “amarelinhos”,em
funçãoda
cor de seus uniformes). Estes atendentes-expressosforam
contratados porum
período tem-porário, para ajudar a amenizar o impacto desta tecnologia sobre os clientes.
Também
foipromovido
(durante o período de adaptação dos clientes)um
fun-cionário
em
cada agência para a função de “supervisorde
atendimento”com
dedicaçãoexclusiva
no
atendimento dos clientescom
dúvidas e problemasna
utilizaçaodo
auto-atendimento.
Tudo
visando facilitar a adaptação dos clientes anova forma
de atendimento.Na
Agência Lauro
Linhares,que
até então possuía apenasum
terminalde
sa-que,
foram
instalados,em
dezembro
de 1998, três terminaisde
saque,um
terminal dispen-sador de cheques e
um
terminal acolhedorde
depósitos.Em
junho de 1999, aAgência
conta
com
um
totalde
sete terminaisde
auto-atendimento instalados.'
Para auxiliar os clientes
na
realização das transações,forma
contratados, tem-porariamente, três atendentes-expressos,
que
auxiliam os clientes diariamente das08:O0H
até às 18:OOH.
Desta forma, o atendimento ao cliente foi redirecionado dos guichês
de
caixapara o auto-atendimento,
em
suas diversas formas.Num
rimeiro nível rocura-seuma
automatiza ãodo
atendimentoem
ambi-2
entes externos ao
Banco,
atravésdo Home-Banking, do
incentivode
autorização para “dé-bitos-automáticos”
em
conta-corrente e nas ra asem
ue
'á estão funcionando a utiliza-7 9
ção dos
“Quiosques-BB”
e ““Auto-BB”(auto-atendimentosem
sairdo
carro).O
segundo
nível de atendimento é proporcionado pelas reformas visuais reali-zadas nas agências,
onde
o cliente, ao entrar nas agências,têm
acesso, primeiramente aoO
terceiro nível de atendimento éo
atendimento pessoal,que
é realizadona
agência. Entretanto, o uso deste ambiente é obrigatório
em
alguns casos:0 para depósitos,
“em
espécie”,acima
deR$
1.000,00;0 para depósitos,
“em
cheques”,acima
deR$
5.000,00;0 para saques
acima
deRS
1.000,00;0 para
pagamentos acima de
R$
5.000,00; e,o para retirada
de mais
de20
folhasde cheque
(em
poderdo
cliente);Os
usuários,ou
seja, públicoque
utilizao
banco,mas
nao
possui contacorrente,
também
são obrigados a utilizar este terceiro nívelde
atendimento.Em
junho
de 1999,65,9%
das transações efetuadas por clientesda Agência
Lauro
Linharesnão
necessitam intervenção dos funcionários,ou
seja,eram
realizadas atra-vés de
alguma
das formas,acima
descritas,de
auto-atendimento.Antes
da
implantaçãodo
auto-atendimento aAgência
utilizava quatro guichêsde caixas.
Em
junho de 1999, aAgência
atende, geralmente,com
dois.Os
funcionáriosque
desempenhavam
estas funçõesforam
direcionados para realizações de negócios e supervi-são de atendimento.
5.3 Pesquisa
para
verificação das implicaçõesda
implantação
do
auto-atendimento
no Banco do
Brasil _"
Com
o
propósito de verificaralgumas
implicações sociaisda implementação
detecnologia de auto-atendimento
no
Banco
do
Brasil,foram
realizadas duas pesquisasde
campo,
ambas
no
Banco
do
Brasil,Agência Lauro
Linhares,em
Florianópolis.Uma
com
os funcionários
da Agência
para verificar possíveis alterações nos níveis deemprego
e dequalificação, modificações nos conteúdos das funções e insegurança quanto a
manutenção
do
emprego. Outracom
os clientes, visando' constatar sehouve
adaptaçãocom
anova
for-ma
de atendimento e o nível de satisfação após a implantaçãoda
tecnologia.Com
os clientes pessoas fisicasda Agência foram
aplicados questionários paraverificar a adaptação destes clientes a
nova forma
de atendimento e o nível de satisfação delescom
o atendimento após a implantação da tecnologia.5.3.1
Pesquisa de
mercado
com
os clientes pessoas fisicasEm
funçãodo
prazo restrito para realizaçãodo
estudo, esta pesquisa foi elabo-rada sob a
forma
de questionário aplicado pessoalmentedo
tipo estruturadocom
respostasfechadas
(LAKATOS
eMARCONI,
1991).Foram
entrevistados 187 clientes pessoas ñsi-cas
da
Agência.Na
pesquisaforam
utilizados dois entrevistadores:um
responsável pelaaplicação junto ao ambiente
de
auto-atendimento e outrono
ambiente internoda Agência
(caixas e atendimento pessoal).Os
gráficos apresentados nas figuras 1 a4 demonstram o
perfil dos entrevista-dos
em
termosde
sexo, escolaridade, tipo de conta-corrente etempo
como
clientedo
ban-co.
Fig. l
-
Perfildos
clientes pesquisados -Sexo
Feminino
43,4°/‹z
Masculino 56,6%
O
gráfico acima
demonstraque
a maioria masculina dos entrevistados:56,6%
¢ o Q u
são
do
sexo masculino e43,4%
do
sexo feminino.Fig. 2
-
Perfildos
clientes pesquisados -E
SCO l ar!d d
EI 8Superior 5,7% 3,1'/› lncompl. 21,4% Superior Completo 2° Completo 50.9”/É
179%
2° Incompl. 1,9%Obsewa-se
na figura
2que
50,9%
dos entrevistadospossuem
o
curso superiorcompleto,
21,4%
o superior incompleto,17,0%
osegundo
graucompleto
e apenas10,7%
~
ainda
nao
possuem
osegundo
grau.Faz-se necessário salientar o elevado nível
de
escolaridade da amostra utilizada(provavelmente
em
funçãoda
proximidadeda Agência
com
duas grandes universidades-
UFSC
eUDESC),
principalmente,em
funçãodo
assuntoem
questão-
inovações tecnoló-gicas.
Fig.
3
-
Perfil dos clientes pesquisados -Tipo de
conta-correnteComum
20,1% 3-Campus cheque. 10,7% 51,6% Cheque Classic 17,6%O
gráficoda figura
3demonstra que
51,6%
dos entrevistados são clientesChe-
que-ouro,
20,1% possuem
conta-correntecomum,
17,6%
clientes Classic e10,7%
são cli-entes
BB-Campus
(estudantes universitários).O
percentual dos clientes entrevistadosque
possuem
cheque-especial é bastanteelevado
em
relação ao percentual encontradocom
osdados
retiradosdo
SISBB, onde
33,8% possuem
cheque-ouro,21,7%
cheque
Classic,9,3% têm
BBCampus
e35,2%
contacomum.
Esta discrepância, provavelmente, sedeu
em
funçãodo
nível de escolaridadeda
amostra utilizada e,
também,
porque
os clientesque
possuem
cheque-especialmovimentam
maiores quantias e conseqüentemente,
vêm
mais
vezes a Agência.O
gráficoda
figura 4, demonstra a distribuiçãoem
funçãodo
tempo
em
que
osentrevistados são clientes
do
Banco
do
Brasil.Nele
verifica-seque
51,6%
dos entrevista-tradici-onal-,
40,3%
são clientes entreum
e cinco anos e apenas8,2%
são clientesdo banco há
menos
de
um
ano,o que
mostrauma
predominância neste estudodo
clientemais
antigo, eque, portanto, presenciou as modificações
na forma de
atendimento.Fig. 4
-
Perfildos
clientes pesquisados-
Tempo
que
é clientedo banco
Mais de 5 anos 8,2% M'É|"°s entre 1e an? 5 anos 51'5 Á' 4o,s%
A
seguir serão apresentados os resultadosda
pesquisa realizadacom
estaamostra de clientes
da
Agência.Com
relação ao auto-atendimento:a) ao serem questionados se
quando
vêm
ao banco, utilizam, preferencial-mente, o auto-atendimento,
81,8%
responderam que
sim e18,2%
respon-deram que
não. Pode-se considerar este resultadocomo
muitobom,
vistoque,
o
auto-atendimento foi instaladohá
apenas 7 meses. Portanto, pode-sedizer
que
o clienteda Agência Lauro
Linhares se adaptou muitobem
aoauto-atendimento;
b) dos
18,2%
de clientesque não dão
preferência parao
auto-atendimentoquando
vêem
ao banco,aproximadamente
45%
apresentacomo
motivo
a sua simples preferência porum
atendimento pessoal, mostrandouma
certa resistência à tecnologia euma
claramentenão
adaptados anova
tecnologia.Pelo fato de
não
conseguirem realizar suas transações sozinhos,24%
prefe-rem
vir aos caixas,10,3% dizem não
ter sido incentivados pelobanco
aFig.
5
-
Motivos
da
não-preferência peloauto-atendimento
20,7%
` ` ' w ..10,3%
24,1%
44,8%
I
Não confia no sistemaINão
consegue realizar a transações SozinhoEI Prefere o atendimento pessoal
I
Não foi incentivadoI
Outros motivosQuanto
aos entrevistadosque
utilizam, preferencialmente,o
auto-atendimento81,8%
,foram
realizadas uatroQ
P ergu
ntas es ecíficas, e P estão, J `untamentecom
os resul-tados, apresentados nos gráficos das figuras 6 a 9, abaixo:
Fig. 6
-
Horário de
utilizaçãodo
auto-atendimento
Sem preferência 46,9% Fora do horário bancário 22,3% Horário bancário 30,8%
A
primeira pergunta refere-se ao horárioem
que
utilizavao
auto-atendimento(fig. 6).
Ao
serem questionados,30,8% costumam
utilizarno
horário bancário (daslO:O0H
às l6:00H),
22,3% costumam
utilizar forado
horário bancário e46,9%
utilizamem
qual-quer horário,
não
tendo preferência.É
bastante concentrado, ainda, a utilizaçãodo
auto-atendimentono
horáriobancário,
não
atingindo, portantoum
dos objetivosdo
“Plano deAutomação”.
Uma
daspossíveis causas, inclusive apontada pelo dirigente sindical entrevistado, é a falta de segu-
rança fora dos horários
de
atendimento.Quanto
a necessidade de ajudade
funcionáriodo banco
para realizar as transa-ções
no
auto-atendimento (fig.7),45,4%
realiza as transaçõessempre
sem
ajuda,40,0%
realiza
sem
ajuda na maioria das vezes,8,5%
utiliza ajuda na maioria das vezes e apenas6,2%
sempre
precisam de ajuda para realizar as transações.Através deste item nota-se a importância
que
aadoção da
estratégiade
disponi-bilizar pessoas treinadas para auxiliar
no
usodo
auto-atendimento, vistoque
54,6%
dos
clientes entrevistados, ainda procuram,mesmo
que
esporadicamente, ajuda dos “atenden- tes -expressos”. Esta estratégiade
disponibilizar pessoas, exclusivamente, para ajudarno
uso
do
auto-atendimento, certamente éum
dos fatores responsáveis pelo alto índicede
pre- ferênciana
utilização. Pode-se concluir que,em
relação aos clientes,houve
uma
preocupa-ção quanto a
minimização
dos impactos das mudanças.Fig.
8
-
Necessidade de ajuda de
funcionáriopara
realizar as transaçõesMaioria com s_e'3pre
mm
ajuda ai" a s,5°/.
63%
Sempre sem ajuda Maioria sem ajuda Â0,Ú°/oQuanto
aos problemasque
prejudicam,com
freqüência, o auto-atendimento dosclientes (fig. 8), dos clientes entrevistados,
que
utilizamo
auto-atendimento,75,4%
afir-maram
terem, freqüentemente,algum
tipo de problema, para utilizaro
auto-atendimento. Verifica-seque aproximadamente
60%
delesapontaram
a falta decomunicação
(“fora-do-ar”)
como
o problema que
mais prejudica.A
falta de equipamentos para realizar as transa-ções foi apontada por
7,7%
dos clientes e13,9% apontaram
outros problemas.Segundo
os dados acima, a indisponibilidadedo
sistema decomunicação
éum
fator crítico
de
descontentamento. Persistindoo
problema,pode
comprometer, inclusive, acredibilidade da utilização
do
auto-atendimento, levando auma
maior utilização dos gui-chês de caixa. Pode, inclusive, ser responsável pelo alto
número
de
clientes que só utilizao
auto-atendimento
no
horário bancário, levados pela desconfiançaem
relação ao funciona-mento
do
sistema.Segundo
DAVENPORT
inABREU
eCARVALHO
(1996), a satisfaçãodo
cli-ente e a eficiência dos processos são essenciais para o
fluxo
de caixa deuma
empresa.Faz-se, portanto, urgente a
adoção
demedidas
quevisem
corrigir, principal-mente, este problema.
É
importante ressaltar que,aproximadamente
25%
dos entrevistados,afirma-~
ram
nao
constatarnenhum
problema
com
o auto atendimento.Fig.
8
-
Problemas que
prejudicam,
com
freqüência, oauto-atendimento
24,6%
77% 35%
3,1%-
5,4%
53,8%
2,3%-Í
I
falta de equipamentosI
falta defuncionário para auxiliarEI falta de comunicação
I
falta de cédulas e formuláriosI
dificuldade para encontrar transaçõesI
outros problemasAo
analisar-seo
gráficoda figura
9,em
relação à satisfação dos clientescom
o
auto-atendimento
do
Banco
do
Brasil, curiosamente, a grande maioria o classificoucomo
satisfatório (7l,5%) e
26,2%
como
Ótimo,ou
seja,um
total97,7%
de
percepções positivas.Pode-se, então, interpretar,
que
os problemas apresentadosna figura
8, nãovêm
prejudi-cando
deforma
tão contundente o atendimento.Mas
a necessidade de urgente verificaçãodo problema
de “falta decomunicação”
continua, e éo
principalproblema
a ser soluciona-do no
auto-atendimento.Ainda
em
relação ao gráficoda figura
9, apenas2,3%
dos entrevistados classi-ficaram
o auto-atendimentocomo
insatisfatório.Uma
constatação bastante significativarefere-se ao fato de
que
nenhum
clienteo
considera “péssimo”, oque
mostra que,em
ge-ral, o auto-atendimento
vem
atendendo as necessidades dos clientes.Fig. 9
-
Satisfaçãodos
clientesem
relaçãoao auto-atendimento
tnsatisfatório 2,3% Ótimo 26,2% Satisfatório 71 ,5°/ø
Em
relação à qualidadedo
atendimento tradicional,ou
seja,no
interiorda
Agência
(valendo-se dos caixas emesas de
atendimento),aproximadamente
36%
conside-ram-se totalmente satisfeitos,
61%
parcialmente satisfeitos, e apenas3%
totalmente insa-tisfeitos (fig.10).
Deve-se
considerarcomo
bastante significativo onúmero
de clientesque
aindanão
está totalmente satisfeitocom
0
atendimento tradicional.KOTLER
(1995, p.50),define
satisfaçãocomo:
“o nível de sentimentode
uma
pessoa, resultante
da comparação
do
desempenho
(ou resultado)de
um
produto
em
rela-au-tor,
o
custo de atrairnovos consumidores
émaior
do que o
custode manter
osconsumido-
res antigos.
Fig. 10
-
Satisfaçãodos
clientesem
relaçãoao atendimento
internoda Agência
Totalmente insatisfeito 3,1% Totalmente satisfeito Parcialmente satisfeito 61 ,1
%
Entre aqueles
que
não
estão totalmente satisfeitoscom
o
atendimento tradicio-nal,
aproximadamente
90%
apontaram
ademora
no
atendimento (filas)como
a causada
insatisfação.
6,6%
afirmaramque
a insatisfação é causada pela falta deconhecimento dos
funcionários e 3,4 indicaram
como
causa,o mau-atendimento
e antipatia dos funcionários (fig.l 1).Fig. ll
-
Motivos das
insatisfaçõescom
oatendimento
intemo
5,9% 3,4%
89,7%
I
Demora no atendimento (filas)I
Falta de conhecimento dos funcionárioscutiva Nacional
do
Bancários,onde
mostra que, para63%
dos correntistas (pessoa entrevistados aautomação não
resolveo problema
das filas.Ainda
em
relação as filas nos guichêsde
caixa, faz-se necessário lembrar que,existe
um
grandenúmero
de pessoasque não
possuem
conta-corrente,mas
quepagam
suascontas através dele
(chamados
pelosbancos
de “usuário”). Estas pessoasnão
podem
utili-zar
o
auto-atendimento, eacabam
poraumentar
a fila.Ao
serem
solicitados a classificaro
atendimento pessoal recebido dos funcioná- riosquando
precisam utilizaro
atendimento tradicional,31,4%
dos entrevistados conside-ram
ótimo,63,5%
consideram satisfatório e4,4%
disseram acharo
atendimento insatis-fatório.
Apenas
1 cliente classificouo
atendimento pessoalcomo
“péssimo”
(fig. 12).Estes dados
demonstram
que,quando
o cliente procura o atendimento pessoal, apesarda
reclamaçãoem
relação às filas, está sendobem
atendido pelos funcionáriosda
Agência.
Fig. 12
-
Satisfaçãoquanto ao atendimento
pessoaldos
funcionárioslnsatisfatório
Ótimo 4,4%
31,4%
Pé“¡'“° safizatório
°¬5% 63,6%
Para avaliar outra
forma
de auto-atendimentoque
éo Home-Banking,
foi per-guntado aos clientes se
possuem
microcomputador
em
casa e63,5%
afirmaram possuir(fig.l3). Destes,
84,2% afirmaram
não
utilizar oHome-Banking
do
Banco
do
Brasil, contraapenas