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Academic year: 2021

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Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (NMS|FCM)

Universidade Nova de Lisboa

Relatório Final de Estágio

Mestrado Integrado em Medicina 2014-2020

Junho 2020

Ana Mafalda Ferreira Leal (a2014142)

Orientador: Dra. Teresa Libório

Regente: Professor Doutor Rui Maio

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 2

Índice

Introdução e Objetivos ... 3 Breve Descrição dos Estágios Parcelares ... 4 A. Cirurgia Geral ... 4 B. Medicina Interna ... 5 C. Ginecologia e Obstetrícia ... 5 D. Saúde Mental ... 6 E. Medicina Geral e Familiar ... 7 F. Pediatria ... 7 Unidade Curricular de Preparação para a Prática Clínica e Unidade Curricular Opcional ... 8 Atividades Extracurriculares ... 8 Reflexão Crítica ...9 Anexos ... 11 Anexo 1: Atividades Realizadas ao Longo do 6º ano no âmbito do Estágio Profissionalizante... 11 Anexo 2: Mensagens “chave” dos trabalhos apresentados ...12 Anexo 3: Esquema das Atividades Extracurriculares frequentadas... 14 Anexo 4: Certificados de Frequência dos Curtos Estágios em Férias...15 Anexo 5: Comprovativo de realização do curso TEAM ...16 Anexo 6: Comprovativo de Frequência do Congresso iMed 11.0 ... 17 Anexo 7: Comprovativo da Realização de Rastreios à População no âmbito do MarcaMundos®... 18 Anexo 8: Certificado de Conclusão de Curso Online ...18 Anexo 9: Comprovativo de participação no 1º Congresso Nacional de Imunoalergologia ... 19 Anexo 10: Certificado de Funções de Tesoureira no MarcaMundos® ... 20

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 3 Introdução e Objetivos A formação pré-graduada em Medicina, tem como objetivo fornecer as ferramentas necessárias para o exercício profissional da Medicina, capacitando os alunos para o raciocínio clínico e para a tomada de decisões nos diversos contextos clínicos, mas também preparando os mesmos para as relações interpessoais, em especial a dicotomia médico-doente e a relação com os seus familiares, mas também o trabalho de equipa e as relações entre os diversos profissionais de saúde que farão parte do exercício da profissão.

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM), é no seu sexto e último ano, constituído por um estágio profissionalizante, com o objetivo de nos preparar da melhor forma possível para a prática clínica. Deste modo, estabeleci alguns objetivos para este ano final, que assumi como transversais aos diversos estágios parcelares realizados, que passo a apresentar:

• Saber comunicar adequadamente com os doentes e os seus familiares, respeitando os seus direitos, as suas opções e crenças, garantindo sempre o cumprimento do princípio da confidencialidade;

• Adotar uma atitude proativa no desenvolvimento de competências pessoais inerentes ao exercício de medicina, nomeadamente ao nível da responsabilidade;

• Adquirir gradualmente uma maior autonomia para o exercício da profissão médica;

• Reforçar a aquisição de conhecimentos científicos e clínicos básicos, necessários para uma prática clínica responsável;

• Identificar as patologias mais frequentes de cada uma das áreas mencionadas, sabendo os princípios básicos da gestão do doente;

• Aprender a hierarquizar as situações clínicas, distinguindo aquelas que necessitam de uma abordagem urgente.

O presente relatório irá então descrever sucintamente a vivência clínica de cada um dos seis estágios parcelares que compuseram este ano final. Irão também ser descritas algumas atividades extracurriculares realizadas ao longo do MIM, com destaque para aquelas realizadas no decorrer deste ano final, e que considero serem um contributo importante para a minha formação enquanto futura médica, mas também enquanto pessoa. Por último, terminarei com uma pequena reflexão crítica.

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 4 Breve Descrição dos Estágios Parcelares A. Cirurgia Geral – 9 de setembro a 31 de outubro de 2019 Nos primeiros dois meses deste ano lectivo, realizei no Hospital da Luz de Lisboa (HLL), o meu estágio profissionalizante de Cirurgia Geral, tendo o Dr. João Rebelo de Andrade sido o meu tutor neste período.

Destas 8 semanas, 2 corresponderam a um estágio opcional, numa área diretamente relacionada com a Cirurgia Geral. Estagiei então na Unidade de Cuidados Intensivos do HLL, sendo integrada na equipa e podendo diariamente acompanhar os 8 doentes que permaneciam internados naquela unidade. Aqui tive um contacto próximo com vários doentes cirúrgicos críticos, podendo acompanhar, o pós-operatório imediato de algumas cirurgias, a realização de procedimentos como a colocação e remoção de drenos e a preparação do transporte de doentes críticos.

Nas restantes 6 semanas, a minha atividade desenvolveu-se essencialmente no bloco operatório e na consulta externa. Assisti então a 33 procedimentos cirúrgicos em contexto de bloco operatório, participando enquanto ajudante em 10 destes. Dos procedimentos a que assisti e em que participei destaco as colecistectomias laparoscópicas e a hernioplastia com colocação de prótese. Já na consulta externa, acompanhei diversos doentes, em vários estádios de doença, desde a 1ª consulta, até vigilância pós-operatória, assistindo, e ajudando pontualmente em pequenos procedimentos como a realização de pensos ou remoção de pontos.

Uma vez que se trata de uma instituição privada, sem um serviço de urgência cirúrgica dito convencional não frequentei este local. No entanto, penso ter colmatado em parte essa lacuna, através dos procedimentos de urgência a que assisti e das pequenas cirurgias que observei e nas quais ajudei.

Como parte integrante deste estágio completei o curso TEAM cujo diploma de conclusão se encontra em anexo.

Para terminar o meu estágio, apresentei no minicongresso final o trabalho realizado em grupo intitulado “Animal lover: equinococose insólita”.

B. Medicina Interna – 4 de novembro de 2019 a 10 de janeiro de 2020

Durante 8 semanas, realizei o meu estágio profissionalizante de Medicina Interna no Serviço de Medicina 2.3 do Hospital Santo António dos Capuchos, integrada na equipa de mulheres, sob a tutoria da Dr.ª Cristina Poole Costa e do Dr. Augusto Ribeirinho. Durante

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 5 este tempo, acompanhei o dia a dia da enfermaria, participando nas múltiplas tarefas que compõem o quotidiano deste local.

Apesar de diariamente discutirmos todos os doentes em conjunto, acompanhei mais de perto 19 destas doentes, apresentando, inclusivamente, uma doente na visita clínica semanal. Fazendo uma pequena análise das doentes por mim acompanhadas, percebi que a média de idades das mesmas foi de 78 anos, condizente com o envelhecimento da população portuguesa, e que os principais motivos de internamento foram do foro cardíaco ou génito-urinário.

Durante este período, acompanhei também o Dr. Christopher Saunders nos seus dias de urgência no Hospital de São José, aprendendo, acima de tudo a distinguir o que é urgente e quais as principais entidades que nos devem preocupar, daquilo que pode ser abordado posteriormente em ambulatório. Acompanhei no total 15 doentes em contexto de urgência, sendo as causas músculo-esqueléticas o principal motivo de ida à urgência nos doentes que observei.

Frequentei ainda, a Consulta de Patologia Autoimune do Dr. Rui Malheiro e a consulta de HIV do Dr. Augusto Ribeirinho, ambas de áreas específicas, com as quais não temos muito contacto ao longo da formação, mas que me permitiram, mais do que conhecimentos teóricos, entender o vasto espetro da medicina interna e contactar com patologias menos comummente presentes na minha formação. Assisti também, ao longo do estágio às várias sessões teórico-práticas organizadas pelos internos do serviço, e cujo objetivo passava pela visão clínica de alguns dos temas mais importantes da Medicina Interna. C. Ginecologia e Obstetrícia – 20 de janeiro a 14 de fevereiro de 2020 Realizei, no Hospital dos Lusíadas de Lisboa, o estágio profissionalizante de Ginecologia e Obstetrícia, com uma duração de 4 semanas. Durante este período, acompanhei de perto as atividades desenvolvidas diariamente pela Dr.ª Ana Paula Maia. Contrariamente ao estágio imediatamente anterior a este, a grande maioria da minha atividade decorreu nas diversas consultas externas especializadas que se realizam dentro da Ginecologia-Obstetrícia. Com a Dr.ª Paula Maia, assisti a diversas consultas de Ginecologia, Obstetrícia e acompanhamento de grávidas e ainda de Infertilidade, área em que a Dr.ª. Paula é especialista. Por esta razão assisti ainda a histeroscopias e histerosalpingografias, acompanhei vários tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA), e pude passar uma manhã acompanhando as biólogas que trabalham neste departamento.

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 6 Frequentei ainda a Consulta de Patologia do colo do Dr. Vítor Neves, em que assisti a diversas colposcopias e conizações, para vigilância e tratamento de lesões causadas por HPV. Acompanhei também a Dr.ª Andreia Rodrigues durante a realização de ecografias, tendo assistido a ecografias nos diversos trimestres de gravidez, inclusivamente morfológicas.

Semanalmente, participei na atividade do bloco operatório, assistindo a um total de 9 cirurgias, maioritariamente miomectomias, e sendo 2ª ajudante numa histerectomia com anexectomia bilateral.

No que diz respeito ao bloco de partos, grande parte do tempo que aqui passei foi durante a frequência do serviço de urgência, com a Dr.ª Helena Machado. Infelizmente, durante a minha frequência na urgência vi apenas patologia obstétrica, não tendo também, inclusivamente, oportunidade de assistir a nenhum parto eutócico. Assisti então a diversos partos distócicos por cesariana, participando como ajudante em 4.

Por último, apresentei no dia 6 de Fevereiro de 2020, o Journal Club do serviço, um artigo publicado na Revista Lancet em Janeiro de 2020 intitulado “ASPIRIN TRIAL”.

D. Saúde Mental – 17 de fevereiro a 13 de março de 2020

O meu estágio Parcelar de Saúde Mental decorreu na Clínica da Juventude do Hospital Dona Estefânia, sob a orientação do Dr. Henrique Pereira, com uma duração total de 4 semanas, sendo que devido à suspensão das atividades presenciais pela Covid-19, apenas frequentei presencialmente este local durante 3 semanas.

Contrariamente ao 5º ano, em que realizei atividades na área da Saúde Mental do Adulto, este ano e, de forma a ter uma ideia mais abrangente desta especialidade, escolhi realizar estágio na Pedopsiquiatria, mais concretamente na área de Adolescentes. Deste modo, assisti a diversas consultas externas (quer agendadas quer de urgência) de jovens entre os 12 e os 20 anos, com várias patologias do foro mental. De todas, a patologia com a qual tive mais contacto foi a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, presente em 6 dos jovens que acompanhei durante este período.

Semanalmente, pude frequentar a reunião multidisciplinar da Clínica da Juventude, em que se encontravam os vários profissionais, desde os médicos, aos enfermeiros, ao psicólogo e à assistente social, e em que eram discutidos os casos complexos de uma forma mais abrangente, conjugando a parte clínica com o contexto familiar e social do jovem. Estas reuniões fizeram-me perceber o impacto que o contexto onde se insere o doente tem no seu quadro clínico.

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7 E. Medicina Geral e Familiar – 16 de março de 2020 a 17 de abril de 2020

Inicialmente estava planeado que fosse realizar o meu estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar (MGF), na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Carcavelos, no entanto, a situação de Saúde Pública que vivemos atualmente impediu que tais planos fossem concretizados.

Deste modo, o estágio de MGF foi realizado à distância, assentando em 3 grandes tarefas: a realização de cursos online da Organização Mundial de Saúde (em especial sobre o SARS-Cov-2), a elaboração de um portefólio do qual devia constar a resolução de um caso clínico, a visualização de consultas online, e a apresentação de um trabalho no “Minicongresso Final” sobre um dos temas mais relevantes no âmbito da Saúde Familiar tendo sido feito um esforço por todos os envolvidos que o prejuízo fosse o menor possível, dadas as circunstâncias. Realizei então todas as atividades sugeridas, com destaque para a apresentação do trabalho intitulado “Tenho azia...”.

Apesar de considerar que a alternativa apresentada foi bastante adequada, e permitiu a aquisição de conhecimentos teóricos importantes, creio que, infelizmente, esta solução, não me permitiu a aquisição de conhecimentos e prática importante para o estabelecimento da comunicação médico-doente no contexto extra-hospitalar, que acredito ser importante e essencial para o meu futuro, não sendo passível de substituição através da visualização de consultas, pois requer o contacto direto com os diferentes intervenientes, profissionais e utentes.

F. Pediatria – 20 de abril a 15 de maio de 2020

Tal como no estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar, também o estágio de Pediatria foi realizado à distância.

Neste caso, a substituição do estágio presencial passou pela realização de um artigo de revisão sobre um tema relevante da Saúde da Criança e Adolescente. No meu caso, e por ser uma das principais causas de recurso à urgência pediátrica, além de ser um tema que considero interessante, optei por realizar o meu trabalho no âmbito da Síndrome Febril Indeterminada, tendo resultado da revisão efetuada, um artigo intitulado “Avaliação Inicial de Crianças com Febre de Origem Indeterminada (FOI)”.

A segunda parcela deste estágio foi mantida da “versão” presencial, passando pela realização de um trabalho de grupo para apresentar no último dia. No meu caso concreto apresentei, em conjunto com 3 colegas, o trabalho “Alergia Alimentar”, em que se

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 8 abordavam os pontos chaves da alergia alimentar em idade pediátrica, numa altura em que surgem cada vez mais crianças com este diagnóstico. Além do acima descrito, foram também organizadas algumas sessões de discussão de casos clínicos através da plataforma Zoom®, de caráter opcional, e às quais tive oportunidade de assistir.

Sendo a população pediátrica um grupo com características e patologias singulares, sinto que também esta solução de trabalho à distância me impediu de adquirir ou melhorar algumas competências, nomeadamente ao nível da comunicação, quer com a criança/adolescente quer com os familiares das mesmas, prejudicando um pouco, também a minha aquisição de autonomia e treino de procedimentos. Unidade Curricular de Preparação para a Prática Clínica e Unidade Curricular Opcional Durante este ano, existiram duas unidades curriculares (UC) com o principal objetivo de nos ajudar para a Prova Nacional de Acesso à Formação Específica (PNA-FE). Na UC de Preparação para a Prática Clínica, foram apresentados, por especialistas, casos clínicos chave de cada uma das áreas testadas na PNA-FE. Estes casos, ajudaram-me na prática clínica, com a identificação de alguns diagnósticos em doentes com os quais contactei, mas também permitiram cimentar conhecimentos importantes para a prova que irá ditar parte do meu futuro. Já na UC Opcional discutimos as perguntas da prova do ano anterior. Esta unidade curricular, no término do ano, foi bastante importante, pois além de me permitir compreender as perguntas abordadas no ano anterior, obrigou-me a estudar mais afincadamente cada um destes temas para as aulas, reforçando a interligação entre os diversos temas e áreas.

Para mim, a melhor maneira de identificar situações clínicas, passa por as observar na prática, pelo que, os diversos estágios foram o componente que mais me ajudou na preparação para a prova.

Atividades Extracurriculares

Ao longo do curso tentei, sempre que possível, frequentar outras atividades, que me valorizassem enquanto profissional, mas também enquanto pessoa. Desde cedo, que assisti a várias palestras, maioritariamente organizadas pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas (AEFCM), nos mais diversos temas, desde workshops de casos clínicos a palestras sobre comunicação ou sexualidade no idoso.

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9 Desde setembro de 2018 até ao presente, assumi funções como Tesoureira do projecto MarcaMundos® da AEFCM, um projeto autofinanciado, dedicado ao voluntariado nacional e internacional de estudantes de Medicina. Deste modo, sou a responsável financeira do projeto, participando ativamente tanto nas tarefas de angariação de fundos, como na organização das missões de voluntariado.

Realizei ainda, durante três verões consecutivos (2017-2019), curtos estágios no Hospital Distrital da Figueira da Foz, no âmbito do projeto Curtos Estágios Médicos em Férias (CEMEF) da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM). Estes estágios proporcionaram-me conhecer formas diferentes de trabalho, desenvolver ferramentas de comunicação interpessoal e de trabalho em equipa, e contactar com a realidade de um hospital distrital.

Reflexão Crítica

Durante este ano, em particular, o Mestrado Integrado em Medicina encontra-se direccionado para a prática clínica, preparando-me para os desafios que o futuro próximo me trará, fomentando o ganho de capacidades clínicas e científicas, o treino de procedimentos e o ganho progressivo de autonomia. Para tudo isto, muito contribui o rácio tutor:aluno de 1:1 na grande maioria dos estágios parcelares acima mencionados, que permite, no meu ponto de vista, o melhor aproveitamento dos mesmos.

De uma forma geral, creio ter cumprido os objetivos a que me propus no início do ano e que referi no início deste relatório, ainda que, devido à situação pandémica atualmente vivida, sinta que não foram alcançados com o mesmo nível de sucesso nas áreas em que não frequentei o estágio presencial. Os objetivos que envolviam diretamente a clínica acabaram por ser os mais prejudicados com especial destaque para a comunicação médico-doente e para o ganho de autonomia na prática clínica, quer na área da Medicina Geral e Familiar quer na Pediatria. Destaco no entanto, que estes estágios me ensinaram aspetos diferentes dos restantes, como a capacidade de adaptação a situações inesperadas, o uso de novos métodos de trabalho e de aprendizagem e a capacidade de trabalho de equipa à distância.

Quanto ao contributo para a minha formação clínica, pelo ganho de autonomia e responsabilidade, saliento o meu estágio de Medicina Interna. O facto de ter sido integrada na equipa e me terem dado a possibilidade de participar nas várias atividades do quotidiano de uma enfermaria permitiu que ganhasse competências clínicas e científicas, que melhorasse a identificação das diversas patologias, e aprendesse as necessidades chave da

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 10 abordagem de cada uma destas situações, contribuindo ativamente para o estabelecimento do plano de cuidados de cada um destes doentes. Já a frequência do Serviço de Urgência, permitiu que melhorasse as competências de hierarquização de situações e da urgência das mesmas.

No que diz respeito ao desenvolvimento de competências de comunicação interpessoal, e apesar de todos os estágios terem contribuído de alguma forma, destaco o estágio de Saúde Mental. O facto de se tratar de uma população muito específica, jovens com patologia do foro mental, e com a qual não tinha muita experiência de contacto, fez-me melhorar estas competências, arranjando estratégias para conseguir, sempre que me dada a oportunidade, comunicar com eles.

Gostaria ainda de destacar a dicotomia hospital público/hospital privado, que vivi nos estágios de Cirurgia Geral e de Ginecologia e Obstetrícia. Tendo, em anos anteriores, realizado os estágios destas especialidades em hospitais públicos, notei algumas diferenças, ao realizá-los este ano em instituições privadas. A primeira, e aquela que eu considero menos boa, passa pela autonomia que nos é dada, que é muito inferior nas instituições privadas. A segunda passa pelo tipo de procedimentos existentes nestes hospitais, que são diferentes na qualidade e na quantidade dos realizados no Serviço Nacional de Saúde, e que serviram acima de tudo para ter um contacto com uma realidade diferente daquela em que tinha estagiado até agora. A participação em atividades extracurriculares, em especial o cargo de Tesoureira da associação MarcaMundos® foi fundamental para o meu crescimento pessoal, ensinando-me a trabalhar em equipa, a contactar com diferentes pessoas, de vários meios e culturas, mas também aspetos de organização e de voluntariado que me enriqueceram enquanto pessoa e futura médica. Termino com a sensação de que este ano, apesar de não ter sido exatamente como eu tinha imaginado e planeado, me preparou para ser uma melhor profissional, mais atenta às necessidades e características de cada pessoa, com um maior sentido de responsabilidade e segurança, mas também com uma maior capacidade de enfrentar desafios e lidar com o inesperado. Não poderia terminar este relatório sem agradecer a todos aqueles que tornaram este percurso possível, aos professores, tutores e colegas, mas também aos meus pais e avós pelo apoio demonstrado desde sempre.

“The good physician treats the disease; the great physician treats the patient who has the disease” Sir William Osler

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 11 Anexo 1: Atividades Realizadas ao Longo do 6º ano no âmbito do Estágio Profissionalizante Tabela 1: Organização do Estágio Profissionalizante

Especialidade realização Data de Local de realização Responsável do Estágio Tutor atribuído Cirurgia Geral 09.09.2019 a 31.10.2019 Hospital da Luz Lisboa (HLL) Professor Doutor Rui Maio Dr. João Rebelo de Andrade

Medicina Interna 04.11.2019 a 10.01.2020 Hospital Santo António dos Capuchos – Serviço de Medicina 2.3. Professor Doutor Fernando Nolasco Dr.ª Cristina Poole Costa e Dr. Augusto Ribeirinho Ginecologia e

Obstetrícia 20.01.2020 a 14.02.2020 Hospital dos Lusíadas Lisboa

Professora Doutora Teresinha Simões Dr.ª Ana Paula Maia Saúde Mental 17.02.2020 a 13.03.2020 Hospital Dona Estefânia – Clínica da Juventude Professor Doutor

Miguel Talina Dr. Henrique Pereira Medicina Geral

e Familiar 16.03.2020 a 17.04.2020 À distância

Professora Doutora Isabel Santos

- Pediatria 20.04.2020 a 15.05.2020 À distância Professor Doutor Luís Varandas -

Tabela 2: Trabalhos apresentados durante o Estágio Profissionalizante

Estágio Data Tema e Autores

Cirurgia Geral 25.10.2019 Ana Mafalda Leal, Catarina Afonso, Patrícia Almeida e “Animal Lover: Equinococose Insólita” Paula Mesquita

Ginecologia e

Obstetrícia 06.02.2020 “Journal Club: ASPIRIN TRIAL” Ana Mafalda Leal Medicina Geral e

Familiar 17.04.2020 Ana Mafalda Leal “Tenho azia...”

Pediatria

Maio 2020 Artigo de revisão: “Avaliação Inicial de Crianças com Febre de Origem Indeterminada (FOI)” Ana Mafalda Leal 15.05.2020 “Alergia Alimentar” Ana Mafalda Leal, Maria Batista, Maria Manuel Pinho e Paula Mesquita

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 12 Anexo 2: Mensagens “chave” dos trabalhos apresentados 1) Animal Lover: Equinococose insólita • A maioria dos doentes com quistos hidáticos mantém-se assintomático até ao aparecimento de complicações. • Os órgãos mais frequentes afetados pela hidatidose são o pulmão e o fígado • A complicação mais frequente passa pela rotura do quisto hidático. Esta é também a complicação mais temida, uma vez que potencia o desenvolvimento de infeção, podendo nalgumas situações provocar um quadro de anafilaxia. 2) ASPIRIN TRIAL • Estudo realizado em países em desenvolvimento, que pretendia perceber se a toma diária de 81mg de ácido acetilsalicílico (AAS) iniciada precocemente, e mantida até às 36 semanas e 6 dias ou término da gravidez tinha impacto na taxa de parto pré-termo. • Estudaram-se 11976 mulheres, entre os 14 e os 40 anos.

• Este estudo concluiu que a toma de AAS nestas condições, provocou uma redução do número de partos pré-termo.

3) “Tenho azia...”

• A pirose é um sintoma muito comum nos Cuidados de Saúde Primários, sendo característico da Doença do Refluxo Gastroesofágico.

• A Doença do Refluxo Gastroesofágico é a doença crónica mais comum do trato digestivo alto.

• O diagnóstico é clínico, e a primeira atitude terapêutica passa por terapêutica não farmacológica, através de alterações ao estilo de vida.

4) Alergia Alimentar

• A incidência das alergias alimentares em idade pediátrica tem vindo a aumentar, atingindo até 6% das crianças. É frequentemente a primeira manifestação de atopia.

• As alergias alimentares mais frequentes são ao ovo e à proteína do leite de vaca.

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 13 5) Avaliação Inicial de crianças com febre de origem indeterminada

• A febre é a causa mais frequente de recurso às consultas urgentes em pediatria. Considera-se como febre de origem indeterminada, uma febre com duração superior a 7 dias, sem foco identificado.

• A maioria dos quadros que se apresentam como febre de origem indeterminada são patologias comuns, que se apresentam de forma invulgar. • A história clínica e um exame objetivo cuidadoso são essenciais para dirigir o diagnóstico, e excluir causas potencialmente graves.

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 14 Anexo 3: Esquema das Atividades Extracurriculares frequentadas Tabela 3: Atividades Extracurriculares realizadas Atividade Realizada Setembro 2019 13 24 Curso TEAM* “Urgências em ORL” - AEFCM Outubro 2019 16 Workshop iMed 11.0 – “Virtual Challenge by Body Interact” 17 Workshop iMed 11.0 – “Portuguese sign language” 18-20 Conferência iMed 11.0 – com participação na competição “Clinical Minds”* Novembro 2019 4 Workshop Ginecologia e Obstetrícia - AEFCM 6 Questões LGBT em pedopsiquiatria - AEFCM 13 Emergency day - AEFCM 27 Clinical Competition: Amboss Dezembro 2019 10 13 Workshop coagulação - AEFCM Medicina de Guerra (MarcaMundos®) Março 2020 2 9 Rastreios à população (MarcaMundos®) * Palestra Rastreios à população (MarcaMundos®) Abril 2020 1 Webinar APAV – “Maus tratos Infantis” 3 Conviver com Familiares com Demência - AEFCM 15 Como manter a saúde mental durante a quarentena - AEFCM 20 Psicologia Educacional - AEFCM 27 Medicina de Catástrofe e Emergência - AEFCM Realização do curso online – “Covid-19: What You Need to Know”* Maio 2020 21 22 O Doente Pediátrico no Serviço de Urgência - AEFCM 1º Congresso Nacional de Alergologia – webinar* Atividades Realizadas noutros anos curriculares Julho 2017 CEMEF Cirurgia Geral no HDFF – 2 semanas Julho 2018 CEMEF Pediatria no HDFF – 2 semanas Setembro 2018 -

Presente Tesoureira do projecto MarcaMundos ® da AEFCM para as edições 5.0 e 6.0* Outubro 2018 Curso CRITIC Julho 2019 CEMEF Pediatria no HDFF – 2 semanas* *Por ser um número considerável de atividades realizadas, apresento comprovativos de frequência apenas destas, que considero terem tido um maior contributo para a minha formação.

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 15 Anexo 4: Certificados de Frequência dos Curtos Estágios em Férias

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 16 Anexo 5: Comprovativo de frequência do curso TEAM

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 17 Anexo 6: Comprovativo de Frequência do Congresso iMed 11.0

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 18 Anexo 7: Comprovativo da Realização de Rastreios à População no âmbito do MarcaMundos® Anexo 8: Certificado de Conclusão de Curso Online

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 19 Anexo 9: Comprovativo de participação no 1º Congresso Nacional de Imunoalergologia

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Relatório Final de Estágio Ana Mafalda Leal | 2014142 20 Anexo 10: Certificado de Funções de Tesoureira no MarcaMundos®

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Tabela 1: Organização do Estágio Profissionalizante  Especialidade  Data de
Tabela 3: Atividades Extracurriculares realizadas

Referências

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