• Nenhum resultado encontrado

Estudo comparativo de dentes anteriores vitais e não vitais com recurso à termografia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo comparativo de dentes anteriores vitais e não vitais com recurso à termografia"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

Mestrado Integrado em Medicina Dentária

Ano Letivo 2018/2019

Dissertação de investigação

"Estudo comparativo de dentes anteriores vitais e não

vitais com recurso à termografia"

Sara Isabel Lemos Mendes

ORIENTADOR:

Mário Ramalho de Vasconcelos

CO-ORIENTADOR:

Miguel Pais Clemente

(2)

II

"Estudo comparativo de dentes anteriores vitais e não vitais com

recurso à termografia"

Autor: Sara Isabel Lemos Mendes

Estudante do 5º ano do curso de Mestrado Integrado de Medicina Dentária Contacto: 201405690@fmdup.pt

Orientador: Professor Doutor Mário Vasconcelos

Professor Associado com Agregação da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Co-orientador: Professor Doutor Miguel Pais Clemente

(3)

III

"I cannot teach anybody anything.

I can only make them think."

Socrates

(4)
(5)

V

Agradecimentos

A elaboração deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração e

empenho de diversas pessoas. Por este fato, gostaria, assim de agradecer a

colaboração de toda a gente que, direta ou indiretamente, contribuíram para a

finalização deste projeto.

Primeiramente, quero agradecer às pessoas que participaram para a

realização e desenvolvimento da investigação. Assim, agradeço ao meu orientador

Senhor Professor Doutor Mário Vasconcelos, por todo o incentivo, e apoio, e

conselhos sábios fornecidos. Quero também agradecer ao meu co-orientador

Doutor Miguel Pais Clemente, por toda a amizade e força constantes neste projeto.

Gostaria de agradecer ao Senhor Professor Doutor Joaquim Gabriel Mendes da

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, por disponibilizar a

máquina termográfica para a execução da investigação, e por estar sempre

disponível para o esclarecimento de assuntos relacionados com a área da

termografia. E, gostaria também, de agradecer a colaboração, e o apoio incansável

dado pelo Dr. André Moreira, no desenvolvimento e análise do decorrer do projeto.

De igual modo, gostaria de agradecer às pessoas que me sempre apoiaram

na jornada académica, como a toda a minha família, com agradecimento especial

aos meus queridos pais e ao meu irmão pelo carinho, amparo, esperança e por

toda a força, que incansavelmente, me transmitiram em todos os momentos.

Gostaria de agradecer ao Telmo, por toda a sua dedicação, tornando o caminho

mais fácil e feliz, e aos meus queridos amigos e amigas, que de algum modo me

alegraram e acompanharam nesta jornada, fazendo com que se tornasse bem mais

especial.

(6)
(7)

VII

Resumo

Introdução: Os testes de vitalidade desempenham um papel crucial para o diagnóstico e

tratamento do doente. Contudo, refletem uma resposta sensitiva a um estímulo, não indicando o suprimento vascular, ou, infeção, culminando em falta de evidência científica. A termografia capta as ondas infravermelhas emitidas, e mede a temperatura, sendo uma técnica inócua, e sem emissão de radiação, que poderá contribuir para a avaliação da temperatura da coroa clínica dos dentes anteriores, cuja poderá estar relacionado com o estado pulpar de um dente.

Objetivos: Investigar a viabilidade da termografia como meio auxiliar de diagnóstico de dentes

não vitais no setor anterior.

Materiais e Métodos: Estudou-se a temperatura dos dentes anteriores não vitais e comparou-

-se com os vitais em 34 pacientes (grupo de estudo), e com 30 indivíduos com os dentes anteriores todos vitais (grupo controlo). Para isso, os doentes mantiveram-se 15 minutos, num ambiente com temperatura, pressão atmosférica, e humidade constantes, com as bocas bem secas com o auxílio de afastadores bucais. Registou-se a temperatura, utilizando uma máquina termográfica E60 FLIR®, e para a análise da temperatura recorreu-se ao programa FLIR tools. Posteriormente recorreu-se ao programa SPSS para a elaboração de uma base de dados e análise estatística.

Resultados: Os dentes com tratamento endodôntico radical (TER) mostraram ser mais frios, o

que se revelou estatisticamente significativo (p<0.05), que os dentes vitais e que os necrosados. Os dentes necrosados exibiram uma tendência para possuírem uma temperatura mais elevada, apesar do número da amostra reduzido. Verificou-se, ainda, que o grau de assimetria em dentes não correspondentes vitais, é muito semelhante ao grau em dentes vitais correspondentes (p>0.05), contrariamente estes dois grupos mostraram diferenças estatisticamente quando comparados com o grau de assimetria entre um dente não-vital e um dente vital (p<0.05).

Discussão: A diminuição da temperatura nos dentes com TER estará associada à perda da

vascularização e a inerente manutenção da temperatura intra-pulpar. Em casos pontuais com presença de sintomatologia em dentes com TER, estes estavam mais quentes, podendo possuir inflamação subjacente. Assim, a utilização da termografia poderá confirmar a temperatura associada ao estado pulpar de um dente. Esta técnica poderá analisar a evolução da cicatrização pulpar de dentes traumatizados.

Conclusão: Este estudo piloto mostrou resultados promissores na área do diagnóstico do estado

pulpar de dentes anteriores a partir da termografia, podendo vir a ser útil no futuro. Serão necessários mais estudos, para a assegurar a sua total aplicabilidade nesta área da medicina dentária.

Palavras-chave: “diagnóstico pulpar”, “histologia da polpa”, eficácia dos testes de vitalidade”,

(8)

VIII

Abstract

Introduction: Vitality tests play a crucial role in the diagnosis and treatment of the patient.

However, they reflect a sensitive response to a stimulus, not indicating vascular supply, or, infection, resulting in lack of scientific evidence. Thermography scans capture the infrared waves emitted and measures the temperature, being an innocuous technique without the emission of radiation. Therefore, this new technique can contribute to the evaluation of the temperature of the clinical crown of the anterior teeth, which may be related to the pulp state of a tooth.

Objective: To investigate the feasibility of thermography as an auxiliary diagnostic tool for

non-vital teeth in the anterior sector.

Methods: The temperature of the non-vital anterior teeth was studied and compared with the

vital teeth in 34 patients (study group) and with 30 individuals with all the anterior teeth vital (control group). In order to achieve reliable results, the patients were kept in an environment with constant temperature, atmospheric pressure, and humidity for 15 minutes. The mouths were also well dried and buccal retractors were used in all patients. The temperature was recorded using an E60 FLIR® thermographic machine and for its analysis the FLIR tools program was used. Later, the SPSS program was used for the elaboration of a database and statistical analysis.

Results: Teeth with endodontic treatment (TER) showed to be colder, which was statistically

significant (p <0.05), than vital and necrotic teeth. The necrotic teeth exhibited a tendency to have a higher temperature despite the reduced sample number. It was also verified that the degree of asymmetry in vital non-corresponding teeth is very similar to the degree in corresponding vital teeth (p> 0.05). On the other hand, these two groups showed statistically differences when compared with the degree of asymmetry between a non-vital tooth and a vital one (p <0.05).

Discussion: The decrease in temperature in the teeth with TER seems to be associated with loss

of vascularization and the inherent maintenance of intra-pulp temperature. In specific cases with presence of symptoms in TER teeth, the temperature was higher, which means that they might have underlying inflammation. Thus, the use of thermography can confirm the temperature associated with the pulp state of a tooth. This technique can also analyze the evolution of the pulp healing of traumatized teeth.

Conclusion: This pilot study exhibited promising results in the area of the pulp state diagnosis

of anterior teeth via thermography exams, showing that thermography might play an important role in the future of dentistry. Further studies will be needed to ensure its full applicability in this area of dentistry.

Keywords: “pulp diagnosis”, “histology of the pulp”, “efficacy of vitality tests”, “thermography”,

(9)

IX

Índice Geral

Agradecimentos ... V Resumo ... VII Abstract ... VIII Introdução ... 1 Materiais e Métodos ... 3 Revisão de literatura ... 3 Tipo de estudo ... 3 Estudo piloto ... 3 Amostra ... 3

Critérios de inclusão e exclusão ... 4

Máquina termográfica e protocolo de utilização ... 4

Tratamento das imagens ... 5

Análise Estatística ... 5

Resultados ... 9

Análise descritiva das variáveis ... 9

Avaliação e comparação da temperatura de acordo com o estado pulpar ... 11

Avaliação e comparação do grau de assimetria ... 12

Discussão ... 17

Diferença de temperatura entre os dentes vitais e os com tratamento endodôntico radical 17 Diferença de temperatura entre os dentes vitais e os necrosados ... 18

Limitações da termografia nos dentes ... 19

Conclusão ... 21

Bibliografia ... 23

Anexos ... I Parecer do orientador ... III Parecer do co-orientador ... IV Declaração ... V Carta da comissão de ética ... VI

Índice Imagens

Figura 1 - Critérios de inclusão e exclusão do grupo de controlo e do grupo de estudo; ... 4

(10)

X Figura 3 – Doente com afastadores bucais; e respetiva imagem termográfica com a região de interesse

na face vestibular dos dentes estudados, sem ultrapassar os bordos dentários... 5

Figura 4 - Caixa de bigodes das amostras, com o intuito de avaliar a normalidade e a presença de “outlier”;. ... 10

Figura 5 - Caixa de bigodes das amostras, com o intuito de avaliar a normalidade e a presença de “outliers” Nota: Muito provavelmente os extremos/”outliers” 40 e 41 são os casos de necrose e pulpite, uma vez que a temperatura era muito maior e o grau de assimetria deu mais acentuado; ... 13

Figura 6 - Termograma de dentes vitais, com uma diferença de 0,1 graus celsius de temperatura média; ... 15

Figura 7 - Termograma da temperatura do dente 11 necrosado, comparativamente ao dente 12 vital. Diferença maior de 1,3 graus celsius no dente necrosado. Não se utilizou o dente 21 como referência, porque este estava revestido em resina composta; ... 15

Figura 8 - Termograma da temperatura do dente 11 com TER, e do 21 vital. Diferença menor de 0,6 graus celsius no dente com endodontia; ... 15

Figura 9 - Termografia dente 22 e 11, revela temperatura média superior 0,1oC no dente 21 em relação ao 11; ... 16

Figura 10 - Radiografia periapical do dente 22 com grande lesão apical; ... 16

Figura 11 - Fotografia de caso de trauma em criança, com alteração clínica da cor do dente 21, em relação ao 11; ... 18

Figura 12 - Termografia do caso clínico de trauma, com verificação de temperatura média semelhante (0oC de diferença) em ambos os dentes; ... 18

Figura 13 - Remoção e controlo da saliva, com afastadores bucais e jato de ar abundante; ... 19

Figura 14 - Influência da saliva na superfície dos dentes; ... 19

Figura 15 - Captação errada da termografia devido à diferente angulação dos dentes 11 e 21; ... 20

Figura 16 - Captação correta da termografia de dentes com diferentes angulações; ... 20

Índice Tabelas

Tabela I - Explicação da estratégia de pesquisa; ... 3

Tabela II - Hipóteses nulas e alternativas estudadas; ... 5

Tabela III - Tamanho das diferentes amostras; ... 9

Tabela IV - Descrição estatística da amostra dos dentes vitais; ... 9

Tabela V - Descrição estatística dos dentes com TER; ... 9

Tabela VI - Descrição estatística dos dentes necrosados; ... 10

Tabela VII - Testes de normalidade; ... 10

Tabela VIII - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo vital com o grupo com TER;... 11

Tabela IX - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo com TER vs dentes necrosados; ... 11

Tabela X - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo com dentes necrosados vs dentes vitais; ... 11

Tabela XI - Análise descritiva da variável “grau de assimetria” para os grupos de estudo e controlo; ... 12

Tabela XII - Descrição do grau de assimetria do controlo correspondente (diferença de temperatura dos dentes 11 e 21); ... 12

Tabela XIII - Descrição do grau de assimetria do controlo não correspondente (diferença de temperatura dos dentes 11 e 12); ... 12

Tabela XIV - Grau de assimetria do grupo de estudo(°C); ... 13

Tabela XV - Teste à normalidade da variável graus de assimetria; ... 14

Tabela XVI - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria de estudo com o grau do controlo com os dentes 11 e 21 (correspondentes); ... 14

(11)

XI Tabela XVII - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria de dentes vitais correspondentes, com o grau de assimetria dos dentes vitais não correspondentes (11 com o 12); ... 14 Tabela XVIII - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria do grupo de estudo com o grau de assimetria em dentes vitais não correspondentes (11 com o 12); ... 14

(12)
(13)

1 Atualmente, na medicina dentária, o diagnóstico de uma lesão pulpar impõe uma abordagem sistemática ao doente, incluindo anamnese, exame clínico detalhado, e realização de testes radiológicos e de vitalidade pulpar. (1-4) Os testes de vitalidade pulpar são cruciais para

o diagnóstico(5). No entanto, há falta de estudos científicos para a obtenção do teste ideal, e

subsiste a incapacidade de inspecionar histologicamente a polpa na prática clínica. (6)

Os testes comumente utilizados dependem da perceção do paciente à estimulação térmica (teste do frio e calor), elétrica, e/ou direta (teste de cavidade), que ativam as fibras Aẟ do complexo pulpodentinário, refletindo um resultado sensitivo, sem nenhuma indicação do suprimento vascular ou histológico, representando, assim, falta de evidência científica para a determinação da condição pulpar. (5, 6) Muitos autores concluíram que o fluxo sanguíneo

dentário é o melhor determinante para o diagnóstico pulpar. (5) Efetivamente, a vascularização

da polpa desempenha a função de suprimento nutricional, respiratório, de transporte e de regulador inflamatório, aumentando a capacidade de defesa, e, potencializando a sua capacidade de regeneração. (7)

Estes testes, que se baseiam na função sensorial podem induzir em erro, uma vez que os doentes podem possuir uma polpa hígida, e apresentar temporariamente, ou definitivamente uma deficiente função sensitiva, ocorrendo o risco de danificar a polpa. Pode-se assim, observar falsos negativos e falsos positivos. Os falsos negativos apresentam duas formas de reação: o dente necrosado comporta-se como um dente vital (pois o tecido nervoso é altamente resistente à inflamação, mesmo quando há inflamação na periferia), ou, os dentes vitais não respondem aos estímulos, por diminuição da função neuronal (como no desenvolvimento incompleto das raízes; nos traumas; no movimento ortodôntico; doentes que se encontram sedados, alcoolizados ou sob efeito de drogas). Os falsos positivos, dentes saudáveis que respondem positivamente com dor, ocorrem menos frequentemente, em doentes muito ansiosos; ou na presença de restaurações metálicas. A sensibilidade dos testes é a capacidade de detetar os doentes com patologia pulpar. Efetivamente, os testes ao frio apresentam uma sensibilidade de 81%; os testes elétricos de 71%, enquanto o teste de oximetria é o único, atualmente, que apresenta uma sensibilidade de 100%. No entanto, a oximetria como outras novas técnicas que têm surgido, que determinam a vascularização, ainda, não são muito utilizadas. (5, 6, 8) Perante estas situações e devido a uma menos precisão nestes testes verificou-

-se que há muitos dentes que seguem para o tratamento endodôntico desnecessariamente (9).

Os dentes não vitais podem apresentar-se: como necrosados, em que a polpa se encontra infetada por bactérias, ou inflamada devido a traumas; e, como com tratamento endodontico, em que apresentam tratamento endodôntico radical, TER.(4, 10)(11) Em ambos os

casos, a polpa já não desempenha a sua função normal. Nos dentes necrosados, há o aumento da inflamação, que não ocorre nos dentes tratados endodonticamente, alterando assim, diferentemente, as caraterísticas físicas internas, nomeadamente a temperatura nestas situações. (4)(6)

A termografia é uma técnica que através da libertação de ondas infravermelhas pelo corpo, permite a determinação da temperatura. (12) (13) (14) Esta tem sido sujeita a várias

evoluções, e apesar das primeiras máquinas não conseguirem fazer o diagnóstico da vitalidade

(14)

2 pulpar(4), pretende-se diagnosticar a temperatura da coroa clínica dos dentes anteriores

associada aos diferentes estados pulpares, com as máquinas termográficas mais evoluídas. Esta técnica da termografia médica tem vindo a ser utilizada em diferentes áreas clínica, onde na área da medicina dentária tem tido uma maior aplicação no estudo de determinadas regiões de interesse associada aos distúrbios temporomandibulares. (12-21)

Estas imagens térmicas geradas em alta resolução têm um grande significado médico, por detetarem a energia resultante da atividade metabólica e microvascular que é irradiada pelos tecidos. Esta técnica tem excecionais vantagens por não ser invasiva, nem emitir nenhum tipo de radiação. (14) Embora, as radiografias têm um papel fundamental na prática clínica, deve-

-se ter em conta que a radiação é cumulativa, e é absorvida pelo corpo, sendo assim nociva para as células. (22) Surge, portanto, um interesse acrescido de associar este meio complementar de

diagnóstico, a uma área da medicina dentária conservadora, a ciência dos biomateriais.

Este projeto foi realizado com o intuito principal de tentar encontrar um teste não doloroso, não nocivo, objetivo, preciso e de simples realização (reprodutível) para o diagnóstico pulpar com a termografia, tendo em conta que esta tem se tornado muito vantajosa clinicamente noutras áreas(12-14, 19-21). Pensou-se na aplicação da tecnologia mais avançada na

área da termografia para a observação de diferenciais de temperatura estatisticamente significativos, de forma, a que se consiga encontrar um bom protocolo para a aplicação da termografia na prática clínica associada aos dentes não vitais e necrosados. Espera-se a observação de temperaturas mais elevadas nos dentes necrosados ou com pulpites ativas, e temperaturas iguais ou menores nos dentes tratados com endodontia. E assim, pretende-se, verificar se esta técnica médica pode se tornar eficaz e útil a medicina dentária no futuro, na quantificação da temperatura associada à polpa dentária.

(15)

3

Revisão de literatura

A revisão de literatura foi realizada com o intuito de obter a informação científica mais relevante e atualizada, preferencialmente dentro dos últimos 10 anos. A pesquisa teve por base publicações internacionais e nacionais encontradas na Pubmed, Scielo, Scopus, Google Académico e Google books com as seguintes palavras-chaves: “pulp diagnosis”, “histology of the pulp”, “efficacy of vitality tests”, “thermography”, “medical thermography”, “dental thermography”, “endodontic” De entre 380 artigos, foram escolhidos 25 artigos e 6 livros atualizados de endodontia.

Tabela I - Explicação da estratégia de pesquisa;

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO COMBINAÇÃO DAS PALAVRAS CHAVES

TEXTO COMPLETO DISPONÍVEL “pulp diagnosis” AND “efficacy of vitaly tests”; “pulp diagnosis” AND “pulp histology”; “medical thermography” AND “dental thermography”

ESTUDOS IN VITRO “medical thermography” AND “dental

thermography”

LIVROS “endodontic” AND “pulp diagnosis”; “medical

thermography”.

Tipo de estudo

Este estudo é do tipo observacional analítico de caso controle.

Estudo piloto

Constatou-se que a investigação realizada seria pioneira nesta área, daí sem o conhecimento prévio do que averiguar nos resultados optou-se por utilizar uma amostra 120 dentes vitais e 34 dentes não vitais.

Amostra

A amostra foi constituída por 30 indivíduos com todos os dentes anteriores vitais, com coroas íntegras, constituindo um total de 120 dentes sãos (60 centrais superiores e 60 incisivos laterais superiores), e, a amostra de estudo foi constituída por 28 pacientes voluntários da clínica da FMDUP no decorrer da unidade curricular de medicina dentária conservadora, com pelo menos um dente anterior não vital (com tratamento endodôntico e/ou necrosados), constituindo um total de 34 dentes não vitais. Os critérios de inclusão e exclusão encontram-se descritos na figura 1.

(16)

4

Critérios de inclusão e exclusão

Os critérios de inclusão e exclusão estão descritos no seguinte esquema.

Máquina termográfica e protocolo de utilização

Para a medição da temperatura destes dentes recorreu-se à máquina termográfica E60 FLIR (Fig.1), no período entre fevereiro a abril de 2019.

Os indivíduos permaneceram quinze minutos na sala onde foram examinados a fim de promover o equilíbrio da sua temperatura cutânea com a sala. A sala possuía uma temperatura entre os 18o e 25oC (291.1500 – 2981500K

(SI)), com a pressão atmosférica e humidade constantes, e em compartimentos de igual tamanho. Os indivíduos sentaram-se na cadeira, com as superfícies dentárias, e com as mucosas secas, e isoladas através do método de isolamento relativo, ou com afastadores bucais, e com aspiração até o momento da captação termográfica.

Figura 2 - Máquina termográfica FLIR E60;

Grupo

Controlo

Inclusão

•Idade: 20-65 anos;

•Dentes anteriores vitais e com a coroa totalmente íntegra;

Exclusão, se possuir:

•Restaurações, fraturas, cáries; •Coroas, implantes;

•Periodontite ativa;

•Doenças genéticas com manifestações orais; •Acessórios dentários: piercings, ou qualquer tipo de uso de aparelho ortodôntico fixo ou intercetivo.

Grupo Estudo

Inclusão

•Idade: 20-65 anos;

•Resposta negativa aos testes de vitalidade ao frio e ao quente (previamente realizados);

•Dentes com TER, com ou sem lesão radiolúcida periapical;

Exclusão, se possuir:

•Coroas, implantes; •Periodontite ativa

•Doenças genéticas com manifestações orais;

•Acessórios dentários: piercings, ou qualquer tipo de uso de aparelho ortodôntico fixo ou intercetivo.

(17)

5 Foram posicionadas as cabeças dos doentes perpendicularmente à máquina, a uma distância de 0,01m (SI) do sector anterior, com o intuito de recolher as imagens termográficas. E registar-se-á a temperatura assinalada pela reflexão da radiação infravermelha, com emissividade de 0,91 (23), proveniente das faces vestibulares dos dentes vitais e não vitais do

sector anterior superior. Durante a captação das imagens o paciente permaneceu imóvel.

Tratamento das imagens

Depois de recolher as imagens estas foram estudadas no programa FLIR tools, e com o intuito de remover as influências das correntes de ar provenientes da respiração, e para remover a influência da temperatura do tecido gengival, fez-se caixas de medição na face vestibular dos dentes estudados, sem ultrapassar os bordos dos dentes, ficando assim a marcação da temperatura máxima e mínima na face vestibular do dente (Fig.2). Para o tratamento dos dados, teve-se em conta apenas o valor da temperatura média da região de interesse (ROI) – Region of Interest.

Análise Estatística

Os dados foram tratados por um sistema de análise estatística, Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), para verificar as hipóteses descritas na tabela 3. (24)

Tabela II - Hipóteses nulas e alternativas estudadas;

Figura 3 – Doente com afastadores bucais; e respetiva imagem termográfica com a região de interesse na face vestibular dos dentes estudados, sem ultrapassar os bordos dentários.

(18)

6 Para a análise estatística primeiramente, obteve-se a análise estatística descritiva para cada variável, seguidamente testou-se a normalidade para cada variável com os testes de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk.

Em segundo lugar, comparou-se estatisticamente a diferença de temperatura dos grupos de dentes vitais, com o grupo de dentes necrosados e com o grupo de dentes com TER. Seguidamente, realizou-se testes com o intuito de comparar o grau de assimetria de dentes correspondentes (dente 11 com o 21) no grupo controlo e no grupo de estudo. Deste modo, analisou-se a diferença de temperatura entre dois dentes correspondentes no mesmo paciente:

• Grupo controlo: diferença de temperatura entre dois dentes vitais. • Grupo de estudo:

o Dos dentes com TER: mediu-se a diferença entre um dente vital e um dente com TER no mesmo paciente;

o Dos dentes necrosados: mediu-se a diferença entre um dente vital e um dente necrosado no mesmo paciente.

Por fim, tentou-se verificar, no grupo controlo, se o grau de assimetria entre dois dentes não correspondentes (dente 11 com o 12) seria semelhante ao grau de assimetria dos correspondentes (dente 11 com o 21).

Para a avaliação do grau de assimetria fez-se a comparação do grau de assimetria no grupo controlo e no de estudo. Este teste foi realizado com o intuito de comparar a temperatura dos dentes e testar a possibilidade no caso do paciente apresentar a falta dos dentes correspondentes para a comparação, mas patentear outros dentes vitais.

No grupo de controlo, mediu-se a diferença de temperatura de dois dentes vitais correspondentes, 11 com o 21, por serem dentes grandes, e de maior facilidade de análise e Hipótese 1 É possível afirmar com um intervalo de confiança de 95% que a temperatura dos

dentes vitais estudados mostrou ser semelhante à temperatura dos dentes com tratamento endodôntico radical;

Hipótese 2 É possível afirmar com um intervalo de confiança de 95% que a temperatura dos dentes com tratamento endodôntico radical mostrou ser semelhante à temperatura

dos dentes necrosados;

Hipótese 3 É possível afirmar com um intervalo de confiança de 95% que a temperatura dos dentes vitais mostrou ser semelhante à temperatura dos dentes necrosados; Hipótese 4 Com um intervalo de confiança de 95% será possível afirmar que o grau de

assimetria térmica de um dente não-vital com um dente vital é igual ao grau de assimetria térmica de dois dentes vitais (incisivos centrais superiores esquerdo e

direito);

Hipótese 5 Com um intervalo de confiança de 95% será possível afirmar que o grau de assimetria térmica de dois dentes vitais adjacentes (incisivos centrais superiores) é

igual ao grau de assimetria térmica de dois dentes vitais não-correspondentes (incisivo central superior direito e incisivo lateral superior direito); Hipótese 6 Com um intervalo de confiança de 95% será possível afirmar que o grau de

assimetria térmica de um dente não-vital com um dente vital é igual ao grau de assimetria térmica de dois dentes vitais não-correspondentes (incisivo central

(19)

7 controlo salivar, para a verificação de diferenças. E não correspondentes, ou seja, mediu-se a diferença de temperatura dos dentes 11 com o 12.

Seguidamente, comparou-se com o grau de assimetria dos pacientes com pelo menos um dente anterior necrosado e/ou com TER o dente vital correspondente. Considerou-se, assim, no grupo de estudo os pares de dentes correspondentes: 11 e 21; 12 e 22; 13 e 23; 41 e 31; 42 e 32; e, 43 e 33. Em que um dos dentes destes pares teria que se apresentar necrosado ou com TER.

(20)
(21)

9

Análise descritiva das variáveis

Formaram-se três grupos de acordo com o seu estado pulpar do dente: dentes vitais(n=93), dentes com TER(n=30) e dentes necrosados (n=3).

Tabela III - Tamanho das diferentes amostras;

TAMANHO PERCENTAGEM

TEMPERATURA Dentes vitais 93 100%

Dentes com TER 30 100%

Dentes

Necrosados 3 100%

Tabela IV - Descrição estatística da amostra dos dentes vitais;

VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO TEMPERATURA DENTES VITAIS (°C) Média 29,3742 0,21986 Mediana 29,9000 Variância 4,495 Desvio padrão 2,12024 Mínimo 22,90 Máximo 33,10 Amplitude 10,20 Amplitude interquartil 2,85

Tabela V - Descrição estatística dos dentes com TER;

VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO TEMPERATURA DOS DENTES COM TER (°C) Média 27,5733 0,52658 Mediana 27,9000 Variância 8,319 Desvio padrão 2,88419 Mínimo 21,70 Máximo 32,40 Amplitude 10,70 Amplitude interquartil 4,95

Resultados

(22)

10

Tabela VI - Descrição estatística dos dentes necrosados;

VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO TEMPERATURA DOS DENTES NECROSADOS (°C) Média 31,3333 1,15518 Mediana 27,9000 Variância 31,4000 Desvio padrão 4,003 Mínimo 2,00083 Máximo 29,30 Amplitude 33,30

Figura 4 - Caixa de bigodes das amostras, com o intuito de avaliar a normalidade e a presença de “outlier”;.

Testou-se a distribuição normal para os três grupos de estado de dentes. Como o grupo dos dentes vitais não seguiam distribuição normal (tabela VII), optou-se por realizar testes não-paramétricos.

Tabela VII - Testes de normalidade;

TESTES DE NORMALIDADE

Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk

Estado do

dente Statistic df Sig. Statistic df Sig.

TEMPERATURA Vital ,118 93 ,003 ,945 93 ,001

TER ,097 30 ,200* ,972 30 ,589

Necrosado ,180 3 . ,999 3 ,945

(23)

11

Avaliação e comparação da temperatura de acordo com o estado pulpar

Tabela VIII - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo vital com o grupo com TER;

TESTE NÃO PARAMÉTRICO PARA COMPARAÇÃO DOS GRUPOS DE DENTES VITAIS COM OS DENTES COM TER

Temperatura do dente

Mann-Whitney U 876,000

Wilcoxon W 1341,000

Z -3,057

Asymp. Sig. (2-Tailed) ,002

Tabela IX - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo com TER vs dentes necrosados;

TESTE NÃO-PARAMÉTRICO PARA COMPARAÇÃO DOS GRUPOS DE DENTES COM TER COM OS DENTES NECROSADOS

Temperatura do dente

Mann-Whitney U 12,000

Wilcoxon W 477,000

Z -2,067

Asymp. Sig. (2-Tailed) ,039

Tabela X - Teste não-paramétrico para comparar duas amostras independentes: grupo com dentes necrosados vs dentes vitais;

Verificou-se que:

• No primeiro teste, como p (0,02) < α (0,05) - rejeita-se hipótese nula 1. Estudo sugere que a temperatura dos dentes vitais não será semelhante à dos dentes com tratamento endodôntico radicular.

• No segundo teste, como p (0,039) < α (0,05) - rejeita-se hipótese nula 2. Estudo sugere que a temperatura dos dentes com TER não será semelhante à dos dentes necrosados. • No terceiro teste, como p (0,158) > α (0,05) – aceita-se hipótese nula 3. Estudo sugere

que a temperatura dos dentes necrosados será semelhante à dos dentes vitais.

• Na interpretação dos resultados é preciso ter em conta que o tamanho da amostra do grupo de necrosados era muito reduzido(n=3).

TESTE NÃO PARAMÉTRICO PARA COMPARAÇÃO DOS GRUPOS DE DENTES VITAIS COM OS DENTES NECROSADOS

Temperatura do dente

Mann-Whitney U 72,500

Wilcoxon W 4443,500

Z -1,411

(24)

12

Avaliação e comparação do grau de assimetria

Para a avaliação do grau de assimetria fez-se a comparação do grau de assimetria no grupo controlo e no grupo de estudo.

Tabela XI - Análise descritiva da variável “grau de assimetria” para os grupos de estudo e controlo;

Tabela XII - Descrição do grau de assimetria do controlo correspondente (diferença de temperatura dos dentes 11 e 21); VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO GRAU DE ASSIMETRIA CONTROLO CORRESPONDENTE (°C) Média ,3333 ,04106 Mediana ,3000 Variância ,051 Desvio padrão ,22489 Mínimo ,00 Máximo ,70 Amplitude ,70 Amplitude interquartil ,50

Tabela XIII - Descrição do grau de assimetria do controlo não correspondente (diferença de temperatura dos dentes 11 e 12); VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO GRAU DE ASSIMETRIA CONTROLO NÃO CORRESPONDENTE (°C) Média ,3767 ,05727 Mediana ,3000 Variância ,098 Desvio padrão ,31369 Mínimo ,00 Máximo 1,30 Amplitude 1,30 Amplitude interquartil ,40

CASOS N TOTAL PERCENTAGEM

GRAU DE ASSIMETRIA

Controlo correspondente (dente 11

com o 21) 30 100%

Controlo não correspondente

(dente 11 com o 12) 30 100%

(25)

13

Tabela XIV - Grau de assimetria do grupo de estudo(°C);

VALOR ESTATÍSTICO ERRO ESTATÍSTICO GRAU DE ASSIMETRIA ESTUDO (°C) Média ,8765 ,13378 Mediana ,6500 Variância ,609 Desvio padrão ,78008 Mínimo ,00 Máximo 3,00 Amplitude 3,00 Amplitude interquartil ,98

Através da média entre os graus de assimetria estudados verifica valores próximos entre os dois grupos controlo (0,33°C e 0,38°C), e uma diferença dos controlos para o grupo de estudo (0,88°C).

Os graus de assimetria não seguem uma distribuição normal, recorreu-se aos testes não paramétricos.

Figura 5 - Caixa de bigodes das amostras, com o intuito de avaliar a normalidade e a presença de “outliers” Nota: Muito provavelmente os extremos/”outliers” 40 e 41 são os casos de necrose e pulpite, uma vez que a temperatura era muito maior e o grau de assimetria deu mais acentuado;

(26)

14

Tabela XV - Teste à normalidade da variável graus de assimetria;

Tabela XVI - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria de estudo com o grau do controlo com os dentes 11 e 21 (correspondentes);

Testes estatísticos a,b

Grau de assimetria

Mann-Whitney U 274,000

Wilcoxon W 739,000

Z -3,192

Asymp. Sig. (2-tailed) ,001

a. Grouping Variable: Controlo e Estudo

Tabela XVII - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria de dentes vitais correspondentes, com o grau de assimetria dos dentes vitais não correspondentes (11 com o 12);

Testes estatísticos a,b

Grau de assimetria

Mann-Whitney U 438,500

Wilcoxon W 903,500

Z -,172

Asymp. Sig. (2-tailed) ,864

a. Grouping Variable: Controlo correspondente e não correspondente

Tabela XVIII - Teste estatístico para comparar o grau de assimetria do grupo de estudo com o grau de assimetria em dentes vitais não correspondentes (11 com o 12);

Testes estatísticos a,b

Grau de assimetria

Mann-Whitney U 288,000

Wilcoxon W 753,000

Z -3,003

Asymp. Sig. (2-tailed) ,003

a. Grouping Variable: Controlo não correspondente e estudo

TESTES DE NORMALIDADE

Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk

Statistic df Sig. Statistic df Sig.

GRAU DE ASSIMETRIA Controlo correspondente ,159 30 ,051 ,911 30 ,016 Controlo não correspondente ,204 30 ,003 ,864 30 ,001 Estudo ,207 34 ,001 ,862 34 ,001

(27)

15 Verificou-se:

• No primeiro teste, como p (0,01) < α (0,05) - rejeita-se hipótese nula 4. Os resultados do presente estudo sugerem que o grau de assimetria térmica da comparação de um dente não-vital com um dente vital não é semelhante ao grau de assimetria térmica de dois incisivos centrais superiores vitais.

• No segundo teste, como p (0,864) > α (0,05) – aceita-se hipótese nula 5. Os resultados sugerem que o grau de assimetria térmica de dois dentes vitais não correspondentes (incisivo central direito e incisivo lateral direito) mostrou ser semelhante ao grau de assimetria térmica de dois incisivos centrais superiores.

• No último teste, como p (0,003) < α (0,05) - rejeita-se hipótese nula 6. Os resultados sugerem que o grau de assimetria térmica da comparação de um dente não-vital com um dente vital não é semelhante ao grau de assimetria térmica de dois vitais não correspondentes, nomeadamente o incisivo central superior direito (11) e o incisivo lateral superior direito (12).

Nas figuras abaixo (Fig. 6, 7 e 8), é possível observar os diferentes termogramas dos grupos estudados.

Figura 7 - Termograma da temperatura do dente 11 necrosado, comparativamente ao dente 12 vital. Diferença maior de 1,3 graus celsius no dente necrosado. Não se utilizou o dente 21 como referência, porque este estava revestido em resina composta;

Figura 6 - Termograma de dentes vitais, com uma diferença de 0,1 graus celsius de temperatura média;

Figura 8 - Termograma da temperatura do dente 11 com TER, e do 21 vital. Diferença menor de 0,6 graus celsius no dente com endodontia;

(28)

16 Apesar da temperatura ser tendencialmente inferior nos dentes com endodontia, notou-se em casos pontuais com três pacientes sintomáticos, em que dois deles se queixavam de sensibilidade à percussão, e o outro queixava-se de mobilidade grau I, com uma extensa lesão periapical (Fig. 9 e 10), que a temperatura destes dentes era ligeiramente superior aos dentes vitais, entre 0,1oC- 0,4oC de diferença nestes três casos.

Figura 10 - Radiografia periapical do dente 22 com grande lesão apical;

Figura 9 - Termografia dente 22 e 11, revela temperatura média superior 0,1oC no dente 21 em relação ao 11;

(29)

17

Diferença de temperatura entre os dentes vitais e os com tratamento

endodôntico radical

A termografia, revelou uma diferença estatisticamente significativa com p (0,02) < α (0,05%) entre estes dois grupos de dentes. Por conseguinte, os resultados indicam que os dentes com TER tendem a apresentar uma temperatura diferente e inferior em relação à dentição vital.

A ausência do tecido pulpar poderá influenciar esta diferença significativa. A polpa é composta por tecido conjuntivo laxo ostentosamente vascularizado e inervado, com função de formação de dentina e, indução do esmalte; de defesa imunológica; de sensibilidade; e, a de nutrição. A concretização destas é através da presença de um leque variado de células, que com toda a nutrição e oxigenação proveniente do sangue, consegue proporcionar o ambiente metabólico adequado para a mineralização de dentina, e de substância fundamental, que torna aumenta a elasticidade dentária, capaz de amortecer as forças mastigatórias, e mais quente, pela presença de vascularização, mas também por todo o metabolismo exercido para a mineralização e produção de dentina secundária ou terciária, para a defesa imunológica, e para a própria síntese proteica necessária(1-4) (9). Assim, nos tratamentos endodônticos, quando se

remove a polpa, não só se remove o suprimento vascular e nervoso destes dentes, mas também se remove toda a substância fundamental, onde ocorre todo o metabolismo que torna os dentes mais resistentes a lesões (microbiológicas, mastigatórias), bem como a temperatura do dente em si, que fruto ao que é referido fica alterada e quente. Modificando, assim ao longo do tempo, a sua temperatura e resistência à fratura. (1-4, 25)

Nos casos pontuais dos dentes com endodontia na presença de sintomatologia, este aumento ligeiro de temperatura, eventualmente estará relacionado com o aumento da inflamação ou infeção do periodonto, que irá influenciar a própria temperatura do dente, mas que não é uma diferença muito grande devido à remoção da polpa realizada durante o tratamento endodôntico destes dentes, o que dificulta a progressão da inflamação ou infeção. A diferença de temperatura inferior nos dentes com endodontia poderá ser vantajosa no uso diário em medicina dentária, para comprovar que os dentes já apresentam TER, sem haver necessidade de expor os doentes à radiação para a verificação deste tratamento, principalmente os indivíduos que foram expostos a radioterapia, crianças ou mesmo crianças e/ou grávidas. O recurso das radiografias deverá ser cauteloso e prudente neste grupo de pessoas, pois, efetivamente, as crianças apresentam altas taxas mitóticas, devido ao seu crescimento, ficando assim, suscetíveis aos efeitos de radiação. Nas grávidas, a radiação poderá aumentar o risco de morte pré-natal ou pós-natal, malformação física e cognitiva do feto, aumento do risco de cancro e, alteração da produção de leite pelas glândulas mamárias. Apesar das radiografias serem um grande auxílio clínico a radiação é cumulativa e provoca várias alterações, que os clínicos devem ter sempre em atenção. (22, 26-29)

(30)

18

Diferença de temperatura entre os dentes vitais e os necrosados

Neste estudo verificou-se que a temperatura dos dentes necrosados tende a não ser semelhante à dos dentes com TER, ou seja, é sempre diferente e superior à dos dentes com endodontia. Contudo, não mostrou diferenças estatisticamente significativas à temperatura dos dentes vitais.

Os achados podem em muito estar influenciados com o tamanho da amostra de dentes necrosados que foi possível estudar (n=3), o que poderá enviesar os mesmos. Mas também, estes resultados podem refletir a dificuldade de atingir um correto diagnóstico de dente necrosado através dos testes de vitalidade comumente utilizados. Estes dentes que foram classificados como necrosados, podem representar-se como falsos negativos, em que os dentes estão vitais, mas sem sensibilidade, e daí não responderem aos testes de vitalidade realizados pelos alunos da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). Contudo, estes poderão responder positivamente se se realizar um teste de cavidade. Foi possível verificar em casos pontuais, que a termografia poderá ser vantajosa no acompanhamento da cicatrização pulpar em histórias clínicas de traumas, ou lesões por aparelhos ortodônticos. Em dois casos, verificou-se um escurecimento clínico de um dente, associado a uma lesão de trauma ou devido ao uso de forças exageradas com um aparelho ortodôntico. Em ambos os casos, consegue-se verificar que os dentes apesar de estarem mais escuros apresentam a temperatura média normal (Fig.11 e 12). O que se poderá pensar que o percurso natural da inflamação no organismo e nos dentes será a sua cicatrização. Efetivamente, a polpa apresenta função de defesa com várias células responsáveis pela defesa imunológica capazes de cicatrizar as lesões.

O trauma dentário é muito frequente, principalmente em crianças, jovens atletas, e principalmente em pessoas com dificuldades de coordenação, como os idosos. Há estudos que mostram que 25% das crianças em idade escolar já experienciaram um trauma dentário, e 33% dos adultos experienciaram trauma na dentição permanente. (29, 30) As indicações são claras do

que fazer perante estas situações, e em todo o tipo de trauma dentário é necessário o acompanhamento destes doentes devido ao risco de necrose. (30, 31) Nestes dentes, para além

de haver a probabilidade de diminuir o suprimento vascular e nervoso, devido ao trauma associado, também podem ficar com microfissuras, que expõem a polpa a vários tipos de microrganismos. Tudo isto, leva a uma inflamação temporária do dente, que poderá cicatrizar ou culminar na necrose do mesmo.(30, 31) Clinicamente, quando os dentes que foram alvo de um

traumatismo tendem a ficar escurecidos, faz-se os testes ao frio e de cavidade para a

Figura 11 - Fotografia de caso de trauma em criança, com alteração clínica da cor do dente 21, em relação ao 11;

Figura 12 - Termografia do caso clínico de trauma, com verificação de temperatura média semelhante (0oC de

(31)

19 determinação do diagnóstico de necrose pulpar. (3, 4) A termografia poderá assim facilitar no

diagnóstico destes dentes, ao verificar a temperatura dos mesmos.

De acordo com muitos autores em endodontia, a termografia não pode ser utilizada como meio de diagnóstico pulpar(25). No entanto, esta investigação com uma câmara mais

evoluída mostrou que os dentes vitais e não vitais, tendencialmente têm temperaturas diferentes. Tendo em conta estes achados, e tendo em conta a histologia da inflamação aquando ocorre as necroses, é de esperar que a temperatura de um dente necrosado seja mais elevada que a dos dentes vitais. Neste sentido, sugere-se a elaboração de mais investigação nesta área com o objetivo de estudar a temperatura de dentes que apresentam necrose, pulpites irreversíveis, ou reversíveis, para tentar verificar se é possível estabelecer um teto de temperatura entre os dentes vitais, com os de pulpites irreversíveis e/ou necrosados.

Limitações da termografia nos dentes

Apesar da termografia nos dentes ser uma técnica simples de ser utilizada apresenta algumas limitações e considerações como a quantidade salivar produzida; correntes de ar quentes provenientes do interior do organismo; a posição e inclinação dos dentes; o número de dentes sãos presentes na cavidade oral, e não abranger os dentes posteriores.

Para testar a influência da saliva na termografia dos dentes, pediu-se a uma paciente para humidificar as faces vestibulares com a língua, e registou-se uma temperatura semelhante à temperatura interna do corpo (Fig.14). O ideal para se conseguir controlar a saliva é a utilização de isolamento absoluto e assim, também é possível remover as correntes de ar. Ou então, utilizar afastadores bucais, e secar as superfícies com jato de ar abundante, com o auxílio da aspiração da saliva (Fig. 13).

No grupo controle verificou-se a presença de dentes apinhados, que numa perspetiva tendiam a expor temperaturas muito diferentes, mas com uma diferente inclinação de acordo com a face já foi possível verificar temperaturas semelhantes, nos dentes 11 e 21 (Fig.15 e 16). O que se pode salientar a importância do manuseamento correto da máquina tendo em conta a inclinação dos dentes.

Figura 14 - Influência da saliva na superfície dos dentes;

Figura 13 - Remoção e controlo da saliva, com afastadores bucais e jato de ar abundante;

(32)

20 Para diminuir a limitação da ausência de dentes correspondentes, avaliou-se o grau de assimetria no grupo controlo para verificar se seria possível comparar a temperatura do dente 12 com o dente 11 (grupo controlo com dentes não correspondentes), em vez de comparar com o correspondente 22. Com uma p < α (0,05%), não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o grau de assimetria entre dentes correspondentes (11 e 21), com o grau de assimetria de dentes não correspondentes (12 e 11), e poderá ser exequível a sua comparação em pacientes com ausência de dentes.

E para além deste resultado, verificou-se que, com uma p < α (0,05%), o grau de assimetria de dentes não correspondentes vitais, apresenta diferenças estatisticamente significativas comparado com o grau de assimetria entre o dente vital e o não vital no mesmo paciente.

A realização da termografia nos dentes posteriores, devido à impossibilidade anatómica de a realizar na face vestibular, poderá ser idealizada na face oclusal ou palatina, contralateralmente, mas devido à dificuldade no controlo salivar, nestes casos dever-se-á utilizar isolamento absoluto. No entanto, deve-se tentar executar mais estudos nesta área com o objetivo de verificar esta possibilidade.

Figura 15 - Captação errada da termografia devido à diferente angulação dos dentes 11 e 21;

Figura 16 - Captação correta da termografia de dentes com diferentes angulações;

(33)

21 Com este trabalho pode-se concluir que a termografia poderá ser útil na associação da temperatura da coroa clínica com as alterações sofridas a nível pulpar, nomeadamente na remoção da mesma e realização do TER.

A termografia médica poderá também, ser útil na monitorização de dentes com pulpites, que apesar de alteração da cor clínica do dente, e/ou na falta de sensibilidade para responder aos testes de vitalidade pulpares, poder auxiliar na verificação de uma temperatura semelhante ao normal dos outros dentes vitais íntegros.

Conclui-se também, como possível método de diagnóstico do estado pulpar de um dente anterior, ser possível na obtenção do grau de assimetria, a comparação com um dente não correspondente em caso de perda de dentes.

Tendo em conta as limitações do número da amostra no grupo de dentes necrosados, sugere-se a realização de outros estudos de investigação, comparando dentes com pulpites reversíveis, irreversíveis e necrosados, para tentar encontrar um valor limite entre o que se poderá considerar vital e o necrosado.

Por último, a termografia em medicina dentária tem sido um grande auxílio como meio complementar na área dos distúrbios temporomandibulares, mas esta investigação veio demonstrar que a sua utilidade poderá ser mais abrangente tendo demonstrado indicações relevantes na área da medicina dentária conservadora.

(34)
(35)

23 1. Leonardo MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares, princípios técnicos e biológicos: Artes Médicas; 2005.

2. Gutmann JL, Lovdahl PE. Problem Solving in Endodontics - E-Book: Prevention, Identification and Management: Elsevier Health Sciences; 2010.

3. Lopes HP, Siqueira JF. Endodontia: Biologia e Técnica: Elsevier Editora Ltda.; 2015. 4. Torabinejad MW, Richard et Fouad, Ashraf. ENDODONTICS: PRINCIPLES AND PRACTICE. fifth edition ed: elsevier saunders; 2015.

5. Gopikrishna V, Pradeep, G., & Venkateshbabu, N. Assessment of pulp vitality. International Journal of Paediatric Dentistry. 2009;19(1):3-15.

6. Mejàre IA AS, Davidson T, Frisk F, Hakeberg M, Kvist T, Norlund A, Petersson A, Portenier I, Sandberg H, Tranaeus S, Bergenholtz G. Diagnosis of the condition of the dental pulp: a systematic review. International Endodontic Journal. 2012;45(7):597-613.

7. Misako Nakashima KI, Masahiko Sugiyama,. Human dental pulp stem cells with highly angiogenic and neurogenic potential for possible use in pulp regeneration,

Cytokine & Growth Factor Reviews,. ELSEVIER. 2009;20(5-6):435-40.

8. Gopi Krishna V, Kandaswamy D, Gupta T. Assessment of the efficacy of an indigeniously developed pulse oximeter dental sensor holder for pulp vitality testing. Indian journal of dental research : official publication of Indian Society for Dental Research. 2006;17(3):111-3.

9. Domenico Ricucci SL, José F. Siqueira,. Correlation between Clinical and Histologic Pulp Diagnoses,. Journal of Endodontics,. 2014,;40(12):1932-9.

10. Sakko M, Tjäderhane L, Rautemaa-Richardson R. Microbiology of Root Canal Infections. primary dental journal 2016;5(2):84-9.

11. Sakko M TL, Rautemaa-Richardson R. Microbiology of Root Canal Infections. Primary Dental Journal. 2016;5(2):84-9.

12. Ammer EReK. Infrared thermal imaging in medicine. PHYSIOLOGICAL MEASUREMENT. 2012;33(3):R33-46.

13. Usamentiaga R, Venegas P, Guerediaga J, Vega L, Molleda J, Bulnes F. Infrared Thermography for Temperature Measurement and Non-Destructive Testing. Sensors. 2014;14(7):12305.

14. al. F-Ce. Classification of factors influencing the use of infrared thermography in humans: A review. Infrared Physics & Technology. 2015;71:28-55.

15. Mendes GJ ABC, Pinhão Ferreira A, Ramalhão C, Vardasca R, Pais Clemente M. TERMOGRAFIA - Imagem Médica e Síndromes Dolorosas, : LIDEL; 2016.

16. Canavan D, Gratt BM. Electronic thermography for the assessment of mild and moderate temporomandibular joint dysfunction. Oral surgery, oral medicine, oral pathology, oral radiology, and endodontics. 1995;79(6):778-86.

17. Kells BE, Kennedy JG, Biagioni PA, Lamey PJ. Computerized infrared thermographic imaging and pulpal blood flow: Part 1. A protocol for thermal imaging of human teeth. Int Endod J. 2000;33(5):442-7.

18. Kells BE, Kennedy JG, Biagioni PA, Lamey PJ. Computerized infrared thermographic imaging and pulpal blood flow: Part 2. Rewarming of healthy human teeth following a controlled cold stimulus. Int Endod J. 2000;33(5):448-62.

19. B.B. Lahiri SB, T. Jayakumar, John Philip,. Medical applications of infrared thermography: A review,. Infrared Physics & Technology. 2012;55(4):221-35.

(36)

24 20. Baldini A, Nota A, Cioffi C, Ballanti F, Cozza P. Infrared thermographic analysis of craniofacial muscles in military pilots affected by bruxism. Aerospace medicine and human performance. 2015;86(4):374-8.

21. Ismael Fernández-Cuevas JCBM, Javier Arnáiz Lastras, Pedro María Gómez Carmona, Sergio Piñonosa Cano, Miguel Ángel García-Concepción, Manuel Sillero-Quintana,. Classification of factors influencing the use of infrared thermography in humans: A review,. Infrared Physics & Technology. 2015;71:28-55.

22. Angelieri F, de Oliveira, G.R., Sannomiya, E.K. et al. DNA damage and cellular death in oral mucosa cells of children who have undergone panoramic dental radiography. Pediatric Radiology. 2007;37(6):561.

23. Lin M, Liu QD, Xu F, Bai BF, Lu TJ. In vitro investigation of heat transfer in human tooth: SPIE; 2010.

24. Marôco J. Análise Estatística com o SPSS Statistics.: 7ª edição: ReportNumber, Lda; 2018. 25. de Deus QD. Endodontia: MEDSI; 1992.

26. Stuart C. White D, Michael J. Pharoah D. Oral Radiology: Principles and Interpretation: Elsevier Health Sciences; 2013.

27. Donya M, Radford M, ElGuindy A, Firmin D, Yacoub MH. Radiation in medicine: Origins, risks and aspirations. Global Cardiology Science and Practice. 2015;2014(4).

28. John Damilakis. Unborn children: Radiation protection in pregnancy. Physica Medica. 2016;32:182.

29. Vock P. Clinical perspective on diagnostic X-ray examinations of pregnant patients – What to take into account,. Physica Medica. 2017;43:165-71.

30. Bakland LK, Andreasen JO. Dental traumatology: essential diagnosis and treatment planning. Endodontic Topics. 2004;7(1):14-34.

31. DiAngelis AJ, Andreasen JO, Ebeleseder KA, Kenny DJ, Trope M, Sigurdsson A, et al. International Association of Dental Traumatology guidelines for the management of traumatic dental injuries: 1. Fractures and luxations of permanent teeth. Dental Traumatology. 2012;28(1):2-12.

(37)

I

(38)

II

O ESTUDO DE DENTES ANTERIORES VITAIS E NÃO VITAIS COM RECURSO À TERMOGRAFIA

Informação aos participantes

Objetivo do estudo: investigar a viabilidade da termografia como meio auxiliar de diagnóstico de dentes

não vitais no setor anterior.

Materiais e Métodos: a técnica da termografia será aplicada comparativamente, em dois grupos de

pacientes voluntários da Clínica da FMDUP, constituídos por 30 indivíduos cada, com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos.

Para a constituição do grupo de estudo, serão selecionados os pacientes daquela faixa etária, que tenham apresentado algum dente anterior não vital, detetado através da resposta negativa ao teste do frio/calor, antecipadamente realizado nas suas consultas de rotina à Clínica da FMDUP. Destes, serão excluídos os pacientes que possuam coroa no dente com endodontia, periodontite ativa, doenças com manifestações orais, quaisquer acessórios dentários, como piercings, ou qualquer tipo de aparelho ortodôntico. O grupo de controlo será constituído por pacientes da mesma faixa etária, que apresentem todos os dentes anteriores vitais, sem qualquer tipo de restauração. Serão excluídos deste grupo, os indivíduos que apresentem dentes fraturados ou cariados, bem como piercings dentários, algum tipo de aparelho ortodôntico, ou implantes no setor anterior da boca.

Para cada um dos pacientes selecionados (grupo de estudo e de controlo), será registada a imagem termográfica do setor anterior da boca, com recurso à máquina termográfica E60 FLIR. Será necessário que os pacientes entrem na sala cerca de 15 minutos antes de realizar o exame, a fim de promover o equilíbrio da sua temperatura cutânea com a da sala. A máquina será posicionada perpendicularmente à cabeça dos pacientes, a uma distância de 1cm do setor anterior, com o intuito de recolher as imagens termográficas dos dentes vitais e não vitais do setor anterior superior. Durante a captação das imagens o paciente deverá permanecer imóvel. Com as imagens termográficas recolhidas, espera-se conseguir um diagnóstico correto e preciso da vitalidade pulpar, a partir das diferenças de temperatura existentes entre os dentes vitais e os não vitais.

Riscos/desconforto: a técnica termográfica não é invasiva nem emite qualquer tipo de radiação. Consiste

no simples registo das temperaturas precisas emitidas superficialmente pelos tecidos do corpo humano, pelo que não implica nenhum tipo de risco para os pacientes, e pode ser utilizada em qualquer tipo de participante. A colocação de aspiração e de isolamento relativo na boca dos participantes, provoca secura durante o registo, mas, no final, a situação regressa rapidamente à normalidade.

Questões Éticas e Proteção de Dados: este estudo não tem quaisquer fins financeiros ou económicos,

sendo meramente académico. A participação no estudo é livre e voluntária, podendo o participante desistir a qualquer momento, sem que sofra qualquer penalização por isso.

Os dados obtidos serão tratados com confidencialidade e protegidos com medidas adequadas de segurança. Em caso de dúvidas relacionadas com tratamento de dados pessoais poderá contactar a Encarregada da Proteção de Dados da Universidade do Porto (dpo@reit.up.pt).

Consentimento

 aceito participar neste projeto de investigação, tal como me foi apresentado pela investigadora responsável

 autorizo que os dados deste estudo sejam utilizados para outros trabalhos científicos, desde que irreversivelmente anonimizados

Assinatura do participante: __________________________________ Data ____ / ____ /________

A investigadora: Sara Isabel Lemos Mendes | Telemóvel: 965 385 125| E-mail: up201405690@fmd.up.pt

O orientador: Mário Ramalho de Vasconcelos | Telefone: 220 901 100 |E-mail: mvasconcelos@fmd.up.pt

(39)
(40)
(41)
(42)

Referências

Documentos relacionados

a) Requisitos: A definição do escopo e requisitos foi realizada a partir da comparação e dos dados coletados no questionário sócio educacional aplicado sobre os alunos do curso de

Tendo em vista que as ITU’s constituem uma das patologias bastante comum, e partindo do princípio de que, na maioria dos casos elas são tratadas sem a realização da urocultura e

Os educadores de infância são profissionais de Educação que organizam actividades educativas, tanto a nível individual como em grupo, com o objectivo de promover

A Farmácia Comunitária é, atualmente, um espaço de saúde de extrema importância para a sociedade. Este é o local de saúde mais próximo do utente e, consequentemente, de

the mean percentages of successful evaluations per robot are comparatively lower in the homing task than in the integrated navigation and obstacle avoidance task, the

Os resultados da pesquisa apontaram para um conteúdo das representações de abuso sexual na educação infantil voltado para elementos que tratavam da vítima, do agressor,

Referência de

Estas avaliações têm sido consideradas como duas estratégias fundamentais no desenvolvimento escolar, mas na opinião de Clímaco (2005), o que tem acontecido é que têm