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O processo de intervenção de jovens praticantes de andebol - Relatório de atividade de treinador das equipas de Infantis e Minis Masculinos do Académico Futebol Clube.

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Academic year: 2021

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(1)Relatório de Estágio Profissional em Treino Desportivo Equipas de Minis e Infantis Masculinos de Andebol do Académico Futebol Clube. Relatório Profissional apresentado à Faculdade da Universidade do Porto, com vista à obtenção do 2º Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Desporto para Crianças e Jovens (2º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo DecretoLei nº 107/2008, de 25 de Junho, e pelo DecretoLei nº 230/2009, de 14 de Setembro).. Orientador: Professora Doutora Maria Luísa Dias Estriga. Ricardo Veiga Marques Porto, 2014.

(2) Ficha de Catalogação Marques, R. (2014) Relatório de Estágio Profissional em Treino Desportivo. Equipas de Minis e Infantis Masculinos do Académico Futebol Clube. Porto: R. Marques. Relatório Profissional com vista à obtenção do grau de Mestre em Desporto para Crianças e Jovens apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Palavras-Chave: Andebol, Desporto para Crianças e Jovens, Relatório de Estágio, Formação, Treino.. II.

(3) Agradecimentos. A realização de um trabalho desta natureza não seria possível se para tal não existir o apoio, o incentivo e também a colaboração de inúmeras pessoas e distintas instituições, pelo que reconhecer a importância e o valor que tiveram se torna vital que lhes seja feita devida justiça. Desta forma, expresso o meu total e sincero agradecimento:. À Professora Doutora Luísa Estriga, pela permanente disponibilidade e empenho (mesmo com uma agenda de trabalho completamente preenchida), pelo seu sentido crítico, pelos conselhos, pelas correções e sugestões efetuadas. Ao Mestre José Ireneu Mirão Alves Moreira, pela sua disponibilidade, pelos conselhos e sugestões. Ao Académico Futebol Clube, em particular à secção de Andebol por todo o apoio prestado durante a realização deste estágio. Aos atletas e seus pais pela sua disponibilidade, pelas presenças assíduas nos treinos e nos jogos, pela preocupação e confiança que depositaram em mim. Sem dúvida que me ajudaram a crescer e a tornar-me num melhor profissional e numa melhor pessoa. Aos meus professores que me apresentaram as bases da minha profissão, instigando-me a ser melhor. À minha “segunda”, que na verdade é a primeira família. Por me ajudaram a superar todas as fases menos positivas e me darem alento e motivação para continuar e nunca desistir. Em particular aos meus “sogros” por me darem abrigo, por me fazerem sentir como parte da família e estarem sempre preocupados com o meu bem-estar. A todos os meus cunhados, mas em especial destaque para o Sérgio e Carla, por acreditarem, por confiarem e por verem em mim o potencial e a. III.

(4) vontade em concluir este meu percurso académico, cedendo-me parte das suas poupanças. Aos meus sobrinhos, pela alegria contagiante, pelo amor, pelos sorrisos, pelos abraços, pelas brincadeiras e por todos os momentos únicos e inesquecíveis que me deram. Finalmente a ti, meu pilar, minha cara metade, meu porto de abrigo. Por todos os momentos em que estiveste ao meu lado, pela tua força, pela tua ajuda e sobretudo pelo teu amor incondicional. Obrigado por fazeres de mim uma melhor pessoa e sobretudo uma pessoa feliz e absolutamente apaixonada. Sem ti nada disto seria possível. Amo-te!. IV.

(5) Índice Geral Agradecimentos ................................................................................................ III Índice Geral ........................................................................................................ V Índice de Figuras ............................................................................................. VIII Índice de Gráficos ........................................................................................... VIX Índice de Quadros ............................................................................................. XI Índice de Tabelas ............................................................................................. XII Índice de Anexos ............................................................................................. XIII Resumo ........................................................................................................... XIV Abstract ........................................................................................................... XVI I.. Introdução................................................................................................ 3. II.. Revisão de Literatura............................................................................... 7. 2.1.. O Desporto de Formação ................................................................... 7. 2.2.. O Treinador de andebol na Formação ............................................... 9. 2.3.. Programação, Periodização e Planificação Anual ............................ 12. 2.4.. Modelo de Jogo ................................................................................ 15. 2.4.1. Processo Ofensivo ...................................................................... 18 2.4.2. Processo Defensivo .................................................................... 20 2.5. III.. Enquadramento Biográfico .................................................................... 31. 3.1. IV.. O Treino ........................................................................................... 24. De onde venho? Quem sou? Para onde vou? ................................. 31. Estágio Profissionalizante...................................................................... 37. 4.1.. Pertinência ....................................................................................... 37. 4.2.. Objetivos .......................................................................................... 38. 4.3.. Estrutura........................................................................................... 38. V.

(6) V.. Enquadramento da Prática Profissional................................................. 43. 5.1.. Contexto Legal e Institucional .......................................................... 43. 5.2.. Caracterização da Instituição de Acolhimento ................................. 45. 5.2.1. Breve Enquadramento Histórico ................................................. 45 5.2.2. Estrutura Física ........................................................................... 47 5.3.. Secção de andebol........................................................................... 48. 5.3.1. Recursos Humanos e Financeiros .............................................. 49 5.3.2. Objetivos da formação ................................................................ 51 VI.. Equipa de Infantis .................................................................................. 57. 6.1.. Modelo de jogo ................................................................................. 57. 6.1.1. Processo Ofensivo ...................................................................... 58 6.1.2. Processo Ofensivo ...................................................................... 62 6.2.. Objetivos .......................................................................................... 67. 6.3.. Programação, Periodização e Planificação Anual ............................ 75. 6.4.. O Treino ........................................................................................... 77. 6.4.1. Sessões e Processo.................................................................... 77 6.5.. Resultados e Avaliação de Desempenho ......................................... 80. 6.5.1. Calendário Competitivo ............................................................... 80 6.5.2. Avaliação Sumativa Trimestral (Treino e Jogo) ........................... 87. VII.. 6.5.2.1.. Equipa .............................................................................. 89. 6.5.2.2.. Atleta ................................................................................ 92. Equipa de Minis ................................................................................... 103. 7.1.. Modelo de jogo ............................................................................... 103. 7.2.. Objetivos ........................................................................................ 105. 7.3.. Programação, Periodização e Planificação Anual .......................... 109. 7.4.. O Treino ......................................................................................... 111. VI.

(7) 7.4.1. Sessões e Processo.................................................................. 113 7.5.. Resultados e Avaliação de Desempenho ....................................... 115. 7.5.1. Calendário Competitivo ............................................................. 115 7.5.2. Avaliação Sumativa Trimestral (Treino e Jogo) ......................... 120 7.5.2.1. Equipa............................................................................... 120 7.5.2.2. VIII.. Atleta .............................................................................. 124. Exemplos práticos de exercícios transversais aos dois escalões ........ 135. 8.1.. Exercícios ....................................................................................... 135. 8.1.1. Conteúdos táticos ofensivos ..................................................... 135 8.1.2. Conteúdos táticos defensivos ................................................... 137 8.2.. Exercícios tipo segundo os objetivos pretendidos .......................... 139. IX.. Conclusões e Sugestões ..................................................................... 145. X.. Bibliografia ........................................................................................... 151. Anexos ......................................................................................................... XXVI. VII.

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(9) Índice de Figuras Figura 1. Primeiro exercicio tipo para a parte fundamental do treino. ............ 139 Figura 2. Segundo exercício tipo para a parte fundamental do treino. ........... 140 Figura 3. Terceiro exercício tipo para a parte fundamental do treino. ............ 141 Figura 4. Quarto exercício tipo para a parte fundamental do treino. .............. 142. IX.

(10)

(11) Índice de Gráficos Gráfico 1. Evolução do desempenho da equipa ao longo da época desportiva. ......................................................................................................................... 90 Gráfico 2. Diferença entre golos marcados e sofridos ao longo da época desportiva dos infantis. ..................................................................................... 91 Gráfico 3. Resultados globais de derrotas, empates e vitórias......................... 92 Gráfico 4, Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da tomada de decisão sem bola............................................................................ 94 Gráfico 5. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da tomada de decisão com bola............................................................................ 95 Gráfico 6. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da recepção........................................................................................................... 96 Gráfico 7. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do passe. ............................................................................................................... 96 Gráfico 8. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do drible. ............................................................................................................... 96 Gráfico 9. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do remate. ............................................................................................................. 97 Gráfico 10. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da finalização. .................................................................................................. 97 Gráfico 11. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do duelo individual............................................................................................ 98 Gráfico 12. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade interceção. ........................................................................................................ 99 Gráfico 13. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do desarme. ..................................................................................................... 99 Gráfico 14. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do contato adversário. ...................................................................................... 99 Gráfico 15. Avaliação da evolução do desempenho de equipa. ..................... 122 Gráfico 16. Diferença entre golos marcados e sofridos ao longo da época desportiva dos minis. ...................................................................................... 123. XI.

(12) Gráfico 17. Avaliação dos resultados globais das vitórias, derrotas e empates. ....................................................................................................................... 124 Gráfico 18. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da tomada de decisão s/bola.......................................................................... 126 Gráfico 19. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da tomada de decisão com bola..................................................................... 126 Gráfico 20. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da receção...................................................................................................... 127 Gráfico 21. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do passe. ........................................................................................................ 128 Gráfico 22. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do drible.......................................................................................................... 128 Gráfico 23. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do remate. ...................................................................................................... 128 Gráfico 24. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da finalização. ................................................................................................ 129 Gráfico 25. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do duelo individual.......................................................................................... 129 Gráfico 26. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do desarme. ................................................................................................... 130 Gráfico 27. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade do contato adversário. .................................................................................... 130 Gráfico 28. Avaliação global da equipa relativamente à evolução de qualidade da interceção. ................................................................................................. 131. XII.

(13) Índice de Quadros Quadro 1. Ações da 1ª linha defensiva para determinado posto específico. .... 64 Quadro 2. Ações da 2ª linha defensiva para determinado posto específico. .... 65 Quadro 3. Erros e limitações nos processos ofensivos e defensivos do escalão de infantis masculinos. ..................................................................................... 68 Quadro 4. Período de treino semanal dos Infantis Masculinos. ....................... 79 Quadro 5. Calendário da 1ª Onda – Série A Campeonato Nacional Infantis Masculinos. ...................................................................................................... 81 Quadro 6. Calendário da 2ª Onda – Série B Campeonato Nacional Infantis Masculinos. ...................................................................................................... 83 Quadro 7. Calendário da 3ª Onda – Série C Campeonato Nacional Infantis Masculinos. ...................................................................................................... 84 Quadro 8. Calendário da 4ª Onda – Série B Campeonato Nacional Infantis Masculinos. ...................................................................................................... 86 Quadro 9. Quadro 15. Erros e limitações dos minis masculinos nos processos ofensivos e defensivos. .................................................................................. 107 Quadro 10. Sessões semanais dos treinos dos minis masculinos. ................ 114 Quadro 11. Calendário da Competição PR 02 Torneio de Minis AAP Masculinos. .................................................................................................... 115 Quadro 12. Calendário da Competição Fase PR 08 Prova Regional Minis Masculinos - Andebol 7. ................................................................................. 118 Quadro 13. Calendário da Competição Fase PR 08 Prova Regional Minis Masculinos - Serie B. ..................................................................................... 119. XIII.

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(15) Índice de Tabelas Tabela 1. Atletas do Académico Futebol Clube para a época 2013/2014. ....... 48 Tabela 2. Recursos Humanos do Académico Futebol Clube. .......................... 49. XV.

(16)

(17) Índice de Anexos. Anexo I – Regulamento Provas Infantis e Minis Masculinos Época 2013/2014 ...................................................................................................................... XVIII Anexo II – Avaliações trimestrais infantis masculinos .................................. XXIII Anexo III – Avaliações trimestrais minis masculinos .................................... XXVI Anexo IV – Planeamento anual infantis masculinos ..................................... XXIX Anexo V – Planeamento anual minis masculinos ........................................ XXXII Anexo VI –Torneios de infantis masculinos ................................................. XXXV Anexo VII – Torneios de minis masculinos ................................................... XXIX. XVII.

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(19) Resumo Este trabalho pretende ser, acima de tudo, um exercício de reflexão conceptual fundamentado em metodologias de treino integrais, norteadas para a formação na modalidade específica de andebol, juntamente com os conhecimentos adquiridos no decorrer da minha formação académica. Desta forma, serão exploradas as vivências deste estágio, bem como os objetivos definidos e metas alcançadas dentro de um clima de resolução de problemas, superação de dificuldades e do delineamento de estratégias de resolução dos problemas, construtoras da minha formação enquanto treinador. O Estágio de Formação em Exercício na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, enquadra-se dentro do modelo reflexivo da formação de treinadores, que visa não apenas o desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal do estagiário. Deste modo, a reflexão foi assumida como uma ferramenta fundamental e indispensável para dar sentido ao desenvolvimento e melhoria da profissão de treinador. Este estágio foi realizado. no. Académico. Futebol. Clube,. clube. centenário. do. Porto,. desempenhando funções de treinador nos escalões de Minis e Infantis Masculinos de Andebol. O presente relatório encontra-se estruturado em distintos capítulos, que vão desde a revisão de literatura, passam pelo enquadramento biográfico e pelo enquadramento da prática profissional e sua realização, até à conclusão e sugestão final e sua síntese. Em suma, considero que este ano se afigurou como uma das experiências mais marcantes da minha formação, pois capacitou-me de um enorme desenvolvimento das minhas competências profissionais, pessoais e sociais, permitindo-me compreender a verdadeira essência de um treinador e crescer como tal. Palavras-Chave: Andebol; Desporto para Crianças e Jovens; Estágio Profissional; Formação; Treino.. XIX.

(20) XX.

(21) Abstract This work intends to be, above all, an exercise of conceptual reflection based on integral training methodologies, guided for a specific type of formation in handball, along with the knowledge acquired throughout my academic training. Thereby, the experiences explored in this internship as well as the goals set and targets achieved within an environment of problem solving, overcoming difficulties and outlining strategies to overcome, crucial to my preparation as a coach. The Internship done at the Sport college of the University of Porto, fits within the reflective model of training of trainers, which is focused not only in the professional development but also in the personal development of the trainee. Thereby, the reflection was assumed as fundamental and essential to give meaning to the development and improvement of the coaching career. My internship was conducted at Académico Futebol Clube, an centenary team from Oporto, my role was coaching Handball to different groups of male children from 9 to 12 years old. This report is structured in different chapters, going from literature review, through the biographical framework and the framework of professional practice and its implementation, the conclusion, final suggestions and its synthesis. Overall, I consider that this year appeared as one of the most remarkable experiences of my academic path, because it has allowed me to achieve an huge personal, professional and social improvement, allowing me to understand the true essence of a coach and grow as such.. Key-Words:. Handball;. Children. and. Coaching;Training.. XXI. young. people. sport;. Internship;.

(22)

(23) Introdução.

(24)

(25) I.. Introdução O andebol é uma modalidade desportiva que integra o grupo de Jogos. Desportivos Coletivos, apresentando caraterísticas exclusivas, como é o caso da cooperação-oposição, da disputa persistente pela posse de bola e também pelo facto de ser uma modalidade dependente de um agente obrigatório, o tempo. Esta é uma modalidade ajuizada como sendo de caráter “aberto”, visto estar dependente da imprevisibilidade e aleatoriedade, no que diz respeito às situações de jogo e ao resultado final. Assumindo o contexto de variabilidade e riqueza nas soluções táticas e nas suas ações técnicas, caraterísticas centrais do jogo de andebol, importa implementar no treino vários fatores fundamentais para. uma. formação. adequada. de. jovens. jogadores.. Estes. fatores. exponenciarão situações decorrentes do jogo, através de uma prática centrada na tomada de decisão, na inteligência tática e na leitura de jogo nas situações de treino. A importância atribuída à tomada de decisão nos desportos coletivos é frequentemente referenciada na literatura (e.g., Garganta, 1997; Adelino, 2000), particularmente no caso da modalidade de andebol (e.g., Cuesta, 2002; Ribeiro e Volossovitch, 2004; Fonseca, 2005). No entanto, e com base na literatura consultada, fica evidente a escassez de modelos de formação para jovens jogadores desta modalidade com adequado suporte conceptual e prático. Isto é, modelos com uma estrutura coerente, lógica, alicerçado em fundamentações metodológicas, pedagógicas e biológicas inexoráveis ou, até mesmo, no que diz respeito à aprendizagem e desenvolvimento das competências técnicas e/ou prática. Torna-se fundamental destacar que as regras de jogo sofreram algumas alterações, provocando modificações pronunciadas no discernimento que é atribuído à tática do jogo (Seco, 2006; Silva, 2008). Estas alterações surgiram como forma de transformar esta modalidade num jogo mais apelativo para os seus espectadores (Seco, 2006), aumentando a velocidade do jogo. Não. 3.

(26) obstante, e apesar de alguns autores e técnicos terem uma opinião consensual de que o jogo é hoje mais rápido, não existem dados objetivos que comprovem estas mudanças (Seco, 2006; Aagaard, 2007; Pokrajac, 2008). Na opinião de alguns autores (Seco, 2006; Silva, J., 2008) este aumento da velocidade de jogo trouxe alguns inconvenientes, produzindo erros na tomada de decisão (jogadores viram-se forçados a decidir e executar com maior rapidez, dentro de contextos mais aleatórios e prolongados). A árdua incumbência de formar jovens jogadores apoiada nas exigências e constrangimentos dos modelos de jogo mais evoluídos, exige uma maior e melhor acessibilidade a documentos orientadores específicos de como educar, formar, jovens jogadores de sucesso. A conceção, planificação e concretização do processo de treino na formação, aliada à orientação da competição, articula-se na responsabilidade do estagiário e no compromisso de autonomia. Estes assentaram numa base de conhecimento teórico adquirido no decorrer da formação académica, aliado aos objetivos e modelo de formação do clube de acolhimento. Esta experiência tornou-se, acima de tudo, num exercício de reflexão conceptual fundamentada em metodologias de treino integrais, por sua vez norteadas para uma formação em Jogos Desportivos Coletivos, juntamente com os conhecimentos adquiridos no decorrer da formação académica. O cargo de treinador distingue-se em categorias plurais (Buceta, 2001). No caso particular, o treinador de base obtém este desígnio caso esteja a desenvolver a sua prática profissional numa etapa de iniciação desportiva ou numa fase de aprendizagem e posterior aperfeiçoamento. Este estágio foi baseado neste mesmo contexto de etapa de iniciação desportiva, com singular ênfase na formação de minis e infantis masculinos.. 4.

(27) Revisão de Literatura.

(28)

(29) II.. Revisão de Literatura. 2.1.. O desporto de formação. O crescente valor que tem vindo a ser importado pela prática desportiva, em união com o exponencial aumento do quadro competitivo, por sua vez, crescente em especialização, tem-se evidenciado como sendo determinante para uma preparação de jovens desportistas (Silva et al., 2001). Contudo, embora seja inequívoco que a prática desportiva contribui para um desenvolvimento. físico,. bem. como. psicossocial. do. ser. humano,. a. especificidade que o treino tem nos mais jovens, de acordo com o mesmo autor, confere-lhe “nuances” que o distinguem claramente do treino com os adultos. Acresce que, e tal como refere Ferreira (1999), para se ser capaz de treinar jovens é necessário conhecer minuciosamente as modificações que ocorrem no decorrer do seu crescimento e desenvolvimento maturacional. Neste sentido, Ferreira (1999) monitorizou cerca de 720 crianças (através questionário. de. Baecke),. tendo. observado. que. uma. criança. (idade. compreendida entre os 10 e os 12 anos), possuía uma carga física mais acentuada de atividade física (praticada diariamente) dentro de um ambiente não orientado, ao invés de uma outra criança que produzia uma carga física de uma hora a uma hora e meia num treino formal. Este resultado intrigou o autor e levou-o a questionar-se se o aumento da performance está mais dependente das atividades formais ou informais de treino. Em pleno acordo com estas dúvidas colocadas face à prática desportiva orientada, Bompa (1999) encontra uma resposta referindo que a prática desportiva pode surtir efeitos favoráveis para cada grupo etário, desde que seja devidamente orientada para a sua propensão biológica, e define-as do seguinte modo: i) o período contemplado entre os 6 e os 9 anos de idade, é o período considerado ótimo para que ocorra uma aquisição de habilidades motoras que servem como propiciadoras de um conhecimento consciente do próprio corpo, bem como das suas capacidades e potencialidades; ii) entre os 10 e os 12 anos de idade, é mais acentuado o grau de habilidades corporais, exigência da. 7.

(30) técnica que a maioria das modalidades desportivas assume; iii) só a partir dos 13 anos é que se deve iniciar uma especialização pela modalidade em causa. Não obstante, Bompa (1999) assume que uma especialização precoce pode contribuir para que o jovem atleta adquira graves problemas de adaptação, bem como de superação dos seus insucessos e frustrações ao nível desportivo em idades posteriores. Assim, o autor refere que esta especialização deve ocorrer apenas e só no exato momento em que a criança se encontra física e psicologicamente preparada e assume claramente, e com convicção, de que tenciona especializar-se na modalidade. A importância da formação do treinador é referenciada por Mesquita (2009, p. 5), com a seguinte afirmação: “treinar deve ser entendido como o processo. intencional e. deliberado. de. fazer. aprender. e. desenvolver. capacidades, ou seja, como um conjunto de ações organizadas, dirigidas à finalidade específica de promover intencionalmente a aprendizagem, com os meios adequados à natureza dessa aprendizagem. Neste contexto, o treinador deve ser visto como o profissional que tem a função específica de conduzir esse processo, o treino desportivo, fazendo-o no quadro de um conjunto de saberes próprios, saberes esses que sustentam a capacidade de desempenho profissional. As funções do treinador definem-se, assim, com base num conjunto de competências resultantes da mobilização, produção e uso de diversos. saberes pertinentes (científicos,. pedagógicos, organizacionais,. teórico-práticos, etc.), organizados e integrados adequadamente, em função da complexidade da ação concreta, a desenvolver em cada situação de prática profissional. ” Face a esta complexidade proferida pelo autor acima referido, mencionados no que concerne às exigências particulares do desporto de formação, irrompe a grande discussão sobre a importância que deve ser dada ao treinador destas crianças e jovens, assim sendo, torna-se fundamental que se trate com seriedade o papel do treinador nos escalões de formação.. 8.

(31) 2.2.. O Treinador de andebol na Formação. Descortinar um modelo de formação com estrutura e fundamentação nas conceções metodológicas, pedagógicas ou na experiência prática de terreno dos jovens jogadores de andebol, mostrou-se ser uma tarefa de certa forma utópica. Este facto suscitou uma enorme perplexidade visto entender que é no modelo de jogo e nos jogadores que atingem o mais alto nível de desempenho/competência que nos devemos focar, pois devem ser, sem dissidências, merecedores de reflexão por parte dos treinadores para que tenhamos uma referência da preparação desportiva de excelência a longo prazo. As regras de andebol foram alvo de novas alterações que, embora ligeiras, mudaram o rumo do jogo nos últimos anos, especialmente no que diz respeito às interpretações táticas do jogo (Seco, 2006; Silva, 2008). Esta mudança esteve intimamente ligada a um aumento exponencial da velocidade de jogo, com a ambição de tornar mais atrativo, para que desta forma, angarie novos espectadores para a modalidade (Seco, 2006). Estas novas regras foram as impulsionadoras de um estilo de jogo mais rápido (Seco, 2006; Aagaard, 2007; Pokrajac, 2008), que consequentemente incitou a um natural aumento dos erros na tomada de decisão por parte dos jogadores, uma vez que foi necessário decidir e executar com maior velocidade e em maior número num contexto mais aleatório no decorrer do jogo. O cargo de treinador distingue-se em categorias plurais (Buceta, 2000). No caso particular, o treinador de base obtém este desígnio caso esteja a desenvolver a sua prática profissional numa etapa de iniciação desportiva ou numa fase de aprendizagem e posterior aperfeiçoamento. Este estágio foi baseado neste mesmo contexto subsequente da condição de iniciação desportiva, com singular ênfase na formação de minis e infantis masculinos. O treino com crianças e jovens afigura-se como uma eminente oportunidade para os inspirar e induzir de forma positiva, nas suas vidas futuras. Este facto mostra-se ser de imperativa importância para que o treinador possua a capacidade de se manter em constante desassossego e 9.

(32) consequente evolução no que diz respeito aos processos de ensino e aprendizagem das crianças, e as vislumbre, desta forma, como únicas e individuais no desenvolvimento das suas capacidades desportivas. O papel de treinador de formação estabelece-se como sendo de responsabilidade colossal e de persistente desafio. De acordo com Buceta (2000), o treinador agrupa caraterísticas próprias, sendo elas: a) motivar os seus jovens atletas para uma prática desportiva regular; b) ser um padrão de caráter social; c) ter capacidade para desenvolver o potencial dos seus jovens atletas na modalidade de eleição. Diversos estudos têm vindo a expressar que as ações mais positivas da ação dos treinadores, associam-se tendencialmente de modo irrefutável com a satisfação pessoal e desportiva dos atletas, bem como com o contentamento com a liderança transmitida pelos mesmos (Dwyer e Fischer, 1990; Schliesman, Beitel e DeSensi,1994). De acordo com Gilbert e Trudel (2001), o conhecimento adquirido pelo treinador abrange aptidões distintas: i) o conhecimento científico alcançado no decorrer da sua formação académica, bem como da sua própria investigação; ii) o chamado conhecimento prático, ou conhecimento tático resultante da sua experiência prática de treino acumulada; e por fim iii) o conhecimento decorrente da prática desportiva como ex atleta. Por sua vez, Côté (2009), por via de uma análise profunda, refere que esse conhecimento é assente em três pilares: i) o conhecimento profissional, que deriva da sua formação curricular, conhecimento pedagógico adquirido e também da atividade específica; ii) o conhecimento interpessoal assente pela relação que consegue estabelecer com os seus atletas e, finalmente; iii) o conhecimento intrapessoal, ou seja, a sua própria auto reflexão fundada numa ética deontológica, bem como da sua condição perante a vida. Em forma de conclusão, Antón el al. (2000) sugerem que para impedir que se continuem a cometer erros de forma constante e possivelmente irreversível para as crianças e os jovens, é fundamental que o treinador de. 10.

(33) andebol. mantenha. uma. formação. de. conhecimentos. constantemente. atualizada para desta forma ser capaz de desempenhar a árdua tarefa de ensinar.. 11.

(34) 2.3.. Programação, Periodização e Planificação Anual. A evolução dos desportos coletivos depende naturalmente da exigência de jogadores com potencial elevado, mas a sua dependência assenta-se também na intervenção do treinador pela sua capacidade de liderança, planeamento e programação do processo de treino desportivo, com uma exigência cada vez mais pronunciada. Orientar, conduzir e controlar o processo de treino de uma equipa de andebol é competência primordial do treinador. Estas tarefas colocam-no numa constante e tremenda pressão, uma vez que terá de pôr em alternativa e ser capaz de evitar que diversos fatores, alheios às suas ambições e à sua disponibilidade, o controlem ou o conduzam a uma panóplia de problemas incontroláveis. Com a ambição de alcançar um nível óptimo de rendimento desportivo por parte da sua equipa, o treinador e a sua equipa técnica deparam-se com uma vital necessidade em criar as condições inerentes, sejam elas referentes à qualidade ou à quantidade, para que tal nível seja alcançado. A programação, avocada como um ajustamento do planeamento às condições reais, requer uma fundação de modelos relativos aos aspetos díspares do processo. Para que seja considerada eficaz é imperativo que consiga satisfazer condições como: o reconhecimento da adaptação enquanto processo biológico indutor do treino; o domínio do potencial de treino, dos exercícios e dos métodos complexos (Satori e Tshiene, 1988). Atualmente, um número preponderante de desportos vê a sua época desportiva a ser dividida em diferentes períodos e ciclos, tendo por objetivo a obtenção de um elevado rendimento, por intermédio de uma preparação sistemática (Freitas, 1999). Dessa inevitabilidade de organizar o processo de treino em ciclos, fases e períodos, eclodiu o termo periodização. Periodizar significa, assim, conceber metas temporais sintéticas que possibilitem aos treinadores, estruturar objetivamente o treino em cada momento da preparação desportiva (Marques, 1993). Acresce, ainda, afirmar 12.

(35) que a periodização é tida como um instrumento axiomático na organização do treino e da qual se subordina o controlo do desenvolvimento da capacidade de prestação desportiva (Freitas, 1999). No desporto de alto rendimento, a periodização é formalizada com base nos momentos ou fases da competição, nos quais se intenta obter o rendimento mais elevado, numa efémera estima pelas leis biológicas e fisiológicas associadas ao exercício físico (Marques, 1993). O autor alerta ainda que no Desporto para Crianças e Jovens as competições são igualmente relevantes, sem que, entrementes, isso seja análogo para que a preparação seja arbitrada pela necessidade de nelas obter o melhor rendimento. A imposição para que se crie uma visão clara e objetiva acerca do futuro acarreta necessariamente a existência de um processo de planeamento, minimamente formalizado, para o caminho a que se aspira e que será definitivamente antagonista (e mais benéfico) daquele que surgiria caso o planeamento não tivesse ocorrência (Pires, 2005). Por conseguinte, os resultados desportivos devem fundamentalmente ser arquitetados com base num trabalho condignamente pensado e planeado, em função dos objetivos definidos de antemão (Garganta, 1991; 2003), com a pretensão de reduzir à mínima expressão os fatores que nos encaminham para uma incerteza aumentada sobre o resultado (Garganta, 2003). Segundo Freitas (1999), a planificação é assumida como um processo edificado de auxílio à organização, coordenação e concretização dos objetivos estipulados, com princípio nos conhecimentos atuais sobre o treino desportivo, a modalidade em questão e os atletas visados, concedendo assim o controlo e orientação de todo o seu processo, bem como os resultados desportivos. Mesquita (1997) frisa que planear compreende uma delimitação antecipada sobre aquilo que se pretende realizar, de que forma e por quem. O planeamento assume um papel preponderante e necessário como auxiliador e facilitador do trabalho do treinador (Teodorescu, 1984), sendo. 13.

(36) assim estabelecido como categórico em toda a organização do processo de treino (Silva, 1988). Planificar assume-me como sendo um papel de extrema complexidade, visto depender da versatilidade de fatores implícitos e pelo número e caraterísticas dos atletas e técnicos enredados na competição (Calvo, 1998). Deste modo, o mesmo autor, salienta que a imposição de uma flexibilidade e adaptabilidade às distintas situações deve ser parte integrante de uma planificação. O exercício de planear não pode ser entendido como uma atividade difusa e demasiado expansiva, deve sim, ser executado numa prática constante e regular. Pires (2005) foca que o processo de planeamento que consequentemente desencadear-se-á no plano em si, é um processo de reajustamentos. incessantes. e. deve. ser. edificado. de. forma. diária,. impreterivelmente. Garganta (1991) relata que para ocorrer uma corporização exequível do planeamento, é fulcral que o mesmo não se restrinja a uma inalterabilidade e imutabilidade, mas sim que se permita adaptar, alterar e reformular. Aos olhos de Castelo (2003), a planificação assume um papel de bússola de ação na organização, com o intuito de se tornar um facilitador na obtenção dos objetivos propostos: (1) ascensão da sua eficácia; (2) melhoria da sua estabilidade; e (3) incremento da sua adaptabilidade no núcleo do meio competitivo. Planear as ações é uma simples conjuntura de procedimentos articulados entre si tendo em conta um objetivo. O planeamento é, portanto, o método estratégico de capacitarmos temporalmente as ações a proliferar.. 14.

(37) 2.4.. Modelo de Jogo. O processo e a produção de talentos assentam na criação de estratégias patenteadas numa base de sistemas padronizados em comportamentos imprevisíveis e descentralizados, por outras palavras, manifesta-se como um desenvolvimento a longo prazo que prefigura no desencadear da autonomia, criatividade, educação, inteligência e variabilidade (Bento, 2004; Frade, 1979). Primeiramente interessa entender o conceito de Modelo de Jogo. Para Frade (2003, p. 97), "o Modelo de Jogo consiste na aquisição de determinadas regularidades no "jogar" da equipa através da operacionalização de determinados princípios". Frade (1985) refere que o modelo tem a forma de uma pedagogia de projeto, dependente de uma visualização metódica no elemento causal do futuro, por outras palavras, no referencial proposto a alcançar. O modelo de jogo assume o papel de referencial, regulador do trabalho desde o inaugurar da temporada até ao seu término, tornando-se assim irracional o pensamento numa periodização tática sem que antes se considere o modelo de jogo (Faria, 1999). Desta forma, “se tu queres instalar uma linguagem comum com regras, princípios, uma cultura de jogo, num modelo de jogo (…) é fundamental que isso seja através do jogo” (Faria, 2002, p. VIII). Para que se assimile um sistema complexo é necessário que primeiramente se conjeture uma modelação, que deve ser assimilada como a ação da preparação e construção premeditada de modelos suscetíveis num fenómeno complexo (Garganta, 1991). O modelo de jogo não pode ser assumido como um dado adquirido, mas sim construído ininterruptamente, recetivo à ideia de jogo da equipa, sem descurar, contudo, as caraterísticas únicas e distintas dos jogadores, de forma a possibilitar uma edificação de novas dinâmicas dessa mesma ideia sempre que porventura tenha de ocorrer uma mudança de jogadores.. 15.

(38) A operacionalização dos princípios de ação nos distintos momentos do jogo, por intervenção dos atletas, é parte integrante do modelo (Silva, J., 2008). Deste modo, o conceito de modelo de jogo não se patenteia numa ideia geral, mas, sobretudo, numa configuração das interações dos jogadores. Segundo Oliveira (2004, p. 130) o que se torna essencial é que “o treinador saiba muito bem aquilo que pretende da equipa e do jogo, que tenha ideias muito concretas relativamente às invariantes/padrões que pretende que a sua equipa e os respetivos jogadores manifestem. ” O modelo de jogo constitui-se numa representação de ideias, pautadas numa específica forma de jogar, originando um “perfil” de jogo da equipa (Graça e Oliveira, 1994). O mesmo deve incidir no mapeamento de um reportório de referências essenciais, para delimitar a organização dos processos organizacionais ofensivos e defensivos, transições ofensivas e defensivas,. obedecendo. os. princípios. determinados. (Castelo,. 1994;. Mombaerts, 1991). Em conformidade, Oliveira (2004) refere que o modelo é imprescindível para delinear e desenvolver um processo específico e harmonioso, com a preocupação em construir um jogar. Deste modo, Leandro (2003) explana também que cada conceção de jogo desencadeia um modelo de jogo exclusivo, uma vez que as ideias intrínsecas a uma determinada cultura de jogo se distinguem. Castelo (1996) menciona, ainda, que cada modelo de jogo circunscreve a sua evolução ativa e criativa no decorrer do seu processo de desenvolvimento. Mourinho (2001), por sua vez, dá nota de importantes elementos a ter em conta para uma elaboração de um modelo de jogo, tais como: . O clube (suas caraterísticas históricas, sociais e culturais);. . A equipa (nível do seu jogo);. . Os jogadores (o seu nível e suas caraterísticas pessoais);. . O calendário competitivo; 16.

(39) . Os objetivos a atingir;. . A organização estrutural ou sistemas táticos;. . A realidade estrutural e financeira do clube. Oliveira (2008) menciona outros aspetos relevantes e que se devem ter. em conta: . Modelo de Clube (estilo de jogo marcante);. . Número de Jogadores na equipa;. . Número de treinadores ou outros integrantes da comissão técnica;. . Número de treinos semanais. Portanto, no momento que se arquitetura um modelo de jogo deve. colocar-se em evidência uma construção exponencial única, sujeita a vicissitudes das interações entres os distintos agentes (treinadores, jogadores, adeptos, aspetos históricos) e ao correspondente envolvimento cultural que o jogar despontará (Oliveira & Paes, 2004). Após as exposições patenteadas, subentende-se que, para que tal seja exequível é relevante ter em conta um fio condutor, ou seja, um padrão cultural determinado pelo modelo de clube, um modelo de treino e de jogador, cujas conexões se efetuem corretamente entre as categorias de base, iluminando-se no plantel profissional, bem como nas suas ideias de jogo (Maciel, 2008). Deste modo, toda e qualquer equipa deve ambicionar homogeneizar a modalidade em que se encontra integrado, construindo um modelo de jogo que deve ser empregue em todas as categorias. Assim, consegue-se aperfeiçoar o processo de formação e, no momento em que o jogador alcançar a equipa profissional, sentir-se-á apto e preparado para desempenhar o seu papel prazerosamente, uma vez que a sua experiência no decorrer da sua formação base lhe garantiu as condições ideais para que possa, no futuro, vivenciar esses mesmos padrões comportamentais.. 17.

(40) Não obstante, torna-se basilar que a exigência caraterística de cada faixa etária seja tida em conta. Para um mesmo modelo de jogo, utilizado em todas as categorias, deverá ser diferenciado no que diz respeito aos exercícios, às sessões semanais, ao tempo dessas mesmas sessões, bem como às exigências criadas pelo resultado e pelo cumprimento dos padrões préestabelecidos (seja de natureza tática, técnica, psicológica ou física), uma vez que é imperativo que não se confunda desporto de base com desporto profissional. Contextualizando, o modelo de jogo deve ser entendido, assumido e interpretado como variável e dependente da situação onde se insere, sendo assim impraticável que se assuma e o entenda como um modelo rígido (Cardoso, 2006). O jogo de andebol, como modalidade englobada nos Jogos Desportivos Coletivos, é naturalmente descortinado através de uma sucessão de fases intervaladas em que as duas equipas em confronto se deparam, com ou sem posse de bola. Os momentos de jogo são facilmente distinguidos e clarificam qual a fase do jogo em que a equipa se encontra: assumindo-se como sendo um processo defensivo, sempre que a equipa se encontre numa situação sem posse de bola; por sua vez, entende-se estar presente o processo ofensivo assim que a bola já se encontra em posse. Não obstante, existem referências a distintas subfases da defesa e também do ataque. A terminologia que é aplicada para definir estas mesmas subfases é discrepante e provoca frequentemente uma ambiguidade na compreensão dos conceitos que lhe estão agregados (Fonseca, 1999; Mortágua, 1999; Prudente, 2006). 2.4.1. Processo Ofensivo Para. Antón. Garcia. (2002),. o. processo. ofensivo. encontra-se,. historicamente dividido em três fases: contra-ataque apoiado; organização do ataque e por fim preparação do ataque. O autor faz alusão às duas primeiras fases, mencionando que podem também ser designadas como contra-ataque de primeira e segunda vaga ou então contra-ataque direto ou apoiado. Salvo estas fases mencionadas, surgiu na última década uma inovadora possibilidade. 18.

(41) para a construção de situações de finalização, a qual se passou a chamar de contra-ataque sustentado (Antón Garcia, 2002). No entendimento de Barbosa (1999) e Mortágua (1999) as fases do jogo não devem ser referenciadas, mas sim os métodos de jogo ofensivos. Assim, estes dois autores apresentam a três principais métodos de jogo ofensivo: o contra-ataque, o ataque rápido e por fim o ataque posicional. Como se evidencia, as grandes diferenças entre os autores anteriormente referidos, dizem respeito exclusivamente à utilização das tão aclamadas expressões como “Fases do Jogo” e “Métodos de Jogo”. Contudo, no que se refere aos conceitos, as semelhanças encontradas na abordagem realizada são evidentes. Num outro prisma, Czerwinski (1993) afirma que apenas existem duas fases de ataque: o ataque rápido/contra-ataque e o ataque posicional. Não obstante desta divisão, o mesmo autor refere que os tipos de ataque rápido/contra-ataque são diversos e coincidem com as ditas definições de contra-ataque direto, contra-ataque apoiado e ataque rápido. Moya (2001) apresenta, por sua vez, um conceito semelhante, ao considerar o processo ofensivo como sendo constituído exclusivamente pelas fases de contra-ataque e de ataque. Por fim, este autor contempla a hipótese para se distinguir o desenvolvimento do contra-ataque por dois meios: o contra-ataque direto e o contra-ataque coletivo. Assim, conclui-se que não se encontram diferenças substanciais no entendimento do jogo, quando nos guiamos por estes autores. É no entanto possível constatar pequenas diferenças terminológicas, ou em alternativa, classificações que atribuem categorias mais abrangentes. O processo ofensivo no andebol é iniciado no exato momento em que a equipa entra em posse de bola e o seu término ocorre no momento em que a equipa adversária, ou neste caso a equipa defensora, recupera e reassume por sua vez o controlo da mesma.. 19.

(42) Naturalmente, em todos os processos ofensivos, as equipas procuram construir. inúmeras. situações. para. que. a. finalização. tenha. grandes. probabilidades de sucesso, para isso, são utilizadas distintas fases e métodos de jogo ofensivo, decorrentes de um contexto transitório criado não pela própria equipa, mas também pelo adversário. De modo geral, assim que o controlo da bola é obtido, todos os procedimentos ofensivos daí decorrentes são norteados por uma fase progressiva de encontro à baliza adversária, seguida imediatamente de uma fase de construção da situação de finalização e têm o seu término na finalização propriamente dita. O emprego das distintas fases e métodos de jogo ofensivo submete-se primitivamente a três fatores: i) a eficácia da defesa; ii) o tempo para assumir o controlo real da bola; iii) a estratégia e sua evolução apresentada consoante o marcador (Anti et al., 2006). 2.4.2. Processo Defensivo No que diz respeito às fases do processo defensivo, autores como Falkowski e Fernandez (1988) e Sousa (2000) discriminam quatro fases fundamentais que ocorrem a partir do exato momento em que a equipa perde a posse de bola até ao formular da defesa em sistema: i) recuperação e equilíbrio defensivo; ii) defesa de cobertura – pressing temporário; iii) organização da defesa; iv) defesa em sistema. Existem, contudo, meios mais simplificados para compreender as fases do jogo, que referem que a constituição do processo defensivo tem apenas duas fases: a recuperação defensiva e a defesa organizada (Ribeiro & Volossovitch, 2000). Esta mesma linha de pensamento é corroborada por Moya (2001), quando afirma que as duas fases reais da defesa são: a recuperação defensiva e a defesa propriamente dita. Em conformidade, o mesmo autor refere ainda que a recuperação defensiva pode também ser interpretada como transição rápida ataque-defesa. Por outro lado, Jorge (2003) entende que existem não duas, mas três fases distintas que caracterizam a defesa, são. 20.

(43) elas: a recuperação defensiva, a zona temporária e por fim a defesa organizada. Num tempo mais recente, Gomes (2008) apresenta o processo defensivo distribuído por quatro fases distintas: i) a ocupação do espaço durante o ataque da equipa; ii) a ocupação do espaço de forma a perturbar a organização ofensiva adversária logo após a perda da posse de bola; iii) a organização do sistema defensivo; iv) a defesa organizada em sistema. Como é constatável, pese embora as distintas perspetivas perante o tema abordado, a estruturação dos distintos comportamentos a adotar aquando uma situação defensiva, é naturalmente semelhante. A fase defensiva no jogo de andebol tem início no exato momento em que a equipa se vê com a perda da posse de bola e só termina na fase em que o seu controlo é readquirido. Esta evidência, não invalida contudo, que a preparação da defesa deve ser iniciada já no período do processo ofensivo. No decorrer do ataque, a ocupação do espaço realizada pelos jogadores, é condição fundamental para que ocorra uma recuperação defensiva eficaz (Falkowski e Fernandez, 1988; Gomes, 2008). Nesse contexto, a equipa quando se encontra em situação ofensiva, deve ter em consideração e ter preparado distintas possibilidades de continuidade de jogo, sempre em função dos cenários que eventualmente lhe vão sendo colocados (Cadenas, 2006). Deste modo, as equipas que se encontram na sua fase de ataque devem estar prontas para atuar em duas situações adversas: i) imediatamente após a perda de bola, por ocorrência de uma falha técnica ou por uma falta regulamentar. sancionada. pela. equipa. de. arbitragem. e. também. ii). imediatamente após remate realizado. Neste primeiro caso, a perda de bola é naturalmente irreversível e a ação defensiva deve ter início imediato, com dois objetivos em mente: conseguir anular a transição rápida de defesa-ataque do seu adversário e saber criar condições ótimas para a organização do sistema defensivo escolhido para essa mesma fase do jogo. Como é evidente, o objetivo primordial das equipas, quando se encontram numa fase defensiva, é ser capaz de evitar que o seu adversário. 21.

(44) finalize a sua jogada com um golo, pelo que desta forma, se pode considerar este como o grande objetivo da defesa. O modo como as equipas tentam alcançar esse propósito, enfrentou alterações profundas, em função da exposição de um novo conceito de jogo, no que concerne à defesa. Na verdade, a interpretação da defesa era caracterizada como sendo algo passiva, em que sofria a ação posta em prática pelo seu oponente, tendo sido posteriormente transformada para uma atuação mais ativa e mais interventiva sobre o ataque adversário (Seco, 2005). Este autor reafirma que a defesa deixou de ter uma interpretação passiva, para passar a ter uma completamente análoga, mais reativa, que tem vindo a sofrer uma frequente evolução, passando a ser denominada por defesa ativa. Esta transformação das tarefas defensivas constata-se através de inúmeros autores que chegam à conclusão que, de uma perspetiva inicial onde o objetivo era simplesmente defender a baliza procurando evitar sofrer golo, constatou-se uma evolução para a interpretação que atualmente se tem, uma procura da intervenção sobre o ataque, visando a recuperação da posse de bola por intervenção de erros cometidos pelo seu opositor (Silva, 2000; Seco, 2005). Desta forma, no decorrer das várias fases da defesa, as equipas procuram constantemente evitar o golo por parte do seu adversário, sem que no entanto, abdiquem da possibilidade de: i) ganhar a posse de bola; ii) obrigar o adversário a cometer erros, que consequentemente os levem a cometer faltar técnicas ou até mesmo regulamentares; iii) condicionar a finalização a zonas e/ou jogadores com menor eficácia para a equipa adversária. A importância do desempenho defensivo para o sucesso no jogo de andebol é enfatizado tanto por investigadores como por treinadores, existindo vários estudos que conseguem estabelecer uma relação direta entre a eficácia do sistema defensivo e do guarda-redes com a vitória ou derrota no jogo de andebol, bem como a sua classificação final nas competições (Silva, 1998; 2000; Volossovitch, Ferreira e Gonçalves, 2003). Para alguns treinadores a eficácia contida na defesa é considerada como sendo a chave do sucesso,. 22.

(45) sendo que a prestação do guarda-redes é tida em conta com particular importância. Para além deste aspeto referido, é reforçado o facto de que, quanto maior for o equilíbrio entre opositores em confronto, também será maior o peso que a prestação defensiva assumirá para um resultado final. Este testemunho tem vindo a ser corroborado por intermédio de estudos realizados no domínio académico. Segue-se o exemplo do trabalho realizado por Silva (2000), no qual o autor chega à conclusão que no que diz respeito aos jogos equilibrados, os indicativos estatísticos que mais eficazmente distinguem as equipas vitoriosas das derrotadas, são de natureza defensiva. Nesse mesmo trabalho, mostra-se evidente que, à medida que os jogos se vão mostrando ser de cariz de maior desequilíbrio entre as equipas, o peso relativo dos fatores de ordem defensiva passa a dar lugar aos de ordem ofensiva. Esta mesma visão é também corroborada no estudo realizado por Rodrigues (2005), em que o autor conclui que nas situações de jogos a eliminar, geralmente jogos de maior equilíbrio, o peso atribuído aos fatores defensivos mostra-se ser superior quando se colocam em modo de comparação com os jogos disputados na fase de grupos. A dimensão de uma prestação defensiva eficaz por parte das equipas, não termina única e simplesmente na oposição ao ataque adversário. Através de uma eficácia defensiva validada, a consequência será orientada para a criação de condições ótimas para que o ataque que daí advêm seja finalizado com sucesso. De certa forma, um desempenho eficaz no decorrer da fase defensiva, terá contributo essencial para o sucesso do ataque, uma vez que permitirá que ocorram concretizações de grau mais fácil, no que diz respeito particular à sequência de transições rápidas de defesa-ataque (Varejão, 2004).. 23.

(46) 2.5.. O Treino. O treino é visto como o momento em que nós, na função de treinador, colocamos em prática os nossos conhecimentos e implementamos o nosso plano de ação. Deste modo, Mesquita (1991, p. 65) sugere que "o treino desportivo constitui uma atividade que tem por objetivo fundamental a otimização das capacidades dos atletas, tendo em vista o melhor desempenho competitivo". Matveiev (1977, p. 280) refere que "a unidade elementar do processo de treino é o exercício. Este está destinado ao desenvolvimento de uma ou mais qualidades. É a relação entre os diferentes exercícios que constituem a estrutura da sessão". Wrisberg (2007, p. 76), por sua vez, sugere que "para mantermos os atletas motivados durante o treino temos também que lhes dar a oportunidade de experimentar o sucesso e de se divertirem, desenvolvendo um plano de treino o mais eficaz possível e seguindo os seguintes passos: identificar as habilidades que os atletas precisam de aprender/desenvolver, definir as capacidades dos atletas, definir prioridades, determinar os melhores métodos de treino e elaborar o plano de treino”. Segundo Castelo (1994), o treino desportivo, intimamente relacionado ao fenómeno desportivo, é condição basilar para a execução com exatidão de uma das facetas definidoras deste fenómeno: a superação. Para Godik e Popov (1993) o treino desportivo assume-se como um processo pedagógico, cuja finalidade é a obtenção de resultados desportivos o mais elevados que se conseguirem alcançar. O objetivo primitivo do treino passa por otimizar as capacidades dos indivíduos, encaminhando-os a um estado de maior grau das suas prestações competitivas (Mesquita, 1991). Treinar deve ser reconhecido como um elenco de ações organizadas, focalizadas na promoção intencional da aprendizagem e desenvolvimento de algo por alguém, como os meios convenientes à natureza dessa mesma aprendizagem e desenvolvimento (Rosado e Mesquita, 2009).. 24.

(47) Na afiguração de Weineck (1999), a expressão “treino” é empregue em distintos contextos com a designação de exercício, cujo propósito é o aprimoramento em determinada área. Já Barbanti (1997) explana o “treino desportivo” como sendo um processo ordenado e canalizado numa base de preceitos científicos, que auspicia um estímulo de modificações funcionais e morfológicas no organismo de modo a engrandecer a capacidade de rendimento do desportista. O treino, para Teodorescu (1984, p. 55), é determinado como sendo “um processo especializado de desenvolver e formar a personalidade do jogador sob o aspecto do seu aperfeiçoamento físico-desportivo, com vista à realização duma capacidade máxima de «performance», duma disponibilidade para alcançar resultados muito elevados, com carácter permanente”. Garganta (2000) clarifica que, para se poder assumir o treino como um verdadeiro treino e não apenas como uma simples exercitação, é imperativa a existência de uma carta de intenções, uma agenda de compromissos, que capacitem representações dos aspetos, que numa conjuntura e, sobretudo, no seu relacionamento, confiram propósito ao processo, de forma a enveredar pela direção ambicionada. O treino desportivo é um processo pedagógico metódico e cientificamente fundamentado (Tschiene, 1987; Marques, 1990). Queiroz (1986), por sua vez, determina que os objetivos pedagógicos do treino são a aprendizagem, o aperfeiçoamento, o desenvolvimento e a manutenção. Desta forma, o treino invoca exercícios sistemáticos e repetitivos com objetivos meticulosamente definidos. O treino desportivo estabelece-se numa preparação do atleta a distintos níveis: físico, intelectual, tático, técnico e psicológico. O atleta é trabalhado como um todo por interveniente do exercício físico. O treino assume o papel mais influente e ilustre de preparação dos atletas para uma competição (Garganta, 2004). Auspicia uma indução de modificações positivas objetáveis na performance dos jogadores e das equipas (Garganta, 2008).. 25.

(48) Levando em consideração que tanto a prática como a instrução são componentes chave na procura do sucesso (Williams e Hodges, 2005), a investigação sente-se incitada a perquirir quais as metodologias mais incisivas e eficazes para aprimorar o rendimento desportivo (Braz, 2006). Silva (1998) assume o planeamento do treino como imprescindível e peça basilar de toda a organização do processo de treino. Desta forma, a inquietude nuclear de qualquer treinador deve focar-se na problemática do planeamento e periodização do processo de treino, sabendo de antemão que haverá uma diversidade de enigmas de natureza metodológica que deverão ser equacionados. Ao longo do tempo, verificou-se uma variabilidade acentuada no que diz respeito aos procedimentos, aos métodos e sistemas perfilhados para que se alcançasse uma maior eficiência do processo de treino (Cerezo, 2000). São inúmeras as formas de jogar e de alcançar resultados, de igual forma existem maneiras de treinar dissemelhantes (Garganta, 2004). O foco da motivação, norteada numa formação orientada para o desenvolvimento das personalidades e necessidades dos atletas, no caso específico do andebol, é considerado por Ehret (2002) de maior importância. Deve-se assim prescindir do treino específico e trilhar um caminho orientado para uma formação múltipla e genérica do atleta. Lima (1999) formula um conjunto de recomendações pedagógicas generalizadas que se devem aplicar indispensavelmente, de modo a se obter uma progressão no desenvolvimento das capacidades coordenativas para a formação, sem deixar de apontar que também outros autores as defenderiam: . Fomentar o desenvolvimento multilateral. Basear-se em exercícios específicos e exercícios que funcionem de auxílio para as crianças aprenderem habilidades que são fundamentais para a modalidade escolhida no presente ou até mesmo futuramente;. . Introduzir habilidades diversificadas que englobem corridas, sprints, saltos, preensão, receção de bolas, arremessos, batimentos, equilíbrios e quedas, com rolamentos;. 26.

(49) . Providenciar tempo útil para que cada criança seja capaz de desenvolver habilidades, participar em jogos e em novas atividades;. . Fazer uso do reforço pedagógico em alturas que ocorra empenho nas atividades e as mesmas deverão ser autodisciplinadas;. . Utilizar. o. elogio. aquando. os. progressos. são. alcançados. no. desenvolvimento das habilidades; . Reforçar comportamentos e apreciações que glorifique a ética e o espírito desportivo do jogo limpo;. . Fornecer condições ideais para inserir conceitos táticos de forma simples no decorrer do jogo. O treino deve ser considerado e visto como um processo de elevada. complexidade, devendo ser posto numa perspetiva do ponto de vista metodológico, sem ignorar o seu semblante pedagógico. Para que ocorra um desenvolvimento desportivo ótimo do atleta é imperioso organizar o processo de treino de modo sistemático e metódico, no sentido de providenciar ao atleta experiências contextualizadas de aprendizagem e devidamente estruturadas. Por conseguinte, o processo de treino opera uma relação de cumplicidade entre quem ensina (o treinador) e quem aprende (o jogador/atleta), própria da matéria de treino (Mesquita, 2000). O processo de formação constituiu-se como sendo um conjunto de etapas nas quais o atleta vai ser capaz de assimilar, desenvolver e consolidar as mais distintas capacidades, o que exige uma estrutura específica (substância e método) e dinâmica (tempo) durante todo o processo de treino (Nogueira, 2005). No início de cada época desportiva, é objetivo fundamental do treinador confrontar-se e ser capaz de chegar a uma resposta para um conjunto de questões nucleares (O quê? Como? Quando?). Só desta forma, será capaz de modelar as suas intervenções no treino, de acordo com as verdadeiras necessidades dos seus atletas, para que contribua para um desenvolvimento e preparação desportiva coerente de uma formação harmoniosa (Graça et al., 2003.. 27.

(50)

(51) Enquadramento Biográfico.

(52)

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