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VI. Equipa de Infantis

6.5. Resultados e Avaliação de Desempenho

6.5.1. Calendário Competitivo

A equipa infantil masculina competiu a nível nacional, participando no campeonato nacional masculino – PO15, onde o regulamento da prova (ver Anexo I) é apresentado na seguinte forma:

1ª Fase da PO15 – Prova da FAP organizada pela AAP por delegação de competências.

Antes do início de competição, foi realizada uma inscrição das equipas na Federação Portuguesa de Andebol de modo a terem permissão para participar em competições federadas a nível nacional. Seguidamente foram apuradas as equipas que iriam disputar os jogos do Campeonato Nacional de Infantis Masculinos, sob a forma de sorteio aleatório. O sorteio teve início no dia 17/09/2013 e consequentemente o campeonato arrancou no dia 12/10/2014 e teve o seu término no dia 26/05/2014.

Esta prova (campeonato nacional infantis masculinos) foi disputada por distintas fases com o objetivo de permitir a entrada de novas equipas e assim ser possível ajustar os níveis competitivos das equipas em competição. Constituíram-se grupos que jogaram TxT a 1 volta.

No início da época (mês de Outubro) teve início a competição a nível nacional (1ª Onda – Série A Campeonato Nacional Infantis Masculinos), constituída por cinco jornadas. Os jogos desta competição serviram, desde logo, como preparação e integração de novos jogadores, tendo sido para alguns a primeira experiência competitiva.

No decorrer destes jogos, observou-se rapidamente que os jogadores apresentavam grandes lacunas e dificuldades no processo defensivo (postura defensiva incorreta, falta de “ofensividade” na defesa, incapacidade e desconhecimento de como defender). Apesar de apresentarem também uma notória falta de entrosamento no que diz respeito ao processo ofensivo, revelavam ser uma equipa com objetividade e alguma facilidade na finalização, em particular da zona dos pontas (1ª linha).

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Com o término desta 1ª Onda do Campeonato Nacional, notou-se uma crescente melhoria ao longo das jornadas, especialmente em termos defensivos, onde a equipa mostrou ter uma visão clara sobre como se movimentar e como responder à ação do adversário. No entanto, apesar de também ter ocorrido uma evolução no processo ofensivo, esta foi mais ténue, uma vez que a utilização do drible era uma constante e a circulação da bola demasiado prolongada, retirando objetividade ao ataque (perdiam capacidade para criar situações de contra-ataque ou ataques rápidos). Assim, neste ciclo de época foi dado particular ênfase à exercitação e consolidação da transição ofensiva, consequência das dificuldades constatadas.

Nestas cinco jornadas que a equipa realizou, saiu vitoriosa em três jogos (dois deles jogados em casa) e foi equipa derrotada nos dois restantes jogos (um deles jogado em casa). Abaixo segue-se o Quadro 5, ilustrativo desta competição:

Quadro 5. Calendário da 1ª Onda – Série A Campeonato Nacional Infantis Masculinos.

Mês Outubro Novembro

Onda-Série 1ª Onda – Série A

Data 12/10/2013 19/10/2013 26/10/2013 02/11/2013 09/11/2013

Local Pavilhão Lima

Mun. Gueifães

Pavilhão Lima Pavilhão Lima Pav. FC Gaia

Hora 10:00 11:00 10:00 10:00 15:00

Jogo Macieira Andebol Club

CDC Santana Padroense FC Gondomar Cultural FC Gaia Jornada 1 2 3 4 5 Resultado 25-20 26-14 20-18 22-31 19-28 Classificação Final 3º classificado

No decorrer da competição nacional, a equipa apurou-se para a 2ª Onda e passou a pertencer ao lote da Série B, uma vez que não ficou nos dois lugares cimeiros que lhe garantiam a presença no grupo da Série A. Nesta Onda, a equipa sofreu várias derrotas e revelou, uma vez mais, as suas fragilidades defensivas e emocionais.

O desempenho no processo ofensivo mostrou melhorias ao nível de circulação de bola e redução da utilização drible (forte instrução nos treinos para uma prática mais frequente de contra-ataque e ataque rápido), contudo a

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equipa apresentava claras dificuldades na finalização (jogadores apresentavam uma deficiente postura de remate, pouca convicção e falta de preparação para finalizar). Quanto ao processo defensivo, a equipa mostrava sinais preocupantes, uma vez que não era capaz de recuar para linhas defensivas, no momento imediato à perda da posse de bola, ou após finalização, o que dava origem a que as equipas adversárias conseguissem finalizar com facilidade (através de contra-ataque, ataque rápido, penetrações nos espaços vazios). Nesta Onda a equipa conseguiu apenas um empate (jogo em casa) e os restantes jogos acabaram em derrota (duas delas jogadas em casa).

Os jogos realizados pela equipa sempre que saiu na condição de derrotada mostraram-se demasiado dilatados e uma vez mais evidenciaram a enorme instabilidade emocional da equipa (jogadores sempre que se viam a perder por um resultado com diferença superior a 4 golos, facilmente se descontrolavam, perdendo a noção do espaço, deixavam de defender após atacarem, cometiam faltas desnecessárias e protestavam frequentemente com os intervenientes do jogo).

Desta forma, na tentativa de colmatar estas falhas foi colocado o foco no processo defensivo de forma a instruir os atletas a terem percepção da sua posição no terreno de jogo, bem como a serem capaz de dar resposta adequada à ação praticada pelo seu adversário (foram realizados exercícios que privilegiavam fortemente a defesa e essencialmente a forma correta de defender). O fator emocional foi, também, preocupação assente no decorrer dos treinos, de forma a criar nos atletas uma maior maturidade de modo a conseguirem dar a melhor resposta em situações de adversidade (eventualmente eram criadas situações nos treinos em que, intencionalmente, se deixava por marcar algumas faltas que fossem ocorrendo em situação de exercício de jogo; sempre que o jogador protestava, toda a equipa sofria uma penalização).

No fim desta 2ª Onda, ocorreu uma paragem no campeonato, de cerca de um mês, tendo-se aproveitado para trabalhar afincadamente os seus processos ofensivos e defensivos. Durante esta paragem, a equipa participou,

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também, no Torneio Kaky Gaia 2013 (ver Anexo VI), o que possibilitou reavaliar o nível de desempenho dos alunos, que diz respeito às dificuldades detetadas e ao trabalho realizado.

A equipa mostrou sinais evidentes de evolução, essencialmente no processo ofensivo, mostrando uma maior capacidade de perceber quais os momentos ideais para uma saída para o contra-ataque e ataque rápido e qual o momento ideal para realizarem um ataque organizado. Quanto ao processo defensivo, a equipa evoluiu, embora que numa menor escala, adquirindo noções de como contatar corretamente o adversário, além de compreenderem a importância de se reposicionarem defensivamente após uma situação de ataque (ganharam uma taça que privilegiava a equipa que menos sansões teve ao longo de todo o torneio).

Em seguida segue-se o Quadro 6, onde se dá conta da competição nacional de infantis masculinos.

Quadro 6. Calendário da 2ª Onda – Série B Campeonato Nacional Infantis Masculinos.

Mês Novembro Dezembro Janeiro

Onda-Série 2ª Onda - Série B

Data 23/11/2013 01/12/2013 08/12/2013 14/12/2013 21/12/2013 12/01/2014 Local Col. Carvalhos Pavilhão Lima Est. Vig. Sport

Pavilhão Lima Esc. Sec. Baltar Pavilhão Lima Hora 14:00 11:45 17:00 11:45 10:00 11:45 Jogo Col. Carvalhos GC Santo Tirso Estrela Vigorosa Padroense FC CAAEBaltar AA São Mamede Jornada 1 2 3 4 5 6 Resultado 32-13 25-33 41-29 24-24 27-17 18-29 Pontuação Final 11 pontos Classificação Final 7º classificado

Com o reiniciar do período competitivo, a equipa chegou à 3ª Onda e mais uma vez reposicionou-se na série C, visto os resultados obtidos na Série anterior terem sido negativos. Nesta nova Onda, a equipa realizou um total de seis jogos, dos quais quatro deles foi a equipa vitoriosa (dois desses jogos foram em casa) e nos restantes dois jogos saiu derrotada (um deles em casa). Apesar das quatro vitórias obtidas nesta fase, a equipa não foi capaz de

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apresentar resultados satisfatórios face aos seus adversários, sofrendo “derrotas pesadas”.

Nesta 3ª Onda (equipas com nível mais baixo) a equipa mostrou uma notória evolução ao nível emocional e foi capaz de manter a estabilidade na maioria dos jogos disputados (deixaram de protestar com os intervenientes do jogo, não se descontrolavam mesmo quando se viam a sofrer por uma diferença grande, mostraram uma atitude sempre positiva nos jogos).

O processo ofensivo mostrou alguma evolução no que diz respeito à circulação da bola, à ocupação racional dos espaços e às saídas para o contra- ataque (equipa fazia corretas saídas para contra-ataque com grande eficácia, dispunham-se corretamente pelo campo sabendo cada um em que posição deveria colocar-se e circulavam a bola com maior velocidade e objetividade). Quanto ao processo defensivo, a equipa mostrou sinais evidentes de uma melhoria ao nível da recuperação defensiva e uma consolidação evidente do sistema defensivo 5:1 (a equipa fechava mais as linhas e defendia com maior agressividade), contudo sempre que sistema defensivo era alterado a 3:3 ou a um sistema de defesa individual, a equipa sentia grandes dificuldades em movimentar-se e acompanhar os seus adversários.

No mês de abril, ocorre nova paragem do campeonato nacional com a duração de um mês. A equipa não teve qualquer participação em torneios.

Segue-se abaixo o Quadro 8, ilustrativo desta competição:

Quadro 7. Calendário da 3ª Onda – Série C Campeonato Nacional Infantis Masculinos.

Mês Fevereiro Março

Onda-Série 3ª Onda - Série C

Data 08/02/2014 15/02/2014 22/02/2014 08/03/2014 16/03/2014 22/03/2014 Local Esc. Irene

Lisboa Pavilhão Lima Col. Carvalhos Pavilhão Lima Mun. Amarante Pavilhão Lima Hora 15:00 16:30 15:00 10:00 16:45 11:30 Jogo GC Universal Padroense FC GD Col. Carvalhos B ADA Maia- Ismai AD Amarante C.A.Penafiel Jornada 1 2 3 4 5 6 Resultado 19-29 8-23 19-18 23-22 20-26 22-19 Pontuação Final 14 pontos Classificação Final 3º classificado

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Na 4ª e última Onda onde se dá o reinício do período competitivo, com mais cinco jogos disputados. Mais uma vez a equipa entra numa nova Onda, e transita para a Série B (com nível mais elevado de equipas), visto ter ficado nos lugares cimeiros da Onda anterior. Infelizmente, nesta última fase competitiva, a equipa não teve o melhor dos resultados, saindo derrotada em todos os jogos que disputou (a evolução e supremacia das outras equipas tornou-se evidente, a equipa não teve capacidade para criar situações de resposta ás ações criadas pelos seus adversários).

No entanto, a equipa demonstrou ter adquirido um leque de soluções para os seus processos ofensivos e defensivos que não possuía anteriormente. Mostrou-se ser uma equipa mais coesa, com um correto sentido de orientação espacial, uma boa capacidade na transição ofensiva, com forte utilização de ataques rápidos, com penetrações nos espaços vazios, criação de superioridade numérica (décalage) e rápida perceção do contra-golo.

No que se refere ao processo defensivo, esta equipa ainda mostrou ter algumas limitações, especialmente quando se privilegiava o sistema defensivo individual (jogadores tinham grande dificuldade em acompanhar e impedir o adversário de atacar o alvo). Em contrapartida, adquiriram uma forte consciencialização e consolidação do sistema defensivo 5:1 demonstrando boa agressividade e controlo do adversário.

O Campeonato Nacional de Infantis Masculinos dá-se por encerrado no dia 24/05/2014, com a equipa a ficar colocada no sexto (e último) lugar da 4ª Onda da Série B.

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O Quadro 9, é referente a esta competição:

Quadro 8. Calendário da 4ª Onda – Série B Campeonato Nacional Infantis Masculinos.

Mês Abril Maio

Onda-Série 4ª Onda – Série B

Data 27/04/2014 01/05/2014 10/05/2014 17/05/2014 24/05/2014 Local Mun.

Ermesinde

Mun. Canidelo Pavilhão Lima Mun. Padrão Légua Pavilhão Lima Hora 15:00 10:30 11:00 15:00 17:00 Jogo C. P. Natação IC Madalenense GD Col. Carvalhos B Padroense FC Gondomar Cultural Jornada 1 2 3 4 5 Resultado 27-13 32-22 16-17 29-17 24-26 Pontuação Final 5 pontos

Classificação Final

6º classificado

Com o término desta fase de competições nacionais, inicia-se uma nova fase de competição, desta vez sob a forma de torneios. O primeiro torneio disputado, após o encerramento da competição nacional, foi o Torneio do “Lagarteiro pela Igualdade – 2014” (ver Anexo VI). Este torneio teve a duração de apenas um dia, onde a equipa disputou um total de 5 jogos, chegando a disputar a semifinal da competição, classificando-se na terceira posição.

Em seguida, ocorreu a participação no Torneio “Garci Cup 2014”, em Estarreja, durante 5 dias. Nesta competição a equipa debateu-se com distintas equipas, disputando um total de cinco jogos, tendo vencido 2 e perdido 3. Com o encerramento do Torneio, a equipa ficou classificada no 13º lugar, num total de 16 equipas (ver Anexo VI).

De volta a casa, a equipa teve a oportunidade de participar num Festand de andebol de Praia aclamado por “Festand Andebol 4Kids“, que decorreu nas praias de Matosinhos e de Canide Norte, respetivamente. Nesta competição (meramente lúdica) a equipa foi primeira classificada, ganhando todos os jogos (8) disputados nos dois dias deste torneio, mostrando-se bastante superior às restantes equipas (ver Anexo VI).

A época desportiva encerrou com o último torneio em que a equipa se fez representar, o Torneio “Maia Handball Cup 2014” (ver Anexo VI). Neste torneio a equipa teve a oportunidade de defrontar adversários não só

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nacionais, mas também internacionais (equipa espanhola-SD Teucro). Este torneio foi extremamente produtivo e a equipa deu uma óptima resposta às exigências transmitidas no decorrer dos treinos executados ao longo desta época desportiva. Com um total de nove jogos, a equipa venceu sete deles e perdeu apenas dois (incluindo o jogo da final).

Com efeito, esta equipa, no decorrer da sua época desportiva, realizou um elevado número de jogos, indispensáveis para criar condições óptimas de evolução da equipa e dos próprios jogadores. Desta forma, como facilmente se consegue observar, a distribuição do número de jogos no decorrer da época desportiva não se mostrou ser de todo uniforme.

No decorrer dos meses de Dezembro e de Julho o número de jogos realizados pela equipa foi muito elevado, o principal fator para que tal acontecesse foi o facto da equipa ter participado em torneios nesses períodos. Quanto aos meses seguintes, verificou-se que a equipa realizava uma média de um jogo a cada sete dias, à exceção dos meses de Janeiro e Abril (a equipa apenas realizou um jogo em cada um destes meses), o que se mostra ser um número adequado para que a equipa tenha tempo de assimilar toda a informação transmitida no decorrer dos treinos e poder assim corrigir as falhas e consolidar os seus conhecimentos ao longo de toda a sua época desportiva.

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