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Apelação Criminal n Relator: Desembargador Alexandre d Ivanenko

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Apelação Criminal n. 0002994-13.2015.8.24.0040

Relator: Desembargador Alexandre d’Ivanenko

APELAÇÃO CRIMINAL. LEI MARIA DA PENHA. LESÃO

CORPORAL (ART. 129, § 9º, DO CP). SENTENÇA

CONDENATÓRIA.

RECURSO

DO

ACUSADO.

PRETENDIDA

ABSOLVIÇÃO.

INVIABILIDADE.

MATERIALIDADE

E

AUTORIA

COMPROVADAS.

PALAVRAS UNIFORMES E COERENTES DA VÍTIMA.

RECEITUÁRIO MÉDICO E FOTOGRAFIAS TRAZIDAS AOS

AUTOS QUE, JUNTAMENTE COM A PROVA ORAL, SE

MOSTRAM APTAS À COMPROVAR A OFENSA À

INTEGRIDADE

CORPORAL

DA

OFENDIDA.

RECONCILIAÇÃO DO CASAL QUE NÃO AFASTA A

RESPONSABILIZAÇÃO DO AGENTE. AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA.

EMBRIAGUEZ

VOLUNTÁRIA.

INVIABILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 28 DO CÓDIGO

PENAL.

RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Criminal n.

0002994-13.2015.8.24.0040, da comarca de Laguna Vara Criminal em que é

Apelante M. C. J. e Apelado M. P. do E. de S. C.:

A Quarta Câmara Criminal decidiu, por unanimidade, conhecer do

recurso e negar-lhe provimento. Custas legais.

O julgamento, realizado no dia 10 de maio de 2018, teve a

participação dos Exmos. Srs. Des. José Everaldo Silva e Des. Sidney Eloy

Dalabrida. Funcionou, pela douta Procuradoria-Geral de Justiça, o Exmo. Sr. Dr.

Francisco Bissoli Filho.

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Alexandre d'Ivanenko

PRESIDENTE E RELATOR

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RELATÓRIO

Na Comarca de Laguna o Ministério Público do Estado de Santa

Catarina ofereceu denúncia contra M. C. J., imputando-lhe a prática do crime

previsto no art. 129, § 9º, do Código Penal, por ter, no dia 29 de outubro de 2015,

por volta das 2h30m, desferido socos contra o rosto da vítima G. F. G., sua

esposa, causando-lhe as lesões descritas no receituário Médico de fl. 9.

Concluída a instrução, a denúncia foi julgada procedente para

condenar M. C. J. à pena de 3 meses de detenção, a ser cumprida em regime

inicialmente aberto, pelo cometimento do delito previsto no art. 129, § 9º, do

Código Penal, sendo-lhe substituída a pena privativa de liberdade por prestação

pecuniária, no valor de 10 (dez) dias-multa, cada qual equivalente a 1/30 (um

trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos (fl. 90).

Insatisfeito, M. C. J. deflagrou recurso de apelação. Nas razões de

apelação apresentadas às fls. 102/105, almeja ser absolvido da prática do crime,

sob o argumento de que "estava totalmente sob influência de substância que

cause efeitos análogos, e sem qualquer dúvida atingiram a personalidade e o

discernimento", e de que não consta nos autos exame de corpo delito.

O Ministério Público do Estado de Santa Catarina ofereceu

contrarrazões pelo conhecimento e desprovimento do reclamo (fls. 109/116).

Lavrou parecer pela douta Procuradoria-Geral de Justiça o Exmo.

Sr. Dr. Carlos Eduardo Abreu Sá Fortes, oportunidade em que opinou pelo

conhecimento e desprovimento do apelo.

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Presentes os pressupostos de admissibilidade o recurso há de ser

conhecido, e inexistindo preliminares a serem apreciadas, nem mesmo de ofício,

passo a análise do mérito.

Trata-se de recurso interposto por M. C. J. contra decisão que

julgou procedente a denúncia para condená-lo pelo cometimento do delito de

lesões corporais, perpetrado no âmbito doméstico.

Objetivando a reforma do decisum, aduz, em síntese, inexistirem

nos autos comprovação segura da prática delituosa. Entretanto, em que pese os

argumentos elencados, tenho que inviável o acolhimento da pretensão recursal.

Isto porque tanto a materialidade quanto a autoria do delito

restaram comprovadas por meio do boletim de ocorrência (fls. 2/5), dos termos

de declaração na fase indiciária (fls. 6/8 e 12), do receituário médico (fl. 9), das

fotografias trazidas aos autos (fls. 10/11) e dos depoimentos colhidos na fase

judicial.

Quando ouvida na fase administrativa, a vítima G. F. G.. relatou que

é casada com o apelante há cerca de dezesseis anos e que na data do fato, M.

chegou em casa alcoolizado e "passou a agredir a depoente com socos no

rosto" (fl. 8).

Em juízo, ratificou sua narrativa (gravação audiovisual fl. 91),

asseverando que "ficou com lesão no olho, que acha que o acusado deu um

soco", porém tentou minimizar a situação afirmando que foram lesões mútuas,

embora não soubesse dizer se M. restou lesionado.

As declarações da ofendida acerca das agressões sofridas se

coadunam com do receituário médico (fl. 9) e com as fotografias anexadas às fls.

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10/11.

Os policiais militares Fernando dos Santos e Caroline de Oliveira

Lima Fernandes relataram que atenderam a ocorrência e confirmaram que a

vítima apresentava lesões na face (fls. 6/7), confirmando suas declarações sob o

crivo do contraditório (fl. 91).

Ressalta-se que as declarações das vítimas têm lugar central na

elucidação de fatos, como os apurados nos autos, tendo em vista que as

agressões acontecem preponderantemente no ambiente privado e longe de

testemunhas oculares que possam esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Já decidiu este Tribunal de Justiça:

Tratando-se de violência doméstica, muitas vezes as ameaças e as agressões ocorrem longe do olhar de qualquer testemunha, razão pela qual a palavra da ofendida é de fundamental importância para o esclarecimento dos fatos, ainda mais quando corroborada por outros meios de prova [...] (Ap. Crim. 2014.052853-2, Rel. Des. Moacyr de Moraes Lima Filho, j. 11.11.14).

O Superior Tribunal de Justiça orienta: "No que se refere ao crime

de ameaça, a palavra da vítima possui especial relevância para fundamentar a

condenação, notadamente se a conduta foi praticada em contexto de

violência doméstica ou familiar" (HC 327.231, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j.

17.3.16).

O apelado, por sua vez, limitou-se a alegar que não se recordava

dos fatos em razão da ingestão de álcool e drogas (gravação audiovisual fl.

91).

Assim, a versão do apelante encontra-se isolada dos autos, sendo

inviável acolher o pleito absolutório em razão de suposta anemia probatória.

No que tange à ausência de laudo pericial, este Tribunal entende

que a prova oral, juntamente com o receituário médico e as fotografias dos autos

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Nesse sentido:

APELAÇÃO CRIMINAL. CONTRAVENÇÃO PENAL DE VIAS DE FATO COM A INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA (ART. 21 DA LEI N. 3.688/41 C/C ART. 5º, INCISO III, E ART. 7º, INCISO I, AMBOS DA LEI N. 11.340/06). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DEFENSIVO. PEDIDO DE

ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. INVIABILIDADE.

PALAVRA DA VÍTIMA UNÍSSONA E COERENTE EM AMBAS AS ETAPAS DA PERSECUÇÃO PENAL, CORROBORADA PELA PROVA ORAL COLHIDA. PRESCINDIBILIDADE DE LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA DE VESTÍGIOS PECULIAR À CONTRAVENÇÃO PENAL DE VIAS DE FATO. CONDENAÇÃO PRESERVADA. DOSIMETRIA. ALMEJADO O AFASTAMENTO DA

CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL VALORADA NEGATIVAMENTE.

POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS PARA CONSIDERAR DETURPADA A PERSONALIDADE DO AGENTE. EVENTUAL MENTIRA DO RÉU DURANTE O INTERROGATÓRIO JUDICIAL ABRANGIDA PELO SEU DIREITO DE AUTODEFESA. CIRCUNSTÂNCIA INCAPAZ DE, POR SI SÓ,

MAJORAR A REPRIMENDA. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. PENA

READEQUADA. "[...] o fato do agente mentir acerca da ocorrência delituosa, não assumindo, desta maneira, a prática do crime, está intimamente ligado ao desejo de se defender e, por isso mesmo, não pode representar circunstância a ser valorada negativamente em sua personalidade, porquanto a comprovação de tais fatos cabe a acusação, desobrigando, por conseguinte, que essa mesma comprovação seja corroborada pela defesa [...]" (STJ, HC 98013/MS, rel. Min. OG Fernandes, Sexta Turma, j. 20.09.2012). PEDIDOS DE ABRANDAMENTO DO REGIME PRISIONAL PARA O ABERTO E DE SUBSTITUIÇÃO DA REPRIMENDA CORPORAL POR RESTRITIVAS DE

DIREITOS. DESCABIMENTO. REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA E

ESPECIFICIDADES DA CONTRAVENÇÃO PENAL DE VIAS DE FATO QUE IMPOSSIBILITAM A CONCESSÃO DAS BENESSES. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. APLICABILIDADE DAS SÚMULAS 269 E 588 DO STJ. PLEITOS AFASTADOS. ALMEJADO O BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. MATÉRIA NÃO ANALISADA PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. CONCESSÃO DE OFÍCIO QUE SE IMPÕE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS ELENCADOS NO ART. 77 DO CÓDIGO PENAL. EXECUÇÃO

PROVISÓRIA DA PENA. POSSIBILIDADE. ACÓRDÃO PENAL

CONDENATÓRIO. PRECLUSÃO DA MATÉRIA FÁTICA. NOVA ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (HC N. 126.292/SP) ADOTADA POR

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ESTA CÂMARA CRIMINAL (AUTOS N. 0000516-81.2010.8.24.0048).

CUMPRIMENTO IMEDIATO DAS CONDIÇÕES DO SURSIS, QUE SERÃO IMPOSTAS PELO JUÍZO DA EXECUÇÃO (ART. 159, § 2º, DA LEP).

RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA EXTENSÃO,

PARCIALMENTE PROVIDO. CONCESSÃO, DE OFÍCIO, DA SUSPENSÃO

CONDICIONAL DA PENA. (TJSC, Apelação Criminal n.

0002351-08.2016.8.24.0012, de Caçador, rel. Des. Ernani Guetten de Almeida, Terceira Câmara Criminal, j. 30-01-2018).

Por fim, ressalto que a mera ingestão de bebida alcóolica ou drogas

não é suficiente para reconhecer a ausência de dolo e a inimputabilidade do

acusado, na medida em que o art. 28, II, CP, é enfático ao esclarecer que a

embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substâncias de efeitos

análogos, não exclui a imputabilidade penal:

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: [...].

II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Sobre o tema, Rogério Greco leciona:

A embriaguez voluntária se biparte em voluntário em sentido estrito e culposa. Diz-se voluntária em sentido estrito a embriaguez quando o agente, voluntariamente, faz a ingestão de bebidas alcoólicas com a finalidade de se embriagar. É muito comum essa espécie de embriaguez, haja vista que principalmente os jovens, quando querem comemorar alguma data que consideram importante, dizem que 'beberão até cair'. Querem, outrossim, colocar-se em estado de embriaguez. Culposa, é aquela espécie de embriaguez, também dita voluntária, em que o agente não faz a ingestão de bebida alcoólica querendo embriagar-se, mas, deixando de observar o dever de cuidado, ingere quantidade suficiente que o coloca em estado de embriaguez. Nessa hipótese, o agente, por descuido, por falta de costume ou mesmo

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se nesse estado. Nas duas modalidades de embriaguez voluntária, o agente será responsabilizado pelos atos, mesmo que, ao tempo da ação ou da omissão, seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Se sua ação, como diz a teoria da actio libera in causa, foi livre na causa, ou seja, no ato de ingerir bebida alcóolica, poderá o agente ser responsabilizado criminalmente pelo resultado (Código penal comentado. 6 ed. Impetus. Niterói, 2012, p. 88).

Portanto, somente não haverá responsabilização penal somente em

caso de embriaguez completa e oriunda de caso fortuito ou força maior, de modo

que o agente, ao tempo da ação ou omissão, seja inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento, situação não comprovada nos presentes autos.

Neste sentido:

APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL LEVE E AMEAÇA NO ÂMBITO DOMÉSTICO. RECURSO DA DEFESA. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. AUTORIA E

MATERIALIDADE DEVIDAMENTE COMPROVADAS. PALAVRAS DAS

VÍTIMAS E DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS EM CONSONÂNCIA COM OS DEMAIS ELEMENTOS PROBATÓRIOS. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESÕES SOFRIDAS PELAS VÍTIMAS.

AMEAÇA. CRIME FORMAL QUE SE CONSUMA COM A PROMESSA DE MAL INJUSTO E GRAVE. OCORRÊNCIA INDUBITÁVEL DA CONDUTA

TÍPICA. AUTORIA IGUALMENTE DEMONSTRADA. EMBRIAGUEZ

VOLUNTÁRIA. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO AFASTA A IMPUTABILIDADE PENAL. DOLO ESPECÍFICO CARACTERIZADO. INTELIGÊNCIA DO ART. 28,

II, DO CÓDIGO PENAL. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO

DESPROVIDO. (Apelação Criminal n. 2011.003605-4, de Chapecó, rel. Des. Rui Fortes, j. em 21/6/2011).

APELAÇÃO CRIMINAL - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER - CONTRAVENÇÃO PENAL DE PERTURBAÇÃO DA TRANQUILIDADE E CRIME DE AMEAÇA, NO ÂMBITO DA LEI MARIA DA PENHA (LCP, ART. 65 E CP, ART. 147, NA FORMA DA LEI N. 11.340/06) - SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DEFENSIVO. PLEITOS DE DETRAÇÃO E GRATUIDADE DE JUSTIÇA - SENTENÇA QUE JÁ FIXA O REGIME ABERTO E CONCEDE A JUSTIÇA GRATUITA AO APELANTE - AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL - RECLAMO NÃO CONHECIDO NO PONTO.

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PRELIMINAR - NULIDADE DA SENTENÇA PELA EMENDATIO LIBELLI - INEXISTÊNCIA - ADEQUAÇÃO TÍPICA DA CONTRAVENÇÃO PENAL DESCRITA NA DENÚNCIA (ART. 65, AO INVÉS DO ART. 42 DA LCP) - AUSÊNCIA DE MÁCULA. "O acusado se defende dos fatos imputados e não de sua qualificação jurídica, inclusive esta poderá ser alterada até em hipóteses mais graves (emendatio libelli), desde que o fato correspondente ao tipo penal esteja suficientemente narrado, tudo conforme o brocardo narra mihi factum dabo tibi jus." (STJ, Min. Ribeiro Dantas). MÉRITO - ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS E AUSÊNCIA DE DOLO (AMEAÇA) -

IMPOSSIBILIDADE - AUTORIA E MATERIALIDADE SOBEJAMENTE

DEMONSTRADAS - PALAVRA DA VÍTIMA CORROBORADA PELOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA DANDO CONTA DA AUTORIA DO CRIME. "No que tange aos crimes de violência doméstica e familiar, entende esta Corte que a palavra da vítima assume especial importância, pois normalmente são cometidos sem testemunhas" (STJ, Min. Campos Marques). EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA QUE NÃO EXCLUI A TIPICIDADE DA CONDUTA - RESPONSABILIZAÇÃO PENAL MANTIDA. "O estado de embriaguez do réu, decorrente da ingestão voluntária de substâncias alcoólicas e drogas, não exclui a sua imputabilidade penal, tampouco permite a incidência de minorante da pena, em atenção à teoria da actio libera in causa" (TJSC, Des. Moacyr de Moraes Lima Filho, j. 24.10.2017). RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Criminal n. 0017169-63.2015.8.24.0023, da Capital, rel. Des. Getúlio Corrêa, Segunda Câmara Criminal, j. 23-01-2018).

No que tange à reconciliação do casal, esta não afasta a

responsabilização penal do acusado, até mesmo por se tratar de ação penal

incondicionada.

Ex positis, entendo por conhecer do recurso e negar-lhe

provimento.

Observa-se que a comarca de origem deverá promover a(s)

devida(s) comunicação(ões), conforme dispõe o § 2.º do art. 201 do Código de

Processo Penal, acrescentado pela Lei n. 11.690/2008.

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