• Nenhum resultado encontrado

RESUMO DE REFERÊNCIAS PARA DIRETRIZES DOS PADRÕES DE PRÁTICAS PREFERENCIAIS (Reviewed by Luiz Lima, MD Traduzido por Elite Tradução em 2016)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESUMO DE REFERÊNCIAS PARA DIRETRIZES DOS PADRÕES DE PRÁTICAS PREFERENCIAIS (Reviewed by Luiz Lima, MD Traduzido por Elite Tradução em 2016)"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

RESUMO DE REFERÊNCIAS PARA DIRETRIZES DOS PADRÕES DE

PRÁTICAS PREFERENCIAIS®

(Reviewed by Luiz Lima, MD Traduzido por Elite Tradução em 2016)

Índice Analítico

Resumo de Referências para Diretrizes dos Padrões de Práticas Preferenciais

Introdução ... 1

Glaucoma

Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (Avaliação Inicial) ... 3

Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (Avaliação de Seguimento) ... 4

Suspeita de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 5

Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento) ... 6

Retina

Degeneração Macular Relacionada à Idade - DMRI (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 7

Degeneração Macular Relacionada à Idade (Recomendações de Conduta) ... 8

Retinopatia Diabética (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 9

Retinopatia Diabética (Recomendações de Conduta) ... 10

Membrana Idiopática Epirretiniana e Tração Vítreomacular ... 11

Orifício Macular Idiopático (Avaliação Inicial e Tratamento) ... 12

Desprendimento do Vítreo Posterior, Rotura Retiniana e Degeneração

Lattice

(Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 13

Oclusões da Artéria Retiniana e Oftálmica (Avaliação Inicial e Tratamento) ... 14

Oclusões da Veia da Retina (Avaliação Inicial e Tratamento) ... 15

Catarata/ Segmento Anterior

Catarata (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 16

Córnea/ Doenças Externas

Ceratite Bacteriana (Avaliação Inicial) ... 18

Ceratite Bacteriana (Recomendações de Conduta) ... 19

Blefarite (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 20

Conjuntivite (Avaliação Inicial) ... 21

Conjuntivite (Recomendações de Conduta)... 22

Ectasia Corneana (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 23

Edema e Opacificação da Córnea (Avaliação Inicial) ... 24

Edema e Opacificação da Córnea (Recomendações de Conduta) ... 25

Síndrome do Olho Seco (Avaliação Inicial) ... 26

Síndrome do Olho Seco (Recomendações de Conduta) ... 27

Oftalmologia Pediátrica/ Estrabismo

Ambliopia (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 28

Esotropia (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 29

Exotropia (Avaliação Inicial e de Seguimento)... 30

Abordagem/ Intervenção Refrativa

Cirurgia Ceratorrefrativa (Avaliação Inicial e de Seguimento) ... 31

(2)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

1

RESUMO DE REFERÊNCIAS PARA

DIRETRIZES DOS PADRÕES DE PRÁTICAS PREFERENCIAIS®

Introdução

Estes são os pontos de referência para as diretrizes dos Padrões de Práticas Preferenciais® (PPP) da Academia.

A série de diretrizes dos Padrões de Práticas

Preferenciais foi escrita baseando-se em três princípios. • Cada Padrão de Prática Preferencial deve ser

clinicamente relevante e suficientemente específico para fornecer informações úteis aos profissionais. • Cada recomendação feita deve ser acompanhada

de uma graduação explícita demonstrando sua importância no processo assistencial.

• Cada recomendação feita também deve ser acompanhada de uma graduação explícita mostrando o nível da evidência que sustenta a recomendação e correspondendo à melhor evidência disponível.

Os Padrões de Práticas Preferenciais proporcionam um guia para um padrão da prática e não

especificamente para o atendimento de um determinado indivíduo. Embora estes padrões

geralmente devam atender às necessidades da maioria dos pacientes, eles possivelmente não suprem da melhor forma as necessidades de todos os pacientes. A adesão a estes Padrões de Práticas Preferenciais não garante o êxito em todas as situações. Estes padrões de prática não devem ser considerados inclusivos de todos os métodos assistenciais adequados ou exclusivos de outros métodos assistenciais razoavelmente voltados para a obtenção dos melhores resultados. Pode ser necessário abordar necessidades distintas dos pacientes de maneiras distintas. O médico deve fazer o julgamento final sobre o responsável pelo cuidado de um

determinado paciente, baseando-se em todas as circunstâncias apresentadas por esse paciente. A Academia Americana de Oftalmologia (AAO) está à disposição para auxiliar seus membros na resolução de dilemas éticos que possam surgir durante a prática oftalmológica.

As diretrizes dos Padrões de Práticas Preferenciais®

não são padrões médicos para serem seguidos em todas as situações específicas. A Academia se isenta

de qualquer responsabilidade por qualquer dano resultante de negligência, ou de quaisquer reclamações que possam surgir da utilização de quaisquer

recomendações ou outras informações aqui contidas.

Para cada doença principal, as recomendações para o processo de atendimento, incluindo a história, exame físico e exames complementares são sumarizados conjuntamente com as principais recomendações para conduta, seguimento e educação do paciente. Para cada PPP, é realizada uma detalhada pesquisa de artigos na língua inglesa no PubMed e na Biblioteca Cochrane. Os resultados são revisados por um painel de especialistas e são usados para o preparo das recomendações, as quais são dadas uma classificação que mostra a força da evidência quando existe evidência suficiente.

Para classificar estudos individuais, é utilizado uma escala com base na Rede Escocesa Intercolegial de Diretrizes (Scottish

Intercollegiate Guideline Network - SIGN). As definições

e os níveis de evidência para avaliar estudos individuais são os seguintes:

• I ++: Alta qualidade de meta-análises, revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados (ECR), ou ECR com um risco muito baixo de viés. • I +: Meta-análises bem conduzida, revisões

sistemáticas de ECR, ou ECR com um baixo risco de viés.

• I-: Meta-análises, revisões sistemáticas de ECR, ou ECR com um alto risco de viés.

• II ++: Alta qualidade de revisões sistemáticas de estudos de caso-controle ou coorte; caso-controle ou estudos de coorte de alta qualidade com um baixo risco de confusão ou viés e uma alta probabilidade de que a relação seja causal. • II +: Caso-controle ou estudos de coorte bem

conduzidos com um baixo risco de confusão ou viés e uma probabilidade moderada de que a relação seja causal.

• II-: Caso-controle ou estudos de coorte com um alto risco de confusão ou viés e um risco significativo de que a relação não seja causal.

• III: Estudos não analíticos (por exemplo: relatos de casos e séries de casos).

As recomendações para tratamento são formadas com base no grupo de evidências. O grupo de evidências de classificação da qualidade é definido pela Classificação da Análise de Recomendações, Desenvolvimento e Avaliação (Grading of Recommendations Assessment,

Development and Evaluation - GRADE), da seguinte

forma:

• Qualidade boa (QB): É muito improvável que uma pesquisa mais avançada mude nossa confiabilidade sobre a estimativa do efeito.

• Qualidade moderada (QM): Uma pesquisa mais avançada é susceptível de ter um impacto

importante com relação a nossa confiabilidade sobre a estimativa do efeito, podendo alterá-la.

• Qualidade insuficiente (QI): É muito provável que uma pesquisa mais avançada tenha um impacto importante com relação a nossa confiabilidade sobre a estimativa do efeito, existindo uma predisposição em alterá-la; qualquer estimativa sobre o efeito é muito incerta.

(3)

RESUMO DE REFERÊNCIAS PARA

DIRETRIZES DOS PADRÕES DE PRÁTICAS PREFERENCIAIS®

Introdução (continuada)

As principais recomendações para tratamentos são definidas pela GRADE, da seguinte forma:

• Forte recomendação (FR): Usada quando os efeitos desejáveis de uma intervenção superam claramente os efeitos indesejáveis, ou quando claramente não superam.

• Recomendação discricionária (RD): Usada quando as trocas são menos certas, seja por causa das evidências de baixa qualidade ou porque as evidências sugerem que os efeitos desejáveis e indesejáveis estejam intimamente equilibrados.

Nos PPPs anteriores a 2011, o painel classifica as recomendações de acordo com sua importância no processo assistencial. Esta graduação da "importância no processo assistencial" representa uma medida do que o painel considerou que melhoraria

significantemente a qualidade da assistência recebida pelo paciente. A classificação de importância é dividida em três níveis:

• Nível A, definido como o mais importante.

• Nível B, definido como moderadamente importante. • Nível C, definido como relevante, mas não

fundamental.

O painel também avalia cada recomendação em relação à força de evidência existente na literatura disponível para sustentar a recomendação feita. As "classificações da força de evidência" também são divididas em três níveis:

• Nível I inclui a evidência obtida a partir de pelo menos um estudo controlado, randomizado e bem conduzido. Metanálises de estudos controlados e randomizados podem ser incluídas.

• O Nível II inclui evidências obtidas a partir do seguinte:

Estudos controlados com desenho adequado, mas sem randomização.

Estudos de coorte ou caso-controle com

desenho adequado, de preferência com mais de um centro envolvido.

Múltiplas séries temporais com ou sem a intervenção.

• Nível III inclui evidência obtida a partir de um dos seguintes:

Estudos descritivos.

Relatos de caso.

Relatos den comitês/organizações

especializados (por exemplo: consenso do painel PPP com revisão por pares externa).

Esta antiga abordagem, no entanto, acabará por ser eliminada devido a Academia ter adotado os sistemas de classificação e avaliação SIGN e GRADE.

As PPPs se destinam a servir como guia na assistência ao paciente, com maior ênfase nos aspectos técnicos. Ao se aplicar este conceito, é essencial reconhecer que a verdadeira excelência médica somente é atingida quando o conhecimento é aplicado de forma tal que as necessidades dos pacientes são o enfoque principal. A AAO está à disposição para auxiliar os membros na resolução de dilemas éticos que possam surgir durante a prática. (Código de Ética da AAO).

(4)

Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (Avaliação Inicial)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

3

Anamnese (Elementos-chave)

• Histórico ocular. • Raça/etnia. • Histórico familiar. • Histórico sistêmico.

• Revisão do histórico pertinente. • Medicação atual.

• Cirurgia ocular.

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. • Exame das pupilas.

• Biomicroscopia do segmento anterior com lâmpada de fenda.

• Aferição da PIO.

• Espessura central da córnea. • Gonioscopia.

• Avaliação da cabeça do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) utilizando visualização estereoscópica ampliada com biomicroscopia com lâmpada de fenda e sob midríase. (I+, QM, FR) • Exame da aparência da cabeça do nervo óptico por

estereofotografia colorida ou análise de imagem computadorizada deve ser registrado em série. (I+, QM,

FR)

• Avaliação fundoscópica (sob midríase, sempre que possível).

• Avaliação do campo visual de preferência por meio de perimetria automatizada estática de limiar.

• Avaliação do disco óptico.

• Desbaste do aro neurorretiniano inferior e/ou superior.

Plano de Conduta Para os Pacientes nos quais o Tratamento Está Indicado

• Definir uma PIO alvo inicial de pelo menos 25% menor do que a PIO antes do tratamento. Optar por uma PIO alvo menor pode ser considerado se houver uma lesão mais grave do nervo óptico.

• PIO alvo é uma estimativa e deve ser individualizada e/ou modificada durante o curso da doença. (III, QI, RD) • O objetivo do tratamento é manter a PIO em uma escala

em que a perda de campo visual é improvável para reduzir significativamente a saúde de um paciente relacionada à sua qualidade de vida enquanto viver. (II+,

QM, RD)

• A terapia medicamentosa é, atualmente, a intervenção inicial mais comum para diminuir a PIO; considerar o equilíbrio entre os efeitos colaterais, a eficácia em escolher um regime máximo eficiente e a tolerância máxima para atingir a redução da PIO desejada em cada paciente.

• Se ocorrer uma progressão na pressão alvo, as flutuações da PIO não detectadas e a adesão ao tratamento devem ser reavaliadas antes de ajustar a PIO alvo para baixo.

• Avaliar o paciente que está sendo tratado com

medicamentos para glaucoma em relação à toxicidade e aos efeitos colaterais oculares locais e sistêmicos. • A trabeculoplastia a laser pode ser considerada como

tratamento inicial em determinados pacientes ou uma alternativa para pacientes com alto risco de não adesão ao tratamento médico, que não podem ou não vão usar os medicamentos de forma confiável devido ao custo, problemas de memória, dificuldade com a instilação, ou intolerância à medicação. (I+, QB, RD)

• A trabeculectomia é eficaz na redução da PIO e é geralmente indicada quando os medicamentos e tratamentos a laser adequados são insuficientes para controlar a doença, podendo também ser considerada em casos específicos como tratamento inicial. (I+, QB,

FR)

Cirurgia e Cuidados Pós-operatórios para Pacientes Submetidos à Trabeculectomia a Laser

• O oftalmologista que realiza a cirurgia tem as seguintes responsabilidades:

Obter o termo de consentimento informado.

Assegurar que a avaliação pré-operatória confirma a necessidade de cirurgia.

Realizar a aferição da PIO pelo menos uma vez entre 30 minutos e duas horas antes da cirurgia.

Exame de seguimento dentro das primeiras seis semanas da cirurgia ou mais precocemente se houver preocupação com dano ao nervo óptico relacionado a PIO.

Cirurgia e Cuidados Pós-operatórios para Pacientes Submetidos à Cirurgia Incisional de Glaucoma

• O oftalmologista que realiza a cirurgia tem as seguintes responsabilidades:

Obter o termo de consentimento informado.

Assegurar que a avaliação pré-operatória

documenta adequadamente os achados clínicos e indicação para cirurgia.

Prescrever corticóides tópicos no período pós-operatório.

Exame de seguimento no primeiro dia de pósoperatório (12 a 36 horas após a cirurgia) e pelo menos uma vez durante as primeiras duas semanas.

Na ausência de complicações, realizar visitas pósoperatórias adicionais durante um período de 6 semanas.

Agendar visitas mais freqüentes, conforme necessário, para pacientes com complicações pós-operatórias.

Tratamentos adicionais conforme necessário para aumentar as chances de um resultado satisfatório em longo prazo.

Educação do Paciente para Pacientes em Tratamento Medicamentoso

• Discutir diagnóstico, gravidade da doença, prognóstico e plano de tratamento, assim como possibilidade de que a terapia, uma vez iniciada, poderá ser necessária a longo prazo.

• Orientar sobre fechamento palpebral ou oclusão nasolacrimal quando os medicamentos tópicos são aplicados para redução da absorção sistêmica. • Estimular que os pacientes alertem o oftalmologista

sobre mudanças físicas ou emocionais que ocorram durante uso das medicações para glaucoma.

(5)

Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (Avaliação de Seguimento)

Anamnese

• Histórico ocular intermitente.

Histórico médico sistêmico intermitente. • Efeitos colaterais das medicações oculares. • Frequência e última aplicação das medicações

antiglaucomatosas, assim como revisão dos medicamentos.

Exame Físico

• Aferição da acuidade visual.

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda. • Aferição da PIO.

• Avaliação da cabeça do nervo óptico e campo visual (ver tabela abaixo).

• A mensuração da espessura central da córnea deve ser repetida após qualquer ocasião que possa alterá-la (por exemplo: cirurgia refrativa).

Plano de Conduta para Pacientes em Tratamento Clínico

• A cada exame, registro da dosagem e frequência do uso, discutir adesão ao regime terapêutico e reação do paciente às recomendações para alternativas de tratamento ou procedimentos diagnósticos.

• Realizar gonioscopia se houver suspeita de fechamento angular, estreitamento da câmara anterior,

anormalidades do ângulo da câmara anterior ou se houver uma mudança inexplicada na PIO.

• Realizar gonioscopia periodicamente.

• Reavaliar o regime terapêutico se a PIO alvo não for alcançada e os benefícios da mudança na terapia superam os riscos.

• Reduzir o valor da PIO alvo se houver progressão na alteração do disco óptico, na CFNR ou no campo visual. • Dentro de cada um dos intervalos recomendados, os

fatores que determinam a freqüência de avaliação incluem a gravidade do dano, a velocidade de

progressão, o tanto que a PIO ultrapassa a PIO alvo, o número e a importância de outros fatores de risco para dano ao nervo óptico.

Educação do Paciente

• Orientar sobre o processo da doença, fundamentos e objetivos das intervenções, estado da sua condição, assim como os riscos e benefícios relativos de

tratamentos alternativos para que os pacientes possam participar de forma significativa no desenvolvimento de um plano de conduta apropriado.

• Encaminhar e/ou estimular os pacientes com deficiência visual importante ou cegueira para o uso de reabilitação visual adequada e serviços sociais.

• Os pacientes indicados à cirurgia cerato-refrativa devem ser informados que o possível impacto de correção a laser da visão é a redução da sensibilidade ao contraste e a diminuição da precisão das aferições da PIO.

Seguimento:

Consenso Baseado nas Diretrizes para Seguimento do Glaucoma com Avaliação do Nervo Óptico

e do Campo Visual*

PIO-alvo antingida

Progressão do dano

Duração do controle

(meses)

Intervalo aproximado de

seguimento (meses)**

Sim

Não

≤6

6

Sim

Não

>6

12

Sim

Sim

NA

1-2

Não

Sim

NA

1-2

Não

Não

NA

3-6

PIO = pressão intraocular; NA = não se aplica.

* As avaliações consistem em exame clínico do paciente, incluindo a avaliação da cabeça do nervo óptico (com estereofoto colorida ou imagem computadorizada do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina periodicamente) e a avaliação por campo visual.

** Pacientes com lesão mais avançada ou maior risco de GPAA podem necessitar der avaliações mais frequentes. Esses intervalos são o máximo de tempo recomendado entre as avaliações.

(6)

Suspeita de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto

(Avaliação Inicial e de Seguimento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

5

Anamnese (Elementos-chave)

• Histórico ocular. • Histórico familiar. • Histórico sistêmico.

• Revisão do histórico pertinente. • Medicação atual.

• Cirurgia ocular.

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. • Exame das pupilas.

• Biomicroscopia do segmento anterior com lâmpada de fenda.

• Aferição da PIO.

• Espessura central da córnea. • Gonioscopia.

• Avaliação da cabeça do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina utilizando visualização estereoscópica ampliada com biomicroscopia com lâmpada de fenda e sob midríase.

• Devem ser registrados a aparência da cabeça do nervo óptico e, se possível, a CFNR. (II++, QB, FR)

• Avaliação fundoscópica (sob midríase, sempre que possível).

• Avaliação de campo visual, preferencialmente por meio de perimetria automatizada estática de limiar.

• Escavação do cálice óptico.

• Desbaste do aro neurorretiniano inferior e/ou superior.

Plano de Conduta para os Pacientes nos quais o Tramanto Clínico for Indicado

• Uma meta inicial razoável seria definir uma PIO alvo 20% menor do que a média de várias aferições da PIO inicial de acordo com os critérios do Estudo de Hipertensão Ocular. (I+, QM, RD)

• O objetivo do tratamento é manter a PIO em uma escala em que a perda de campo visual é improvável para reduzir significativamente a saúde de um paciente relacionada à sua qualidade de vida enquanto viver. (II+,

QM, RD)

• Se a lesão glaucomatosa do campo visual foi detectada recentemente em um paciente com suspeita de

glaucoma, é melhor que o teste seja repetido. (II++, QB,

FR)

• Os médicos devem incluir todas as informações perimetrais e outras informações estruturais, além de tecnologia de imagem digital quando da formulação de decisões sobre a conduta dos pacientes. (III, QI, FR)

Histórico do Exame de Seguimento

• Histórico ocular intermitente.

• Histórico médico sistêmico intermitente e qualquer mudança de medicações sistêmicas.

• Efeitos colaterais das medicações oculares se o paciente estiver sendo tratado.

• Frequência e último uso das medicações para o glaucoma, assim como revisão do seu uso, se o paciente estiver sendo tratado.

Exame Físico de Seguimento

• Aferição da acuidade visual.

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda. • Aferição da PIO.

• Gonioscopia está indicada quando há uma suspeita de um componente de fechamento angular, estreitamento da câmara anterior ou mudança inexplicável da PIO.

Intervalos de Seguimento

• O intervalo de seguimento depende da relação entre o paciente e a doença, que é única para cada paciente.

• A frequência da avaliação da cabeça do nervo óptico e do campo visual é baseada na avaliação de risco. Pacientes com córneas finas, PIOs mais elevadas, hemorragia do disco, maior relação disco-escavação, maior parâmetro MD (Mean Deviation, i.e. desvio médio) da perimetria computadorizada, ou história familiar de glaucoma podem necessitar um seguimento mais frequente.

Educação do Paciente para Pacientes em Tratamento Clínico

• Discutir diagnóstico, número e gravidade dos fatores de risco, prognóstico, plano de conduta, e possibilidade de que a terapia, uma vez iniciada, seja prolongada. • Orientar sobre o processo da doença, fundamentos e

objetivos das intervenções, estado da sua condição, assim como sobre os riscos e benefícios relativos de intervenções alternativas.

• Orientar sobre o fechamento palpebral e oclusão nasolacrimal quando as medicações tópicas forem aplicadas para redução da absorção sistêmica. • Estimular que os pacientes alertem o oftalmologista

sobre mudanças físicas ou emocionais que ocorram durante uso das medicações para glaucoma.

(7)

Fechamento Angular Primário (Avaliação Inicial e Tratamento)

Anamnese (Elementos-chave)

• Histórico ocular (sintomas sugestivos de crises intermitentes de fechamento angular).

• Histórico familiar de glaucoma agudo de ângulo fechado.

• Histórico sistêmico (por exemplo, uso de medicamentos tópicos ou sistêmicos).

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Estado refrativo. • Pupilas.

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda. • Hiperemia conjuntival (nos casos agudos).

• Estreitamento central e periférico da profundidade da câmara anterior.

• Inflamação da câmara anterior, sugestiva de uma crise atual ou recente.

• Edema da córnea (edema microcístico e edema estromal são comuns em casos agudos).

• Anormalidades da íris, incluindo atrofia focal ou difusa, sinéquias posteriores, função pupilar anormal, forma irregular da pupila e pupila em média midriase (sugestivo de uma crise atual ou recente). • Alterações do cristalino, incluindo catarata e

glaukomflecken.

• Perda de células endoteliais da córnea. • Aferição da PIO.

• Gonioscopia e/ou com imagem do segmento anterior de ambos os olhos.

• Avaliação fundoscópica e da cabeça do nervo óptico usando oftalmoscópio direto ou biomicroscopia com lâmpada de fenda utilizando lentes de

imagens indiretas.

Plano de Conduta para Pacientes nos quais a Iridotomia está Indicada

• A iridotomia é indicada para olhos com glaucoma primário de ângulo fechado (GPAF). (I++, QB, FR) • A iridotomia a laser é o tratamento cirúrgico de escolha

para crises agudas de fechamento angular (CAFA) por ter uma relação favorável de risco-benefício. (II+, QM,

FR)

• Na vigência de crise aguda de fechamento angular, usar tratamento medicamentoso inicialmente para redução da PIO, da dor e clareamento do edema de córnea, e então a iridotomia deve então ser realizada o mais rápido possível. (III, QB, FR)

• Realizar iridotomia profilática no olho contralateral, se o ângulo da câmara anterior for anatomicamente estreito, como pode ocorrer com quase metade dos olhos contralaterais que desenvolvem a CAFA dentro de 5 anos. (II++, QB, FR)

Cirurgia e Cuidados Pós-Operatórios para Pacientes que Necessitam de Iridotomia

• O oftalmologista que realiza a cirurgia tem as seguintes responsabilidades:

Obter o termo de consentimento informado.

Assegurar que a avaliação pré-operatória confirma a necessidade de cirurgia.

Realizar pelo menos uma aferição da PIO imediatamente antes da cirurgia e após dentre 30 minutos e 2 horas.

Prescrever corticóide tópico no período pós-operatório.

Assegurar que o paciente receba cuidados pósoperatórios adequados.

• Avaliações de seguimento incluem:

Avaliação da patência da iridotomia através da visualização da cápsula anterior do cristalino.

Aferição da PIO.

Gonioscopia por comprassão/entalhadura, se não foi realizada imediatamente após a iridotomia.

Dilatação pupilar para se reduzir o risco de formação de sinéquias posteriores.

Exame fundoscópico, de acordo com indicação clínica.

Preceituar medicamentos no período

perioperatório, para evitar elevação súbita da PIO, principalmente nos pacientes com doença grave.

Acompanhamento de Pacientes com Iridotomia

• Após a iridotomia, os pacientes com neuropatia óptica glaucomatosa devem ser seguidos, tal como

especificado no Glaucoma Primário de Ângulo Aberto PPP.

• Depois da iridotomia, os pacientes com um ângulo aberto residual ou uma combinação de ângulo aberto e algumas sinéquias anteriores periféricas, com ou sem neuropatia óptica glaucomatosa, devem ser seguidos pelo menos anualmente, com especial atenção para a realização da gonioscopia.

Orientações aos Pacientes quando a Iridotomia não for Realizada

• Pacientes com suspeita de fechamento angular primário, que não se submeteram a uma iridotomia, devem ser alertados de que estão sob risco de CAFA e que alguns medicamentos podem causar dilatação da pupila e induzir a CAFA. (III, QM, RD)

• Os pacientes devem ser informados sobre os sintomas da CAFA e instruídos a comunicarem seu oftalmologista imediatamente caso ocorram os sintomas. (III, QM, FR)

(8)

Degeneração Macular Relacionada à Idade

(Avaliação Inicial e de Seguimento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

7

.

Anamnese (Elementos-chave)

• Sintomas (metamorfopsia, redução da visão). (II-, QB,

FR)

• Medicações e suplementos nutricionais. (III, QB, FR) • Histórico ocular. (II+, QB, FR)

• Histórico sistêmico (qualquer reação de hipersensibilidade).

• Histórico familiar, principalmente histórico familiar de DMRI. (II+, QB, FR)

• Antecedentes pessoais, principalmente tabagismo. (III,

QB, FR)

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Acuidade visual. (II++, QB, FR)

• Exame biomicroscópico da mácula. (III, QB, FR)

Testes de Diagnóstico

A tomografia de coerência óptica é importante no diagnóstico e no tratamento da DMRI, especialmente no que diz respeito a determinação da presença de fluido sub-retiniano e em documentar o grau de espessamento da retina. (III, QB, FR) Essa tomografia define a

arquitetura transversal da retina de tal maneira que nenhuma outra tecnologia de imagem permite. Pode revelar a presença de fluido que não é aparente à

biomicroscopia somente. Também, auxilia na avaliação da resposta da retina e no epitélio pigmentar retiniano (EPR) quanto a terapia, permitindo que as mudanças estruturais sejam seguidas com precisão. (II+, QB, FR)

Na prática clínica, a angiofluoresceinografia intravenosa para a DMRI está indicada:

• quando o paciente se queixa de metamorfopsia recente;

• quando o paciente apresenta turvação visual inexplicada;

• quando o exame clínico revela elevação do EPR ou da retina, hemorragia subretiniana, exsudatos duros ou fibrose subretiniana; (II-, QB, FR)

• para detectar a presença e determinar a extensão, tipo, tamanho e localização da neovascularização da coróide (NVC), assim como calcular o percentual da lesão composta por NVC clássica; (III, QI, RD) • para orientar o tratamento (fotocoagulação à laser

ou PDT com verteporfirina); (III, QI, RD)

• para detectar NVC persistente ou recorrente após o tratamento; (III, QI, RD)

• para ajudar a determinar a causa de perda visual que não é explicada pelo exame clínico. (III, QI, RD)

Cada serviço com angiografia deve ter um plano

assistencial ou um plano de emergência, assim como um protocolo para minimizar os riscos e conduzir quaisquer complicações. (III, QB, FR)

Histórico do Exame de Seguimento

• Sintomas visuais, incluindo diminuição da visão e metamorfopsia. (II-, QB, FR)

• Mudanças nas medicações e suplementos nutricionais.

(III, QB, FR)

• Mudança no histórico ocular e sistêmico. (II+, QB, FR) • Mudanças no histórico social, principalmente

tabagismo. (III, QB, FR)

Exame Físico de Seguimento

• Acuidade visual. (III, QB, FR)

• Exame de biomicroscopia de fundo estéreo. (III, QB,

FR)

Acompanhamento após Tratamento para DMRI Neovascular

• Examinar os pacientes tratados com injeções intravítreas de Aflibercepte, Bevacizumabe, ou Ranibizumabe por aproximadamente quatro semanas após o tratamento. (III, QB, FR)

• Examinar e realizar a angiofluoresceinografia pelo menos a cada três meses, até que esteja estável após a verteporfin PDT.

• Examinar os pacientes tratados com fotocoagulação a laser térmico via angiofluoresceinografia entre aproximadamente duas e quatro semanas depois do tratamento e, em seguida, entre quatro e seis semanas.

(III, QB, FR)

• Exames subsequentes de tomografia de coerência ótica (OCT) e angiofluoresceinografia devem ser realizados como indicado, dependendo do quadro clínico. (III, QB,

FR)

Educação do Paciente

• Orientar os pacientes sobre o prognóstico e a

importância do tratamento para a sua condição ocular e funcional. (III, QB, FR)

• Incentivar os pacientes com DMRI inicial a avaliarem sua própria acuidade visual para a detecção precoce da DMRI intermediária.

• Educar pacientes com DMRI de alto risco sobre métodos de detecção de novos sintomas de NVC e sobre a necessidade de consulta imediata com um oftalmologista. (III, QB, FR)

• Instruir os pacientes com doença unilateral para monitoramento da visão do olho contralateral e para realização de retornos periódicos, mesmo na ausência de sintomas, e imediatos após o início de sintomas visuais novos ou significativos. (III, QB, FR) • Instruir os pacientes a reportarem imediatamente

sintomas sugestivos de endoftalmite, incluindo dor ocular ou aumento do desconforto, aumento da hiperemia ocular, turvação ou redução da visão, aumento da sensibilidade à luz, ou aumento do número de moscas volantes. (III, QB, FR)

• Incentivar pacientes tabagistas a pararem de fumar, porque há dados observacionais que sustentam uma relação causal entre o tabagismo e a DMRI, além de outros importantes benefícios para a saúde associados à cessação do tabagismo. (I++, QB, FR)

• Encaminhar os pacientes com a função visual reduzida para reabilitação visual (ver: www.aao.org/smart-sight-low-vision) e serviços sociais. (III, QB, FR)

(9)

Degeneração Macular Relacionada à Idade (Recomendações de Conduta)

Recomendações de Tratamento e Planos de Seguimento para Degeneração Macular

Relacionada à Idade

Tratamento Recomendado Diagnósticos Elegíveis Para

Tratamento Recomendações De Seguimento

Observação sem tratamento clínico ou cirúrgico.

Sem sinais clínicos de DMRI (categoria 1 do AREDS). DMRI inicial (categoria 2 do AREDS).

DMRI avançada com atrofia geográfica subfoveal bilateral ou cicatrizes disciformes.

Conforme recomendado na Avaliação Ocular Médica do Adulto PPP Exame de retorno entre 6 e 24 meses se assintomático ou

exame imediato em caso de novos sintomas sugestivos de NVC. TCO, angiografia fluoresceínica ou retinografia quando indicado. Exame de retorno entre 6 e 24 meses se assintomático ou exame imediato em caso de novos sintomas sugestivos de NVC. Retinografia ou angiografia fluoresceínica quando indicado. Vitamina antioxidante e

suplementos minerais conforme recomendado nos estudos AREDS e AREDS 2.

DMRI intermediaria (categoria 3 do AREDS).

DMRI avançada unilateral (categoria 4 do AREDS).

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler). Exame de retorno entre 6 e 24 meses se assintomático ou

exame imediato em caso de novos sintomas sugestivos de NVC. Retinografia e/ou autofluorescência de fundo quando indicado. Angiofluoresceinografia e/ou TCO se houver evidência de NVC. Injeção intravítrea de Aflibercepte

0,2 mg conforme descrito em estudos publicados.

NVC macular. Os pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite, incluindo dor ocular ou aumento do desconforto, piora da hiperemia ocular, turvação ou redução da visão, aumento da sensibilidade à luz, ou aumento do número de moscas volantes.

Exame de retorno em aproximadamente 4 semanas após o

procedimento iniciado; seguimento subsequente depende dos achados clínicos e da avaliação do oftalmologista assistente. A cada 8 semanas deverá ser apresentado um regime de tratamento de manutenção para ter resultados comparáveis aos intervalos de 4 semanas durante o primeiro ano de tratamento.

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler). Injeção intravítrea de

Bevacizumabe 1,25 mg conforme descrito em estudos publicados.

O oftalmologista deve fornecer termo de consentimento informado considerando o status

off-label.

NVC macular. Os pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite, incluindo dor ocular ou aumento do desconforto, piora da hiperemia ocular, turvação ou redução da visão, aumento da sensibilidade à luz, ou aumento do número de moscas volantes.

Exame de retorno em aproximadamente 4 semanas após o

procedimento; seguimento subsequente depende dos achados clínicos e da avaliação do oftalmologista assistente.

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler). Injeção intravitrea de

Ranibizumabe 0,5 mg conforme recomendado no boletim Ranibizumabe.

NVC macular. Os pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente quaisquer sintomas sugestivos de endoftalmite, incluindo dor ocular ou aumento do desconforto, piora da hiperemia ocular, turvação ou redução da visão, aumento da sensibilidade à luz, ou aumento do número de moscas volantes.

Exame de retorno em aproximadamente 4 semanas após o

procedimento; seguimento subsequente depende dos achados clínicos e da avaliação do oftalmologista assistente.

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler). PDT com verteporfirina conforme

recomendado nos estudos TAP e VIP.

NVC macular, nova ou

recorrente, quando o componente clássico for >50% da lesão e a lesão inteira for ≤ 5400 micras no maior diâmetro linear.

NVC oculta pode ser

considerada para PDT se visão <20/50 ou se a NVC for <4 áreas de disco do MPS quando a visão for>20/50.

Justafoveal NVC é uma indicação off-label para PDT, mas pode ser considerado em casos específicos.

Exame de retorno aproximadamente a cada 3 meses até a estabilização com retratamentos quando indicado.

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler).

Cirurgia por fotocoagulação térmica a laser conforme recomendado nos estudo MPS.

Pode ser considerado para NVC clássica extrafoveal, nova ou recorrente.

Pode ser considerada para NVC justapapilar.

Exame de retorno com angiofluoresceinografia aproximadamente entre 2 e

4 semanas após o tratamento, depois entre 4 e 6 semanas e

subsequentemente dependendo dos achados clínicos e angiográficos. Retratamento quando indicado.

Monitoramento de visão monocular para perto (leitura / tela de Amsler). DMRI = Degeneração Macular Relacionada à Idade; AREDS = Estudo da Doença Ocular Relacionada à Idade; NVC = neovascularização da coróide; MPS = Estudo da Doença Ocular Relacionada à Idade; NVC = Neovascularização da Coróide; MPS = Estudo da Fotocoagulação; TCO= Tomografia de Coerência Óptica; PDT = Terapia Fotodinâmica; TAP = Tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade com Terapia Fotodinâmica; VIP = Vertoporfina na Terapia Fotodinâmica

(10)

Retinopatia Diabética (Avaliação Inicial e de Seguimento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

9

Anamnese (Elementos-chave)

• Duração do diabetes. (II++, QB, FR)

• Controle glicêmico pregresso (hemoglobina A1c). (II++,

QB, FR)

• Medicações. (III, QB, FR)

• Histórico médico (por exemplo: obesidade, doença renal, hipertensão arterial sistêmica, níveis séricos de lipídios, gravidez). (II++, QB, FR)

• Histórico ocular. (III, QB, FR)

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. (III, QB, FR)

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda. (III, QB, FR) • Aferição da PIO. (III, QB, FR)

• Gonioscopia quando indicada (para neovascularização da íris ou PIO elevada). (III, QB, FR)

• Avaliação pupilar para a disfunção do nervo óptico. • Fundoscopia sob midríase, incluindo exame

estereoscópico do pólo posterior. (III, QB, FR) • Exame do vítreo e da periferia da retina, melhor

realizado com oftalmoscópio indireto ou com biomicroscopia por lâmpada de fenda. (III, QB, FR)

Diagnóstico

• Classificar ambos os olhos de acordo com a categoria e gravidade da retinopatia diabética e edema macular. (III,

QB, FR) Cada categoria tem um risco próprio de

progressão e é dependente na adesão ao controle da diabetes.

Histórico de Seguimento

• Sintomas visuais. (II+, QB, FR)

• Condição sistêmica (gravidez, pressão arterial, colesterol sérico, função renal). (III, QB, FR) • Controle glicêmico (hemoglobina A1c). (III, QB, FR)

Exame Físico de Seguimento

• Aferição da acuidade visual. (III, QB, FR) • Aferição da PIO. (III, QB, FR)

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda e com exame da íris. (III, QB, FR)

• Gonioscopia (de preferência antes da dilatação quando houver suspeita da neovascularização da íris ou se a PIO estiver elevada). (III, QB, FR)

• Exame estereoscópico do pólo posterior após a dilatação das pupilas. (III, QB, FR)

• Exame periférico da retina e do vítreo quando indicado.

(III, QB, FR)

• Imagens de TCO quando indicado. (III, QB, FR)

Exames Complementares

• A tomografia de coerência óptica pode ser utilizada para quantificar a espessura da retina, monitorar o edema

macular, identificar a síndrome da tração vitreomacular e detectar outras formas de doenças maculares em pacientes com edema macular diabético. (III, QI, RD) As decisões para repetir as injeções anti-VEGF, mudança de agentes de tratamento (por exemplo, o uso de corticosteroides intra-oculares), iniciar o tratamento a laser, ou mesmo considerar a cirurgia de vitrectomia, são muitas vezes baseadas em achados clínicos da TCO.

• A retinografia pode ser útil para registrar a presença de NVE e NVD, a resposta ao tratamento e a necessidade de um tratamento adicional em visitas futuras. (III, QI,

RD)

• Angiofluoresceinografia é usada para guiar o tratamento de ECMS [A:I] e como meio de avaliar a causa da

redução inexplicável da acuidade visual. (III, QI, RD) Angiografia pode identificar não-perfusão capilar macular [A:II] ou fontes de vazamento capilar resultando

em edema macular como possíveis explicações para a perda visual. (III, QI, RD)

• Angiofluoresceinografia não é rotineiramente indicada como uma parte do exame de pacientes diabéticos. (III,

QB, FR)

• A ultra-sonografia permite a avaliação do estado da retina em caso de hemorragia vítrea ou outra opacidade dos meios, também pode ser útil para definir a extensão e a gravidade da tração vítreo-retiniana, principalmente sobre a mácula de olhos diabéticos. (III, QB, FR)

Educação do Paciente

• Discutir os resultados do exame e as suas implicações. • Orientar os pacientes com diabetes, mas sem

retinopatia diabética a realizar mapeamento da retina anualmente. (II++, QB, FR)

• Informar aos pacientes que o tratamento efetivo para retinopatia diabética depende de uma intervenção no momento adequado, independente de uma boa visão e da ausência de sintomas oculares.

• Orientar os pacientes sobre a importância de manter níveis de glicose e da pressão arterial próximos do normal e de reduzir os níveis séricos lipídicos. (III, QB,

FR)

• Informar o médico assistente, por exemplo, médico da família, generalista ou endocrinologista, sobre os achados oculares. (III, QB, FR)

• Fornecer suporte profissional adequado e encaminhar para aconselhamento, reabilitação ou serviços sociais aos pacientes cujas condições não respondam à cirurgia e para aqueles cujo tratamento adicional estiver indisponível. (III, QB, FR)

• Encaminhar os pacientes com função visual reduzida para reabilitação visual (ver: www.aao.org/smart-sight-low-vision) e serviços sociais. (III, QB, FR)

(11)

Retinopatia Diabética (Recomendações de Conduta)

Recomendações de Conduta para Pacientes com Diabetes

Gravidade da Retinopatia Presença de EMCS Seguiment o (meses) Pan-fotocoagulação (Difusa) da Retina por

Laser

Laser em Grid e/ou Focal*

Angiofluoresc eino- grafia

RDNP normal ou mínima Não 12 Não Não Não

RDNP suave Não EM EMCS† 12 4-6 1* Não Não Não Não Não Às vezes Não Não Às vezes RDNP moderada Não EM EMCS† 12‡ 3-6 1* Não Não Não Não Não Às vezes Não Não Às vezes RDNP grave Não EM EMCS† 4 2-4 1* Às vezes Às vezes Às vezes Não Não Às vezes Não Não Às vezes RDP de baixo risco Não

EM EMCS† 4 1-4 1* Às vezes Às vezes Às vezes Não Não Às vezes Não Não Às vezes RDP de alto risco Não

EM EMCS† 4 4 1* Recomendado Recomendado Recomendado Não Às vezes Às vezes Alternativo1,2 Geralmente Geralmente

Anti-VEGF = anti-fator de crescimento vascular endotelial; EMCS = edema macular clinicamente significante; EM= edema macular clinicamente não significante; RDNP = retinopatia diabética não- proliferativa; RDP = retinopatia diabética proliferativa

* Tratamentos adjuvantes que podem ser considerados incluem uso intravítreo de corticosteróides ou agentes anti-fator de crescimento vascular endotelial

(uso off-label, exceto pelo aflibercepte e ranibizumabe). Dados de 2011 da Diabetic Retinopathy Clinical Research Network Rede demonstraram que, em dois anos de acompanhamento, o ranibizumabe intravítreo com laser de imediato ou postergado resultou em maior ganho de acuidade visual e que triancinolona intravítrea associada ao laser também resultou em maior ganho visual em olhos pseudofácicos em comparação com o laser usado isoladamente. Os indivíduos que receberam injeção intravítrea de agentes anti-fator de crescimento vascular endotelial devem ser examinados um mês após a injeção.

† As exceções incluem a hipertensão ou a retenção de líquidos associado com insuficiência cardíaca, insuficiência renal, gravidez, ou quaisquer outras causas que podem agravar o edema macular O diferimento da fotocoagulação por um breve período de tratamento médico pode ser considerado nestes casos. Além disso, o adiamento do tratamento EMCS é uma opção quando o centro da mácula não está envolvido, a acuidade visual é excelente, o acompanhamento de perto é possível e o paciente deve compreender os riscos.

‡ Ou em um intervalo de tempo menor se os sinais se assemelham aos que aparecem em RDNP graves. Recomendação:

1. Comunicar o comitee de Rede de Pesquisa Clínica para Retinopatia Diabética (RPCRD).

Panfotocoagulação vs ranibizumabe intravítreo para retinopatia diabética proliferativa: um ensaio clínico randomizado. JAMA 2015; 314: 2137-46

2. Olsen, T.W. Farmacorerapia com anti-VEGF como alternativa para panfotocoagulação a laser em casos de retinopatia diabética proliferativa. JAMA

(12)

Membrana Idiopática Epirretiniana e Tração Vítreomacular

(Avaliação Inicial e Tratamento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

11

Anamnese (Elementos-chave)

• Histórico ocular (por exemplo, desprendimento do vítreo posterior, uveíte, rupturas retinianas, oclusões da veia da retina, retinopatia diabética proliferativa, doenças inflamatórias oculares, cura recente da lesão). • Duração dos sintomas (por exemplo, metamorfopsia,

dificuldade em usar os dois olhos juntos, e diplopia). • Raça / etnia.

• Histórico sistêmico.

Exame Físico (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. • Aferição da PIO.

• Biomicroscopia do segmento anterior com lâmpada de fenda.

• Tomografia de Coerência Óptica (Optical Coherence

Tomography - OCT) de domínio espectral para

diagnosticar alterações na mácula e retina (por exemplo, proliferação de células epiteliais do pigmento da retina e /ou células gliais da retina). (III, QB, FR) • Identificar a presença de material de matriz

extracecular, laminocytes e /ou células vítreas. • As membranas epirretinianas (MER) e as trações

vítreomaculares (TVM) ocorrem frequentemente juntas (os resultados da OCT e da TVM são semelhantes, mas a hialóide posterior permanece parcialmente ligada a mácula).

• Angiograma de fluoresceína pode ser útil na avaliação da MER e /ou TVMs e também na avaliação de patologias associadas da retina.

Plano de Conduta

• A decisão de intervir cirurgicamente em pacientes com MER / TVM geralmente depende da gravidade dos sintomas, especialmente o impacto nas atividades diárias.

• Os pacientes devem ser informados de que a maioria das MERs permanecerão estáveis e não necessitam de tratamento. (QB, FR)

• Os pacientes devem ser tranquilizados de que existe um procedimento cirúrgico muito bem sucedido que poderia abordar o agravamento dos sintomas ou diminuir a acuidade visual. (QB, FR)

• Os riscos e benefícios da cirurgia de vitrectomia devem ser discutidos. Os riscos incluem a catarata, as lágrimas da retina, desprendimento da retina e endoftalmite.

Cirurgia e Cuidados Pós-Operatórios

• A cirurgia de vitrectomia é muitas vezes indicada para pacientes que são afetados com uma diminuição na acuidade visual, metamorfopsia e visão dupla. (II, QM,

RD)

• Os pacientes normalmente não melhoram sem a cirurgia de vitrectomia quando a área da TVM é larga (> 1500 mm), quando existe um acompanhamento do deslocamento patológico da mácula, ou quando a acuidade visual apresentada é fraca. (III, QI, RD) • A cirurgia de vitrectomia para MER ou TVM geralmente

leva a uma melhora na acuidade visual desde a retina externa, zona elipsóide, e o comprimento do segmento de fotorreceptores externos pode melhorar ou até mesmo normalizar após a cirurgia. (III, QI, RD) • Um paciente com uma MER deve ser informado de que

é improvável que a ocriplasmin intravitral possa levar a um tratamento eficaz. (III, QB, FR)

• A hipotonia e PIOs elevadas são um risco bem conhecido da cirurgia de vitrectomia e devem ser monitorizadas no pós-operatório.

• Os pacientes devem ser examinados no primeiro dia de pós-operatório, e novamente entre 1 a 2 semanas após a cirurgia, ou mais cedo, dependendo do

desenvolvimento de novos sintomas ou novas descobertas durante o exame imediato do pós-operatório. (QB, FR)

Educação do Paciente e Acompanhamento

• Comparar imagens de OCT no olho anormal em relação ao olho contralateral pode auxiliar a compreensão do paciente.

• Os pacientes devem ser encorajados a testar periodicamente a sua visão central monocularmente para detectar alterações que podem ocorrer ao longo do tempo, como a escotoma central pequena. (QB, FR) • Os pacientes devem ser alertados a comunicarem seu

oftalmologista imediatamente se houver sintomas, tais como um aumento de moscas volantes, perda de campo visual, metamorfopsia ou uma diminuição da acuidade visual. (III, QB, FR)

(13)

Orifício Macular Idiopático (Avaliação Inicial e Tratamento)

Anamnese (Elementos-chave)

• Duração dos sintomas. (III, QB, RD)

• Histórico ocular: glaucoma, rotura ou desprendimento da retina, outras doenças oculares prévias, lesões, cirurgia ocular, exposição prolongada ao sol ou a eclipse. (III, QB, RD)

• Medicamentos que podem estar relacionados a cistos maculares. (III, QB, RD)

Exame Físico Inicial (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. (III, QB, FR) • Exame de biomicroscopia com lâmpada de

fenda da mácula, interface vítreo-retiniana e do disco óptico. (III, QB, FR)

• Oftalmoscopia indireta. (III, QB, FR)

Recomendações de Conduta para Buraco Macular

Estàgio Conducta Seguimento

1-A e 1-B Observação Acompahar com intervalos entre 2 e 4 meses no caso de ausência de novos sintomas.

Recomendado retorno imediato em caso de novos sintomas. Incentivar o teste de acuidade visual monocular com tela de Amsler. 2 Cirurgia Vitreorretiniana* Acompanhar de 1 a 2 dias após a cirurgia e depois de 1 a 2 semanas.

O tempo e a frequência das visitas subsequentes varian dependendo do resultado da cirurgia e dos sintomas do paciente.

Caso não houver cirurgia, o acompanhamento poderá ser a cada 2 ou 4 meses. 2 rmacos Vitreos† Acompanhar em 1 e 4 semanas, ou quando ocorrer novos sintomas (ou seja,

sintomas de descolamento da retina)

3 ou 4 Cirurgia Vitreorretiniana Acompanhar de 1 a 2 dias após a cirurgia e depois de 1 a 2 semanas.

O tempo e a frequência das visitas subsequentes varian dependendo do resultado da cirurgia e dos sintomas do paciente.

* Embora a cirurgia seja geralmente realizada, a observação tambêm ê adequada em casos especificos.

† Embora o Ocriplasmin tenha sido aprovado por EUA Food and Drug Administration, para adesão vitreomacular, a sua utilização para o tratamento do buraco macular idiopático sem tração on adesão vitreorretiniana, atualmente seria considerado uso off-label.

Cirurgia e Cuidados Pós-Operatórios para Pacientes que Receberam Tratamento

• Informar o paciente sobre os benefícios, alternativas e riscos relativos à cirurgia, assim como sobre a necessidade do uso de gás intraocular expansível ou posicionamento específico do paciente no pós-operatório. (III, QB, FR)

• Formular um plano de cuidados pós-operatórios e informar o paciente sobre esta conduta. (III, QB, FR) • Informar os pacientes com glaucoma sobre possível

aumento da PIO no perioperatório. (III, QB, FR) • Examinar no pós-operatório dentro de 1 ou 2 dias e

novamente em 1 a 2 semanas após a cirurgia. (III, QB,

RD)

Educação do Paciente

• Orientar os pacientes para que imediatamente informem o seu oftalmologista se apresentarem sintomas como aumento de moscas volantes, perda de campo visual ou diminuição da acuidade visual. (III,

QB, FR)

• Informar aos pacientes que as viagens aéreas, altas altitudes e anestesia geral com óxido nítrico devem ser evitadas até que o gás tenha desaparecido quase que por completo. (III, QB, FR)

• Informar os pacientes que tiveram um buraco macular num dos olhos que eles têm uma chance de 10% a 20% de formação de buraco macular no olho contralateral, principalmente se a hialóide estiver aderida. (III, QB, FR)

• Encaminhar pacientes com deficiência visual

pósoperatória com limitação funcional para reabilitação visual (ver: www.aao.org/smart-sight-low-vision) e serviços sociais. (III, QB, FR)

(14)

Desprendimento do Vítreo Posterior, Rotura Retiniana e

Degeneração Lattice (Avaliação Inicial e de Seguimento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

13

Anamnese (Elementos-chave)

• Sintomas de DVP. (II+, QB, FR)

• Histórico familiar de RD, desordens genéticas relacionadas. (II-, QB, FR)

• Trauma ocular prévio. (III, QB, FR) • Miopia. (II+, QB, FR)

• Histórico de cirurgia ocular incluindo cirurgia facorefrativa e cirurgia de catarata. (II++, QB, FR)

Exame Inicial (Elementos-chave)

• Campimetria de confrontação, e avaliação para identificar a presença de um defeito pupilar relativo aferente. (III, QB, FR)

• Exame do vítreo com atenção para hemorragia, desprendimento e células pigmentadas. (II+, QB, FR) • Exame da periferia da retina com depressão escleral. O

método de preferência para avaliação de doença vitreorretiniana periférica é por meio de oftalmoscopia indireto combinada com depressão escleral. (III, QB,

FR)

Exames Complementares

• A tomografia de coerência óptica pode ser útil em avaliar e diagnosticar a PVD. (II+, QM, RD) • Ultrassonografia modo B se a retina periférica não

puder ser avaliada. Se nenhuma anormalidade for encontrada, exames de seguimento frequentes são recomendados. (III, QI, RD)

Cuidados Cirúrgicos e Pós-Operatórios Quando o Paciente Recebe Tratamento

• Informar o paciente sobre os benefícios, riscos relativos e alternativas à cirurgia. (III, QB, FR)

• Formular um plano de cuidados pós-operatório e informar ao paciente sobre ele. (III, QB, FR)

• Aconselhar o paciente a contatar o oftalmologista imediatamente se ocorrer alteração significativa dos sintomas como aumento das moscas volantes ou perda de campo visual ou diminuição da acuidade visual. (II+,

QB, FR)

Histórico de Seguimento

• Sintomas visuais. (III, QB, FR)

• Histórico de trauma ocular ou cirurgia intraocular no intervalo das avaliações. (III, QB, FR)

Exame Físico no Seguimento

• Acuidade visual. (III, QB, FR)

• Avaliação da condição do vítreo, com atenção em relação à presença de pigmento, hemorragia ou sinérese. (III, QB, FR)

• Exame da periferia da retina com depressão escleral. • Tomografia de coerência óptica se a tração de

vitreomacular estiver presente. (III, QB, FR) • Ultrassonografia modo B se os meios estiverem

opacos. (III, QB, FR)

Educação do Paciente

• Orientar os pacientes de alto risco para

desenvolvimento do desprendimento da retina sobre os sintomas de DVP e desprendimento da retina, assim como sobre a importância dos exames periódicos de seguimento. (III, QB, RD) • Instruir todos os pacientes de alto risco para

desenvolvimento de desprendimento da retina a informarem imediatamente seus oftalmologistas caso apresentem alteração significativa dos sintomas, como aumento das moscas volantes, perda de campo visual e diminuição da acuidade visual. (III, QB, FR)

Conduta de Tratamento

Opções de Conduta

Tipo de Lesão Tratamento*

Rotura em ferradura aguda sintomática Tratamento imediato

Rotura operculada aguda sintomática Tratamento pode não ser necessário Diálise aguda sintomática Tratamento imediato

Rotura traumática da retina Geralmente se trata

Rotura em ferradura assintomática (sem RD subclínico) Geralmente pode ser acompanhada sem tratamento

Rotura operculada assintomática Tratamento é raramente indicado Buracos redondos atróficos assintomáticos Tratamento é raramente indicado

Degeneração lattice assintomática sem buracos Não tratar, a menos que DVP cause rotura em ferradura

Degeneração lattice assintomática com buracos Usualmente não requer tratamento

Diálise assintomática Não há consenso sobre tratamento e as evidências são insuficientes para guiar a conduta

Olhos contralaterais com buracos atróficos, degeneração lattice ou roturas em ferradura assintomáticas onde no outro olho tenha ocorrido um DR

Não há consenso sobre tratamento e as evidências são insuficientes para guiar a conduta

DVP = desprendimento do vítreo posterior; DR = desprendimento da retina.

(15)

Oclusões da Artéria Retiniana e Oftálmica (Avaliação Inicial e Tratamento)

Anamnese (Elementos-chave)

• O exame inicial deve incluir todos os aspectos de uma avaliação clínica prudente detalhada do olho, com atenção especial aos elementos da doença vascular retiniana. (II+, QM, FR)

• O histórico clínico deve incluir uma revisão cuidadosa dos sistemas de doença embólica (por exemplo, sintomas isquêmicos transitórios, fraqueza lateralizante, parestesias).

• Os sintomas de arterite de células gigantes (GCA) (por exemplo, dores de cabeça, sensibilidade do couro cabeludo, mal-estar, fadiga, sensibilidade temporária, febre, histórico de polimialgia reumática) devem ser reconhecidos.

Exame Inicial (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. • Aferição da PIO.

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda.

• Exame de dilatação da retina periférica distante com oftalmoscopia indireta.

• Gonioscopia quando a PIO estiver elevada ou quando o risco de neovascularização da íris for suspeito (antes da dilatação).

• Fundoscopia.

• Avaliação relativa do defeito pupilar aferente. • Biomicroscopia com lâmpada de fenda do pólo

posterior.

• Exame da retina periférica utilizando oftalmoscopia indireta através de uma pupila dilatada para avaliar: hemorragias retinianas, exsudados algodonosos, embolia retiniana, vaso carregador (boxcarring) vascular retiniano e neovascularização do disco óptico.

Testes de Diagnóstico

• Fotografia em fundo de cor e vermelho-livre. • Angiografia fluoresceínica.

• Tomografia de coerência óptica.

• Ultrassonografia para estabelecer a significativa opacidade dos meios.

Conduta de Tratamento

• A oclusão arterial oftálmica (OAO), oclusão da artéria central retiniana (OACR) ou a oclusão de ramo arterial da retina (ORAR) sintomática aguda representam condições oftalmológicas urgentes e requerem uma avaliação rápida.

• Os médicos devem considerar imediatamente a arterite de células gigantes (GCA) em pacientes com 50 anos de idade ou mais.

• Nos casos de arterite de células gigantes (GCA), os médicos devem iniciar urgentemente o tratamento sistêmico com corticosteróide para prevenir a perda de visão no olho contralateral ou em algum outro lugar na oclusão vascular.

• Os diabéticos devem ser cuidadosamente

monitorizados uma vez que o tratamento sistêmico com corticosteróides pode desestabilizar o controle da glicose.

Os oftalmologistas devem encaminhar os pacientes com doença vascular retiniana para o local apropriado, dependendo da natureza da oclusão da retina.

• As OAOs ou OACRs sintomáticas agudas de etiologias embólicas devem incitar uma referência imediata ao centro de acidente vascular cerebral mais próximo. • Atualmente não há evidências de apoio ao tratamento

de pacientes assintomáticos que tenham uma ORAR com trabalho acelerado de acidente vascular cerebral.

Acompanhamento do paciente

• O acompanhamento deve considerar a extensão da neovascularização isquêmica retiniana ou ocular. Pacientes com maior isquemia necessitam de acompanhamento mais frequente.

• Muitos pacientes com doença vascular retiniana perderão a visão substancialmente apesar das diversas opções de tratamento e devem ser encaminhados para serviços sociais apropriados e para reabilitação da visão.

(16)

Oclusões da Veia da Retina (Avaliação Inicial e Tratamento)

Copyright © American Academy of Ophthalmology, October 2016, Portuguese, Translation May 2017

15

Anamnese (Elementos-chave)

• Histórico ocular (por exemplo: glaucoma, outras doenças oftalmológicas, injeções oculares, cirurgia, incluindo o tratamento a laser da retina, a cirurgia de catarata e cirurgia refrativa).

• Localização e duração da perda de visão. • Medicação atual.

• Histórico sistêmico (por exemplo: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, hiperlipidemia, doença

cardiovascular, apnéia do sono, distúrbios da

coagulação, doenças trombóticas, e embolia pulmonar).

Exame Físico (Elementos-chave)

• Aferição da acuidade visual. • Aferição da PIO.

• Biomicroscopia com lâmpada de fenda para detectar vasos novos, finos e anormais da íris.

• Exame de dilatação da parte periférica externa da retina com oftalmoscopia indireta.

• Gonioscopia antes da dilatação da pupila;

especialmente nos casos de oclusão da veia central da retinia (OVCR) isquêmica, quando a PIO for elevada ou quando o risco de neovascularização da íris for alto. • Avaliação de fundoscopia binocular do pólo posterior.

Diagnóstico

• Retinografia colorida para registrar descobertas da retina.

• Angiografia com fluoresceína para avaliar o grau de oclusão vascular.

• Tomografia de coerência óptica para detectar a doença macular.

• Ultra-sonografia (por exemplo: quando há hemorragia vítrea).

Conduta de Tratamento

• A melhor forma de prevenção é gerenciar os fatores de risco de maneira agressiva, otimizando o controle do diabetes mellitus, hipertensão e hiperlipidemia. (I+, QB,

FR)

• Os participantes que receberam tratamento com uma dose de 4 mg de corticosteróides tiveram maiores taxas de formação de catarata, cirurgia de catarata e PIO elevada, indicando uma predileção por uma dose de 1 mg. (I++, QB, FR)

• Vários estudos demonstraram a eficácia de agentes anti-VEGF no tratamento do edema macular associado com a oclusão de ramo da veia da retina (ORVR). (I++,

QB, FR)

• Estudos clínicos randomizados têm demonstrado a eficácia de agentes anti-VEGF no tratamento de edema macular relacionado com a OVCR. (I++, QB, FR) • Durante todas as injeções intravítreas são

recomendados o anti-séptico Betadine em gotas e um espéculo palpebral. (III, QM, RD)

• A injeção intravítrea de triancinolona, dexametasona e outros corticosteróides têm sido apontados como sendo eficazes para o edema macular associado à OVCR, os riscos associados às cataratas e glaucoma são ainda desconhecidos. (I+, QB, FR)

• O tratamento a laser continua a ser um tratamento viável em olhos com ORVR, mesmo se a duração da doença for superior a 12 meses. (I+, QB, FR) • A panfotocoagulação retiniana setorial ainda é

recomendada para a neovascularização, quando ocorrem complicações como hemorragia do vítreo ou neovascularização da íris. (I+, QB, FR)

• Os oftalmologistas responsáveis por pacientes com oclusão vascular da retina devem estar familiarizados com as recomendações específicas dos ensaios clínicos relevantes devido à complexidade do diagnóstico e tratamento. (I++, QB, FR)

Acompanhamento do paciente

• O oftalmologista deve encaminhar os pacientes com oclusões da veia da retina (OVR) a um médico de cuidados primários para a gestão adequada da sua condição sistêmica, comunicar os resultados e administrar a continuidade do tratamento do paciente.

(I+, QB, FR)

• Os riscos que ameaçam o olho contralateral devem ser comunicados tanto ao prestador de cuidados primários quanto ao paciente. (I+, QM, FR)

• Os pacientes cujas condições não respondem ao tratamento e quando a continuação do tratamento não estiver disponível, devem ser assistidos com apoio profissional e também ser oferecido um

encaminhamento para aconselhamento, reabilitação da visão ou serviços sociais, conforme for apropriado.

Referências

Documentos relacionados

Não houve interações significativas (P&gt;0,05) entre espaçamento entre linhas e densidade populacional para produção de matéria seca, participação de colmos e folhas na

Uma boa rotina para esse tipo de atleta seria com esses seis exercícios: desenvolvimento por trás, elevação lateral, elevação lateral com cabos, elevação com halteres para

No Brasil, mesmo com a implantação do Ensino Fundamental (EF) para nove anos e a inclusão da criança de seis anos nesse ensino, ainda existe um grande

▪ Quanto a solução para os conflitos entre os pais e a escola, houve um grande número de pais que não responderam, o que pode nos revelar que os pais não fizeram

Capítulo 7 – Novas contribuições para o conhecimento da composição química e atividade biológica de infusões, extratos e quassinóides obtidos de Picrolemma sprucei

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

A partir da análise dos questionários, utilizados como instrumento de pesquisa referente à atividade desenvolvida em sala de aula com o auxílio da cartilha “Sensoriamento Remoto: os

Para recuperar o nióbio contido no rejeito de concentração de apatita da Anglo American Fosfato Brasil, foi construída, pela Anglo American Nióbio Brasil, uma