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Biofísica Mecânica e Eléctrica

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Academic year: 2021

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Aula 9

Licenciatura em Engenharia Biomédica

- RAMO II: Electrónica Médica

Paulo Mendes

http://dei-s1.dei.uminho.pt/pessoas/pmendes 2005/2006 1ºS.

(2)

Objectivos

Compreender a anatomia cardíaca básica

Compreender como os PA dão origem a um

sinal que pode ser registado por eléctrodos

externos

Caminhos da propagação do PA através do

coração

Origem das fases principais do ECG

Medição do ECG

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Actividade eléctrica de células excitáveis

Células excitáveis • Existem no tecido nervoso e muscular • Exibem um potencial de repouso e um potencial de acção • Necessárias para transmissão de informação (e.g. Informação sensorial no sistema nervoso ou coordenação do bombear no coração) 0 mV - 70 mV despolarização: entrada de Na+ Repolarização: saída de K+ Na+ Ca++ K+

Potencial de acção neuronal

Potencial de acção cardíaco Repolarização:

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Estado repouso vs. Estado activo

Estado de repouso

• Diferença de potencial em repouso entre os meios externos e internos

• Tipicamente entre -70 to -90mV, relativamente ao meio externo

Estado activo

• Resposta eléctrica a estimulação adequada

• Consiste em potenciais de acção “tudo-ou-nada” após a célula ter atingido um potencial limiar

(5)

O coração

É uma bomba

Tem actividade eléctrica (potenciais de acção)

Gera corrente eléctrica que pode ser medida à superfície da pele (ECG - EKG)

(6)

Correntes e Tensões

Em repouso Vm é constante

Não existe fluxo de corrente

Dentro da célula existe um potencial constante

Fora da célula existe um potencial constante

++++++++++++++++++ ---Região de músculo cardíaco

fora dentro

0 mV +

(7)

-•

Durante a subida do PA Vm não é constante

Existe fluxo de corrente

Dentro da célula não existe um potencial constante

Fora da célula não existe um potencial constante

++++---++++++++++++++ Região de músculo cardíaco

fora dentro Algum potencial positivo + -corrente PA

Um potencial de acção que se propaga em direcção ao terminal positivo produz um sinal positivo

(8)

Mais correntes e tensões

Região de músculo cardíaco

fora

corrente

+

-Leitura de potencial negativo

---++++++++++++++ dentro ++++---Um potencial de acção que se afasta

do terminal positivo produz um sinal negativo

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Mais correntes e tensões

corrente

---Região de músculo cardíaco totalmente despolarizado

fora dentro +++++++++++++++++++

Vm não está a mudar Não existe corrente Nem sinal ECG

+++++++---Região de músculo cardíaco

fora dentro ---+++++++++++ Durante a repolarização +

-Algum potencial negativo

Repolarização espalha-se em direcção ao terminal positivo produz uma resposta negativa

(10)

A ECG

Permite registar uma reflexão da actividade

cardíaca na superfície da pele

A amplitude e polaridade do sinal dependem

de

• O que é que o coração está a fazer electricamente • A despolarizar

• A repolarizar • outro

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Condução e excitação nervosa do coração:

Nodo sino- auricular (SA): Onde é gerado o impulso rítmico normal.

Fibras internodais: Encaminham o impulso do SA para o nodo

atrioventricular (AV).

Nodo AV: Onde o impulso é

retardado antes de passar para os ventrículos.

Feixe AV: Conduz o impulso do nodo AV para os ventrículos.

Fibras de Purkinje: Conduzem o impulso a todas as regiões dos ventrículos.

(12)

Nodo Sino- Auricular:

É uma pequena faixa de músculo especializado, em forma de elipsóide (14x3x1 mm) localizado na

parede superior da aurícula direita ao lado da entrada da veia cava superior.

As suas fibras estão directamente ligadas às fibras musculares das aurículas pelo que qualquer

potencial de acção que ali aconteça se propaga imediatamente ao músculo cardíaco.

Promove a sua própria contracção pelo que determina, em grande medida o ritmo cardíaco.

(13)

Nodo AV e atraso na propagação do impulso para os ventrículos:

O nodo AV está localizado na aurícula direita imediatamente atrás da válvula tricúspida.

O atraso na propagação do impulso entre os dois nodos (SA e AV) permite que o sangue passe das aurículas para os

ventrículos antes de estes iniciarem o processo de contracção que expele o sangue.

O atraso na propagação do sinal deve-se, em particular, ao número limitado de junções existentes entre as células das fibras (fibras de junção) que levam o sinal do nodo SA ao AV e aos potenciais de repouso das respectivas células,

significativamente menores do que os das fibras musculares normais.

(14)

Propagação do impulso cardíaco nas fibras de Purkinje

A propagação nas fibras de Purkinje é unidireccional, evitando a propagação de potenciais de acção dos ventrículos para as aurículas.

A propagação nas fibras de Purkinje é muito rápida (provavelmente devido ao contacto entre as suas células que permite a passagem de iões entre elas) com velocidades da ordem de 1.5 m/ s a 4 m/ s

(150x mais rápido do que nas fibras SA-AV).

A propagação do sinal a todo o ventrículo desde que este entra nas fibras de Purkinje é de cerca de 0.03s.

(15)

Sistema de Condução

Impulso eléctrico nódulo SA (sino- auricular) nódulo AV (aurículo- ventricular) feixe aurículo-ventricular Septo interventricular

O músculo cardíaco tem a propriedade de contrair e relaxar ritmicamente

Oscilação da actividade eléctrica que se gera nas células musculares e que induz a contracção destas.

(16)

Sistema de Condução

Rede de Purkinje Fibras de Purkinje propagação rápida dos potenciais de acção Nódulo SA

(17)

Potenciais de acção

Potencial de acção → fase rápida de despolarização →

parcial repolarização → planalto → fase rápida de repolarização

Despolarização → abertura dos canais de sódio → iões sódio

difundem-se nas células → rápida despolarização

Repolarização parcial → fecho dos canais de sódio

Planalto → canais: de cálcio abertos/ de potássio fechados.

Fase rápida de repolarização → fecho dos canais de cálcio e aumento do nº de canais de potássio abertos.

(18)

Fluxo da actividade eléctrica cardíaca

Nódulo SA músculo auricular

Nódulo AV (lento)

Sistema condutor

de Purkinje músculo ventricular

Fibras

condutoras internós

(19)

Condução no coração

0.12-0.2 s approx. 0.44 s

SA

Atria

Atrial muscle

SA node Left atrium

Descending aorta Inferior vena cava Ventricluar Pulmonary veins Superior vena cava Tricuspid valve Mitral valve AV node Purkinje fibers muscle Specialized conducting tissue Purkinje Ventricle node node AV

(20)

Potenciais de acção no coração

AV Purkinje Ventricle Aortic artery Left atrium Descending aorta Inferior vena cava Ventricluar Atrial muscle Pulmonary veins Superior vena cava Pulmonary artery Tricuspid valve Mitral valve Interventricular septum AV node SA node ECG QT PR 0.12-0.2 s approx. 0.44 s SA Atria Purkinje fibers muscle Specialized conducting tissue

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(30)

Comportamento eléctrico do coração

Sistema de condução

Origem no sino-auricular: pacemaker

Condução aurículo-ventricular

ECG Completa

Problemas no pacemaker, condução, canais iónicos

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Electrocardiograma (ECG)

Mede a actividade do coração

Fonte de actividade cardíaca: modelo - dipolo

• Representação por circuito eléctrico: gerador equivalente

Medição na superfície do corpo ou intracardíaco

• Colocar eléctrodos no torso, braços, pernas; cateter no coração

Vector cardíaco - tem amplitude e direcção => Dipolo ( vector eléctrico com amplitude e direcção para a fonte) +

(32)

-Modelo – Dipolo

Dipolo representa a actividade cardíaca do coração

Mudanças na amplitude e orientação do dipolo

(33)

Álgebra Vectorial

Produto escalar de vectores, onde va1 é uma tensão escalar:

Quando o vector é perpendicular a M, vθa1 é zero

cos

1

1 = Ma = M

a

(34)

Triângulo de Einthoven

São utilizados três

vectores par identificar completamente a

actividade eléctrica

• Vectores mostrados no plano frontal do corpo

É utilizada a lei de Kirchhoff para os três leads

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(37)

ECG no plano transversal

São utilizados eléctrodos no peito para obter a ECG no plano transversal

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(39)

A ECG Normal

P Q R S T Braço direito Perna esquerda QT PR 0.12-0.2 s approx. 0.44 s Despolarização do músculo auricular Despolarização do músculo ventricular repolarização do músculo ventricular “Lead II”

(40)

Frequências dos biopotenciais

0.01 – 100 50 – 3000 EMG 0.001 – 0.3 0.01 – 10 EOG 0.001 – 1 0.1 – 80 EEG 0.05 – 3 0.01 – 100 ECG Gama de amplitudes (mV) Gama de frequências (Hz) Biopotencial

(41)

Pacemakers Cardíacos

Um estimulador eléctrico para induzir a

contracção do coração

• Muito baixa corrente, baixo duty-cycle

Pulsos eléctricos são conduzidos a várias

localizações

• Na superfície (epicardio)

• Dentro do músculo (miocardio)

• Dentro da cavidade do coração (endocardio)

Necessário quando o coração não produz

(42)

Pacemakers Cardíacos

Dispositivo assíncrono é free-running

• Produz estimulação uniforme

independentemente da actividade cardíaca • Diagrama de blocos mostra os componentes

de um pacemaker assíncrono

• Power supply – fornece energia

• Oscilador – controla a taxa de pulsos • Pulse output – produz o estímulo

• Lead wires – conduz o estímulo

• Eléctrodos – transmite o estimulo ao tecido • A forma mais simples de pacemaker; em

desuso Power Supply Oscillator Pulse Output Circuit Lead Wires Electrodes

(43)

Pacemaker: Circuito de saída

Output circuit produces the electrical stimuli to be applied to the heart

Stimulus generation is triggered by the timing circuit

Constant-voltage pulses

• Typically rated at 5.0 to 5.5V for 500 to 600µs

Constant-current pulses

• Typically rated at 8 to 10mA for 1.0 to 1.2ms

Asynchronous pacing rates – 70 to 90 beats per min; non-fixed ranges from 60 to 150bpm

With an average current drain of 30µW, a 2 A-h battery

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Pacemakers Síncronos

Previnem possíveis efeitos perniciosos

devido ao ritmo contínuo(i.e. taquicardia,

fibrilação)

• Minimiza a competição entre ritmo normal

Dois tipos de pacemakers síncronos

• Pacemakers de solicitação

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Pacemakers de solicitação

Utilizam os componentes assíncronos e uma malha de realimentação

O circuito de temporização opera a uma taxa fixa (60 to 80 bpm)

Após cada estímulo, o temporizador é reiniciado

Se ocorrerem batidas normais durante o estímulo, o temporizador é reiniciado Timing Circuit Output Circuit Electrodes Reset Circuit Amp

Os ritmos cardíacos normais evitam a estimulação pelo pacemaker

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Pacemaker síncrono - auricular

O disparo do nodo SA activa o

pacemaker

São utilizados atrasos para

simular o atraso entre os nós AS e AV (120 ms) e para criar um período refractário (500ms)

Circuito de saída controla a contracção ventricular

Combinando o pacemaker de solicitação com esta

arquitectura permite obter um dispositivo que controla a

actividade cardíaca ao ritmo

Atrial

Electrode Amp Gate

Monostable Multivibrator 120ms Delay Monostable Multivibrator 500ms Delay Monostable Multivibrator 2ms Delay Output Circuit Ventricular Electrode

(49)

Exemplo Comercial

Dimensões e forma

típica de um pacemaker implantável

A parte de cima é

utilizada para interface com as ligações

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Arritmias: Fibrilação Ventricular

Batimento descoordenado das células do coração, resultando em ausência de pressão cardíaca. Choque eléctrico urgente ou …danos cerebrais ou…

Desfibrilador externo ou implantável.

Entretanto fazer CPR (ressuscitação cardiopulmunar) Pressão sanguínea cai para zero – sem saída cardíaca e é necessário desfibrilar

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Desfibriladores

Utilizados para reverter a fibrilação do coração

A fibrilação conduz à perda de saída cardíaca e à

morte ou a danos cerebrais irreversíveis se não

for revertida dentro de 5 minutos desde o início

Pode ser utilizado o choque eléctrico para

restabelecer a actividade normal

Existem quatro tipos base de desfibriladores

• Desfibrilador AC

• Desfibrilador de descarga capacitiva

• Desfibrilador de descarga capacitiva com linha de atraso

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Desfibriladores

A desfibrilação por choque eléctrico é

conseguida através da passagem de corrente

por eléctrodos colocados:

• Directamente no coração – necessita baixo nível de corrente e exposição cirúrgica do coração

• Transtorácica – através da utilização de

eléctrodos de grande área no tórax anterior – necessita de níveis elevados de corrente

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Desfibrilador

: Descarga capacitiva

Circuito para criar um pulso de desfibrilação de curta duração e elevada amplitude

O clinico descarrega o condensador

carregando num botão quando os eléctrodos estão firmemente no sitio

Uma vez completo, o interruptor regressa automaticamente à posição original

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Desfibrilador : Alimentação

Com este desenho, o desfibrilador utiliza:

• 50 a 100 Joules de energia quando se aplicam os eléctrodos directamente sobre o coração

• Até 400 Joules quando se aplicam no exterior

A energia armazenada no condensador é dada por:

Condensadores na gama entre 10 a 50µF

A voltagem utilizando estes condensadores e para uma energia máxima de 400 J varia entre 1 e 3 kV

Perdas de energia provocam a entrega de menos energia que a prevista teoricamente

2

2

Cv

(55)

Desfibrilador : Pulsos de saída

Pulsos monofásicos são tipicamente programáveis entre 3 e 12 ms

Pulso positivo bifásico é normalmente programável entre 3 e 10 ms e o pulso negativo entre 1 e 10 ms

Estudos sugerem que os pulsos bifásicos permitem uma melhor eficácia de desfibrilação relativamente aos

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Desfibrilador : Eléctrodos

Deve existir um excelente contacto com o corpo

• Podem existir sérias queimaduras se não existir um bom contacto durante a descarga

É necessário um bom isolamento

• Não queremos desfibrilar o técnico

Existem três tipos:

• Interno – utilizado para estimulação cardíaca directa • Externo – utilizado para estimulação transtorácica • Descartável – utilizado no exterior

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Desfibriladores implantáveis automáticos

De aspecto semelhante aos pacemakers e são

constituídos por:

• Um meio de detectar fibrilação ou taquicardia

• Fonte de alimentação e meio de armazenar energia • Eléctrodos para entregar o estímulo

Os eléctrodos de desfibrilação são utilizados

para detectar os sinais electrofisiológicos

É utilizado o processamento de sinal para

controlar a estimulação

• São também utilizados sinais mecânicos

É necessário aramazenar energia para fornecer

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Exemplos Comerciaais

Referências

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