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PODER JUDtIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL ACÓRDÃO N 6646

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4fl3

ERE i DF 00138052 PODER JUDtIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL

ACÓRDÃO N° 6646

Classe 25— Prestação de Contas

Num. Processo 2345-47

Requerente Daniel Izaias de Carvalho

Advogado Dr. Gianpaolo Machado Lage de Meio - OAB/DF n° 20.336 Relator Desembargador Eleitoral Telson Ferreira

EMENTA

ELEIÇÕES 2014. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CANDIDATO. RECURSO CONTRA PARECER TÉCNICO. NÃO CABIMENTO EM FACE DA INEXISTÊNCIA DE NATUREZA DECISÕRIA. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. RECIBOS ELEITORAIS REFERENTE AOS SERVIÇOS ADVOCATICIOS. RETIFICAÇÃO DO RECIBO. REGULARIDADE. APROVAÇÃO.

1. Não cabe recurso contra o parecer técnico, diante da inexistência de • conteúdo decisório emanado de autoridade judicial;

2.Impõern-se aos candidatos o dever de prestar contas de sua campanha à Justiça Eleitoral, ex vi da Resolução n. 23.40612014 do Colendo TSE;

2. Na esteira dos precedentes da Corte, a prestação de serviços advocaticios nãõ pode ser considerada corflo receita propriamente eleitoral. Ainda que fosse considerada receita estimável de natureza eleitoral, não se verificaria qualquer irregularidade, -pois, segundo dispõe o artigo 45, II, da Resãlução TSE 23.40612014, a doação estimável realizada por pessoa física também se comprova por meio de recibo eleitoral, documento apresentado pelo candidato, hão sendo necessária a juntada do termo de doação e, portanto, autoriza a aprovação das contas 1

4. Contas aprovadas.

Acordam os desembargadores eleitorais do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL, TELSON FERREIRA . relator, J J. COSTA CARVALHO, I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES: JAMES EDUARDO OLIVEIRA, CÉSAR LOYOLA e EDUARDO

(2)

LÕWENHAUPT. DA: 9UNHA vogais, em aprovar nos térmos .do vota do relator. Decisão UNANIME;de acordo com a ata de julgamento.

(3)

Acórdão n° 6646 (Prestação de Contas n° 2345-47)

RELATÓRIO

Trata-se da prestação de Contas de DANIEL IZAIAS DE CARVALHO, candidato ao cargo de Deputado Distrital pelo Partido Social Cristão - PSC/DF, relativa à sua campanha eleitoral no pleito de 2014.

Em 20/10/2014, o candidato apresentou documentos referentes à sua prestação de contas (fls. 9 usque 38).

Não houve impugnação, conforme certificado nos autos às fls. 40.

Em primeira análise, a Coordenadoria de Controle Interno - COCI solicitou diligências para que o candidato apresentasse extratos

bancários completos, bem como o termo de doação referente aos serviços advocatícios. (fls. 41142).

Em resposta ao relatório de diligências, o interessado apresentou tempestivamente extratos bancários expedidos pelo Banco do Brasil e, também, juntou o contrato de assessoria jurídica firmado com o advogado (fis. 44/53).

A unidade técnica elaborou relatório final n°. 33712015 manifestou-se pela aprovação das contas com ressálvas, nos termos do artigo 54, II, da Resolução TSE 23.40612014 (fis. 55156).

Em 31/0712015, com base no art. 30, §51, da Lei n° 9.504197, o interessado ingressou com recurso contra o relatório elaborado pela Coordenadoria de Controle Interno, objetivando a reconsideração do entendimento proferido pelo Orgão Interno ao argumento, em síntese, de se tratar apenas de um erro formal e junta documento retificando a doação dos honorários (fls. 58-64).

A Douta Procuradoria Regional Eleitoral manifestou-se no sentido do não conhecimento do recurso e, no méritq, pela aprovação das contas com ressalvas, em fáce da divergência entre os valores informados no termo de doação de serviços prestados e no recibo eleitoral (fls. 70/71).

É o relatório.

VOTOS

O Senhor Desembargador Eleitoral TELSON FERREIRA - relator:

Preliminarrhente, cumpre-se analisar a petição apresentada pelo interessado denominada de recurso que ataca o relatório da CCCI e pede a sua reconsideração.

Concessa maxima venia, mas o recurso não deve ser conhecido diante da inexistência de amparo legal, bem como, na esteira do

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o

Acórdão n°6646 (Prestação de Contas n ° 2345-47)

entendimento da Douta Procuradorià Regional Eleitoral,.o parecer técnico não emana de autoridade judicial e não possui natúreza decisória.

Por outro lado, o artigo 30, §5 1>, da Lei 9.504, invocado

pelo interessado faz referência a decisão judicial que julgar as contas do candidato, logo, não se aplica no caso de mero parecer sem conteúdo decisório.

Ante o exposto, não conheço do recurso.

No MÉRITO

O ad. 331 da Resolução n. 23.40612014 do Colendo TSE impõe aos candidatos, aos partidos políticos e aos comitês financeiros o dever de prestar contas à Justiça Eleitoral.

A norma de regência exige que sejam preenchidos os requisitos formais e materiais para a aprovação das contas de campanha.

Na espécie, certifica-se de plano a regularidade formal, uma vez que o candidato e o seu contador assinaram a prestação de contas (fI. 9), bem como, foi dev.idamente prestada por advogado habilitado nos autos (fi. 30), inteligência do § 402, art. 33, da referida Resolução.

Depreende-se do recibo de entrega (fI. 9) que as contas finais forãm protocoladas tempestivamente, nos termos do artigo 38 da Resolução TSE 23.40612014.

No relatório final da unidade técnica, sugeriu-se a aprovação das contas com ressalvas em razão da divergência entre os valores informados no termo de doação de serviços prestados e no recibo eleitoraL

O interessado apresentou tempestivamente manifestação (fls. 58165) sobre o Relatório de Exame de Prestação de Contas n° 33712015 emitido pela Coordenadoria de Controle Interno ê alegou, em sínteseque:

"(..)

HOUVE UM ERRO POR PARTE DESTE PATRONO AO CONFECCIONAR O TERMO DE DOAÇÃO AO ATRIBUIR O VALOR DE R$ 500,00 (QUINHENTOS REAIS) AO INVÉS DE R$ 3.000,00 (TRÉS MIL REAIS)

(.9"

(fI. 58163) e,

anexou: "RETIFICAÇÃO TERMO DE DOAÇÃO MÃO DE OBRA ELEIÇÃQ 2014" (fI. 64). Ressalto, ainda, que não houve apresentação de novos

documentos, apenas a retificação do termo de doação anteriormente apresentado à fl. 48.

A Douta Procuradoria Regional Eleitoral manifestou-se no

seguinte sentido: "t.) Inicialmente, o recurso das fls. 58163 não deve ser conhecido, uma vez que o parecer técnico conclusivo das fls. 55156 não emana de autoridade judicial e não tem conteúdo decisório". E concluiu pela: "(..) aprovação, com ressalvas, das contas de Daniel Izaias de Carvalho, com fundamento no art. 54, II, da Resolução TSE 23.40612014".

1

"Art. 33. Deverão prestar contas à Justiça Eleitora!: -

1- o candidato;

1!-. os diretórios partidários, nacional e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros, se constituídos."

2

o candidato e o profissional de contabilidade responsável deverão assinar a prestação de contas, sendo obrigatória a constituição de advogado."

(5)

o Acór

dão n° 6646 (Prestação de Contas n° 2345-47)

Quanto ao tema, é importante frisar que esta Corte Eleitoral adotou o entendimento de que, em determinados casos, a ausência de termo de doação de prestação de eMço estimável em dinheiro não se trata de irregularidade insanável, uma vez que a receita não pode ser considerada propriamente eleitoral, o que não autoriza sequer a aposição de ressalva.

Nesse sentido, invoco a seguinte passagem do Acórdão n. 6566, de relatoria do eminente Desembargador César Laboissiere Loyola, julgado unânime:

rpor outro lado, a ausência de contabilização e apresentação dos documentos relativa aos serviços advocatícios e de contabilidade não enseja, na hipótese, a aposição de ressalva, uma vez que se pode inferir que a contratação desses serviços deu-se apenas para viabilizar a apresentação das contas à Justiça Eleitoral, não se caracterizando, portanto, como despesas propriament&

eleitorais ( ... )". (TRE-DF — Acórdão n.6566 - Prestação de

Contas n. 2433-85 - relator Des. César Loyola — 1910812015)..

No caso, verifica-se que foi atribuído no termo de doação de Prestação de Serviços o valqr de R$ 500,00 (quinhentos reais), todavia, no recibo eleitoral de n° 200200600000DF000008, originalmente encartado nos autos, consta o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) (fI. 38), contudo, conforme julgado acima citado, a contrataçãp de advogado para a campanha eleitoral não se caracteriza como receita tipicamente eleitoral.

Ademais, ainda que fosse considerada receita estimável de natureza eleitoral, não se verificaria qualquer irregularidade, pois, segundo dispõe o artigo 45,11, da Resolução TSE 23.40612014, a doação estimável realizada por pessoa fisica pode ser comprovada por documento fiscal ou termo de doação firmado pelo doador, portanto, depreende-se que a comprovação de um dispensaria a apresentação do outro.

No caso, o candidato juntou o recibo eleitoral n° 200200800000DF000008 (fi. 38) e apôs o relatório de diligências (fls. 41142) juntou aos autos o termo de doação dos serviços advocatícios à fI. 48 e posteriormente a retificação do termo de doação à fI. 64; portanto reputo como comprovada a doação dos serviços prestados os valores constantes no recibo eleitoral encartado nos autos à fI. 38.

ANTE O EXPOSTO, e com base no art. 54, 1, da Resolução TSE n,23.406/14, voto no sentido de aprovar a prestação de contas.

Após o trânsito em julgado, arquive-se. É como voto.

Art. 45. A receita estimada, oriunda de doação/cessão de bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro ao candidato, ao partido político e ao comitê financeiro deverá ser comprovada por intermédio de:

II — documentos fiscais emitidos em nome do doador ou termo de doação por ele firmado, quando se tratar de doação feita por pesoa física;

(6)

o

J. COSTA

Acórdão n°6646 (Prestação de Contas no 2345-47)

O Senhor Desembargador Eleitoral J CARVALHO - vogal:

Acompanho o relator

O Senhor Desembargador Eleitoral I'TALO

FIORAVANTI SABO MENDES - vogál: Acompanho o relator.

O Senhor Desembargador Eleitorat JAMES EDUARDO. OLIVEIRA - vogal:

Acompanho o relator.

O Senhor Desembargador Eleitoral CÉSAR LOYOLA - vogal:

Acompanha o relator.

O Senhor Desembargador Eleitoral EDUARDO LOWENHAUPT DA CUNHA - vogal:

Acompanho o relator.

ÕECISÃO

7

Aprovar as contas nos termos do voto do relator. Unânime;Em 28 de outubro de 2015.

Referências

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