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Palavra-chave: Parasitoses Intestinais; Crianças; Profilaxia.

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Academic year: 2021

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PREVALÊNCIA E PREVENÇÃO DE PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS DE CRECHES / ESCOLAS DE PORTO ALEGRE

Saúde Coordenador(a) da atividade: Adilia Maria Pereira WIEBBELLING1

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Autores: Débora Cardoso CORRÊA²; Cecília Bittencourt SEVERO ³; Helena SCHIRMER4; Ana Maris CARLESSO5; Adilia Maria Pereira WIEBBELLING¹.

Resumo

No Brasil, as Parasitoses Intestinais são muito prevalentes devido à deficiência de saneamento básico e de higiene pessoal, sendo as crianças as principais vítimas. Na profilaxia das parasitoses, a educação sanitária pode ser implantada através das crianças, que agem como veículos disseminadores de ações em suas famílias e comunidade.

Busca-se com o trabalho, verificar, através do exame parasitológico de fezes (EPF), a prevalência de enteroparasitoses em crianças matriculadas em escolas do Distrito Docente Assistencial da UFCSPA a fim de estabelecer adequado tratamento e profilaxia. As crianças participantes possuem até 10 anos, visto que são as que possuem maior chance de contaminação e também as mais receptivas em participar de coleta de fezes. Há um rodízio entre as escolas, na zona norte de Porto Alegre, levando em consideração as mais carentes, que possivelmente terão um maior aproveitamento do diagnóstico e aprendizado proporcionado pelo projeto. Para os acadêmicos é essencial a convivência e a conscientização com estes problemas ao montarem estratégias educacionais de promoção/prevenção da saúde, que serão desenvolvidas na escola. O EPF é realizado com supervisão das professoras, no Laboratório de Parasitologia da UFCSPA.

Em cada semestre letivo, aproximadamente 400 pessoas são beneficiadas com a ação, incluindo as crianças, seus familiares, professores e funcionários da escola. Os resultados dos exames são entregues individualmente às famílias e a profilaxia é apresentada a cada turma da escola acordada, através de atividades lúdicas, respeitando-se cada faixa etária.

Palavra-chave: Parasitoses Intestinais; Crianças; Profilaxia.

1 Adília Maria Pereira Wiebbelling, servidor docente, Medicina.

² Débora Cardoso Corrêa, aluna, Medicina.

³ Cecília Bittencourt Severo, servidor docente, Medicina. 4 Helena Schirmer, servidor docente, Medicina.

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2 Introdução

As Parasitoses Intestinais são doenças causadas por protozoários e helmintos, popularmente conhecidos como vermes, que representam um agravo à saúde, pois interferem no organismo humano gerando alterações nos processos fisiológicos. No Brasil, essas doenças ainda são bem comuns, devido à deficiência de saneamento básico e hábitos precários de higiene pessoal, sendo as crianças as principais vítimas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, até 36% da população total sofre com alguma parasitose e, considerando somente as crianças, a prevalência sobe para 55,3%. Dessa forma, trabalhar a Educação Sanitária se faz fundamental para intervir nessa realidade à medida que esse problema necessita de adequadas medidas terapêuticas e profiláticas a fim de evitar prejuízos ao desenvolvimento físico e ao rendimento escolar ou servir de porta de entrada para outras afecções.

Barsante (2008) e Gonçalves (2011) afirmam que a creche e as instituições congêneres são ambientes que têm sido cada vez mais estudados, por aumentar a suscetibilidade de crianças a infecções parasitárias. Andrade e Ferreira (2005) confirmam esta ideia dizendo que, mesmo quando o ambiente da creche apresenta boas condições de saneamento, ainda assim, são encontrados parasitos devido à falta de orientação e higiene por parte da população. Além disso, Amor et al (2003) salientam que a alta incidência das parasitoses humanas no Brasil, tanto em crianças como em adultos, onera orçamentos, muitas vezes insuficientes.

Assim, a educação preventiva aliada ao tratamento de infecções parasitárias desenvolve o potencial da comunidade e melhora consideravelmente sua saúde e qualidade de vida o que é salientado por Kruschewsky et al (2008), ao defender que a educação em saúde tem como objetivo a prevenção das doenças, buscando a mudança de comportamento através de uma consciência crítica.

As condições precárias de higiene, as dificuldades econômicas e o desconhecimento sobre medidas preventivas são fatores que contribuem para que as populações menos favorecidas se tornem o alvo da proliferação das parasitoses intestinais. Assim sendo, a proposta apresentada nesse relato possibilita que as crianças de escolas do Distrito Docente Assistencial (DDA) da UFCSPA sejam beneficiadas com o diagnóstico da doença; o seu posterior encaminhamento à Unidade de Saúde para o recebimento do tratamento adequado e o aprendizado de medidas preventivas que possam minorar este problema.

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3 Metodologia

Este projeto tem como objetivo verificar, através do exame parasitológico de fezes (EPF), a prevalência de enteroparasitoses em crianças de até 10 anos a fim de estabelecer adequado tratamento e profilaxia. Também oportunizar aos acadêmicos a aplicação prática das atividades de diagnóstico e de profilaxia, bem como prepará-los para o desenvolvimento de material educativo, estimulando a busca de informações adequadas sobre o tema; disseminar informações básicas sobre os reais perigos de contaminação no meio ambiente; estimular um maior número de crianças a participar da realização do EPF e levar a elas ensinamentos que consigam ser absorvidos a fim de diminuir novas contaminações no futuro.

Há um rodízio entre as escolas do DDA, sempre considerando as mais carentes, que possivelmente terão um maior aproveitamento do diagnóstico e aprendizado proporcionado pelo projeto. Este inicia com reuniões realizadas na escola com divulgação das informações necessárias, bem como esclarecimento de dúvidas a respeito do andamento do projeto. Segue a assinatura de termos de consentimento da escola, bem como dos pais ou responsáveis para sua participação.

O EPF é realizado pelos acadêmicos e seus resultados são entregues às famílias. Em cada semestre letivo, estima-se que aproximadamente 400 pessoas são beneficiadas com a ação: crianças, familiares, professores e funcionários da escola. Também, através do atendimento de “um primeiro paciente”, chama-se a atenção dos acadêmicos para estas afecções comuns na infância e que podem gerar importantes distúrbios.

Desenvolvimento e processos avaliativos

De acordo com Boia et al, o tratamento em massa pode auxiliar no controle das enteroparasitoses, porém ações governamentais em educação são essenciais para uma redução sustentada das prevalências destas infecções. Educação em Saúde é entendida como uma combinação intencional de experiências de aprendizagem com objetivo de facilitar medidas comportamentais ou ações sobre os determinantes sociais da saúde a serem adotadas por pessoas ou comunidades (CANDEIAS, 1997). O projeto existente há mais de 20 anos, adaptando-se às necessidades, é sempre discutido com a equipe diretiva da escola, quando seus objetivos e desenvolvimento são explicados.

Os acadêmicos preparam e apresentam atividades voltadas à prevenção de parasitoses intestinais, levando em conta a faixa etária a ser atingida; e a coordenadora trabalha com os professores, respondendo dúvidas sobre os reais riscos de contaminação. A

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partir da realização do EPF, há aquisição, por parte das crianças, do conhecimento sobre enteroparasitoses, suas formas de contágio e principalmente suas formas de prevenção.

Para corroborar são enviados aos pais panfletos/jogos abordando conceitos de contaminação/prevenção, juntamente com os resultados do EPF a fim de realizar um fechamento da atividade. O material didático desenvolvido semestralmente está sendo catalogado em um banco de atividades que servirá à pesquisa.

Considerações Finais

Esse projeto, além de oportunizar o diagnóstico e posterior encaminhamento para o tratamento dos parasitados, ainda atua na realidade social de toda uma comunidade à medida que introduz o hábito correto de higienização por meio da intervenção nos alunos, nos profissionais da escola e nos familiares, modificando comportamentos, reduzindo a incidência de enteroparasitoses e aprimorando a qualidade de vida dessa população.

No que diz respeito aos acadêmicos, aprendem o conteúdo da disciplina de Parasitologia Médica melhorando a realidade de vida de um grupo social, compartilhando o conhecimento e atuando desde o início da formação na realidade das comunidades. Assim, os profissionais formados tornam-se progressivamente mais humanos e conscientes da magnitude de seus papéis e de seu profissionalismo no cuidado e no amparo dos seus iguais.

Referências

AMOR, M.L.A et al. Palestras lúdicas e interativas com a comunidade e demonstrações audiovisuais: estratégias de educação participativa para o ensino da parasitologia. Salvador: UFBA. 2003.

ANDRADE, S.F.C.; FERREIRA, R.G. Alguns aspectos socioeconômicos relacionados a parasitoses intestinais e avaliação de uma intervenção educativa em escolares de Estiva Gerbi, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.38, n. 5, p.402-405, 2005.

BARÇANTE, A.T. et al. Enteroparasitoses em crianças matriculadas em creches públicas no município de Vespasiano, Minas Gerais. Revista de Patologia Tropical, v.37, p.33-42, 2008.

BOIA, M.N. et al. Tratamento em massa para controle das helmintíases intestinais em área endêmica na Amazônia Brasileira. Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo. vol.48, n.4, p.189-195, 2006.

CANDEIAS, N. M. F. Conceitos de educação e promoção em saúde. Revista de Saúde Pública. São Paulo, 1997.

GONÇALVES, A.L.R. et al. Prevalência de parasites intestinais em crianças pré-escolares na região de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.44, n.2, p.191-193, 2011.

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KRUSCHEWSKY, J. E.; KRUSCHEWSKY, M. E.; CARDOSO, J. P. Experiências pedagógicas de educação popular em saúde: a pedagogia tradicional versus a problematizadora. Rev. Saúde com, v.4, n.2, p.160-176, 2008.

WIEBBELLING, A.M.P. et al. Parasitoses intestinais em crianças de creches/escolas de Porto Alegre: prevalência e profilaxia. Raí. Rum,v.03, n.5,p.182-183, 2015.

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