UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCB CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCB
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR – DBB DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR – DBB
BIOQUÍMICA ANALÍTICA – BQI 305 BIOQUÍMICA ANALÍTICA – BQI 305
AULA PRÁTICA Nº 0
AULA PRÁTICA Nº 0
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A Eletroforese é uma técnica de separação baseada na migração das substancias (proteínas, DNA, RNA, etc.) mediante a presença de um potencial elétrico, esta migração se baseia no tamano, forma molecular e também o tempo !ue se gasta durante todo o processo.
F = q. E/d
" # "orça do campo elétrico $ potencial em %olts&cm $ E&d
E # 'oltagem aplicada (diferença de potencial entre os dois eletrodos) d # distncia (cm) entre os eletrodos
! # carga da partícula
A eletroforese de proteínas é realiada normalmente em gel de poliacrilamida. * gel de poliacrilamida é formado pela polimeriação de mon+meros de acrilamida na presença de pe!uena !uantidade de bisacrilamida. A bisacrilamida é formada por dois mon+meros de acrilamida ligadas por um grupo metileno e é utiliado como agente formador de ligaç-es cruadas.
A polimeriação da acrilamida é iniciada pela adição de E/ED (N, N, N0, N0 tetramet1lenediamine). E/ED catalisa a decomposição de íons persulfato em nion sulfato e radical sulfato.
S2O8−2 2 .¿ −¿ → S O 4 −2+ S O 4 ¿ e¿
*345 o representa o elétron desemparelado
* tamano do poro gerado no gel de poliacrilamida pode ser alterado %ariandose a porcentagem de acrilamida. *s géis de acrilamida podem ser preparados na porcentagem entre 6789 de acrilamida. 3ai:as porcentagens resultam em géis com
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4D4;A<E é um método em !ue as proteínas são separadas segundo o tamano, a an=lise de proteínas por 4D4;A<E também é >til para a determinação da massa molecular relati%a da proteína.
* 4D4 é um detergente ani+nico e ligase fortemente ? proteína desnaturandoa. @ma molécula de 4D4 ligase a dois resíduos de amino=cidos.
As amostras não são aplicadas diretamente no gel de separação e sim sob uma camada de gel mais poroso conecido como gel de empilamento. A função do gel de empilamento é concentrar a amostra de proteína para formar bandas mais finas antes de entrar no gel de separação, para !ue elas possam começar a correr no mesmo instante, assim a carga e ponto de partida não contribui para os possí%eis erros.
* gel de empilamento possui poros maiores aos !uais permitem a li%re migração das proteínas sob a ação de um campo elétrico. uando a corrente é ligada, todas as espécies i+nicas precisam migrar com a mesma %elocidade. * comple:o proteína4D4 carregado negati%amente migra para o nodo, e como todas as proteínas possuem a mesma carga elétrica, elas migram no gel de separação com a mesma %elocidade. No entanto, ? medida !ue eles passam no gel de separação as proteínas de tamanos diferentes se separam de%ido ao tamano dos poros presentes no gel. Desta forma, !uanto menor a proteína mais facilmente ela migrar= no gel, en!uanto proteínas maiores tem sua migração retardada.
G"! N*#+,%
* 4D4;A<E não é %i=%el para e:perimentos em !ue o intuído é detectar uma proteína com base em sua ati%idade biolBgica, pelo fato do 4D4 desnaturar
completamente a proteína destruindo sua ati%idade biolBgica. Neste caso, utiliase o gel nati%o !ue é preparado utiliandose o gel de poliacrilamida na ausCncia de 4D4.
Nestas condiç-es as proteínas possuem carga elétrica distinta no p do gel e as proteínas são separadas com base em sua motilidade pelo gel. Nas an=lises utiliando gel nati%o é difícil informar o comportamento de cada proteína, mas de%ido ?s características distintas de cargas e formas, conseguese uma boa separação das proteínas em uma mistura. A enima de interesse pode ser identificada incubandose o
D"#"4@% ?* P$%#"* % /"!
* corante mais comumente utiliado para detectar as proteínas em um gel é o oomassie 3rilliant 3lue R6FG (33). A coloração normalmente é feita com 4olução corante oomassieblue # G,89 oomassie3lue R6FG (p&%), 79 =cido acético glacial (%&%), HF9 metanol ou etanol (%&%). A mistura =cidometanol age como um agente desnaturante !ue precipita e fi:a as proteínas no gel, e%itando !ue as proteínas seIam perdidas no processo de la%agem do gel.
2> MATERIAIS E REAGENTES
REA<ENE45
• RJ4base, 4D4, Acrilamida, 3isacrilamida, ;ersulfato de am+nio, 4olução
comercial de E/ED, glicerol, aul de bromofenol, Kmercaptoetanol, <licina, EDA, oomassie3lue R6FG, =cido acético glacial, metanol, etanol e =gua destilada.
/AERJA45
• 4istema de montagem de gel, pipetas autom=ticas, ponteiras para pipetas
autom=ticas, pisetas com =gua, cuba de eletroforese e fonte para cubas de eletroforese.
4*L@ME45
• ampão de 4eparação H: (ampão de 3ai:o3) # 8,F / RJ4base, G,H9 4D4,
p O,OP
• ampão de oncentração H: (ampão de ima) # G,F / RJ4base, G,H9
4D4, p Q,OP
• 4olução Acrilamida&3isacrilamida (G9, 6758)P • 4olução 8G9 de ;ersulfato de am+nioP
• 4olução comercial de E/EDP
• ampão de amostra : # glicerol G9, 4D4 7,69(%&%), aul de bromofenol 89
(p&%), Kmercaptoetanol 6G9 (%&%), G,6F / RJ4base p Q,OP
• ampão de corrida 8G: # G,6F / RJ4base, 8,7 / <licina, 8G m/ EDA, F
m/ 4D4P
• 4olução corante oomassieblue # G,89 oomassie3lue R6FG (p&%), 79 =cido
• 4olução descorante # S,F9 =cido acético glacial, 6F9 metanol ou etanolP • ampão de e:tração de proteínas # RJ4base FG m/ p Q,O.
2<> PROCEDIMENTO EPERIMENTAL
;rimeiramente o sistema de eletroforese %ertical foi montado com o au:ílio do professor da aula pr=tica, a seguir o sistema gel foi também preparado seguindo os
seguintes passos5
Jdentificação de H bé!ueres5 (8) 4D4;A<Egel de cima, (6) 4D4;A<Egel de bai:o, () Timogramagel de cima e (H) Timogramagel de bai:oP
;reparo dos géis seguindo a tabela5
GEL DE BAIO OU GEL DE SEPARAÇO
R"*/"#" C%4"#$*@% &+*! P*$* 1(5 .L H*$* ;. /"!>
Ugua .GHHuL
ampão de bai:o HV 8V 8OSFuL 3isacrilamida (G9) 8G9 6FGGuL ;ersulfato de Am+nia 8G9 SFuL
emed SuL
GEL DE CIMA OU GEL DE EMPILAMENTO
R"*/"#" C%4"#$*@% &+*! P*$* 3(2 .L H*$* ;. /"!>
Ugua 8SSO
ampão de cima HV 8V OGG 3isacrilamida (G9) F9 FQG ;ersulfato de Am+nio 8G9 OG
emed F
• Etapas feitas durante o procedimento5
"oi adicionado e solubiliado alguns grnulos de 3romofenol aos bé!ueres com gel de cimaP
Ao bé!uer WTimogramagel de bai:oX foi adicionado 8F,G mg de gelatina (para S,F mL de gel), depois o gel foi agitado e a!uecido no microondas por F segundo a 8GG9 de potCncia, apBs foi dei:ado na bancada para esfriarP
"oi adicionado, ao bé!uer W4D4;A<Egel de bai:oX, ;A e E/ED na solução do gel de separação (gel de bai:o), apBs omogeneiado F,F mL da solução foi %ertida no sistema de gel, utiliando uma pipeta de 8,G mL sendo dei:ado um espaço para o gel empilador (gel de cima)P
Jmediatamente apBs foi adicionado lentamente a solução FGG uL da solução de n 3utanolP
ApBs a polimeriação, o butanol foi descartado na pia e a superfície do gel foi la%ada com =gua deioniada, e seu e:cesso foi secoP
"oi adicionado ao bé!uer WTimogramagel de bai:oX, ;A e E/ED na solução do gel de separação (gel de bai:o) !ue omogeneiado e adicionado F,F mL no sistema de gel, utiliando uma pipeta de 8,G mL, foi também dei:ado um espaço para o gel empilador (gel de cima)P
Jmediatamente apBs foi adicionado FGG uL da solução de n3utanol e feito seu descarte apBs a polimeriação do gelP
Em seguida foi colocado ;A e E/ED no bé!uer W4D4;A<Egel de cimaX, o !ual foi omogeneiado e adicionado sobre o gel de separação até ter completado o sanduíce, o pente ade!uado foi também colocado no lugar ade!uadoP
* mesmo procedimento descrito acima foi feito para WTimogramagel de cimaXP
ApBs dos esses passos foi esperado o tempo de o gel polimeriar, os pentes foram retirados sua%emente.
As amostras foram preparadas seguindo as seguintes instruç-es do professor5
• ;reparo das amostras usando o tampão A sem agente redutorP • Timograma5 não fer%er as amostras a serem aplicadas no gelP
• ApBs a aplicação das amostras, conectar os cabos dos eletrodos na fonte, ligar
selecionando amperagem de HG mA fi:aP
• ;roceder a eletroforese até !ue o corante aul de bromofenol a 8,G cm do final
do gel, desligar, desmontar o sistema e colocar os géis na solução corante por pelo menos H orasP
• ;roceder ? descoloração faendo trocas de tampão de descoloração até !ue o gel
fi!ue transl>cido e as proteínas coradas em aul. A re%elação do Timograma seguiu os seguintes passos5
8). ApBs a corrida, la%ar %ees com 8F mL de triton 6.F9 por HG minP
6). La%ar %ees com 8F mL de tampão de incubação (tris base 8GG m/, p O.G, 6,G m/ al6 e riton G.GGF9) por G minutosP
). Jncubar a So&8O oras em HG mL de tampão de incubação, sem agitaçãoP H). orar com FG mL comassie R6FG por 6 orasP
F). La%ar com solução de descoloração. 'isualiar as bandas claras indicati%as de proteBlise da gelatina no gel.
3> R"';!#*?%' " ?+'4;''J"'
* gel de 4D4 # page do grupo 8 , obte%e uma Btima corrida de proteínas, permite %isualiar nitidamente, a separação das proteínas presente na amostra de acordo com a massa molecular, I= !ue, o 4D4 torna a carga e a forma da proteínas insignificante, assim a corrida de eletroforese separa !uase !ue e:clusi%amente por massa molécula. As bandas mais salientes, na imagem, são proteínas de peso molecular maior, no caso da banda referente a !uimiotripsina a banda mais forte, pode representar a !uimiotripsina em sua integridade !uase total ou o domínio funcional da enima, podemos %erificar isso pelo peso molecular.
* imograma mostra, !ue a corrida foi bemsucedida na caneleta (!uimiotripsina), nas canaletas F e Q, (Amaciante de carne e e:trato proteico de fungo respecti%amente), a cor esbran!uiçada, é de%ido a ação da enima na sua conformação nati%a, bem como, das proteases em sua conformação nati%a, o esbran!uiçamento é resultado da digestão, ou seIa, !uebra das ligaç-es peptídicas do gel de eletroforese, pois, ele é composto de proteínas !ue comp-e a gelatina.
G$;% 2
Em relação ao gel de 4D4 do nosso grupo, nota se !ue ou%e a separação de proteínas de diferentes massas moleculares, no entanto, a corrida não foi muito
eficiente, por!ue, as proteínas correram pouco, o !ue atrapala a separação das mesmas, essa corrida ineficiente, pode ser resultado de contaminantes nas amostras, mas, o erro
mais pro%=%el, é o fato de o tampão de corrida, não cobrir totalmente a cuba, o !ue dificulta a passagem da corrente elétrica.
*bs.5 o ní%el do tampão de corrida, esta%a bai:ando durante a corrida do gel de 4D4 # ;age, e te%e !ue ser monitorado e resposto, a causa desse %aamento, foi a montagem imperfeita da parte interna da cuba, e como não notamos esse %aamento, na presença de =gua, não corrigimos o erro a tempo.
Em nosso imograma, notamos a presença de ati%idade de proteases, nas canaletas referentes ao amaciante de carne e ao e:trato proteico de fungo, o !ue mostra, !ue as proteases estão em sua conformação nati%a. No entanto, a canaleta referente a !uimiotripsina, não mostrou ati%idade, pro%a%elmente por!ue, a enima est= desnaturada, ou ainda, não = enima (de%ido a erros de e:ecução da pratica, como pipetagens).
G$;% 3
* gel de 4D4 do grupo , te%e uma e:celente corrida, permitindo a separação das proteínas presentes nas amostras, por diferença de massa molecular. As bandas destacadas pelas setas %ermelas, possuem peso molecular de apro:imadamente de FGYDa (canaleta 6), QGYDa (canaleta H), 6GYDa (canaleta ) e de HG # FG YDa (canaleta S).
> D+'4;''% /"$*! ?* $K#+4*
Alguns pontos importantes da pratica de%em ser discutidos como5
*s erros referentes a separação de proteínas (4D4;A<E) e %isualiação da ati%idade proteica (imograma), podem ser resultados de pipetagens erradas, corrida insuficiente, preparo dos géis, soluç-es tamp-es não ade!uadas e&ou contaminadas, e de condiç-es de trabalo inade!uadas.
A eletroforese permite %erificamos tanto o grau de purea !uanto a comple:idade da amostra, esta >ltima, pode ser %erificada pela a separação de bandas na corrida eletroforetica, o grau de purea pode ser %erificado atra%és do peso molecular das bandas de referCncias (caso esteIamos analisando uma proteína conecida) e também pela corrida da amostra, por e:emplo, caso a amostra em estudo esteIa contaminada ela pode correr pouco, ou ainda, nem cegar a correr, isso acontece por e:emplo, !uando a proteína e:traída do meio biolBgico est= agregada a outras moléculas do meio.
Além disso, é possí%el estipular o peso molecular das proteínas, !uando dispomos de marcadores de peso molecular, e permite também a %isualiação da
ati%idade proteolítica das enimas (Timograma), desde de !ue essas se encontrem em sua conformação funcional, !uando as proteases estão em sua conformação nati%a, elas são capaes de digerir a gelatina, !ue constitui o gel, dei:ando um rastro& manca esbran!uiçada, um e:emplo disso, é ati%idade proteolítica na canaleta referente ao amaciante de carne, a !uimiotripsina e ao e:trato proteico de fungo, sendo assim essas enimas estão em sua conformação funcional (esta%am integras), o !ue mostra a eficiCncia da corrida e do tampão de incubação, além, da coerCncias dos procedimentos pr=ticos. Essas enimas ti%eram ati%idade contra o gel, por!ue o gel é constituído em
sua grande parte, por gelatina, !ue é uma substncia proteica.
5> C%4!;'%
Apesar dos erros e:perimentais, alguns I= discutido acima, foi possí%el separar as proteínas das amostras, estimar sua massa molecular e obser%ar sua ati%idade.
REFERÊNCIA
Roteiro de aula pratica, 3io!uímica Analítica 6G8Q @"', 'içosa, /<.
Zilson [ Zal\er. ;rinciples and ecni!ues of 3iocemistr1 and /olecular 3iolog1, Sed, p77. Disponí%el em5 ttp5&&]]]6.i!.usp.br&docente&mi1amoto&DE<^F^ecnicas^eletroforeticas.pdf .