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E aí? Pronto para começar o estudo da Contabilidade Geral por meio de exercícios comentados e resolvidos? Então, vamos lá!

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Prof. Moraes Junior

Questões Comentadas e Resolvidas Princípios de Contabilidade

Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.

E aí? Pronto para começar o estudo da Contabilidade Geral por meio de exercícios comentados e resolvidos? Então, vamos lá!

Nesta primeira aula, como houve alterações recentes na Resolução CFC no 750/93, que trata dos princípios de contabilidade, além da aprovação do Pronunciamento Técnico do CPC que trata estrutura conceitual básica da contabilidade, pela Deliberação CVM no 539/08 e a Resolução CFC no 1.121/08, não há muitas questões da Esaf atualizadas.

Por isso, utilizei todas as questões da Esaf que encontrei sobre o tema, de 2003 até hoje, e complementei a aula com questões recentes da Cesgranrio e da FGV (2009, 2010 e 2011).

Antes de começar, momento propaganda (Risos): acaba de sair a terceira edição de meu livro de Contabilidade Geral, pela Editora Campus. Ele tem esse nome, mas também trato de Contabilidade Avançada e de Análise das Demonstrações Contábeis. É isso!

1.(Analista do Mercado de Capitais-CVM-2010-Esaf) Aponte abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta.

a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos para a entidade.

c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os resultados.

d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de um ativo.

e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, entretanto, o direito de propriedade não é essencial.

Resolução

De acordo com a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade:

Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade (A alternativa "a" está correta).

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Prof. Moraes Junior

São exemplos de ativos: dinheiro em caixa, contas a receber, mercadorias para revenda, imóveis, veículos, móveis e utensílios.

O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.

Vai, pode perguntar! Que história é essa de fluxo de caixa e equivalentes de caixa?

Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Fluxo de Caixa: é a variação do disponível da empresa, ou seja, resumidamente, seria o total de recebimentos menos o total de pagamentos. Portanto, para um ativo contribuir para o fluxo de caixa, deve gerar aumento do disponível da empresa (recebimentos).

Repare que falei resumidamente, pois, na verdade, o disponível (ou disponibilidades) da empresa pode ser definido da seguinte maneira:

Disponibilidades: elementos do ativo que representam dinheiro ou que possam ser convertidos em dinheiro imediatamente.

Exemplos: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata (curto prazo) e Numerários em Trânsito (cheques a depositar, por exemplo).

Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez (normalmente, com vencimento em até 90 dias), que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Chamo a atenção para este prazo: 90 dias! Se aparecer em prova, você não vai esquecer! Aplicações de liquidez imediata ou equivalentes de caixa

possuem vencimento em, no máximo 90 dias.

A entidade, geralmente, utiliza os seus ativos na produção de mercadorias ou prestação de serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos clientes.

Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade de diversas maneiras.

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Prof. Moraes Junior Por exemplo, um ativo pode ser:

- usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade;

Exemplo: Um equipamento (ativo) utilizado na fabricação de produtos em uma indústria.

- trocado por outros ativos;

Exemplo: Compra à vista de mercadorias para revenda. O dinheiro utilizado na compra é um ativo.

- usado para liquidar um passivo;

Exemplo: Pagamento de fornecedores. O dinheiro utilizado para pagamento é um ativo.

- distribuído aos proprietários da entidade.

Exemplo: Distribuição de lucros aos proprietários da entidade. O dinheiro utilizado na distribuição é um ativo.

Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de um ativo (A alternativa "d" está correta). Exemplo: As patentes e direitos autorais são ativos, desde que deles sejam esperados benefícios econômicos futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados, e não possuem existência física.

Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de propriedade. Contudo, ao determinar a existência de um ativo, o direito de propriedade não é essencial (A alternativa "e" está correta).

Exemplo: Um imóvel objeto de arrendamento mercantil financeiro é um ativo, desde que a entidade arrendatária controle os benefícios econômicos provenientes do imóvel.

Epa, epa, epa, professor! Que papo é esse de arrendamento mercantil financeiro? Vamos aproveitar e estudar os dois tipos de arrendamento: financeiro e operacional.

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Prof. Moraes Junior

Para determinarmos se um arrendamento mercantil será financeiro ou operacional precisamos verificar qual é a extensão dos riscos e benefícios relacionados à propriedade que permanecem no arrendador ou no arrendatário.

Professor, como poderíamos definir os riscos e os benefícios?

Os riscos são as possibilidades de perdas relacionadas à capacidade ociosa, à obsolescência tecnológica ou ainda as variações no retorno do ativo devido a alterações nas condições econômicas.

Por outro lado, os benefícios podem ser representados pela expectativa de operações de gerem lucro durante a vida econômica do ativo e de ganhos relacionados a aumentos de valor ou realização do valor residual do ativo (alienação do ativo).

Resumindo, a classificação será realizada da seguinte maneira:

E essa história de que o direito de propriedade não é essencial? Bom, este assunto está ligado diretamente à primazia da essência sobre a forma. Vamos ao conceito.

Primazia da Essência sobre a Forma: para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que a empresa se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal.

Não entendeu? Está em dúvida? Então, vamos ver um exemplo da empresa J4M2. Antes vou contar uma história rápida. Normalmente, utilizo em minha aulas empresas da minha família. Na verdade, são ex-empresas, pois nenhuma deu certo. Risos. Vejamos:

J4M2: ex-empresa de informática que abri com o meu pai. O nome saiu de José Jayme Moraes e José Jayme Moraes Junior, ou seja, 4 jotas (sem contar o Junior) e 2 emes. Tudo bem, pode falar: criatividade zero!

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Prof. Moraes Junior

Kaprisma: ex-gráfica de meu cunhado. O nome vem de Ka tya (minha irmã), Priscilla (minha sobrinha) e Mar'Junior (meu cunhado). Esse foi criativo, não?

Linotécnica: ex-gráfica de meu tio. Não sei o que o nome quer dizer. O nome dele é Eugênio e não tem relação com Lino e nem com Técnica. Risos.

Foi só para descontrair. Vamos voltar para a aula.

Exemplo: A empresa J4M2 vendeu, à vista, um imóvel de sua propriedade, na Av. Rio Branco, 100, no Rio de Janeiro, para a empresa Kaprisma, por R$ 120.000,00. Logo, em seguida, a empresa Kaprisma alugou o referido imóvel para a empresa J4M2, por um ano, com um aluguel mensal no valor de R$ 1.200,00. No contrato de aluguel havia uma cláusula que previa a possibilidade de a empresa J4M2 efetuar a recompra do imóvel ao final do seu prazo de vigência, pelo valor de R$ 120.000,00.

Repare que, neste exemplo, a forma jurídica da transação é uma venda de imóvel de J4M2 para Kaprisma, seguida de um aluguel do mesmo imóvel, agora pertencente à empresa Kaprisma, para a empresa J4M2. Vamos detalhar melhor:

Venda do Imóvel (J4M2 para Kaprisma) = R$ 120.000,00

Aluguel do Imóvel (Kaprisma para J4M2) = R$ 1.200,00 mensais por um ano (R$ 14.400,00 no total)

O contrato de aluguel possuía uma cláusula com a previsão de recompra do imóvel, ao final do prazo de vigência. Repare que o valor final desembolsado pela J4M2, caso efetuasse a recompra, seria de R$ 134.400,00, que corresponde ao valor da recompra do imóvel pela J4M2 (R$ 120.000,00), somado ao valor que foi pago pela J4M2, como aluguel, por um ano de contrato (R$ 14.400,00).

Portanto, qual foi a essência da transação? Vamos lá! O que você acha? A essência da transação é exatamente um empréstimo feito pela Kaprisma com a J4M2.

Veja: Na aquisição do empréstimo, a empresa J4M2 recebeu R$ 120.000,00. Além disso, a empresa J4M2 pagou R$ 1.200,00 de "juros" durante um ano e, no final do período de vigência do "suposto" contrato de aluguel, recomprou o imóvel por R$ 120.000,00. Viu? Esta é a essência da transação.

A classificação em arrendamento mercantil financeiro ou operacional segue a mesma regra, ou seja, depende da essência da transação e não da forma do contrato. Portanto, se empresa tiver os riscos e benefícios inerentes ao ativo, mesmo que não seja de sua propriedade, será caracterizado um arrendamento mercantil financeiro (a propriedade não é essencial).

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Prof. Moraes Junior

Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos (A alternativa "b" está correta).

São exemplos de passivos: títulos a pagar, impostos a recolher, empréstimos a pagar.

Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente resultante de um evento passado.

Exemplo: Compra a prazo de mercadorias para revenda. A empresa possui uma obrigação presente (prestações a pagar) resultante de um evento passado (compra a prazo de mercadorias).

Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em conseqüência de um contrato, por exemplo.

Exemplo: Contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos.

A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras:

- pagamento em dinheiro;

Exemplo: Pagamento de uma conta de telefone em dinheiro. - transferência de outros ativos;

Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresa fabricasse determinado produto. Como a empresa ainda não entregou o produto ao cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa. No momento em que a empresa entregar o produto para o cliente (transferência de ativo - o produto é um ativo da empresa), a obrigação com o cliente se extingue.

- prestação de serviços;

Exemplo: Um cliente deu um adiantamento em dinheiro para que empresa prestasse determinado serviço. Como a empresa ainda não prestou o serviço ao cliente, esse adiantamento de cliente é uma obrigação da empresa. No momento em que a empresa prestar o serviço para o cliente, a obrigação com o cliente se extingue.

- substituição da obrigação por outra; ou

Exemplo: A empresa Linotécnica precisava pagar o aluguel de sua fábrica, mas não possuía dinheiro no momento. Para não atrasar o pagamento do aluguel, a empresa fez um empréstimo bancário, ou seja, trocou uma obrigação (aluguel a pagar) por outra (empréstimo bancário a pagar).

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Prof. Moraes Junior - conversão da obrigação em capital.

Exemplo: A empresa Linotécnica possuía uma obrigação a pagar com o seu principal fornecedor de matéria-prima. Contudo, ela não possuía dinheiro e também não conseguiu fazer um empréstimo bancário. Para resolver a situação a Linotécnica ofereceu uma sociedade para o seu fornecedor em troca da dívida, ou seja, o fornecedor virou sócio da Linotécnica. Portanto, nesse caso, a Linotécnica converteu a obrigação em capital social.

Uma obrigação pode, também, ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia (desistência) do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios. Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Patrimônio Líquido = Ativos - Passivos

Agora, repare a alternativa "c": Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os resultados.

Portanto, o erro está em "todos os resultados". A alternativa "c" está INCORRETA.

GABARITO: C

2.(Fiscal de Rendas-Prefeitura do Rio de Janeiro-2010-Esaf) Assinale abaixo a única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo Histórico.

b) Para obedecer o princípio contábil da prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor passivo.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

e) Existe um princípio contábil chamado "Princípio da Atualização Monetária" que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não o valor original; por isso, não se trata de uma "correção", mas apenas de uma "atualização" dos valores.

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Prof. Moraes Junior Resolução

Vamos analisar as alternativas:

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo Histórico.

De acordo com o artigo 5o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 5° O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Postulado da Continuidade das Entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências em contrário..."

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. De acordo com o Princípio da CONTINUIDADE, o patrimônio da Entidade depende das condições em que, provavelmente, se desenvolverão as operações da Entidade. A suspensão das atividades da Entidade ou a queda de suas operações podem provocar efeitos em determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. 2. A situação-limite na aplicação do Princípio da CONTINUIDADE é aquela em que há a completa cessação das atividades da Entidade. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Não há nenhuma relação do Princípio da Continuidade com o contrato social.

Além disso, de acordo com a Estrutura Conceitual: Pelo pressuposto básico da continuidade presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.

Se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis terão que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.

A Estrutura Conceitual também define que: A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas demonstrações contábeis é o custo histórico.

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Prof. Moraes Junior Mas, professor, o que é o custo histórico?

Custo histórico:

- Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Valor Justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos.

- Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações.

Resumindo, a base de mensuração comumente adotada para a preparação da demonstrações contábeis é o custo histórico. Contudo, se há previsão de descontinuidade, as demonstrações contábeis serão preparadas em base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada. A alternativa está INCORRETA.

b) Para obedecer o princípio contábil da prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor passivo.

De acordo com o artigo 10o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

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Prof. Moraes Junior Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, de forma a conseguir um menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação, está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Essa é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do Patrimônio Líquido.

2. A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo registrados no patrimônio por determinados valores, segundo o Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, surge uma dúvida sobre o valor deles. Havendo mais de uma forma de se calcularem os novos valores, deve-se considerar aquele que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso de passivos.

3. A provisão para créditos de liquidação duvidosa constitui exemplo da aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, tendo em vista que sua constituição determina o ajuste, para menos, de valor decorrente de transações com o mundo exterior, das duplicatas ou de contas a receber. A escolha não está no reconhecimento ou não da provisão, indispensável sempre que houver risco de não recebimento de alguma parcela, mas, sim, no cálculo do seu montante.

4. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

Portanto, pelo Princípio da Prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que representar um menor ativo ou um maior passivo. A alternativa está INCORRETA.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

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Prof. Moraes Junior De acordo com o artigo 9o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 9° O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. A compreensão do Princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. As variações patrimoniais são de duas grandes classes: variações que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido (qualitativas), e variações que modificam o Patrimônio Líquido (quantitativas)

2. A competência é o princípio que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido. Da confrontação entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Líquido (receitas) e das suas diminuições (despesas), surge o conceito de "resultado do período", que será positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário.

3. O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período, ou seja, com o fato gerador das receitas e o fato gerador das despesas.

4. As despesas, na maioria das vezes, representam consumo de ativos, que tanto podem ter sido pagos em períodos passados, no próprio período, ou ainda virem a ser pagos no futuro. De outra parte, não é necessário que o desaparecimento do ativo seja integral, pois muitas vezes o consumo é somente parcial, como no caso das depreciações ou nas perdas de parte do valor de um componente patrimonial do ativo, por aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA. A despesa também pode decorrer do surgimento de uma exigibilidade sem a concomitante geração de um bem ou de um direito, como acontece, por exemplo, nos juros moratórios e nas multas de qualquer natureza. Além disso, o fato gerador de uma despesa pode ocorrer em virtude um perecimento de um direito, como por exemplo, o cancelamento de um título a receber.

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5. Também há despesas que se contrapõem a determinada receita, como é o caso dos custos diretos com vendas, nos quais se incluem comissões, impostos e taxas.

6. A receita é considerada realizada no momento em que há a venda de bens e direitos da Entidade - entendida a palavra "bem" em sentido amplo, incluindo todo tipo de mercadorias, produtos, serviços, inclusive equipamentos e imóveis -, com a transferência da sua propriedade para terceiros, efetuando estes o pagamento em dinheiro ou assumindo compromisso firme de fazê-lo num prazo qualquer.

7. Uma segunda possibilidade de receita é materializada na extinção parcial ou total de uma exigibilidade, como no caso do perdão de multa fiscal, da anistia ou prescrição total ou parcial de uma dívida, da eliminação de passivo pelo desaparecimento do credor, pelo ganho de causa em ação em que se discutia uma dívida ou o seu montante, já devidamente provisionado, ou outras circunstâncias semelhantes.

8. Há uma terceira possibilidade: a de geração de novos ativos sem a interveniência de terceiros, como ocorre correntemente no setor pecuário, quando do nascimento de novos animais. Ou ainda, o surgimento do ativo sem o respectivo passivo, como no caso de recebimento de multas por atraso no pagamento de um título pelo cliente.

9. A última possibilidade está representada na geração de receitas por doações e subvenções recebidas.

Vamos "falar" mais um pouco sobre o princípio da competência, sempre muito cobrado em provas de concursos:

As quatro possibilidades de receitas realizadas e as três possibilidades de despesas incorridas devem estar no "seu sangue" na hora da prova. É importantíssimo saber essas possibilidades. Elas foram retiradas do texto da Resolução CFC no 750/93, com a publicação da Resolução CFC no 1.282/10, mas continuam sendo excelentes exemplos de receitas realizadas e despesas incorridas pelo princípio da competência.

As receitas consideram-se realizadas:

- nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

Exemplo: venda de mercadoria a prazo (o dinheiro ainda não foi recebido, mas a receita considera-se realizada, pelo princípio da competência, no momento da entrega da mercadoria).

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- quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

Exemplo: a empresa possuía um determinado tributo a pagar, mas o governo fez uma remissão, ou seja, não há mais a necessidade pagamento por parte da empresa. Portanto, houve a extinção de um passivo (tributo a pagar) sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.

Repare que, se houvesse o pagamento o tributo, sumiria o passivo (tributo a pagar) e haveria o desaparecimento de um ativo (dinheiro) no mesmo valor. Neste caso, não é receita.

- pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;

Exemplo: nascimento de bezerro em uma empresa de pecuária. Ou seja, não houve a intervenção de ninguém (exceto do boi e da vaca. Risos), mas a empresa ganhou um novo ativo (bezerro).

- no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Exemplo: doação de um terreno, pelo governo de determinada localidade, para que a empresa construa uma fábrica como uma forma de estimular o desenvolvimento da região ou, subvenção de determinado tributo, por um período de tempo, para a empresa se instalar em uma região específica (a empresa pagará uma alíquota diferenciada - menor - daquele tributo).

Consideram-se incorridas as despesas:

- quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;

Exemplo: Na venda de mercadorias para terceiros, há a saída da referida mercadoria do estoque e, com isso, o custo destas mercadorias é uma despesa incorrida no período.

- pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

Exemplo: A legislação permite que determinados bens sejam depreciados ao longo de sua vida útil em virtude de desgaste ou obsolescência. Esta depreciação é uma despesa incorrida no período (o valor econômico do ativo sofre uma redução, pois, é calculado como: Custo de Aquisição - Depreciação Acumulada).

- pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

Exemplo: Ao pagar uma dívida com atraso (após o vencimento), há a incidência de juros e multa, ou seja, surgiram novos passivos sem os ativos correspondentes.

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Resumindo, segundo o Princípio da Competência, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem os seus fatos geradores, independentemente de recebimento ou pagamento. A alternativa está INCORRETA.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

De acordo com o artigo 6o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 6° O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. O Princípio da OPORTUNIDADE exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma Entidade, no momento em que elas ocorrerem.

2. O Princípio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, relativas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.

3. O Princípio da OPORTUNIDADE abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade e a tempestividade, razão pela qual muitos autores preferem denominá-los de Princípio da UNIVERSALIDADE.

4. A integridade diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, isto é, sem qualquer falta ou excesso. 5. A tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no momento em que ocorrerem, mesmo na hipótese de alguma incerteza. 6. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. Por isso, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

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Resumindo, o Princípio da Oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos de forma tempestiva (no momento em que o fato ocorra) e de forma íntegra (pelo seu valor completo). A alternativa está CORRETA.

e) Existe um princípio contábil chamado "Princípio da Atualização Monetária" que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não o valor original; por isso, não se trata de uma "correção", mas apenas de uma "atualização" dos valores.

O Princípio da Atualização Monetária foi revogado pela Resolução CFC no 1.282/10 e agora foi incorporado ao Princípio do Registro pelo Valor Original A alternativa está INCORRETA.

Vamos aproveitar e ver mais esse princípio.

De acordo com o artigo 7o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 7° O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. § 1° As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I - Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da

aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II - Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

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b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2° São resultantes da adoção da atualização monetária:

I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Portanto, temos os seguintes pontos importantes:

1. O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ordena que os componentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à Entidade.

(17)

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2. O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL consagra o uso dos valores monetários decorrentes do consenso entre os agentes econômicos externos e a Entidade contabilmente, outras Entidades -ou da imposição destes.

3. No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com o mundo exterior, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio. Como a doação resulta em aumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.

4. A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do patrimônio e das suas mutações, a fim de se obter a necessária comparabilidade e se possibilitarem agrupamentos de valores.

5. Bases de mensuração: Custo histórico e Variação do custo histórico (Custo corrente, Valor realizável, Valor presente, Valor justo e Atualização monetária).

6. Atualização Monetária: a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo. A atualização monetária não representa nova avaliação.

GABARITO: D

3.(Fiscal de Rendas-Prefeitura do Rio de Janeiro-2010-Esaf) Assinale abaixo a única opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins.

b) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo "a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não".

c) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.

d) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

e) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.

(18)

Prof. Moraes Junior Resolução

Vamos estudar os conceitos:

De acordo com o I Congresso Brasileiro de Contabilistas, de 1924, Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à administração econômica.

Contabilidade é a ciência social que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro dos dados, com a finalidade de oferecer informações sobre sua composição e suas variações. A contabilidade deve ser um instrumento gerencial de tomada de decisão.

A Contabilidade também pode ser conceituada como sendo "a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não" (a alternativa "b" está correta).

O objetivo da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins (a alternativa "a" está correta).

As funções da contabilidade são as de coleta de dados, registro dos dados e elaboração de relatórios e as técnicas utilizadas no trabalho são a escrituração contábil, a elaboração das demonstrações contábeis, a auditoria e a análise das demonstrações contábeis.

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, que corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações referentes à azienda (a alternativa "d" está correta).

Aziendas: são todas as entidades organizadas passíveis de ter um patrimônio (bens, direitos e obrigações), ou seja, são pessoas jurídicas com fins lucrativos, empresas informais, entidades sem fins lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e etc.

Bens: são itens avaliados em moeda capazes de satisfazer às necessidades das entidades, sejam essas pessoas físicas ou jurídicas.

Exemplo: Veículo utilizado na entrega das mercadorias que a entidade revende.

Direitos: são os valores a receber de terceiros, gerados por meio de operações da entidade.

Exemplo: Valores a receber em virtude da venda de mercadorias a prazo para um cliente.

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Obrigações: representam as dívidas que a entidade contrata junto a terceiros.

Exemplo: Valores a pagar em virtude de um empréstimo feito pela entidade em um banco.

Patrimônio: Objeto da contabilidade, formado por bens, direitos e obrigações.

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, inclusive as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias, etc (a alternativa "c" está correta).

Entidades econômico-administrativa: também conhecida como azienda (patrimônio + gestão), são as entidades que possuem patrimônio líquido (pessoas físicas ou jurídicas), com fins lucrativos ou não. São definidas como um patrimônio considerado juntamente com a pessoa que possui poderes de administração e disponibilidade sobre este patrimônio.

- Quanto aos fins a que se destinam as aziendas ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas sociais: aquelas que não visam lucros. São exemplos de aziendas sociais as associações beneficentes, esportivas, culturais, recreativas, etc;

- Aziendas econômico-sociais: são aquelas que, além das finalidades sociais, visam também ao lucro, com o objetivo de prestar serviços, pecúlios, benefícios, às pessoas que contribuíram para sua formação. São exemplos os institutos de pensão, aposentadoria, pecúlio e previdência; e

- Aziendas econômicas: são aquelas cuja finalidade é obter lucros. Nesse tipo de azienda, estão todas as sociedades comerciais, industriais, agrícolas, de serviços, entre outras.

- Quanto aos seus proprietários as aziendas ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas públicas: pertencem à comunidade, mas podem estar sob a administração do poder público ou privado, como os sindicatos, fundações e o próprio Estado; e

- Aziendas particulares: são as propriedades particulares pertencentes a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as sociedades civis ou comerciais ou o próprio patrimônio de uma família.

(20)

Prof. Moraes Junior Finalmente, vamos analisar a alternativa "e":

e) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da Contabilidade, 0 patrimônio é o seu campo de aplicação.

Está invertido. Atenção! O patrimônio é o objeto da Contabilidade e a entidade econômico-administrativa, com ou sem fins lucrativos é o campo de aplicação da Contabilidade. A alternativa está INCORRETA. GABARITO: E

4.(AFRFB-2009-Esaf-Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

b) Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades. c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da prudência.

Resolução

1 - Análise das alternativas (a questão pede a alternativa falsa):

a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

De acordo com o § 1o, art. 1o, da Resolução CFC no 750/93:

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade A alternativa está CORRETA.

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b) Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela dizem respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das Entidades. De acordo com o art. 2o, da Resolução CFC no 750/93:

Art. 2° Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. A alternativa está CORRETA. c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

Aqui a Esaf achou que te enganaria, mas você não pode cair nesta "pegadinha". Ela trocou a palavra "necessidade" por "desnecessidade".

De acordo com o art. 4o, da Resolução CFC no 750/93:

Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. A alternativa está INCORRETA.

d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

De acordo com o parágrafo único, art. 4o, da Resolução CFC no 750/93:

Parágrafo único - O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. A alternativa está CORRETA. Aproveitando, vamos estudar outros conceitos importantes sobre o Princípio da

Entidade:

1. Conceito principal do Princípio da ENTIDADE: autonomia do patrimônio a ela pertencente.

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2. Patrimônio: deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos os outros Patrimônios existentes, pertencendo a uma Entidade, no sentido de sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações. 3. A autonomia tem por corolário o fato de que o patrimônio de uma Entidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus sócios ou proprietários.

4. A autonomia patrimonial apresenta sentido unívoco: o patrimônio pode ser decomposto em partes segundo os mais variados critérios, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Contudo, nenhuma classificação resultará em novas Entidades. Portanto, as divisões ou departamentos de uma Entidade não constituem novas Entidades, pois não possuem o atributo da autonomia. Repare, entretanto, que se uma parte do patrimônio de uma Entidade for transferida para outra unidade, haverá um novo patrimônio autônomo, pertencente a outra Entidade.

5. As somas e agregações de patrimônios de diferentes Entidades não resultam em nova Entidade: as Entidades cujas demonstrações contábeis são consolidadas mantém sua autonomia patrimonial, pois seus Patrimônios permanecem em sua propriedade. Não há transferência de propriedade e, portanto, não pode haver formação de novo patrimônio, que é primeira condição da existência jurídica de uma Entidade. Além disso, a consolidação se refere às demonstrações contábeis, resultando apenas em uma unidade de natureza econômico-contábil.

e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da prudência.

De acordo com o art. 3o, da Resolução no 750/93, do CFC: Art. 3° São Princípios de Contabilidade:

- o da ENTIDADE; - o da CONTINUIDADE; - o da OPORTUNIDADE;

- o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; - o da COMPETÊNCIA; e

- o da PRUDÊNCIA.

A alternativa está CORRETA. GABARITO: C

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5.(Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-Sefaz/SP-2009-Esaf-Adaptada) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.

b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.

c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.

d) Os princípios de contabilidade da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos, segundo os princípios de contabilidade, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações. Resolução

I - Análise das alternativas (a questão pede a alternativa falsa):

a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.

De acordo com o artigo 4o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Ou seja, o conceito importante para a resposta desta alternativa é:

Portanto, pela alternativa, de fato a Entidade não pode ser confundida com seus sócios ou quotistas. A alternativa está CORRETA.

b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.

O patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio de seus sócios.

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Nesta alternativa há um fato interessante, pois o conceito exposto consta da Resolução CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no 29/1986 (Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade), revogada pela Resolução CVM no 539/2008 (Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis), que não citou explicitamente este conceito.

Contudo, apesar de revogada, o conceito continua válido e a Esaf adotou esta postura ao considerar a alternativa analisada como correta.

Vamos aos principais pontos:

Postulado da Continuidade das Entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências em contrário... "

A Contabilidade, entre a vida e a morte, escolhe sempre a primeira. De fato, esta é uma constatação do histórico dos negócios; não existe, a priori, nenhum motivo para julgar que um organismo vivo venha a ter morte súbita ou dentro de curto prazo. Ainda mais, as entidades são organismos que renovam suas células vitais através do processo de reinvestimento.

O Postulado da Continuidade tem outro sentido mais profundo que é o de encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza e gerar valor continuadamente sem interrupções.

Na verdade, o exercício financeiro anual ou semestral é uma ficção determinada pela necessidade de se tomar o pulso do empreendimento de tempos em tempos. Mas as operações produtivas da entidade têm uma continuidade fluidificante: do processo de financiamento ao de estocagem de fatores de produção, passando pelo uso desse no processo produtivo, até a venda que irá financiar novo ciclo e assim por diante.

O conceito importante para a resposta desta alternativa é:

A alternativa está CORRETA.

c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.

Pa ra a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências em contrário.

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Prof. Moraes Junior

Novamente, a alternativa utilizou um conceito exposto da Resolução CVM no 29/1986 (Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade), revogada pela Resolução CVM no 539/2008 (Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis), que, por sua vez, não citou explicitamente este conceito.

Mais uma vez, apesar de revogada, o conceito continua válido e a Esaf adotou esta postura ao considerar a alternativa analisada como correta.

Vamos aos principais pontos:

Enunciado: "...O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante ... "

O conceito importante para a resposta desta alternativa é:

A alternativa está CORRETA.

d) Os princípios de contabilidade da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

De acordo com o parágrafo 1o do artigo 1o da Resolução CFC no 750/93:

§ 1° A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

O conceito importante para a resposta desta alternativa é:

Logo, a alternativa está INCORRETA.

e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante.

Princípios de Contabilidade:

1. Observância obrigatória no exercício da profissão; 2. Condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

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Prof. Moraes Junior De acordo com o artigo 10 da Resolução no 750/93:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A alternativa está CORRETA. GABARITO: D

6.(IRB-Contabilidade-2006-ESAF) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que surjam evidências em contrário,

(a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.

(b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos administrativos.

(c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.

(d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos períodos.

(e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.

Resolução

Postulado da Continuidade das Entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes evidências em contrário... "

O Postulado da Continuidade considera que a entidade é capaz de gerar riqueza de forma continuada (ininterrupta). Logo, a avaliação das mutações patrimoniais, segundo o princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que surjam evidências em contrário, a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.

GABARITO: A

7.(Agente Executivo-Susep-2006-Esaf) O campo de atuação da Contabilidade é a entidade econômico-administrativa, cuja classificação, quanto aos fins a que se destinam, faz-se, corretamente, dividindo-as em

a) pessoas físicas e pessoas jurídicas.

b) entidades abertas e entidades fechadas. c) entidades públicas e entidades privadas. d) entidades civis e entidades comerciais.

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Prof. Moraes Junior Resolução

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, inclusive as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias, etc.

Entidades econômico-administrativa: também conhecida como azienda (patrimônio + gestão), são as entidades que possuem patrimônio líquido (pessoas físicas ou jurídicas), com fins lucrativos ou não. São definidas como um patrimônio considerado juntamente com a pessoa que possui poderes de administração e disponibilidade sobre este patrimônio.

- Quanto aos fins a que se destinam as aziendas ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas sociais: aquelas que não visam lucros. São exemplos de aziendas sociais as associações beneficentes, esportivas, culturais, recreativas, etc;

- Aziendas econômico-sociais: são aquelas que, além das finalidades sociais, visam também ao lucro, com o objetivo de prestar serviços, pecúlios, benefícios, às pessoas que contribuíram para sua formação. São exemplos os institutos de pensão, aposentadoria, pecúlio e previdência; e

- Aziendas econômicas: são aquelas cuja finalidade é obter lucros. Nesse tipo de azienda, estão todas as sociedades comerciais, industriais, agrícolas, de serviços, entre outras.

- Quanto aos seus proprietários as aziendas ou entidades econômico-administrativas classificam-se em:

- Aziendas públicas: pertencem à comunidade, mas podem estar sob a administração do poder público ou privado, como os sindicatos, fundações e o próprio Estado; e

- Aziendas particulares: são as propriedades particulares pertencentes a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, como as sociedades civis ou comerciais ou o próprio patrimônio de uma família.

Respondendo a questão, quanto aos fins a que se destinam, as entidades são:

- sociais;

- econômicas; e - econômico-sociais. GABARITO: E

(28)

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8.(AFRE-ICMS/MG-2005-Esaf-Adaptada) Assinale a opção que contém afirmativa correta sobre princípios de contabilidade.

(a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido.

(b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo. (c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.

(d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

(e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

Resolução

I - Análise das alternativas:

(a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido.

De acordo com o artigo 10o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

Lembre que, para adotar a hipótese de menor patrimônio líquido (menor ativo e maior passivo), a empresa deve ser prudente (princípio da prudência).

Portanto, o correto seria: Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido. A alternativa está INCORRETA.

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Prof. Moraes Junior

(b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.

De acordo com art. 10, da Resolução CFC no 750, de 29/12/1993, esta afirmativa corresponde ao princípio da prudência. A alternativa está INCORRETA.

(c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.

Art. 9° O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Portanto, o correto seria: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da competência. A alternativa está INCORRETA.

(d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

De acordo com o artigo 5o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 5° O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Repare que a observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, porque se relaciona diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado do período.

Exemplo: A empresa J4M2 possui um veículo (bem) utilizado na entrega de mercadorias. Caso a empresa seja fechada (descontinuada), este bem provavelmente será vendido, gerando uma receita do período (valor da alienação do bem) e uma despesa do período (custo do bem apropriado ao resultado). Portanto, o Princípio da Continuidade está relacionado à aplicação do Princípio da Competência.

(30)

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Resumindo, o reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração (princípio da competência) e atende ao princípio da continuidade. A alternativa está INCORRETA.

(e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

De acordo com o artigo 4o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único - O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

A alternativa está CORRETA. GABARITO: E

9.(Analista-Contabilidade-MPU-2004-Esaf) O princípio contábil que reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial é o Princípio

(a) da Entidade. (b) da Prudência.

(c) das Partidas Dobradas. (d) da Continuidade.

(e) da Oportunidade. Resolução

De acordo com o artigo 4o da Resolução CFC no 750/93:

Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por

(31)

Prof. Moraes Junior

conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único - O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Respondendo a questão: O princípio contábil que reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial é o Princípio da Entidade.

GABARITO: A

10.(AFRF-2003-Esaf) Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado está apenas:

(a) cumprindo a sua obrigação profissional.

(b) executando o regime contábil de competência. (c) cumprindo o princípio fundamental da prudência. (d) satisfazendo o princípio fundamental da entidade. (e) seguindo a convenção do conservadorismo.

Resolução

Esta questão retirou conceitos da Resolução CFC no 774, de 16/12/1994, que foi revogada pela Resolução CFC no 1.282, de 02/06/2010. Contudo muitos de seus conceitos ainda podem ser aplicados. Por isso, coloquei esta questão na aula.

A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA - de forma a obter-se o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação - está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da COMPETÊNCIA, quando resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, redutora do Patrimônio Líquido.

A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturados por determinados valores, segundo o Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, surge dúvida sobre a ainda correção deles. Havendo formas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se optar sempre pelo que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso de componentes patrimoniais integrantes do passivo.

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