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SEST - Serviço Social do Transporte SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

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SEST - Serviço Social do Transporte

SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

SEDE: SAUS Quadra 1 - Bloco “J” - Ed. Confederação Nacional do Transporte 12o andar, Brasília - DF 70.070-944 Fone: (61) 3315.7000 Site: www.sestsenat.org.br Todos os direitos reservados ao SEST SENAT. Não é permitido copiar integral ou parcialmente, distribuir, criar obras derivadas ou alterar a obra original, no todo ou em parte.

Segurança no transporte de produtos perigosos. – Brasília: Sest/Senat, 2017.

28 p. : il. – (Palestras)

1. Transporte rodoviário de cargas - Brasil. 2. Produtos perigosos. 3. Segurança nos transportes. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.

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Brasília, 2014

Apresentação

O transporte de produtos perigosos é feito, quase na sua totalidade, pelo sistema rodoviário em nosso país. Produtos perigosos são, na maioria, insumos indispensáveis à industrialização de bens ou produtos necessários à vida moderna.

Embora represente um potencial risco à segurança pública, à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente, se tratado com os devidos cuidados, embalados e manipulados de acordo com as especificações de cada produto, não trazem riscos significativos. Entretanto, se tratados, embalados ou transportados inadequadamente, representam grande potencial de perigo.

A preocupação no transporte desses produtos está vinculada com a segurança, proteção e preservação da saúde e do meio ambiente. Por isso, é necessário estar preparado para obedecer às leis estabelecidas e as normas de segurança, e desenvolver um comportamento preventivo.

Esta cartilha visa orientar sobre a segurança no transporte de produtos perigosos, apresentar informações básicas sobre a simbologia, sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), equipamentos para situações de emergência, entre outros, e explicar como agir em caso de acidentes.

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O que você

vai encontrar

nesta cartilha:

Apresentação ... 5

Elementos Básicos da Legislação ...8

Responsabilidades do Pessoal Envolvido no Transporte ...14

Comportamento Preventivo ...17

Documentos Exigidos Para o Transporte de Produtos Perigosos ...18

Sinalização Específica ...20

Cuidados do Condutor ...22

Transporte de Alimentos X Produtos Perigosos ...24

Para Relembrar! ...26

(8)

Elementos Básicos da Legislação

O que são produtos perigosos?

São substâncias ou artigos que representam riscos para a vida, para a segurança pública, para o patrimônio ou para o meio ambiente. Conforme o art. 1º do Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos aprovado pelo Decreto 96.044/88: “O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, fica submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos neste Regulamento e nas suas instruções complementares, sem prejuízo do disposto nas normas específicas de cada produto”.

Classificação dos produtos perigosos

Os produtos perigosos estão agrupados em nove classes de risco principais, e algumas dessas classes são subdivididas em subclasses, identificadas por painéis de segurança e rótulos de risco, de acordo com a legislação brasileira – Decreto nº 96.044/88, Resoluções 5232/16 e 3.665/11 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e suas alterações e Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

(9)

Classe 1: Explosivos

Subclasses Exemplo

Subclasse 1.1: Substâncias e artigos com risco de

explosão em massa Pólvora.

Subclasse 1.2: Substâncias e artigos com risco de

projeção, mas sem risco de explosão em massa. Munição. Subclasse 1.3: Substâncias e artigos com risco de fogo

e com pequeno risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa.

Foguete, com carga ejetora. Subclasse 1.4: Substâncias e artigos que não

apresentam risco signifi cativo.

Fogos de artifício. Subclasse 1.5: Substâncias muito insensíveis, com

risco de explosão em massa.

Explosivo de demolição. Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensíveis,

sem risco de explosão em massa.

Explosivos extremamente

insensíveis.

Classe 2: Gases

Subclasses Exemplo

Subclasse 2.1: Gases infl amáveis GLP

Subclasse 2.2: Gases não infl amáveis (não tóxicos) Nitrogênio Subclasse 2.3: Gases tóxicos Amônia anidra

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Classe 3: Líquidos Infl amáveis

Classe Exemplo

Classe 3: Líquidos Infl amáveis Gasolina

Classe 4: Sólidos infl amáveis; substâncias sujeitas à

combustão espontânea; substâncias que, em contato

com água, emitem gases infl amáveis

Subclasses Exemplo

Subclasse 4.1: Sólidos infl amáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos

insensibilizados.

Enxofre Subclasse 4.2: Substâncias sujeitas à combustão

espontânea. Carvão

Subclasse 4.3: Substâncias que, em contato com

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Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos

Subclasses Exemplo

Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes. Nitrato de amônio Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos. Peróxidos

Classe 6: Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes

Subclasses Exemplo

Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas. Mercúrio Subclasse 6.2: Substâncias infectantes. Lixo hospitalar

Classe 7: Material Radioativo

Classes Exemplo

Classe 7: Material Radioativo. Urânio

Classe 7E: Material Físsil. Plutônio

(12)

Classe 8: Substâncias Corrosivas

Classes Exemplo

Classe 8: Substâncias Corrosivas. Ácido sulfúrico

Classe 9: Artigos Perigosos Diversos e Substâncias que

apresentam risco para o meio ambiente.

Classes Exemplo

Classe 9: Substâncias e Artigos Perigosos Diversos.

Dióxido de carbono sólido (gelo seco) Classe 9: Substâncias e Artigos Perigosos

Diversos.

Dióxido de carbono sólido (gelo seco)

Legislação

No Brasil, a legislação para transporte de cargas de produtos perigosos segue as regras normativas mundiais determinadas pela Organização das Nações Unidas – ONU.

Cada produto perigoso possui um número chamado de “Número ONU”. Existem atualmente 3.534 números ONU defi nidos pela legislação.

(13)

A normatização tem como objetivo padronizar as simbologias de classes de riscos, e de subclasses, em todos os países para o Transporte de Produtos Perigosos.

De acordo com essas normativas mundiais os veículos brasileiros podem circular por países que fazem fronteira com o Brasil seguindo as mesmas recomendações adotadas no país. Estas mesmas regras são utilizadas para contêiner de cargas utilizado em transporte marítimo. Cabe à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT a responsabilidade de cumprir as determinações da ONU para os transportes de produtos perigosos e divulgá-las por meio de instruções normativas, descritas na Resolução ANTT 5232/16, conforme estabelece o Decreto 96.044/88 e seu regulamento atualizado pela Resolução ANTT 3665/11.

A legislação vigente no Brasil é composta por:

ƒ Decreto 96044/88 – Regulamentação do Transporte de Produtos Perigosos (RTPP);

ƒ Decreto 1.797/96 – Acordo para facilitação dos transportes de produtos perigosos no Mercosul;

ƒ Decreto 2.866/98 – Protocolo adicional ao Decreto 1.797/96;

ƒ Resolução nº 168/04 do CONTRAN – Estabelece normas e procedimentos para formação de veículos automotores elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação especializados, de reciclagem e dá outras providências;

ƒ R105 – Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados – Exército;

ƒ Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): ABNT NBR 10271, ABNT NBR 7500, ABNT NBR 14619, ABNT NBR 7503, ABNT NBR 9735;

(14)

ƒ Resolução nº 3.665/11 da ANTT e suas alterações.

ƒ Normas CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear) para o Transporte de Materiais Radioativos;

ƒ Regulamentos Técnicos – Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - INMETRO;

ƒ Portarias Estaduais – Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN);

ƒ Legislações Municipais – Prefeitura Municipal;

ƒ Lei 9605/1988 – Lei de Crimes Ambientais.

! ATENÇÃO

Procure sempre compreender a legislação para evitar ações que causem riscos. Na dúvida, procure ajuda especializada.

Responsabilidades do Pessoal Envolvido

no Transporte

O Regulamento de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos define procedimentos, obrigações e responsabilidades de todos os envolvidos na operação do transporte, cabendo a cada um cumprir com suas obrigações. Ao fabricante ou importador do produto cabe:

ƒ Fornecer as informações sobre cuidados a serem tomados no transporte, acondicionamento e manuseio do produto; ƒ Preenchimento da Ficha de Emergência; ƒ Preenchimento do Envelope para Transporte;

(15)

Ao expedidor cabe:

ƒ Exigir do transportador o uso de veículos e equipamentos em boas condições técnicas e operacionais, e adequados para a carga;

ƒ Acondicionar o produto de acordo com as especificações do fabricante;

ƒ Adotar medidas para preservar o carregamento;

ƒ Exigir do transportador a correta utilização dos rótulos de risco e painéis de segurança relativo aos produtos;

ƒ Embalar, rotular e etiquetar os produtos;

ƒ Fornecer os elementos de identificação para sinalização do veículo: rótulos de risco e painéis de segurança, informando ao motorista as características do produto e os riscos que oferece;

ƒ Fornecer todos os documentos de transporte, inclusive a ficha de emergência e o envelope para o transporte;

ƒ Fornecer ao transportador que não possuir: os conjuntos de EPIs e os conjuntos de equipamentos para situações de emergência;

ƒ Orientar e treinar o pessoal de carga para executar a operação. Ao transportador compete:

ƒ Assumir a responsabilidade de expedidor quando efetuar operações de redespacho;

ƒ Portar no veículo o conjunto de equipamentos para situações de emergência e os EPIs em bom estado de conservação e de acordo com as normas;

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ƒ Responsabilizar-se juntamente com o embarcador, no caso de aceitar para transporte, produtos perigosos com embalagem violada, deteriorada, e em mau estado de conservação;

ƒ Dar manutenção aos veículos, equipamentos e utilizá-los corretamente;

ƒ Proporcionar o treinamento específico obrigatório (Curso de Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos) aos motoristas;

ƒ Providenciar a correta arrumação da carga;

ƒ Solicitar ao expedidor a documentação referente à carga (nota

fiscal, declaração de responsabilidade e demais informações exigidas pela legislação, ficha de emergência e envelope para transporte).

Ao destinatário cabe:

ƒ Executar as operações de descarga;

ƒ Orientar e treinar o pessoal empregado na área para a correta descarga.

Ao Ministério dos Transportes e outras autoridades de áreas sob sua jurisdição compete:

ƒ Fiscalizar as operações de transporte ao longo das vias no que se refere ao cumprimento da legislação do transporte, toda a documentação exigida, equipamentos para situações de emergência, EPI’s, sinalização do veículo, equipamentos e embalagens, acondicionamento/estiva da carga, estado de conservação do veículo/equipamento, entre outros itens dos produtos perigosos;

(17)

Comportamento Preventivo

Acidentes com produtos perigosos afetam o transportador e podem gerar graves consequências para o meio ambiente e para os demais usuários das estradas ou até para as cidades próximas a elas. Todo o transporte de produtos perigosos precisa de cuidados especiais. Por isso, o transportador deve:

ƒ Conhecer as normas mínimas de procedimentos quanto às embalagens, armazenagem, arrumação, carregamento, descarregamento e transporte dos

produtos perigosos;

ƒ Utilizar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os Equipamentos para Situações de Emergência (ESEs);

ƒ Ler atentamente a ficha de emergência e o envelope para transporte, esclarecendo as dúvidas com o responsável pelo carregamento, antes de iniciar a operação.

Equipamentos para Situações de Emergência – ESEs

(sinalização, isolamento e pequenas contenções)

Durante o translado do produto, o transportador deve portar de um conjunto de itens para uso em situações de emergência, conhecidos por ESEs (Equipamentos para Situação de Emergência). Estes equipamentos serão usados para sinalização do veículo quando parado, isolamento da área e pequenas contenções quando ocorrer alguma perda de produto.

Estes equipamentos serão usados pelo condutor do veículo e pelo ajudante em caso de acidentes do veículo de transporte ou em avaria na carga.

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Equipamentos de Proteção Individual – EPIs

Os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs variam de acordo com o produto perigoso transportado e devem estar higienizados, livres de contaminação e acondicionados no interior da cabine da unidade de transporte.

Os EPIs só devem ser utilizados pelo motorista e pelos ajudantes em caso de emergência e estritamente para avaliação da cena, sinalização da área e fuga, verificando as ações iniciais

constantes na ficha de emergência e/ou envelope para transporte. A descrição do conjunto de EPIs do motorista e do ajudante, se houver, está especificada na ABNT NBR 9735. Os EPIs para a Equipe de Atendimento à Emergência estão especificados na Ficha de Emergência fornecida pelo expedidor.

De acordo com a NBR 9735, os EPI’s são classificados em 11 grupos, conforme o produto transportado, sendo que o EPI básico é composto de luvas e capacete adequado ao(s) produto(s) transportado(s). É necessário conferir a NBR 9735 para verificar à qual grupo pertence o produto a ser transportado.

Documentos Exigidos Para o Transporte

de Produtos Perigosos

Documentos relativos aos produtos

São necessários os seguintes documentos no transporte de produtos perigosos:

(19)

outro documento que acompanhe a expedição que contenha as informações exigidas pela resolução 5232/16 ANTT, número ONU, nome apropriado, classe, subclasse, grupo de embalagens etc., e a declaração de responsabilidade do expedidor;

ƒ Ficha de Emergência e Envelope para Transporte;

ƒ Certificado de Inspeção Veicular - CIV e Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos perigosos – CIPP, no caso de transportes de produtos perigosos a granel;

ƒ Guia de tráfego do Ministério do Exército, para o transporte de produtos controlados pelo Exército;

ƒ Autorização, Declaração do Expedidor de Materiais Radioativos e Ficha de Monitoração de Carga do Veículo Rodoviário para o transporte de materiais radioativos.

Documentos relativos ao motorista

ƒ Carteira Nacional de Habilitação – CNH, compatível com a categoria do veículo;

ƒ O condutor deve ser maior de 21 anos (Art. 145 CTB);

ƒ Curso de Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos, registrado na CNH, em

campo específico. O curso é previsto no Art. 22 do RTPP e na Resolução 168/04 do CONTRAN, e é ministrado pelo SEST SENAT. Para se informar sobre o programa de treinamento, consulte a Unidade mais próxima.

Lembre-se:

A Lei do Descanso, como é conhecida a Lei Nº 13.103 de 02/03/2015 tem por objetivo regulamentar o exercício das atividades do motorista profissional. A fiscalização exigirá documentação que comprove a jornada de trabalho e descanso do motorista profissional.

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e comprovada por meio de anotação em diário de bordo, fi cha de trabalho externo, papeleta, aparelhos eletrônicos instalados no veículo (tacógrafo), ou outro meio autêntico.

Sinalização Específi ca

Os produtos perigosos são sinalizados com rótulos de risco e painéis de segurança padronizados pela NBR 7500 – ABNT, com o objetivo de torná-los facilmente reconhecíveis a distância e permitir a identifi cação rápida dos riscos que o produto oferece durante o carregamento e transporte.

Localização do rótulo de risco

Rótulo de risco é a sinalização utilizada a fi m de visualizar e distinguir a classe e/ ou subclasse de risco a que o produto pertence. O rótulo de risco é usado tanto nas embalagens dos produtos perigosos, como no veículo e equipamento. Os rótulos de risco devem ser fi xados em quatro posições — na dianteira e na traseira do conjunto do lado esquerdo, e em suas laterais do centro para trás — não podendo sua visualização ser obstruída pela estrutura do veículo ou outros objetos. Devem ser retirados do veículo somente após sua completa limpeza e descontaminação, ou no caso de transporte fracionado (caixas, tambores, entre outros) após seu descarregamento.

Exemplos de disposição do rótulo de risco e do painel

de segurança no veículo

Exemplo de Transporte de Carga a Granel de um único produto perigoso, na mesma unidade de transporte.

60 2609 60 2609 60 2609

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Painel de segurança

É a simbologia utilizada para identificar os riscos do produto perigoso em caso de emergência. Consiste de um retângulo de cor laranja podendo ou não apresentar inscrições. Quando apresentar inscrições numéricas, essas significam:

ƒ Número inferior (identifica o produto pelo nº ONU);

ƒ Número superior (número de risco: identifica os riscos apresentados pelo produto).

63

2783

Painel de segurança

Ex.: produto tóxico e inflável (risco subsidiário)

Número de risco O 2º algarismo representa o risco subsidiário Número da ONU

O número de risco (parte superior) contém dois ou três algarismos que identificam a natureza e a intensidade do risco. De um modo geral, os algarismos e letras que o compõem indicam o seguinte (Res. 5232/16 da ANTT):

2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química 3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a autoaquecimento 4 Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a autoaquecimento 5 Efeito oxidante (intensifica o fogo)

6 Toxicidade ou risco de infecção 7 Radioatividade

8 Corrosividade

9 Risco de violenta reação espontânea

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A repetição de um número indica, em geral, um aumento da intensidade daquele risco específico. Quando um risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por um único algarismo, este será seguido por zero.

O painel de segurança sem inscrição numérica só deverá ser utilizado quando houver mais de um produto perigoso na mesma unidade de transporte com nº ONU diferente.

O painel de segurança deve ser fixado no veículo em quatro posições (na dianteira e na traseira do conjunto do lado esquerdo, e em suas laterais, do centro para trás) e só poderá ser retirado após sua completa limpeza e descontaminação.

Cuidados do Condutor

Antes do transporte:

ƒ Verifique o estado geral do veículo: motor, chassis, direção, freios, sistema de iluminação e de sinalização, carroceria, tanque, pneus, etc.;

ƒ Confira os EPIs e os ESEs;

ƒ Verifique se a documentação pessoal, do veículo e da carga estão em ordem;

ƒ Leia com atenção as informações contidas na Ficha de Emergência e no Envelope para Transporte, eliminando as dúvidas surgidas, lembrando que os EPIs descritos na Ficha de Emergência são somente para uso da Equipe de Atendimento à Emergência;

ƒ Verifique se está de posse do CIPP (Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos) e o CIV (Certificado de Inspeção Veicular), no caso de transporte a granel.

Durante o transporte:

ƒ Não parar próximo a chamas ou queimadas;

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ƒ Não estacionar a menos de 100 metros de pontes, viadutos, habitações ou locais de trabalho;

ƒ Verificar as condições dos pneus, a cada 100 Km, ou a cada 2 horas, observando

a conservação das bandas de rodagem, desgaste, trincas, perfurações, ocorrência de vazamentos, situações da calibragem e ocorrência de superaquecimento;

ƒ Verificar a temperatura do tanque e se há vazamento no tanque ou nas tubulações;

ƒ Evitar, sempre que possível, passar por dentro das cidades, em áreas de mananciais ou de preservação ambiental;

ƒ Trafegar sempre na rota pré-determinada e não usar caminhos alternativos;

ƒ Não dirigir cansado ou sob o efeito de drogas ou álcool, e atender o disposto na Lei do Descanso (Lei Nº 13.103- 02/03/15) ;

ƒ Ultrapassar sempre com segurança e não ter pressa;

ƒ Lembrar que a sua velocidade máxima de segurança é de 60 Km/h;

ƒ Estar sempre atento (dessa forma poderá prever algumas possibilidades de acidentes).

Importante:

Em caso de emergência (acidente, incidente, derrame ou vazamento):

ƒ Avise o Corpo de Bombeiros (193) e a Polícia Rodoviária Federal (191);

ƒ Avise os demais contatos indicados na Ficha de Emergência e no Envelope para Transporte;

ƒ Atenda as recomendações da Ficha de Emergência e do Envelope para transporte;

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ƒ Não fume;

ƒ Use equipamentos elétricos à prova de explosão e ferramentas à prova de faíscas, no caso de transporte de inflamáveis ou explosivos;

ƒ Utilize os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e procure uma posição favorável, com o auxilio do vento, para não absorver possíveis gases;

ƒ Evite qualquer fonte de ignição numa área mínima de 150 metros de raio em torno do veículo e no caso de gases, triplique a distância;

ƒ Posicione o veículo de maneira que os ventos soprem em sentido contrário ao das povoações;

ƒ Entregue a(s) Ficha(s) de Emergência aos socorros públicos assim que chegarem;

ƒ Em caso de princípio de incêndio, use os EPIs e o extintor para carga. Se a carga do extintor não for suficiente ou o fogo fugir do controle, afaste-se a uma distância segura e avise as autoridades com urgência.

ƒ Comunique ao Sistema Nacional de Emergências Ambientais - SIEMA, gerenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.

Transporte de Alimentos X Produtos Perigosos

Produtos alimentícios e produtos perigosos não podem ser armazenados em um mesmo espaço e nem transportados juntos no mesmo veículo, porque pode haver contaminação. Mesmo que sejam transportados em viagens diferentes, mas usando a mesma embalagem ou tanque, também pode haver contaminação.

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Isto pode ser observado, por exemplo, em postos de venda de combustíveis dos quais exalam odores fortes dos produtos, mesmo que estejam fechados em tanques, pois os vapores são desprendidos e podem contaminar outros produtos que estejam próximos.

Caso um frasco de água mineral seja deixado perto de uma bomba de combustível, em poucas horas o gosto estará alterado. O mesmo efeito ocorre quando são abertos tanques vazios onde houve armazenamento de combustível e que depois de tempos ainda exalam o cheiro do produto. Este efeito é explicado pela presença de partículas dos combustíveis que ficam retidos nos poros dos metais dos tanques e que ali permaneceram por muito tempo.

Além dos cheiros fortes que exalam, produtos perigosos possuem substâncias, tais como metais pesados e outros produtos químicos, que podem provocar doenças em seres humanos. A inalação ou absorção destes elementos podem provocar sérios danos à saúde e muitas vezes provocam perdas na qualidade de vida das pessoas contaminadas. Desta forma, é imprescindível que o

transportador tenha consciência de que nunca mais poderá transportar e armazenar produtos alimentícios no mesmo espaço (embalagem, contêiner ou mesmo tanque) em que foi transportada uma carga perigosa, pois

não existe uma técnica de descontaminação conhecida que consiga eliminar todo o resíduo de produtos perigosos no equipamento de transporte.

Também representa perigo o armazenamento e transporte de diferentes produtos perigosos em uma mesma viagem, ou mesmo tipos diferentes de produtos perigosos sendo transportado no mesmo tanque em viagens distintas. Existe perigo devido a reações químicas que podem ocorrer com resíduos de produtos de viagens passadas com os produtos da viagem atual.

As penas aplicadas aos infratores nestes casos são severas, mas o principal objetivo destas leis é conscientizar os transportadores que

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são responsáveis pelos produtos que transportam e que têm obrigação de zelar pela segurança da sociedade.

Portanto, é proibido:

ƒ Transportar produtos para uso ou consumo humano ou animal em equipamentos de transporte destinados ao transporte de produtos perigosos a granel (tanques, caçambas, silo, entre outros);

ƒ Transportar produtos perigosos junto com alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados a uso ou consumo humano ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas ao mesmo fim;

ƒ Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo humano ou

animal em embalagens que tenham contido produtos perigosos;

ƒ Transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de transporte.

Para Relembrar!

O transportador de produtos perigosos deve ter ciência dos perigos que este tipo de carga oferece à sociedade e ao meio ambiente e das suas atribuições para minimizar possíveis problemas.

Realizar a manutenção correta e periódica do veículo, evitar a fadiga durante as viagens, dirigir de forma defensiva, ter cuidados com as embalagens dos produtos e atenção redobrada nas operações de transbordos e cargas/descargas dos produtos, são atitudes essenciais do condutor e das pessoas envolvidas para que o transporte de cargas perigosas transcorra sem problemas.

Além destes procedimentos existe a obrigatoriedade de o condutor ter certificações para este tipo de transporte, bem como o uso do conjunto de equipamentos específicos e o porte e a apresentação aos órgãos competentes dos documentos que devem acompanhar o veículo e a carga durante o transporte.

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É necessário, também, que o condutor tenha consciência dos possíveis danos que podem ocorrer se durante a operação de transporte de carga perigosa os devidos cuidados não forem tomados. Um condutor profissional deve seguir todos os procedimentos, não por causa das punições, mas por entender a importância das normas.

O SEST/SENAT oferece curso especializado para os motoristas de veículos de transportes de cargas perigosas, bem como cursos de capacitação que proporcionam melhores conhecimentos aos condutores profissionais que transportam cargas pelo Brasil.

Referências Bibliográficas

ABIQUIM, Departamento Técnico, Comissão de Transportes. Manual de Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos - 4a ed. São Paulo:2002.

Acidentes com Motoristas no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em: http://www.vias-seguras.com/content/ download/1531/8456/file/acidentes%20com%20motoristas%20 produtos%20perigosos.pdf <acesso em (05/08/2015)>

Decreto-Lei Nº 2.063 (6/10/83): Dispõe sobre a regulamentação do transporte de Produtos Perigosos.

Decreto Nº 4.097 (23/1/02): Altera a redação de arts. do Decreto Nº 96.044. Disponível em: http://www.crq4.org.br/quimicaviva_produtos_ perigosos, acesso em 08/05/2015

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Decreto Nº 96.044 (18/5/88): Aprova o regulamento do transporte rodoviário de produtos perigosos.

Instruções para Fiscalização de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional. Disponível em: http://www.vias-seguras.com/content/download/2188/11655/file/IPR%20Fiscaliz%20 transp%20Produtos%20perigosos.pdf <acesso em (08/05/2015)> Lei nº 13.103 de 2 de março de 2015. Diário Oficial de 03/03/2015 (nº 41, Seção 1, pág. 01)

Manual para Transporte de Produtos Perigosos na Indústria de Tintas e Vernizes. Disponível em: http://www.vias-seguras.com/ content/download/2865/14951/file/Manual%20transporte%20tintas. pdf <acesso em (08/05/2015)>

Manual de Transporte Fracionado e a Granel de Produto Perigoso – Associquim / Sincoquim, Novembro/2002.

Programa de Gerenciamento de Risco para Administradores de Rodovias para Transporte de Produtos Perigosos. Disponível em http://www.vias-seguras.com/content/download/2863/14943/file/gerenciamento%20 risco%20tr%20prod%20perigosos.pdf <acesso em: 08/05/2015)>

Resolução ANTT 5232/2016. Classificação dos Produtos Perigosos. Disponível em: http://www.sbpc.org.br/upload/ conteudo/320110405154556.pdf, acesso em 19/05/2015.

Resolução ANTT 3.665/11. Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos – RTPP. Disponível em: http://www.trpp.com.br/ publicacoes/3665.pdf, acesso em 19/05/2015.

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