A organização da Assistência de
Enfermagem Perioperatória
ERG 0339 - Cuidado Integral ao Adulto e Idoso no
Perioperatório
Profa. Dra. Rosana A Spadoti Dantas
2018
Enfermagem perioperatória é uma
terminologia abrangente que engloba
as três fases da experiência cirúrgica:
Período perioperatório
Pré-operatório mediato
: desde o momento
que o paciente recebe a notícia de que
será submetido à cirurgia até as 24 horas
que antecedem a cirurgia
Pré-operatório imediato:
compreende as
24 horas que antecedem a cirurgia
Carvalho R, Bianchi ERF. Enfermagem em centro cirúrgico e reabilitação. Manole, 2016
Período perioperatório
Transoperatório
: desde o momento que o
paciente é recebido na unidade do centro
cirúrgico até a sua saída da sala de
cirurgia.
Intra-operatório:
abrange do início ao
término do procedimento
anestésico-cirúrgico (está inserido no transoperatório)
Carvalho R, Bianchi ERF. Enfermagem em centro cirúrgico e reabilitação. Manole, 2016
Período perioperatório
Pós-operatório imediato
: compreende as
primeiras 24 horas após o procedimento
anestésico-cirúrgico, incluindo o tempo de
permanência na sala de recuperação
Pós-operatório mediato:
envolve o período
após as 24 horas iniciais e é comumente
descrito como 1°, 2°, 3°…dias de
pós-operatório.
Carvalho R, Bianchi ERF. Enfermagem em centro cirúrgico e reabilitação. Manole, 2016
A organização da Assistência de
Enfermagem Perioperatória
Coleta de dados
Investigação dos dados do
paciente cirúrgico
Adaptado de: ALFARO-LEFEVRE, R Applying nursing process - promoting collaborative care Philadelphia: Lippincott, 2002.
Exemplo: Modelo de Horta, 1979
Necessidades psicobiológicas
Oxigenação
Circulação
Necessidades psicossociais
Segurança
Autoestima
Necessidades psicoespirituais
Apoio religioso
EXEMPLO
INSTRUMENTO DE COLETA DE
DADOS FUNDAMENTADO NO
Dados Recepção no CC Sala de operação (SO) Encaminhamento para SER (término da cirurgia) Respiração espontânea Respiração assistida FR mov./min. Entubação (naso/orotraqueal) Cateter / máscara de O2 (1/min.) Sat O2 Aspiração do tubo (aspecto da secreção) Extubado
NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
NECESSIDADE DE OXIGENAÇÃODados Recepção no CC Sala de operação (SO) Encaminhamento para SER (término da cirurgia) FC bpm 86 8 h: 86 9 h: 70 10:30 h: 72 10:45 h: 70 69 PA mmHg 160 x 83 8 h: 145 x 91 9 h: 96 x 51 10:30 h: 129 x 67 10:45 h: 109 x 63 100 x 65 Soluções endovenosos (tipo/local) Soro glicofisiológico 1000 ml, acesso dorso da mão esquerda
Ringer com Lactato, acesso dorso da mão esquerda
Ringer com Lactato, acesso dorso da mão esquerda
NECESSIDADE DE CIRCULAÇÃO
NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
Acesso venoso periférico (tipo/localização): Acesso venoso central (localização):
Diagnóstico
Determina os problemas que
devem ser centrados no paciente
cirúrgico focando o momento
operatório em que se encontra
Adaptado de: ALFARO-LEFEVRE, R Applying nursing process - promoting collaborative care Philadelphia: Lippincott, 2002.
A COLETA DE DADOS DEVERÁ TER UM FOCO
Exemplo:
O que pode significar um aumento na frequência
cardíaca no período pré-operatório?
- Paciente está sendo preparado para uma cirurgia
- Relata receio de passar por essa experiência que é nova
para ele.
- Relata medo de morrer durante o procedimento
A COLETA DE DADOS DEVERÁ TER UM FOCO
Exemplo:
O que pode significar um aumento na frequência
cardíaca no período pós-operatório imediato?
- Paciente foi submetido a procedimentos dolorosos (incisão
cirúrgica, punções, posicionamento,...)
- O efeito dos analgésicos administrados durante a cirurgia
está diminuindo.
Nós temos tendência para perceber
aquilo que estamos esperando
Nós temos tendência para observar as coisas a partir
de uma única perspectiva; é difícil olhar a mesma
Na implementação do processo de enfermagem para a
organização
da
assistência
de
enfermagem
no
perioperatório é importante considerar que, em cada uma
das três fases da experiência cirúrgica, a assistência de
enfermagem
tem
objetivos
específicos,
embora
relacionados.
Quais são as pistas observadas em
cada período?
Atenção: O paciente é o mesmo, mas as suas
necessidades
mudam
ao
longo
do
perioperatório.
Assim, as PRIORIDADES do cuidado também
mudam.
Exemplo de estudo de caso envolvendo os diferentes
períodos do perioperatório
Unidade de internação
Sala cirúrgica
Exemplo de estudo de caso envolvendo os diferentes
períodos do perioperatório
Pré e pós-operatório
mediato Intra-operatório
Pré-operatório
Estudo de caso (Pré-operatório)
Sr. H. A., sexo masculino, 76 anos, de aspecto frágil
(IMC
atual < 18,5 Kg/m
2). Diagnóstico médico de litíase biliar.
Tem DPOC e IC congestiva.
É
fumante há mais de 40 anos e
foi internado ontem no
final do dia, na enfermaria da gastrocirurgia
.
Relatou ao enfermeiro
que não estava sentindo-se bem
pois nunca havia sido internado e nem submetido à cirurgia
prévia.
Estudo de caso (Pré-operatório)
Salientou que na última consulta o médico havia
lhe
informado muitas coisas, mas que não tinha entendido as
explicações.
Ao ser indagado sobre as informações recebidas, ele não
conseguiu se lembrar do que havia sido abordado durante a
sua consulta.
Não tem conseguido dormir nos últimos dias, acordando
várias vezes durante a noite.
Estava preocupado por não saber sobre a sua doença e
como será a anestesia e a cirurgia.
Fonte: Google
Quais são os dados da história do
paciente H.A. que devem ser
considerados no planejamento da
Assistência de Enfermagem, no período
pré-operatório?
Estudo de caso (Pré-operatório)
Sr. H. A., sexo masculino,
76 anos, de aspecto frágil (IMC atual <
18,5 Kg/m
2). Diagnóstico médico de litíase biliar. Tem DPOC e IC
congestiva.
É fumante há mais de 40 anos e foi internado ontem no final do dia,
na enfermaria da gastrocirurgia.
Relatou ao enfermeiro que não estava sentindo-se bem pois nunca
Estudo de caso (Pré-operatório)
Salientou que na última consulta o médico havia lhe informado muitas
coisas, mas que não tinha entendido as explicações.
Ao ser indagado sobre as informações recebida, ele não conseguiu se
lembrar do que havia sido abordado durante a sua consulta. Não tem
conseguido dormir nos últimos dias, acordando várias vezes durante
a noite. Estava preocupado por não saber sobre a sua doença e
Quais são os diagnósticos de
enfermagem prioritários para este
período considerando estas pistas?
Conhecimento deficiente relacionado à falta de capacidade
de recordar e falta de familiaridade com os recursos de
informação
(primeira
internação),
manifestado
por
verbalização do problema.
Ansiedade relacionada à mudança no estado de saúde
(...preocupado em saber sobre sua doença e quando iria
operar),
manifestada
por
preocupação
e
atenção
prejudicada (nem se lembrava do que o médico havia
falado).
Intra-operatório
Estudo de caso (Intra-operatório)
O Sr. H. A. chegou à SO às 8 horas e já estava sonolento devido ao efeito
do pré-anestésico (Midazolan) ministrado na punção venosa periférica de
membro superior direito.
FR= 16 mov/min; PA= 115 x 75 mm Hg; TC= 36,6 oC;FC=75 bpm.
As 8:15 h foi realizada anestesia geral e entubação orotraqueal pelo
anestesiologista. Paciente classificado como ASA 3.
Realizada pela enfermeira a sondagem vesical de demora após antissepsia
da região com clorexidina tópica. Drenado 100 ml de urina.
Antissepsia da região a ser operada foi feita com solução alcoólica de
Clorexidina.
A placa dispersiva do bisturi elétrico foi posicionada na face lateral externa
da coxa esquerda.
Estudo de caso (Intra-operatório)
A cirurgia proposta (colecistectomia videolaparoscópica) iniciou-se às 8:30 horas, tendo o paciente permanecido em decúbito dorsal, com os membros superiores abertos, fixados com faixa crepe e sobre os respectivos suportes.
As 11:50 horas ocorreu o termino do procedimento cirúrgico. Cirurgia realizada colecistectomia por via aberta.
Instalado dreno tipo Hemovac na loja operatória e feito curativo oclusivo sobre a incisão cirúrgica.
As 12 h ocorreu a reversão da anestesia e retirada do tubo orotraqueal.
As 12:10 h o paciente foi encaminhado para a SRPA, acompanhado do anestesista e circulante de sala. Estava respondendo a estímulos verbais, com respiração espontânea, sonda vesical clampada e recebendo solução de Ringer com Lactato na punção venosa.
Sinais vitais no SRPA: FR= 12 mov/min; PA= 125 x 70 mm Hg; Tax= 35,2oC; FC=85
Fonte: Google
Quais são os dados da história do
paciente H.A. que devem ser
considerados no planejamento da
Assistência de Enfermagem, no período
intraoperatório?
Estudo de caso (Intra-operatório)
O Sr. H. A. chegou à SO às 8 horas e já estava sonolento devido ao efeito
do pré-anestésico (Midazolan) ministrado na punção venosa periférica de
membro superior direito.
FR= 16 mov/min; PA= 115 x 75 mm Hg; TC= 36,6 oC;FC=75 bpm.
As 8:15 h foi realizada anestesia geral e entubação orotraqueal pelo
anestesiologista. Paciente classificado como ASA 3.
Realizada pela enfermeira a sondagem vesical de demora após
antissepsia da região com clorexidina tópica. Drenado 100 ml de urina.
Antissepsia da região a ser operada foi feita com solução alcoólica de
Clorexidina.
A placa dispersiva do bisturi elétrico foi posicionada na face lateral
externa da coxa esquerda.
Estudo de caso (Intra-operatório)
A cirurgia proposta (colecistectomia videolaparoscópica) iniciou-se às 8:30
horas, tendo o paciente permanecido em decúbito dorsal, com os membros superiores abertos, fixados com faixa crepe e sobre os respectivos suportes.
As 11:50 horas ocorreu o termino do procedimento cirúrgico. Cirurgia realizada
colecistectomia por via aberta.
Instalado dreno tipo Hemovac na loja operatória e feito curativo oclusivo sobre a incisão cirúrgica.
As 12 h ocorreu a reversão da anestesia e retirada do tubo orotraqueal.
As 12:10 h o paciente foi encaminhado para a SRPA, acompanhado do anestesista e circulante de sala. Estava respondendo a estímulos verbais, com respiração espontânea, sonda vesical clampada e recebendo solução de Ringer com Lactato na punção venosa.
Sinais vitais no SRPA: FR= 12 mov/min; PA= 125 x 70 mm Hg; Tax= 35,2 oC; FC=85
Quais são os diagnósticos de enfermagem
prioritários para o intra-operatório,
considerando estas pistas e os dados
clínicos do pré-operatório?
Diagnósticos prioritários - Intra-operatório
Risco para infecção relacionado aos fatores pessoais (idade, IMC
abaixo do normal, tabagismo, ASA-3), tratamento cirúrgico (cirurgia maior
do que duas horas) e procedimentos invasivos (incisão cirúrgica, punção,
sondagem vesical, entubação orotraqueal, dreno).
Diagnósticos prioritários - Intra-operatório
Risco para infecção é um diagnóstico de enfermagem que está presente em
todo o perioperatório. Então, por que o consideramos como PRIORITÁRIO no intra-operatório?
É no intra-operatório que o paciente cirúrgico está mais exposto ao risco de infecção relacionada à invasão dos microrganismos, secundária à incisão cirúrgica, presença de vias invasivas e tempo de exposição ambiental aumentado. Sua defesa está inadequada em decorrência da pele rompida, tecido traumatizado, estase de fluídos orgânicos.
1 – Peso abaixo do normal/Desnutrição
Justificativa: a relação de má nutrição com infecção parece clara mas difícil de ser demonstrada, sabe-se que a desnutrição interfere na resposta imune do organismo acarretando comprometimento das defesas hospedeiras e comprometendo, também, o processo de cicatrização e aumenta a vulnerabilidade à infecção.
2 – Idade - 76 anos (degeneração do sistema imunológico; mudanças sistema tegumentar)
3 – Tabagismo (infecção respiratória)
Diagnósticos prioritários - Intra-operatório
Risco para lesão pelo posicionamento perioperatório relacionado ao
emagrecimento, ao procedimento cirúrgico maior do que duas horas, à exigência do posicionamento (braços estendidos, fixados em suportes) e à perda das reações protetoras habituais secundárias à anestesia.
Risco para aspiração relacionado à entubação oratraqueal, incapacidade de
elevar a parte superior do corpo e à redução do nível de consciência secundária à anestesia.
Risco para hipotermia perioperatória relacionado à anestesia geral, temperatura da sala operatória e classificação de ASA 2.
Diagnósticos prioritários - Intra-operatório
Risco para lesão pelo posicionamento perioperatório relacionado ao
emagrecimento, ao procedimento cirúrgico maior do que duas horas, à exigência do posicionamento (braços estendidos, fixados em suportes) e à perda das reações protetoras habituais secundárias à anestesia.
Risco para aspiração relacionado à entubação oratraqueal, incapacidade de
elevar a parte superior do corpo e à redução do nível de consciência secundária à anestesia.
O paciente deu entrada na SRPA após ser submetido à cirurgia de
colecistectomia por via aberta, sob anestesia geral, em que foram
administrados Midazolan e Fentanil.
Na SRPA ele apresentou-se sonolento, respondendo com dificuldade as
ordens verbais e apresentou respiração superficial. Referiu dor no local
da incisão cirúrgica e foi medicado com Tramadol 100 mg por via
endovenosa.
Em seguida apresentou PA= 110 x 68 mm Hg, FC= 66 bat/min.; FR= 8
mpm.; e Tax=35,2
oC.
Os batimentos cardíacos estavam normais quanto ao ritmo. Sua pele
estava fria e o oxímetro de pulso registrava saturação de 84%. Ele estava
recebendo O
2a 4l/min.
Fonte: Google
Quais são os dados da história do
paciente H.A. que devem ser
considerados no planejamento da
Assistência de Enfermagem, no período
pós-operatório imediato?
O paciente deu entrada na SRPA após ser submetido à cirurgia de
colecistectomia por via aberta, sob anestesia geral, em que foram
administrados Midazolan e Fentanil.
Na SRPA ele apresentou-se sonolento, respondendo com dificuldade as
ordens verbais e apresentou respiração superficial. Referiu dor no
local da incisão cirúrgica e foi medicado com Tramadol 100 mg por via
endovenosa.
Em seguida apresentou PA= 110 x 68 mm Hg, FC= 66 bat/min.; FR= 8
mpm.; e Tax = 35,2
oC.
Os batimentos cardíacos estavam normais quanto ao ritmo. Sua pele
estava fria e o oxímetro de pulso registrava saturação de 84%. Ele
estava recebendo O
2a 4l/min.
Quais são os diagnósticos de enfermagem
prioritários para o pós-operatório imediato,
considerando estas pistas e os dados clínicos do
pré-operatório?
Estudo de caso (Pós-operatório
imediato)
Padrão respiratório ineficaz relacionado ao dano de
percepção (causado pelos agentes anestésicos) e dor,
manifestado por alteração na profundidade respiratória
(respiração superficial) e bradipneia (FR = 8 mpm).
Hipotermia
relacionada
à
exposição
a
ambiente
frio,
diminuição da capacidade de tremer (agentes anestésicos) e
vestimentas inadequadas, manifestada por pele fria e
temperatura corporal abaixo dos parâmetros normais (Tax
<36ºC).
Dor aguda relacionada à agentes lesivos (ato
cirúrgico-anestésico), manifestada por relato verbal de dor.
Pós-operatório mediato
No 4º dia de PO mediato de colecistectomia, o Sr. H.A.,
apresenta pouca aceitação da dieta pastosa, com perda de 2
Kg no PO. Refere muita preocupação com a alta hospitalar,
pois mora com a esposa que tem problemas de saúde e
seus filhos não moram na mesma cidade.
Mostra-se preocupado sobre os cuidados com o local da
cirurgia e o retorno no ambulatório.
Fonte: Google
Quais são os dados da história do
paciente H.A. que devem ser
considerados no planejamento da
Assistência de Enfermagem, no período
pós-operatório mediato?
No 4º dia de PO mediato de colecistectomia, o Sr. H.A.,
apresenta
pouca aceitação da dieta pastosa, com perda
de 2 Kg no PO. Refere muita preocupação com a alta
hospitalar, pois mora com a esposa que tem problemas
de saúde e seus filhos não moram na mesma cidade.
Mostra-se preocupado sobre
os cuidados com o local da
cirurgia e o retorno no ambulatório.
Quais são os diagnósticos de
enfermagem prioritários para este
período considerando estas pistas?
Diagnósticos no pós-operatório mediato
Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades
corporais relacionada a capacidade prejudicada de ingerir os
alimentos, manifestada por relato de ingestão inadequada de
alimentos, menor que a porção diária recomendada e peso
corporal abaixo do ideal.
Conhecimento deficiente relacionado à falta de exposição e
falta de familiaridade com os recursos de informação,
manifestado
por
verbalização
do
problema
(Mostra-se
preocupado sobre os cuidados com o local da cirurgia e o
retorno no ambulatório).
Quais são as pistas observadas em
cada período?
Atenção: O paciente é o mesmo, mas as suas
necessidades
mudam
ao
longo
do
perioperatório.
Assim, as PRIORIDADES do cuidado também
mudam.
IMPLEMENTAÇÃO
Prescrição de enfermagem
Exemplos de Intervenções de Enfermagem
para os diagnósticos de RISCO
RISCO PARA INFECÇÃO
Intervenções:
-
devem estar centradas tanto na assistência
direta ao paciente como no controle do
ambiente cirúrgico e dos materiais
materiais
Exemplos de Intervenções de Enfermagem
para os diagnósticos de RISCO
RISCO PARA INFECÇÃO
Intervenções centradas no paciente:
- execução com técnica asséptica dos procedimentos
invasivos (por exemplo: venopunção, sondagem
vesical de demora)
- administração de antibiótico para profilaxia, de
acordo com prescrição médica.
Exemplos de Intervenções de Enfermagem
para os diagnósticos de RISCO
RISCO PARA INFECÇÃO
Intervenções centradas no ambiente cirúrgico e
materiais:
-montagem da sala de operação com técnica asséptica;
- manuseio adequado do material estéril (principalmente os implantes) e checagem das condições de esterilização/desinfecção;
- realização da limpeza operatória e manutenção do controle de contaminação
ambiental (portas fechadas, ar condicionado ligado, controle do tráfego de pessoal). - uso de paramentação cirúrgica adequada
Intervenções:
- avaliar as condições neuromusculares e articulares
(presença de dor e deformidades) antes de posicionar o
paciente e da anestesia (parâmetros de comparação)
- posicionamento adequado do paciente na mesa cirúrgica
(princípios da mecânica corporal; extremidades não deverão
ficar pendentes ao lado da mesa cirúrgica; mãos, braços e
dedos não deverão ficar sob o corpo)
Risco para lesão por posicionamento
perioperatório
Intervenções:
- proteção das áreas de proeminências ósseas (calcâneo,
região sacral) com acomodadores produzidos com polímeros
de viscoelástico.
- utilizar almofadas ou coxins especiais que possam contribuir
com uma posição mais confortável possível.
Risco para lesão por posicionamento
perioperatório
Intervenções:
- ao reposicionar ou transferir o paciente, fazer a mudança
lentamente para evitar lesão neuromuscular e hipotensão
grave;
- cuidado na transferência do paciente da mesa cirúrgica
para a maca;
- uso de macas com proteção lateral para transporte do
paciente
Risco para lesão por posicionamento
perioperatório
Seguimento via telefone e rede computadorizada de informações
AVALIAÇÃO
A avaliação da assistência de enfermagem perioperatória
Visita pós-operatório pelo enfermeiro:
- Avaliação do sucesso e das falhas dos cuidados prestados - Satisfação do paciente com o cuidado recebido