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PEQUENAS COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE PREVIDÊNCIA (SOCIAL E PRIVADA) UNIVILLE Departamento de Economia

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PEQUENAS COISAS QUE

VOCÊ

PRECISA SABER

SOBRE

PREVIDÊNCIA

(SOCIAL E PRIVADA)

UNIVILLE

Departamento de Economia

Joinville – SC, 2009

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1 PREVIDÊNCIA: O QUE É ISSO?

AFINAL, O QUE SE ENTENDE POR PREVIDÊNCIA?

Segundo os dicionários, previdência é a faculdade de ver antecipadamente. É também a qualidade de quem é previdente, daquele que faz previsão do seu futuro.

Algumas pessoas são previdentes e se preparam para situações adversas que podem acontecer ao longo da vida, principalmente na velhice. Sabem que para isso é necessário abrir mão de algumas coisas no presente, para ter uma reserva que garanta uma vida segura e tranqüila no futuro. Mas, a maioria não se preocupa com essa questão. Por isso, cada país cria um sistema de previdência para proteger e amparar o trabalhador e suas famílias na velhice e na doença, por meio de aposentadorias, pensões e outros benefícios.

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PREVIDÊNCIA NO BRASIL?

No Brasil, a previdência faz parte de um conjunto de sistemas e programas de proteção social conhecido como Seguridade Social.

A Seguridade Social é formada pela Previdência, pela Assistência social e pela Saúde.

Existem dois sistemas de Previdência no Brasil: A Previdência social e a

Previdência Complementar.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PREVIDÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR?

A Previdência social é administrada pelo próprio governo. Portanto, é pública. Todo trabalhador brasileiro é automaticamente um segurado da Previdência Social.

A Previdência complementar, como o próprio nome já diz, constitui uma opção para aqueles que quiserem garantir no futuro uma renda maior do que aquela garantida pela Previdência pública. Em outras palavras, serve para complementar o valor da aposentadoria do trabalhador. Por ser administrada por instituições financeiras privadas, ela é mais conhecida como Previdência

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2 PREVIDÊNCIA SOCIAL: UM SEGURO PARA TODOS OS

BRASILEIROS.

O QUE É E PARA QUE SERVE A PREVIDÊNCIA SOCIAL?

Quando as pessoas ouvem falar em Previdência Social ou em INSS, pensam logo em aposentadoria, em garantir renda no futuro, quando pararem de trabalhar. Mas, a Previdência social oferece mais do que isso.

Há certas situações na vida que ninguém espera acontecer, mas acontecem. Por exemplo, se o trabalhador ficar doente e tiver que ficar afastado do trabalho, como ele vai sustentar a família e pagar as despesas? E se ele sofrer um acidente e não puder mais trabalhar? E se ele vier a falecer, quem vai prover renda para seu cônjuge e seus dependentes?

Para substituir a renda do trabalhador quando, por um desses acontecimentos indesejados, ele perder a sua capacidade de trabalhar, foi criada a Previdência Social. Pode-se dizer, então, que a Previdência Social é um seguro social. E se chama Social porque é oferecido a todos os trabalhadores brasileiros.

COMO FUNCIONA A PREVIDÊNCIA SOCIAL?

Para garantir essa proteção a você e à sua família, basta estar inscrito na Previdência Social e pagar as contribuições.

O trabalhador inscrito na Previdência Social é chamado de segurado.

Existem 6 tipos de segurados: Os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais, os segurados

especiais e os segurados facultativos.

Todos os trabalhadores com carteira assinada são automaticamente filiados à Previdência Social. Já quem trabalha por conta própria ou é segurado facultativo precisa se inscrever. Todos têm que contribuir mensalmente para ter acesso aos benefícios previdenciários.

Previdência Social é um sistema público de proteção social que assegura o sustento do trabalhador e de sua família, quando ele não pode trabalhar por causa de doença, acidente, gravidez, prisão, morte ou velhice. A Previdência Social mantém 13 benefícios e serviços diferentes, incluindo aposentadorias, pensão por morte, salário-maternidade e auxílio-doença.

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COMO SE DEFINE TRABALHADOR AVULSO, CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, SEGURADO ESPECIAL E SEGURADO FACULTATIVO? O trabalhador avulso é contratado por sindicatos e órgãos gestores de mão-de-obra para prestar serviços para diversas empresas. Um exemplo típico é o trabalhador portuário.

O contribuinte individual é uma pessoa que trabalha por conta própria (autônomo) ou que presta serviços temporários às empresas sem vínculo de emprego. Exemplos: Eletricista, pintor, motorista de táxi, diarista, representante comercial, associado de cooperativa, sócio que trabalha na empresa...

O segurado especial é o trabalhador rural que trabalha em regime de economia familiar e sem mão-de-obra assalariada. O cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 anos que trabalham dessa forma podem se inscrever como segurados especiais.

Segurado facultativo é a pessoa com mais de 16 anos que não tem renda

própria, e que decide contribuir para a Previdência Social. Exemplos: donas-de-casa e estudantes.

COMO É FEITA A INSCRIÇÃO?

Empregados: A inscrição ocorre no momento da assinatura do contrato de

trabalho e é registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) pelo próprio empregador.

Trabalhadores Avulsos (atividades portuárias): A inscrição é feita pelo

registro no sindicato de classe ou órgão gestor de mão-de-obra.

Os trabalhadores contribuintes individuais (autônomos, empresários, etc),

facultativos (estudantes, donas de casa), empregados domésticos e segurados especiais podem fazer a sua inscrição na Central de

tele-atendimento – 135, no endereço eletrônico: www.previdenciasocial.gov.br ou nas Agências da Previdência Social.

Para se filiar é preciso ter mais de 16 anos!

QUE DOCUMENTOS SÃO NECESSÁRIOS PARA SE INSCREVER?  Carteira de Identidade, ou Certidão de nascimento/casamento, ou

Carteira de Trabalho e Previdência Social (obrigatória para Empregado Doméstico).

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3 OS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.

QUE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS A PREVIDÊNCIA SOCIAL OFERECE AO SEGURADO?

Benefícios

Serviços

Aposentadoria por idade Perícia médica

Aposentadoria por tempo de contribuição Reabilitação profissional Aposentadoria por invalidez Serviço social

Aposentadoria especial Pensão por morte Salário-maternidade Salário-família Auxílio-doença

Auxílio-acidente (de trabalho) Auxílio-reclusão

O QUE É CARÊNCIA?

Carência é o número mínimo de contribuições mensais exigido para garantir o recebimento dos benefícios a que o segurado tem direito.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS QUE TÊM PERÍODO DE CARÊNCIA?

 Aposentadoria por idade

 Aposentadoria por tempo de serviço  Aposentadoria especial

 Aposentadoria por invalidez  Auxílio-doença

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QUE BENEFÍCIOS NÃO TÊM PERÍODO DE CARÊNCIA?

 Pensão por morte  Auxílio-acidente  Auxílio-reclusão  Serviço social

 Reabilitação profissional  Salário-família

 Salário-maternidade (para empregadas, avulsas e domésticas)  Aposentadoria por invalidez e Auxílio-doença (para acidentes e

doenças específicos relacionados em lista publicada por uma Portaria Interministerial)

QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES PARA TER DIREITO AOS BENEFÍCIOS?

Aposentadoria por idade

Trabalhador Idade Carência Urbano homem – 65 anos

mulher – 60 anos 15 anos de contribuição Rural homem – 60 anos

mulher – 55 anos 15 anos de atividade rural

Aposentadoria por tempo de contribuição

homem 35 anos Segurados em geral

mulher 30 anos homem 30 anos Professor do ensino fundamental e

médio mulher 25 anos

Aposentadoria por invalidez

• Ser considerado pela Perícia Médica da Previdência Social definitivamente incapaz para o trabalho, por motivo de doença ou acidente.

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Aposentadoria especial

(Concedida a pessoas que trabalham sob condições que prejudiquem a saúde ou integridade física)

• Ter trabalhado com carteira assinada e contribuído por 15, 20 ou 25 anos, dependendo do risco a que a pessoa estiver exposta.

• Comprovar a efetiva exposição a agentes nocivos (físicos, biológicos ou químicos) por meio do formulário Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP),que é preenchido pela empresa com base nas informações do Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

Obs.: Não se aplica a empregado doméstico e contribuinte individual (exceto se este for membro de cooperativa).

Auxílio-doença

• Ficar doente ou se acidentar e não poder trabalhar por mais de 15 dias seguidos.

• Para quem tem carteira assinada, o patrão paga os primeiros 15 dias e a Previdência Social paga a partir do 16º dia.

• Para contribuinte individual (autônomo, empresário) ou facultativo, a Previdência Social paga desde o início da doença ou acidente.

• Carência: 12 contribuições mensais.

Auxílio-acidente

• Ser confirmada, depois da concessão de auxílio-doença, a existência de seqüela resultante de qualquer tipo de acidente que reduza a capacidade para o trabalho que o segurado exercia habitualmente. ou impossibilite.

• É destinado ao segurado empregado.

Auxílio-reclusão

• É concedido aos dependentes de segurado que, por qualquer motivo, tenha sido preso e que, durante o período de reclusão, não esteja recebendo salário da empresa, auxílio-doença ou aposentadoria. • Os dependentes devem apresentar a cada trimestre, nas Agências da

Previdência Social, os documentos atestando que o segurado continua cumprindo sua pena na prisão.

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Pensão por morte

• É concedida à família do segurado que morreu. O dependente deve fazer um requerimento numa Agência da Previdência Social.

• Esse benefício também é válido em casos de morte presumida (quando o segurado desaparece em acidentes, catástrofes ou desastres), comprovada por boletins de ocorrência ou provas similares. Neste caso, quem recebe a pensão tem que apresentar, a cada seis meses, comprovantes de que o segurado continua desaparecido.

• Se a pensão for requerida até 30 dias após a morte do segurado, ela será paga desde o dia do falecimento. Do contrário, só será paga a partir da data do requerimento.

Salário-maternidade

• È concedido às trabalhadoras que contribuem para a Previdência Social, em decorrência do parto, durante o afastamento do trabalho por 120 dias.

• È concedido também em caso de adoção, mas neste caso a quantidade de dias varia de acordo com a idade da criança adotada:

- até 1 ano de idade: 120 dias; - de 1 a 4 anos: 60 dias; - de 4 a 8 anos: 30 dias.

• Para as trabalhadoras com carteira de trabalho, não há necessidade de comprovar tempo mínimo de contribuição. A própria empresa faz o pagamento e depois desconta do valor que recolhe para a Previdência Social. As empregadas domésticas, as seguradas facultativas e as contribuintes individuais devem comprovar no mínimo dez contribuições para receber o benefício e devem solicitá-lo diretamente ao INSS.

Salário-família

• È pago aos trabalhadores empregados e avulsos com salário mensal equivalente a até 3 salários de contribuição (R$ 911,70 a partir de março de 2008). Pai e mãe que preenchem essa condição têm direito a receber um salário-família por cada filho menor de 14 anos de idade. É pago diretamente pelo empregador.

• Contribuintes individuais e empregados domésticos não têm direito. • É preciso apresentar à empresa, todos os anos, atestado de

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QUAIS DEPENDENTES TÊM DIREITO AOS BENEFÍCIOS?

Para ter direito aos benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão, os dependentes são divididos em três classes:

• Primeira classe: o cônjuge, o companheiro e filhos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos;

• Segunda classe: os pais;

• Terceira classe: os irmãos (ou enteados) menores de 21 anos, não emancipados ou inválidos.

COMO É CALCULADO O SALÁRIO DE BENEFÍCIO?

Para os trabalhadores inscritos na Previdência Social até 28 de novembro de 1999 o salário de benefício corresponderá à média dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, desde julho de 1994.

Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salário de benefício será a média dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período contributivo.

Para cálculo da aposentadoria é aplicado, sobre o salário de benefício, o Fator Previdenciário, uma fórmula que combina o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida do segurado. Assim, o trabalhador que se aposentar com mais idade e maior tempo de contribuição, receberá um benefício maior. Quem se aposentar mais cedo, sofrerá uma redução no valor do seu benefício.

EU POSSO PERDER O DIREITO AOS BENEFÍCIOS?

Pode, sim. Enquanto estiver em dia com suas contribuições mensais, o trabalhador mantém sua qualidade de segurado da Previdência Social. Isto é, garante o direito aos benefícios. Mas, se ele parar de contribuir por um determinado período, pode perder o direito aos benefícios.

POR QUANTO TEMPO POSSO DEIXAR DE CONTRIBUIR SEM PERDER A QUALIDADE DE SEGURADO?

Depende da carência estabelecida em lei. Os prazos para manter a qualidade de segurado, mesmo sem contribuir, dependem do tempo de contribuição acumulado pelo trabalhador:

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Tempo De Contribuição Prazo Sem Contribuir Quando cessar o benefício ou as contribuições 12 meses Se já pagou mais de 120 contribuições 24 meses Desemprego comprovado por registro no MTE 24 meses Desempregado com mais de 120 contribuições 36 meses

COMO TENHO ACESSO AOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL?

CENTRAL DE TELE-ATENDIMENTO – 135

 Funciona 24 horas por dia, de segunda a sábado.

 Atendimento ao usuário por meio eletrônico e direcionamento a equipes técnicas especializadas, quando necessário.

 Por meio dela o usuário tem acesso aos seguintes serviços:

 Requerimento de Auxílio-Doença, Pedido de Prorrogação e de

Reconsideração (PP e PR).

 Agendamento dos seguintes serviços:

 Aposentadoria

 Revisão (em fase de implantação)

 Recurso (em fase de implantação)

 Contagem de Tempo de Contribuição

 Certidão de Tempo de Contribuição – CTC  Pecúlio

 Salário Maternidade  Pensão por Morte

 Benefício Assistencial - LOAS  Auxílio-Reclusão

PELA INTERNET:

www. previdencia.org.br

REDE DE ATENDIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

102 Gerências Executivas

1.198 Agências da Previdência Social (APS)

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4 AS CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL.

COMO CONTRIBUEM O EMPREGADO, O TRABALHADOR AVULSO E O EMPREGADO DOMÉSTICO?

Para o empregado e o trabalhador avulso a própria empresa (o patrão, para o empregado doméstico) desconta do salário do trabalhador o valor da sua contribuição e faz o recolhimento para a Previdência Social.

A tabela a seguir mostra as alíquotas a serem aplicadas, conforme a faixa de salário de contribuição em que o salário se enquadra.

Tabela de contribuições dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso a partir de 1º de fevereiro de 2009.

Salário de Contribuição (R$) Alíquota

Até R$ 965,67 8,00%

De R$ 965,68 a R$ 1.609,45 9,0%

De R$ 1.609,46 até R$ 3.218,90 11,0%

O empregador, pessoa física ou jurídica, além de descontar e recolher à Previdência Social as contribuições do empregado, é obrigado a contribuir sobre a folha de salários. O valor corresponde a 20% sobre o salário de seus empregados (22,5% para o setor financeiro) e mais 1%, 2% ou 3, de acordo com o grau de risco da atividade da empresa.

O empregador doméstico, além de descontar a contribuição de 8% do seu empregado, contribui com mais 12% sobre o salário pago a ele e recolhe o total à Previdência Social.

COMO FICA A CONTRIBUIÇÃO DE QUEM TEM MAIS DE UM EMPREGO?

Sempre que ocorrer mais de um vínculo empregatício para os segurados empregado e doméstico, as remunerações deverão ser somadas para o correto enquadramento na tabela acima, respeitando-se o limite máximo de contribuição. Esta mesma regra se aplica às remunerações do trabalhador avulso.

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QUAL É O LIMITE MÍNIMO E MÁXIMO DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO?

Para o segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, o limite mínimo é o piso salarial da categoria, se houver, ou o salário mínimo. O limite máximo é o teto fixado pelo INSS.

Para os contribuintes individuais e facultativos, o limite mínimo é o salário mínimo, e o limite máximo é o teto fixado pelo INSS.

Pode-se verificar na Tabela de Contribuições acima que, a partir de fevereiro de 2008, o teto salarial foi fixado em R$ 3.218,90.

COMO CONTRIBUI O CONTRIBUINTE INDIVIDUAL?

O contribuinte individual que presta serviços à pessoa física, a outro contribuinte individual, ou à entidade beneficente de assistência social isenta da cota patronal, contribui com 20% (vinte por cento) sobre o valor efetivamente recebido, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição. O Contribuinte individual que presta serviço à empresa (inclusive cooperativa de trabalho) contribui com 11% (onze por cento).

COMO CONTRIBUI O SEGURADO FACULTATIVO?

O segurado facultativo contribui com 20 % (vinte por cento) sobre o valor que ele desejar, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.

COMO CONTRIBUI O TRABALHADOR RURAL?

O produtor rural, pessoa física, contribui com 2,1% sobre a receita bruta da comercialização de sua produção rural e mais 20% sobre o valor que desejar, como contribuinte individual (empresário).

O segurado especial (aquele que trabalha para o próprio sustento com o seu núcleo familiar) contribui com 2,1% sobre a comercialização da sua produção, mais 0,2% para o SENAR. Para ter direito aos benefícios, cujo valor será igual ao do salário mínimo, o segurado especial deve comprovar o exercício da atividade rural no período mínimo exigido pela legislação.

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O QUE É O PLANO SIMPLIFICADO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL? É uma modalidade oferecida para algumas categorias de segurados que contribuem sobre o salário mínimo, em que a contribuição fica reduzida de 20% para 11%. Esse plano foi idealizado para evitar que trabalhadores de baixa renda deixem de contribuir para o INSS e, assim, percam o direito aos benefícios. Sem a proteção do seguro social, o cidadão poderá encontrar dificuldades de sobrevivência caso precise deixar de trabalhar, temporária ou definitivamente, por doença, acidente ou idade avançada.

QUEM PODE OPTAR PELO PLANO SIMPLIFICADO?

 O contribuinte individual que trabalha por conta própria (autônomo), contanto que não tenha qualquer vínculo empregatício e não preste serviços a pessoas jurídicas.

 O empresário ou sócio de empresa - cuja receita bruta anual, no ano-calendário anterior, seja de até R$ 36 mil.

 O contribuinte facultativo (donas de casa e pessoas acima de 16 anos, não remuneradas, como estudantes, por exemplo).

QUEM OPTA PELO PLANO SIMPLIFICADO TEM DIREITO AOS MESMOS BENEFÍCIOS QUE OS DEMAIS CONTRIBUINTES?

Quem opta pelo Plano Simplificado com alíquota reduzida só não se aposenta por tempo de contribuição. Mas, mantêm o direito aos outros benefícios assegurados aos demais contribuintes: aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.

E SE O CONTRIBUINTE QUE PAGA ALÍQUOTA REDUZIDA DECIDIR MAIS TARDE SE APOSENTAR POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO? Caso o trabalhador passe a pagar ao INSS 11% sobre o salário mínimo, que não dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e depois queira contar esse tempo para obter uma aposentadoria por tempo de contribuição, deve complementar a contribuição dos meses em que pagou 11%, mediante o recolhimento de mais 9% sobre o salário mínimo, mais juros de mora.

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QUANDO VENCEM AS CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL?

No caso do Empregado, do Trabalhador Avulso e das Empresas, a contribuição mensal vence no dia 20 do mês seguinte (ou primeiro dia posterior). Para o Contribuinte Individual, o Facultativo, o Empregado Doméstico, o Produtor Rural, Pessoa Física e o Segurado Especial, a contribuição mensal vence no dia 15 do mês seguinte. Se o dia 15 cair no sábado, domingo ou feriado, o contribuinte poderá pagar no primeiro dia útil imediatamente seguinte ao vencimento.

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5 PREVIDÊNCIA PRIVADA DESCOMPLICADA

O QUE É PREVIDÊNCIA PRIVADA?

É uma forma de investimento de longo prazo que tem como principal objetivo evitar que a pessoa sofra uma redução da renda na sua aposentadoria.

PREVIDÊNCIA PRIVADA E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR SÃO A MESMA COISA?

Sim. O nome Previdência Complementar é o nome oficial, estabelecido na legislação, porque essa modalidade de previdência serve para complementar a renda obtida pelo trabalhador quando recebe benefícios da Previdência Social. Na prática, ela é mais conhecida como Previdência Privada.

PARA QUE SERVE A PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Ela se destina principalmente para quem recebe mais do que o teto da Previdência Social (INSS), e não possui outra forma de poupança para a aposentadoria. Mas, ela é também uma boa opção de investimento para qualquer pessoa que deseja acumular dinheiro para o futuro.

O QUE É MESMO O TETO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL?

É o valor máximo, fixado pela Previdência Social, para pagamento de aposentadoria e alguns outros benefícios. Assim, para quem tem renda superior a esse teto, e quer manter o mesmo padrão de vida quando se aposentar, é recomendável fazer algum investimento que complemente o valor que irá receber da Previdência Social. Justamente para isso foi criada a Previdência Complementar.

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QUAL É A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE PREVIDÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR?

A previdência social é pública e administrada pelo governo. A previdência complementar é administrada por instituições privadas e se divide em dois tipos: previdência fechada e previdência aberta.

PREVIDÊNCIA FECHADA E PREVIDÊNCIA ABERTA. O QUE É ISSO?

a) As entidades de Previdência fechada, também conhecidas como “Fundos de Pensão”, são constituídas por empresas, sindicatos ou associações de classe e oferecem planos sob medida que atendem somente às pessoas diretamente ligadas àquela empresa ou organização. A empresa ou entidade paga uma parte da contribuição mensal e o empregado a outra parte.

b) A Previdência aberta abrange os planos oferecidos por entidades de previdência complementar ou companhias seguradoras. Esses planos estão disponíveis a qualquer pessoa que tenha interesse nessa modalidade de investimento.

O QUE É UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA?

É um tipo de aplicação de longo prazo, constituído de contribuições mensais realizadas em uma conta individual que, ao final do tempo de contribuição, irá gerar a renda da aposentadoria.

É POSSÍVEL FAZER UM PLANO PARA FILHOS OU DEPENDENTES? Sim. É possível, por exemplo, fazer um plano para acumular recursos e pagar as mensalidades do curso superior dos dependentes.

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QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE FAZER UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Uma vantagem é o benefício fiscal. Enquanto em outros tipos de investimentos o investidor sofre em cada mês o desconto do imposto de renda, no plano de previdência privada o imposto normalmente só é pago no momento do resgate da aplicação. Assim, com esse dinheiro economizado, o investidor poderá reinvestir o dinheiro e garantir uma poupança ainda maior. Algumas aplicações em previdência privada também podem ser deduzidas nas declarações anuais de imposto de renda.

Outra vantagem é levar o investidor a não mexer no dinheiro investido, garantindo, assim, que ele atinja o objetivo de complementar sua aposentadoria, pois quem saca o dinheiro antes de um determinado prazo acaba tendo alguma perda.

QUAIS SÃO AS DESVANTAGENS DE FAZER UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Uma desvantagem são as taxas cobradas pelas administradoras dos planos. Como se trata de um plano de investimentos de muito longo prazo, é importante comparar bem as diversas opções existentes no mercado antes de escolher a sua administradora. Escolher um plano com menores taxas de administração e taxas de carregamento garante que um valor maior será aplicado todos os meses, o que resultará em uma aposentadoria melhor.

O QUE É TAXA DE ADMINISTRAÇÃO?

É uma taxa relativa à administração dos recursos e que incide sobre o capital total, incluindo os rendimentos. Se essa taxa for elevada, pode reduzir significativamente o fundo acumulado e o valor a ser resgatado no futuro.

O QUE É TAXA DE CARREGAMENTO?

Essa taxa é cobrada pela administradora do fundo de previdência sobre cada contribuição efetuada. Se a taxa for de 5%, por exemplo, a cada R$ 100 aplicados, apenas R$ 95 serão efetivamente depositados em sua conta.

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QUAIS SÃO OS TIPOS DE PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA EXISTENTES NO MERCADO BRASILEIRO?

a) PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres)

É um plano que funciona de forma similar a um fundo de investimentos. Cada pessoa decide o valor de sua contribuição. O benefício futuro vai ser proporcional ao que cada um contribuiu. O rendimento é repassado integralmente ao investidor. O PGBL também permite ao investidor deduzir da base de cálculo do imposto de renda o valor total das suas contribuições para o Plano, até um limite de 12% da sua renda bruta. Porém, haverá incidência da tabela progressiva de imposto de renda sobre o valor total que for resgatado no futuro.

b) VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres)

O VGBL é muito parecido com PGBL. A diferença é que o investidor não pode deduzir o valor das suas contribuições da base de cálculo do imposto de renda. Em compensação, na hora do resgate, ele só irá pagar imposto sobre os rendimentos que obteve das suas aplicações e não sobre o total.

COMO FUNCIONA A TABELA PROGRESSIVA DE IMPOSTO DE RENDA?

É a mesma tabela aplicada sobre os salários e outros rendimentos. Até um certo valor, não há incidência de impostos. É oportuno lembrar que se a pessoa já possuir outra fonte de renda, o valor dela será somado ao resgate do Fundo de Previdência Privada para aplicação da tabela. A tabela vigente em 2009 é:

Base de cálculo mensal em R$

Alíquota %

Parcela a deduzir do imposto em R$ Até 1.434,59 - - De 1.434,60 até 2.150,00 7,5 107,59 De 2.150,01 até 2.866,70 15,0 268,84 De 2.866,71 até 3.582,00 22,5 483,84 Acima de 3.582,00 27,5 662,94

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PGBL, VGBL. QUAL É O MAIS INDICADO PARA O MEU CASO? O PGBL é mais indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, porque as suas contribuições para o Plano podem ser deduzidas da base de cálculo do imposto. Mas, no resgate, há incidência do imposto sobre o total resgatado.

O VGBL é mais adequado a quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda. Não há dedução do valor das contribuições, mas em compensação, no resgate o imposto incide somente sobre os rendimentos e não sobre o total.

O QUE É PORTABILIDADE?

É o direito de o participante transferir o seu capital para outra instituição de previdência privada sem custo adicional. A portabilidade só é permitida entre planos do mesmo tipo e existe prazo de carência. É proibida a portabilidade entre pessoas diferentes. Note que a portabilidade é permitida na fase de investimentos, mas não no período de recebimento dos benefícios.

DE QUE FORMA SÃO PAGOS OS BENEFÍCIOS?

O investidor pode optar por sacar de uma só vez o valor investido, pode receber em parcelas mensais para o resto da vida (renda vitalícia) ou pode escolher receber uma parcela mensal por um período determinado, como, por exemplo, para pagar a faculdade do filho.

É PERMITIDO FAZER SAQUES ANTECIPADOS DOS RECURSOS? Na Previdência Aberta, é permitido fazer saques antecipados dos recursos antes da fase de recebimento dos benefícios. No entanto, o participante precisa cumprir um prazo de carência, que varia conforme o tipo de plano. E é bom lembrar que, em cada saque serão deduzidos os impostos previstos em lei e que quando são feitos saques parciais, o fundo acumulado diminui, reduzindo, assim, o valor da aposentadoria.

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QUAIS SÃO OS MAIORES RISCOS EM UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Os maiores riscos são: Quebra da empresa administradora do Plano e rendimentos muito baixos no seu Plano, reduzindo, assim, o valor do fundo e das rendas futuras.

O QUE EU POSSO FAZER PARA REDUZIR ESSES RISCOS?

a) Antes de decidir:

 Buscar informações sobre as Administradoras de sua preferência;  Analisar e comparar os Planos oferecidos;

 Verificar e comparar as taxas cobradas.

b) Durante a fase de investimentos:

 Verificar periodicamente a solidez financeira da Administradora do seu Fundo no mercado.

 Acompanhar a evolução do seu Fundo; comparar os seus rendimentos com o dos Fundos oferecidos por outras administradoras;

 Mudar de Administradora, se necessário.

QUAL É A MELHOR ÉPOCA PARA FAZER UM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA?

Quanto mais cedo, melhor. Quem contribui por mais tempo garante uma renda maior no futuro. Quem começa mais tarde, terá que fazer contribuições maiores para obter a mesma renda de quem começou mais cedo.

Referências

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