SYLVIA ORTHOF
A viagem de um barquinho
ILUSTRAÇÕES: EDUARDO ALBINI
Leitor iniciante
Leitor em processo
Leitor fluente
PROJETO DE LEITURA
Maria José Nóbrega
Rosane Pamplona
pano azul fez um rio. O barquinho se foi pelo rio e o menino, para trazê-lo de volta, encetou viagem com a lavadeira, levando suas preciosas quinquilharias num carrinho de feira. Na viagem, encontraram dois cavaleiros orgulhosos; mas um deles perde o cavalo, que se apaixonara pela patinete do menino. E a lavadeira vai ensinando ao menino que tudo na vida é mudança. Depois, encontram um sapo que já tinha sido rei e também o sol, que não quis dizer onde estava o barco, pois não gostava de ser dedo-duro. Por fim, o menino encontra um veleiro; reconhecendo nele seu velho barco, pede-lhe para voltar. Mas o veleiro diz que não pode, pois já provara a liberdade do mar. O menino entende que nada na vida é para sempre.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
A história do barquinho, deliciosamente narrada em versos, já foi peça de teatro, muitas vezes premiada. E não sem motivos: Além de ser um poema originalíssimo, cheio de imagens diverti-das e encantadoras, o texto fala de valores muito caros ao ser humano: a perda, a separação, a busca do ente querido, a transi-toriedade da vida e a liberdade. A cada página, disfarçada de brincadeira, aparece uma frase para nos fazer pensar: “o rio é um destino” ou “cada passo é um caminho” ou ainda “liberda-de é uma viagem/ “liberda-de curvas “liberda-de vira e vira”. Este livro é uma ines-quecível viagem.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Educação Artística Temas transversais: Ética, Pluralidade cultural
Público-alvo: Leitor em processo
PROPOSTAS DE ATIVIDADES Antes da leitura:
1. Antecipe aos alunos que o barquinho do livro A viagem de um
barquinho é feito de papel. Pergunte se algum deles sabe fazer
uma dobradura de barquinho para ensinar aos colegas.
2. Mostre o esquema das páginas 24 e 25 e deixe que cada um
construa o seu. Pela ilustração, as crianças já poderão identificar que o barquinho da história foi construído com um simples pe-daço de jornal do caderno de classificados.
A viagem de
um barquinho
SYLVIA ORTHOF
UM POUCO SOBRE A AUTORA
Nascida no Rio de Janeiro, em 1932, Sylvia Orthof estudou teatro em Paris. Foi atriz profissional durante muitos anos, ten-do integraten-do o elenco ten-do Teatro Brasileiro de Comédia. Foi pro-fessora de teatro da Universidade de Brasília e coordenadora de Teatro do Sesi. Começou a escrever pequenos trechos de dramaturgia para seus alunos. Em 1975, ganhou o 1o lugar no
Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil Guaíra, do Paraná, com o texto A viagem de um barquinho. Em 1981, tornou-se colaboradora no setor de histórias infantis da revista Recreio, da Editora Abril. Editou mais de oitenta títulos. Ganhou diver-sos prêmios, entre eles: O Melhor Para a Criança; Jabuti; Certifi-cado de Honra do IBBY; Prêmio Molière de Teatro Infantil. Fale-ceu em 1997.
RESENHA
Era uma vez um menino que, de um jornal, fez um barquinho de papel. Era uma vez uma lavadeira, meio doida, que, de um
SYLVIA ORTHOF
A viagem de um barquinho
ILUSTRAÇÕES: EDUARDO ALBINI
Leitor iniciante
Leitor em processo
Leitor fluente
PROJETO DE LEITURA
Maria José Nóbrega
Rosane Pamplona
pano azul fez um rio. O barquinho se foi pelo rio e o menino, para trazê-lo de volta, encetou viagem com a lavadeira, levando suas preciosas quinquilharias num carrinho de feira. Na viagem, encontraram dois cavaleiros orgulhosos; mas um deles perde o cavalo, que se apaixonara pela patinete do menino. E a lavadeira vai ensinando ao menino que tudo na vida é mudança. Depois, encontram um sapo que já tinha sido rei e também o sol, que não quis dizer onde estava o barco, pois não gostava de ser dedo-duro. Por fim, o menino encontra um veleiro; reconhecendo nele seu velho barco, pede-lhe para voltar. Mas o veleiro diz que não pode, pois já provara a liberdade do mar. O menino entende que nada na vida é para sempre.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
A história do barquinho, deliciosamente narrada em versos, já foi peça de teatro, muitas vezes premiada. E não sem motivos: Além de ser um poema originalíssimo, cheio de imagens diverti-das e encantadoras, o texto fala de valores muito caros ao ser humano: a perda, a separação, a busca do ente querido, a transi-toriedade da vida e a liberdade. A cada página, disfarçada de brincadeira, aparece uma frase para nos fazer pensar: “o rio é um destino” ou “cada passo é um caminho” ou ainda “liberda-de é uma viagem/ “liberda-de curvas “liberda-de vira e vira”. Este livro é uma ines-quecível viagem.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Educação Artística Temas transversais: Ética, Pluralidade cultural
Público-alvo: Leitor em processo
PROPOSTAS DE ATIVIDADES Antes da leitura:
1. Antecipe aos alunos que o barquinho do livro A viagem de um
barquinho é feito de papel. Pergunte se algum deles sabe fazer
uma dobradura de barquinho para ensinar aos colegas.
2. Mostre o esquema das páginas 24 e 25 e deixe que cada um
construa o seu. Pela ilustração, as crianças já poderão identificar que o barquinho da história foi construído com um simples pe-daço de jornal do caderno de classificados.
A viagem de
um barquinho
SYLVIA ORTHOF
UM POUCO SOBRE A AUTORA
Nascida no Rio de Janeiro, em 1932, Sylvia Orthof estudou teatro em Paris. Foi atriz profissional durante muitos anos, ten-do integraten-do o elenco ten-do Teatro Brasileiro de Comédia. Foi pro-fessora de teatro da Universidade de Brasília e coordenadora de Teatro do Sesi. Começou a escrever pequenos trechos de dramaturgia para seus alunos. Em 1975, ganhou o 1o lugar no
Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil Guaíra, do Paraná, com o texto A viagem de um barquinho. Em 1981, tornou-se colaboradora no setor de histórias infantis da revista Recreio, da Editora Abril. Editou mais de oitenta títulos. Ganhou diver-sos prêmios, entre eles: O Melhor Para a Criança; Jabuti; Certifi-cado de Honra do IBBY; Prêmio Molière de Teatro Infantil. Fale-ceu em 1997.
RESENHA
Era uma vez um menino que, de um jornal, fez um barquinho de papel. Era uma vez uma lavadeira, meio doida, que, de um
SYLVIA ORTHOF
A viagem de um barquinho
ILUSTRAÇÕES: EDUARDO ALBINI
Leitor iniciante
Leitor em processo
Leitor fluente
PROJETO DE LEITURA
Maria José Nóbrega
Rosane Pamplona
pano azul fez um rio. O barquinho se foi pelo rio e o menino, para trazê-lo de volta, encetou viagem com a lavadeira, levando suas preciosas quinquilharias num carrinho de feira. Na viagem, encontraram dois cavaleiros orgulhosos; mas um deles perde o cavalo, que se apaixonara pela patinete do menino. E a lavadeira vai ensinando ao menino que tudo na vida é mudança. Depois, encontram um sapo que já tinha sido rei e também o sol, que não quis dizer onde estava o barco, pois não gostava de ser dedo-duro. Por fim, o menino encontra um veleiro; reconhecendo nele seu velho barco, pede-lhe para voltar. Mas o veleiro diz que não pode, pois já provara a liberdade do mar. O menino entende que nada na vida é para sempre.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
A história do barquinho, deliciosamente narrada em versos, já foi peça de teatro, muitas vezes premiada. E não sem motivos: Além de ser um poema originalíssimo, cheio de imagens diverti-das e encantadoras, o texto fala de valores muito caros ao ser humano: a perda, a separação, a busca do ente querido, a transi-toriedade da vida e a liberdade. A cada página, disfarçada de brincadeira, aparece uma frase para nos fazer pensar: “o rio é um destino” ou “cada passo é um caminho” ou ainda “liberda-de é uma viagem/ “liberda-de curvas “liberda-de vira e vira”. Este livro é uma ines-quecível viagem.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Educação Artística Temas transversais: Ética, Pluralidade cultural
Público-alvo: Leitor em processo
PROPOSTAS DE ATIVIDADES Antes da leitura:
1. Antecipe aos alunos que o barquinho do livro A viagem de um
barquinho é feito de papel. Pergunte se algum deles sabe fazer
uma dobradura de barquinho para ensinar aos colegas.
2. Mostre o esquema das páginas 24 e 25 e deixe que cada um
construa o seu. Pela ilustração, as crianças já poderão identificar que o barquinho da história foi construído com um simples pe-daço de jornal do caderno de classificados.
A viagem de
um barquinho
SYLVIA ORTHOF
UM POUCO SOBRE A AUTORA
Nascida no Rio de Janeiro, em 1932, Sylvia Orthof estudou teatro em Paris. Foi atriz profissional durante muitos anos, ten-do integraten-do o elenco ten-do Teatro Brasileiro de Comédia. Foi pro-fessora de teatro da Universidade de Brasília e coordenadora de Teatro do Sesi. Começou a escrever pequenos trechos de dramaturgia para seus alunos. Em 1975, ganhou o 1o lugar no
Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil Guaíra, do Paraná, com o texto A viagem de um barquinho. Em 1981, tornou-se colaboradora no setor de histórias infantis da revista Recreio, da Editora Abril. Editou mais de oitenta títulos. Ganhou diver-sos prêmios, entre eles: O Melhor Para a Criança; Jabuti; Certifi-cado de Honra do IBBY; Prêmio Molière de Teatro Infantil. Fale-ceu em 1997.
RESENHA
Era uma vez um menino que, de um jornal, fez um barquinho de papel. Era uma vez uma lavadeira, meio doida, que, de um
3. Pergunte aos alunos para onde pode ir esse barquinho. Que
tipo de viagem será essa? O objetivo dessa conversa é introduzir as crianças no universo poético e onírico que caracteriza a narrativa.
4. Leia a primeira estrofe do poema que apresenta um dos
per-sonagens principais, o menino Chico Eduardo, que fez o barqui-nho. Mostre a ilustração e pergunte se é possível descobrir como é o menino. Apesar de termos uma indicação precisa de onde ele está, não temos a menor possibilidade de saber como ele é, por-que a ilustração privilegia o cenário.
5. Leia as duas estrofes em que se apresenta a outra
protagonis-ta, a lavadeira, “meio doida e engraçada”. Também não dá para saber como ela é, porque a ilustração “tal e qual...”.
Durante a leitura:
1. Diga que a história pode parecer meio maluquinha, afinal a
lavadeira é muito doida e engraçada. Mas lembre-os de que, às vezes, um artista pode parecer meio louco, um sábio pode ser considerado doido por aqueles que não conhecem as coisas que ele descobriu. Então, diga para prestarem muita atenção à sabe-doria que pode estar escondida nas palavras que a lavadeira diz.
2. Peça que observem o que vai acontecer com a ilustração, se
ela vai continuar toda cinza, sem outras cores.
Depois da leitura:
1. Verifique se eles entenderam a história. Onde foi parar o
bar-quinho? No que ele se transformou? Por que não quis mais vol-tar? O objetivo dessa conversa é descobrir se eles perceberam a alegoria do texto: que o barquinho tinha ido pelo rio — isto é, o seu destino; virado veleiro — se transformado, crescido, amadu-recido; e não queria mais voltar, pois conhecera o mar — hori-zontes mais amplos, a liberdade.
2. Promova uma discussão com a classe: Será que a lavadeira era
mesmo doida? O que ela ensinou ao menino? Basicamente, que tudo é efêmero, que ninguém é dono de nada e que o bem mais precioso é a liberdade. Releia com eles os versos em que ela diz: “cada passo é um caminho/ todo rio é liberdade” e “Tudo na vida é mudança/ tudo passa num instante”. Verifique o que eles entenderam sobre isso. Há várias interpretações possíveis. Procu-re deixá-los bem livProcu-res para apProcu-resentar suas interpProcu-retações, uma vez que o texto é bastante subjetivo.
3. Verifique também o que eles entenderam sobre o que disse
um dos cavaleiros: “Compreendi que a paixão/ as cores todas
mistura. O amor é coisa pura, coração ninguém segura!”. Inicialmente, eles pareciam orgulhosos, só queriam saber das co-res deles; mas compreendem que isso, afinal, não importa: o que vale são os sentimentos.
4. Pergunte à classe se eles concordam com o que o sapo disse a
respeito de ser rei. Por que o sapo disse que um rei não é livre? Aproveite e leia (ou releia) para eles a história do Príncipe Sapo, dos irmãos Grimm (também chamada O fiel Henrique). Compa-rem os dois sapos; saliente que sempre é possível haver pontos de vistas diferentes sobre a mesma questão.
5. Com certeza, seus alunos terão achado muita graça do trecho
em que o sapo diz:
Um sapo mostrando a bunda é uma coisa mais que normal. Um rei pelado, coitado, todo mundo fala mal!
Rei pelado lembra outra história. Veja se seus alunos conhecem a história A roupa nova do imperador, de Hans Christian Andersen. Não? Então, já está mais do que na hora de conhecerem...
6. O bolo de aniversário tinha um sabor diferente para cada um
(o do vaga-lume, de alface; da lavadeira, de aipim com goiaba-da; o do menino, de brigadeiro).
Pergunte agora: E o bolo de vocês, que gosto teria? Proponha que criem uma pequena estrofe rimada contando suas preferên-cias. Por exemplo:
O meu bolo é de cocada
E, garanto, não vai sobrar nada!
ou
O meu é de abacaxi com casquinha de siri!
e assim por diante.
6. Improvisação teatral
A lavadeira fez o rio com um pano azul. Distribua panos colori-dos para a classe (de preferência leves, como tules). Organize-os em grupos e peça para criarem uma pequena cena em que os panos, como o da lavadeira, se transformem no que quiserem. Depois de preparada, cada grupo apresenta a sua cena para a classe.
7. O texto A viagem de um barquinho foi escrito originalmente
em forma de teatro e ganhou muitos prêmios pela sua qualidade artística. Conte isso à classe e estimule-os a imaginar como pode-riam encenar a história.
Antes, mostre a eles livros com peças de teatro para que perce-bam o modo particular de apresentação do gênero:
• As falas são introduzidas pelo nome da personagem. • Entre parênteses ou em itálico, podem aparecer rubricas
que, em geral, contêm indicações de cenário, rápidas des-crições das personagens, pequenas narrações sobre o que acontece.
• É possível dividir a peça em cenas, que, em geral, levam em conta os personagens que contracenam; e, em textos mais longos, também em atos, que se estruturam a partir do de-senvolvimento do enredo.
Divida a classe em grupos e proponha que façam as adaptações necessárias para que o texto fique com cara de peça de teatro. Se sua escola tiver laboratório de informática, você pode facilitar o trabalho disponibilizando uma versão do texto já digitada, as-sim eles poderão se concentrar na adaptação.
Concluído esse trabalho, peça que preparem uma leitura do tex-to, mas não uma simples leitura; uma leitura dramática, isto é, peça que leiam interpretando a situação apresentada pelo texto. Bem, dependendo do envolvimento da turma e do seu talento como diretor de teatro, que tal encarar o palco? Aplausos não faltarão!
LEIA MAIS...
1. DA MESMA AUTORA
• A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda — São Paulo, Editora Ática • Se as coisas fossem mães — Rio de Janeiro, Editora Nova
Fronteira
• Uxa, ora fada, ora bruxa — Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira
2. SOBRE O MESMO ASSUNTO
• Panos e lendas — Vladimir Capella e José Geraldo Rocha, São Paulo, EDC
• História de Lenços e ventos — Ilo Krugli e José Geraldo Ro-cha, São Paulo, Editora Nova Fronteira
3. Pergunte aos alunos para onde pode ir esse barquinho. Que
tipo de viagem será essa? O objetivo dessa conversa é introduzir as crianças no universo poético e onírico que caracteriza a narrativa.
4. Leia a primeira estrofe do poema que apresenta um dos
per-sonagens principais, o menino Chico Eduardo, que fez o barqui-nho. Mostre a ilustração e pergunte se é possível descobrir como é o menino. Apesar de termos uma indicação precisa de onde ele está, não temos a menor possibilidade de saber como ele é, por-que a ilustração privilegia o cenário.
5. Leia as duas estrofes em que se apresenta a outra
protagonis-ta, a lavadeira, “meio doida e engraçada”. Também não dá para saber como ela é, porque a ilustração “tal e qual...”.
Durante a leitura:
1. Diga que a história pode parecer meio maluquinha, afinal a
lavadeira é muito doida e engraçada. Mas lembre-os de que, às vezes, um artista pode parecer meio louco, um sábio pode ser considerado doido por aqueles que não conhecem as coisas que ele descobriu. Então, diga para prestarem muita atenção à sabe-doria que pode estar escondida nas palavras que a lavadeira diz.
2. Peça que observem o que vai acontecer com a ilustração, se
ela vai continuar toda cinza, sem outras cores.
Depois da leitura:
1. Verifique se eles entenderam a história. Onde foi parar o
bar-quinho? No que ele se transformou? Por que não quis mais vol-tar? O objetivo dessa conversa é descobrir se eles perceberam a alegoria do texto: que o barquinho tinha ido pelo rio — isto é, o seu destino; virado veleiro — se transformado, crescido, amadu-recido; e não queria mais voltar, pois conhecera o mar — hori-zontes mais amplos, a liberdade.
2. Promova uma discussão com a classe: Será que a lavadeira era
mesmo doida? O que ela ensinou ao menino? Basicamente, que tudo é efêmero, que ninguém é dono de nada e que o bem mais precioso é a liberdade. Releia com eles os versos em que ela diz: “cada passo é um caminho/ todo rio é liberdade” e “Tudo na vida é mudança/ tudo passa num instante”. Verifique o que eles entenderam sobre isso. Há várias interpretações possíveis. Procu-re deixá-los bem livProcu-res para apProcu-resentar suas interpProcu-retações, uma vez que o texto é bastante subjetivo.
3. Verifique também o que eles entenderam sobre o que disse
um dos cavaleiros: “Compreendi que a paixão/ as cores todas
mistura. O amor é coisa pura, coração ninguém segura!”. Inicialmente, eles pareciam orgulhosos, só queriam saber das co-res deles; mas compreendem que isso, afinal, não importa: o que vale são os sentimentos.
4. Pergunte à classe se eles concordam com o que o sapo disse a
respeito de ser rei. Por que o sapo disse que um rei não é livre? Aproveite e leia (ou releia) para eles a história do Príncipe Sapo, dos irmãos Grimm (também chamada O fiel Henrique). Compa-rem os dois sapos; saliente que sempre é possível haver pontos de vistas diferentes sobre a mesma questão.
5. Com certeza, seus alunos terão achado muita graça do trecho
em que o sapo diz:
Um sapo mostrando a bunda é uma coisa mais que normal. Um rei pelado, coitado, todo mundo fala mal!
Rei pelado lembra outra história. Veja se seus alunos conhecem a história A roupa nova do imperador, de Hans Christian Andersen. Não? Então, já está mais do que na hora de conhecerem...
6. O bolo de aniversário tinha um sabor diferente para cada um
(o do vaga-lume, de alface; da lavadeira, de aipim com goiaba-da; o do menino, de brigadeiro).
Pergunte agora: E o bolo de vocês, que gosto teria? Proponha que criem uma pequena estrofe rimada contando suas preferên-cias. Por exemplo:
O meu bolo é de cocada
E, garanto, não vai sobrar nada!
ou
O meu é de abacaxi com casquinha de siri!
e assim por diante.
6. Improvisação teatral
A lavadeira fez o rio com um pano azul. Distribua panos colori-dos para a classe (de preferência leves, como tules). Organize-os em grupos e peça para criarem uma pequena cena em que os panos, como o da lavadeira, se transformem no que quiserem. Depois de preparada, cada grupo apresenta a sua cena para a classe.
7. O texto A viagem de um barquinho foi escrito originalmente
em forma de teatro e ganhou muitos prêmios pela sua qualidade artística. Conte isso à classe e estimule-os a imaginar como pode-riam encenar a história.
Antes, mostre a eles livros com peças de teatro para que perce-bam o modo particular de apresentação do gênero:
• As falas são introduzidas pelo nome da personagem. • Entre parênteses ou em itálico, podem aparecer rubricas
que, em geral, contêm indicações de cenário, rápidas des-crições das personagens, pequenas narrações sobre o que acontece.
• É possível dividir a peça em cenas, que, em geral, levam em conta os personagens que contracenam; e, em textos mais longos, também em atos, que se estruturam a partir do de-senvolvimento do enredo.
Divida a classe em grupos e proponha que façam as adaptações necessárias para que o texto fique com cara de peça de teatro. Se sua escola tiver laboratório de informática, você pode facilitar o trabalho disponibilizando uma versão do texto já digitada, as-sim eles poderão se concentrar na adaptação.
Concluído esse trabalho, peça que preparem uma leitura do tex-to, mas não uma simples leitura; uma leitura dramática, isto é, peça que leiam interpretando a situação apresentada pelo texto. Bem, dependendo do envolvimento da turma e do seu talento como diretor de teatro, que tal encarar o palco? Aplausos não faltarão!
LEIA MAIS...
1. DA MESMA AUTORA
• A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda — São Paulo, Editora Ática • Se as coisas fossem mães — Rio de Janeiro, Editora Nova
Fronteira
• Uxa, ora fada, ora bruxa — Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira
2. SOBRE O MESMO ASSUNTO
• Panos e lendas — Vladimir Capella e José Geraldo Rocha, São Paulo, EDC
• História de Lenços e ventos — Ilo Krugli e José Geraldo Ro-cha, São Paulo, Editora Nova Fronteira
3. Pergunte aos alunos para onde pode ir esse barquinho. Que
tipo de viagem será essa? O objetivo dessa conversa é introduzir as crianças no universo poético e onírico que caracteriza a narrativa.
4. Leia a primeira estrofe do poema que apresenta um dos
per-sonagens principais, o menino Chico Eduardo, que fez o barqui-nho. Mostre a ilustração e pergunte se é possível descobrir como é o menino. Apesar de termos uma indicação precisa de onde ele está, não temos a menor possibilidade de saber como ele é, por-que a ilustração privilegia o cenário.
5. Leia as duas estrofes em que se apresenta a outra
protagonis-ta, a lavadeira, “meio doida e engraçada”. Também não dá para saber como ela é, porque a ilustração “tal e qual...”.
Durante a leitura:
1. Diga que a história pode parecer meio maluquinha, afinal a
lavadeira é muito doida e engraçada. Mas lembre-os de que, às vezes, um artista pode parecer meio louco, um sábio pode ser considerado doido por aqueles que não conhecem as coisas que ele descobriu. Então, diga para prestarem muita atenção à sabe-doria que pode estar escondida nas palavras que a lavadeira diz.
2. Peça que observem o que vai acontecer com a ilustração, se
ela vai continuar toda cinza, sem outras cores.
Depois da leitura:
1. Verifique se eles entenderam a história. Onde foi parar o
bar-quinho? No que ele se transformou? Por que não quis mais vol-tar? O objetivo dessa conversa é descobrir se eles perceberam a alegoria do texto: que o barquinho tinha ido pelo rio — isto é, o seu destino; virado veleiro — se transformado, crescido, amadu-recido; e não queria mais voltar, pois conhecera o mar — hori-zontes mais amplos, a liberdade.
2. Promova uma discussão com a classe: Será que a lavadeira era
mesmo doida? O que ela ensinou ao menino? Basicamente, que tudo é efêmero, que ninguém é dono de nada e que o bem mais precioso é a liberdade. Releia com eles os versos em que ela diz: “cada passo é um caminho/ todo rio é liberdade” e “Tudo na vida é mudança/ tudo passa num instante”. Verifique o que eles entenderam sobre isso. Há várias interpretações possíveis. Procu-re deixá-los bem livProcu-res para apProcu-resentar suas interpProcu-retações, uma vez que o texto é bastante subjetivo.
3. Verifique também o que eles entenderam sobre o que disse
um dos cavaleiros: “Compreendi que a paixão/ as cores todas
mistura. O amor é coisa pura, coração ninguém segura!”. Inicialmente, eles pareciam orgulhosos, só queriam saber das co-res deles; mas compreendem que isso, afinal, não importa: o que vale são os sentimentos.
4. Pergunte à classe se eles concordam com o que o sapo disse a
respeito de ser rei. Por que o sapo disse que um rei não é livre? Aproveite e leia (ou releia) para eles a história do Príncipe Sapo, dos irmãos Grimm (também chamada O fiel Henrique). Compa-rem os dois sapos; saliente que sempre é possível haver pontos de vistas diferentes sobre a mesma questão.
5. Com certeza, seus alunos terão achado muita graça do trecho
em que o sapo diz:
Um sapo mostrando a bunda é uma coisa mais que normal. Um rei pelado, coitado, todo mundo fala mal!
Rei pelado lembra outra história. Veja se seus alunos conhecem a história A roupa nova do imperador, de Hans Christian Andersen. Não? Então, já está mais do que na hora de conhecerem...
6. O bolo de aniversário tinha um sabor diferente para cada um
(o do vaga-lume, de alface; da lavadeira, de aipim com goiaba-da; o do menino, de brigadeiro).
Pergunte agora: E o bolo de vocês, que gosto teria? Proponha que criem uma pequena estrofe rimada contando suas preferên-cias. Por exemplo:
O meu bolo é de cocada
E, garanto, não vai sobrar nada!
ou
O meu é de abacaxi com casquinha de siri!
e assim por diante.
6. Improvisação teatral
A lavadeira fez o rio com um pano azul. Distribua panos colori-dos para a classe (de preferência leves, como tules). Organize-os em grupos e peça para criarem uma pequena cena em que os panos, como o da lavadeira, se transformem no que quiserem. Depois de preparada, cada grupo apresenta a sua cena para a classe.
7. O texto A viagem de um barquinho foi escrito originalmente
em forma de teatro e ganhou muitos prêmios pela sua qualidade artística. Conte isso à classe e estimule-os a imaginar como pode-riam encenar a história.
Antes, mostre a eles livros com peças de teatro para que perce-bam o modo particular de apresentação do gênero:
• As falas são introduzidas pelo nome da personagem. • Entre parênteses ou em itálico, podem aparecer rubricas
que, em geral, contêm indicações de cenário, rápidas des-crições das personagens, pequenas narrações sobre o que acontece.
• É possível dividir a peça em cenas, que, em geral, levam em conta os personagens que contracenam; e, em textos mais longos, também em atos, que se estruturam a partir do de-senvolvimento do enredo.
Divida a classe em grupos e proponha que façam as adaptações necessárias para que o texto fique com cara de peça de teatro. Se sua escola tiver laboratório de informática, você pode facilitar o trabalho disponibilizando uma versão do texto já digitada, as-sim eles poderão se concentrar na adaptação.
Concluído esse trabalho, peça que preparem uma leitura do tex-to, mas não uma simples leitura; uma leitura dramática, isto é, peça que leiam interpretando a situação apresentada pelo texto. Bem, dependendo do envolvimento da turma e do seu talento como diretor de teatro, que tal encarar o palco? Aplausos não faltarão!
LEIA MAIS...
1. DA MESMA AUTORA
• A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda — São Paulo, Editora Ática • Se as coisas fossem mães — Rio de Janeiro, Editora Nova
Fronteira
• Uxa, ora fada, ora bruxa — Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira
2. SOBRE O MESMO ASSUNTO
• Panos e lendas — Vladimir Capella e José Geraldo Rocha, São Paulo, EDC
• História de Lenços e ventos — Ilo Krugli e José Geraldo Ro-cha, São Paulo, Editora Nova Fronteira