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3o Seminário de Relações Internacionais Graduação e Pós-Graduação Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI)

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Graduação e Pós-Graduação

Associação Brasileira de Relações Internacionais

(ABRI)

“Repensando interesses e desafios para a inserção

internacional do Brasil no Século XXI”

29 e 30 de setembro de 2016, Florianópolis

campus da Universidade Federal de Santa Catarina

O caso em sala de aula: reflexões sobre o projeto de monitoria “Temas

Sociais nas Relações Internacionais: compreendendo arranjos

concretos de governança global”

Fabia Fernandes Carvalho Veçoso

Professora Adjunta do curso de Relações Internacionais

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

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Resumo: Este trabalho busca apresentar reflexões a respeito do projeto de monitoria no

curso de Relações Internacionais da Escola Paulista de Economia, Política e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (EPPEN/UNIFESP), o qual teve como objeto a unidade curricular (UC) denominada “Temas Sociais nas Relações Internacionais”. Essa UC articula novos temas do campo das Relações Internacionais, os quais incluem experiências de governança global e a atuação de atores não estatais na arena internacional, com base em uma agenda transnacional e interdependente. A UC aprofunda a compreensão das alunas e dos alunos sobre globalização, permite a compreensão sobre como o campo das Relações Internacionais tem articulado o tema da governança global e possibilita a análise e discussão de projetos de governança em curso na atualidade. O projeto pretendeu contribuir de forma substantiva para o desenvolvimento da UC referida, buscando impactos positivos também na qualidade do curso de Relações Internacionais como um todo, em um cenário de intensa cooperação entre professora, alunas e alunos. O Programa de Monitoria da UNIFESP pretende fomentar a iniciação à docência e o desenvolvimento de habilidades e competências diretamente relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. A utilização dos casos buscou a problematização de arranjos concretos de governança, com o objetivo de engajar ativamente alunas e alunos em atividades que envolveram a participação em dinâmicas planejadas a partir do material didático construído no âmbito do projeto.

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O caso em sala de aula: reflexões sobre o projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações Internacionais: compreendendo arranjos concretos de governança global”

Fabia Fernandes Carvalho Veçoso *

Introdução

O presente trabalho possui como objetivo apresentar reflexões sobre a execução do projeto de monitoria que teve como objeto Unidade Curricular (UC) ministrada no segundo semestre de 2015 no curso de Relações Internacionais, turnos integral e noturno, da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (EPPEN/ UNIFESP). Denominada “Temas Sociais nas Relações Internacionais”, a UC em questão articula os novos temas das Relações Internacionais que compõem a agenda da governança global e a atuação da sociedade civil na arena internacional, com base em uma agenda transnacional e interdependente. De forma específica, a UC aprofunda a compreensão das alunas e dos alunos sobre globalização, permite a compreensão sobre como o campo das Relações Internacionais tem articulado o tema da governança global e possibilita a análise e discussão de projetos concretos de governança global em curso na atualidade.

O projeto de monitoria em debate foi aprovado em julho de 2015, com uma bolsa remunerada de monitoria e duas posições de monitoria voluntária. Vale sublinhar que o projeto foi aprovado com duração de apenas um semestre, já que a UC “Temas Sociais nas Relações Internacionais” é ministrada somente uma vez por ano, no decorrer do segundo semestre, conforme matriz curricular e projeto pedagógico do curso de Relações Internacionais da EPPEN/UNIFESP. 1

Após processo seletivo público e aberto que envolveu análise do histórico escolar de estudantes interessados e entrevista pessoal, foram selecionadas como monitoras voluntárias Marina Sanchez Ribeiro e Clarissa Nascimento Forner, e como monitora bolsista Natasha Ortolan Ervilha.

Para além de auxiliares da professora em sala de aula, as monitoras estiveram envolvidas em atividades de pesquisa relacionadas à construção de casos didáticos que abordaram experiências concretas de governança global na atualidade. Essa atividade de pesquisa e a utilização dos casos em sala de aula como estratégia didática contaram com a participação direta da equipe de monitoria, contribuindo para a diversificação do processo de

Professora Adjunta do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

*

Pesquisadora Visitante em 2016 da Faculdade de Direito da Universidade de Melbourne em nível de pós-doutorado (http://www.lpil.org/people/). Doutora em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo.

Disponível em: <http://www.unifesp.br/campus/osa2/graduacao/cursos-de-graduacao/relacoes-internacionais>,

1

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ensino-aprendizagem das alunas e alunos da UC em questão, público-alvo do presente projeto de monitoria.

1 Descrição e análise do projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações

Internacionais: compreendendo arranjos concretos de governança global”

A presente análise do projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações

Internacionais: compreendendo arranjos concretos de governança global” se articula em

torno de seus dois objetivos principais: i) contribuir para o aperfeiçoamento dos conteúdos e das metodologias desenvolvidos no âmbito da UC “Temas Sociais nas Relações Internacionais” e ii) contribuir para que as alunas e os alunos da UC em questão (público-alvo) tenham uma experiência diferenciada em termos acadêmico-didáticos.

Justamente pelo fato de a UC em questão possuir entre seus objetivos a análise de experiências concretas e atuais de governança global, as aulas não poderiam se limitar às perspectivas teóricas sobre o tema, mas deveriam incluir análises de experiências concretas relacionadas a novos arranjos de governança, compreendendo os chamados novos temas no campo das Relações Internacionais, tais como direitos humanos, pobreza, desigualdade, fluxos transnacionais de pessoas, meio ambiente, entre outros. Nesse sentido, desde sua concepção, o projeto de monitoria foi pensado para possibilitar a construção de materiais de ensino relacionados a casos concretos de governança global.

Assim, nos termos do projeto submetido ao Programa Institucional de Monitoria 2015/2016 da UNIFESP em junho de 2015, buscou-se selecionar monitores entre discentes regulares do curso de Relações Internacionais. Como perfil desejado, esperou-se que o(a) monitor(a) possuísse, além de um bom desempenho escolar e um genuíno interesse pela vida acadêmica, habilidades para a pesquisa, já que a atividade de monitoria demandaria, entre outras atividades, engajamento ativo na produção de conhecimento sobre experiências atuais de governança global. Buscou-se selecionar discentes com habilidade para manusear textos e documentos relacionados a essas experiências, além de espírito crítico, o que lhes possibilitaria observar, avaliar e mesmo propor aperfeiçoamentos à UC ministrada.

Para realização dos dois objetivos do projeto de monitoria mencionados acima, foram definidas como atribuições da equipe de monitoria:

a) participar das atividades de pesquisa que subsidiariam a produção de conhecimento para o estudo das experiências atuais concretas de governança global, conforme orientações da professora responsável pelo projeto;

b) contribuir para a elaboração de atividades participativas realizadas em sala de aula, sendo tais atividades diretamente relacionadas aos casos concretos de governança global referidos no item a);

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d) auxiliar a professora responsável pelo projeto de monitoria na avaliação da performance das alunas e dos alunos (público-alvo) relativamente às atividades realizadas em sala de aula.

As atividades de monitoria foram realizadas de forma presencial e não presencial. Seis horas de atividades presenciais compreenderam presença semanal em sala de aula (quatro horas) e reuniões semanais (duas horas) com a professora responsável pelo projeto de monitoria. As reuniões presenciais tiveram como objetivo a organização das atividades de pesquisa para elaboração dos casos e das atividades participativas realizadas em sala de aula. As seis horas de atividades não presenciais foram dedicadas à pesquisa e à contribuição da equipe de monitoria para a elaboração de material de ensino relacionado aos casos concretos de governança global. O cronograma abaixo sintetiza o planejamento das atividades da equipe de monitoria durante o segundo semestre de 2015 no âmbito do projeto “Temas Sociais nas Relações Internacionais: compreendendo arranjos concretos de

governança global”:

Fonte: elaboração própria ATIVIDADES PROGRAMADAS

(2015)

Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Semanas 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Reunião inaugural para início das

atividades de monitoria X Reuniões periódicas entre monitoras e professora X X X X X X X X X X X X X X X X X Assistir às aulas do curso X X X X X X X X X X X X X X X X X Elaborar relatório mensal de atividades X X X Atividades não presenciais de pesquisa X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

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Considerando que a UC “Temas Sociais nas Relações Internacionais” foi lecionada nos dois turnos do segundo semestre de 2015 (integral e noturno), para o oitavo termo do curso de Relações Internacionais da EPPEN/UNIFESP, cerca de 60 (sessenta) discentes foram beneficiados pelo presente projeto de monitoria.

Inicio minha análise do projeto de monitoria em debate considerando os pontos positivos relacionados à sua implementação. Com o início das aulas no campus Osasco em meados de agosto de 2015, realizei reunião inaugural presencial dos trabalhos com a equipe de monitoras no dia 27 de agosto de 2015. Esse encontro foi precedido pela leitura, pelas monitoras, de material por mim selecionado sobre a construção de casos didáticos e sua utilização em sala de aula. Após a análise desse material durante a primeira semana do semestre letivo, realizamos nossa primeira reunião presencial para organização dos trabalhos. A partir desse primeiro encontro em agosto, foram realizadas reuniões semanais de trabalho com a equipe de monitoria até o final do semestre. Sempre com foco na construção dos casos didáticos e na criação de dinâmica envolvendo a utilização do caso em sala de aula, pude contar com a contribuição fundamental de minhas três monitoras, tal como previsto originalmente no projeto de monitoria apresentado.

Conforme plano de ensino disponibilizado na página da UC na Plataforma Moodle/ UNIFESP, plataforma plenamente utilizada por mim para disponibilização de todo material 2 didático e de apoio relacionada à UC “Temas Sociais”, os quinze encontros previstos para a UC “Temas Sociais”, tanto no turno integral quanto no turno noturno, foram divididos da seguinte forma: três aulas teóricas introdutórias, duas aulas com casos didáticos por mim elaborados integralmente, seis aulas com casos didáticos construídos pela equipe de monitoria, uma aula-palestra com professor convidado, uma aula para discussão avaliativa entre as alunas e os alunos a respeito do projeto de monitoria e, finalmente, dois encontros para prova presencial e prova substitutiva, respectivamente.

Essa organização das aulas da UC “Temas Sociais” permitiu à equipe de monitoria duas vivências essenciais: em primeiro lugar, tomar contato com a estratégia didática do estudo de caso, participando das aulas por mim ministradas (baseadas nos casos didáticos por mim construídos e na realização de dinâmicas participativas realizadas a partir dos casos) e, em segundo lugar, ter tempo para a construção cuidadosa de seus respectivos casos. Assim, com três semanas de aulas teóricas abrindo o curso, a equipe de monitoria teve tempo e tranquilidade para elaborar projetos de casos e discuti-los em conjunto nas nossas reuniões semanais. Cada monitora ficou responsável pela elaboração de dois casos didáticos, além da presença semanal em sala de aula.

De forma geral, o processo de construção de casos didáticos envolveu uma primeira etapa de escolhas temáticas, a qual foi beneficiada pela experiência prévia das monitoras com projetos de iniciação científica. Assim, pude aproveitar a experiência já adquirida de pesquisa da minha equipe de monitoria, o que criou um ambiente de estreita sinergia entre

Disponível em: <http://ead.unifesp.br/graduacao/course/view.php?id=2791>, acesso em 24 set. 2016.

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ensino e pesquisa neste projeto de monitoria. Após a escolha do tema, cada monitora trabalhou a forma a construir a narrativa de seu caso, buscando apresentar as informações relacionadas de forma estratégica e objetiva, já que as alunas e os alunos deveriam ler o material em sala de aula para preparação para a atividade relacionada ao caso. Finalmente, uma terceira etapa do trabalho de construção dos casos didáticos esteve relacionada à montagem da dinâmica participativa, a qual deveria envolver as alunas e os alunos na problematização concreta proposta pelo caso didático.

A tabela abaixo resume os temas dos casos utilizados na UC “Temas Sociais” durante o segundo semestre de 2015, com indicações sobre monitora responsável e dinâmica realizada:

Fonte: elaboração própria

Como mencionado, a página da UC “Temas Sociais”, ministrada no segundo semestre de 2015, na plataforma Moodle possui todo o material didático utilizado em cada aula do curso. Além do caso didático, foram disponibilizados, sempre em arquivo eletrônico, 3 material de apoio para utilização do caso em sala de aula (vídeos, reportagens, textos informativos), bem como textos de leitura complementar para o embasamento das questões teóricas relacionadas ao caso. Apresentações de powerpoint relacionadas aos casos também foram disponibilizadas na plataforma Moodle.

Caso

Monitora responsável

dinâmica participativa

Fluxo transnacionais de pessoas I -

caso "Conector" Natasha Ortolan Ervilha

debate plenário a partir de questões orientadoras Fluxo transnacionais de

pessoas II -

caso “Border Walls" Natasha Ortolan Ervilha

debate plenário a partir de questões orientadoras Criminalidade e governança

global I - caso “Al Bashir" Marina Sanchez Ribeiro júri simulado Criminalidade e governança

global II - caso “Colômbia" Marina Sanchez Ribeiro simulação negociações de paz Segurança terrorismo e

governança global I - caso “Lei

antiterrorismo” Clarissa Nascimento Forner

debate plenário a partir de questões orientadoras Segurança terrorismo e

governança global II - caso

“Estado Islâmico” Clarissa Nascimento Forner

simulação reunião do Conselho de Segurança da ONU

Todos os casos estão disponíveis na íntegra na página eletrônico do curso na plataforma Moodle. Disponível

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Pude contar com a participação ativa da equipe de monitoria em sala de aula, no contexto de utilização dos casos didáticos como estratégia de ensino. Assim, as atribuições da equipe de monitoria, tal como previsto originalmente no projeto aprovado, foram implementadas de forma completa durante a execução do projeto. Considero, assim, que o projeto de monitoria em análise contou com os seguintes aspectos positivos em sua implementação:

a) estreita relação de cooperação entre a equipe de monitoria e entre as monitoras e a professora responsável pelo projeto, com experiência docente concreta empreendida pelas monitoras;

b) relacionamento benéfico entre alunas e alunos e a equipe de monitoria no que tange ao processo de ensino e aprendizagem, o que contribuiu para diminuir a distância e a hierarquia muitas vezes existente na relação professor-aluno;

c) estreita sinergia entre atividades de pesquisa e de ensino;

d) projeto que envolveu ganhos para todos os participantes: monitoras que puderam se apropriar da estratégia de uso de casos didáticos em sala de aula; professora responsável que pode contar com casos temáticos bastante diversos (cuja atividade de pesquisa seria inexequível para realização somente pela professora); alunas e alunos que puderam experimentar uma posição ativa no processo de ensino e aprendizagem, sendo forçados a sair do papel de meros ouvintes de uma aula expositiva - as simulações realizadas no curso são o maior exemplo dessa mudança de atitude, pois no momento em que o estudante assume o papel de um juiz em júri simulado (por exemplo), é preciso apreender a problemática envolvida no caso didático, organizar seu próprio entendimento a partir dessa problemática e montar a respectiva estratégia argumentativa para participação na dinâmica em sala de aula.

Como questões que merecem aperfeiçoamento nas próximas edições desse projeto, acredito que seja necessário trabalhar ainda mais as expectativas das alunas e dos alunos relativamente à uma UC em que são utilizados casos didáticos. Como relatarei abaixo sobre a avaliação dos discentes a respeito deste projeto de monitoria, alunas e alunos se sentiram inseguros quanto aos critérios de avaliação da UC, perguntando-me sobre a “matéria da prova” e como eles deveriam estudar. Algumas estudantes relataram ter a impressão de terem aprendido “pouco”, já que foram poucas as aulas expositivas ministradas nessa UC.

Assim, acredito que além de transformações nas estratégias didáticas dos docentes, algo que busquei fazer neste projeto de monitoria, seja necessário também trabalhar a

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expectativa dos estudantes por “transmissão de conteúdos”. Muitos estão acostumados ao perfil passivo de meros ouvintes em aulas expositivas. É preciso muita dedicação, diálogo e experiências práticas para transformar o contexto da aluna e do aluno de mero ouvinte para sujeito ativo no processo de ensino e aprendizagem, como sujeito responsável pela construção de seu próprio conhecimento.

Vale sublinhar que os critérios de avaliação foram explicados na primeira aula do curso e em outros momentos em que fui questionada a esse respeito, além de disponíveis no Plano de Ensino publicado na Plataforma Moodle. Para motivar a participação ativa das alunas e dos alunos nas atividades em sala de aula, a nota final dos estudantes nessa UC envolveu atribuição de nota de participação. Conforme expressamente mencionado no plano de ensino:

“Alunas e alunos serão avaliados no curso por meio de realização de prova presencial, a qual será composta por questões dissertativas sobre os temas analisados e discutidos no curso, além de participação em sala de aula. A participação em sala de aula será avaliada por meio de atividades específicas, as quais serão realizadas mediante aviso prévio da professora. A nota final será composta pela atribuição de 40% do valor à participação em sala e 60% do valor à prova presencial.”

Parece-me que explicações mais constantes a respeito das atividades de participação, sua dinâmica e datas de realização poderão contribuir, em próximas edições desse projeto, para uma compreensão mais robusta das alunas e dos alunos a respeito de uma postura ativa e de seu protagonismo no contexto do processo de ensino e aprendizagem. No entanto, reconheço que essas inseguranças dos estudantes, até mesmo uma certa “resistência" para atividades participativas, não são exclusividades deste projeto de monitoria. Entendo que são questões mais amplas relacionadas a uma visão tradicional do processo de ensino e aprendizagem, em que o professor “transmite conhecimentos” para um aluno ouvinte. Transformações de caráter mais estrutural, tal como a pretendida em relação à implementação de atividades participativas em sala de aula, envolvem todos os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, docentes e discentes, de forma que torna-se necessária a implementação contínua de mudanças, de forma a possibilitar a transformação das expectativas mais tradicionais das alunas e dos alunos por transmissão de conhecimento por meio de aulas expositivas.

2 A experiência da equipe de monitoria no projeto “Temas Sociais nas Relações

Internacionais: compreendendo arranjos concretos de governança global”

As três monitoras envolvidas neste projeto, Marina, Clarissa e Natasha, tiveram desempenho notável. Engajadas com a proposta deste projeto de monitoria desde nossa

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primeira reunião presencial, pude notar a sua dedicação nas atividades de pesquisa, na preparação dos casos e na condução das dinâmicas em sala de aula. Pude contar com uma equipe de monitoras que contribuiu de forma substantiva para o desenvolvimento da UC “Temas Sociais nas Relações Internacionais” no sentido de buscar uma participação mais ativa dos discentes no processo de ensino e aprendizagem.

De forma geral, os critérios de avaliação criados para análise das atividades da equipe de monitoria foram plenamente verificados na implementação do projeto de monitoria durante o segundo semestre de 2015. Horários foram cumpridos com pontualidade e assiduidade, compromissos atendidos nos prazos solicitados, o que envolveu especialmente a elaboração dos casos com a devida antecedência para sua utilização em sala de aula. Também foi verificado comprometimento com os objetivos propostos para as atividades solicitadas, com atitute colaborativa com as colegas, individualmente e em grupos de estudos, além do desenvolvimento de práticas de estudo e pesquisa com criatividade e iniciativa para a realização das diversas atividades de monitoria. A equipe se caracterizou por seu interesse e responsabilidade na condução de suas tarefas, com total conhecimento e compreensão do Programa de Monitoria da UNIFESP e seus objetivos, atendendo com competência e responsabilidade as diversificadas atividades referentes ao projeto em debate. Finalmente, vale mencionar que nos termos do edital do Programa de Monitoria 2015/2016, a equipe participou do II Congresso Acadêmico da UNIFESP, realizado entre 06 e 09 de julho de 2016, apresentando o projeto e seus resultados ao grupo de professores avaliadores indicado pela Comissão Institucional de Monitoria da UNIFESP. Avalio de forma absolutamente positiva a atuação da equipe de monitoria em relação aos critérios de avaliação propostos. A sinergia que se estabeleceu entre nós foi intensa e muito benéfica.

Sempre com dedicação e cumprimento aos prazos estabelecidos, pude contar com monitoras responsáveis e engajadas com o objetivo maior de elaboração de casos didáticos interessantes, os quais pudessem motivar as alunas e os alunos a participarem das dinâmicas em sala de aula. Conseguimos o estabelecimento de um contexto de colaboração entre nós, de forma que todas contribuíram para a construção de todos os casos. As reuniões presenciais semanais foram marcadas por muitos debates e criatividade da equipe de monitoria, sempre prontas e aperfeiçoar os casos propostos, não apenas os respectivos casos individuais, mas também os casos das colegas de equipe. Nesse ambiente colaborativo e de intenso trabalho de pesquisa, pude aprender muito sobre trabalho em equipe e generosidade acadêmica.

Abaixo apresento a percepção individual de cada monitora a respeito de sua participação no projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações Internacionais:

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Natasha Ortolan Ervilha

Em linhas gerais, o projeto de monitoria na disciplina de Temas Sociais nas Relações Internacionais pôde contribuir com uma nova dimensão dentro da trajetória acadêmica: o desenvolvimento prático e participativo dentro da sala de aula. Geralmente os projetos tradicionais de monitoria requisitam apenas atividades processuais e técnicas dos monitores envolvidos, porém o projeto da professora Fabia Veçoso nos proporcionou uma maneira diferente de apreensão do conteúdo, ao permitir que as construções dos estudos de caso fossem feitas de acordo com os temas de maior interesse, do ponto de vista individual, e de forma coletiva, solicitando nosso esforço e pensamento crítico a todo o momento.

A construção dos temas contribuiu para um pensar metodológico, fornecido pela professora, que dificilmente teríamos contato dentro da graduação e em outros projetos de monitoria. Considero que a junção do pensar acadêmico com as dimensões práticas do tema, bem como a experiência de docência foram tanto benéficas para a equipe de monitoria, quanto para os alunos em sala de aula. Por fim, esta experiência de fato forneceu ferramentas para meu aperfeiçoamento acadêmico e interpessoal, por isso avalio o projeto em seu total como excelente.

Clarissa Nascimento Forner

De um ponto de vista retrospectivo e geral, creio ser possível afirmar que o projeto de monitoria de Temas Sociais nas Relações Internacionais trouxe consideráveis frutos, tanto em sua elaboração, quanto nos resultados finais. Dentre alguns desses, é importante ressaltar a versatilidade didática e metodológica propiciada pela aplicação dos estudos de caso que, além de extrapolar as práticas essencialmente conteudistas do ensino tradicional, possibilitaram maior contato empírico, por parte da equipe de monitoras e dos alunos, com conceitos trabalhados apenas teoricamente durante a graduação. Apesar de oferecer instrumentos valorosos, a dimensão teórica se torna limitada em certos sentidos, ao passo que os casos exigem não apenas o domínio do arcabouço conceitual, mas também a manipulação desse último de forma crítica.

Em minha análise, o contato com esse método e a atualidade dos temas trabalhados em sala, os quais ainda levavam em consideração o aproveitamento das áreas de interesse da equipe como um todo, foram os pontos altos do projeto. Pessoalmente, também devo acrescentar que a participação em seu desenvolvimento contribuiu intensamente para o aperfeiçoamento de minhas pesquisas e, sobretudo, para a construção de um olhar mais crítico sobre o ensino na universidade pública e o significado social do conhecimento acadêmico. A despeito do estranhamento relatado por alguns alunos em relação às formas de avaliação, acredito que os ganhos obtidos a partir da discussão das situações propostas foram percebidos pela ampla maioria, considerando que muitos também demonstraram se sentir mais confiantes para debater e problematizar questões contemporâneas, a partir do

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ferramental adquirido ao longo do curso de Relações Internacionais. Desse modo, concluo, com enorme satisfação, que o projeto atingiu e superou as expectativas iniciais.

Marina Sanchez Ribeiro

Foi com imensa satisfação que integrei o grupo de monitoria orientado pela professora Fábia Veçoso. Desde o começo do projeto, pude sentir que a resposta dos alunos foi muito positiva à aplicação dos estudos de caso desenvolvidos pelas monitoras, especialmente no que se confere à capacidade de debate entre eles. O desempenho dos estudantes durante o júri-simulado e as simulações, em especial, demonstraram resultados muito além dos esperados por mim, o que me fez perceber que o contato empírico com os temas propostos em conjunto com a teoria presente nos casos foi capaz de gerar alto nível de aprendizado e, principalmente, compreensão da dimensão dos temas explorados pela disciplina. Foi gratificante perceber que o nível de interesse dos estudantes extrapolou a sala de aula quando muitos cogitaram a possibilidade de aproveitar seus estudos na matéria e iniciar projetos relacionados aos temas abordados por nós.

Em relação à minha percepção particular, posso afirmar que a monitoria fez crescer em mim um interesse pelo universo acadêmico que nunca tive. A ideia de que são possíveis novas formas de aprendizado e debate que ultrapassam a simples leitura e o estudo teórico de uma disciplina me proporcionaram novo fôlego para repensar o ambiente acadêmico atual. Conseguir transformar os “Temas Sociais nas Relações Internacionais”, tão densos em sua teoria, em algo palpável, compreensível e aplicável no dia-a-dia até mesmo dos estudantes desinteressados na academia foi uma sensação empolgante. Minhas pesquisas pessoais e meu próprio entendimento do que significa “ensinar” e “aprender” foram reconfigurados após o projeto. Eu não poderia ser mais agradecida à professora Fábia, às demais monitoras e aos alunos, que me deram uma nova perspectiva para essa geração.

3 Narrativa sobre a percepção das alunas e dos alunos participantes no contexto do projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações Internacionais: compreendendo

arranjos concretos de governança global”

Alunas e alunos (público-alvo) avaliaram a professora responsável por este projeto e as três monitoras integrantes da equipe de monitoria - Marina, Clarissa e Natasha. Optei por uma estratégia avaliativa orientada pela dimensão qualitativa e realizei dois momentos avaliativos, um encontro com alunas e alunos do turno integral (no dia 2 de dezembro de 2015) e um encontro com alunas e alunos do turno noturno (no dia 30 de novembro de 2015). O relato que se segue é baseado em minhas percepções a partir das conversas realizadas com os discentes.

Como previsto originalmente, procurei compreender as impressões das alunas e dos alunos sobre o projeto de monitoria a partir de uma perspectiva mais tradicional de ensino,

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focada na aula expositiva de um professor, sem qualquer participação de monitores. De fato, essa abordagem se mostrou acertada, pois realmente trata-se de uma referência comum compartilhada entre alunas e alunos do curso de Relações Internacionais da EPPEN/ UNIFESP. As conversas diretas com discentes dos turnos integral e noturno tornaram possível entender melhor o impacto do projeto de monitoria no processo de ensino e aprendizagem, tal como já mencionado anteriormente. Acredito que as respostas a um questionário de avaliação, com questões fechadas (tal como originalmente pensado por mim), não seriam capazes de revelar toda a riqueza das impressões dos discentes sobre o projeto.

Minha conversa com os discentes foi conduzida com a utilização das seguintes questões orientadoras:

a) Como você avalia o uso de casos didáticos em sala de aula?

b) Em que medida a utilização de casos motivou-o a participar das atividades propostas em sala de aula?

c) Como você avalia a sua participação nas atividades?

d) Como você avalia a participação das monitoras em sala de aula? E da professora responsável pelo projeto?

e) Quais suas impressões sobre os critérios de avaliação da UC?

f) Quais suas sugestões e críticas para as próximas edições do projeto?

Sobre a utilização de casos didáticos, uma parte dos estudantes mostrou-se satisfeita com a discussão aprofundada de arranjos de governança global. Muitos referiram o caráter teórico do curso de Relações Internacionais e se mostraram satisfeitos com a possibilidade de estudar situações concretas. Por outro lado, alguns discentes reportaram a sensação de “falta de conteúdo” do curso, como se não estivessem aprendendo “muita coisa” com a utilização dos casos em sala de aula.

Relativamente à motivação para participar das atividades do curso - simulações e discussões plenárias, alguns discentes reportaram de forma positiva a oportunidade de atuar de forma concreta em relação aos temas do campo das Relações Internacionais. Mencionaram a abordagem teórica de algumas UCs do curso de Relações Internacionais da EPPEN/UNIFESP, de forma que atuar como juiz em um julgamento internacional simulado, ou como delegado de um país em uma reunião simulada do Conselho de Segurança, foram mencionadas como oportunidades de colocar em prática os conhecimentos adquiridos no

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decorrer do curso. Por outro lado, alguns alunos mencionaram a falta de engajamento de parte dos colegas nas atividades realizadas em sala de aula. De forma geral, estudantes referiram ter gostado de se engajar diretamente nas discussões em sala de aula, buscando informações e subsídios para embasar seus posicionamentos orais nos debates e simulações, de forma a garantir uma participação persuasiva.

Sobre a equipe de monitoria, os estudantes mencionaram o aspecto positivo de ter colegas de graduação como monitoras, as quais elaboraram casos interessantes e tiveram uma atuação destacada nas dinâmicas realizadas em sala de aula. Sobre a minha atuação, os alunos referiram certa falta da professora que “transmite conteúdos” (sem verbalizar essa questão nesses termos), mas mencionaram a falta de momentos expositivos e de sistematização dos debates teóricos a respeito dos casos didáticos.

Como mencionado, vejo essa crítica como relacionada ao processo continuado de transformação do processo de ensino e aprendizagem para dar conta de um papel mais ativo dos estudantes. Devo trabalhar um equilíbrio maior entre casos e momentos expositivos nas próximas edições deste projeto de monitoria, possibilitando explorar aos poucos essas transformação na expectativa dos alunos a respeito do processo de ensino e aprendizagem - de um processo de “transmissão de conhecimento” para um processo em que o discente se faz sujeito ativo na construção de seu conhecimento. Reconheço que essa é uma mudança gradual e que se faz necessário atuar de forma continuada para possibilitar essas transformações.

Sobre os critérios de avaliação, discentes mencionaram insegurança sobre o que estudar para a prova e como estudar, além de questões relacionadas à atribuição de nota de participação. A partir dessas percepções, me parece que poucos discentes parecem ter notado a necessidade de complementar a dinâmica baseada em casos didáticos com a leitura (em casa) dos textos complementares indicados para cada caso. Fui cobrada sobre conteúdos e muito do que já disse sobre o professor como “transmissor de conhecimentos” se aplica sobre as críticas recebidas quanto aos critérios de avaliação.

Finalmente, como sugestões dos estudantes, recebi as seguintes indicações: a) avisar com maior antecedência sobre a realização das dinâmicas em sala de aula; b) disponibilizar o material relacionado ao caso com maior antecedência - alguns

estudantes mencionaram ser possível ler o caso em casa, previamente à aula, e não em sala de aula;

c) realizar mais momentos de “sistematização das discussões”, ou seja, mais aulas expositivas a respeito dos casos (pela professora responsável).

De forma geral, esses dois encontros avaliativos com os estudantes foram bastante ricos. As alunas e os alunos, aos poucos, foram se sentindo à vontade para falar sobre suas percepções a respeito da UC e do projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações

Internacionais: compreendendo arranjos concretos de governança global”, o que eu

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impressões sobre a UC e o projeto de monitoria de forma direta e não anônima, parecem-me obstáculos para a transformação do processo de ensino aprendizagem tal quanto defendido neste projeto. Assim, busquei receber as críticas e sugestões de forma republicana. Como já explorado neste relatório, essas manifestações dos discentes serão fundamentais para as próximas edições deste projeto de monitoria.

4 Considerações Finais

Sem buscar apresentar quaisquer generalizações sobre a utilização de casos didáticos em sala de aula em cursos de Relações Internacionais, o presente estudo teve como objetivo apresentar reflexões sobre experiência específica relacionada ao projeto de monitoria que teve como objeto Unidade Curricular (UC) ministrada no segundo semestre de 2015 no curso de Relações Internacionais da EPPEN/UNIFESP. Denominada “Temas Sociais nas Relações Internacionais”, a UC em questão articula os novos temas das Relações Internacionais que compõem a agenda da governança global e a atuação da sociedade civil na arena internacional, com base em uma agenda transnacional e interdependente. A UC aprofunda a compreensão das alunas e dos alunos sobre globalização, permite a compreensão sobre como o campo das Relações Internacionais tem articulado o tema da governança global e possibilita a análise e discussão de projetos concretos de governança global em curso na atualidade.

O projeto de monitoria “Temas Sociais nas Relações Internacionais: compreendendo

arranjos concretos de governança global” teve como objetivos contribuir para o

aperfeiçoamento dos conteúdos e das metodologias desenvolvidos no âmbito da UC “Temas Sociais nas Relações Internacionais” e contribuir para que as alunas e os alunos da UC em questão (público-alvo) tivessem uma experiência diferenciada em termos acadêmico-didáticos.

De forma geral, considerando a experiência de implementação do projeto de monitoria durante o segundo semestre de 2015, as minhas percepções sobre essa experiência, as percepções da equipe de monitoria envolvida, bem como as percepções das alunas e dos alunos participantes, o projeto de monitoria em debate teve execução exitosa, com a concretização dos objetivos propostos. Casos didáticos foram criados de forma estruturada pela equipe de monitoria, aliando atividades de ensino com a experiência prévia de pesquisa das monitoras em suas respectivas iniciações científicas. A riqueza de temas e detalhes dos casos foi aspecto extremamente positivo, algo que se tornou possível somente com o engajamento da equipe de monitoras. Esse um dos aspectos valiosos dessa experiência: uma profunda sinergia entre as atividades conduzidas pelas monitoras e pela professora responsável pelo projeto. Importante mencionar que por conta de limitações estruturais relacionadas às atividades docente, de pesquisa, de extensão e de gestão na

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universidade pública brasileira, eu não teria tido condições materiais de elaborar sozinha os casos utilizados durante o segundo semestre de 2015 na UC mencionada.

Do ponto de vista da experiência do público-alvo deste projeto de monitoria, considero que a utilização dos casos didáticos em sala de aula teve um impacto substantivo na percepção das alunas e dos alunos a respeito de seu papel no processo de ensino e aprendizagem. Considerando que transformações nas expectativas dos estudantes por “transmissão de conteúdos”, principalmente por meio de aulas expositivas, não se concretizam de forma imediata, mas por meio de um processo continuado de práticas que possam estimular o protagonismo dos discentes, analiso como positiva a reação dos discentes relativamente ao projeto de monitoria em debate. Mesmo nas falas mais críticas ao projeto, os momentos avaliativos com os estudantes possibilitaram chamar atenção para a necessidade de repensarmos conjuntamente o processo de ensino e aprendizagem. Para além de professores expositores e de estudantes como meros ouvintes passivos, tivemos a chance de trocar percepções sobre nosso papeis em sala de aula, o que me permite afirmar a contribuição substantiva do presente projeto de monitoria para o repensar das práticas de ensino no contexto do curso de Relações Internacionais da EPPEN/UNIFESP.

Referências

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