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Apostila Historia Da Arte

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Academic year: 2021

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HISTÓRIA

HISTÓRIA

DA ARTE

DA ARTE

CAU-FAG

CAU-FAG

2002

2002

PROFESSORA ARQUITETA

PROFESSORA ARQUITETA

SOLANGE IRENE SMOLAREK

SOLANGE IRENE SMOLAREK DIAS

DIAS

BIBLIOGRAFIA : HOME PAGE :

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INDICE INDICE INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

1-1- PRPRÉ HÉ HISISTÓTÓRRIAIA

11..1 1 PPAALLEEOOLLÍÍTTIICCO O IINNFFEERRIIOORR 11..2 2 PPAALLEEOOLLÍÍTTIICCO O SSUUPPEERRIIOORR 11..3 3 NNEEOOLLÍÍTTIICCOO

11..4 4 IIDDAADDE E DDOOS S MMEETTAAIISS

2-2- ARARTE TE AANTNTIGIGAA

2.01 EGÍPCIA 2.01 EGÍPCIA 2.02 GREGA 2.02 GREGA 2.03 ROMANA 2.03 ROMANA 2.04 PALEOCRISTÃ 2.04 PALEOCRISTÃ 2.05 BIZANTINA 2.05 BIZANTINA 2.06 ISLÂMICA 2.06 ISLÂMICA

3-3- IDIDADADE E MMÉDÉDIAIA

3.01 ROMÂNICA 3.01 ROMÂNICA 3.02 GÓTICA 3.02 GÓTICA

4-4- IDIDADADE E MOMODEDERNRNAA

4.01 4.01 RENASCIMENRENASCIMENTOTO 4.02 MANEIRISMO 4.02 MANEIRISMO 4.03 BARROCO 4.03 BARROCO 4.04 ROCOCÓ 4.04 ROCOCÓ

5-5- COCONTNTEMEMPOPORÂRÂNENEAA

5.01 NEOCLÁSSICO 5.01 NEOCLÁSSICO 5.02 ROMANTICA 5.02 ROMANTICA 5.03 REALISTA 5.03 REALISTA 5.04

5.04 IMPRESSIONIMPRESSIONISMOISMO 5.05 5.05 EXPRESSIONISEXPRESSIONISMOMO 5.06 CUBISMO 5.06 CUBISMO 5.07 5.07 ABSTRACIONISABSTRACIONISMOMO 5.08 FAUVISMO 5.08 FAUVISMO 5.09

5.09 CONSTRUTIVICONSTRUTIVISMOSMO 5.10 SURREALISMO 5.10 SURREALISMO 5.11 DADAÍSMO 5.11 DADAÍSMO 5.12 OP ART 5.12 OP ART 5.13 POP ART 5.13 POP ART 5.14 INSTALAÇÃO 5.14 INSTALAÇÃO 5.15 5.15 INTERFERÊNCINTERFERÊNCIAIA 5.16 COBRA 5.16 COBRA 5.17 FUTURISMO 5.17 FUTURISMO 5.18 ART NAIF 5.18 ART NAIF 5.19 PINTURA METAFÍSICA 5.19 PINTURA METAFÍSICA

6-6- ARARTE BTE BRARASISILELEIRIRAA

6.01 PRÉ HISTPORIA 6.01 PRÉ HISTPORIA 6.02 ARTE INDÍGENA 6.02 ARTE INDÍGENA 6.03 COLONIAL 6.03 COLONIAL 6.04 HOLANDESA 6.04 HOLANDESA 6.05 BARROCO 6.05 BARROCO 6.06 MISSÃO FRANCESA 6.06 MISSÃO FRANCESA 6.07 ARTE

6.07 ARTE ACADÊMICAACADÊMICA 6.08

6.08 MODERNISMMODERNISMO BRASILEIROO BRASILEIRO 6.09

6.09 EXPRESSIONISEXPRESSIONISMOMO 6.10 ARTE NAIF

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO O que é arte?

O que é arte? Criaçã

Criação humana com o humana com valores estétvalores estéticos (beleza, equilíicos (beleza, equilíbrio, harmonibrio, harmonia, revolta) a, revolta) que sintetizque sintetizam as am as suassuas emoçõ

emoções, sua história, seus sentimes, sua história, seus sentimentos e a entos e a sua cultura. É um conjunto sua cultura. É um conjunto de procedimde procedimentos utilientos utilizadoszados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje, alguns percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje, alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.

comunicar-se. Quem faz arte? Quem faz arte?

O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar  O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar  a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.

explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas. Por que o mundo necessita de arte?

Por que o mundo necessita de arte? Porque fazemos arte e para que a usam

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de os é aquilo que chamamos de função da arte função da arte que pode ser:que pode ser:

• feita para decorar o mundofeita para decorar o mundo •

• para espelhar o nosso mundo (naturalista)para espelhar o nosso mundo (naturalista) •

• para ajudar no dia-a-dia (utilitária)para ajudar no dia-a-dia (utilitária) •

• para explicar e descrever a históriapara explicar e descrever a história •

• para ser para ser usada na usada na cura de cura de doençasdoenças

• para ajudar a explorar o mundo.para ajudar a explorar o mundo.

Como entendemos a arte? Como entendemos a arte?

O que vemos quando admiramos uma arte depende: O que vemos quando admiramos uma arte depende:

• da nossa experiência e conhecimentosda nossa experiência e conhecimentos •

• da nossa disposição no momentoda nossa disposição no momento •

• da imaginação eda imaginação e

• daquilo que o artista pretendeu mostrar.daquilo que o artista pretendeu mostrar.

PROCESSO DE DIÁLOGO COM O TRABALHO DO ARTISTA PROCESSO DE DIÁLOGO COM O TRABALHO DO ARTISTA

O ARTISTA O ARTISTA

Pode ter uma mensagem e Pode ter uma mensagem e

toma decisões toma decisões O O TRABALHO TRABALHO (obra de arte) (obra de arte) VOCÊ, O APRECIADOR VOCÊ, O APRECIADOR

Exige esforço, dedicação e diálogo com o Exige esforço, dedicação e diálogo com o

trabalho, então pergunte-se: trabalho, então pergunte-se:

Qual é o tema? Qual é o tema?

Quais são os materiais utilizados? Quais são os materiais utilizados?

A obra tem título? A obra tem título? Quando e onde foi feita? Quando e onde foi feita?

Qual o seu tamanho? Qual o seu tamanho? Quais são as suas cores? Quais são as suas cores? Como são as suas formas? Como são as suas formas?

Você gosta? Você gosta? Como ela faz se sentir? Como ela faz se sentir? Já viu algo parecido? Já viu algo parecido? O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. estilo único. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por  mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por  ca

catetegorgoriaias s e e rotrotululá-lá-las. as. É É um um prproceocedimdimentento o comcomum um na na ararte te ococididententalal. . ExEx.: .: ReRenasnascicimementnto,o, Impressionismo Cubismo, Surrealismo, etc.

Impressionismo Cubismo, Surrealismo, etc.

Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte? Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

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Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como. Desta maneira estaremos dialogando Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como. Desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve.

com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve. Como as idéias se

Como as idéias se espalham pelo mundo?espalham pelo mundo?

Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os pregressos na tecnologia tam

culturas. Os pregressos na tecnologia também difundiram técnicas e bém difundiram técnicas e teorias. teorias. Elas se espalham Elas se espalham atravésatravés da:

da:

• arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações.arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações. •

• PePela la fofototogragrafifia, a, a a ararte te papassssou ou a a seser r rereprprododuzuzida ida e, e, nonos s ananos os 18189090, , mumuititas as dadas s rereviviststasas

internacionais de arte já tinham fotos internacionais de arte já tinham fotos

• pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que aspelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as

idé

idéias fossem transias fossem transmimitidatidas s por por todtodo o o o munmundo do raprapidamidamentente, e, os os estiestilos los de de arte podem ser arte podem ser  observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas

observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas

• pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e artepela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e arte

podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade

• pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bempela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem

como saber sobre outros estilos. como saber sobre outros estilos. Os

Os historiadores de artehistoriadores de arte,, críticoscríticos ee estudiososestudiosos classclassificaificam m os os períodoperíodos, s, estiloestilos s ou ou movimmovimentosentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas.

artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas. Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois

Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois

• a partir de 1848a partir de 1848 consideramos oconsideramos o inícioinício dada Arte ModernaArte Moderna ee •

• o movimentoo movimento Pop ArtPop Art oo inícioinício dada Arte Pós-Moderna.Arte Pós-Moderna.

Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais didática.

didática.

1- PRE HISTORIA 1- PRE HISTORIA

Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.

estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem. Divisão da Pré-História:

Divisão da Pré-História: 1.1- PALEOLÍTICO INFERIOR 1.1- PALEOLÍTICO INFERIOR

• aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C. •

• primeiros hominídiosprimeiros hominídios •

• caça e coletacaça e coleta •

• controle do fogo econtrole do fogo e •

• instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.

a principal característica dos desenhos da Idade da

a principal característica dos desenhos da Idade da Pedra LascadaPedra Lascada é o é o naturalismo. O naturalismo. O artista artista pintava ospintava os seres, um animal, por

seres, um animal, por exempexemplo, do lo, do modo como o modo como o via de via de uma determiuma determinada perspectivnada perspectiva, reproduzinda, reproduzindo ao a natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as

ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestrespinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O homem deste período era nômade.

paredes de cavernas. O homem deste período era nômade. 1.2- PALEOLÍTICO SUPERIOR

1.2- PALEOLÍTICO SUPERIOR

• instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador deinstrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de

dardos, anzol e linha; e dardos, anzol e linha; e

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Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.

Destaca-se: Vênus de Willendorf. 1.3- NEOLÍTICO

1.3- NEOLÍTICO

• instrumentos de pedra polida, enxada e tear;instrumentos de pedra polida, enxada e tear; •

• início do cultivo dos campos;início do cultivo dos campos; •

• artesanato: cerâmica e tecidos;artesanato: cerâmica e tecidos; •

• construção de pedra; econstrução de pedra; e •

• primeiros arquitetos do mundo.primeiros arquitetos do mundo.

A fixação do homem da Idade da

A fixação do homem da Idade da Pedra PolidaPedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manad

manadas, ocasionou um as, ocasionou um aumentaumento o rápido da rápido da populapopulação e ção e o o desenvdesenvolvimolvimento das ento das primeprimeiras instituiçiras instituições,ões, como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer  como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer  panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais.

do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais.

Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de obs

observervação ação foi foi subsubstistituítuído do pelpela a absabstratração ção e e raciracionalonalizaçização. ão. ComComo o conconseqseqüênüência cia sursurge ge um um estestiloilo sim

simpliplificficador e ador e geomgeometretrizaizante, sinais e nte, sinais e figfigurauras s maimais s que sugereque sugerem m do do que que reprreproduoduzem os zem os serseres. es. OsOs próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva.

próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva.

Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal.

com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal.

Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.

num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical. O Santuário de Stonehenge, no sul da

O Santuário de Stonehenge, no sul da InglatInglaterra, pode ser erra, pode ser consiconsiderado uma das primeiras obras daderado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa. 1.4- IDADE DOS METAIS

1.4- IDADE DOS METAIS

• aparecimento de metalurgia;aparecimento de metalurgia; •

• aparecimento das cidades;aparecimento das cidades; •

• invenção da roda;invenção da roda; •

• invenção da escrita; einvenção da escrita; e •

• arado de bois.arado de bois.

As Cavernas As Cavernas Antes de

Antes de pintar as paredes da pintar as paredes da cavernacaverna, o , o homem fazia ornamehomem fazia ornamentos corporais, como colares e, ntos corporais, como colares e, depoisdepois,, magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”.

magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”.

Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: Caverna de ALTAMIRA

Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos há 14.000 anos, foram os, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos há 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.

primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902. Caverna de LASCAUX

Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas são achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por , França, suas pinturas são achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por  exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês.

exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. Caverna de CHAUVET

Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994.

peludos e animais diversos, descoberta em 1994. Gruta de RODÉSIA

Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 , África, com mais de 40.000 anos.anos. IMAGENS

IMAGENS Animais

Animais || Cavalos e MamutesCavalos e Mamutes || RinocerontesRinocerontes || StonehengeStonehenge || Ilha de PáscoaIlha de Páscoa || Dolmen de GeronaDolmen de Gerona || SerraSerra da Capivara

da Capivara || Ânfora NeolíticaÂnfora Neolítica || Escultura NeolíticaEscultura Neolítica || Menires de CarnacMenires de Carnac || Maciço de KimberleyMaciço de Kimberley || Gruta deGruta de Lascaux

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Corça Ferida | Animais 2 | Mulher com criança | Mulher com carneiro | O Pensador | Stonehenge 2 | Vênus de Lespug | Vênus de Savignano | Vênus de Willendorf (costas)

2- ARTE ANTIGA 2.1 – EGÍPCIA

Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.

Além de crer em deuses, que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.

2.1.1- ARQUITETURA

As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por  importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

As características gerais da arquitetura egípcia são:

• solidez e durabilidade; • sentimento de eternidade; e

• aspecto misterioso e impenetrável.

As pirâmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.

Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos, divididos em três categorias:

Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e

Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.

Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel: Palmiforme - flores de palmeira;

Papiriforme - flores de papiro; e Lotiforme - flor de lótus.

Para seu conhecimento

Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.

Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar. 2.1.2- ESCULTURA

Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.

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Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições. Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

2.1.3- PINTURA

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas. Suas características gerais são:

• ausência de três dimensões; • ignorância da profundidade;

• colorido à tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e

• Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de

frente,

• enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.

Quanto à hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho. Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:

Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;

Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e Demótica - a escrita popular.

Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas. Para seu conhecimento

Hieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo. Mumificação:

a) eram retirados o cérebro, os intestinos e outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo.

b) nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes.

c) as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio.

d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização.

IMAGENS

Colunas Palmiforme e Lotiforme | Colunas Papiriformes | Livro dos Mortos | Sarcófago | Baixo relevo | Barco | Colunas | Rei e Rainha | Mastaba | Templo Nubia | Escriba | Pirâmide

2.2 – GREGA

Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predomina o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Ele tem como características:

• o racionalismo; • amor pela beleza;

• interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e • a democracia.

(9)

2.2.1- ARQUITETURA

As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica,  jônica e coríntia.

• Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era

uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência

• Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e

não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.

• Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito

usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.

Os principais monumentos da arquitetura grega:

• Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se

encontram as Cariátides, que homenageavam as mulheres de Cária.

• Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: o a skene ou cena, para os atores;

o a konistra ou orquestra, para o coro;

o o koilon ou arquibancada, para os espectadores.

Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por  55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.

• Ginásios, edifícios destinados à cultura física.

• Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles;

filosofia. 2.2.2- PINTURA

A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados:

• Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;

• Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a

água e duas para levantar;

• Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para

misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc.

As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.

A pintura grega se divide em três grupos:

• figuras negras sobre o fundo vermelho • figuras vermelhas sobre o fundo negro • figuras vermelhas sobre o fundo branco

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A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.

No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).

No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulheres eram esculpidas sempre vestidas.

Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.

Os principais mestres da escultura clássica grega são:

• Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com

Dionísio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino.

• Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou padrões de beleza e equilíbrio através do

tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabeça.

• Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia.

Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e frisos.

• Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi

Lisipo que introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças.

• Miron, autor do Discóbolo - homem arremessando o disco.

Para seu conhecimento: Mitologia:

• Zeus: senhor dos céus; • Atenéia: deusa da guerra; • Afrodite: deusa do amor;

• Apolo: deus das artes e da beleza;

• Posseidon: deus das águas; entre outros.

Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.

Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles. Música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional. IMAGENS

Cerâmica | Lisipo | Praxiteles | Partenon | Teseion | Coluna Dórica | Coluna Jônica | Coluna Coríntia 2.3 – ROMANA

A arte romana sofreu duas fortes influências:

• a da arte etrusca popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e

• a da greco-helenística, orientada para a expressão de um ideal de beleza. Um dos legados

culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções.

2.3.1- ARQUITETURA

As características gerais da arquitetura romana são:

• busca do útil imediato, senso de realismo; • grandeza material, realçando a idéia de força; • energia e sentimento;

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• predomínio do caráter sobre a beleza;

• originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.

As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções: 1) Religião: Templos

Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto.

2) Comércio e civismo: Basílica

A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.

3) Higiene: Termas

Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes.

4) Divertimentos:

• Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos

praticados temos:

  jogos circenses - corridas de carros;  ginásios - incluídos neles o pugilato;

  jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo;

  jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos;

Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".

• Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis,

giratórios e retiráveis.

• Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham

um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.

5) Monumentos decorativos

• Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais

vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.

• Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em

espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.

6) Moradia:

Casa : Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio. 2.3.2 – PINTURA

O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral. A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano,

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que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos.

• Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava

impressão de placas de mármore.

• Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas

abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.

• Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos

detalhes.

• Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de

obra grega, imitando um cenário teatral. 2.3.3 – ESCULTURA

Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos.

Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do seu vasto território do Ocidente para os invasores germânicos.

IMAGENS

Baixo relevo | Pintura romana | Jogo de bola | Aqueduto | Mosaico | Anfiteatro | Arco do Triunfo 2.4 – PALEOCRISTÃ

Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar  uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva. Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e uma nova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado e teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios. Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a fase catacumbária, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma, onde os primeiros cristãos secretamente celebravam seus cultos.Nesses locais, a pintura é simbólica.

Para entender melhor a simbologia:

• Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em

grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador".

• Outra forma de simboliza-lo é o desenho do pastor com ovelhas "Jesus Cristo é o Bom Pastor" e

também, o cordeiro "Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus".

• Passagens da Bíblia também eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de Noé; Jonas engolido

pelo peixe e Daniel na cova dos leões.

• Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de

Roma.

• Os cristãos foram perseguidos por três séculos, até que em 313 d.C. o imperador Constantino

legaliza o cristianismo, dando início à 2a fase da arte paleocristã : a fase basilical.Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado "Basílica" (origem do nome: Basileu = Juíz) , lugar civil destinado ao comércio e assuntos judiciais. Eram edifícios com grandes dimensões: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal. Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas para eles podessem usar como local para as suas celebrações.

• O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimento

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artístico também foi dado aos mausoléus e os sarcófagos feitos para os fiéis mais ricos eram decorados com relevos usando imagens de passagens bíblicas.

• Na cidade de Ravena pode-se apreciar o Mausoléu de Gala Placídia e a igreja de Santo

Apolinário, o Novo e a de São Vital com riquíssimos mosaicos.

• Em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre seus dois filhos: Honório e

Arcádio.Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital , e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, com a capital Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul).

• O império Romano do Ocidente sofreu várias invasões, principalmente de povos bárbaros, até

que, em 476 d.C., foi completamente dominado (esta data, 476 d.c., marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média). Já o Império Romano do Oriente (onde se desenvolveu a arte bizantina), apesar das dificuldades financeiras, dos ataques bárbaros e das pestes, conseguiu se manter até 1453, quando a sua capital Constantinopla foi totalmente dominada pelos muçulmanos (esta data, 1453, marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna).

IMAGENS

Sidrac, Misac e Abdêgano | Sansão matando os Filiseus 2.5 – BIZANTINA

O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era.Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla. A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina.

Graças a sua localização(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor.

A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.

O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com o maior bem existente na terra: o ouro.

A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada. Tinha imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos, totalmente decorados.

A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto. Ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido. A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do Império Bizantino, encontra-se no seu vasto interior.Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora. No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula. Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma

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beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior.

Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.

A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia. Constituía na destruição de qualquer  imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.

A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina. Essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.

IMAGENS

A Imperatriz Teodora e sua Corte | Hipócrates | Igreja de Santa Sofia | Igreja de Santo Apolinário Novo | Mosaico da Igreja de Santo Apolinário Novo

2.6 – ISLÂMICA

No ano de 622, o profeta Maomé se exilou (hégira) na cidade de Yatrib e para aquela que desde então se conhece como Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De lá, sob a orientação dos califas, sucessores do profeta, começou a rápida expansão do Islã até a Palestina, Síria, Pérsia, Índia, Ásia Menor, Norte da África e Espanha. De origem nômade, os muçulmanos demoraram certo tempo para estabelecer-se definitivamente e assentar as bases de uma estética própria com a qual se identificassem.

Ao fazer isso, inevitavelmente devem ter absorvido traços estilísticos dos povos conquistados, que no entanto souberam adaptar muito bem ao seu modo de pensar e sentir, transformando-os em seus próprios sinais de identidade. Foi assim que as cúpulas bizantinas coroaram suas mesquitas, e os esplêndidos tapetes persas, combinados com os coloridos mosaicos, as decoraram. Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na realidade, desde seu início, conceitual e religiosa.

No âmbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato, mais simbólico do que transcendental. A representação figurativa era considerada uma má imitação de uma realidade fugaz e fictícia. Daí o emprego de formas como os arabescos, resultado da combinação de traços ornamentais com caligrafia, que desempenham duas funções: lembrar o verbo divino e alegrar a vista. As letras lavradas na parede lembram o neófito, que contempla uma obra feita para deus.

Na complexidade de sua análise, a arte islâmica se mostra, no início, como exclusividade das classes altas e dos príncipes mecenas, que eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, mausoléus e mosteiros. No entanto, na função de governantes e guardiões do povo e conscientes da importância da religião como base para a organização política e social, eles realizavam suas obras para a comunidade de acordo com os preceitos muçulmanos: oração, esmola, jejum e peregrinação.

2.6.1- ARQUITETURA

As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas de tronco de palmeira. A área de oração era coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa de Maomé era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres. Essas funções foram herdadas por mesquitas e alguns

edifícios públicos.

No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante

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quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.

A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais mantiveram a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas na forma. A construção de palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte.

As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.

Outra das construções mais originais e representativas do Islã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. A Giralda, em Sevilha, era o antigo minarete da cidade. Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.

2.6.2- TAPETES

Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar  palácios e castelos, além de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em contato com a terra.

Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma. Os fabricados antes do século XVI chamam-se arcaicos e possuem uma trama de 80 000 nós por metro quadrado. Os mais valiosos são de origem persa e têm 40 000 nós por decímetro quadrado. As oficinas mais importantes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente. Entre os desenhos mais clássicos estão os de utensílios, de motivos florais, de caça, com animais e plantas, e os geométricos, de decoração.

2.6.3- PINTURA E GRÁFICA

As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucas chegaram até nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente usadas para decorar  paredes de palácios ou de edifícios públicos e representavam cenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelhante ao da pintura helênica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e inclusive chinesa.

A miniatura não foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas publicações de divulgação científica, para tornar mais claro o texto, e nas literárias, para acompanhar a narração. O estilo era um tanto estático, esquematizado, muito parecido com o das miniaturas bizantinas, com fundo dourado e ausência de perspectiva. O Corão era decorado com figuras geométricas muito precisas, a fim de marcar a organização do texto, por exemplo, separando um capítulo de outro.

Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio e da Pérsia antiga, tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decoração de mesquitas e palácios,  junto com a cerâmica. No início, as representações eram completamente figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, até se transformarem em folhas e flores misturadas com letras desenhadas artisticamente, o que é conhecido como arabesco.

Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numérica islâmica, cobriam as paredes internas e externas dos edifícios, combinando com a decoração de gesso das cúpulas. Caligrafias de incrível preciosidade e formas geométricas multiplicadas até o infinito criaram superfícies de verdadeiro horror ao espaço vazio. A mesma função desempenhava a cerâmica, mais

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utilizada a partir do século XII e que atingiu o esplendor na Espanha, onde foram criadas peças de uso cotidiano.

IMAGENS

Varanda de Lindajara | Cervo de Medina Azahara | Recipiente de Marfim | Tapete de Alcaraz | Taj Mahal | Domo da Roca

3- IDADE MÉDIA 3.1 – ROMÂNICA

3.1.1- ARQUITETURA

No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja estrutura era semelhante às construções dos antigos romanos.

As características mais significativas da arquitetura românica são:

• abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; • pilares maciços que sustentavam as paredes espessas; • aberturas raras e estreitas usadas como janelas;

• torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e • arcos que são formados por 180 graus.

A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim, a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.

A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.

Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e primitivas. 3.1.2- PINTURA E ESCULTURA

Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar  histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura. A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.

Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza.

Na porta, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular  que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.

Mosaicos são pequenas pedras coloridas que colocadas lado a lado, vão formando o desenho. Usado desde a Antiguidade, veio do Oriente a técnica bizantina que utilizava o azul e dourado, para representar  o próprio céu. No Ocidente foi utilizado principalmente nas igrejas.

IMAGENS

Românico | Afresco de Cristo | Afresco Românico | Basílica Românica 3.2 – GÓTICA

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No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana. No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer  as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir  grandes edifícios.

3.2.1- ARQUITETURA

A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.

A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.

Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja.

As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.

3.2.2- ESCULTURA

As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada.

3.2.3- ILUMINURAS

Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos. A gravura não fora ainda inventada, ou então é um privilégio da quase mística China.

Durante o século XII e até o século XV, a arte ganhou forma de expressão também nos objetos preciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos sobre as páginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaços para que os artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos, os títulos ou as letras maiúsculas com que se iniciava um texto.

Da observação dos manuscritos ilustrados podemos tirar duas conclusões:

• a primeira é a compreensão do caráter individualista que a arte da ilustração ganhava, pois

destinava-se aos poucos possuidores das obras copiadas,

• a segunda é que os artistas ilustradores ao períodos gótico tornaram-se tão habilidosos na

representação do espaço tridimensional e na compreensão analítica de uma cena, que seus trabalhos acabaram influenciando outros pintores.

3.2.4- PINTURA

A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura do realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas.

Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento (Duocento):

Giotto - a característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento.

Obras destacadas: Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e Retiro de São Joaquim entre os Pastores.

Jan Van Eyck - procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens.

Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin. IMAGENS

Catedral de Chartres | Escultura Gótica | Políptico Gótico | Catedral de Siena | Pintura de Giotto | Catedral Gótica | Pintura Gótica | Flagelação de Cristo | Vitral | Tímpano Gótico

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4- IDADE MODERNA 4.1- RENASCIMENTO

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.

Características gerais:

• Racionalidade

• Dignidade do Ser Humano • Rigor Científico

• Ideal Humanista

• Reutilização das artes greco-romana

4.1.1- ARQUITETURA

Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.

“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)

Principais características: Ordens Arquitetônicas

• Arcos de Volta-Perfeita • Simplicidade na construção

• A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas

Construções palácios:

• igrejas,

• vilas (casa de descanso fora da cidade), • fortalezas (funções militares)

O principal arquiteto renascentista:

Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.

4.1.2- PINTURA Principais características:

• Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm

entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.

• Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de

contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.

• Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do

mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.

• Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.

Outra característica da arte do Renascimento, em especial da pintura, foi o surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo.

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Os principais pintores foram:

Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.

Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.

Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.

Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.

Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã. 4.1.3- ESCULTURA

Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta re-adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.

Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze.

Principais Características:

• Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade • Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade • Profundidade e perspectiva

• Estudo do corpo e do caráter humano

O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles:

• Dürer 

• Hans Holbein • Bosch

• Bruegel

Para seu conhecimento

• A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na

própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Possui alareira que produz:

o fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; o fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido,

e que avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano

• Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois

tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.

• Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão:

“Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.

Referências

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