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Palavras-chave: CMDCA. ECA. Fontes históricas. Jornal NH. Novo Hamburgo.

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Academic year: 2021

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NOTAS SOBRE O CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE NOVO HAMBURGO: O JORNAL NH COMO FONTE

HISTÓRICA

Autora: Bárbara Birk de Mello Mestranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale barbaramello@feevale.br Coautora: Márcia Blanco Cardoso Professora dos cursos de História, Pedagogia e Moda da Universidade Feevale mcardoso@feevale.br

Resumo: O presente estudo é recorte da monografia da autora, que abordou o processo

de criação e primeira gestão do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Novo Hamburgo, dos anos de 1990 a 1993. Aqui, o enfoque deste processo se dará a partir do Jornal NH. A escolha deste Jornal se deu por ser a principal mídia impressa da região no período analisado. Tem-se como objetivos apontar para o uso de periódicos como fonte histórica, registrar e investigar como o Jornal NH, durante o período de 1990 a 1993, tratava da criação e do funcionamento do CMDCA e articular reportagens do Jornal NH com outras fontes de estudo. Ao final do estudo, destaca-se o Jornal NH como importante vinculador de informações acerca do CMDCA, majoritariamente nos períodos eleitorais.

Palavras-chave: CMDCA. ECA. Fontes históricas. Jornal NH. Novo Hamburgo.

INTRODUÇÃO

Neste estudo, que é um recorte da monografia do curso de História da autora, onde o periódico foi uma das fontes utilizadas para analisar o processo de criação e primeira gestão do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Novo Hamburgo (1990-1993), busca-se dar enfoque ao Jornal NH, que era a principal mídia local da época, como fonte histórica. Aqui, tem-se a visão do jornal como importante fonte histórica e como ferramenta que pode construir narrativas e auxiliar na formulação de memórias e identidades.

A escolha de analisar o CMDCA de Novo Hamburgo se insere dentro do contexto de fim da ditadura civil-militar, redemocratização brasileira, Constituição de

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1998 e promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990. Este último, dentre diversos outros pontos, coloca a municipalização do atendimento à criança e ao adolescente, através da criação de CMDCAs e Conselhos Tutelares.

Justifica-se a escolha do município de Novo Hamburgo (RS), que localiza-se a 43,4 km de Porto Alegre e conta com uma população, conforme estimativas do IBGE (2019), de 246.748 indivíduos, pois o mesmo foi um dos primeiros do Rio Grande do Sul a criar o CMDCA e o Conselho Tutelar. Além disso, devido às crianças e adolescentes do município inserirem-se em um contexto de dificuldade de efetivação dos direitos defendidos pelo ECA, como trabalho infantil, crianças em situação de rua, falta de vagas em escolas e problemas com drogas (MELLO, 2019).

O estudo objetiva apontar para o uso de periódicos como fonte histórica, registrar e investigar como o Jornal NH, durante o período de dezembro de 1990 a novembro de 1993, abordou a criação e funcionamento do CMDCA e articular reportagens do Jornal NH com outras fontes de estudo, como entrevistas semiestruturadas com sujeitos envolvidos no processo de criação do Conselho e análise de documentos do Arquivo dos Conselhos.

Como metodologia, tem-se a revisão da literatura acerca da concepção de periódicos como fonte histórica e/ou objeto de pesquisa, infância, adolescência, redemocratização brasileira, Constituição de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente, município de Novo Hamburgo. Ainda, vale-se da análise de documentação acerca do CMDCA, que foi coletada a partir do Arquivo dos Conselhos do município. Além disso, utiliza-se de entrevistas semiestruturadas realizadas com sujeitos ligados ao processo de criação e primeira gestão do CMDCA.

O período de análise inicia-se a partir de dezembro de 1990, quando a lei de criação do CMDCA e do CT é instituída em Novo Hamburgo e vai até novembro de 1993, quando a segunda diretoria do CMDCA assume a gestão. O recorte por apenas uma gestão se deu devido ao tempo e espaço para desenvolver a temática no trabalho de conclusão de curso. Ao todo, foram categorizadas 67 reportagens relacionadas com a temática do CMDCA, sendo que algumas serão abordadas ao longo do artigo visando analisar o processo de criação e primeira gestão do CMDCA.

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O primeiro objetivo aqui levantado para discussão é apontar para o uso de periódicos como fonte histórica, mas antes de iniciar essa discussão, faz-se necessário um breve olhar para o ECA dando atenção maior à municipalização do atendimento. A Constituição de 1988 traz, no artigo 227, o dever da família, do Estado e da sociedade de garantir os direitos das crianças e adolescentes (BRASIL, 1988). A partir daí entrou em primeiro plano a criação de um estatuto específico para crianças e adolescentes e o ECA foi promulgado em julho de 1990. Ele é produto da ação de três frentes: “[...] o movimento social, os agentes do campo jurídico e as políticas públicas.” (AMIN, 2017, p. 56).

Segundo Machado (2003), o ECA colocou os direitos e deveres fundamentais das crianças e adolescentes e apontou que eles possuem direito à proteção integral e que os seus direitos são indivisíveis e interdependentes. Aqui, adentrando na questão da municipalização do atendimento, o artigo 88 do Estatuto deu como norma a criação de Conselhos Municipais dos Direitos das Crianças e Adolescentes, que seriam responsáveis por controlar as ações de instituições governamentais e não governamentais que atendam crianças e adolescentes e deliberar sobre a política de atendimento (BRASIL, 1990).

Os CMDCA devem possuir representantes do poder público e de entidades civis de atendimento à criança e ao adolescente visando uma maior igualdade no mesmo (BRASIL, 1990). Em Novo Hamburgo, o CMDCA iniciou seus trabalhos em 1991 e teve como o grande marco da primeira gestão a organização da eleição para os primeiros conselheiros tutelares em 1992.

Para iniciar a discussão acerca dos periódicos como fonte de pesquisa, pontua-se que “[...] tudo que o ser humano produziu ao longo da vida pode se transformar em uma fonte para o trabalho do historiador.” (LOVATO; PETERSEN, 2013, p. 295). Assim, afirma-se a condição dos jornais como fonte e objeto de pesquisa.

A partir de 1929, com a Escola dos Annales e publicação da Revista Annales d'histoire économique et sociale, iniciou-se, no Ocidente, um movimento de estudos históricos que apontavam contra a visão tradicional da “história rankeana” - onde, para a

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mesma, a História seria essencialmente política e escrita a partir de documentos - e buscavam uma “história total” (BURKE, 1991).

Segundo Burke (1991), a partir deste período, os historiadores deixam de ter um olhar para a “história vista de cima” e inicia-se uma aproximação com a “história vista de baixo” e com isso, novas fontes começam a ser utilizadas além dos documentos oficiais como, a fonte oral.

Nesse contexto, o estudo da imprensa aos poucos ingressou na perspectiva do historiador e o jornal assumiu um espaço como fonte histórica e/ou objeto de pesquisa. Porém, ainda na primeira metade do século XX, havia duas posturas contraditórias dos historiadores para com os periódicos: a supervalorização dos mesmos como fontes imparciais ou a total negação destes como fontes. Para Capelato (1988):

As duas posturas são contestáveis. O jornal não é um transmissor imparcial e neutro dos acontecimentos e tampouco uma fonte desprezível porque permeada pela subjetividade. A imprensa constitui um instrumento de manipulação de interesses e intervenção na vida social. Partindo desse pressuposto, o historiador procura estudá-lo como agente da história e captar o movimento vivo das idéias e personagens que circulam pelas páginas dos jornais. (CAPELATO, 1988, p. 21).

Assim, Capelato (1988) aponta para a necessidade analisar o jornal dentro de um todo, levando diversos aspectos em consideração, para então vê-lo como uma fonte histórica muito rica, que segundo Espig (1998), traz o aspecto da periodicidade, formando um tipo de repositório de vivências humanas.

Já com a terceira geração dos Annales, na França, no final do século XX, a partir da década de 1970, surgiu a Nova História. Acerca das transformações que a Nova História traria, Le Goff e Nora (1976) citam:

Obra coletiva e diversificada, pretende, no entanto, ilustrar e promover um novo tipo de história [...]. A novidade parece-nos estar ligada a três processos: novos problemas colocam em causa a própria história; novas abordagens modificam, enriquecem, subvertem os setores tradicionais da história; novos objetos, enfim, aparecem no campo epistemológico da história. (LE GOFF; NORA, 1976, p. 11-12).

As novas propostas temáticas trazidas pela Nova História trouxeram diversas possibilidades de fontes históricas, dentre elas o jornal, que a partir de então passou a ser considerada uma das principais fontes de pesquisa para historiadores (LEITE, 2015). Porém, assim como todas as outras fontes de pesquisa, os periódicos possuem a

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subjetividade de quem o escreve. Devido a isso, Luca (2005) aponta algumas perguntas necessárias à fonte: Quem escreveu? Quando escreveu? Por que escreveu? Para quem escreveu? Quais os interesses do próprio jornal? Após responder essas questões, o periódico torna-se fonte e objeto possível para as mais diversas pesquisas e temáticas.

Para utilizar o jornal como fonte de pesquisa, Elmir (1995) aponta que o mesmo não deve ser percebido apenas como um dado e a partir de um olhar que se tem cotidianamente, mas precisa ser lido exaustivamente com uma visão apurada para analisar todas as informações e os elementos daquele espaço-tempo.

Após um breve olhar para a construção do periódico como fonte de pesquisa, acredita-se que o jornal pode ser uma rica fonte histórica. Em seguida, foca-se no olhar específico para o Jornal NH do município de Novo Hamburgo ao buscar registrar e investigar como este periódico, durante o período de dezembro de 1990 a novembro de 1993, abordou a criação e funcionamento da primeira gestão do CMDCA.

Novo Hamburgo, tem o início de sua colonização oficialmente a partir de 1824, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães à região de São Leopoldo. O que viria a ser chamado de Novo Hamburgo, era conhecido como Hamburguerberg, distrito de São Leopoldo. Porém, é necessário frisar que antes da imigração alemã já havia imigrantes de outras etnias na região, como: portugueses, açorianos, escravizados de origem africana e povos indígenas, especialmente os Kaigang (NUNES, 2012).

O povoado de Hamburguerberg crescia e desenvolvia-se a partir, principalmente, do couro e do calçado e já era um distrito essencial na economia de São Leopoldo em 1850. Em 1927, depois de um longo período de tensão entre o distrito e o município, ocorreu a emancipação de Novo Hamburgo e nesse período a produção coureiro calçadista, que já vinha crescendo, manteve um ritmo acelerado (SCHEMES, 2006).

Desde antes da emancipação, já vinha se estruturando na cidade uma identidade do ser trabalhador novo-hamburguense em busca do progresso, que ganhou impulso com a emancipação e com o fortalecimento da indústria do calçado. Schemes, Maroneze e Kuhn Junior (2013) apontam duas palavras chaves para a identidade dos moradores de Novo Hamburgo: trabalho e progresso.

Já no período da ditadura civil-militar brasileira, o calçado de Novo Hamburgo, que se encontrava sem mercado, ganha um novo alavanco com os incentivos do regime

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e ocorre o chamado boom do calçado nas décadas de 1970 e 1980. Nesse período, o município ficou conhecido como Capital Nacional do Calçado (SCHEMES et al. 2005). Já na década de 1990, o calçado perdeu sua força com a abertura do mercado pelo governo Collor e a economia de Novo Hamburgo entrou em crise, que pode ser percebida, principalmente, a partir do final da primeira metade desta década: a '‘[...] crise de 1994 a 1998 [...] devastou Novo Hamburgo. Na época, o número de trabalhadores diminuiu de 20 mil para 6 mil.” (NACIMENTO apud SANTOS, 2015). Essa breve citação da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Calçado do município de Novo Hamburgo na gestão 2015-2016 é importante para atentar ao contexto em que a cidade e a sua população, maioria de trabalhadores urbanos ligados ao calçado, passou a enfrentar.

A autora Heloísa Cruz (2000) aponta que fazendo uma análise crítica do jornal é possível encontrar qual o público que o mesmo visa atingir. Novo Hamburgo, em 1991 possuía 205.668 habitantes, 50, 6% a mais que em 1980, isso devido à indústria do calçado e a fartura de trabalhos, criando diversos bairros operários (SPOILER, [2015?]).

O Jornal NH foi a principal mídia local desde sua criação e um importante veículo de comunicação de toda a região do Vale do Rio dos Sinos. O Jornal foi fundado em 1960 pelo Grupo Editorial Sinos e se destacou na região sendo o único que se firmou em Novo Hamburgo após o fim do Jornal O 5 de Abril em 1960.

Aqui, é importante atentar que o Grupo Editorial, na época, recebia influência dos empresários do calçado de Novo Hamburgo e apoio da Prefeitura. É necessário pontuar isso pois “seria tolice ignorar que eles (jornais) não são apenas o meio de expressão de espíritos independentes, mas também, e com muito mais freqüência, de grupos de pressão diversos, políticos ou financeiros” (BECKER, 2003, p. 196).

Após a análise do Jornal NH de 1990 a 1995, através da Análise de Conteúdo, focando na temática da violência, em um estudo anterior da autora, foi possível identificar uma linha editorial preocupada com o crescimento, desenvolvimento e modernização da cidade. Outro ponto que chama a atenção, quando tratando-se de crianças e adolescentes é a marca de reportagens e cartas de moradores criticando os meninos e meninas que andam pelas ruas, com medo destes “sujarem a cidade”.

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Aqui, entende-se o periódico como uma ferramenta que pode construir narrativas, logo, auxilia na formulação de memórias e identidades. Ao analisar o Jornal NH, aponta-se para um jornal que buscava legitimar o progresso e desenvolvimento da indústria, especialmente do calçado, voltado para toda a população do município e arredores, que eram trabalhadores urbanos quase todos ligados à produção do calçado. Esta questão é importante, pois a seguir, quando discutidas as reportagens, a maioria terá como plano de fundo a ordem e a busca pelo progresso.

Levando todos os apontamentos anteriores de como utilizar o periódico como fonte histórica, busca-se registrar e investigar como o Jornal NH, durante o período de 1990 a 1993, tratou da criação e do funcionamento do CMDCA. O Jornal foi analisado de 1º de dezembro de 1990 a 18 de novembro de 1993. Este recorte se deu devido a dezembro de 1990 ser o mês de promulgação da Lei N.º 130/90 pela Prefeitura de Novo Hamburgo, que estabelecia a criação de um CMDCA e de um Conselho Tutelar. O recorte final se deu devido a ser o último dia de reunião da primeira gestão do CMDCA. A análise do Jornal se deu a partir da leitura do mesmo e olhar atento para os temas que envolviam infância, adolescência e CMDCA. Então, foi feita uma seleção e catalogação das matérias do Jornal NH que totalizaram 67, dentre elas: reportagens, artigos e colunas de opiniões. Estas foram divididas nas seguintes categorias: ECA, CMDCA, CT, situação das crianças e adolescentes e CMDCA e CT. A divisão das reportagens pode ser observada a seguir: 2 sobre o ECA; 20 sobre o CMDCA; 8 sobre o CT; 10 sobre o CMDCA em ação conjunta com CT e 27 sobre a situação das crianças e adolescentes.

A seguir serão trazidas e analisadas uma matéria de cada uma dessas categorias. Inicia-se com matéria acerca do ECA, do dia 6 de dezembro de 1990, intitulada “Criança e adolescente protegidos por Estatuto”. O autor Oscar Paris traz em itálico a palavra “protegidos” e sua reportagem encontra-se na seção policial do Jornal, a penúltima parte do Jornal, seguida pelos esportes.

A reportagem inicia com a informação de que o juiz do Fórum de Novo Hamburgo esteve em hospitais e outros estabelecimentos de saúde entregando cópias do ECA e que estes estabelecimentos devem seguir as normas do mesmo para não serem penalizados. Após, Oscar Paris (1990) escreveu sobre os procedimentos que devem ser

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adotados pela polícia em relação às crianças e adolescentes em caso de flagrante, com especial atenção a proibição de venda de substâncias tóxicas.

Aqui, vê-se uma reportagem em que o Estatuto é abordado pelo seu viés legislativo em relação a como agir com as crianças e adolescentes infratores. Como plano de fundo dessa reportagem há uma cidade onde muitas crianças estão em situação de rua, há muito trabalho infantil, crianças e adolescentes sem acesso à escola e em contato com drogas, principalmente cola de sapateiro. Assim, pode-se perceber uma preocupação em relação à violência que estes sujeitos podem trazer para o espaço, principalmente contando com o fato de a reportagem se inserir na seção policial.

A matéria selecionada para tratar do CMDCA é de um dos momentos chave no processo de criação e início de funcionamento dele. A reportagem é do dia 10 de julho de 1991, intitulada “Conselho da Criança tem representantes”. O jornalista Mário Selbach (1991) apontou para a Assembleia que ocorreu no dia anterior, onde foram eleitos os representantes de entidades que trabalhavam direta ou indiretamente com as crianças e adolescentes.

A reportagem traz os principais momentos da tarde de Assembleia em que foram eleitas 12 entidades para fazer parte do Conselho: seis ligadas diretamente e seis indiretamente aos cuidados da criança e do adolescente. Além desses, participariam do Conselho membros do Poder Legislativo e do Poder Judiciário (SELBACH, 1991).

Esta Assembleia resultou de um longo processo que se iniciou a partir da promulgação do ECA, quando entidades e representantes da Prefeitura começaram a pensar na criação de dois Conselhos. A lei de criação destes foi promulgada pelo prefeito de Novo Hamburgo em 27 de dezembro de 1990 e foram várias etapas e tramites até que, em 10 de outubro de 1991, o CMDCA iniciou efetivamente seus trabalhos com eleição da diretoria e aprovação do regimento interno (MELLO, 2019).

A grande maioria das reportagens analisadas que traz o CMDCA aponta para o processo de criação do mesmo e de eleição da nova gestão, em novembro de 1993. Pode-se perceber que o Jornal NH traz reportagens bem consistentes para informar o leitor sobre esses períodos, mas que não se dá mais destaque as ações ao longo da gestão de 1990 a 1993, sendo que apenas a eleição do CT teve maior ênfase.

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Para ilustrar essa eleição e a categoria de análise delimitada “Conselho Tutelar” traz-se matéria de capa do Jornal NH do dia 06 de abril de 1992. A manchete “Conselho Tutelar: Escolhidos os representantes” traz uma foto de uma das sessões eleitorais e um pequeno texto sobre ela, que é aprofundado na mesma edição com reportagem na página 13 (JORNAL NH, 1992).

A capa consta que no dia anterior foi a primeira eleição para o CT, que resultou na escolha de cinco conselheiro sendo que “Apenas 1.514 hamburguenses votaram.” (JORNAL NH, 1992, p.1). A capa do periódico traz as principais informações elencadas pelo grupo editorial para aquele dia, logo percebe-se a importância que foi dada pelo Jornal para a eleição do CT e o desapontamento com a pouca quantidade de votantes.

A essa pouca adesão para a eleição facultativa são levados em conta diversas questões como a novidade do CT e ainda recente ação do próprio CMDCA e a não adesão por parte da comunidade pelo desconforto em relação à algumas medidas do ECA e, consequentemente, dos Conselhos, como proibição do trabalho infantil, que era muito presente em Novo Hamburgo devido a indústria calçadista. Este não era visto como algo negativo, uma vez que trazia renda extra para as famílias e fazia parte da identidade do ser novo-hamburguense trabalhador que foi se instituindo na cidade.

Agora, já com os dois Conselhos em atuação, traz-se uma reportagem de uma das ações conjuntas de ambos do dia 14 de setembro de 1992, pelo jornalista Sérgio Pereira, intitulada “Conselhos fazem ato público”. Segundo reportagem, os Conselhos tiveram reunião conjunta em uma escola do município, que contou com representantes de dois Conselhos, 3 adolescentes e outros adultos da comunidade (PEREIRA, 1992).

Iniciou-se explicando o que eram os dois Conselhos e Pereira (1992) apontou que ainda havia dificuldade de parte da população diferenciar ambos. A seguir, uma das conselheiras do CT apontou que as ocorrências foram de 147 em agosto e no mês anterior, 92, concluindo que as pessoas já estavam procurando mais pelo órgão.

Algumas questões como atendimento precário em hospitais foram levantadas e a presidente do CT acusou que na semana seguinte ocorreria reunião dos conselheiros com adolescentes para discutir suas questões e no dia 10 de outubro ocorreria um ato público para chamar atenção aos direitos das crianças e adolescentes (PEREIRA, 1992).

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Aqui se faz importante assinalar que o CT e o CMDCA dividiram por um período considerável a mesma sede e conforme próprio depoimento de conselheiros do CMDCA e do CT, recolhidos em 2019, ambos tinham uma relação próxima e de cooperação, como pode ser visto nessa reportagem e em outras do período em que ações conjuntas eram realizadas, principalmente com o objetivo de apresentar os dois Conselhos e discutir melhorias para as crianças e adolescentes.

A reportagem traz algumas questões referentes a situação das crianças e adolescentes de Novo Hamburgo e em relação a isso apresenta-se carta de 19 de maio de 1993, escrita pelo morador novo-hamburguense Luiz Doria. A carta de Luiz intitulada “Menores de rua” foi publicada na coluna Tribuna Livre, coluna localizada na página 4 do Jornal NH onde diariamente eram publicadas 2 opiniões de moradores.

Aqui, vale lembrar que o grupo editorial fazia uma seleção dos textos que seriam publicados, sendo um espaço mais aberto, mas ao mesmo tempo com certo controle. Nesse pequeno texto, Luiz Doria reclama do roubo que seu filho e outras crianças vêm sofrendo por outros “menores” que moram num prédio abandonado perto do Shopping. Em contato com a PM, esta informou que não pode fazer nada e então o morador reclamou com o proprietário do prédio, que disse não ter condições financeiras para contratar seguranças para o local (DORIA, 1993).

A questão de meninos e meninas em situação de rua em Novo Hamburgo é uma das principais levantadas pelo CMDCA e, posteriormente, pelo CT. Há mais matérias que se assemelham a esta em que a população se indigna com a presença dos “menores” nas ruas, muito ligado à necessidade de manter a imagem de cidade progressista.

Essa problemática é apontada por grande parte da população, enquanto o trabalho infantil e a falta de escolas não trazem tantas discussões. Muito disso se deve ao fato, segundo primeira presidente do CT (FRIEDRICH, 2019) da necessidade de manter a cidade “limpa” para demonstrar o progresso e desenvolvimento da mesma, imagem que crianças em situação de rua não transpassavam.

O último objetivo deste estudo, que é articular reportagens do Jornal NH com outras fontes de estudo, já foi levemente abordado acima, mas aqui será mais aprofundado, pois acredita-se que o contraponto com outras fontes é fundamental, até porque o jornal se encontra:

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Em dois tempos: um objetivo que interpreta o texto escrito efetivamente e outro subjetivo que precisa entender aquilo que não aparece escrito, mas é possível identificar à luz do contexto histórico. Assim, o estudo da imprensa necessita do reconhecimento do que está em torno dela, já que essa mesma imprensa está invariavelmente atrelada ao seu tempo histórico. (SOSA, 2005, p. 7-8).

A primeira reportagem aqui trazida é do dia 28 de dezembro de 1990 escrita por Kátia Reichow e intitulada “Dois conselhos para proteger crianças e adolescentes”. A matéria trata da Lei Municipal N.º 130/90 do dia anterior, que instituiu a criação do CMDCA e do CT. A reportagem explica que a criação da lei se deu devido ao ECA e à busca por garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Após traz algumas questões burocráticas acerca da lei (REICHOW, 1990).

Nesse período, segundo Selistre, que era membro do CMDCA e do Movimento de Meninos e Meninas de Rua, “[...] a gente militava bastante.” (SELISTRE, 2019). Sobre a lei de criação, Friedrich (2019) colocou que “a gente criou tudo isso com as ONGs, com o Padre Paulo, com a ABEFI (Associação Beneficente Floresta Imperial). A gente tinha um grupo e foi esse grupo que criou, não foi uma coisa do legislativo.” Essas falas trazem a importância dos movimentos sociais e das entidades que não eram ligadas a Prefeitura no movimento de criação, o que é importante salientar e que a reportagem do Jornal não tocou.

A seguir traz-se reportagem do dia 9 de agosto de 1991 intitulada “Conselho da Criança não consegue encaminhar pedido de urgência” por Mário Selbach. A matéria fala sobre problema de ordem burocrática para o início das atividades do CMDCA: a Lei N.º 130/90 havia apontado que dois membros do Poder Judiciário deveriam participar do CMDCA, mas a Lei da Magistratura Federal vedava a participação de membros do judiciário, logo, essas vagas ficaram em aberto. O CMDCA enviou pedido para a Câmara de Vereadores, para alteração da Lei com urgência, mas até então não havia sido analisado. O CMDCA precisava dessa mudança para efetivar seus membros e iniciar seu trabalho (SELBACH, 1991).

Nessa reportagem, aparece nas entrelinhas uma questão que foi muito decorrente durante a fala de diversos depoentes em 2019: a demora da Prefeitura nas questões burocráticas, tanto para formular a Lei, pois a primeira tentativa que foi enviada por

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vereadores do Partido dos Trabalhadores foi negada alegando que este era trabalho do Prefeito, quanto para efetivar a mesma (FRIEDRICH, 2019).

Todo esse processo, segundo o primeiro presidente do CMDCA “Não foi só a questão burocrática, foi questão também de se colocar a criança e o adolescente como prioridade [...].” (WENDLING, 2019). Ele também cita que “Foram mais questões de picuinhas políticas do que propriamente preocupações em levar adiante a causa da criança e do adolescente.” (WENDLING, 2019).

A próxima reportagem aqui trazida é de 8 de outubro de 1992: “Conselho Municipal quer Aldeia SOS”, por Sérgio Pereira. A reportagem explicou que 5 membros do CMDCA e um do CT reuniram-se, na semana anterior, com representantes do programa Aldeia SOS e discutiram os passos para a implantação de uma. Sobre esse projeto pode-se ver várias menções em atas do CMDCA de 1992. Na ata do dia vinte e nove de setembro de 1992 consta que Wendling trouxe a ideia da Aldeia SOS:

Historiando, a superintendente discorreu que as Aldeias S.O.S surgiram na iniciativa do educador austríaco Hermann Gueiwer, que concebeu e construiu a primeira Aldeia S.O.S na Áustria, para abrigar crianças órfãs que tiveram seus lares destruídos pela Segunda Guerra Mundial. [...] Hoje as Aldeias S.O.S se estendem em mais de 100 países e se destinam ao atendimento de crianças que não puderam ser mantidas no seio de sua família natural. (CMDCA, 1992).

Assim, aponta-se para a importância do acesso às atas do CMDCA através do Arquivo dos Conselhos de Novo Hamburgo, pois tem-se uma visão mais abrangente dos processos citados nas reportagens, pode-se acompanhar as discussões das reuniões com mais profundidade e elas possibilitam, inclusive, contestar algumas matérias do Jornal e falas de conselheiros entrevistados em 2019.

Já a reportagem do dia 20 de abril de 1993, de Josiane Valim intitulada “Problemas vão de drogas ao tratamento inadequado” aponta, dentre outras questões, o problema de cheirar cola e crianças em situação de rua. Esta reportagem é relacionada com trecho de depoimento de Selistre, tesoureiro da primeira gestão do CMDCA: “[...] a gente teve muita criança de rua. Chegou uma época que nós tínhamos perto de 50, 60 crianças na rua.” (SELISTRE, 2019). Logo, pode-se perceber uma preocupação dos conselheiros quanto às crianças em situação de rua, o que também era uma das grandes reclamações da população, conforme analisado no Jornal NH.

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CONCLUSÃO

Concluindo o estudo acredita-se que o ECA teve um papel fundamental ao trazer os direitos e deveres dos mesmos, tirando o substantivo pejorativo “menor” ligado à delinquência, colocando a definição criança e adolescente e trazendo a municipalização do atendimento.

Ainda, aponta-se para a capacidade dos periódicos como fonte e/ou objeto de pesquisa. A mídia, aqui especificamente os periódicos, são capazes de ocupar posição política central e responsáveis por formulação de identidade dos sujeitos. Destaca-se o Jornal NH como importante vinculador de informações acerca do CMDCA, o que demonstra como as questões sociais aparecem com mais força a partir do período de redemocratização brasileira. Porém, deve-se ficar atento para que o CMDCA era trazido às discussões principalmente no seu período de implementação (final de 1990 até outubro de 1991), no período de criação do CT durante o primeiro semestre de 1992 e no período de nova eleição do CMDCA em outubro e novembro de 1993.

Aqui, a ação do CMDCA de maior destaque pelo Jornal é a do CT, mas outras diversas ações eram tomadas na primeira gestão, principalmente para explicar à comunidade o que era o ECA e o papel dos conselhos. Essas reuniões são citadas por três conselheiros municipais da primeira gestão e por uma conselheira tutelar da primeira gestão, durante entrevistas coletadas em 2019. Ainda, as atas de reuniões de 1991 a 1993 reiteram o compromisso do CMDCA em reunir a comunidade para informá-la sobre as novidades do Estatuto e dos Conselhos.

O Jornal NH buscava afirmar a ideia de novo-hamburguenses trabalhadores em busca do progresso, identidade essa que pode ser percebida aqui quando se aponta para o CMDCA e o CT como Conselhos importantes para trazer ordem à cidade a partir de um melhor atendimento para as crianças e adolescentes.

Ainda, essa busca por progresso pode ser percebida quando se discute a questão de meninos e meninas em situação de rua, que era a principal queixa dos moradores e uma das maiores pautas trazidas pelo Jornal NH. Para estudos futuros, objetiva-se

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aprofundar a relação do CMDCA e do CT com a situação dos meninos e meninas em situação de rua e como o Jornal NH aponta a mesma.

REFERÊNCIAS

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BURKE, Peter. A Revolução Francesa da historiografia: a Escola dos Annales 1929-1989. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1991. 116 p.

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Referências

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